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RESUMO https://youtu.

be/vlY3AOnqLtk

O sistema respiratório tem como principal função a troca gasosa de nosso


corpo, ou seja, levar oxigênio as nossas células e depois eliminar todo o
dióxido de carbono que são produzidos pelas células. Grande parte de nossas
células trabalham por intermédio do oxigênio para realizar suas funções
metabólicas e o resultado final desse processo e a liberação do CO2, o
excesso deste em nosso corpo pode ser prejudicial porque ele é toxico só que
nosso sistema respiratório trabalha de maneira rápida para eliminar todo esse
excesso, desta maneira o sistema ajuda a controlar o pH (acidez do sangue). O
sistema ainda é responsável por nosso olfato e filtrar o ar que respiramos isso
se da porque ele aquece e umedece o ar inspirado e pela ajuda da água e do
calor do organismo produz sons. Nosso sistema respiratório é composto por
algumas partes importantes como o nariz que é responsável por captar e
depois filtrar todo o ar que respiramos a faringe que é o canal onde o ar passa
após entrar pelas narinas, laringe que é a parte que retém todas as partículas
de pó que passam pela filtragem do nariz, temos a traquéia que leva o oxigênio
para os brônquios, os brônquios que são partes que penetram no pulmão e tem
diversos “galhos” que vão se multiplicando até ficarem microscópicos, daí em
diante passam a se chamar bronquíolos e finalmente o pulmão que é onde
ocorre a troca de gases.

Palavras-chaves: Inspiração, oxigênio, gás carbônico, expiração, energia.

1. INTRODUÇÃO

A respiração é o mecanismo que permite aos seres vivos extrair a energia


química armazenada nos alimentos e utilizar essa energia nas diversas
atividades metabólicas do organismo. Observando os seres vivos, é possível
perceber que conseguem resistir a restrições alimentares, pois sobrevivem com
a gordura ou outros alimentos armazenados nos corpos. Também sobrevivem a
períodos menores, com restrições de água, pois possuem mecanismos para
armazená-la e/ou economizá-la. Porém, o tempo de sobrevivência com a falta
de oxigênio é muito pequeno, pois é pouco armazenado nos corpos. Se você
parar de respirar, só será possível permanecer vivo por no máximo uns sete
minutos. De uma maneira geral, a respiração pode ser considerada um
processo global de captação, transporte e utilização de O2 e troca de CO2 com
o ambiente e este processo incluem os processos ambientais, a ventilação, a
difusão, o transporte de gases e ainda a respiração celular. Em uma linguagem
mais cientifica, a respiração ocorre ao mesmo tempo em dois níveis diversos:
ao nível celular e ao nível de organismo. O processo que libera a energia
química necessária ao metabolismo, através da quebra das cadeias de
carbono, é a respiração celular. Já a respiração ao nível do organismo é a
respiração orgânica, que compreende a captura do oxigênio do ambiente, o
transporte deste gás até as células e a eliminação do gás carbônico produzido
nas células. Resumindo-se, o objetivo geral da respiração é o fornecimento de
oxigênio aos tecidos do corpo.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Vias aéreas: Superiores: (boca, cavidades nasais e faringe).

Inferiores: Traquéia, brônquios (lobares, lobulares, segmentares), bronquíolos


terminais. As vias aéreas progressivamente vão perdendo o revestimento
cartilaginoso, até que nos bronquíolos terminais não existe cartilagem. Estão
conectadas à traquéia por meio da laringe. Nessa estrutura encontram-se a
epiglote, a glote e as cordas vocais. Sua estabilidade deve-se a uma parede
osteocartilaginosa relativamente elástica.

2.2. Cavidades nasais: Apresentam três funções: Aquecer o ar que passa pelas
superfícies externas do septo e dos cornetos nasais (2 a 3% da temperatura
corporal); umedecer o ar (2 a 3% de vapor de água) e filtrar o ar pelos cílios e
precipitação de partículas nos cornetos.

