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Caros Amigos,

Antes de remetê-los ao estudo do Raciocínio Lógico


Quantitativo, duas palavrinhas.
Primeiro: esta apostila é apenas a parte inicial do nosso estudo, a
qual será complementada pelo segundo “volume”. Pretendo disponibilizar o
material complementar nos próximos dias.
Neste presente trabalho, estudaremos Análise Combinatória
(princípio fundamental da contagem, arranjo, permutação e combinação),
Probabilidade e questões de “Raciocínio Puro” (como eu costumo chamar),
envolvendo um tipo mais específico de enunciado (relações de
conseqüência).
Na próxima apostila trataremos acerca da Álgebra Linear
(matrizes e determinantes), bem como outros diversos tipos de enunciado,
relativos às questões de raciocínio puro.
Quero deixar claro que não tenho a pretensão de esgotar um
assunto como este, tão vasto e tão cheio de “possibilidades”. A intenção foi,
senão outra, apresentar a matéria da forma mais clara e didática possível,
trabalhando com questões em nível crescente de dificuldade.
Sobretudo, dei ênfase à apresentação e à resolução de questões
que caíram em provas passadas e recentes feitas pela Esaf, que será a
elaboradora dessa nossa prova do MPU.
Dada a exigüidade do tempo, não vejo outra forma de tornar o
candidato mais confiante e apto a enfrentar essa disciplina, a qual assusta
muito mais pelo nome que tem do que pela dificuldade que de fato
apresenta.
Uma última observação: elaborei essa apostila em três cores
(preto, azul e vermelho), não para deixá-la mais bonita, mas com pretensões
didáticas, para facilitar (sobretudo no último capítulo) a compreensão do
aluno.
Agora, mãos à obra! Bom estudo a todos e boa sorte.

Prof. Sérgio Carvalho

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Capítulo 01: ANÁLISE COMBINATÓRIA
Análise Combinatória é a parte da matemática que estuda o número de
possibilidades de ocorrência de um determinado evento (acontecimento) sem,
necessariamente, descrever todas estas possibilidades.
Imaginemos a seguinte situação:
Exemplo 01) “uma moeda e lançada três vezes. Qual o número de seqüências
possíveis de cara e coroa?”
Um artifício que poderemos usar para “visualizar” as possíveis soluções para esse
problema, ou seja, para descobrir as possibilidades de resultado dos três lançamentos
de uma moeda, é construir o chamado “Diagrama da Árvore”, da seguinte forma:

Cara à (Cara, Cara, Cara)


Cara
Coroa à (Cara, Cara, Coroa)

Cara Cara à (Cara, Coroa, Cara)


Coroa
Coroa à (Cara, Coroa, Coroa)

. Cara à (Coroa, Cara, Cara)


Cara
Coroa à (Coroa, Cara, Coroa)

Coroa Cara à (Coroa, Coroa, Cara)


Coroa
Coroa à (Coroa, Coroa, Coroa)

Pronto! Já descobrimos, com esse simples desenho, que são oito os diferentes
resultados que podem ser encontrados com três lançamentos sucessivos de uma moeda.
Esses resultados estão colocados em azul.
Será que todos compreendemos o tal do “Diagrama da Árvore”?
Nele, nós separamos em etapas diferentes o problema, e, para cada etapa,
colocamos os resultados possíveis. Vamos entender melhor: o nosso problema consiste
em lançar três vezes a mesma moeda.
Daí, as três etapas serão os três lançamentos: o primeiro lançamento da moeda é
a primeira etapa; o segundo lançamento é a segunda etapa; e, enfim, o terceiro
lançamento é a terceira etapa.
Vamos identificar, no desenho abaixo, as três etapas do problema, uma a uma.

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1ª Etapa: 2ª Etapa: 3ª Etapa:
1º lançamento 2º lançamento 3º lançamento Resultados Possíveis

Cara à (Cara, Cara, Cara)


Cara
Coroa à (Cara, Cara, Coroa)

Cara Cara à (Cara, Coroa, Cara)


Coroa
Coroa à (Cara, Coroa, Coroa)

Cara à (Coroa, Cara, Cara)


Cara
Coroa à (Coroa, Cara, Coroa)

Coroa Cara à (Coroa, Coroa, Cara)


Coroa
Coroa à (Coroa, Coroa, Coroa)

Melhorou? Vamos entender esses nomes que estão em vermelho acima! O primeiro
“cara” em vermelho é o resultado do primeiro lançamento. Estamos supondo, portanto,
que deu “cara” na primeira vez que lançamos a moeda. Seguindo, passamos à segunda
etapa (o segundo lançamento). Ora, antes de lançarmos a segunda vez, já sabemos que os
resultados possíveis serão “cara” ou “coroa”. Por isso esses dois resultados estão
colocados no desenho.
O segundo nome em vermelho é “coroa”. Estamos, portanto, supondo que, após dar
“cara” no primeiro lançamento, deu agora “coroa”, no segundo!
Resta apenas a última etapa: o terceiro lançamento da moeda. Antes de
realizarmos este último lançamento, já conhecemos que os resultados possíveis são
“cara” ou “coroa”. E estão lá, desenhadas, essas duas possibilidades. Finalmente,
assumindo que os resultados dos dois lançamentos anteriores foram “cara” e “coroa”, o
terceiro nome em vermelho é novamente “cara”. Daí, chegamos a um dos oito resultados
possíveis para o problema, ou seja, seguimos um dos caminhos possíveis, no lançamento
“triplo” de uma moeda: “cara, coroa, cara”.
Vejamos um outro exemplo:
Exemplo 02) “Num hospital, existem 3 portas de entrada (P1, P2 e P3) que dão
para um saguão, no qual existem 4 elevadores (E1, E2, E3 e E4). Um visitante
deve dirigir-se ao 5º andar, utilizando um dos elevadores. De quantas maneiras
diferentes poderá fazê-lo?
Novamente aqui poderemos usar o artifício que aprendemos acima e desenhar o
“Diagrama da Árvore”, a fim de tentarmos visualizar os resultados possíveis, ou seja, as
diferentes maneiras pelas quais uma pessoa poderá chegar ao quinto andar do hospital,
usando uma das portas de entrada e um dos elevadores.

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Teremos o seguinte:
E1 à (P1, E1)
E2 à (P1, E2)
P1 E3 à (P1, E3)
E4 à (P1, E4)

E1 à (P2, E1)
E2 à (P2, E2)
. P2 E3 à (P2, E3)
E4 à (P2, E4)

E1 à (P3, E1)
E2 à (P3, E2)
P3 E3 à (P3, E3)
E4 à (P3, E4)

Em azul, estão as doze possibilidades distintas de, usando uma das três portas e
um dos quatro elevadores, chegarmos ao quinto andar!
Novamente, observamos que o nosso problema pode ser “dividido” em duas etapas
– distintas e independentes! A primeira etapa seria a escolha do portão de entrada. E a
segunda etapa seria a escolha do elevador que se vai utilizar.
Desenhemos novamente o “Diagrama da Árvore”, discriminando essas duas etapas:

1ª Etapa: 2ª Etapa: Resultados


(escolha do portão) (escolha do elevador) possíveis:
E1 à (P1, E1)
E2 à (P1, E2)
P1 E3 à (P1, E3)
E4 à (P1, E4)

E1 à (P2, E1)
E2 à (P2, E2)
. P2 E3 à (P2, E3)
E4 à (P2, E4)

E1 à (P3, E1)
E2 à (P3, E2)
P3 E3 à (P3, E3)
E4 à (P3, E4)

Neste exemplo, facilmente constatamos que há doze diferentes modos (ou


possibilidades) de se chegar ao quinto andar do hospital.

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Ora, creio que até aqui não está havendo maiores problemas. Mas, suponhamos que
um novo exemplo sugerisse a seguinte situação:
Exemplo 03) “Um quartel tem quinze portas de entrada, que dão acesso a um
grande salão, no qual há nada menos que doze elevadores. Se uma pessoa deseja
chegar ao terceiro andar, de quantos modos diferentes poderá fazê-lo?”
Agora sim, estamos com um problema! Já pensou se nós tivéssemos que desenhar
o “Diagrama da Árvore” para chegarmos à solução dessa questão? Estaríamos perdidos,
por dois motivos: falta de espaço no papel e, principalmente, falta de tempo! Levaríamos
até o fim da prova tentando fazer esse desenho...
Aí é que entra a Análise Combinatória! Vejamos novamente o conceito que está
bem no início desta nossa aula:
“Análise Combinatória é a parte da matemática que estuda o número de
possibilidades de ocorrência de um determinado evento (acontecimento) sem,
necessariamente, descrever todas estas possibilidades.”
Ou seja, não precisaremos desenhar o “Diagrama da Árvore” para chegarmos ao
resultado que procuramos! Aprenderemos agora o “Princípio Fundamental da Contagem”!

# PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM:

Se um acontecimento pode ocorrer por várias etapas sucessivas e independentes


de tal modo que:
P1 é o número de possibilidades da 1ª etapa;
P2 é o número de possibilidades da 2ª etapa;
.
.
Pk é o número de possibilidades da “k-ésima” etapa, então:

(P1 x P2 x ... x Pk) é o número total de possibilidades do acontecimento ocorrer!

Tomemos o primeiro exemplo dessa aula: lançaríamos três vezes a mesma moeda.
Daí, as três etapas desse problema seriam os três lançamentos sucessivos. Para o
primeiro lançamento, havia duas possibilidades de resultado: cara ou coroa; para o
segundo lançamento, também havia as mesmas duas possibilidades: cara ou coroa;
finalmente, para o terceiro lançamento, idem! Tínhamos, portanto:
1ª Etapa à 1º lançamento à duas possibilidades: P1=2
2ª Etapa à 2º lançamento à duas possibilidades: P2=2
3ª Etapa à 3º lançamento à duas possibilidades: P3=2

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Daí, pelo “Princípio Fundamental da Contagem”, chegaremos ao Número Total de
Possibilidades de realização do evento: Ptotal
Ptotal = P1 x P2 x P3 à Daí: Ptotal = 2 x 2 x 2 à Ptotal = 8 à Resposta!
Este resultado está perfeitamente de acordo com aquele que encontramos
“desenhando” a questão por meio do “Diagrama da Árvore”.
No segundo exemplo que fizemos, tínhamos que chegar ao quinto andar do
hospital, optando por um dos três portões de entrada, e depois, por um dos quatro
elevadores. Tínhamos, pois, duas etapas distintas: a escolha do portão, e a escolha do
elevador. Para a primeira etapa, havia três possibilidades, uma vez que eram três os
portões do hospital. Na segunda etapa, uma vez no saguão do hospital, poderíamos optar
entre quatro elevadores, de modo que tínhamos quatro possibilidades. Em suma:
1ª Etapa à escolha do portão à três possibilidades: P1=3
2ª Etapa à escolha do elevador à quatro possibilidades: P2=4
Usando o “Princípio Fundamental da Contagem”, chegaremos ao seguinte:
Ptotal = P1 x P2 à Daí: Ptotal = 3 x 4 à Ptotal = 12 à Resposta!

Voltemos agora ao exemplo 03:


Exemplo 03) “Um quartel tem quinze portas de entrada, que dão acesso a um
grande salão, no qual há nada menos que doze elevadores. Se uma pessoa deseja
chegar ao terceiro andar, de quantos modos diferentes poderá fazê-lo?”
As etapas aqui são também duas:
1ª Etapa à escolha da porta à quinze possibilidades: P1=15
2ª Etapa à escolha do elevador à doze possibilidades: P2=12
Daí, pelo “Princípio Fundamental da Contagem”, teremos:
Ptotal = P1 x P2 à E: Ptotal = 15 x 12 à Ptotal = 180 à Resposta!

Passemos à resolução de uma série de outros exemplos, a fim de consolidar o que


já aprendemos!
Exemplo 04) Quatro atletas participam de uma corrida. Quantos resultados existem
para o 1º, 2º e 3º lugares?
Sol.: Ora, nosso objetivo aqui será o de preencher as três primeiras posições dos que
chegaram à frente na corrida, dentre os seus quatro participantes.
Serão três as etapas dessa resolução dessa questão, quais sejam:
1ª Etapa) ocupar a primeira colocação na corrida;
2ª Etapa) ocupar a segunda colocação na corrida;

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3ª Etapa) ocupar a terceira colocação na corrida.
Como são quatro competidores, haverá, na primeira etapa, quatro possíveis
ganhadores, ou seja, haverá quatro possibilidades distintas de alguém ocupar o primeiro
lugar no resultado da corrida.
Como o primeiro colocado – o ganhador da corrida – não poderá estar em outra
posição (senão a de vencedor), a segunda etapa disporá de apenas três possibilidades.
Ou seja, haverá três corredores que poderão ocupar o segundo lugar no pódio de
chegada.
Finalmente, após definidos os dois primeiros colocados, restarão dois
competidores, os quais poderão, evidentemente, ocupar o terceiro lugar na ordem de
chegada. São, pois, duas possibilidades na terceira etapa definida acima.
Teremos, portanto:
1ª Etapa) ocupar a primeira colocação na corrida à quatro possibilidades à P1=4
2ª Etapa) ocupar a segunda colocação na corrida à três possibilidades à P2=3
3ª Etapa) ocupar a terceira colocação na corrida à duas possibilidades à P3=2
Daí, pelo “Princípio Fundamental da Contagem”, teremos:
Ptotal = P1 x P2 x P3 à E: Ptotal = 4 x 3 x 2 à Ptotal = 24 à Resposta!

Tentaremos, doravante, ilustrar as etapas dos eventos propostos nos exemplos


por meio de “quadrados”, a fim de tentar melhorar nosso entendimento.
Por exemplo, tomando a questão acima, as etapas da resolução seriam três. Daí:

à 1ª posição à P1= 4 (há quatro atletas que poderiam ocupar essa


posição!)
à 2ª posição à P2=3 (três atletas podem ocupar essa posição)
à 3ª posição à P3=2 (dois atletas podem ocupar essa posição)

Exemplo 05) De quantos modos três pessoas podem ficar em fila indiana?
Sol: Teremos aqui três etapas: definir o ocupante da primeira posição da fila; definir o
ocupante da segunda posição da fila; e definir o ocupante da terceira posição da fila.
Teremos:

à 1ª posição da fila à P1=3


Significa que qualquer das três pessoas poderia ocupar a primeira posição!

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à 2ªposição da fila à P2=2
Significa que, após o primeiro da fila ter-se posicionado, qualquer das
duas pessoas restantes poderá vir a ocupar a segunda posição!

à 3ªposição da fila à P3=1


Significa que, estando já ocupadas as duas primeiras posições da fila, só
restou uma pessoa a ocupar-lhe a última posição.
Daí:
à P1=3
à P2=2 Ptotal=P1xP2xP3 à Ptotal = 3x2x1=6 à Resposta!
à P3=1

Exemplo 06) João vai a um restaurante disposto a comer um só prato de carne e


uma só sobremesa. O cardápio oferece oito pratos distintos de carne e cinco
pratos diferentes de sobremesa. De quantas formas pode o homem fazer sua
refeição?
Sol: Aqui haverá duas etapas: primeiro, a escolha da carne; depois, a escolha da
sobremesa! Teremos, pois:
à escolha da carne à P1=8
Significa que há oito possibilidades na escolha da carne, já que há oito
tipos de carne!
à escolha da sobremesa à P2=5
Significa que há cinco possibilidades na escolha da sobremesa, já que há
oito tipos de sobremesa!
Daí:
à P1=8 Ptotal=P1xP2 à Ptotal = 8x5=40 à Resposta!
à P2=5

Exemplo 07) Numa festa existem 80 homens e 90 mulheres. Quantos casais


diferentes podem ser formados?
Sol.: Ora, é fácil perceber que teremos aqui duas etapas: definir quem ocupará a
posição do homem; e definir quem ocupará a posição da mulher. Teremos:
à escolha do homem do casal à P1=80
Significa que há oitenta possibilidades na escolha da homem do casal, já
que há oitenta homens na festa!

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à escolha da mulher do casal à P2=90
Significa que há noventa possibilidades na escolha da mulher do casal, já
que há noventa mulheres na festa!
Daí:
à P1=80 Ptotal=P1xP2 à Ptotal = 80x90=7.200 à Resposta!
à P2=90

Exemplo 08) De quantas formas podemos responder a doze perguntas de um


questionário, cujas respostas para cada pergunta são “SIM” ou “NÃO”?
Sol.: Neste caso, teremos doze etapas em nossa resolução. Cada resposta que dermos
às perguntas do questionário será uma etapa. Então, teremos:
à resposta à primeira pergunta à P1=2
Significa que há duas possibilidades de resposta: SIM ou NÃO!
à resposta à segunda pergunta à P2=2
Significa que há duas possibilidades de resposta: SIM ou NÃO!
. . .
. . .
. . .
à resposta à décima segunda pergunta à P12=2
Significa que há duas possibilidades de resposta: SIM ou NÃO!
Daí:
à P1=2
à P2=2
. . Ptotal=P1xP2x...xP12àPtotal = 2x2x...x2
. . Daí: Ptotal = 212 à Resposta!
à P12=2

Exemplo 09) Quantos números de três algarismos – iguais ou distintos – podemos


formar com os dígitos 1, 2, 3, 7 e 8?
Sol.: Ora, como queremos formar números de três algarismos, teremos aqui três
etapas: preencher a primeira posição do número; preencher a segunda posição do
número; e, enfim, preencher a terceira posição daquele número. Teremos:
à 1º algarismo do número à P1=5
Significa que cinco algarismos que poderiam ocupar a primeira posição do
número!

