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Avaliação de Microeconomia II

Renata Lemos Lima

1. Defina moral hazard (risco moral) e utilize um exemplo para explicar


sua resposta.
O problema de moral hazard é gerado pela assimetria de informação entre as partes
do contrato e ocorre quando o comportamento do agente não é observável pelo princi-
pal, ou quando é observáve mas não é verificável. O risco moral, como lembra Salanié
(2005), está presente em qualquer negociação onde os objetivos das duas partes dife-
rem: no mercado de trabalho, entre patrão e empregado, em um seguro de vida ou de
propriedade, entre seguradora e segurado, entre outros.
Um exemplo do caso de risco moral ocorre no seguro de um automóvel. A seguradora
calcula todos os riscos que o possı́vel segurado pode ter de acordo com a sua idade,
estilo de vida e locais que vive, trabalha e frequenta e cobra um preço condizente com
o risco. Entretanto, após firmado o contrato, o segurado, garantido pelo seguro, pode
passar a ter menos cuidado do que antes, passando a colocar o seu automóvel em maior
risco dirigindo ou estacionando em locais perigosos, dirigindo em alta velocidade, etc.
Deste modo, o risco moral ocorre porque, embora a seguradora consiga observar o
comportamento do agente antes da negociação, não pode verificá-la após o contrato,
permitindo que o segurado mude o seu comportamento.

2. Explique em que consiste o problema de agente-principal e exemplifi-


que sua resposta.
O problema do agente-principal ocorre quando existe um contrato bilateral nos
quais os participantes podem ser indivı́duos, firmas, instituições ou firmas reguladoras
e a relação é estabelecida através de um contrato. O principal é o responsável por
estruturar e propor o contrato, enquanto o agente é aquele que vai prestar algum serviço
de interesse do principal. O problema de assimetria de informação ocorre porque o

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principal não pode observar completamente as ações dos agentes. Para resolver este
problema, a teoria do agente-principal tenta encontrar mecanismos que ajudem a reduzir
a assimetria de informação, como através de contratos de incentivos, monitoramento
dos agentes, prêmios e sanções, e através da sinalização por parte dos agentes.
Um exemplo de agente-principal é o caso das grandes companhias ”Too big to fail”,
que são tão grandes e possuem tanta importância no mercado, que os governos não
a deixariam falir, independente de suas ações, devido às consequências para economia
daquele paı́s, ou como no caso da crise de 2008, para a economia mundial. Nesses
casos, o problema do agente-principal vai decorrer do moral hazard, pois, sabendo que
os governos irão garanti-las, essas empresas não possuem incentivos para agir sempre
corretamente, pois sabem que mesmo que ocorram ações ilegais e arriscadas, não serão
punidas à altura. E foi o que ocorreu com as empresas AIG e JPMorgan Chase, que
receberam dezenas de bilhões de dólares do governo americano para não irem a falência
e reduzir as perdas da crise do subprime.

11. No modelo de Wilson (1979, 1980), consideramos que a função de-


manda por carros usados onde a quantidade de carros demandados depende
do preço dos carros e da qualidade dos mesmos colocados no mercado (ofer-
tados pelos proprietários). Além disso, a qualidade média dos carros no
mercado depende dos preços, sendo que quando maiores forem os preços,
maior será a qualidade dos carros oferecidos. Assim, Q = D [p, µ(p)]. Onde
µ(p) refere-se à qualidade média dos carros e p e o preço. Portanto, no
modelo de Wilson (1979, 1980) os preços afetam a quantidade demandada
dos bens de dois modos: (i) em primeiro lugar já o efeito convencional, se-
gundo a qual quantidade demandada diminui quando preço aumenta e o (ii)
segundo efeito refere-se ao fato de que a função demanda se desloca para
cima quando a qualidade média dos carros usados aumenta. Assim sendo,
por exemplo, uma redução dos preços pode levar tanto a um aumento na
quantidade demandada como uma redução, dependendo do tamanho dos
dois efeitos.
a. Dadas estas considerações, mostre formalmente o argumento acima
(em outras palavras, derive Q com relação a P) e indique qual a condição
que deve ser satisfeita para que a curva de demanda possa ser positivamente
inclinada.

