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Princı́pio das Gavetas

Referências

Matemática Discreta

Osnildo Andrade Carvalho

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

Osnildo Carvalho Matemática Discreta


Princı́pio das Gavetas
Referências

Sumário

1 GRAFOS

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Grafos
A palavra grafo tem vários significados. Em linguagem não matemática, refere-se a um
método de representação de uma ideia ou conceito, por meio de uma ilustração ou por
escrito.

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Grafos
A palavra grafo tem vários significados. Em linguagem não matemática, refere-se a um
método de representação de uma ideia ou conceito, por meio de uma ilustração ou por
escrito. Tanto em matemática como na linguagem corrente, costuma-se referir-se a um
diagrama usado para exibir o relacionamento entre duas grandezas.

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Objetivos
(1)
(2)
(3)

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Fundamentos da teoria dos grafos

Coloração de mapas

Figure: Figura 1 (SCHEINERMAN, 2016)

Imagine um mapa de um continente mı́tico que tenha vários paı́ses. Você é um


cartógrafo encarregado de elaborar um mapa de seu continente. Para mostrar com
clareza os diferentes paı́ses, pinta suas regiões utilizando várias cores. Entretanto, se
fosse necessário pintar cada paı́s de uma cor diferente, o mapa ficaria berrante.
Para que o mapa seja claro, você decide usar o mı́nimo possı́vel de cores diferentes,
onde os paı́ses limı́trofes jamais devem ter a mesma cor.

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A pergunta é:
Qual é o menor número de cores necessárias para colorir o mapa?

SOLUÇÃO:

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A pergunta é:
Qual é o menor número de cores necessárias para colorir o mapa?

SOLUÇÃO: Podemos colorir o mapa da figura de 4 cores. Conforme figura 2.

Figure: Figura 2 (SCHEINERMAN, 2016)

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Isso suscita algumas questões


(1) Esse mapa pode ser colorido com menos de quatro cores?
(2) Há algum outro mapa que possa ser pintado com menos de quatro cores?
(3) Há algum mapa que exija mais de quatro cores?

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Isso suscita algumas questões


(1) Esse mapa pode ser colorido com menos de quatro cores?
(2) Há algum outro mapa que possa ser pintado com menos de quatro cores?
(3) Há algum mapa que exija mais de quatro cores?

Respostas:
(1) Não.

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Isso suscita algumas questões


(1) Esse mapa pode ser colorido com menos de quatro cores?
(2) Há algum outro mapa que possa ser pintado com menos de quatro cores?
(3) Há algum mapa que exija mais de quatro cores?

Respostas:
(1) Não.
(2) Sim.

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Isso suscita algumas questões


(1) Esse mapa pode ser colorido com menos de quatro cores?
(2) Há algum outro mapa que possa ser pintado com menos de quatro cores?
(3) Há algum mapa que exija mais de quatro cores?

Respostas:
(1) Não.
(2) Sim. Procure traçar um mapa que exija apenas duas cores. Exemplo, um
continente com 2 paı́ses.

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Isso suscita algumas questões


(1) Esse mapa pode ser colorido com menos de quatro cores?
(2) Há algum outro mapa que possa ser pintado com menos de quatro cores?
(3) Há algum mapa que exija mais de quatro cores?

Respostas:
(1) Não.
(2) Sim. Procure traçar um mapa que exija apenas duas cores. Exemplo, um
continente com 2 paı́ses.
(3) Problema notoriamente difcil. O problema é conhecido como o problema
das quatro cores de um mapa. Foi exposto pela primeira vez em 1852
por Francis Guthrie e permaneceu sem solução por cerca de um século,
até que em meados da década de 1970, Appel e Haken provaram que
todo mapa pode ser colorido usando-se, no máximo quatro cores.
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A coloração de mapa pode parecer um problema frı́volo. Considere agora o próximo


problema:
O escalonamento de exames
Imaginemos uma universidade em que haja milhares de estudantes e centenas de
cursos. Como a maioria das universidades, ao fim de cada perı́odo há uma época de
exames. Cada curso tem um exame final de três horas. Para um dia qualquer, a
universidade poderia programar dois exames finais.