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à 2º algarismo do número à P2=5
Aqui, muita atenção! O enunciado falou que os algarismos que formarão
esse número podem ser iguais ou distintos. Isso quer dizer que aquele
número que eventualmente ocupou a primeira posição do número poderá
vir a aparecer novamente aqui, na segunda posição! Por isso, haverá
novamente cinco algarismos possíveis, para ocupar a segunda posição do
nosso número!
à 3º algarismo do número à P3=5
Novamente aqui teremos cinco possibilidades, uma vez que, conforme
explicado acima, este número poderá ser composto por algarismos
repetidos!
Daí:
à P1=5
à P2=5 Ptotal=P1xP2xP3 à Ptotal = 5x5x5=125 à Resposta!
à P3=5

Exemplo 10) O sistema telefônico de São Paulo utiliza sete dígitos para designar os
diversos telefones. Supondo que o primeiro dígito seja sempre dois (2), e que o
dígito zero (0) não seja utilizado para designar estações (2º e 3º dígitos), quantos
números de telefones diferentes poderemos ter?
Sol.: Como o telefone é formado por sete dígitos, haverá aqui sete etapas, cada uma
das quais consistindo em preencher o algarismo do dígito correspondente.
Antes de descobrirmos o número de possibilidades de cada etapa, lembrar-nos-
emos que existe um universo de dez algarismos, quais sejam: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Daí, teremos:
à 1º dígito do telefone à P1=1
Significa que há apenas uma possibilidade, ou seja, apenas um algarismo
poderá ocupar este primeiro dígito. Conforme o enunciado, esse algarismo é
o dois!

à 2º dígito do telefone à P2=9


Por que P2=9? Vejamos: o universo de algarismos é de 10, certo? Certo! Só
que o enunciado disse que esse segundo dígito não pode ser ocupado pelo
algarismo zero (0)! Logo, sobram outras nove possibilidades! Ou seja, nove
dígitos (todos, exceto o zero) poderão ocupar essa segunda posição.

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à 3º dígito do telefone à P3=9
Pelo mesmo motivo explicado acima para o 2º dígito, também aqui haverá
nove possibilidades, ou seja, nove algarismos que poderão ocupar esse
terceiro dígito!

à 4º dígito do telefone à P4=10


A partir do quarto dígito, não haverá qualquer restrição quanto ao
algarismo que pode ocupar a posição! Haverá, portanto, dez possibilidades!

à 5º dígito do telefone à P5=10


Significa que qualquer dos dez algarismos poderá ocupar esse dígito!

à 6º dígito do telefone à P6=10


Significa que qualquer dos dez algarismos poderá ocupar esse dígito!

à 7º dígito do telefone à P7=10


Significa que qualquer dos dez algarismos poderá ocupar esse dígito!

Daí: Ptotal=P1xP2xP3xP4xP5xP6xP7 à Ptotal = 1x9x9x10x10x10x10=81.000 à Resposta!

Exemplo 11) Seis dados são lançados simultaneamente. Quantas seqüências de


resultados são possíveis, considerando cada elemento da seqüência como o número
de cada dado?
Sol.: Ora, se serão seis dados lançados simultaneamente, e o resultado de cada
lançamento será utilizado para compor uma seqüência, então teremos seis etapas na
nossa resolução. Cada uma delas será a definição do resultado do lançamento de cada
dado. Teremos:

à resultado do primeiro dado à P1=6


Significa que há seis resultados possíveis no lançamento do primeiro dado,
uma vez que se trata de um dado não viciado, ou seja, um dado convencional,
que traz os valores de 1 a 6 em suas faces.

à resultado do segundo dado à P2=6


Significa que há seis resultados possíveis no lançamento do segundo dado.

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à resultado do terceiro dado à P3=6
Significa que há seis resultados possíveis no lançamento do terceiro dado.

à resultado do quarto dado à P4=6


Significa que há seis resultados possíveis no lançamento do quarto dado.

à resultado do quinto dado à P5=6


Significa que há seis resultados possíveis no lançamento do quinto dado.

à resultado do sexto dado à P6=6


Significa que há seis resultados possíveis no lançamento do sexto dado.

Daí: Ptotal=P1xP2xP3xP4xP5xP6 à Ptotal = 6x6x6x6x6x6=66= 46.656 à Resposta!

Exemplo 12) Em um baralho de 52 cartas, cinco cartas são escolhidas


sucessivamente. Quantas são as seqüências de resultados possíveis:
a) Se a escolha é feita com reposição?
b) Se a escolha é feita sem reposição?
Sol.: Aqui, uma observação preliminar: quando a questão fala em “escolha da carta com
reposição”, quer dizer que após tirar uma carta (e observar qual foi ela, naturalmente),
devolvemo-la ao baralho. Quando se fala “escolha da carta sem reposição”, quer-se
dizer que a carta retirada não será devolvida ao baralho, o qual contará com uma carta a
menos, sempre que se for retirar a carta seguinte.
Comecemos com a resolução do item a.
Solução A) Como serão retiradas cinco cartas, haverá cinco etapas na nossa resolução:
cada etapa será a escolha de uma das cartas do baralho.
Teremos, portanto:

à escolha da primeira carta à P1=52


Significa que há cinqüenta e duas possibilidades na escolha da primeira
carta, uma vez que antes dessa escolha o baralho estava inteiro à nossa
disposição.

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à escolha da segunda carta à P2=52
Por que 52, e não 51, já que a primeira carta já foi retirada? Justamente
porque nesta primeira solução está havendo a reposição das cartas! Ou
seja, aquela carta escolhida acima (na primeira etapa) foi reposta no
baralho, o qual voltou a ficar completo, antes da retirada desta segunda
carta!

à escolha da terceira carta à P3=52


Devido à reposição das cartas já retiradas nas etapas anteriores, haverá
novamente cinqüenta e duas possibilidades!

à escolha da quarta carta à P4=52


Pelo mesmo motivo explicado acima, haverá aqui novamente cinqüenta e
duas possibilidades!

à escolha da quinta carta à P5=52


Idem explicação da etapa acima!

Daí: Ptotal=P1xP2xP3xP4xP5 à Ptotal = 52x52x52x52x52= 525 à Resposta!

Solução B) Novamente, haverá aqui cinco etapas. Teremos, portanto:


à escolha da primeira carta à P1=52
Significa que há cinqüenta e duas possibilidades na escolha da primeira
carta, uma vez que antes dessa escolha o baralho estava inteiro à nossa
disposição.

à escolha da segunda carta à P2=51


Agora não está mais havendo a reposição das cartas já retiradas! Ou seja,
como foi retirada uma carta na primeira etapa, restaram apenas cinqüenta
e uma possibilidades para a retirada da segunda carta.

à escolha da terceira carta à P3=50


Retiradas as duas primeiras cartas (e não repostas ao baralho), restaram
agora cinqüenta cartas para a terceira retirada!

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à escolha da quarta carta à P4=49
Feitas as três primeiras retiradas, sobraram agora quarenta e nove
possibilidades!

à escolha da quinta carta à P5=48


Finalmente, restaram quarenta e oito cartas após a retirada das quatro
primeiras.

Daí: Ptotal=P1xP2xP3xP4xP5 à Ptotal = 52x51x50x49x48= 311.875.200 à Resposta!

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01) Um edifício tem 8 (oito) portas. De quantas formas uma pessoa poderá entrar no
edifício e sair por uma porta diferente da que usou para entrar?
a) 64 d) 48
b) 60 e) 72
c) 56

02) Um automóvel é oferecido pelo fabricante em 7 (sete) cores diferentes, podendo


o comprador optar entre os motores com oito ou com dezesseis válvulas.
Sabendo-se que os automóveis são fabricados nas versões “standard”, “luxo” e
“superluxo”, quantas são as alternativas do comprador?
a) 21 d) 35
b) 42 e) 48
c) 14

03) João possui 10 (dez) ternos, 12 (doze) camisas e 5 (cinco) pares de sapato. De
quantas formas poderá ele vestir um terno, uma camisa e um par de sapatos?
a) 600 d) 60
b) 120 e) 80
c) 50

04) Uma prova consta de 20 (vinte) testes do tipo verdadeiro ou falso. De quantas
formas uma pessoa poderá responder aos 20 testes?
a) 202
b) 218
c) 22
d) 2020
e) 220

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05) Um mágico se apresenta em público vestindo calça e paletó de cores diferentes.
Para que ele possa se apresentar em 24 sessões com conjuntos diferentes, qual é
o número mínimo de peças (número de paletós mais número de calças) de que ele
precisa?
a) 25 d) 10
b) 24 e) 8
c) 14

Gabarito) 1.C 2.B 3.A 4.E 5.D

# ARRANJO, PERMUTAÇÃO & COMBINAÇÃO:


Para entendermos o que é o Arranjo, a Permutação e a Combinação, comparemos
os três exemplos abaixo:
Exemplo 1) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de três
dígitos poderão ser formados?
Sol.: Ora, nenhuma novidade! Já fizemos exercício semelhante a esse! São três etapas
nessa resolução. A primeira etapa é a escolha do primeiro dígito; a segunda etapa, a
escolha do segundo dígito; enfim, a terceira etapa é a escolha do último dígito do nosso
número.
Teríamos, portanto: P1=5; P2=5 e P3=5.
Logo: Ptotal = P1 x P2 x P3 à Ptotal = 125 à Resposta!
Ou seja, chegamos ao resultado, utilizando apenas o nosso conhecido Princípio
Fundamental da Contagem!
Comparemos agora o exemplo acima com estes dois próximos:
Exemplo 2) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de três
dígitos distintos poderão ser formados?

Exemplo 3) Dispondo das seguintes frutas – laranjas, bananas, pêras, maçãs e uvas
– quantas espécies de salada formados por três tipos distintos destas frutas podem
ser preparadas?

O que há em comum nos dois últimos exemplos, que os diferenciam do primeiro? A


resposta é justamente a exigência de que os agrupamentos formados por elementos do
“conjunto universo” devem conter elementos distintos!
No exemplo 2, o “conjunto universo” é {1, 2, 3, 4, 5}. Deste, teremos que extrair
subgrupos (números) de três dígitos, só que com algarismos distintos!

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No exemplo 3, nosso “conjunto universo” é {laranjas, bananas, pêras, maças, uvas}.
A partir deste conjunto, deveremos formar subgrupos (saladas, no caso), compostas por
frutas distintas, ou seja, elementos distintos daquele conjunto maior!
Doravante, em qualquer questão de Análise Combinatória em que nos depararmos
com esse tipo de situação, qual seja, a que se deseja formar subgrupos extraídos de um
conjunto maior (conjunto universo), de tal sorte que esses subgrupos sejam formados
por elementos distintos, então resolveremos tais questões utilizando-nos das teorias de
Arranjo, Permutação e Combinação, que aprenderemos agora.

# ARRANJO:
Arranjo é o tipo de agrupamento, em que subgrupos serão extraídos de um
conjunto universo, de modo que:
1º) os elementos destes subgrupos sejam distintos entre si;
2º) um subgrupo se diferencie de outro, pela mera ordem dos seus elementos
componentes.
Vamos entender melhor por meio do exemplo 2 da página acima, transcrito a
seguir:
Exemplo 2) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de três
dígitos distintos poderão ser formados?
Sol.: A primeira indagação que faremos é se existe a exigência de que os elementos dos
subgrupos que serão formados a partir do conjunto universo tenham elementos
distintos! Há essa exigência? Sim! O enunciado fala em “números de três dígitos
distintos”.
A segunda preocupação, para identificar essa questão como sendo uma questão de
Arranjo, será averiguar se dois subgrupos irão se diferenciar pela mera alteração na
ordem de seus elementos. Para isso, criaremos um resultado possível dentro do previsto
pelo enunciado.
Por exemplo, poderemos formar o subgrupo {1 2 3}.
Esta é uma resposta possível? Claro! Formamos o número 123, utilizando-nos de
três algarismos distintos, presentes no conjunto universo {1, 2, 3, 4, 5}. Portanto, 123 é
uma resposta possível.
Agora, invertamos a ordem dos algarismos desse número encontrado.
Teremos, por exemplo: 321.
E agora a pergunta: esses dois resultados possíveis – 123 e 321 – representam a
mesma coisa? Ou seja, são eles o mesmo número? Obviamente que não! Logo, chegamos à
conclusão de que a ordem dos elementos de dois resultados possíveis que encontramos é
relevante!

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Em outras palavras, a mudança na ordem dos elementos de um resultado possível
implica em um outro resultado, diferente do primeiro!
Quando isso acontecer, estaremos diante de uma questão de Arranjo!
Passemos a outro exemplo.

Exemplo 03) Quantas palavras de quatro letras distintas podem ser formadas com
as letras A, B, C, P, O e S?
Sol.: Primeira indagação: estaremos buscando subgrupos que serão extraídos de um
grupo maior? Sim! Além disso, esses subgrupos serão formados por elementos distintos
daquele conjunto universo? Sim. Ótimo! Falta pouco agora para concluirmos que a
questão é de Arranjo!
Tomemos, pois, um resultado possível para o que pede o enunciado. Vamos tentar
formar uma palavra de quatro letras distintas, dispondo daquelas oferecidas no conjunto
maior.
Chegamos, por exemplo, a SAPO. Não é este um resultado possível? Claro que sim!
Agora, invertamos a ordem de alguns desses elementos do resultado encontrado
acima. Teremos, por exemplo, SOPA.
SAPO e SOPA são ou não dois resultados possíveis para a nossa questão? Sem
dúvida que sim! Surge aqui a pergunta final: a inversão que fizemos na ordem dos
elementos daquele primeiro resultado possível (SAPO) implicou um outro resultado
diferente?
A resposta é sim! Invertendo os elementos do resultado SAPO chegamos a um
outro resultado distinto, qual seja, a palavra SOPA. Em suma, a ordem dos elementos
dos resultados possíveis é, no caso desta questão, relevante!
Se a ordem dos elementos dos subgrupos é relevante, concluímos: a questão é de
Arranjo! Mais um exemplo.

Exemplo 04) Quatro carros (C1, C2, C3 e C4) disputam uma corrida. Quantas são
as possibilidades de chegada para os três primeiros lugares?
Sol.: As duas perguntas que faremos são essas: 1º) Estamos querendo formar
subgrupos, a partir de um “conjunto universo”? 2º) A ordem dos elementos desses
subgrupos é relevante?
Se as duas respostas forem afirmativas, estaremos diante de uma questão de
Arranjo!
Aqui estamos interessados em formar subgrupos de três elementos, advindos
daquele grupo maior. Tomemos um resultado possível: C1,C2,C3.
Pronto! Agora, invertamos a ordem desse resultado possível que criamos acima.
Teremos, por exemplo: C3,C2,C1.
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Ora, a inversão na ordem de chegada na corrida descrita por C1,C2,C3 (carro 1,
carro 2, carro 3) implicou em um outro resultado possível, diferente do primeiro? A
resposta é afirmativa. Esse outro resultado C3,C2,C1 é inteiramente distinto de
C1,C2,C3. É uma outra ordem de chegada dos corredores.
Em suma, também no caso desta questão, a ordem dos elementos dos resultados
possíveis é relevante! O que nos leva a concluir: trata-se de uma questão de Arranjo!

# Resolvendo a Questão de Arranjo:


Identificada uma questão de Arranjo, resolveremo-na pela aplicação da fórmula
seguinte:
n!
à Fórmula do Arranjo: An, p =
(n − p)!
Onde: à n é o número de elementos do “conjunto universo”;
à p é o número de elementos de cada subconjunto;
à “!” é o símbolo do “fatorial”.
à “An,p” será lido por arranjo de “n”, “p” a “p” .

Voltemos aos exemplos 2, 3 e 4.


Exemplo 2) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de três
dígitos distintos poderão ser formados?
Sol.: Já sabemos que a questão é de Arranjo.
O “conjunto universo” tem 5 elementos. Logo, n=5.
Os subconjuntos que formaremos são números de 3 dígitos. Logo, p=3.
Daí, aplicando a fórmula, teremos:
n! 5! 5!
An, p = à A5, 3 = à A5,3 =
(n − p)! (5 − 3)! 2!

Antes de prosseguirmos, temos que saber como funciona esse tal de fatorial. É
muito simples! O valor de “X!” (“X fatorial”) é um produto, cujo primeiro fator é o
próprio X, e os fatores seguintes estão em ordem decrescente, até chegar à unidade.
Por exemplo:
à 5! = 5 x 4 x 3 x 2 x 1
à 8! = 8 x 7 x 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1
E assim por diante!

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Muita atenção quando tivermos uma divisão de dois fatoriais! Podemos e devemos
economizar tempo.
Vejamos como:
8!
Calcular:
5!
8! 8 x7 x 6 x5 x 4 x3 x 2 x1
Desenvolvendo o numerador, teremos que: =
5! 5!
Ocorre que (5x4x3x2x1), que está presente no numerador (confirme!) é o mesmo
que 5!. Daí, teremos:
8! 8 x7 x 6 x5 x 4 x3x 2 x1 8 x 7 x 6 x5!
= = = 8x7 x6
5! 5! 5!
Observemos que o 5! do numerador “cortou” com o 5! do denominador. E com isso,
ganhamos tempo!

Voltando ao nosso Exemplo 02. Teremos que:


n! 5! 5! 5 x 4 x3 x 2!
An, p = à A5, 3 = à A5,3 = à A5,3 = = 5 x 4 x3 = 60
(n − p)! (5 − 3)! 2! 2!

A5,3 = 60 à Resposta!

Exemplo 03) Quantas palavras de quatro letras distintas podem ser formadas com
as letras A, B, C, P, O e S?
Sol.: Também já sabemos que se trata de uma questão de Arranjo. Quantos elementos
tem o “conjunto universo”? Seis elementos! E quantos elementos terão os subgrupos?
Quatro. Logo: n=6 e p=4. Formaremos arranjos de seis, quatro a quatro. Teremos:
n! 6! 6! 6 x5 x 4 x3x 2!
An, p = à A6, 4 = à A6, 4 = à A5,3 = = 6 x5 x 4 x3 = 360
(n − p)! (6 − 4)! 2! 2!