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A demanda por carros no modelo de Wilson (1979, 1980) é dada por:

D = D(P, µ(P )) (1)

A quantidade demandada depende do preço e da qualidade do produto. A demanda


se desloca para cima quando a qualidade média dos carros de aumenta. O efeito na
demanda de uma variação nos preços é dado por:

dQ/dP = (∂D/∂P ) + [∂µ/∂P · ∂D/∂µ(P )] (2)

Dada a função de qualidade média µ = µ(p) e ∂µ/∂P > 0, um não proprietário


maximizador de utilidade com parâmetro t irá escolher comprar um carro se e somente
se
P < tµ (3)

Se a qualidade média dos carros aumenta mais que proporcionalmente com o preço
sobre alguma amplitude, isto é, µ(P ) cresce mais do que P , então a condição tµ(P ) ≥ P
é mais provável de ser satisfeita à medida que o preço sobre esta amplitude aumenta.
Deste modo, nesta amplitude, a curva de demanda será positivamente inclinada.

b. Explique por que os compradores de um determinado produto podem


preferir preços altos a preços baixos no modelo de Wilson (1979, 1980)
No modelo de Wilson (1979, 1980), a demanda responderá diferente do modelo
clássico de equilı́brio sob competição e informação perfeita, em que a essa responde
somente ao preço. Nesse caso, uma vez que ocorre o problema de seleção adversa, a
demanda também será em função da qualidade do produto. Dado que a qualidade é em
função do preço, os compradores terão expectativas de que os carros com preços mais
altos são aqueles de melhor qualidade. Portanto, um comprador que busca um carro de
boa qualidade, irá disposto a pagar um preço mais elevado para garantir a qualidade
esperada. Assim, um aumento na média dos preços eleva também a qualidade dos
carros ofertados, já que atrai os ofertantes de bons carros. Por outro lado, existe
também o efeito convencional de relação inversa entre preço e quantidade demandada.
Deste modo, a demanda vai aumentar ou diminuir dependendo de qual dos efeitos se
sobressair.
c. Você considera o modelo de Wilson (1979,1980) plausı́vel tanto do
ponto de vista teórico como empı́rico? Indique uma situação em que o

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modelo poderia ser aplicável além do exemplo dos carros usados.
Sim, o modelo de Wilson (1979, 1980) é uma bem fundamentada extensão do mo-
delo de Akerlof (1970), que possui importância não só teórica, mas que também pode
ser comprovada empiricamente. Este problema poderia ser aplicado ao mercado de
trabalho. Quando uma empresa busca por exemplo, um gerente de alta importância,
oferecerá salários altos de maneira que possa atrair candidatos de melhor qualidade.
Neste caso, assim como ocorre no exemplo dos carros usados, a empresa (ou compra-
dor do serviço) e os candidatos (vendedores do serviço) irão preferir conjuntamente um
equilı́brio de salários (preço) do que o preço de equilı́brio, pois a empresa terá mais
garantias da qualidade ou produtividade do serviço contratado e o candidato poderá
compensar as desvantagens de não encontrar uma empresa anteriormente que pagasse
o valor da qualidade dos seus serviços.

12. A teoria dos contratos sob informação assimétrica é uma teoria que
analisa as caracterı́sticas de contratos ótimos bem como o comportamento
e as informações das partes, o agente e o principal. O objetivo da teoria
dos contratos sob informação assimétrica é a de identificar as caracterı́sticas
da relação contratual, especialmente àquelas relevantes para a distribuição
da informação que pode ser relevante para analisar o formato dos contratos
que correspondem a cada situação em particular. Tendo em vista estas
considerações preliminares pergunta-se:
Utilizando o modelo de Rickets (1986) tal como exposto em Macho-
Standler & PerezCastrillo (2001), ilustre graficamente a forma de um con-
trato entre um agricultor [agente] um proprietário da terra [o principal]
num contexto no qual: (i) ambos são relativamente avessos ao risco; Os dois
participantes compartilham o risco, se ambos são relativamente avessos ao risco .