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Ora, seria praticamente impossı́vel umn estudante matriculado em dois cursos fazer
ambos os exames finais se eles fossem realizados no mesmo intervalo de tempo.
Uma solução simples para esse problema conciste em realizar apenas um exame
durante qualquer perı́odo. Porém, se o perı́odo de exames começa em maio, só
terminará no fim de novembro!
A solução é ter o menor número possı́vel de perı́odos de exame.
Tanto o problema de coloração de mapas quanto quanto o escalonamento de exames
tem a mesma estrutura básica.

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Três serviços
Imagine uma ”cidade” contendo três casas e três usinas, que fornece gás, água e
eletricidade. Como planejador urbano, você deve estabelecer ligações de cada serviço
com cada casa. É preciso ter três fios elétricos (da usina para cada uma das três
casas), três canos de água (do reservatório para cada casa) e três linhas de gás (da
usina para as casas). As casas e as usinas podem ser colocadas em qualquer lugar que
queiramos. Mas dois fios/canos/lihnas jamais devem se cruzar!

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O diagrama da figura 3 mostar uma tentativa fracassada para construir uma disposição
coveniente.

Figure: Figura 2 (SCHEINERMAN, 2016)

SOLUÇÃO:

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O diagrama da figura 3 mostar uma tentativa fracassada para construir uma disposição
coveniente.

Figure: Figura 2 (SCHEINERMAN, 2016)

SOLUÇÃO: É impossı́vel construir um planejamento gás/água/eletricidade para as três


casas sem que ao menos um par de linhas se cruze.

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Esse problema parece frı́volo. Consideremos então a seguinte situação:


Painel com circuito impresso
Um painel com um circuito impresso é um pedaço plano de plástico em que estão
montados vários dispositivos eletrônicos (resistores, condensadores, circuitos integrados
etc.). As ligações entre esses dispositivos são feitas imprimindo-se fios desencapados de
metal na superfı́cie do plástico. Se dois desses fios se cruzassem, haveria um
curto-circuito. O problema é:
Podemos imprimir no plástico os vários fios conectores de modo que não haja
cruzamentos?

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Se não haver cruzamentos, então o painel de circuitos pode ser construı́do em


camadas, mas esse processo é mais dispendioso. Encontrar uma disposição sem
cruzamento reduz os custos de produção, merecendo, pois, ser tentado (especialmente
para um dispositivo de produção em massa).

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O problema das sete pontes


Eis outro problema clássico. No final do século XVIII, na cidade de Königsburg (hoje
chamada Kaliningrado e localizada na seção desligada da Russia), havia sete pontes
ligando várias partes da cidade; a configuração é a da figura exposta a seguir.

Figure: Figura 2 (SCHEINERMAN, 2016)

Os moradores gostavam de passer pela cidade à tarde e cogitaram se não haveria um


trajeto em que cada ponte fosse atravessada exatamente uma vez.

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SOLUÇÃO:

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SOLUÇÃO: Impossı́vel. A demosntração é atribuı́da a Euler - que abstraiu o problema


em um diagrama como mostrado na figura 4.

Figure: Figura 2 (SCHEINERMAN, 2016)

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SOLUÇÃO: Impossı́vel. A demosntração é atribuı́da a Euler - que abstraiu o problema


em um diagrama como mostrado na figura 4.

