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LUSOPHONES - TOULOUSE
NÍVEL A2
Baú Fantástico
da Lusofonia
A DESCOBERTA DE
As autoras
O projeto do nosso caderno nasceu da vontade de sensibilizar os alunos
lusófonos a contos, lendas e mitos presentes no imaginário popular e no rico
folclore dos países de expressão portuguesa. As narrativas de tradição oral são
geradoras de interesse, curiosidade e imaginação consoante a dimensão lúdica,
fantástica ou didática. Muitas intemporais e fora do tempo, fazem parte das raízes
de cada civilização por refletirem o sentir e o pensar dum povo. Como bem salienta
o escritor Alexandre Parafita:
“A tradição oral é a transmissão de saberes, pelo povo, de geração em
geração, isto é, de pais para filhos ou de avós para netos. Estes saberes
tanto podem ser os usos e costumes das comunidades, como podem ser os
contos populares, as lendas, os mitos e muitos outros textos que o povo
guarda na memória (provérbios, orações, lengalengas, adivinhas,
cancioneiros, romanceiros, etc.).”
Essa maneira privilegiada de transmitir saberes é vista por folcloristas,
linguistas, historiadores e antropólogos como sendo de suma importância. A
literatura oral faz parte do património imaterial de cada comunidade. É através de
suas histórias que os povos podem marcar a sua diferença, sinalizar as suas raízes
e revelar a sua identidade cultural. Conhecer as histórias populares advindas da
arte de contar e dizer permite melhor entender e respeitar um país e seu povo, e
assim poder integrar-se a sua cultura.
Todavia, sabemos que permanece um fundo comum presente no património
oral das diferentes culturas lusófonas, resultado de séculos e séculos de
miscigenação cultural e social entre os diferentes povos. Inúmeras narrativas
populares partilham ingredientes comuns (como as personagens, as situações, as
morais...) e propõem ensinamentos convergentes que, ao final, unem a
generalidade dos povos e das civilizações.
Nós cremos que existe uma correlação vital entre o ensino duma língua
estrangeira e o ensino da sua história e da sua cultura. Os contos e as lendas são,
assim o pensamos, um dos caminhos mais fáceis e prestes de conhecer a cultura
dum povo. Acreditamos que é primordial aprofundar e incentivar o conhecimento
mútuo entre as diferentes culturas dos povos que habitam o espaço lusófono.
ÍNDICE Pág.
• Atividades e Joguinhos 14
• Produção Textual 19
► A Lenda da Mandioca 20
• Antes de ler
• Atividades e Joguinhos 24
• Produção textual 29
► Glossário 35
SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA
Com mais de 250 milhões de falantes, o português é uma das línguas mais faladas no mundo.
A língua portuguesa foi difundida a partir do século XV pelos navegadores, soldados, missionários
e comerciantes à medida que Portugal criava o primeiro e mais durável império colonial europeu.
• Europa: Portugal (e os
arquipélagos da Madeira
e dos Açores)
• América: Brasil
• África: Moçambique, Angola,
Guiné-Bissau, Cabo Verde,
São Tomé e Príncipe,
Guiné Equatorial
• Ásia: Timor-Leste, Macau
Pouco a pouco, a língua portuguesa misturou-se com os traços linguísticos dos povos
colonizados. Essa mistura tornou-a muito rica e diversa. Hoje, ela carrega um pouco de cada
cultura e de cada identidade das comunidades de falantes de português.
8
CONTO PORTUGUÊS
A lenda do
Caldo de Pedra
ANTES DE LER
Raposa • • Mugir
Vaca • Balir
•
Burro •
• Ladrar
Cabra •
Galinha • • Azurrar
Cão • • Regougar
Ovelha • • Cacarejar
9
A sopa de Pedra
Uma raposa cheia de fome andava pelo campo à procura de algo para comer.
Avistando uma quinta, aproxima-se e pergunta aos animais presentes no
quintal:
- Alguém aqui tem um pouco de
comida para dar a uma pobre
raposa faminta?
- Muuuuuu!Não, muge a vaca.
- Não tenho nada para ti, ih, óh!
azurra o burro.
- Béééééé!Eu também não,
bale a cabra.
- Nada, cá-cárá-cácá!
cacarejam as galinhas.
- Au! Au! Vai-te embora daqui,
ladra o cão resmungão.
Vendo que não lhe querem dar nada, a raposa, que de todos
os animais é o mais esperto, responde-lhes:
- Nesse caso vou preparar uma sopa de pedra.