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Figura 1: Macho-Stadler e Pérez-Castrillo (2001)

(ii) o principal [P] é neutro ao risco, mas o agente [A] é avesso ao risco;

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Figura 2: Macho-Stadler e Pérez-Castrillo (2001)

textbf(ii) o principal [P] é avesso ao risco, mas o agente [A] é neutro ao risco;

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b. Explique, como e porque os seguintes fatores são particularmente
importantes na determinação do pagamento com base no desempenho do
agente: (i) o valor do produto é sensı́vel ao esforço do agente; (ii) o nı́vel
de risco está muito além do controle do agente; (iii) o produto do agente
pode ser medido a um baixo custo; (iii) avalie, brevemente, as implicações
da introdução de sementes transgênicas nos contratos agrı́colas, na medida
em que tais sementes e culturas tornem-se mais resistentes a pragas e in-
tempéries.
Em uma relação de agente-principal com hidden action, o principal pode tentar
reduzir o problema motivando o agente a aumentar os seus esforços. Uma forma de fazer
isso é dando incentivos para aumentar o bom desempenho do candidato e recompensá-
lo como forma de manter alta sua produtividade. O pagamento por desempenho do
agente é particularmente importante quando o valor do produto é sensı́vel ao esforço do
agente. Neste caso, o pagamento pelo desempenho será recompensado pelo benefı́cio
dos altos esforços do agente a partir da melhor qualidade do produto.
Por outro lado, quanto ao nı́vel de risco, vai depender se o risco fora do controle
do agente é alto ou baixo. Quando o nı́vel de risco é baixo e o produto é determinado
principalmente pelo esforço do agente, é melhor para o principal pagar salários mais
altos em termos de compensação por incentivos. Entretanto, se o risco for elevado,
a compensação por incentivos ocorrerá a um custo muito elevado e a uma divisão
ineficiente dos riscos.

13.Explique, utilizando o modelo de Spence (1973), como a educação


pode ser vista como um sinal de produtividade da mão-de-obra.
A assimetria de informação ocorre quando em uma negociação entre dois agentes
ocorre de forma que uma das partes do contrato possui mais informações do que a
outra. Isso pode ocorrer por exemplo, em um caso de agente-principal, onde o princi-
pal, responsável pelo contrato, não possui o mesmo nı́vel de informação a respeito do
serviço do agente que irá contratar quanto o próprio agente. Como no caso da seleção
adversa, quando o comprador contrata um bem ou serviço indesejável, uma vez que
não possui informação completa sobre o que está contratando. No âmbito do mercado
de trabalho, as firmas passam por esse problema na contratação de seus funcionários,
já que não possuem total informação a respeito da produtividade desses agentes. As
firmas podem adotar polı́ticas que ajudem a atrair os candidatos desejados, oferecendo
melhores condições de trabalho e melhores salários. Já os trabalhadores podem indicar

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a qualidade de seus serviços e sua produtividade por meio de uma sinalização.
Segundo Spence (1973), a sinalização da parte informada - no caso do exemplo, o
trabalhador ocorre a um custo que depende de suas caracterı́sticas e quanto melhores
suas caracterı́sticas, maiores são os sinais. Essa sinalização portanto, ajudará a parte
não informada – nesse caso, as firmas, a escolher seus funcionários de acordo com
as caracterı́sticas sinalizadas pelos agentes. Embora educação e produtividade não
sejam sinônimos e a produtividade seja uma caracterı́stica difı́cil de mensurar, como
pontua Salanié (2005), alto nı́vel de educação e produtividade estão positivamente
correlacionadas, uma vez que ambos dependem de um fator comum, que é a disposição
para realizar certo trabalho. Deste modo, uma vez que a empresa não possui acesso
ao nı́vel de produtividade do candidato, esse pode sinalizar à firma a qualidade do seu
trabalho informando seu nı́vel educacional. Quanto maior qualificação do candidato, ou
seja, quanto mais anos de escolaridade possuir, melhor vai ser a sinalização. Entretanto,
os indivı́duos de baixa produtividade terão um custo maior de sinalização do que aqueles
de alta produtividade. Desta forma, os agentes mais produtivos estão mais propensos a
sinalizar, enquanto aqueles de baixa produtividade terão poucos incentivos para enviar
uma falsa sinalização.