A6,4 = 360 à Resposta!

Exemplo 04) Quatro carros (C1, C2, C3 e C4) disputam uma corrida. Quantas são
as possibilidades de chegada para os três primeiros lugares?
Sol.: Também já sabemos que é uma questão de Arranjo! O grupo maior tem 4
elementos (n=4). Os subgrupos terão 3 elementos (p=3). Daí, teremos:
n! 4! 4! 4 x3x 2 x1!
An, p = à A4, 3 = à A4, 3 = à A4, 3 = = 4 x3 x 2 = 24
(n − p)! (4 − 3)! 1! 1!
A4,3 = 24 à Resposta!

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Exemplo 05) Quantos números ímpares de 3 algarismos distintos podemos formar
com os algarismos 1, 3, 6, 7, 8 e 9?
Sol.: Essa questão tem um diferencial que a torna mais interessante!
Primeira constatação que teremos que fazer: o enunciado exige que os elementos
dos subgrupos sejam distintos entre si? Sim, quando fala em “números de 3
algarismos distintos”. Ora, já sabemos que vamos trabalhar com Arranjo ou com
Combinação! Qual dos dois?
Criemos um resultado possível: 137. Pode ser? Claro!
Agora, invertamos os elementos desse resultado: 731.
Com esta inversão, caímos em um novo resultado ou no mesmo resultado anterior?
Em um novo resultado! Haja vista que se trata de dois números diferentes (137 e
731). Daí, resolveremos a questão usando Arranjo.
Pois bem! O que há de novo neste enunciado é que, além da exigência de os
elementos dos subgrupos serem distintos, surgiu também uma outra restrição: os
números formados (os subgrupos) têm que ser ímpares! Ora, para que um número seja
ímpar, só é preciso que seu último dígito o seja. Daí, concluímos que essa restrição
(números ímpares) “amarra” somente o último dígito.
De modo que trabalharemos esse último dígito em separado dos dois primeiros.
Teremos, portanto, dada esta restrição que “amarra” o último dígito, apenas quatro
algarismos (constantes do nosso conjunto universo) capazes de ocupar esta terceira
posição (1, 3, 7 ou 9). Daí:

4 possibilidades
Ou seja: já resolvemos o problema do último digito! E quanto aos dois primeiros?
Ora, já havíamos concluído que esta questão se resolve por Arranjo! Agora,
pensemos: uma vez que um algarismo (ímpar) foi escolhido para ocupar o terceiro dígito,
quantos restaram para ocupar as duas primeiras posições? Um a menos! Se nosso
conjunto universo original tinha seis elementos, então haverá apenas cinco para serem
agrupados, ou melhor, “arranjados” nas duas primeiras casas.
Daí, teremos:

(A5,2) 4 possibilidades
E nosso resultado será, pois, composto deste produto: (A5,2) x 4
Calculando A5,2 , teremos:
n! 5! 5! 5 x 4 x3!
An, p = à A5, 2 = à A5, 2 = à A5,3 = = 5 x 4 = 20
(n − p)! (5 − 2)! 3! 3!
Daí: 20 x 4 = 80 à Resposta!

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Alguém dirá: “não dava para resolver essa questão (acima) usando o Princípio da
Contagem?” E a resposta é afirmativa! Vamos fazer isso:
Aqui estão as três posições dos três dígitos que serão preenchidos:

Para ocupar a terceira casa, sabendo que este algarismo tem que ser ímpar,
haverá tão somente 4 possibilidades (os algarismos 1, 3, 7 e 9). Daí:

4 possibilidades
Ora, passemos à análise do primeiro dígito. Uma vez preenchida a última casa com
um dos algarismos do nosso conjunto universo, e sabendo que este que ficou na terceira
casa não poderá mais ser usado nas duas primeiras, percebemos que haverá uma
possibilidade a menos na hora de escolhermos um algarismo para ficar na primeira
posição! Como o conjunto universo original tinha 6 algarismos, restaram pois 5
possibilidades de algarismos para ficar na primeira casa. Teremos:

5possib. 4 possib.

Agora, passemos à casa do meio! Se havia, originalmente, seis algarismos no nosso


conjunto universo, e dois deles já foram utilizados para preencher a primeira e a última
casa, quantas possibilidades de escolha haverá para o preenchimento da segunda?
Quatro, obviamente! Daí, teremos:

5possib. 4 possib. 4 possib.

Pronto! Está composto nosso resultado. Só nos resta fazer o produto, pelo que nos
ensina o Princípio Fundamental da Contagem! Teremos: (5x4x4)=80 à Resposta!

ATENÇÃO: Há aqui um grande perigo! O seguinte: a partir do que acabamos de


ver, podemos pensar doravante em usar SEMPRE o Princípio Fundamental da Contagem,
ou pelo menos sempre que acreditarmos que a questão pode ser resolvida por Arranjo.
Ocorre que, muitas vezes, os enunciados de questões de ARRANJO são muito,
muitíssimo mesmo, parecidos com questões de COMBINAÇÃO. E com estas últimas, não
vai dar (com raras exceções) para trabalhar com o Princípio Fundamental da Contagem!

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Por conta disto, proponho uma forma padronizada de raciocínio, para não haver
nenhuma chance de erro:
1º) verifica-se se os elementos dos subgrupos que serão formados a partir do
conjunto universo têm que ser distintos.
à Se não tiverem de ser distintos, ou seja, se puderem ser iguais, usaremos o
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM.
à Caso contrário, ou seja, se os subgrupos tiverem de ser formados com
elementos distintos, resolveremos a questão ou por ARRANJO ou por COMBINAÇÃO, a
depender de uma segunda análise.

Em suma:
à Elementos dos subgrupos podem ser iguais: Princípio Fundamental da Contagem;
à Elementos dos subgrupos tem de ser distintos: Arranjo ou Combinação.

# PERMUTAÇÃO:
Permutação é nada além de um caso particular do Arranjo!
Caso eu tivesse esquecido de falar em Permutação, vocês acertariam a questão do
mesmo jeito, aplicando o Arranjo!
Quando estivermos em uma questão de Arranjo (já sabemos como identificá-la!) e
observarmos que o n (número de elementos do “conjunto universo”) é igual ao p (número
de elementos dos subgrupos), então estaremos diante de uma questão de Permutação!
Consideremos os exemplos abaixo, os quais são meras variações dos que vimos no
Arranjo.
Exemplo 1) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de cinco
dígitos distintos poderão ser formados?
Sol.: A questão é de Arranjo, conforme já havíamos verificado. Arranjo de quanto em
quanto?
O grupo maior tem cinco elementos, ou seja: n=5.
E os subgrupos terão também cinco elementos, ou seja: p=5.
Ora, quando a questão é de Arranjo, e temos que n = p, dizemos então que
estamos em um caso de Permutação.
Em outras palavras: A5,5 = P5 (leia-se: “permutação de cinco”)
O bom é que o cálculo da Permutação é até mais fácil.

à Fórmula da Permutação: Pn = n!
Onde: à n é o número de elementos do “conjunto universo”, que é o mesmo número de
elementos dos subconjuntos que serão formados!
Só isso!
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Voltando ao nosso exemplo, teremos que:
A5,5 = P5 = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120 à Resposta

Exemplo02) Quatro carros (C1, C2, C3 e C4) disputam uma corrida. Quantas são
as possibilidades de chegada para os quatro primeiros lugares?
Sol.: Também já sabemos que é uma questão de Arranjo! Agora, o grupo maior tem 4
elementos (n=4) e os subconjuntos que serão formados também terão esse mesmo
número de elementos (p=4). Daí, caímos no caso particular da Permutação!
Teremos, pois, que:
A4,4 = P4 = 4 x 3 x 2 x 1 = 24 à Resposta

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01. Em um campeonato de futebol, participam 20 times. Quantos resultados são


possíveis para os três primeiros lugares?
a) 6.840
b) 5.680
c) 4.860
d) 8.640
e) 6.480

02. Uma linha ferroviária tem 16 estações. Quantos tipos de bilhetes devem ser
impressos, se cada tipo deve assinalar a estação de partida e de chegada,
respectivamente?
a) 420
b) 240
c) 360
d) 480
e) 500

03. Um cofre possui um disco marcado com os dígitos 0, 1, 2, ..., 9. O segredo do


cofre é formado por uma seqüência de 3 dígitos. Se uma pessoa tentar abrir o
cofre, quantas tentativas deverá fazer (no máximo) para conseguir abri-lo?
(Suponha que a pessoa sabe que o segredo é formado por dígitos distintos.)
a) 270
b) 380
c) 500
d) 720
e) 800

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04. Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, quantos números de 3 algarismos
distintos podemos formar?
a) 243
b) 1024
c) 428
d) 780
e) 504

05. Quantos números pares de 3 algarismos distintos podemos formar com os


algarismos 1, 3, 6, 7, 8 e 9?
a) 80
b) 70
c) 50
d) 40
e) 15

06. Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, quantos números pares de 3 algarismos


distintos podemos formar?
a) 40
b) 60
c) 70
d) 90
e) 120

07. Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 são formados números de 4 algarismos


distintos. Dentre eles, quantos são divisíveis por 5?
a) 15
b) 20
c) 40
d) 50
e) 60

Gabarito) 1.A 2.B 3.D 4.E 5.D 6.B 7.E

# COMBINAÇÃO:
Combinação é o tipo de agrupamento, em que subgrupos serão extraídos de
um conjunto universo, de modo que:
1º) os elementos destes subgrupos sejam distintos entre si;
2º) um subgrupo não se diferencie de outro, pela mera ordem dos seus
elementos componentes.

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Essa é a única diferença entre uma questão de Arranjo e uma questão de
Combinação! Como vimos anteriormente, no Arranjo, a ordem dos elementos dos
subgrupos é relevante. Alterando-se a ordem dos elementos de um resultado possível,
chegamos a um outro resultado, diferente do primeiro!
O mesmo não se dá no caso da Combinação! Tomemos o exemplo seguinte:
Exemplo 1) Dispondo das seguintes frutas – laranjas, bananas, pêras, maçãs e uvas
– quantas espécies de salada formados por três tipos distintos destas frutas podem
ser preparadas?
Sol.: Nossa primeira pergunta será: “estamos tentando formar subgrupos, a partir de
um grupo maior, e esses subgrupos terão elementos distintos entre si?” A resposta é
afirmativa, o que já nos leva a saber que resolveremos a questão ou por Arranjo ou por
Combinação. Pois bem! Então, agora, criemos um resultado possível para o que pede o
enunciado, ou seja, formemos nossa própria salada, com três tipos distintos de frutas.
Uma resposta possível seria (banana, laranja e maçã). É ou não um resultado possível?
Claro que sim!
Agora, invertamos a ordem dos elementos desse subgrupo que acabamos de criar.
Poderemos ter: (maçã, laranja e banana).
A pergunta é: uma salada formada de banana, laranja e maçã é diferente de
outra salada formada por maçã, laranja e banana? É óbvio que não! Neste caso, a
ordem das frutas não irá mudar o gosto da salada! Ou seja, as duas saladas são
exatamente a mesma!
Em suma: a inversão na ordem dos elementos de um resultado possível não gerou
um outro resultado distinto! Ou ainda: invertendo a ordem dos elementos de um
resultado possível, caímos no mesmo resultado! Daí, concluímos: trata-se de uma questão
de Combinação!
Um outro exemplo:

Exemplo 2) Estão presentes numa sala oito pessoas, que são as seguintes: JOÃO,
MARIA, JOSÉ, PEDRO, PAULO, FRANCISCO, ANTÔNIO e LUÍS. Deseja-se
formar comissões, compostas por três membros, com essas pessoas que estão nesta
sala. Quantas comissões podem ser formadas?
Sol.: Vamos às perguntas preliminares: 1º)Deseja-se formar grupos menores, a partir de
um grupo maior, e os elementos desses grupos menores terão de ser diferentes entre
si? SIM! (Já sabemos: Arranjo ou Combinação!) Passemos, portanto, à segunda pergunta!
2º)A ordem dos elementos dos resultados possíveis, ou seja, dos subgrupos, é
relevante? Para responder a essa segunda pergunta, basta criarmos um resultado
possível. Qualquer um serve! Por exemplo: JOÃO, MARIA e JOSÉ.
Agora, invertamos os elementos desse resultado. Teremos, por exemplo: JOSÉ,
MARIA e JOÃO. A pergunta é a seguinte: uma comissão formada por JOÃO, MARIA e
JOSÉ é diferente da comissão formada por JOSÉ, MARIA e JOÃO?
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Claro que não! Trata-se da mesmíssima equipe! Ou seja, a inversão da ordem dos
elementos de um resultado possível não implicou a criação de um outro resultado
distinto! Em outras palavras, a ordem dos elementos dos subgrupos é irrelevante!
Quando isso ocorrer, não teremos dúvidas: estamos diante de uma questão de
Combinação!

Exemplo 3) Num jogo de loteria, um apostador marca seis dezenas, entre as cem
dezenas existentes. De quantas formas diferentes poderá o apostador preencher o
seu jogo?
Sol.: Vamos às perguntas: existe um grupo maior? Sim, o grupo das cem dezenas!
Estamos tentando criar grupos menores (subgrupos) extraídos daquele grupo maior?
Sim, são os jogos de seis dezenas! Os elementos desses subgrupos tem que ser
diferentes entre si? Claro, uma vez que um jogo consiste na marcação de seis dezenas
(não se poderia apostar, num mesmo jogo, duas vezes na mesma dezena)!
A pergunta final: a ordem dos elementos dos subgrupos é relevante neste nosso
caso? Para responder esta indagação, criemos um resultado possível. Pode ser, por
exemplo, o jogo {08, 13, 15, 27, 29, 72}.
Vamos tentar agora inverter os elementos desse subgrupo que criamos. Teremos,
por exemplo: {72, 29, 27, 15, 13, 08}.
Esta inversão nos elementos do primeiro subgrupo implicou a criação de um novo
resultado? Claro que não! Trata-se absolutamente do mesmo jogo! Se der essas seis
dezenas, você fica milionário de todo jeito, e nunca mais na sua vida vai querer saber de
estudar para concursos!
Em suma, a ordem dos elementos dos subgrupos é, neste caso, irrelevante!
Caímos, portanto, numa questão de Combinação!

Exemplo 4) Uma prova consta de 10 questões, das quais o aluno deverá resolver
apenas 5. De quantas formas ele poderá escolher as 5 questões?
Sol.: Existe um grupo maior? Sim, o das 10 questões! Queremos formar grupos menores
(subgrupos), a partir daquele grupo maior? Sim, os “grupinhos” de 5 questões. Os
elementos desses “grupinhos” terão de ser diferentes? Sim! (Arranjo ou Combinação!)
Vamos criar um resultado possível: {Q1, Q2, Q3, Q4, Q5}.
Vamos inverter os elementos desse subgrupo acima: {Q5, Q4, Q3, Q2, Q1}.
São subgrupos diferentes? Ou seja: a inversão dos elementos do primeiro
subgrupo implicou um novo resultado? Claro que não! São as mesmas cinco questões!
Ou seja: a ordem dos elementos dos subgrupos, nesta questão, é irrelevante!
Conclusão: a questão é de Combinação!

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Agora que já sabemos identificar uma questão de Combinação, resta-nos aprender
a resolvê-las. Aprendamos, pois!

# Resolvendo a Questão de Combinação:


Identificada uma questão de Combinação, resolvê-la-emos pela aplicação da
fórmula seguinte:
n!
à Fórmula da Combinação: Cn, p =
p!(n − p)!

Onde: à n é o número de elementos do “conjunto universo”;


à p é o número de elementos de cada subconjunto;
à “!” é o símbolo do “fatorial”.
à “Cn,p” será lido por combinação de “n”, “p” a “p” .

Voltemos aos exemplos 1, 2, 3 e 4.


Exemplo 1) Dispondo das seguintes frutas – laranjas, bananas, pêras, maçãs e uvas
– quantas espécies de salada formados por três tipos distintos destas frutas podem
ser preparadas?
Sol.: Já sabemos que se trata de uma questão de Combinação!
Quantos elementos tem o grupo maior (“conjunto universo”)? Tem 5 (são os cinco
tipos de fruta). Logo, n=5. Quantos elementos terá cada subgrupo? Terá 3 (cada salada
será formada por três espécies de fruta)! Logo, p=3.
Daí, aplicando a fórmula da Combinação, teremos o seguinte:
n! 5! 5! 5 x 4 x3!
Cn, p = à C 5, 3 = = = à C5,3 = 10 à Resposta!
p!(n − p)! 3!(5 − 3)! 3! x 2! 3! x 2 x1

Exemplo 2) Estão presentes numa sala oito pessoas, que são as seguintes: JOÃO,
MARIA, JOSÉ, PEDRO, PAULO, FRANCISCO, ANTÔNIO e LUÍS. Deseja-se
formar comissões, compostas por três membros, com essas pessoas que estão nesta
sala. Quantas comissões podem ser formadas?
Sol.: A questão é de Combinação e disso já sabemos!
O “conjunto universo” tem oito elementos (são as oito pessoas presentes na sala).
Ou seja, n=8. Os subgrupos terão apenas 3 elementos (são as comissões). Daí, p=3.
Agora, só nos resta aplicar a fórmula da Combinação. Teremos:
n! 8! 8! 8 x 7 x6 x5!
Cn, p = à C 8, 3 = = = à C8,3 = 56 à Resposta!
p!(n − p)! 3!(8 − 3)! 3! x5! 3 x 2 x1x5!

