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UNIVERSIDADE NILTON LINS

CURSO DE MEDICINA

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS


Professora: Ivonne Canales

MANAUS-AM
2019
UNIVERSIDADE NILTON LINS
CURSO DE MEDICINA

TEMA: DESCENTRALIZAÇÃO DO SUS NOS ANOS DE 1991 E 1992

TURMA: MEDICINA 2019/1


ALUNOS(AS): Ana Carolaine Lima
Brenda Gabrielle
Camila Roberta Rebelo
Carlos Eduardo
Caroline Guimarães
Cristiane Barreto
João Ricardo Neto
Pammela Carvalho
Priscila Caroline

Trabalho enviado à Profa. Ivonne


Canales, para obtenção de nota
parcial referente à disciplina de
Fundamentos da atenção à saúde
no SUS, do primeiro semestre do
curso de Medicina do ano de
2019.

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INTRODUÇÃO

O sistema Único de saúde (SUS), foi criado pela constituição federal de


1988 e regulamentado pela Lei 8080/90. Essa lei define o SUS como: conjunto
de ações e serviços de saúde prestado por órgãos e instituições públicas
Federais, Estaduais e Municipais, da administração direta e indireta e das
fundações mantidas pelo poder público. Esse sistema é regido por princípios e
diretrizes, dentre eles podemos destacar: universalidade, que nada mais é o
acesso garantido a uma boa saúde por todas as pessoas, integralidade, que por
sua vez prega a visão do paciente visto como um todo e equidade, que tem como
objetivo diminuir a desigualdade entre as pessoas atendidas.

Como diretrizes, regionalização e hierarquização são as que de fato


fazem o sistema funcionar, pois é dessa forma que os recursos organizados e
preparados para serem ofertados de acordo com a necessidade de cada caso
atendido. Outra diretriz de grande importância é a descentralização, essa por
sua vez rege o bom funcionamento do sistema, pois permite que cada esfera
seja ela federal, estadual ou municipal tenha suas responsabilidades na
prestação de serviços de saúde, dando autonomia para tomada de decisões por
parte de cada um desses governos, porém, sempre respeitando os princípios
gerais do sistema.

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DESENVOLVIMENTO

Mais especificamente, vamos falar do processo de formação de uma das


diretrizes organizacionais do SUS, o processo de descentralização. A partir da
década de 1990, esse processo representou importante avanço no sentido da
construção do Sistema Único de Saúde. No entanto, deve-se considerar que
esse processo foi impulsionado e induzido pelo Ministério da Saúde por meio
da edição de sucessivos instrumentos normativos, as Normas Operacionais
Básicas do SUS (NOB), editados a partir de 1991.

De maneira geral e como já citado anteriormente, nesse processo, o


poder e a responsabilidade sobre o setor são distribuídos entre os três níveis de
governo (Federal, Estadual e Municipal), objetivando uma prestação de serviços
com mais eficiência e qualidade e também a fiscalização e o controle por parte
da sociedade.

A descentralização foi impulsionada por diversos fatores, dentre eles


podemos salientar:

• Uma resposta à estrutura anterior da assistência à saúde, extremamente


concentradora e autoritária nas decisões, obviamente inadequada para um país
do tamanho e complexidade do Brasil.

• Somente em um sistema descentralizado, seria possível a maior participação


de todos os interessados na formulação da política e na implantação de serviços
e ações de saúde, adaptados às diferentes regiões e realidades de saúde.

• A noção de que o município é o mais adequado âmbito para tratar a questão


da saúde de maneira direta, uma vez que é o ente federado mais próximo da
população, capaz, portanto, de identificar as peculiaridades e as diversidades
locais e adaptar as estratégias para a superação dos problemas de saúde, de
forma integral.

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• A associação dessas duas razões implica e evidencia a responsabilidade do


gestor municipal, mais acessível à participação, avaliação e fiscalização dos
cidadãos, usuários diretos do sistema.

• Nesses moldes, a descentralização também seria uma solução para outro


problema herdado do sistema de saúde anterior ao SUS: direções múltiplas e
desintegradas, cuja situação exemplar era o duplo comando decorrente da
divisão de funções e recursos entre os serviços do Ministério da Previdência
Social, de um lado, e do Ministério da Saúde, de outro.

• Daí, a ênfase do texto constitucional, como na Lei no 8.080,5 sobre a


"descentralização, com direção única em cada esfera de governo".

Em síntese, pode-se dizer que, no processo de implantação do SUS, em


termos de concretizar ou pôr em prática os seus princípios e diretrizes, o da
descentralização das ações e serviços de saúde foi o que teve maior avanço.
A ideia, portanto, da descentralização da saúde parece ter um potencial
significativo, no sentido de que cada esfera pode assumir e atuar como base da
Federação, com maior agilidade para provocar as devidas transformações,
principalmente na área das políticas sociais, particularmente na saúde, enquanto
política pública.

O que não significa isolamento, mas uma progressiva e permanente


articulação e integração com o nível Estadual e Federal, no seu respectivo e
competente papel constitucional e das Legislações Complementares. Para
ilustrar melhor, a figura a seguir nos mostra como se relacionam princípios e
diretrizes organizacionais do sistema único de saúde (SUS).

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FÍGURA 1: RELAÇÃO DIRETA DAS DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS COM OS


PRINCIPIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SÁUDE.

FÍGURA 2: RESPONSABILIDADES GOVERNAMENTAIS APÓS O PROCESSO DE


DESCENTRALIZAÇÃO DO SUS.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- https://pensesus.fiocruz.br/descentralizacao

2- Levcovitz E, Lima LD, Machado CV. Política de saúde nos anos 90;
relações intergovernamentais e o papel das Normas Operacionais
Básicas. Ciênc Saúde Coletiva 2001; 6:269-93.

3- Viana ALd’A, Heimann LS, Lima LD, Oliveira RG, Rodrigues SH.
Mudanças significativas no processo de descentralização do sistema de
saúde no Brasil. Cad Saúde Pública 2002; 18 Suppl:139-51.

4- Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. SUS – Descentralização.


Brasília: Ministério da Saúde; 2000.

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