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MundiWar

2016­07­24 ­ USA ­ CRISE EM PROGRESSÃO 
1a edição 2016­07­24 10:00 Brasília

A indústria é o núcleo da acumulação em qualquer economia que historicamente tenha adentrado no
capitalismo e nele tenha passado às suas fases mais avançadas (foto 01)

O leitor regular de MundiWar está familiarizado com a marcação dos ciclos da acumulação mundial e em
especial a da acumulação na economia líder, os USA. E a economia norte­americana está em crise desde
2014 ­ uma crise cíclica. A acumulação industrial o mostra.

MundiWar alinha­se com os analistas críticos dos dados oficiais norte­americanos, em particular após a
CRISE DE 2007 ­ as informações oficiais assumiram um papel na luta pelo poder e foram totalmente
instrumentalizadas pela oficialidade dos governos em exercício. A declaração oficial da última crise foi um
caso vexatório e típico do que ocorreu daí em diante.

Não há como utilizar os dados oficiais sobre a economia norte­americana sem submetê­los a uma análise
crítica e sem reconhecer os limites da sua utilização.

No entanto, há como ilustrar as recessões e os aspectos diferentes das crises cíclicas a partir destes dados
se, por felicidade, alguma publicação ainda mostra algum aspecto da realidade corrente.

Para MundiWar a economia norte­americana, assim como a mundial, estão em crise desde meados de
2014 ­ esta datação precisa está ainda sendo elaborada por MundiWar. A crise cíclica é um fenômeno
complexo, o mais complexo de todas as dinâmicas da acumulação mundial. Várias dimensões da
reprodução do capital estão nela imbricado, assim como as tendências, contratendências e acidentalidades.

Como os dados oficiais (FRED) poderiam então mostrar a evidência da CRISE DE 2014?
O leitor irá compreender facilmente uma das questões cruciais na abordagem de MundiWar na panorâmica
do índice de progressão da acumulação industrial nos USA. Temos no Gráfico 01 esta panorâmica desde
1920 até 2016, com as devidas marcações oficiais das recessões. 
Vemos de pronto uma adesão quase que total das marcações das recessões às quedas no índice. 
E no entanto, quando observamos a última queda no índice da acumulação industrial a partir de novembro
de 2014, onde está declaração da recessão oficial?

Será que desta vez é diferente?

Para MundiWar não é.

No gráfico 02, onde temos um destaque para a série do índice da acumulação industrial para o momento
atual, dos 3 últimos ciclos, observamos claramente que cada ciclo tem sua história.

Um dos aspectos importantes destacado por MundiWar neste 2o gráfico é que cada queda cíclica neste
indicador tem uma velocidade própria, diferenciada. Inúmeros fatores vão intervir a cada oportunidade,
sem, porém, contrariar a periodicidade vigente para as crises cíclicas, entre 6 e 7 anos aproximadamente.

Assim, na CRISE DE 2000/01 queda foi mais suave do que na CRISE DE 2007. A queda atual parece estar
sendo mais suave que as duas anteriores ­ não podemos esquecer que o momento é outro e também que
a confiabilidade dos dados agora é outra relativamente à confiabilidade da série até 2008.

Os cenários que se apresentam neste JULHO DE 2016, com dados até JUNHO DE 2016 estão em aberto:

A ­ 20%, neste caso não se trata de uma probabilidade baixa, apesar de ser uma probabilidade em si não
desprezível. A rigor, a qualquer momento a recuperação, ainda que pífia, pode recomeçar, encerrando o
ciclo atual, inciado em 2010, e inaugurando o próximo, que para MundiWar deverá enfrentar uma nova
crise cíclica por volta de 2019­20, a janela mais provável; nesse sentido não podemos desprezar o cenário
A

B ­ 40 e C ­ 40%, neste caso temos a tese de trabalho principal de que o "pior ainda está por vir". Todos os
sinais da esfera da produção e da circulação do valor apontam para esta probabilidade alta­altíssima. O
acumulo de capital fictício em todos os dutos desta proliferação apontam para bolhas estourando neste 2o
semestre em todos os segmentos da acumulação financeira.

Os cenários apresentados ( A, B e C) têm validade para o próximo semestre e início de 2017.

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