Os animais começam a rir. A raposa ladina regouga:
- Então nunca comeram sopa de pedra?
Só lhes digo que é uma coisa muito boa.
10
A raposa vira-se para a ovelha e pergunta:
- Senhora Ovelha, se faz favor, pode ir
buscar um pouco d'água?
- Sim, béééééé! Vou já, bale a ovelha.
E ela vai à poça encher um balde d'água.
Enquanto isso, a raposa acende um lume. Tira da sua trouxa uma panela,
enche-a d'água e põe-na ao lume. Com muito cuidado, escolhe uma pedra do
chão, esfrega-lhe a terra e coloca-a no fundo da panela.
- Vai ser uma excelente sopa de pedra! diz a raposa
esfregando as mãos de contente.
Todos os animais da quinta rodeiam-na com muita curiosidade. A raposa
astuciosa apanha um pau para fazer de colher e mexe a sopa no tacho.
Em seguida, prova-a e, lambendo os lábios, declara:
- Huuuum! que delícia! Mas com um pouco de sal e de pimenta,
só para dar gosto, ficaria melhor.
11
- Sabem... também fica bem com uma cenourinha,
sugere ela com malícia.
O burro galopa até o prado e volta com uma cenoura
murcha. A raposa pela-a, corta-a às rodelas
e atira-as dentro da panela. Mexe a sopa e diz:
- Ainda não está como deve ser. Deixem-me pensar...
Mas claro! Faltam umas folhas de couve.
12
Os animais provam-na e... a sopa de pedra está uma maravilha!
Todos dizem que nunca comeram uma sopa assim tão boa.
Ao final, nem sobra uma gota. O velho cão, que já não
resmunga mais, diz:
- É incrível! Uma sopa tão boa
feita com uma simples pedra!
Arruma-a na sua trouxa, junto com a panela e a sua colher de pau nova.
- Pronto, agora que estamos todos com a barriga cheia, posso ir embora.
Os animais, contentes e saciados, convidam-na a voltar à quinta quando
quiser, para preparar novamente a sua excelente sopa de pedra. Com um grande
sorriso, a raposa promete-lhes que, sim, vai voltar sem falta!
2. A raposa é a mais esperta de todos os animais. Tenta encontrar no conto três sinónimos da
palavra esperta:
→ →
Riem-se da raposa.
JOGUINHOS
4. Lê as dicas seguintes e adivinha as palavras quebradas usando as sílabas do quadro. Para te
ajudar, as primeiras e últimas letras já estão preenchidas.
a. Pôr sal e pimenta na comida T ___ ___ ___ ___ ___ ___ R
b. Terreno plantado de hortaliças e legumes H ___ ___ ___ A
c. Entrar em ebulição F ___ ___ ___ ___ R
d. Tirar a casca, a pele dum legume/fruto D ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ R
e. Abrigo para os animais da quinta E ___ ___ ___ ___ ___ ___ O
f. Recipiente onde se cozinha, sinónimo de T ___ ___ ___ O
panela
14
1 2
5. Preenche a grelha de palavras cruzadas. D F
3 H
Vertical
1. Ação de tirar as folhas
2. Esfomeada, cheia de fome 4 F 5
4. Terreno à volta da quinta N
5. Onde os animais vão pastar
6. Serve de mochila de pano 6
I 7 C A
8 C R D
9 R Horizontal
__ Ã __ C __ __ __ __ __, G __ __ __ __, F __ __ __
papo-seco, molete, etc.
broa, triga-milha, carcaça, para comer, espetar, cortar
Pista: Pista:
6.1. Circula no conto os diferentes legumes utilizados. Eis os adjetivos que os acompanham.
Liga cada um deles a sua definição:
☐ Bonitos ☐ Feios
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6.3. Sabes que todos os anos, 1.3 bilião de toneladas de alimentos são deitados fora ou perdidos.
Quanto achas que isso representa ao nível das produções mundiais de comida:
6.4. Duma maneira, os animais, ao fazer uma sopa com legumes feios, lutaram contra
o desperdício alimentar. Para ti, no dia a dia, quais outras soluções podem ser adotadas para
evitar de malgastar:
7. A lenda da sopa de pedra ensina-nos muitas lições. Para ti, quais podem ser as morais deste
conto ?