Figure: Figura 2 (SCHEINERMAN, 2016)

Cada linha no diagrama é uma ponte em Königsburg. O problema de atravessar as


sete pontes é agora substituı́do pelo problema de traçar a figura 4 sem levantar o lápis
do papel e sem retraçar nenhuma linha.
Pode-se desenhar dessa maneira a figura em questão?
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No diagrama, há quatro lugares onde as linhas se cruzam;


em cada um desses lugares o número de linhas é ı́mpar. Afirmamos: se pudermos
traçar essa figura da maneira indicada, o ponto em que se um número ı́mpar de linhas
de só pode ser ou o ponto inicial ou final do desenho.
Pense em um ponto intermediário do desenho, isto é, qualquer junção que não seja a
junção em que começamos ou aquela em que chegamos a esse ponto ao longo de uma
linha (não é permitido retraçar a linha). Assim, todo ponto de junção no diagrama
deve ser ou o primeiro ou o último ponto do desenho. Naturalmente, isso não é
possı́vel posi temos 4 desses pontos no desenho.
Portanto, é impossı́vel fazer o tour da cidade de Königsburg e atravessar cada uma das
7 pontes exatamente uma vez.

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Trata-se de um jogo interessante, embora pareça um tanto frı́volo. Agora veja o


mesmo prblema mais sério:
Você é um planejador urbano
Agora, em vez deoferecer serviços de utilidades, você está encarregado do trabalho de
coleta de lixo. Sua pequena cidade comporta apenas um caminhão de lixo. Seu
trabalho é planejar a rota que o caminhão deve seguir. O lixo deve ser coletado ao
longo de cada rua de sua cidade. Seria uma perda de tempo se o caminhão fosse
atravessar a mesma rua mais de uma vez. Você poderá achar um trajeto para o
caminhão de modo que ele passe em cada rua apenas uma vez?

SOLUÇÃO:

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Trata-se de um jogo interessante, embora pareça um tanto frı́volo. Agora veja o


mesmo prblema mais sério:
Você é um planejador urbano
Agora, em vez deoferecer serviços de utilidades, você está encarregado do trabalho de
coleta de lixo. Sua pequena cidade comporta apenas um caminhão de lixo. Seu
trabalho é planejar a rota que o caminhão deve seguir. O lixo deve ser coletado ao
longo de cada rua de sua cidade. Seria uma perda de tempo se o caminhão fosse
atravessar a mesma rua mais de uma vez. Você poderá achar um trajeto para o
caminhão de modo que ele passe em cada rua apenas uma vez?

SOLUÇÃO: Se sua cidade tem mais de duas interesecções onde se cruza em número
ı́mpar de caminhos, então tal trajeto é impossı́vel.

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Grafo - definição
Um grafo é um par G = (V, E), em que V é um conjunto finito e E é um conjunto de
subconjuntos de dois elementos de V .

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Grafo - definição
Um grafo é um par G = (V, E), em que V é um conjunto finito e E é um conjunto de
subconjuntos de dois elementos de V .

Não entendeu?

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Grafo - definição
Um grafo é um par G = (V, E), em que V é um conjunto finito e E é um conjunto de
subconjuntos de dois elementos de V .

Não entendeu? pode parecer que não tenha nada a ver com os problemas motivadores
que introduzimos?

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Grafo - definição
Um grafo é um par G = (V, E), em que V é um conjunto finito e E é um conjunto de
subconjuntos de dois elementos de V .

Não entendeu? pode parecer que não tenha nada a ver com os problemas motivadores
que introduzimos?

Vamos estudar cuidadosamente com um exemplo.

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Exemplo 1
Seja
G = ({1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, {{1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {3, 4}{5, 6}})
Aqui V é o conjunto finito {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} e E é o conjunto que contém cinco
subconjuntos de dois elementos de V : {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {3, 4} e {5, 6}. Portanto
G = (V, E) é um grafo.

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Exemplo 1
Seja
G = ({1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, {{1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {3, 4}{5, 6}})
Aqui V é o conjunto finito {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} e E é o conjunto que contém cinco
subconjuntos de dois elementos de V : {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {3, 4} e {5, 6}. Portanto
G = (V, E) é um grafo.

Os elementos de V são chamados de vértices do grafo e os elementos de E são as


arestas do grafo.
Tenha em mente: os elementos de E são subconjuntos de V , cada um contém
exatamente dois vértices.
O grafo do exemplo 1 tem exatamente 7 vértices e cinco arestas.