2.3. Faringe: É um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no
pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo à frente às
vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e
revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e
alimento. A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe,
tem as seguintes comunicações: duas com as coanas, dois ósteos faríngeos
das tubas auditivas e com a orofaringe. A parte da orofaringe tem comunicação
com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento. A
laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hióide, e conecta-se com
o esôfago (canal do alimento) e posteriormente com a laringe (passagem de
ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe é uma via respiratória e
também uma via digestória. A tuba auditiva também se comunica com a faringe
através do ósteo faríngeo da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte
nasal da faringe com a cavidade média timpânica do ouvido.

2.4. Laringe: É um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se
situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebras
cervicais. A laringe tem três funções: Atua como passagem para o ar durante a
respiração; Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de
voz);Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas
respiratórias (como a traquéia). A laringe desempenha função na produção de
som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna, encontramos uma
fenda ântero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas
pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais
verdadeiras). A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de
cartilagens, músculos e ligamentos. A parede da laringe é composta de nove
peças de cartilagens. Três são ímpares (cartilagem tireóidea, cricóidea e
epiglótica) e três são pares (cartilagem aritenóidea, cuneiforme e corniculada).
Possui uma estrutura chamada de pomo-de-adão, saliência que aparece no
pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da
laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de
cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos
alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso
impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que
reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons
durante a passagem de ar.

2.5. Traquéia: É um tubo móvel e longo, cuja parede contém anéis que são
imperfeitos, musculocartilaginosos, membrana mucosa, tecido fibroso e
glândulas. Possíveis sujeiras grudam nesse muco e são levadas pelos cílios
para a laringe onde são engolidos (passam para o esôfago). Em outro ponto
divide-se para formar os brônquios fontes direito e esquerdo.

2.6. Pulmões: É um órgão par, constituído por tecido epitelial simples


pavimentoso e protegido pela grelha costal. O pulmão direito encontra-se
subdividido em três lobos pulmonares (superior, médio e inferior), enquanto o
pulmão esquerdo somente em dois lobos (superior e inferior). Este último é
menor que o direito e apresenta uma chanfradura o que lhe permite acomodar-
se ao coração. Cada pulmão é envolvido pela por uma membrana (pleura) que
é constituída por dois folhetos: folheto visceral (adere à face interna dos
pulmões) e folheto parietal ‘

(adere à grelha costal e face superior do diafragma). Neste órgão realiza-se o


fenômeno da hematose, que consiste na transformação de sangue venoso em
sangue arterial. Os pulmões ocupam cerca de 4/5 do volume da cavidade
torácica. No adulto, após uma expiração normal, o volume de ar contido em
cada pulmão é de 2.500ml a 3.000 ml. Os pulmões direito e esquerdo não têm
o mesmo tamanho, pois parte do volume do hemitórax esquerdo está ocupado
pelo coração. Assim, 55% da função respiratória se deve ao pulmão direito e
45% ao esquerdo. Eles são órgãos muito extensíveis, pois neles há uma
grande rede de fibras elásticas formando o parênquima pulmonar. Por essa
razão toda vez que o pulmão é insuflado há nessas estruturas um acúmulo de
energia potencial elástica, que é fundamental para promover a retração do
órgão durante a expiração. São mantidos expandidos no interior da cavidade
torácica graças à pressão negativa do espaço pleural. Esse espaço existe entre
as pleuras parietais e viscerais e está preenchido por líquido que serve como
meio de baixa ficção, facilitando a movimentação dos pulmões.

2.7. Pleuras: São membranas duplas que revestem a parede interna da


cavidade torácica (pleura parietal) e também recobrem os pulmões (pleura
visceral). Sempre que o tórax é aberto, o pulmão, sob a ação das suas forças
elásticas, entra em colapso e seu volume reduz. O pequeno volume do pulmão
colapsado se deve, principalmente, à presença do ar nas cavidades alveolares.
No indivíduo vivo, no entanto, após algumas horas, o ar alveolar é absorvido
pelo sangue circundante e o volume pulmonar reduz ainda mais.

