Não obstante, os filiados à escola positivista, diante da realidade berrante de algo que escapa
ao domínio da matéria, produzindo fenômenos incontestáveis, afirmam, para contornarem a
questão e não serem vencidos pela força da verdade, tal como o Dr. G. Audiffrent, em Moléstias do Cérebro e da Inervação, dizendo que a “medicina psíquica” não passa de fenômenos compreendidos no da atenção fortemènte despertada e longamente mantida, geralmente conhecidos, e como tais utilizados na cura ou modificação de fenômenos patológicos quaisquer, sob os dispersivos nomes de — fascinação, magnetismo animal, hipnotismo, espiritismo, halo ou auto- -sugestão, etc. — em todas as suas nuanças e modificações; seguindo-se Eugène Sémérie, doutor em medicina que, em seu livro Os Sintomas Intelectuais da Loucura, afirma que “o magnetismo animal, o espiritismo, o hipnotismo, que fazem seqüência à possessão, à feitiçaria, ainda não receberam, na minha opinião — diz ele — uma explicação suficientemente positiva. Elas aparecerão, cedo ou tarde, no domínio da ciência, que tudo explicará, sem fluido nem vontade, sem metapsíquica nem teologia.” * Todo espiritista, compenetrado da crença que o faz sentir Deus em toda a sua expressão de Pai de infinita bondade e justiça, que mestra Jesus, em toda a sua grandeza espiritual, que faz descortinar um horizonte de resplendente beleza, de luz e de vida eternas, tem, necessariamente, de encarar o Espiritismo, em qualquer