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1. Os princípios e as regras
Assim, imiscuir princípios e regras não é de bom tom, dentre outras coisas,
pelo valor sistemático dos princípios, porque pairam acima das regras, porque conferem
coerência unitária.[14] Arrremata-se a questão da importância dos princípios, verdadeiros
pontos de partida, com citação de DINAMARCO:
Os princípios em que toda ciência se apóia são dados exteriores a ela
própria, pelos quais ela se liga a uma área de conhecimento mais ampla. São
as premissas que determinam o seu próprio modo-de-ser e dão-lhe
individualidade perante outras ciêncais, constituindo-se em raízes
alimentadoras de seus conceitos e de suas propostas. Até etimologicamente
compreende-se que os princípios científicos constituem verdadeiros pontos
de partida de uma ciência (Miguel Reale), ou elementos de sua inserção na
grande árvore do conhecimento humano (são os pontos em que a ciência
principia). Os conceitos e estruturas de uma ciência maior são elementos de
apoio em que se sustenta outra de menor amplitude a própria ciência mais
ampla é sustentada por princípios hauridos em outra ainda mais ampla e
assim sucessivamente até chegar-se aos grandes fundamentos filosóficos do
conhecimento. Por isso, só se pode obter a racional determinação dos
princípios responsáveis por uma ciência a partir de quando se saiba qual o
lugar esta ocupa entre outros ramos do conhecimento humano – sem o que
não se saberia onde buscá-los legitimamente. No tocante a uma ciência
jurídica, seus princípios só se conhecerão com segurança quando se souber
qual a posição ocupada na classificação das ciências jurídicas em geral". [15]
Ressalta o autor que a estrita legalidade dos atos do processo não significa que
seus resultados sejam benéficos ao processo e que, ademais, a "liberdade das formas, deixada
ao juiz entre parâmetros razoavelmente definidos e mediante certas garantias fundamentais
aos litigantes é que, hoje, caracteriza os procedimentos mais adiantados". [28] Isto mesmo
porque o juiz não se traduz no arbitrário déspota que desvirtua o processo eleito
democraticamente via legislativa, e deturpando o ativismo judicial, elege vias que entende as
mais adequados. Ao contrário, em tais situações impõe-se uma postura serena e a participação
dos interessados diretos no resultado do processo.
Mais adiante critica o fetichismo à forma, obcecado e irracional:
5 CONCLUSÃO
6 BIBLIOGRAFIA
NOTAS