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Cenoura Sal e Milho Nabo e Couve Água
Pimenta batata
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8.3. Com a ajuda do texto, preenche os espaços em branco selecionando, da lista do quadro, a
palavra adequada:
PÁRA E PENSA
Para conjugar um verbo na segunda
9. Lê a regra explicada no quadro à direita
pessoa do singular (tu) no modo
e completa as frases com verbos na segunda pessoa
imperativo afirmativo, usa-se a forma
do singular no modo imperativo afirmativo:
verbal da segunda pessoa do
a. ___________________(escrever) uma frase. singular do presente do indicativo
b. ______________ (abrir) a porta. cortando-se o -s final.
Ex: Andar → anda
c. ___________ (ter) cuidado!
Comer → come
d. __________________ (atravessar) na passadeira. Pedir → pede
e. ___________ (fazer) o comer.
Em certos casos, o -e final também é
f. ________________ (deitar) isso fora.
suprimido como nos verbos dizer, fazer,
g. _______________ (conduzir) devagar. trazer (e seus derivados), e os verbos
h. ___________ (trazer) um copo d'água. que acabam em -duzir
(como conduzir, deduzir, etc.).
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10.1. Lê o quadro à esquerda. Logo, lembra-te da conjugação
Na língua corrente, para falar do verbo ir no presente e completa as frases seguintes:
do futuro, usamos geralmente
a. Eu ___________ ensinar uma receita aos meus amigos.
a forma verbal:
b. Tu ______________ ajudar na preparação.
IR (conjugado no presente
c. Ele/ela/Você _____________ cortar os legumes.
do indicativo) + INFINITIVO.
d. Nós ______________ cozinhar um prato tradicional.
e. Vós ______________ adorar esta sopa.
f. Eles/Elas/Vocês ______________ comer tudo.
11.1. Observa os verbos das frases seguintes. Circula em verde o infinitivo e sublinha
em vermelho as terminações:
____________________ _______________________________________________________
____________________ _______________________________________________________
____________________ _______________________________________________________
____________________ _______________________________________________________
____________________ _______________________________________________________
____________________ _______________________________________________________
____________________ _______________________________________________________
____________________ _______________________________________________________
____________________ _______________________________________________________
____________________ _______________________________________________________
____________________ _______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
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Conto Brasileiro
A lenda da
Mandioca
Para explicar a origem do mundo e das coisas, os índios brasileiros recorrem às lendas e
aos mitos. A lenda da mandioca, por exemplo, mostra a origem dessa palavra. Mandioca vem
da língua tupi, falada por um dos povos indígenas originários da Amazónia. Aliás a palavra
mandioca, que significa oca da mani, em francês é manioc.
ANTES DE LER
1. Antes de ler a história da índia Mani, tenta responder às seguintes perguntas:
2. A casa do índio chama-se “oca”. Encontra essa palavra e faça um caminho que ajude o
indiozinho a chegar até a sua casa:
3. O trabalho artesanal entre os índios é uma de suas grandes riquezas e savoir-faire.
Liga cada desenho a(s) sua(s) respectiva(s) palavra(s):
20
Mani
O pão da terra
23
Com a intenção de realizar um material que contemplasse uma
aprendizagem por meio duma descoberta lúdica e pedagógica, este caderno foi
idealizado durante várias etapas num rico processo de produção coletiva em torno
duma didática acessível a todos os aprendizes do português língua estrangeira.
Diante da rica diversidade de histórias espalhadas pelos países lusófonos,
elegemos dois contos da tradição oral: “O Caldo de Pedra”, recolhido por Teófilo
Braga em Contos Tradicionais do Povo Português (1883), e “Lenda de Mani”,
apresentado na Antologia de lendas do índio brasileiro (1980), organizada por
Alberto da Costa e Silva. Julgamos pertinente adaptarmos os referidos contos para
que eles se tornassem abordáveis aos alunos que já caminham para o nível A2.
Quanto aqueles alunos que já atingiram o nível básico, eles poderão aventurar-se
de modo independente nessa incrível descoberta, pois o livro foi pensado para ser
um convite à leitura.
Nosso desejo é incentivar os alunos à pesquisa contínua de informações e
saberes para o prosseguimento da aprendizagem da língua portuguesa. Queremos
também que as atividades do nosso caderno os auxiliem a superar dificuldades de
leitura e de escrita de modo a que eles possam fazer o melhor uso possível da
língua portuguesa, em suas múltiplas variedades.