2.8 Brônquios: Possuem cartilagem em suas paredes. O brônquio-fonte direito


é largo, curto e horizontalizado. O brônquio-fonte esquerdo é estreito, longo e
verticalizado. Ao penetrar no pulmão o brônquio-fonte direito divide-se para
criar o ramo que se dirige ao lobo superior. Esse brônquio secundário possui
grosso calibre e também logo se ramifica em brônquios terciários que são
relativamente curtos e grossos.

2.9. Alvéolos pulmonares: São pequenos sacos membranosos dispostos em


torno do mesmo ducto alveolar, onde ocorrem preferencialmente as trocas
gasosas. Sua parede é composta por uma única camada de células de tecido
epitelial escamoso, apoiadas numa membrana basal.

2.10. Transporte de gases respiratórios: O aparelho respiratório é constituído


pelos pulmões e por um conjunto de órgãos – vias aéreas nasal, faringe,
laringe, traqueia, brônquios, árvore brônquica, até chegar ao alvéolo. Tendo em
conta o aspecto funcional, o aparelho respiratório divide-se em duas zonas:

Zona condutora– Correspondente às vias aéreas, possibilita a passagem do ar


inspirado até aos alvéolos e a condução do ar expirado até à atmosfera. Tem
como funções secundárias a purificação, humedecimento e aquecimento do ar
inspirado, estando também envolvida na produção de sons. A climatização é
conseguida pelo contacto do ar com a mucosa das fossas nasais, que
apresentam uma elevada irrigação sanguínea superficial.

Zona de trocas – Integra os bronquíolos, o ducto alveolar e os alvéolos. As


trocas gasosas são efectuadas através de uma membrana respiratória, que
engloba as paredes alveolar e capilar e respectivas membranas basais,
separadas por fluido intersticial.

O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina, proteína presente


nas hemácias. Cada molécula de hemoglobina combina-se com 4 moléculas de
gás oxigênio, formando a oxi-hemoglobina. Nos alvéolos pulmonares o gás
oxigênio do ar difunde-se para os capilares sangüíneos e penetra nas
hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico
(CO2) é liberado para o ar (processo chamado hematose). Nos tecidos ocorre
um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se
pelo líquido tissular, atingindo as células. A maior parte do gás carbônico (cerca
de 70%) liberado pelas células no líquido tissular penetra nas hemácias e
reage com a água, formando o ácido carbônico, que logo se dissocia e dá
origem a íons H+ e bicarbonato (HCO 3-), difundindo-se para o plasma
sangüíneo, onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23%
do gás carbônico liberado pelos tecidos associam-se à própria hemoglobina,
formando a carboemoglobina. O restante dissolve-se no plasma.Obs. O
monóxido de carbono, liberado pela “queima” incompleta de combustíveis
fósseis e pela fumaça dos cigarros entre outros, combina-se com a
hemoglobina de uma maneira mais estável do que o oxigênio, formando o
carboxiemoglobina. Dessa forma, a hemoglobina fica impossibilitada de
transportar o oxigênio, podendo levar à morte por asfixia.

2.11. Diafragma: É uma grande cúpula de músculo esquelético que separa a


cavidade torácica da cavidade abdominal. Quando o diafragma se contrai a sua
cúpula achata, aumentando o volume das cavidades torácica e pleural. Assim
sendo, o diafragma é o principal músculo inspirador e o responsável pelas
maiores variações dos diâmetros vertical, horizontal e ântero-posterior da caixa
torácica. O mecanismo do diafragma tem dois momentos: Num primeiro
momento a coluna lombar e as últimas costelas são usadas como ponto fixo e
a contração do diafragma faz baixar o centro frênico, que por sua vez apóia-se
nas vísceras abdominais terminando assim o primeiro momento e havendo um
aumento do diâmetro vertical do tórax. Num segundo momento, ocorre o
amento do diâmetro transversal e ântero-posterior. Existe um apoio centro
frênico nas vísceras permitindo a elevação das costelas. A sinergia do
diafragma com os abdominais é essencial à eficiência da ventilação, uma vez
que quando o diafragma baixa, ocorre um deslocamento para fora da parede
abdominal e é exatamente a contração dos abdominais que não permite a
saída das vísceras, provocando a fixação do centro frênico.