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Exemplo 3) Num jogo de loteria, um apostador marcará seis dezenas, entre as cem
dezenas existentes. De quantas formas diferentes poderá o apostador preencher o
seu jogo?
Sol.: Já identificamos que se trata de uma questão de Combinação. O grupo maior tem
100 elementos (as cem dezenas da comanda), ou seja: n=100. Os subgrupos terão apenas
6 elementos (são as apostas). Daí, p=6. Aplicando a fórmula da Combinação, teremos:
n! 100! 100! 100 x99 x98 x97 x96 x95 x94!
Cn, p = à C100 ,6 = = =
p!(n − p)! 6!(100 − 6)! 6! x94! 6 x5 x 4 x3 x 2 x1x94!

à C100,6 = 1.192.052.400 à Resposta!


Com essa resposta, descobrimos o número de jogos possíveis, com o uso de seis
dezenas, numa cartela de loteria. Desse modo, se uma pessoa faz um único jogo de seis
dezenas, tentando ganhar a bolada de uma “acumulada de três semanas”, a chance de
aquela combinação vir a ser a sorteada é de uma em 1.192.052.400.
Fácil, né? Melhor mesmo continuar estudando pra concurso...

Exemplo 4) Uma prova consta de 10 questões, das quais o aluno deverá resolver
apenas 5. De quantas formas ele poderá escolher as 5 questões?
Sol.: Questão de combinação, como já havíamos constatado! O grupo maior tem n=10
elementos. Os subgrupos terão p=5 elementos. Aplicando a fórmula da Combinação,
teremos:
n! 10! 10! 10 x9 x8 x7 x 6 x5!
Cn, p = à C10, 5 = = = à C10,5 = 252 à Resposta!
p!(n − p)! 5!(10 − 5)! 5! x5! 5 x 4 x3x 2 x1x5!

Passemos agora a uma questão bastante interessante, cujo modelo já foi usado em
provas passadas da Esaf!

Exemplo 5) Em um congresso há 30 físicos e 20 matemáticos. Quantas comissões


se pode formar, contendo 3 físicos e 4 matemáticos?
Sol.: Essa é uma questão clássica! Como disse acima, já foram exigidas em concursos da
Esaf questões semelhantes a essa.
Percebamos que o que diferencia esta questão é que existem DOIS conjuntos
maiores! Viram? O “conjunto universo” dos Físicos e o “conjunto universo” dos
Matemáticos!
Então, o artifício que usaremos para resolver esse problema é dividir a questão
em duas questões diferentes!
Na primeira parte, trabalharemos apenas com os Físicos. Na segunda, apenas com
os Matemáticos! Vejamos:

Página 28 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho


à Físicos: o conjunto maior tem n=30 físicos; e precisamos formar subgrupos que
contenham p=3 físicos. Daí, aplicando a fórmula da Combinação, teremos:
n! 30! 30! 30 x 29 x 28 x 27!
Cn, p = à C 30, 3 = = = à C30,3 = 4.060
p!(n − p)! 3!(30 − 3)! 3! x 27! 3 x 2 x1x 27!

Observemos que esse valor corresponde apenas à primeira parte da nossa


resposta! Ainda não é o resultado da questão! Passemos ao grupo dos Matemáticos.

à Matemáticos: o conjunto maior tem n=20 matemáticos; e queremos formar subgrupos


com p=4 matemáticos cada. Com a fórmula da Combinação, teremos:
n! 20! 20! 20 x19 x18 x17 x16!
Cn, p = à C 20, 4 = = = à C20,4 = 4.845
p!(n − p)! 4!(20 − 4)! 4! x16! 4 x3x 2 x1x16!

Finalmente, para compor o resultado da questão, teremos que multiplicar os


resultados parciais, encontrados quando trabalhamos isoladamente os grupos dos Físicos
e dos Matemáticos!
Daí: C30,3 x C20,4 = 4.060 x 4.845= 19.670.700 à Resposta!

Só isso! Viram como é fácil?!


Antes de passarmos ao próximo exemplo, só uma observação: como foi que
soubemos que essa questão acima seria resolvida por Combinação, e não de outra forma?
Ora, os subgrupos que serão formados a partir do “conjunto universo” representam
comissões, ou seja, equipe de pessoas. Tanto faz uma comissão com o João e o José,
quanto outra com o José e o João. Ou seja, a ordem dos elementos aqui não é
importante! E é justamente isso que caracteriza a questão como sendo de Combinação!
Passemos a outro exemplo nesse mesmo estilo!
Exemplo 6) Uma organização dispõe de 10 economistas e 6 administradores.
Quantas comissões de 6 pessoas podem ser formadas, de modo que cada uma delas
tenha 4 economistas e 2 administradores?
Sol.: Aqui novamente percebemos a presença de dois grupos maiores (dois “conjuntos
universo”): o dos economistas e o dos administradores. Portanto, dividiremos nossa
resolução em duas partes! Primeiro, trabalharemos com os economistas; depois, com os
administradores!
à Economistas: ao todo são n=10 economistas; e formaremos subgrupos de p=4 deles.
Aplicando a fórmula da Combinação, teremos:
n! 10! 10! 10 x9 x8 x7 x6!
Cn, p = à C10, 4 = = = à C10,4 = 210
p!(n − p)! 4!(10 − 4)! 4! x 6! 4 x3 x 2 x1x 6!

Deixemos esse valor guardado para o final da questão!

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à Administradores: temos no total n=6 administradores; e vamos formar “grupinhos” de
p=2 deles. Com a fórmula da Combinação, chegaremos ao seguinte:

n! 6! 6! 6 x5 x 4!
Cn, p = à C6, 2 = = = à C6,2 = 15
p!(n − p)! 2!(6 − 2)! 2! x 4! 2 x1x 4!

Agora, faremos a composição do nosso resultado, multiplicando os resultados


obtidos para o grupo dos Economistas e dos Administradores. Teremos, portanto, que:

C10,4 x C6,2 = 210 x 15 = 3.150 à Resposta!

O próximo exemplo foi questão de prova da Esaf, em 2002:

Esaf) Em um grupo de dança participam dez meninos e dez meninas. O número de


diferentes grupos de cinco crianças, que podem ser formados de modo que em cada
um dos grupos participem três meninos e duas meninas é dado por:
a) 5.400 b) 6.200 c) 6.800 d) 7.200 e) 7.800
Sol.: Mesmo raciocínio dos dois exemplos anteriores!
Há dois conjuntos universos, o dos meninos e o das meninas, os quais serão
trabalhados isoladamente.
à Meninos: ao todo são n=10 meninos; e formaremos subgrupos de p=3 deles.
Aplicando a fórmula da Combinação, teremos:
n! 10! 10! 10 x9 x8 x7!
Cn, p = à C10,3 = = = à C10,3 = 120
p!(n − p)! 3!(10 − 3)! 3! x7! 3 x 2 x1x 7!

à Meninas: também são n=10 meninas; e formaremos subgrupos de p=2 delas.


Aplicando a fórmula da Combinação, teremos:
n! 10! 10! 10 x9 x8!
Cn, p = à C10, 2 = = = à C10,2 = 45
p!(n − p)! 2!(10 − 2)! 2! x8! 2 x1x8!

Agora, resta multiplicar (120x45) = 5.400 à Resposta!

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

01. Deseja-se formar uma comissão de 3 membros e dispõe-se de 10 funcionários.


Quantas comissões podem ser formadas?
a) 30
b) 310
c) 13
d) 120
e) 150

02. Temos 7 cadeiras numeradas de 1 a 7, e desejamos escolher 4 lugares entre os


existentes. De quantas formas isso pode ser feito?
a) 25
b) 35
c) 45
d) 50
e) 28

03. Uma prova consta de 15 questões, das quais o aluno deve resolver 10. De quantas
formas ele poderá escolher as 10 questões?
a) 1001
b) 2002
c) 3003
d) 4004
e) 5005

04. Em uma reunião social, cada pessoa cumprimentou todas as outras, havendo ao
todo 45 apertos de mão. Quantas pessoas havia na reunião?
a) 10
b) 12
c) 15
d) 20
e) 22

Sol.: Excepcionalmente, resolveremos juntos esse “exercício proposto”!


Primeiramente, vamos descobrir do que se trata. Há um conjunto maior (conjunto
universo), formado pelas pessoas que estão participando de uma reunião. Dispondo desse
conjunto de pessoas, formaremos grupos menores (subgrupos) de duas pessoas cada.
Serão as pessoas que trocarão apertos de mão. (É de se supor que esses apertos de mão
estão sendo trocados entre duas pessoas, obviamente)!
Daí, se os subgrupos são formados por duas pessoas que vão trocar um aperto de
mão, também se depreende que essas pessoas têm que ser distintas. (Não se imagina
ninguém cumprimentando a si mesmo com um aperto de mão, certo? Estamos numa
reunião social, não num hospício!)
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E chegamos à primeira conclusão: se os elementos dos subgrupos serão
necessariamente distintos, trabalharemos ou com Arranjo ou com Combinação!
Criemos um resultado possível: um aperto de mão entre o JOÃO e o JOSÉ.
Invertamos esse resultado: um aperto de mão entre o JOSÉ e o JOÃO. É o mesmo
resultado ou outro diferente? Claro que é o mesmo resultado. Daí, concluímos:
trabalharemos com Combinação.
Sabemos que os subgrupos são formados por dois elementos (p=2), mas e o
conjunto universo? Conhecemos quantos elementos tem? Não! É isso o que a questão
quer saber. Chamaremos esse número de X.
E quanto a esse valor “45”, fornecido pelo enunciado? Será o resultado da
Combinação. Ou seja, é o número de “duplas” que poderão ser formadas, combinando as
pessoas que estão naquela reunião.
Daí, teremos: Cx,2 = 45 .
Desenvolvendo nossos cálculos, teremos:
X! X .( X − 1).( X − 2)! X .( X − 1) X 2 − X
C X ,2 = = = =
2!( X − 2)! 2!.( X − 2)! 2 x1 2

Sabendo que: Cx,2 = 45 , teremos:

X2 −X
= 45 à X2 – X – 90 = 0 (Equação do 2º grau)
2

Para os mais esquecidos, uma equação do 2º grau, ou seja, uma equação do tipo
2
ax +bx+c=0 será resolvida da seguinte forma:

b 2 − 4.a.c
X = −b ±
2.a

Resolvendo a equação acima, teremos:

b 2 − 4.a.c 1 + 4 x1x90 361 19


X = −b ± à X =1± = 1± = 1±
2.a 2 x1 2 2

Haverá duas raízes (dois resultados) para nossa equação, quais sejam:

X’ = (1+19)/2 à X’=10 e X’’ = (1-19)/2 à X’’=-9

Como X representa um número de pessoas, jamais poderia ser um valor negativo.


Desprezamos, portanto, o resultado X’’=-9, e concluímos que nossa resposta será X=10.

X=10 à Resposta!

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05. Uma empresa possui 20 funcionários, dos quais 10 são homens e 10 são mulheres.
Desse modo, o número de comissões de 5 pessoas que se pode formar com 3
homens e 2 mulheres é:
a) 5.400
b) 165
c) 1.650
d) 5.830
e) 5.600

6. Uma empresa tem 3 diretores e 5 gerentes. Quantas comissões de 5 pessoas


podem ser formadas, contendo 2 diretores e 3 gerentes?
a) 12
b) 15
c) 20
d) 25
e) 30

7. Temos 5 homens e 6 mulheres. De quantas formas podemos formar uma comissão


de 3 pessoas?
a) 30
b) 60
c) 135
d) 165
e) 200

8. Temos 5 homens e 6 mulheres. De quantas formas podemos formar uma comissão


de 3 pessoas, de modo que nela haja 2 homens e uma mulher?
a) 30
b) 60
c) 135
d) 165
e) 200

9. Uma empresa tem 3 diretores e 5 gerentes. Quantas comissões de 5 pessoas


podem ser formadas, contendo no mínimo um diretor? (*Questão Desafio)
a) 35
b) 55
c) 75
d) 95
e) 105

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10. Um grupo consta de 20 pessoas, das quais 5 matemáticos. De quantas maneiras
podemos formar comissões de 10 pessoas, de modo que nenhum membro seja
matemático?
a) C20,10
b) C15,5
c) C15,9
d) C15,10
e) C20,20

11. Um grupo consta de 20 pessoas, das quais 5 matemáticos. De quantas maneiras


podemos formar comissões de 10 pessoas, de modo que todos os matemáticos
participem da comissão?
a) C20,10
b) C15,5
c) C15,9
d) C15,10
e) C20,20

Gabarito) 1.D 2.B 3.C 4.A 5.A 6.E 7.D 8.B 9.B 10.D 11.B

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RESUMO DE ANÁLISE COMBINATÓRIA

# PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM:


à Quando utilizar?
Quando o evento puder ocorrer em várias etapas, sucessivas e independentes. E quando
desejarmos extrair subgrupos de um grupo maior, de modo que os elementos daqueles
subgrupos possam repetir-se entre si, ou seja, possam ser iguais!
à Como utilizar?
Seja P1 é o número de possibilidades da 1ª etapa;
P2 é o número de possibilidades da 2ª etapa;
.
Pk é o número de possibilidades da “k-ésima” etapa, então:

(P1 x P2 x ... x Pk) é o número total de possibilidades do acontecimento ocorrer!

# ARRANJO:
à Quando utilizar?
Quando desejarmos extrair subgrupos de um grupo maior, de modo que os elementos
daqueles subgrupos sejam DISTINTOS entre si, e a inversão dos elementos de um
resultado possível implique um novo resultado! Ou seja: quando a ordem dos elementos
dos subgrupos é relevante!
à Como utilizar?
n!
à Fórmula do Arranjo: An, p =
(n − p)!

# PERMUTAÇÃO:
à Quando utilizar?
Quando a questão for de Arranjo, e tivermos que n=p, ou seja, quando o número de
elementos do conjunto maior seja também o mesmo número de elementos dos subgrupos.
à Como utilizar?
à Fórmula da Permutação: Pn = n!

# COMBINAÇÃO:
à Quando utilizar?
Quando desejarmos extrair subgrupos de um grupo maior, de modo que os elementos
daqueles subgrupos sejam DISTINTOS entre si, e a inversão dos elementos de um
resultado possível não implique um novo resultado! Ou seja: quando a ordem dos
elementos dos subgrupos é irrelevante!
à Como utilizar?
n!
à Fórmula da Combinação: Cn, p =
p!(n − p)!

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Após esse resumo acima, proponho-lhes um exercício de fixação: transcreverei
novamente uma boa parte dos exemplos e exercícios propostos em nosso estudo até
aqui, de forma aleatória, para que você seja capaz de identificar, em cada problema, qual
a teoria a ser empregada na resolução, se a do “Princípio Fundamental da Contagem”, se
a do “Arranjo”, se a da “Permutação”, ou, enfim, se a da “Combinação”. Aproveite o
ensejo, e resolva novamente essas questões!

O caminho para se chegar a uma conclusão será aquele das indagações:


1º) vamos extrair subgrupos (grupos menores) de um “conjunto universo”?
2º) os elementos desses subgrupos tem que ser diferentes entre si?
3º) a ordem dos elementos dos subgrupos é relevante, ou seja, se invertermos a
ordem de um subgrupo estaremos criando um novo resultado, diferente do primeiro?
Ao final, segue o gabarito, e damos por encerrado este tópico de Análise
Combinatória!

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

ENUNCIADO ÚNICO: Para cada problema abaixo, identifique se a resolução se dará


pelo “Princípio Fundamental da Contagem”, ou por “Arranjo”, ou por “Permutação”, ou por
“Combinação”, e resolva a questões abaixo:

01) Temos 5 homens e 6 mulheres. De quantas formas podemos formar uma comissão de
3 pessoas?

02) “Um quartel tem quinze portas de entrada, que dão acesso a um grande salão, no
qual há nada menos que doze elevadores. Se uma pessoa deseja chegar ao terceiro
andar, de quantos modos diferentes poderá fazê-lo?”

03) Quatro carros (C1, C2, C3 e C4) disputam uma corrida. Quantas são as
possibilidades de chegada para os quatro primeiros lugares?

04) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de três dígitos distintos


poderão ser formados?

05) “uma moeda e lançada três vezes. Qual o número de seqüências possíveis de cara e
coroa?”

06) Dispondo das seguintes frutas – laranjas, bananas, pêras, maçãs e uvas – quantas
espécies de salada formados por três tipos distintos destas frutas podem ser
preparadas?

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07) Quatro carros (C1, C2, C3 e C4) disputam uma corrida. Quantas são as
possibilidades de chegada para os três primeiros lugares?

08) Uma organização dispõe de 10 economistas e 6 administradores. Quantas comissões


de 6 pessoas podem ser formadas, de modo que cada uma delas tenha 4 economistas e 2
administradores?

09) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de cinco dígitos distintos


poderão ser formados?

10) “Num hospital, existem 3 portas de entrada (P1, P2 e P3) que dão para um saguão, no
qual existem 4 elevadores (E1, E2, E3 e E4). Um visitante deve dirigir-se ao 5º andar,
utilizando um dos elevadores. De quantas maneiras diferentes poderá fazê-lo?

11) Temos 5 homens e 6 mulheres. De quantas formas podemos formar uma comissão de
3 pessoas, de modo que nela haja 2 homens e uma mulher?

12) Em um campeonato de futebol, participam 20 times. Quantos resultados são


possíveis para os três primeiros lugares?

13) João vai a um restaurante disposto a comer um só prato de carne e uma só


sobremesa. O cardápio oferece oito pratos distintos de carne e cinco pratos diferentes
de sobremesa. De quantas formas pode o homem fazer sua refeição?

14) Estão presentes numa sala oito pessoas, que são as seguintes: JOÃO, MARIA,
JOSÉ, PEDRO, PAULO, FRANCISCO, ANTÔNIO e LUÍS. Deseja-se formar comissões,
compostas por três membros, com essas pessoas que estão nesta sala. Quantas
comissões podem ser formadas?

15) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de três dígitos poderão ser
formados?