a. Defina Equilı́brio Sinalizador e Agregador no modelo de Spence (1973)


e explique a diferença entre eles em termos de poder informativo
Formalmente, conforme descreve Salanié (2005, pg.103), em um Equilı́brio Sinali-
zador o agente de baixa produtividade escolhe estudar por e∗1 anos e o agente de alta
produtividade escolhe e∗2 > e∗1 anos. O empregador pode assim inferir a respeito da
produtividade dos agentes a partir do seu diploma. Um agente de baixa produtividade
recebe um salário igual a θ1 , então uma educação de alto custo não é de utilidade para
ele. Já o agente de alta produtividade, que estuda e∗1 > 0 anos recebe um salário θ2 .
Para ser um equilı́brio, o indivı́duos de baixa produtividade não podem ambicionar as
vagas do agente de alta produtividade. Em outras palavras, devemos ter:

u(θ2 ) − C(e∗2 ) ≥ u(θ1 ) − C(0, θ2 ) (4)

tal que e∗1 deve ser menor que algum ē.


Ou da mesma maneira, pela definição de Molho (1997, pg.64), o equilı́brio sinali-
zador ocorre quando os agentes não possuem incentivos para mudar suas decisões de
sinalização devido aos custos de sinalização e as ofertas salariais disponı́veis, que variam

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para diferentes nı́veis de educação. Deste modo, o sinal que elas emitem é aquele que
permitirá o maior retorno lı́quido possı́vel dada a sua condição. Ou seja, o seu salário
será igual à sua produtividade.
Seguindo Salanié (2005, pg. 104) o Equilı́brio Agregador, os Agentes tipo θ1 e θ2
escolhem o mesmo diploma e∗. Deste modo, os empregadores não possuem uma razão
para alterar suas crenças e oferecem a ambos o salário µ0 θ1 + (1 − µ0 θ2 ). O diploma
em um equilı́brio agregador portanto, é limitado acima por ¯ē, tal que

u(µ0 θ1 + (1 − µ0 θ2 )) − C(¯ē, θ1 ) = u(θ1 ) − C(0, θ1 ). (5)

Neste caso, portanto, os dois agentes enviam o mesmo sinal, sendo impossı́vel o empre-
gador distinguir a priori qual é o melhor candidato. Assim, o salário de equilı́brio θ∗
será muito baixo e será o mesmo para ambos os candidatos, a fim de que permita ao
empregador distinguir entre os indivı́duos dos dois grupos, de alta e baixa produtivi-
dade.
A diferença em termos de poder informativo entre os dois equilı́brios ocorre por
conta da sinalização. Enquanto no equilı́brio separador o sinal possui poder informativo
quanto à produtividade dos agentes dos grupos de alta e baixa produtividade, no caso
do equilı́brio agregador, a sinalização não terá nenhum poder de informação, visto que o
empregador não conseguirá distinguir entre os candidatos de alta e baixa produtividade.
Assim, no equilı́brio sinalizador, haverá uma redução da assimetria de informação, já
que o sinal terá valor informacional. Já no equilı́brio agregador, o sinal não terá poder
de informação e a assimetria vai ser equivalente à de antes da sinalização.

b. Ilustre graficamente os seguintes casos de equilı́brio no modelo de


sinalização de Spence (1973) e interprete seu significado em termos de bem-
estar para os agentes participantes (trabalhador de baixa produtividade,
trabalhador de alta produtividade e empresário):
(i). Um equilı́brio sinalizador:
No equilı́brio separador, os agentes não possuem incentivos para enviar falsas sina-
lizações ao contratante. Caso queira sinalizar um nı́vel de educação que não possua, o
indivı́duo de baixa produtividade terá um custo muito alto, de maneira que seu retorno
e utilidade esperada serão menores. Assim, ele terá um retorno lı́quido maior se não
sinalizar uma educação que não possui e receber o salário condizente com o seu nı́vel
de produtividade. No caso do agente de alta produtividade, os custos de sinalização

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serão menores, portanto, o agente terá incentivos para sinalizar, garantindo um salário
maior e condizente com sua alta produtividade.