2.12. Parede torácica: Formada por pele, tecido celular subcutâneo, arcos
costais, esterno, clavículas, coluna dorsal, ligamentos, músculos, pleura
parietal, vasos e nervos. É uma estrutura elástica que, em combinação com os
movimentos do diafragma, promove as variações de volume da cavidade do
tórax. O aumento do volume intratorácico ocorre em virtude do movimento dos
arcos costais e do rebaixamento da cúpula diafragmática durante a inspiração,
fase que processa com gasto de energia potencial elástica acumulada durante
a inspiração. No exercício, na traquipnéia e nas doenças respiratórias
obstrutivas, a expiração se torna um processo ativo e penoso.

2.13. Ação muscular: Uma de suas funções é gerar pressão intratorácica. O


principal músculo que gera esta pressão negativa intratorácica é o diafragma.
Sua parte muscular é periférica aderida às costelas e vértebras lombares, com
uma porção central tendinosa. A inervação é feita pelos nervos frênicos (C3 a
C5); a contração do diafragma leva o músculo em sentido crânio-caudal,
empurrando o conteúdo abdominal para baixo e para fora. Outros músculos
participam da respiração: os intercostais externos, cuja contração contribui para
aumentar o diâmetro ântero-posterior do tórax e os chamados músculos
acessórios da respiração, cujas contrações podem contribuir um pouco para
elevar a cúpula frênica (esternocleidomastoideos e escalenos). Esses últimos
músculos têm importância apenas em condições patológicas (crise asmática) e
durante exercícios físicos intensos.

- Ventilação pulmonar: É o processo pelo qual o ar entra e sai dos pulmões e é


constituída por duas fases: inspiração e a expiração. Os músculos envolvidos
nesse processo diferem dos outros músculos esqueléticos em três aspectos:

1- Contraem-se ritmicamente e intermitentemente durante toda a vida.

2- O controle dos músculos pode ser voluntário ou involuntário.

3- Trabalham inicialmente contra as cargas resistivas elásticas (parede torácica


e pulmões) e das vias respiratórias, e não contra as forças gravitacionais
encontradas pela maioria dos outros músculos esqueléticos.
Inspiração: É um fenômeno ativo dependente da contração muscular,
controlado pelo sistema nervoso central. Quando o diafragma se contrai, ele
abaixa e alonga a cavidade torácica. A contração dos músculos intercostais
externos levanta as costelas na borda esternal. Essa ação força o esterno para
fora, aumentando o diâmetro ântero-posterior do tórax. Além disso, à medida
que as costelas de movem para cima o diâmetro lateral do tórax aumenta.
Quando o tórax se alarga, o colabamento das pleuras visceral e parietal causa
a expansão de ambas as camadas, alargando assim os pulmões. Isso reduz a
pressão dentro deles (pressão intrapulmonar). A redução na pressão
intrapulmonar causa a entrada de ar nos pulmões. Ao final da inspiração, a
pressão entre os pulmões e a atmosfera está equalizada. Os músculos
inspiratórios elevam o gradil costal promovendo expansão dos pulmões,
permitindo que o diâmetro ântero-posterior seja aumentado cerca de 20%
durante a inspiração máxima. Os principais músculos inspiratórios são:
diafragma, intercostais e grande peitoral. Em situações de grandes esforços
inspiratórios, também são ativados os músculos esternocleidomastóideo,
escaleno, denteado maior e trapézio. Alguns músculos colaboram com a
inspiração reduzindo a resistência das vias aéreas (digástrico, músculo do osso
do nariz, musculatura das bochechas, elevador do palato, músculos laríngeos,
língua e músculos posteriores do pescoço. A inspiração, que promove a
entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma
e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas elevam-se,
promovendo o aumento da caixa torácica, com conseqüente redução da
pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões.