16) Um cofre possui um disco marcado com os dígitos 0, 1, 2, ..., 9. O segredo do cofre é
formado por uma seqüência de 3 dígitos. Se uma pessoa tentar abrir o cofre, quantas
tentativas deverá fazer (no máximo) para conseguir abri-lo? (Suponha que a pessoa sabe
que o segredo é formado por dígitos distintos.)

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17) Numa festa existem 80 homens e 90 mulheres. Quantos casais diferentes podem
ser formados?

18) Uma prova consta de 10 questões, das quais o aluno deverá resolver apenas 5. De
quantas formas ele poderá escolher as 5 questões?

19) Quantas palavras de quatro letras distintas podem ser formadas com as letras A, B,
C, P, O e S?

20) De quantas formas podemos responder a doze perguntas de um questionário, cujas


respostas para cada pergunta são “SIM” ou “NÃO”?

21) Uma linha ferroviária tem 16 estações. Quantos tipos de bilhetes devem ser
impressos, se cada tipo deve assinalar a estação de partida e de chegada,
respectivamente?

22) Deseja-se formar uma comissão de 3 membros e dispõe-se de 10 funcionários.


Quantas comissões podem ser formadas?

23) O sistema telefônico de São Paulo utiliza sete dígitos para designar os diversos
telefones. Supondo que o primeiro dígito seja sempre dois (2), e que o dígito zero (0)
não seja utilizado para designar estações (2º e 3º dígitos), quantos números de
telefones diferentes poderemos ter?

24) Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, quantos números pares de 3 algarismos distintos


podemos formar?

25) Uma empresa possui 20 funcionários, dos quais 10 são homens e 10 são mulheres.
Desse modo, o número de comissões de 5 pessoas que se pode formar com 3 homens e 2
mulheres é?

26) Quantos números pares de 3 algarismos distintos podemos formar com os


algarismos 1, 3, 6, 7, 8 e 9?

27) Quantos números de três algarismos – iguais ou distintos – podemos formar com os
dígitos 1, 2, 3, 7 e 8?

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28) Uma empresa tem 3 diretores e 5 gerentes. Quantas comissões de 5 pessoas podem
ser formadas, contendo 2 diretores e 3 gerentes?

29) Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, quantos números de 3 algarismos


distintos podemos formar?

30) Um grupo consta de 20 pessoas, das quais 5 matemáticos. De quantas maneiras


podemos formar comissões de 10 pessoas, de modo que nenhum membro seja
matemático?

31) Em um baralho de 52 cartas, cinco cartas são escolhidas sucessivamente. Quantas


são as seqüências de resultados possíveis se a escolha é feita com reposição?

32) Uma empresa tem 3 diretores e 5 gerentes. Quantas comissões de 5 pessoas podem
ser formadas, contendo no mínimo um diretor? (*Questão Desafio)

33) Um automóvel é oferecido pelo fabricante em 7 (sete) cores diferentes, podendo o


comprador optar entre os motores com oito ou com dezesseis válvulas. Sabendo-se que
os automóveis são fabricados nas versões “standard”, “luxo” e “superluxo”, quantas são
as alternativas do comprador?

34) Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 são formados números de 4 algarismos distintos.


Dentre eles, quantos são divisíveis por 5?

35)Um grupo consta de 20 pessoas, das quais 5 matemáticos. De quantas maneiras


podemos formar comissões de 10 pessoas, de modo que todos os matemáticos participem
da comissão?

36) João possui 10 (dez) ternos, 12 (doze) camisas e 5 (cinco) pares de sapato. De
quantas formas poderá ele vestir um terno, uma camisa e um par de sapatos?

37) Em um congresso há 30 físicos e 20 matemáticos. Quantas comissões se pode


formar, contendo 3 físicos e 4 matemáticos?

38) Um mágico se apresenta em público vestindo calça e paletó de cores diferentes.


Para que ele possa se apresentar em 24 sessões com conjuntos diferentes, qual é o
número mínimo de peças (número de paletós mais número de calças) de que ele precisa?
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GABARITO
01. Combinação, R)165 20. Princípio Fundamental da Contagem, R)212
02. Princípio Fundamental da Contagem, R)180 21. Arranjo, R)240
03. Permutação, R)24 22. Combinação, R)120
04. Arranjo, R)60 23. Princípio Fundamental da Contagem,
05. Princípio Fundamental da Contagem, R)8 R)81.000
06. Combinação, R)10 24. Arranjo, R)60
07. Arranjo, R)24 25. Combinação, R)5.400
08. Combinação, R)3.150 26. Arranjo, R)40
09. Permutação, R)120 27. Princípio Fundamental da Contagem, R)125
10. Princípio Fundamental da Contagem, R)12 28. Combinação, R)30
11. Combinação, R)60 29. Arranjo, R)504
12. Arranjo, R)6.840 30. Combinação, R)C10,15
13. Princípio Fundamental da Contagem, R)40 31. Princípio Fundamental da Contagem, R)525
14. Combinação, R)56 32. Combinação, R)55
15. Princípio Fundamental da Contagem, R)125 33. Princípio Fundamental da Contagem, R)42
16. Arranjo, R)720 34. Arranjo, R)60
17. Princípio Fundamental da Contagem, 35. Combinação, R)C15,5
R)7.200 36. Princípio Fundamental da Contagem, R)600
18. Combinação, R)252 37. Combinação, R)19.670.700
19. Arranjo, R)360 38. Princípio Fundamental da Contagem, R)10

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Capítulo 02: PROBABILIDADE

Na Análise Combinatória, aprendemos, com a utilização de técnicas como o


Princípio Fundamental da Contagem, Arranjo e Combinação, a forma de se determinar o
número total de possibilidades de ocorrência de um determinado fato, sem precisarmos
“enxergar” todas essas possibilidades.
Aqui, na Probabilidade, vamos utilizar o que aprendemos na Análise Combinatória!
Ocorre que a Teoria da Probabilidade faz uso de uma nomenclatura própria, de
modo que há três conceitos fundamentais que temos que passar imediatamente a
conhecer: Experimento Aleatório, Espaço Amostral e Evento.

# Experimento Aleatório: é todo aquele que observa as próximas três condições:


1º) mesmo repetido diversas vezes sob as mesmas condições, pode apresentar
resultados diferentes;
2º) antes de ser realizado, não se pode afirmar ou conhecer exatamente qual será
o seu resultado;
3º) embora sem se saber qual será o exato resultado, é possível conhecer, mesmo
antes de realizar o experimento, qual o conjunto dos resultados possíveis.
Assim, o lançamento de um dado é um experimento aleatório, porque:
1º) mesmo repetido diversas vezes sob as mesmas condições, pode apresentar
resultados diferentes;
2º) antes de lançar o dado, não há como garantir qual será o resultado;
3º) mesmo antes de lançar o dado, já sabemos qual é o conjunto dos resultados
possíveis para aquele lançamento. Ou seja, já sabemos que {1, 2, 3, 4, 5, 6} é o conjunto
dos resultados possíveis!
Outros exemplos de Experimento Aleatório:
à lançar uma moeda e observar o resultado;
à lançar duas moedas e observar o número de caras obtidas;
à selecionar uma carta de um baralho de 52 cartas e observar seu naipe; etc.

# Espaço Amostral: é nada mais, senão o “conjunto dos resultados possíveis” de um


Experimento Aleatório.
Designaremos o Espaço Amostral por “µ”.
Consideremos os exemplos abaixo, e determinemos os respectivos espaços
amostrais:
a) lançar um dado, e observar a face de cima.
µ = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

b) lançar uma moeda e observar a face de cima.


µ = { cara, coroa }

c) lançar uma moeda duas vezes e observar o número de caras.


µ = { 0, 1, 2 }

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d) um lote tem 20 peças. Verificar, uma a uma, o número de peças defeituosas.
µ = { 0, 1, 2, 3, ..., 18, 19, 20}
Atenção: saber determinar qual o espaço amostral µ de um experimento aleatório,
e conhecer o número de elementos desse espaço amostral n(µ) é meio caminho andado
para acertarmos nossa questão de Probabilidade.
Como foi dito, designaremos o número de elementos de um espaço amostral por
n(µ). Assim, repetindo alguns exemplos acima, teremos que:
a) lançar um dado, e observar a face de cima.
µ = {1, 2, 3, 4, 5, 6} à E: n(µ)=6

b) lançar uma moeda e observar a face de cima.


µ = { cara, coroa } à E: n(µ)=2

Passemos a alguns exemplos:


ENUNCIADO ÚNICO: Para cada experimento aleatório abaixo, determinar o número
de elementos do respectivo espaço amostral n(µ).

EXPERIMENTO A) Extrair uma única bolinha de uma urna que contém 50 bolinhas,
numeradas de 1 a 50.
Ora, os resultados possíveis são: à E: µ={1, 2, 3, 4, ... , 48, 49, 50}
Ou seja: à E: n(µ)=50

EXPERIMENTO B) Lançar três moedas e observar os resultados.


Ora, para sabermos o número de resultados possíveis para o lançamento de três
moedas caímos no primeiro exemplo do capítulo de Análise Combinatória, e usaremos o
Princípio Fundamental da Contagem:

à 1º lançamento à duas possibilidades


à 2º lançamento à duas possibilidades 2x2x2=8 à n(µ)=8
à 3º lançamento à duas possibilidades

Para cada lançamento há duas possibilidades de resultado (cara ou coroa).


Logo: n(µ)=8

EXPERIMENTO C) Colocar três pessoas (A, B e C) em fila indiana, e observar como


ficaram dispostas.
Novamente, caímos no Princípio Fundamental da Contagem, (ou no Arranjo)!

à 1º lugar da fila à três possibilidades


à 2º lugar da fila à duas possibilidades 3x2x1=6 à n(µ)=6
à 3º lugar da fila à uma possibilidades

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Logo, teremos que: n(µ)=6

EXPERIMENTO D) Um casal quer ter três filhos. Observar a seqüência do sexo dos
três filhos.
Novamente, usaremos o Princípio Fundamental da Contagem. Teremos:

à 1º filho à duas possibilidades


à 2º filho à duas possibilidades 2x2x2=8 à n(µ)=8
à 3º filho à duas possibilidades

Cada filho do casal poderá nascer menino ou menina, havendo, pois, duas
possibilidades para cada um deles!
Daí, teremos que: n(µ)=8

EXPERIMENTO E) Lançar dois dados e observar-lhes os resultados.


Para saber o número de resultados possíveis para o lançamento de dois dados,
mais uma vez faremos uso do Princípio Fundamental da Contagem. Vejamos:

à 1º dado à seis possibilidades 6x6=36 à n(µ)=36


à 2º dado à seis possibilidades

Cada dado lançado poderia apresentar 6 possíveis resultados.


Daí, chegamos a: n(µ)=36

EXPERIMENTO F) Escolher, entre um grupo de cinco pessoas (A, B, C, D, E), duas delas
para formar uma comissão.
Neste caso, conforme já foi estudado anteriormente, trabalharemos utilizando
uma Combinação!
5! 5 x 4 x3!
Teremos: C 5, 2 = = = 10
2!.3! 3!.2 x1
Logo: n(µ)=10

Constatamos, pois, que necessitaremos freqüentemente da utilização da Análise


Combinatória, para chegarmos ao número total de possibilidades de realização de um
experimento aleatório, ou seja, para chegarmos a conhecer o número de elementos n(µ)
de um Espaço Amostral (µ).

O terceiro conceito essencial ao estudo da Probabilidade é o conceito de Evento.

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# Evento: um evento será um subconjunto do Espaço Amostral. Designaremos um evento
por uma letra maiúscula.
Diremos que ocorreu um evento A, quando o resultado do Experimento Aleatório
for pertencente ao subconjunto A.
Entendamos melhor por meio do exemplo abaixo:
à Experimento Aleatório: lançar um dado e observar a face para cima.

à Espaço Amostral: µ={1, 2, 3, 4, 5, 6} à n(µ) = 6

à Evento A: obter um resultado par no lançamento do dado.


A = { 2, 4, 6 } à n(A)=3

à Evento B: obter um resultado menor do que 4 no lançamento do dado.


B = { 1, 2, 3 } à n(B)=3

à Evento C: obter um resultado maior ou igual a 7 no lançamento do dado.


C = { } (ou seja: vazio!) à n(C)=0
Quando isso acontecer, estaremos diante de um “evento impossível”!

à Evento D: obter um resultado menor do que 7 no lançamento do dado.


D = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } (=µ) à n(D)=6
Quando isso acontecer, estaremos diante de um “evento certo”!

Observemos nos exemplos acima que, para cada evento X, designamos por n(X) o
número de elementos de cada evento!

Atenção: para a determinação do número de elementos de um evento, poderemos


também ter que lançar mão das técnicas de Análise Combinatória, dependendo do caso.
Conhecer o n(X), ou seja, o número de elementos de um evento que virá descrito no
enunciado, é o segundo passo para a resolução de uma questão de probabilidade.

A questão de Probabilidade trará em seu enunciado a descrição de um


experimento aleatório, e a descrição de um evento. E perguntará qual a probabilidade
de ocorrência daquele evento?
Para resolvermos qualquer questão de probabilidade, dividiremos nossa resolução
em três etapas. Vejamos nos exemplos que se seguem.

Exemplo 01) De um baralho de 52 cartas, duas são extraídas ao acaso, sem


reposição. Qual a probabilidade de ambas serem de ouro?
Sol.: Dividiremos a resolução em três etapas.
1ª Etapa) Aqui, definiremos o experimento aleatório e o número de elementos do
espaço amostral n(µ).
Ora, o experimento consiste em retirar (sem reposição) duas cartas de um
baralho!
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Daí, nosso espaço amostral é formado por todas as 52 cartas do baralho! Como o
enunciado falou em retirada “sem reposição”, significa que as cartas a serem escolhidas
têm que ser distintas entre si. Logo, caímos num caso de Arranjo ou de Combinação. Mas
Arranjo ou Combinação?
Criemos um resultado possível: { 2OURO , 5COPAS }
Invertamos os elementos desse resultado: { 5COPAS , 2OURO }
É a mesma dupla de cartas? Sim! Logo, trabalharemos com Combinação!
Calcularemos C52,2 e chegaremos, pois, à nossa primeira conclusão: que n(µ)=1326.

2ª Etapa) Definiremos agora o evento e seu respectivo número de elementos.


Ora, o evento (X) é a retirada de duas cartas de (naipe) ouro.
Logo, nosso “conjunto universo” de possibilidades agora será o seguinte:
{ AOURO , 2OURO , 3OURO , 4OURO , 5OURO , 6OURO , 7OURO , 8OURO , 9OURO , 10OURO , JOURO , QOURO , KOURO }

Naturalmente, formaremos subconjuntos com duas cartas distintas, logo, caímos


numa resolução de Arranjo ou de Combinação. Mas qual dos dois?
Criemos um resultado possível: { 2OURO , 5OURO }
Invertamos o resultado acima: { 5OURO , 2OURO }
É a mesma dupla de cartas? Sim! Logo, resolveremos por Combinação.
Daí, teremos: C13,2.

13! 13 x12 x11!


C13, 2 = = = 78 à n(X)=78
2!.11! 11!.2 x1

3ª Etapa) Consiste na aplicação da fórmula da Probabilidade!

à Fórmula da Probabilidade: a probabilidade de ocorrência de um evento “X”, dado


determinado experimento aleatório, será calculada por:

P(X) = n(X)_
n(µ)

Onde: à n(µ) é o número de elementos do experimento aleatório µ (determinado


na primeira etapa da resolução); e
à n(X) é o número de elementos do evento X (determinado na segunda
etapa da resolução).

Daí, aplicando a fórmula da Probabilidade à nossa questão, teremos que:

78 1
P( X ) = = à Resposta!
1326 17

Pela resolução acima, traçaremos novamente uma seqüência padronizada de


procedimentos que teremos que seguir para resolver as questões de probabilidade:

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1º Passo) Trabalhar com o experimento aleatório, definindo o número de
elementos do espaço amostral n(µ);
2º Passo) Trabalhar com o evento, definindo o seu respectivo número de
elementos n(X).
n( X )
3º Passo) Aplicar a fórmula da Probabilidade: P( X ) =
n( µ )

Exemplo 02) Um número é escolhido ao acaso entre os 20 números inteiros {1, 2,


3, ..., 19, 20}. Qual é a probabilidade de o número escolhido ser par?
Sol.: Aplicaremos os passos descritos acima:
1º Passo) Definição do experimento aleatório: a escolha de um número dentre 20
números possíveis.
Ora, se há 20 possibilidades diferentes de escolha, então teremos que n(µ)=20.

2º Passo) Definição do evento: o enunciado deseja que o número escolhido seja par!
Daí, o “conjunto universo” ficará restrito apenas ao seguinte:
{ 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20 }
Desse modo, vemos que há dez possibilidades de escolha, ou seja: n(X)=10

3º Passo) Finalmente, aplicando a fórmula da probabilidade, teremos que:

n( X ) 10 1
P( X ) = à P( X ) = = = 0,50 = 50% à Resposta!
n( µ ) 20 2

Exemplo 03) Um número é escolhido ao acaso entre os inteiro 1 a 100. Qual é a


probabilidade de o número escolhido ser múltiplo de 10?
Sol.: Seguindo a “receita”, teremos:
1º Passo) Definição do experimento aleatório: a escolha de um número dentre 100
números possíveis.
Ora, se há 100 possibilidades diferentes de escolha, então teremos que n(µ)=100.

2º Passo) Definição do evento: o enunciado deseja que o número escolhido múltiplo de


10.
Daí, o “conjunto universo” ficará restrito ao seguinte:
{ 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100 }
Também aqui vemos que há dez possibilidades de escolha, ou seja: n(X)=10
3º Passo) Aplicando a fórmula da probabilidade, teremos que:

n( X ) 10 1
P( X ) = à P( X ) = = = 0,10 = 10% à Resposta!
n( µ ) 100 10

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Exemplo 04) Uma urna contém 3 bolas brancas, 2 vermelhas e 5 azuis. Uma dessas
bolas é escolhida ao acaso na urna. Qual é a probabilidade de a bola escolhida ser
azul?
Sol.: Vamos aos três passos de resolução:
1º Passo) Definindo o experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 10 bolas.
Ora, se são 10 bolas na urna, significa que há 10 possibilidades diferentes de
escolha, então teremos que n(µ)=10.