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Há maneira interessantes de traçar figuras de grafos.


É importante notar, entretanto, que uma ilustração de um grafo não é a mesma coisa
que o grafo em si mesmo!

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Figuras que representam o grafo do exemplo 3

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

Cada aresta em E é representada por uma curva entre dois pontos. e = {u, v} ∈ E,
onde a areta e como uma curva unindo os pontos que representam u e v.

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Adjacência - definição
Sejam G = (V, E) um grafo e u, v ∈ V . Dizemos que u é adjacente a v se e somente
se {u, v} ∈ E. A notação u ∼ v significa que u é adjacente a v.

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Adjacência - definição
Sejam G = (V, E) um grafo e u, v ∈ V . Dizemos que u é adjacente a v se e somente
se {u, v} ∈ E. A notação u ∼ v significa que u é adjacente a v.

Cuidado!
Não devemos dizer que u ”está conectado a v”. A expressão está conectado a tem
significação inteiramente diferente. Dizemos que u está unido a v.

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Ponto terminal
Se {u, v} é uma aresta de G, dizemos que u e v são pontos terminais da aresta.
Essa linguagem lembra o traçado de G: os pontos terminais da curva que representa a
aresta {u, v} são os pontos que representam os vértices u e v.

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Ponto terminal
Se {u, v} é uma aresta de G, dizemos que u e v são pontos terminais da aresta.
Essa linguagem lembra o traçado de G: os pontos terminais da curva que representa a
aresta {u, v} são os pontos que representam os vértices u e v. Todavia, é importnte
ter sempre em mente que uma aresta de um grafo não é um segmento de reta ou
curva; mas é um subconjunto de dois elementos do conjunto de vértices.

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Omissão das chaves


às vezes, é incômodo escrever as chaves para uma aresta {u, v}. Desde que não haja
risco de confusão, é aceitável escrevermos uv em vez de {u, v}.

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Omissão das chaves


às vezes, é incômodo escrever as chaves para uma aresta {u, v}. Desde que não haja
risco de confusão, é aceitável escrevermos uv em vez de {u, v}.

Incidente
Um vértice nunca pode ser considerado adjacente a si mesmo.

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Linguagem matemática!
A palavra GRAFO não está 100% padronizada. O que chamamos de GRAFO é
frequentemente designado grafo simples. Há outras formas mais exóticas de grafos.

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Linguagem matemática!
A palavra GRAFO não está 100% padronizada. O que chamamos de GRAFO é
frequentemente designado grafo simples. Há outras formas mais exóticas de grafos.

De acordo a nossa definição de Grafo, uma aresta de um grafo é um subconjunto de


dois elementos.

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Linguagem matemática!
A palavra GRAFO não está 100% padronizada. O que chamamos de GRAFO é
frequentemente designado grafo simples. Há outras formas mais exóticas de grafos.

De acordo a nossa definição de Grafo, uma aresta de um grafo é um subconjunto de


dois elementos.
Como a notação não é padrão, alguns matemáticos admitem um vértice ser adjacente
a si mesmo, chamando de LAÇO.

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Linguagem matemática!
A palavra GRAFO não está 100% padronizada. O que chamamos de GRAFO é
frequentemente designado grafo simples. Há outras formas mais exóticas de grafos.

De acordo a nossa definição de Grafo, uma aresta de um grafo é um subconjunto de


dois elementos.
Como a notação não é padrão, alguns matemáticos admitem um vértice ser adjacente
a si mesmo, chamando de LAÇO.
Também admitem mais de uma aresta para a mesma extremidade, chamada de arestas
paralelas ou múltiplas.

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Linguagem matemática!
A palavra GRAFO não está 100% padronizada. O que chamamos de GRAFO é
frequentemente designado grafo simples. Há outras formas mais exóticas de grafos.