Expiração: Os principais músculos são: Musculatura da parede abdominal,


transverso do abdômen, oblíquos internos, reto abdominal, musculatura da
parede torácica, triangular do esterno e intercostais internos. Eles tracionam
para baixo as costelas inferiores ao mesmo tempo em que eles próprios e os
demais músculos abdominais empurram o conteúdo abdominal para cima, em
direção ao diafragma, e intercostais internos. Esses músculos atuam na
expiração forçada ou não passiva. Isso ocorre, pois a respiração é um
fenômeno passivo. Ocorre por retração elástica e diminuição fisiológica da
caixa torácica e do próprio parênquima pulmonar, após distensão causada na
inspiração. Podemos defini-la então como: Fenômeno passivo de
armazenamento de energia elástica durante a inspiração, que ocorre à medida
que o diafragma e os músculos intercostais externos relaxam. A cavidade
torácica retorna ao seu tamanho de repouso e os pulmões retraem-se, a tensão
superficial do liquido que cobre os alvéolos causa uma tendência contínua à
contração dos mesmos, respondendo por cerca da metade a 2/3 da retração
elástica pulmonar. A tensão das fibras elásticas é responsável pelo restante. A
contração dos pulmões aumenta a pressão intrapulmonar, forçando o ar para
fora dos pulmões. No final da expiração a pressão entre os pulmões e a
atmosfera está equalizada.

No processo da respiração também é possível existir uma respiração profunda,


que consiste numa inspiração e expiração forçadas.
- A inspiração forçada requer não só contrações mais fortes dos músculos
inspiratórios como também a ação dos músculos inspiratórios acessórios
(principalmente e esternocleidomatoideo que levanta o manúbrio e os
escalenos que levantam as duas primeiras costelas).

- A expiração forçada é um processo ativo que requer a contração dos


músculos abdominais provocando a elevação do diafragma e também a
contração dos intercostais internos reduzindo o diâmetro do tórax.

2.14. A capacidade e os volumes respiratórios: A capacidade e os volumes


respiratórios. O sistema respiratório humano comporta um volume total de
aproximadamente 5 litros de ar – a capacidade pulmonar total. Desse volume,
apenas meio litro é renovado em cada respiração tranqüila, de repouso. Esse
volume renovado é o volume corrente. Se no final de uma inspiração forçada,
executarmos uma expiração forçada, conseguiremos retirar dos pulmões uma
quantidade de aproximadamente 4 litros de ar, o que corresponde à
capacidade vital, e é dentro de seus limites que a respiração pode acontecer.
Mesmo no final de uma expiração forçada, resta nas vias aéreas cerca de 1
litro de ar, o volume residual. Nunca se consegue encher os pulmões com ar
completamente renovado, já que mesmo no final de uma expiração forçada o
volume residual permanece no sistema respiratório. A ventilação pulmonar,
portanto, dilui esse ar residual no ar renovado, colocado em seu interior. O
volume de ar renovado por minuto (ou volume-minuto respiratório) é obtido pelo
produto da freqüência respiratória (FR) pelo volume corrente (VC): VMR = FR x
VC.

Em um adulto em repouso, temos:

FR = 12 movimentos por minuto

VC = 0,5 litros

Portanto: volume-minuto respiratório = 12 x 0,5 = 6 litros/minuto

Os atletas costumam utilizar o chamado “segundo fôlego”. No final de cada


expiração, contraem os músculos intercostais internos, que abaixam as
costelas e eliminam mais ar dos pulmões, aumentando a renovação.