2º Passo) Definição do evento: o enunciado exige que a bola escolhida seja azul. Logo,
nosso “universo” estará restrito agora ao conjunto X = {BAZUL , BAZUL , BAZUL , BAZUL , BAZUL}.
Desse modo, vemos que haverá 5 possíveis escolhas, de forma que: n(X)=5.

3º Passo) Aplicando a fórmula da probabilidade, teremos que:

n( X ) 5 1
P( X ) = à P( X ) = = = 0,50 = 50% à Resposta!
n( µ ) 10 2

Exemplo 05) Dois dados, um verde e um vermelho, são lançados e observados os


números das faces de cima. Qual a probabilidade de ocorrerem números iguais?

Sol.: Novamente os três passos:

1º Passo) Definindo o experimento aleatório: lançar dois dados diferentes. Quantas


seqüências de resultados são possíveis?
Pelo “Princípio Fundamental da Contagem”, teremos:

à 1º dado à seis possibilidades 6x6=36 à n(µ)=36


à 2º dado à seis possibilidades

2º Passo) Definição do evento: o enunciado exige que os resultados dos dois dados
sejam iguais. É fácil constatar que as únicas possibilidades de isso acontecer seriam as
seguintes: {1, 1} ou {2, 2} ou {3, 3} ou {4, 4} ou {5, 5} ou {6, 6}.
Só há, portanto, 6 (seis) possíveis resultados para esse evento. Logo: n(X)=6.

3º Passo) Aplicando, finalmente, a fórmula da probabilidade, teremos que:


n( X ) 6 1
P( X ) = à P( X ) = = = 0,167 = 16,7% à Resposta!
n( µ ) 36 6

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Exemplo 06) Lançando-se 4 vezes uma moeda “honesta”, qual é a probabilidade de
que ocorra cara exatamente 3 vezes?
Sol.: Passemos aos nossos três passos:

1º Passo) Definição do experimento aleatório: lançar quatro vezes uma moeda. Quantos
são os resultados possíveis?
Pelo “Princípio Fundamental da Contagem”, teremos:

à 1ª moeda à duas possibilidades


à 2ª moeda àduas possibilidades 2x2x2x2=16 à n(µ)=16
à 3ª moeda à duas possibilidades
à 4ª moeda à duas possibilidades

2º Passo) Definição do evento: o enunciado exige que os resultados de três das moedas
sejam “cara”.
Analisemos as possibilidades: chamaremos “C” o resultado “cara”, e “K”, o
resultado “coroa”. As únicas formações possíveis com três resultados “cara” são as
seguintes:

C , C , C , k
C , C , K , C São, portanto, 4 possibilidades!
C , K , C , C
K , C , C , C Ou seja: n(X)=4

3º Passo) Aplicando, finalmente, a fórmula da probabilidade, teremos que:


n( X ) 4 1
P( X ) = à P( X ) = = = 0, 25 = 25% à Resposta!
n( µ ) 16 4

Exemplo 07) Com os dígitos {1, 2, 3, 4, 5} são formados números de 4 algarismos


distintos. Um deles é escolhido ao acaso. Qual a probabilidade de ele ser par?
Sol.: Novamente utilizaremos os nossos três passos:
1º Passo) Definição do experimento aleatório: formar números de quatro dígitos
distintos, dispondo do “conjunto universo” {1, 2, 3, 4, 5}. Quantos são os resultados
possíveis?
Pelo “Princípio Fundamental da Contagem” (ou também por Arranjo), teremos:

à 1º algarismo à cinco possibilidades


à 2º algarismo à quatro possibilidades 5x4x3x2=120 à n(µ)=120
à 3º algarismo à três possibilidades
à 4º algarismo à duas possibilidades
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2º Passo) Definição do evento: o enunciado quer que o número escolhido seja par! Essa
exigência, obviamente, diz respeito à escolha do último dos quatro dígitos. Para que um
número seja par, só é preciso que seu último algarismo também o seja. Daí, teremos,
dispondo daquele conjunto universo {1, 2, 3, 4, 5}, as seguintes possibilidades para o
preenchimento da última “casa”:

à 4º algarismo à duas possibilidades (2 ou 4)

Como os algarismos têm de ser distintos entre si, e o último dígito já foi
preenchido, o conjunto de possibilidades para escolha das demais posições ficará
diminuído de um algarismo, de modo que restaram as seguintes possibilidades para o
preenchimento das demais posições:

à 1º algarismo à quatro possibilidades


à 2º algarismo à três possibilidades
à 3º algarismo à duas possibilidades

Compondo nosso resultado do evento, teremos:

à 1º algarismo à quatro possibilidades


à 2º algarismo à três possibilidades 4x3x2x2=120 à n(X)=48
à 3º algarismo à duas possibilidades
à 4º algarismo à duas possibilidades

3º Passo) Daí, aplicando a fórmula da probabilidade, teremos que:

n( X ) 48 2
P( X ) = à P( X ) = = = 0, 40 = 40% à Resposta!
n( µ ) 120 5

Exemplo 08) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2?
Sol.: Voltemos aos três passos de resolução:

1º Passo) Definindo o experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 10 bolas.
Ora, se são 10 bolas na urna, significa que há 10 possibilidades diferentes de
escolha, então teremos que n(µ)=10.

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2º Passo) Definição do evento: o enunciado exige que a bola escolhida tenha número
múltiplo de 2.
Assim, nosso “universo” estará restrito agora ao conjunto X = {2, 4, 6, 8, 10}.
Haverá, portanto, 5 possíveis escolhas, de forma que: n(X)=5.

3º Passo) Aplicando a fórmula da probabilidade, teremos que:

n( X ) 5 1
P( X ) = à P( X ) = = = 0,50 = 50% à Resposta!
n( µ ) 10 2

Exemplo 09) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 3?
Sol.: Questão muito semelhante à anterior! Usemos os três passos de resolução:
1º Passo) Definindo o experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 10 bolas.
Ora, se são 10 bolas na urna, significa que há 10 possibilidades diferentes de
escolha, então teremos que n(µ)=10.

2º Passo) Definição do evento: o enunciado exige que a bola escolhida tenha número
múltiplo de 3.
Assim, nosso “universo” estará restrito agora ao conjunto X = {3, 6, 9}. Haverá,
portanto, 3 possíveis escolhas, de forma que: n(X)=3.

3º Passo) Aplicando a fórmula da probabilidade, teremos que:

n( X ) 3
P( X ) = à P( X ) = = 0,30 = 30% à Resposta!
n( µ ) 10

Exemplo 10) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2 ou de 3?
Sol.: Esta questão é especial. Apesar de muitíssimo parecida com os dois últimos
exemplos, ela traz um plus. Comparando, vemos que tanto o exemplo 8 como o exemplo 9
(bem como todos os outros exemplos anteriores) apresentavam um único evento, em seu
enunciado. Agora não! São dois os eventos envolvidos! Sigamos os nossos passos
convencionais de resolução:

1º Passo) Definindo o experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 10 bolas.
Já sabemos que se há 10 bolas na urna, significa que há igualmente 10
possibilidades diferentes de escolha, então teremos que n(µ)=10.

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2º Passo) Definição dos eventos: como são dois, os designaremos por evento X e evento
Y.
No primeiro deles (evento X), o enunciado exige que a bola escolhida tenha
número múltiplo de 2.
Aqui, nosso “universo” estará restrito agora ao conjunto X = {2, 4, 6, 8, 10}, de
modo que teremos 5 possíveis escolhas, ou seja: n(X)=5.
Já para o evento Y, por sua vez, a exigência do enunciado é a de que a bola
escolhida seja múltiplo de 3. Assim, o “universo” se reduz ao conjunto Y = {3, 6, 9},
havendo, portanto, 3 possíveis escolhas, de forma que: n(Y)=3.

3º Passo) Aplicando a fórmula da probabilidade!


Aqui surge uma novidade: sempre que um enunciado de questão de probabilidade
vier falando em mais de um evento, teremos que observar, com toda a atenção possível,
qual é o tipo de conexão que existe entre esses eventos.
No nosso exemplo, o enunciado pede a probabilidade de se observar um múltiplo
de 2 OU múltiplo de 3.
Em outras palavras, a questão pediu a probabilidade de ocorrência do evento X
OU do evento Y. Aprendamos agora que essa partícula OU significa a operação de
UNIÃO (U).
A questão deseja, na verdade, que calculemos o valor de P(X U Y).
A fórmula que determina a probabilidade da união de dois eventos é a seguinte:

P(X U Y) = P(X) + P(Y) – P(X ? Y)

Obs.: Esse símbolo presente no ultimo parênteses da equação acima (? ) seria na


verdade um U virado ao contrário. Como não achei exatamente o que queria, então fica
de improvisação mesmo o ? . Ok? Vão desculpando, aí.
O símbolo ? vai significar para nós a operação de INTERSEÇÃO, ou seja,
aqueles elementos que fazem parte, em comum, dos dois conjuntos (X e Y).

Voltando à nossa questão, podemos logo determinar os valores de P(X) e de P(Y).


Teremos o seguinte:

n( X ) 5 n(Y ) 3
P( X ) = à P( X ) = e P(Y ) = à P(Y ) =
n( µ ) 10 n( µ ) 10

Resta-nos agora determinar o valor de P(X ? Y).


E quem será P(X ? Y)? Vejamos:
n( X I Y )
P(X ? Y) =
n( µ )

Ora, se X = {2, 4, 6, 8, 10} e Y = {3, 6, 9}, então: (X ? Y) = { 6 }.

Conclusão: teremos que n(X ? Y) = 1


Página 51 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Daí, encontramos que P(X ? Y) será:

n( X I Y ) 1
P(X ? Y) = =
n( µ ) 10

Finalmente, aplicando a fórmula da probabilidade para a união de dois eventos,


chegaremos ao seguinte:

P(X U Y) = P(X) + P(Y) – P(X ? Y) à P(X U Y) = (5/10) + (3/10) – (1/10)

E: P(X U Y) = (7/10) à Resposta!

Exemplo 11) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2 e de 4?
Sol.: Esta questão também nos traz uma novidade! Apesar de bastante semelhante ao
último exemplo, há um importante diferencial. Vejamos, passo a passo:

1º Passo) Definição do experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 10 bolas.
Aqui, nada de novo! Teremos, então, que n(µ)=10.

2º Passo) Definição dos eventos: continuaremos designando-os por evento X e evento


Y.
No primeiro deles (evento X), o enunciado exige que a bola escolhida tenha
número múltiplo de 2.
Nosso “universo” será o conjunto X = {2, 4, 6, 8, 10}, de modo que teremos 5
possíveis escolhas, ou seja: n(X)=5.
O evento Y determina que a bola escolhida seja múltiplo de 4. Assim, o “universo”
se reduz ao conjunto Y = {4, 8}, havendo, portanto, duas possíveis escolhas, de forma
que: n(Y)=2.

3º Passo) Aplicação da fórmula da probabilidade!


Aqui, muito cuidado! Como foi dito na questão anterior, sempre que o enunciado
trouxer dois (ou mais) eventos, temos que estar atentos ao tipo de conexão que há
entre eles. Na questão passada, a partícula presente era a partícula OU, que nos
conduzia a uma operação de UNIÃO.
Nesta nossa questão de agora, a partícula que une os eventos X e Y é a partícula
E, o que nos indica uma operação de INTERSEÇÃO.
Conclusão: o que a questão quer de nós é que determinemos o valor de P(X ? Y).
E isso até já sabemos como fazer! Aprendemos acima que:

n( X I Y )
P(X ? Y) =
n( µ )
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Logo, só precisamos descobrir quem é o conjunto (X ? Y) e quantos elementos ele
tem [n(X ? Y)].
A operação de INTERSEÇÃO significa, conforme já sabemos, procurarmos
aqueles elementos que participam, ao mesmo tempo, dos dois conjuntos!

Se temos que X = {2, 4, 6, 8, 10} e que Y = {4, 8}, então, ficou fácil concluir que:
(X ? Y)={4, 8} (que é, coincidentemente, o próprio evento Y)!

Daí, também chegamos a n(X ? Y)=2.

Aplicando, finalmente, a fórmula da INTERSEÇÃO de dois eventos, chegaremos à


nossa resposta final. Teremos:

n( X I Y ) 2 1
P(X ? Y) = = = = 0,20 = 20% à Resposta!
n( µ ) 10 5

Exemplo 12) Uma urna contém 20 bolinhas numeradas de 1 a 20. Uma bolinha é
escolhida ao acaso. Calcule a probabilidade de que a bola retirada seja um número
múltiplo de 2 ou múltiplo de 5.
Sol.: Esta questão segue a mesma linha das duas anteriores, ou seja, são trazidos dois
eventos. Neste caso, tais eventos estão também conectados entre si pela partícula OU,
o que indica que trabalharemos com uma operação de UNIÃO. Passemos à nossa praxe
de resolução:

1º Passo) Definição do experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém agora 20 bolas.
Como há 20 bolas na urna, há igualmente 20 possibilidades diferentes de escolha,
então teremos que n(µ)=20.

2º Passo) Definição dos eventos: mais uma vez, os designaremos por evento X e evento
Y.
O evento X exige que a bola escolhida tenha número múltiplo de 2. Já
trabalhamos esse evento anteriormente!
Temos que nosso “universo” se reduz ao conjunto X = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18,
20}, de modo que teremos 10 possíveis escolhas, ou seja: n(X)=10.
O evento Y exige um múltiplo de 5. Assim, o “universo” de possibilidades será o
conjunto Y = {5, 10, 15, 20}, havendo, portanto, 4 possíveis escolhas, de forma que:
n(Y)=4.

3º Passo) Aplicando a fórmula da probabilidade!


Como ambos os eventos estão relacionados por uma operação de UNIÃO,
aplicaremos a nossa já conhecida equação de probabilidade para a união de dois eventos,
qual seja:
P(X U Y) = P(X) + P(Y) – P(X ? Y)
Página 53 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Passemos aos cálculos iniciais, de P(X) e P(Y). Teremos:

n( X ) 10 n(Y ) 4
P( X ) = à P( X ) = e P(Y ) = à P(Y ) =
n( µ ) 20 n( µ ) 20

Determinemos agora o valor de P(X ? Y). Sabemos que:

n( X I Y )
P(X ? Y) =
n( µ )

Ora, se X = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20} e Y = {5, 10, 15, 20}, então:

(X ? Y) = { 10, 20 }.

Conclusão: teremos que n(X ? Y) = 2

Daí, encontramos que P(X ? Y) será:

n( X I Y ) 2
P(X ? Y) = =
n( µ ) 20

Finalmente, aplicando a fórmula da probabilidade para a união de dois eventos,


chegaremos ao seguinte:

P(X U Y) = P(X) + P(Y) – P(X ? Y) à P(X U Y) = (10/20) + (4/20) – (2/20)

E: P(X U Y) = (12/20) = (3/5) = 0,60 = 60% à Resposta!

Exemplo 13) Uma urna contém 6 bolas pretas, 2 bolas brancas e 10 bolas
amarelas. Uma bola é escolhida ao acaso. Qual é a probabilidade de que a bola
retirada não ser amarela?
Sol.: Esta questão tem sua beleza!
Vejamos que, aparentemente, o evento seria um único. Só aparentemente! Vamos
aos passos de resolução.

1º Passo) Definição do experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 18 bolas ao todo.
Como são 18 possibilidades diferentes de escolha, então teremos que n(µ)=18.

2º Passo) Definição do evento: a bola escolhida não pode ser amarela.


Ora, aqui está a beleza desta questão. Se a bola não pode ser amarela, resta-nos
forçoso concluir que a bola retirada terá que ser ou branca ou preta.

Página 54 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho


Daí, o que o enunciado quer, na verdade, é que se calcule a probabilidade de que a
bola sorteada seja branca ou preta.
São dois eventos – bola branca OU bola preta – conectados entre si por uma
partícula que denota a operação de UNIÃO. Caímos nos mesmos casos dos exemplos 10 e
12.
Nosso evento X será a exigência de que a bola escolhida seja branca.
Ora, quantas bolas brancas há na urna? Duas! Logo, são duas possibilidades de
escolha de uma bola branca. Ou seja: n(X)=2.
O evento Y diz respeito às bolas pretas. Quantas são? Seis. Logo: n(Y)=6.

3º Passo) Aplicando a fórmula da probabilidade!


Novamente, usaremos a fórmula da Probabilidade para união de dois eventos:

P(X U Y) = P(X) + P(Y) – P(X ? Y)

Calculemos P(X) e P(Y). Teremos:

n( X ) 2 n(Y ) 6
P( X ) = à P( X ) = e P(Y ) = à P(Y ) =
n( µ ) 18 n( µ ) 18

Determinemos agora o valor de P(X ? Y). Sabemos que:

n( X I Y )
P(X ? Y) =
n( µ )

Ora, como o conjunto X é formado apenas por bolas brancas, e o conjunto Y,


apenas por bolas pretas, concluímos que não há elementos comuns a ambos os conjuntos,
de modo que n(X ? Y) = 0 e P(X ? Y)=0.

Finalmente, aplicando a fórmula da probabilidade para a união de dois eventos,


chegaremos ao seguinte:

P(X U Y) = P(X) + P(Y) – P(X ? Y) à P(X U Y) = (2/18) + (6/18) – 0

E: P(X U Y) = (8/18) = (4/9) = 0,444 = 44,4% à Resposta!