De acordo a nossa definição de Grafo, uma aresta de um grafo é um subconjunto de


dois elementos.
Como a notação não é padrão, alguns matemáticos admitem um vértice ser adjacente
a si mesmo, chamando de LAÇO.
Também admitem mais de uma aresta para a mesma extremidade, chamada de arestas
paralelas ou múltiplas.

Aqui admitiremos que os grafos não terão laços nem arestas paralelas, ou seja,
grafos simples

Caso queiramos admitir um grafo que pode ter arestas paralelas e laços, empregamos a
palavra MULTIGRAFO.
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Vizinhaça
Seja G = (V, E) um grafo e suponhamos que u e v sejam vértives de G. Se u e v são
adjacentes, dizemos também que u e v são vizinhos. O conjunto de todos os vizinhos
de um vértice v é chamado de vizinhaça de v e se denota por N (v). Isto é,

N (v) = {u ∈ V : u ∼ v}

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Para o grafo do exemplo 1, temos

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

N (1) =

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Para o grafo do exemplo 1, temos

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

N (1) = {2, 3} , N (2) =

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Para o grafo do exemplo 1, temos

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

N (1) = {2, 3} , N (2) = {1, 3}, N (3) =

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Para o grafo do exemplo 1, temos

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

N (1) = {2, 3} , N (2) = {1, 3}, N (3) = {1, 2, 4} N (4) =

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Para o grafo do exemplo 1, temos

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

N (1) = {2, 3} , N (2) = {1, 3}, N (3) = {1, 2, 4} N (4) = {3} N (5) =

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Para o grafo do exemplo 1, temos

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

N (1) = {2, 3} , N (2) = {1, 3}, N (3) = {1, 2, 4} N (4) = {3} N (5) = {6} N (6) =

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Para o grafo do exemplo 1, temos

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

N (1) = {2, 3} , N (2) = {1, 3}, N (3) = {1, 2, 4} N (4) = {3} N (5) = {6} N (6) = {5}
N (7) =

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Para o grafo do exemplo 1, temos

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

N (1) = {2, 3} , N (2) = {1, 3}, N (3) = {1, 2, 4} N (4) = {3} N (5) = {6} N (6) = {5}
N (7) = ∅

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GRAU
Seja G = (V, E) e seja v ∈ V . O grau de v é o número de arestas com as quais v é
incidente. O grau (degree) de v se denota por dG (v) ou, se não houver risco de
confusão apenas d(v). onde

d(v) = |N (v)|

Alguns teóricos também chamam de valência. Pois os grafos servem de modelos de


moléculas orgânicas. A valência de um átomo em uma molécula é o número de
ligações que ele forma com seus vizinhos.

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Do grafo do exemplo 3 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

d(1) =

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Do grafo do exemplo 3 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

d(1) = 2 , d(2) =

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Do grafo do exemplo 3 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

d(1) = 2 , d(2) = 2, d(3) =

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Do grafo do exemplo 3 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

d(1) = 2 , d(2) = 2, d(3) = 3 d(4) =

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Do grafo do exemplo 3 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

d(1) = 2 , d(2) = 2, d(3) = 3 d(4) = 1 d(5) =

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Do grafo do exemplo 3 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

d(1) = 2 , d(2) = 2, d(3) = 3 d(4) = 1 d(5) = 1 d(6) =

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Do grafo do exemplo 3 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

d(1) = 2 , d(2) = 2, d(3) = 3 d(4) = 1 d(5) = 1 d(6) = 1 d(7) =

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Do grafo do exemplo 3 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

d(1) = 2 , d(2) = 2, d(3) = 3 d(4) = 1 d(5) = 1 d(6) = 1 d(7) = 0


Ocorre algo interessante se somarmos os graus dos vértices de um grafo. Do exemplo 3
temos:
X
d(v) = d(1) + d(2) + d(3) + d(4) + d(5) + d(6) + d(7)
v∈V

= 2 + 2 + 3 + 1 + 1 + 1 + 0 = 10
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que é exatamente o número de arestas de G. Isto não é uma coincidência.