Esperamos que o nosso caderno seja transformado numa experiência
pedagógica de qualidade, de modo que o tempo de estudar e de aprender ganhe
novo sentido para os alunos.
As Autoras
RECUPERANDO A LENDA
( ) Um dia, um ( ) O pai da
vento forte sussurrou ( ) O único presente menina sempre saía
( ) Após nove que o pai de Mani lhe para caçar e, por
no ouvido de Atiôlo e
meses, Mani nasceu. ofereceu, depois de isso, não tinha
disse-lhe que
nascer, foi um tucuruvi. tempo para
esperava outra
dar à filha.
criança.
( ) Dentro da ( ) Zatiamarê
oca, a indiazinha ( ) Atiôlo casou-se passava muito tempo
com Zokoiê. ( ) Atiôlo
passava os seus com o indio Zatiamarê.
Ensinava-lhe todos os enterrou a filha.
dias deitada.
segredos das matas.
♦ O pai de Mani vê a filha enterrada, o que lhe faz “cair em prantos”, ou seja:
a. Ele chora muito.
b. Ele não chora nada.
c. Ele cai em tranquilidade.
♦ Mani pede algo estranho à sua mãe. O que ela lhe pede?
a. Pede-lhe flechas de presente.
b. Pede-lhe para enterrá-la.
c. Pede-lhe para deitá-la na rede.
JOGUINHOS
• Lança
• Cocar
• Canoa
• Rede de Cipó
• Oca
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4. Preenche a grelha de palavras cruzadas.
1
Horizontal
2
3. O nome da casa dos índios é:
4. Para dormir o índio fabrica uma: 3
5. Os índios vivem em grupos chamados de:
8. Um dos legumes plantados
pelos índios é:
4 E 5 R
6
Vertical
7
1. Gafanhoto-verde na língua tupi quer dizer:
2. Para atingir o alvo, o índio utiliza um arco e
8 M I
uma:
6. Para se alimentar o índio pratica a:
7. Os índios vivem no meio da:
ADIVINHAS
O que é, o que é mesmo?
O que é, o que é,
Quero ver se vai saber,
que cai em pé,
Que está bem atrás de você,
O que é, o que é, que mas corre deitado?
Mas você não pode ver?
quando se perde jamais se
conseguirá encontrar de __ H __ __ __
__ __ S S A __ __
novo? vem o arco-íris.
e saudades.
Pista: Depois dela,
T __ __ __ ___
Pista: Feito de lembranças
__ __ N __ __
é o ar em movimento.
PÁRA E PENSA Pista:
6.2. Faz uma pesquisa e tenta substituir esses verbos por outros que tenham o mesmo
sentido nas seguintes frases:
a. O vento _____________________ no ouvido de Atiolô.
b. Zatiamarê ____________________ o tempo todo.
c. O choro do índio ____________________ a oca.
26
7. Observa as conjugações do verbo regular a seguir:
INFINITIVO: INUNDAR
7.1. Agora, assinala o tempo verbal dos verbos empregados nas seguintes frases:
27
7.2. Agora, preenche este outro quadro:
8. Antes de se transformar numa mandioca, Mani era uma índia. Sublinha as frases que lembram
o passado da menina (atenção: somente são válidas as frases no passado):
28
PRODUÇÃO TEXTUAL
Ao longo do tempo, cada povo encontrou uma maneira, muitas vezes fantásticas, de explicar
a origem das coisas. Agora é a tua vez, continua a história de modo a preencher os espaços dos
retângulos e dos balões presentes nas imagens:
29
30
UM POUCO MAIS DE LUSOFONIA
Os contos orais em língua portuguesa foram influenciados pelas culturas e pelas línguas dos
povos com os quais os portugueses conviveram, seja na Europa, na África, na América ou na Ásia.
A lenda da mandioca é um exemplo de como esses contatos entre diferentes culturas
enriqueceram a língua. A palavra mandioca, por exemplo, é de origem tupi, uma das línguas
faladas pelos povos indígenas do Brasil. Hoje, há muitas palavras que sinalizam a história e os
mistérios da língua portuguesa. Podemos compreender, por assim dizer, que a língua é um
grande tacho de sopa, ou melhor, de palavras.
31
► Encontra, na sopa da língua portuguesa, as palavras do quadro e depois liga-as ao seu país de
origem:
São Tomé e
Príncipe
• Brasil
Angola •
•
Portugal
•
•
Moçambique
Contos, lendas e mitos cada país tem os seus. Às vezes, um país pode ter a versão duma
história existente em outro país, ou ainda ter muitas versões duma mesma história. Essas
diferenças podem estar ligadas às palavras empregadas, à cultura regional e/ou às
necessidades específicas da época.