Exemplo 14) Um dado “honesto” é lançado juntamente com uma moeda não viciada.
Assim, a probabilidade de se obter um número ímpar no dado ou coroa na moeda é:
a) 1/5
b) 1/4
c) 2/4
d) 3/5
e) 3/4
Página 55 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Sol.: Esta questão traz uma nova informação para nós. E se trata de uma questão
muitíssimo importante, pois a Esaf já usou enunciado muito semelhante a esse em uma
questão de prova passada. (Essa questão inclusive está presente no nosso “simulado
final”).
Percebemos que aqui haverá dois experimentos envolvidos: o lançamento de um
dado e o lançamento de uma moeda. Obviamente que se tratam de experimentos
totalmente independentes entre si.
Pois bem! Vamos ao nosso raciocínio.
Trabalhando primeiro com o dado. Quantas possibilidades de resultado há no
lançamento de um dado? Ora, há seis possibilidades: {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
E quantos modos diferentes há de esse resultado ser um numero ímpar?
Vejamos: {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Ora, haverá três possibilidades.
Daí, ao lançarmos um dado, a probabilidade de o resultado ser ímpar será:
3 1
P( X ) = =
6 2

Passemos ao caso da moeda! Quantos resultados possíveis há no lançamento de


uma moeda “não viciada”? Dois: {cara, coroa}.
Quantos resultados possíveis de “coroa”? Apenas um. Logo, a probabilidade de, ao
lançarmos uma moeda, dar coroa é de:
1
P(Y ) =
2

Quase lá! Quando o enunciado pede que se determine a probabilidade de se obter


um número ímpar OU coroa na moeda, estará falando, obviamente, de UNIÃO entre
esses dois eventos. Já sabemos que a união será calculada por:

P(X U Y) = P(X) + P(Y) – P(X ? Y)

Já calculamos quem é P(X) e quem é P(Y). Até aqui não havia nenhuma novidade!
Eis que ela surge: quando estivermos trabalhando com “experimentos
independentes”, como nesse caso (lançamento de um dado e lançamento de uma moeda),
na hora de calcularmos quem será P(X ? Y), trabalharemos fazendo um produto. Ou
seja, determinaremos o valor de P(X ? Y) da seguinte forma: P(X ? Y) = P(X) x P(Y).
Daí, teremos que:
P(X ? Y) = P(X) x P(Y) à P(X ? Y) = (1/2) x (1/2) = ¼

Aplicando, agora, a equação da união, teremos:

P(X U Y) = P(X) + P(Y) – P(X ? Y) à P(X ? Y) = (1/2) + (1/2) – (¼)

P(X ? Y) = ¾ à Resposta!

Página 56 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho


Esaf) Há apenas dois modos, mutuamente excludentes, de Ana ir para o trabalho:
ou de carro ou de metrô. A probabilidade de Ana ir de carro é de 60% e de ir de
metrô é de 40%. Quando ela vai de carro, a probabilidade de chegar atrasada é
de 5%. Quando ela vai de metrô a probabilidade de chegar atrasada é de 17,5%.
Em um dado dia, escolhido aleatoriamente, verificou-se que Ana chegou atrasada
ao seu local de trabalho. A probabilidade de ela ter ido de carro nesse dia é:
a) 10%
b) 30%
c) 40%
d) 70%
e) 82,5%

Sol.: Este tipo de questão é um dos prediletos da Esaf, em se tratando do assunto


Probabilidade. Veremos, nos próximos exemplos, como o mesmo estilo de enunciado, ou
muito semelhante, irá repetir-se!
E a resolução é facílima.
Basta que nós desenhemos um “Diagrama da Árvore” para as probabilidades!
Como é isso? Vejamos.
O enunciado fala que Ana só tem duas maneiras de ir pro trabalho: ou de carro
ou de metrô. Quando se diz que essas duas formas são “mutuamente excludentes”,
significa que não há como ela ir, ao mesmo tempo, de carro e de metrô para o trabalho.
Ou seja, ela precisa fazer uma escolha.
E como não há outra alternativa, além dessas duas já ditas (carro ou metrô), fica
bem evidenciado que se somarmos a probabilidade de Ana usar o carro com a
probabilidade de ela pegar o metrô, o resultado será fatalmente 100%.
Na seqüência, o enunciado diz que Ana pode chegar atrasada ou pode chegar a
tempo ao seu trabalho. Ora, qualquer pessoa, ao se dirigir ao seu trabalho, ou chega na
hora, ou chega atrasada. Concordam? Não há uma terceira alternativa! Isso significa
que se somarmos a probabilidade de Ana chegar na hora com a probabilidade de ela
chegar atrasada, teremos novamente um resultado de 100%.
Daí, vamos começar a pensar nosso “Diagrama da Árvore”.
Primeiro, desenhemos as opções de transporte, acompanhadas das respectivas
probabilidades (fornecidas pelo enunciado):

Carro (60%)

Metrô (40%)

Página 57 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho


Agora, desenhemos, para cada meio de transporte, as duas possibilidades de
chegada ao trabalho, em relação ao horário (“atrasada” ou “em tempo”), e suas
respectivas probabilidades de ocorrência, também fornecidas pelo enunciado:

Atrasada (5%)
Carro (60%)
Em tempo (95%)

Atrasada (17,5%)
Metrô (40%)
Em tempo (82,5%)

Atenção para o detalhe: esses dois valores que estão acima em azul (95% e
82,5%) não foram fornecidos explicitamente pelo enunciado, mas de forma indireta.
Como foi que chegamos a eles? Fazendo as devidas subtrações.
No caso da escolha pelo carro, ou se chega atrasado, ou se chega em tempo.
Como a probabilidade de atraso é de 5%, resta que a de chegar em tempo será 95%
(resultado de 100% - 5%).
No caso da escolha pelo metrô, idem! Como a probabilidade de atraso é de 17,5%,
faremos (100% - 17,5%) e diremos que a probabilidade de se chegar em tempo é de
82,5%.
Certo? Pronto! Pode-se dizer que a questão está quase liquidada!
Antes de partirmos para os passos efetivos de resolução, faremos ainda quatro
multiplicações. Faremos os produtos das probabilidades parciais. Da seguinte forma:

Atrasada (5%) à 0,03 (=0,60x0,05)


Carro (60%)
Em tempo (95%) à 0,57 (=0,60x0,95)

Atrasada (17,5%) à 0,07 (=0,40x0,175)


Metrô (40%)
Em tempo (82,5%)à 0,33 (=0,40x0,825)

Estes valores destacados acima representam as probabilidades dos eventos


“combinados”. Por exemplo:
à 0,03 (=3%) significa a probabilidade da Ana pegar o carro e chegar atrasada;
à 0,57 (=57%) significa a probabilidade da Ana pegar o carro e chegar em tempo;
à 0,07 (=7%) significa a probabilidade da Ana pegar o metrô e chegar atrasada;
à 0,33 (=33%) significa a probabilidade da Ana pegar o metrô e chegar em
tempo.

Neste momento, já estamos prontos para aplicar os nossos três passos


convencionais para resolução de qualquer questão de Probabilidade. Vejamos:

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1º Passo) Definição do experimento aleatório: Ana chegar atrasada no trabalho!
Ora, existem duas diferentes maneiras para a chegada com atraso: ou a Ana
atrasa tendo ido trabalhar de carro; ou ela atrasa tendo ido trabalhar de metrô.
De acordo com a nossa “Árvore de Probabilidades” acima, as duas respectivas
probabilidades, em valores, são as seguintes: 0,03 e 0,07.
Daí, somamos e dizemos que, a probabilidade de nossa amiga se atrasar (por
qualquer meio) será de 0,10. Ou seja: P(Ana chegar atrasada)=0,10.

2º Passo) Definição do evento: chegar atrasada no trabalho e tendo ido trabalhar de


carro!
De acordo com nossa “Árvore de Probabilidades”, temos que o evento descrito
apresenta probabilidade 0,03. Ou seja: P(Ana ir de carro e chegar atrasada) = 0,03

3º Passo) Aplicando a fórmula da probabilidade, teremos que:

0,03
P( X ) = = 0,30 = 30% à Resposta!
0,10

Neste mesmíssimo caminho, a Esaf cobrou já várias outras questões de


Probabilidade em provas recentes de Raciocínio Lógico.

Passemos a mais uma delas.

Esaf) Uma companhia preocupada com sua produtividade costuma oferecer cursos
de treinamento a seus operários. A partir da experiência, verificou-se que um
operário, recentemente admitido, que tenha freqüentado o curso de treinamento
tem 82% de probabilidade de cumprir sua quota de produção. Por outro lado, um
operário, também recentemente admitido, que não tenha freqüentado o mesmo
curso de treinamento, tem apenas 35% de probabilidade de cumprir com sua quota
de produção. Dos operários recentemente admitidos, 80% freqüentaram o curso
de treinamento. Selecionando-se, aleatoriamente, um operário recentemente
admitido na companhia, a probabilidade de que ele não cumpra sua quota de
produção é:
a) 11,70%
b) 27,40%
c) 35%
d) 83%
e) 85%

Sol.: A situação aqui é a seguinte: haverá operários que participaram do curso de


treinamento e os que não participaram dele. Tendo participado ou não, haverá os
operários que cumprirão a quota de produção e outros que não a cumprirão.

Construamos nossa “Árvore de Probabilidades”. Teremos:


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operário cumpriu a produção (82%) à 0,656
freqüentou o curso
(80%) não cumpriu a produção (18%) à 0,144

operário não cumpriu a produção (35%) à 0,07


freqüentou o curso
(20%) não cumpriu a produção (65%) à 0,13

Este enunciado trouxe uma particularidade: perguntou direto a probabilidade do


evento: selecionar um operário que não cumpriu a produção, independentemente de ele
ter freqüentado ou não o curso de treinamento.
Daí, pelos nossos resultados da Árvore de Probabilidades, teremos:

0,144 + 0,13 = 0,274 = 27,40% à Resposta!

Seguimos com mais “Esaf”.

Esaf) Há apenas dois modos, mutuamente excludentes, de Genésio ir para Genebra


participar de um congresso: ou de navio ou de avião. A probabilidade de Genésio ir
de navio é de 40% e de ir de avião é de 60%. Se ele for de navio, a
probabilidade de chegar ao congresso com dois dias de atraso é de 8,5%. Se ele
for de avião a probabilidade de chegar ao congresso com dois dias de atraso é de
1%. Sabe-se que Genésio chegou com dois dias de atraso para participar do
congresso em Genebra. A probabilidade de ele ter ido de avião é:
a) 5%
b) 8%
c) 10%
d) 15%
e) 18%
Sol.: Passemos diretamente à construção da “Árvore de Possibilidades”. Teremos:

Atrasado (8,5%) à 0,034


Navio (40%)
Em tempo (91,5%)à 0,366

Atrasado (1%) à 0,006


Avião (60%)
Em tempo (99%)à 0,594

Viram a semelhança dessa questão com o exemplo 14? Ambas da Esaf!

Passemos aos três passos de resolução:

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1º Passo) Definição do experimento aleatório: Genésio chegar atrasado no congresso!
Considerando a nossa “Árvore de Probabilidades”, as probabilidades de Genésio
atrasar-se são as seguintes: 0,034 e 0,006.
Somando, teremos: 0,04 ou seja: P(Genésio chegar atrasado) = 0,04.

2º Passo) Definição do evento: chegar atrasado no congresso, tendo viajado de avião!


De acordo com nossa “Árvore de Probabilidades”, temos que o evento descrito
apresenta probabilidade 0,006. Ou seja: P(Genésio ir de avião e Genésio chegar
atrasado) = 0,006

3º Passo) Aplicando a fórmula da probabilidade, teremos que:

0,006
P( X ) = = 0,15 = 15% à Resposta!
0,04

Um último exemplo, também questão da Esaf:

Esaf) Beraldo espera ansiosamente o convite de um de seus três amigos, Adalton,


Cauan e Délius, para participar de um jogo de futebol. A probabilidade de que
Adalton convide Beraldo para participar do jogo é de 25%, a de que Cauan o
convide é de 40% e a de que Délius o faça é de 50%. Sabendo que os convites
são feitos de forma totalmente independente entre si, a probabilidade de que
Beraldo não seja convidado por nenhum dos três amigos para o jogo de futebol é:
a) 12,5%
b) 15,5%
c) 22,5%
d) 25,5%
e) 30%
Sol.: Esta questão é diferente das três últimas. Mas igualmente fácil.
A situação é a seguinte: três amigos de Beraldo poderão convidá-lo a um jogo de
futebol, bem como poderão deixar de fazê-lo. O enunciado nos diz a probabilidade de
um desses resultados (convidar Beraldo ou não convidá-lo). Ora, como não há uma
terceira possibilidade (ou se convida, ou não se convida), se soubermos a probabilidade
de convidar, saberemos também a de não convidar. E vice-versa! Basta lembrar que
(probabilidade de convidar)+(probabilidade de não convidar)=100%.
Lembrando disso, desenhemos a “Árvore de Probabilidades” deste enunciado:

Convida Beraldo à (25%) = 0,25


Adalton
Não convida Beraldo à (75%) = 0,75

Convida Beraldo à (40%) = 0,40


Cauan
Não convida Beraldo à (60%) = 0,60
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Convida Beraldo à (50%) = 0,50
Délius
Não convida Beraldo à (50%) = 0,50

As probabilidades de os amigos de Beraldo não convidá-lo ao jogo são, de acordo


com nossa “Árvore de Probabilidades” acima: (0,75) e (0,60) e (0,50).
Como os convites são “independentes entre si”, como diz o enunciado,
compreende-se que cada um deles é uma etapa do evento completo. Até por um paralelo
com o Princípio Fundamental da Contagem, que aprendemos na Análise Combinatória,
faremos aqui um produto das probabilidades parciais. Teremos, pois:

(0,75) x (0,60) x (0,50) = 0,225 = 22,5% à Resposta!

É isso! Acho que já tivemos condições de ter uma noção razoável de como são e
como se resolvem questões de probabilidade. Não temos aqui, absolutamente, a
pretensão de esgotar assunto tão vasto e, certas vezes, tão complexo.
A seguir, o exercício de fixação, composto de todos os exemplos resolvidos neste
capítulo, e mais algumas questões extraídas de provas recentes da Esaf. Mãos à obra!

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

ENUNCIADO ÚNICO: Para cada problema abaixo, seguindo os passos aprendidos para
o desenvolvimento do raciocínio de um enunciado de probabilidade, resolva as questões
abaixo:

01) De um baralho de 52 cartas, duas são extraídas ao acaso, sem reposição. Qual a
probabilidade de ambas serem de ouro?

02) Um número é escolhido ao acaso entre os 20 números inteiros {1, 2, 3, ..., 19, 20}.
Qual é a probabilidade de o número escolhido ser par?

03) Um número é escolhido ao acaso entre os inteiro 1 a 100. Qual é a probabilidade de o


número escolhido ser múltiplo de 10?

04) Uma urna contém 3 bolas brancas, 2 vermelhas e 5 azuis. Uma dessas bolas é
escolhida ao acaso na urna. Qual é a probabilidade de a bola escolhida ser vermelha?

05) Dois dados, um verde e um vermelho, são lançados e observados os números das
faces de cima. Qual a probabilidade de ocorrerem números iguais?

06) Lançando-se 4 vezes uma moeda “honesta”, qual é a probabilidade de que ocorra
cara exatamente 3 vezes?

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07) Com os dígitos {1, 2, 3, 4, 5} são formados números de 4 algarismos distintos. Um
deles é escolhido ao acaso. Qual a probabilidade de ele ser par?

08) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é escolhida ao acaso.
Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2?

09) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é escolhida ao acaso.
Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 3?

10) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é escolhida ao acaso.
Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2 ou de 3?

11) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é escolhida ao acaso.
Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2 e de 4?

12) Uma urna contém 20 bolinhas numeradas de 1 a 20. Uma bolinha é escolhida ao
acaso. Calcule a probabilidade de que a bola retirada seja um número múltiplo de 2 ou
múltiplo de 5.

13) Uma urna contém 6 bolas pretas, 2 bolas brancas e 10 bolas amarelas. Uma bola é
escolhida ao acaso. Qual é a probabilidade de que a bola retirada não ser amarela?