(ii). Um equilı́brio agregador onde o sinal requerido, em termos de


educação, seja baixo: No equilı́brio agregador, os agentes de alta e baixa produ-
tividade possuem incentivos para enviar a mesma sinalização, pois o custo será baixo
para ambos os grupos. Neste caso, o nı́vel de educação requerido pelo empregador será
muito baixo e ambos receberão o mesmo salário. Para o agente de baixa produtividade,
o bem estar será maior, pois receberá um salário maior do que caso tivesse informado
sua verdadeira escolaridade e consequente baixa produtividade. Da mesma forma, para
o agente de alta produtividade, ele terá o maior retorno se informar o sinal y∗

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(iii). Um equilı́brio agregador onde o sinal requerido, em termos de
educação, seja muito elevado:
Diferentes equilı́brios, no sentido de sinalização ótima exigida pelo empregador, não
produzirão o mesmo nı́vel de bem-estar, pois uma sinalização requirida muito elevada
exigirá altos custos tanto aos agentes de baixa produtividade quanto àqueles de alta pro-
dutividade. não tornando ninguém melhor e impedindo da mesma forma, de diferenciar
os trabalhadores.

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(iii). Suponha um caso no que exista um equilı́brio sinalizador, no qual
o nı́vel de educação seja y ∗∗ , mas exista um outro equilı́brio, no qual o nı́vel
de equilı́brio seja menor y ∗ . Há forças na economia que poderiam levar o
equilı́brio y ∗∗ para y ∗ ?
No caso de existir outro equilı́brio separador com uma sinalização mais elevada, no
caso y ∗∗ , o sinal também seria preciso, pois os agentes de alta produtividade continu-
ariam sinalizando (porém com um custo maior do que no equilı́brio y ∗ ) e os agentes
de baixa produtividade permaneceriam não sinalizando. Entretando os custos seriam
maiores não só para os candidatos de alta produtividade que seriam selecionados, mas
também para as empresas, uma vez que esses agentes exigiriam também salários mais
elevados para compensar os custos maiores de uma maior sinalização.
Se o equilı́brio y ∗ já é suficiente para discriminar os grupos de alta e baixa produ-
tividade, as forças do mercado irão agir de maneira a baixar o sinal de equilı́brio y ∗∗
para y ∗ , uma vez que os custos sociais da diferença entre os dois nı́veis de educação
seriam muito altos para os quais não haveriam benefı́cios de compensação, visto que
y ∗ distingue os trabalhadores tão bem quanto y ∗∗ . Desta forma, se os agentes de alta
produtividade se mostrarem tão produtivos em y ∗ quanto em y ∗∗ , as empresas cuja
sinalização estava no equilı́brio y ∗∗ teriam incentivos para baixar a sinalização para y ∗ ,
pois obteriam o mesmo retorno a um custo menor.

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(iv). Compare os dois equilı́brios em termos de eficiência econômica.
Em termos de eficiência econômica, o equilı́brio separador será mais eficiente, uma
vez que reduzirá o problema de assimetria de informação entre o agente e o principal
e permitirá ao principal obter mais informações acerca os agentes e distinguı́-los em
grupos de alta e baixa produtividade e oferecer a remuneração condizente com a pro-
dutividade do agente. No caso do equilı́brio agregador, o mercado será mais ineficiente,
posto que haverá mais assimetria de informação e consequentes problemas de seleção
adversa, com nı́veis de educação exigidos pelo principal como sinalização muito bai-
xos e consequente contratação de mão-de-obra inadequada. Ou seja, o problema da
seleção adversa pode induzir o principal a contratar um agente de baixa produtividade
a uma remuneração acima do que aquilo que ele produz, levando à maior ineficiência
econômica.
No caso de dois equilı́brios sinalizadores, y ∗ e y ∗∗ , o equilı́brio y ∗ será mais eficiente
que y ∗∗ , já que conseguirá distiguir os dois grupos de agentes a custo econômico e social
menor, tanto para as firmas quanto para os candidatos.

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