Teorema 1
Seja G = (V, E). A soma dos graus dos vértices em G é o dobro do número de
arestas; isto é,
X
d(v) = 2|E|
v∈V

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Notação e vocabulário adicionais

Introduziremos termos e notações usados como frequência na teoria dos grafos.


Grau máximo e mı́nimo
O grau máximo de um Vértice em G se denota por ∆G, e o grau mı́nimo de um
vértice em G é denotado por δG.
As letras ∆ e δ são letras gregas delta maiúsculo e minúsculo respectivamente
(correspondente aos D e d latinos).

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Do grafo do exemplo 1 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

SOLUÇÃO: ∆(G) =

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Do grafo do exemplo 1 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

SOLUÇÃO: ∆(G) = 3 e δ(G) =

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Do grafo do exemplo 1 temos,

Figure: Figura 6 (SCHEINERMAN, 2016)

SOLUÇÃO: ∆(G) = 3 e δ(G) = 0

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Grafos regulares
Se todos os vértices de G têm o mesmo grau, dizemos que G é regular. Se um grafo é
regular e todos os vértices têm grau r, o grafo também é chamado r-regular.

Figure: Figura 5 (SCHEINERMAN, 2016)

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Grafos regulares
Se todos os vértices de G têm o mesmo grau, dizemos que G é regular. Se um grafo é
regular e todos os vértices têm grau r, o grafo também é chamado r-regular.

Figure: Figura 5 (SCHEINERMAN, 2016)

Observação
Os termos aresta e vértices não são padronizados. Alguns autores se referem aos
vértices como nós, outros chamam-nos de pontos. Analogamente, as arestas também
são denominadas arcos, conexões ou linhas.

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Conjunto de Vértices e arestas


Seja G um grafo. Normalmente chamamos de V (G) o conjunto de vértices e E(G) o
conjuntos de arestas.

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Conjunto de Vértices e arestas


Seja G um grafo. Normalmente chamamos de V (G) o conjunto de vértices e E(G) o
conjuntos de arestas.

Conjunto de Vértices e arestas


Seja G = (V, E) um grafo. A ordem de G é o número de vértices em G,isto é |V (G)|
ou |V |. O tamanho de G é o número de arestas, isto é, |E(G)| ou |E|

é costume também chamar: |V | = n e |E| = m, ou mesmo

ν(G) = |V (G)| e ε(G) = |E(G)|

ν -(ni)letra grega corresponde a letra n romana. A letra grega ε(epsı́on estilizado)


corresponde ao e romano (de edges = arestas).

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Princı́pio das Gavetas
Referências

Grafos completos
Seja G um grafo. Se todos os pares de vértices distintos são adjacentes em G, dizemos
que G é completo.

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Grafos completos
Seja G um grafo. Se todos os pares de vértices distintos são adjacentes em G, dizemos
que G é completo. Um grafo completo de n vértices se denotapor Kn .

O grafo da figura é um K5

Figure: Figura 5 (SCHEINERMAN, 2016)

O extremo oposto é o grafo desprovido de arestas, ou seja sem arestas.


Um grafo desprovido de vértices (consequentemente sem arestas) é um grafo vazio.
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Recapitulando
Começamos motivando o estudo da teoria dos grafos com três problemas clássicos (e
variações não banais destes). Introduzimos, então, formalmente, o conceito de grafo,
tendo o cuidado de distinguir entre um grafo e sua imagem pictórica. Estudamos a
relação de adjacência, concluindo com o resultado de que a soma dos graus dops
vértices em um grafo é igual ao dobro do número de aresta do grafo. Por fim,
introduzimos uma terminologia adicional da teoria dos grafos.

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SCHEINERMAN, E. R.: Matemática Discreta - Uma Introdução. São Paulo:


Thomson Pioneira, 2003.
GERSTING, J. L. Fundamentos Matemáticos para a Ciência da Computação. Editora
LTC, 2004.

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