2.15. Controle da respiração: A respiração é controlada automaticamente por


um centro nervoso localizado no bulbo. Desse centro partem os nervos
responsáveis pela contração dos músculos respiratórios (diafragma e músculos
intercostais). Os sinais nervosos são transmitidos desse centro através da
coluna espinhal para os músculos da respiração. O mais importante músculo
da respiração, o diafragma, recebe os sinais respiratórios através de um nervo
especial, o nervo frênico, que deixa a medula espinhal na metade superior do
pescoço e dirige-se para baixo, através do tórax até o diafragma. Os sinais
para os músculos expiratórios, especialmente os músculos abdominais, são
transmitidos para a porção baixa da medula espinhal, para os nervos espinhais
que inervam os músculos. Impulsos iniciados pela estimulação psíquica ou
sensorial do córtex cerebral podem afetar a respiração. Em condições normais,
o centro respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos, um impulso nervoso que
estimula a contração da musculatura torácica e do diafragma, fazendo-nos
inspirar. O CR é capaz de aumentar e de diminuir tanto a freqüência como a
amplitude dos movimentos respiratórios, pois possui quimiorreceptores que
são bastante sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade permite que os
tecidos recebam a quantidade de oxigênio que necessitam, além de remover
adequadamente o gás carbônico. Quando o sangue torna-se mais ácido devido
ao aumento do gás carbônico, o centro respiratório induz a aceleração dos
movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a freqüência quanto a amplitude
da respiração tornam-se aumentadas devido à excitação do centro respiratório.
Em situação contrária, com a depressão do centro respiratório, ocorre
diminuição da freqüência e amplitude respiratórias.

A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH do sangue.

O aumento da concentração de CO 2 desloca a reação para a direita, enquanto


sua redução desloca para a esquerda.

Dessa forma, o aumento da concentração de CO 2 no sangue provoca aumento


de íons H+ e o plasma tende ao pH ácido. Se a concentração de CO 2 diminui, o
pH do plasma sangüíneo tende a se tornar mais básico (ou alcalino).Se o pH
está abaixo do normal (acidose), o centro respiratório é excitado, aumentando
a freqüência e a amplitude dos movimentos respiratórios. O aumento da
ventilação pulmonar determina eliminação de maior quantidade de CO 2, o que
eleva o pH do plasma ao seu valor normal.

Caso o pH do plasma esteja acima do normal (alcalose), o centro respiratório é


deprimido, diminuindo a freqüência e a amplitude dos movimentos
respiratórios. Com a diminuição na ventilação pulmonar, há retenção de CO 2 e
maior produção de íons H +, o que determina queda no pH plasmático até seus
valores normais.A ansiedade e os estados ansiosos promovem liberação de
adrenalina que, freqüentemente levam também à hiperventilação, algumas
vezes de tal intensidade que o indivíduo torna seus líquidos orgânicos
alcalóticos (básicos), eliminando grande quantidade de dióxido de carbono,
precipitando, assim, contrações dos músculos de todo o corpo.Se a
concentração de gás carbônico cair a valores muito baixos, outras
conseqüências extremamente danosas podem ocorrer, como o
desenvolvimento de um quadro de alcalose que pode levar a uma irritabilidade
do sistema nervoso, resultando, algumas vezes, em tetania (contrações
musculares involuntárias por todo o corpo) ou mesmo convulsões
epilépticas.Existem algumas ocasiões em que a concentração de oxigênio nos
alvéolos cai a valores muito baixos. Isso ocorre especialmente quando se sobe
a lugares muito altos, onde a concentração de oxigênio na atmosfera é muito
baixa ou quando uma pessoa contrai pneumonia ou alguma outra doença que
reduza o oxigênio nos alvéolos. Sob tais condições, quimiorreceptores
localizados nas artérias carótida (do pescoço) e aorta são estimulados e
enviam sinais pelos nervos vago e glossofaríngeo, estimulando os centros
respiratórios no sentido de aumentar a ventilação pulmonar.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as pesquisas realizadas, pode-se perceber que o processo


respiratório é fundamental para nossa sobrevivência. Serve como energia para
nossas células e é por intermédio desta que são desencadeados muitos
processos fisiológicos no nosso organismo. É necessária para a manutenção
dos processos metabólicos que nos garantem a vida. Através deste trabalho,
procuramos demonstrar de maneira clara e objetiva não só o processo, mas a
importância da respiração para os seres vivos, assim esclarecendo as dúvidas
dos demais acadêmicos.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Robert M. Berne e Matthew N. Levy. Fisiologia. 4 Ed, 2000.

www.webartigo.com

www.afh.bio.br

www.saudecom.hpg.com.br

www.blogers.com.br

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