32
► Para finalizar a nossa grande aventura, observa o mapa abaixo que apresenta a origem de
alguns contos, lendas e mitos presentes na Lusofonia. Depois, tenta preencher as informações
que faltam nos quadros que seguem.
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TÍTULO PAÍS RESUMO
DA HISTÓRIA DE ORIGEM
Esta história pode cheirar mal. Um dia, o Lobo vê o
seu sobrinho perto da sua casa. O pequeno
parece-lhe muito forte e bem nutrido. Curioso, o
Lobo pergunta-lhe onde e o que ele anda a comer.
O Chibinho explica ao tio que come ovos na casa
da Tia Ganga. Então, o Lobo esperto pede-lhe para
levá-lo até lá. O problema é que o Lobo guloso
come ovos demais. A tia Ganga descobre o fato de
um modo nada agradável.
34
GLOSSÁRIO
35
o pedaço : parte ou porção de alguma coisa, bocado, fragmento → le morceau
o perigo : situação que ameaça a existência duma pessoa ou coisa, risco → le danger
a perua : fêmea do peru → la dinde
o planalto : terreno extenso e plano situado em altitude → le plateau
o presente : coisa oferecida a alguém, prenda → le cadeau
o prosseguimento : ato de prosseguir, continuar a seguir → la poursuite
a rede de cipó → le hamac fait avec des lianes
a rodela : pequena talhada ou fatia de forma circular → la rondelle
a salvação : ato ou efeito de salvar, tirar ou livrar de um perigo ; ato de escapar à morte → le
sauvetage, le salut
o suspiro : respiração ofegante causada por dor ou paixão → le soupir
a trouxa → saco, mochila de pano → le baluchon
valente : que tem coragem → vaillant
vazio : que não contém nada → vide
a vela : rolo cilíndrico de cera ou outra susbtância que serve para dar luz → la bougie
EXPRESSÕES
VERBOS
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aquecer : tornar quente → chauffer, réchauffer
arrumar → ranger
avistar → apercevoir
botar : verter, atirar, lançar algo num lugar → jeter, verser
cair : dar queda, ir à terra → tomber
cheirar : exalar odor → sentir
chegar-se : aproximar-se, acercar-se próximo de algo → s'approcher
crescer : tornar-se maior → grandir
colocar : pôr num lugar, dispor → poser, mettre
concordar : estar de acordo → être d’accord
convidar : fazer um convite, propor algo → inviter
conviver : viver com o outro → cohabiter, vivre ensemble
costumar : ter por hábito → avoir l'habitude
debulhar : tirar ervilhas, favas, feijão, milho, etc., da vagem → égrener le maïs, écosser les petits
pois, haricots, etc.
deitar : fazer cair, verter, atirar, lançar algo num lugar → jeter, verser
deitar-se : estender ao comprido → s’allonger, se coucher
deixar → laisser
desaparecer : sair da vista ou da presença → disparaître
desobedecer → désobéir
encher : ocupar todo ou quase todo o espaço → remplir
enganar : induzir em erro, iludir → tromper
enriquecer : tornar mais rico → enrichir
esfregar : passar repetidas vezes a mão, ou algum objeto, sobre uma superfície, friccionar → frotter
espalhar-se : s'éparpiller
faltar : não ter, haver de menos → manquer
levar : transportar algo ou alguém → amener quelque chose ou emmener quelq’un
limpar : tirar o que é sujo → nettoyer
malgastar : desperdiçar → gaspiller
mexer : mover de modo circular → remuer
misturar : juntar coisas diversas → mélanger
orar : rezar → prier
precisar : necessitar de algo → avoir besoin
proibir : impedir, ordenar de não fazer alguma coisa→ interdire
provar : degustar para apreciar o sabor → goûter
queimar : consumir pelo fogo ou pelo calor → brûler
regressar : voltar → revenir
ressurgir : renascer, ressuscitar
rodear : cercar, circular → entourer
sobrar : exceder o necessário, estar a mais → rester
virar-se : mover-se para um lado → se tourner
voltar : retornar → retourner, revenir
37
Este manual, assim o queremos, tem como objetivo transmitir e
promover, em certa medida, as riquezas e as diversidades da língua
portuguesa e da cultura lusófona.