14) Há apenas dois modos, mutuamente excludentes, de Ana ir para o trabalho: ou de


carro ou de metrô. A probabilidade de Ana ir de carro é de 60% e de ir de metrô é
de 40%. Quando ela vai de carro, a probabilidade de chegar atrasada é de 5%.
Quando ela vai de metrô a probabilidade de chegar atrasada é de 17,5%. Em um
dado dia, escolhido aleatoriamente, verificou-se que Ana chegou atrasada ao seu
local de trabalho. A probabilidade de ela ter ido de carro nesse dia é:
a) 10% b) 30% c) 40% d) 70% e) 82,5%

15) Uma companhia preocupada com sua produtividade costuma oferecer cursos de
treinamento a seus operários. A partir da experiência, verificou-se que um operário,
recentemente admitido, que tenha freqüentado o curso de treinamento tem 82% de
probabilidade de cumprir sua quota de produção. Por outro lado, um operário,
também recentemente admitido, que não tenha freqüentado o mesmo curso de
treinamento, tem apenas 35% de probabilidade de cumprir com sua quota de
produção. Dos operários recentemente admitidos, 80% freqüentaram o curso de
treinamento. Selecionando-se, aleatoriamente, um operário recentemente admitido
na companhia, a probabilidade de que ele não cumpra sua quota de produção é:
a) 11,70%
b) 27,40%
c) 35%
d) 83%
e) 85%
Página 63 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
16) Há apenas dois modos, mutuamente excludentes, de Genésio ir para Genebra
participar de um congresso: ou de navio ou de avião. A probabilidade de Genésio ir
de navio é de 40% e de ir de avião é de 60%. Se ele for de navio, a probabilidade de
chegar ao congresso com dois dias de atraso é de 8,5%. Se ele for de avião a
probabilidade de chegar ao congresso com dois dias de atraso é de 1%. Sabe-se que
Genésio chegou com dois dias de atraso para participar do congresso em Genebra. A
probabilidade de ele ter ido de avião é:
a) 5%
b) 8%
c) 10%
d) 15%
e) 18%

17) Beraldo espera ansiosamente o convite de um de seus três amigos, Adalton, Cauan e
Délius, para participar de um jogo de futebol. A probabilidade de que Adalton
convide Beraldo para participar do jogo é de 25%, a de que Cauan o convide é de
40% e a de que Délius o faça é de 50%. Sabendo que os convites são feitos de
forma totalmente independente entre si, a probabilidade de que Beraldo não seja
convidado por nenhum dos três amigos para o jogo de futebol é:
a) 12,5%
b) 15,5%
c) 22,5%
d) 25,5%
e) 30%

18) Um dado “honesto” é lançado juntamente com uma moeda não viciada.
Assim, a probabilidade de se obter um número ímpar no dado ou coroa na moeda é:
a) 1/5
b) 1/4
c) 2/4
d) 3/5
e) 3/4

GABARITO
01. R) 1/17 10. R) 7/10
02. R) 1/2 11. R) 1/5
03. R) 1/10 12. R) 3/5
04. R) 1/2 13. R) 4/9
05. R) 1/6 14. R) 30%
06. R) 1/4 15. R) 27,40%
07. R) 2/5 16. R) 15%
08. R) 1/2 17. R) 22,5%
09. R) 3/10 18. R) 3/4

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Capítulo 03: RELAÇÕES DE CONSEQÜÊNCIA

Nosso estudo ingressa agora em um tipo de questão que muito preocupa à maioria
dos alunos. Questões de “raciocínio propriamente dito”. Aquelas que não exigem o
conhecimento de fórmulas nem equações, e que também não se encontram facilmente em
livros didáticos ou mesmo apostilas preparatórias para concursos.
Para facilitar nosso aprendizado, apresentarei um número razoável de enunciados
desse tipo, quase todos extraídos de provas passadas e recentes elaboradas pela Esaf!
E dividiremos essas questões em três casos, ou tipos, no intuito de tentar criar um
raciocínio mais simplificado.
Passemos ao primeiro tipo de questão!

# QUESTÕES “TIPO 01”

Os enunciados que se seguem são formados por diversas “informações”, que irão
se comunicar entre si, para, ao final, exigir de nós uma conclusão.
Essas “informações” estarão conectadas entre si por meio do que eu resolvi
chamar de “relações de conseqüência”.
Por exemplo, vejamos a informação seguinte:

“Se João é rico, então Maria é bonita.”

Essa frase é composta de duas partes, que chamaremos de “premissas”. Então,


vemos que a estrutura desta frase é:

Se “premissa A”, então “premissa B”

E é exatamente esse tipo de estrutura que iremos analisar por primeiro, levando
em consideração o que nos ensina a lógica matemática!
E o que temos que saber é o seguinte:
A estrutura “Se premissa A, então premissa B” poderá assumir quatro
significados distintos, quais sejam:

1º) Partindo da Premissa A para a Premissa B:


Premissa A -----------à Premissa B

à Se é verdadeira a “premissa A”, então é verdadeira a “premissa B”:

Premissa A -----------à Premissa B


(V) (V)

à Se é falsa a “premissa A”, então a “premissa B” poderá ser verdadeira ou falsa:


Premissa A -----------à Premissa B
(F) (V) ou (F)
Página 65 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
2º) Partindo da Premissa B para a Premissa A:
Premissa A Premissa B

à Se é falsa a “premissa B”, então é falsa a “premissa A”:


Premissa A Premissa B
(F) (F)

à Se é verdadeira a “premissa B”, então a “premissa A” poderá ser verdadeira ou


falsa:
Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)

Uma forma mais simples de memorizar essas quatro possibilidades é sabendo que
só haverá uma construção impossível para este tipo de estrutura. E esta construção
impossível é a seguinte:
Premissa A -----------à Premissa B
(V) (F)

Ou seja, se a “premissa A” for verdadeira, a “premissa B” não poderá ser falsa!


E se a “premissa B” for falsa, a “premissa A” não poderá ser verdadeira.

Vamos então condensar, no “Quadro-Resumo” abaixo, o que a lógica matemática


nos ensina sobre esta estrutura:

“Se premissa A, então premissa B”:

Premissa A -----------à Premissa B


(V) (V)

Premissa A -----------à Premissa B


(F) (V) ou (F)

Premissa A Premissa B
(F) (F)

Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)

Até aqui a coisa pode estar um pouco confusa, mas vai clarear imediatamente, pois
vamos começar a raciocinar com as questões!

Passemos logo aos primeiros exemplos.

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Exemplo 01) Se João é rico, então Maria é bonita. Se Maria é bonita, então José
é carpinteiro. Ora, José não é carpinteiro. Logo:
a) Maria é bonita
b) João é rico
c) José é rico
d) João não é rico
e) Maria é rica

Sol.: Essa é bem simples, por ser o primeiro exemplo. Mas, se o compreendermos,
estaremos progredindo!

Esse enunciado segue fielmente o estilo da Esaf. A questão inicia trazendo


“informações”, cada uma das quais estabelecendo relações entre duas “premissas”. Ao
final, é feita uma “afirmação não-condicional”, ou seja, uma “verdade”.
Identifiquemos no enunciado acima quais são as “informações condicionais” e qual
é a “verdade” apresentada:

à 1ª informação) “Se João é rico, Maria é bonita”


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) “Se Maria é bonita, José é carpinteiro”


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”) “Ora, José não é carpinteiro”

Veremos nas questões seguintes, que esse “ora” quase sempre precede a
“verdade” do enunciado! Então, como faremos para resolver a questão? Separaremos
todas as informações fornecidas pelo enunciado, como já o fizemos acima, e o ponto de
partida da questão é a informação não-condicional, ou seja, o ponto de partida da
resolução é a “verdade” que o enunciado nos fornece!

Neste caso, a “verdade” é: “José não é carpinteiro”.

Daí, nós passamos a procurar, nas informações condicionais, em qual delas se fala
alguma coisa relacionada com essa “verdade”. Ou seja, procuraremos nas premissas
acima, se alguma delas fala sobre o José (e sobre o fato de ele ser ou não ser um
carpinteiro).
Encontramos? Vamos ver novamente:
à 1ª informação) “Se João é rico, Maria é bonita”
à 2ª informação) “Se Maria é bonita, José é carpinteiro”
à “Verdade”) “Ora, José não é carpinteiro”

Achamos! A 2ª informação fala sobre o José!

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Partindo da “verdade” sabemos que “José não é carpinteiro”, logo, vejamos as
conseqüências disso na 2ª informação:

à 2ª informação) “Se Maria é bonita, José é carpinteiro”


(1ª premissa) (2ª premissa)

Ora, concluímos de imediato que a 2ª premissa acima é FALSA, pois está


contrária à “verdade” do enunciado. Teremos:

à 2ª informação) “Se Maria é bonita, José é carpinteiro”


(1ª premissa) (F)

Agora, partindo desta 2ª premissa, a qual sabemos que é FALSA, o que diremos
sobre a 1ª premissa? Nesse momento, nos reportaremos ao “quadro resumo” e daremos
uma conferida! O que ele nos diz?

O “quadro-resumo” nos diz o seguinte:


Premissa A Premissa B
(F) (F)

Ou seja, partindo da “premissa B”, se ela for falsa, então a “premissa A” também
o será! Logo, como a “premissa A” diz que “Maria é bonita”, constatamos que isso é
FALSO. Concluímos, por hora, que, na verdade: “Maria não é bonita”.

Daí, vamos reunir o que já descobrimos até aqui sobre esse enunciado:
à A “Verdade”: “José não é carpinteiro”
à A conseqüência da verdade na 2ª premissa: “ Maria não é bonita”

Agora, partindo da conclusão que acabamos de constatar (Maria não é bonita),


procuremos no enunciado algum outro lugar que fale sobre a Maria (ou sobre o fato de
ela ser bonita ou não). Tem? Sim! Na primeira informação. Vejamos:

à 1ª informação) “Se João é rico, Maria é bonita”


(1ª premissa) (2ª premissa)

Aí está, na 2ª premissa. Qual a conclusão que havíamos chegado sobre a Maria? É


a de que “Maria não é bonita”. Logo, já sabemos que essa 2ª premissa acima está FALSA!
E se a 2ª premissa é FALSA, o que dizer da 1ª premissa? FALSA também! Por
quê? Porque assim nos ensina o “quadro-resumo” da lógica matemática.
Daí, qual a conclusão que vamos extrair na análise desta 1ª informação? Será a de
que “João não é rico”.
Finalmente, quando cumprirmos todo esse procedimento, temos que elencar todas
as nossas conclusões, extraídas a partir da verdade. Vamos fazer isso agora:

Página 68 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho


Nossas conclusões são:
à José não é carpinteiro. (Verdade do enunciado)
à Maria não é bonita. (Conclusão da 2ª informação)
à João não é rico. (Conclusão da 1ª informação).

Pronto! Agora é só procurar, entre as opções de resposta, aquela que está de


acordo com uma dessas conclusões encontradas.
E a nossa resposta é a opção D.

Antes de passarmos às próximas questões, vamos tentar “desenhar” o raciocínio


que desenvolvemos para resolver esse exemplo:

à 1ª informação) “Se João é rico, Maria é bonita”


(F) (F)

à 2ª informação) “Se Maria é bonita, José é carpinteiro”


(F) (F)

à “Verdade”) “Ora, José não é carpinteiro”


(ponto de partida)

É isso! Ficou claro? Passemos logo às questões de concurso, feitas pela Esaf:

Esaf) Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é florido, então o
passarinho não canta. Ora, o passarinho canta. Logo:
a) o jardim é florido e o gato mia
b) o jardim é florido e o gato não mia
c) o jardim não é florido e o gato mia
d) o jardim não é florido e o gato não mia
e) se o passarinho canta, então o gato não mia

Sol.: Vamos definir logo quais são as informações condicionais e qual é a verdade deste
enunciado:

à 1ª informação) “Se o jardim não é florido, então o gato mia”


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) “Se o jardim é florido, então o passarinho não canta”


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”) “Ora, o passarinho canta”

Página 69 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho


Já sabemos que o nosso ponto de partida será sempre a “verdade” do enunciado. A
“verdade” diz que “o passarinho canta”. Logo, procuraremos nas premissas alguma coisa
relacionada com esse fato. Ou seja, alguma coisa falando sobre o tal do passarinho!
Achamos? Sim! Onde? Na 2ª premissa da 2ª informação. Vejamos:

à 2ª informação) “Se o jardim é florido, então o passarinho não canta”


(1ª premissa) (2ª premissa)

E o que percebemos logo de cara? Que essa 2ª premissa é FALSA, pois está em
desacordo com a “verdade” fornecida pelo enunciado!
E se a 2ª premissa acima está FALSA, o que dizer da 1ª premissa?
Novamente nos lembraremos do que nos ensina o “quadro-resumo”, para podermos
responder corretamente esta pergunta. Vejamos novamente o preceito do “quadro-
resumo” para este caso:
Premissa A Premissa B
(F) (F)

Ou seja, a “premissa A” será FALSA também! O que nos leva a concluir, sem
maiores dificuldades, que “o jardim não é florido”.

Procuremos agora se há alguma outra premissa que se refira à essa conclusão que
acabamos de encontrar. Tem? Sim! Onde? Na 1ª premissa da 1ª informação. Vejamos:

à 1ª informação) “Se o jardim não é florido, então o gato mia”


(1ª premissa) (2ª premissa)

O que verificamos acerca dessa 1ª premissa? Verificamos que ela é


VERDADEIRA.
E se ela e VERDADEIRA, o que dizer da 2ª premissa?
Outra vez seremos levados a consultar o “quadro-resumo” desta estrutura que
estamos trabalhando. Ele nos ensina que:
Premissa A -----------à Premissa B
(V) (V)

Ou seja, a “2ª premissa” será também VERDADEIRA! Isso quer dizer que “o gato
mia”!
Finalmente, vamos elencar todas as conclusões que conseguimos descobrir:
à O passarinho canta. (verdade)
à O jardim não é florido. (conclusão da 2ª informação)
à O gato mia. (conclusão da 1ª informação)

Agora, resta encontrar a opção de resposta condizente com as nossas conclusões!


Logo, nossa resposta é a opção C.

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Esclarecemos novamente que, na hora da prova, para facilitar e agilizar sua
resolução, você poderá usar as maiúsculas F e V, para indicar FALSO e VERDADEIRO. E
usar setas, para melhorar o raciocínio. Da seguinte forma:
Primeiro, transcreveremos todas as informações condicionais e a “verdade”:

à 1ª informação) “Se o jardim não é florido, então o gato mia”


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) “Se o jardim é florido, então o passarinho não canta”


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”) “Ora, o passarinho canta”

Depois, partindo da “verdade”, procuramos uma premissa relacionada com ela, e


daí seguimos obedecendo nosso raciocínio, sempre de acordo com o que nos ensina o
“quadro-resumo” da lógica matemática para esse tipo de estrutura! E vamos em frente
tirando novas conclusões. Vejamos abaixo, para ver se melhora:

à 1ª informação) “Se o jardim não é florido, então o gato mia”


(V) (V)

à 2ª informação) “Se o jardim é florido, então o passarinho não canta”


(F) (F)

à “Verdade”) “Ora, o passarinho canta”


(“Ponto de partida”)

Pronto! Basta definir esses FALSOS e VERDADEIROS, e já estamos aptos a


elencar todas as nossas conclusões e procurar a resposta correta!

Prossigamos com as questões!

Esaf) Se Nestor disse a verdade, Júlia e Raul mentiram. Se Raul mentiu, Lauro
falou a verdade. Se Lauro falou a verdade, há um leão feroz nesta sala. Ora, não
há um leão feroz nesta sala. Logo:
A) Nestor e Júlia disseram a verdade
B) Nestor e Lauro mentiram
C) Raul e Lauro mentiram
D) Raul mentiu ou Lauro disse a verdade
E) Raul e Júlia mentiram

Sol.: Como costumo dizer nas aulas de Matemática Financeira, vamos aqui “desenhar a
nossa questão”, definindo as informações condicionais e a “verdade” do enunciado:

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à 1ª informação) “Se Nestor disse a verdade, Júlia e Raul mentiram”
(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) “Se Raul mentiu, Lauro falou a verdade”


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 3ª informação) “Se Lauro falou a verdade, há um leão feroz nesta sala”


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”) “Ora, não há um leão feroz nesta sala”

Neste enunciado, temos três informações condicionais e uma verdade. Seguiremos


exatamente o mesmo caminho que já conhecemos.
Qual é o ponto de partida? É a “verdade” da questão!
Procuremos nas informações condicionais, alguma premissa que tenha alguma
relação com a “verdade”, ou seja, que fale alguma coisa sobre o “leão feroz”. Achamos?
Sim! É a 2ª premissa da 3ª informação! Vejamos:

à 3ª informação) “Se Lauro falou a verdade, há um leão feroz nesta sala”


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”) “Ora, não há um leão feroz nesta sala”

Daí, já constatamos imediatamente que essa 2ª premissa é FALSA, pois está em


desacordo com a “verdade”. Concluímos também que, por ser FALSA a 2ª premissa, a 1ª
premissa também o será, de acordo com o que nos indica o “quadro-resumo” dessa
estrutura! Ilustrativamente, teremos:

à 3ª informação) “Se Lauro falou a verdade, há um leão feroz nesta sala”


(F) (F)

à “Verdade”) “Ora, não há um leão feroz nesta sala”

A conclusão a que chegamos acima é a de que Lauro não falou a verdade!


Procuremos nas outras informações condicionais alguma premissa relacionada a esta
nossa conclusão. Achamos alguma coisa? Sim! É a 2ª premissa da 2ª informação.
Vejamos:

à 2ª informação) “Se Raul mentiu, Lauro falou a verdade”


(1ª premissa) (2ª premissa)

Partindo da conclusão da 3ª informação, deduzimos que é FALSA a 2ª premissa


acima. Dessa forma, estamos também aptos a concluir que será FALSA também a 1ª.

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Ilustrativamente, já temos que:

à 2ª informação) “Se Raul mentiu, Lauro falou a verdade”


(F) (F)

à 3ª informação) “Se Lauro falou a verdade, há um leão feroz nesta sala”


(F) (F)

à “Verdade”) “Ora, não há um leão feroz nesta sala”

Estamos quase lá! Qual foi a última conclusão a que chegamos? Foi a de que “Raul
não mentiu”. Procuremos alguma outra premissa que trate sobre o Raul. Tem? Sim! Na 2ª
premissa da 1ª informação. Vejamos:

à 1ª informação) “Se Nestor disse a verdade, Júlia e Raul mentiram”


(1ª premissa) (2ª premissa)

De acordo com a conclusão de que “Raul não mentiu”, constatamos a 2ª premissa


acima é FALSA, bem como o será também a 1ª premissa, de acordo com os preceitos do
“quadro-resumo”.
Por fim, o “desenho” completo do nosso raciocínio nesta questão vai ficar da
seguinte forma:
à 1ª informação) “Se Nestor disse a verdade, Júlia e Raul mentiram”
(F) (F)

à 2ª informação) “Se Raul mentiu, Lauro falou a verdade”


(F) (F)

à 3ª informação) “Se Lauro falou a verdade, há um leão feroz nesta sala”


(F) (F)

à “Verdade”) “Ora, não há um leão feroz nesta sala”


(“Ponto de partida”)

Finalmente, vamos elencar nossas conclusões todas:


à Não há um leão feroz nesta sala. (“verdade” da questão)
à Lauro não falou a verdade. (conclusão da 3ª informação) (= Lauro mentiu!)
à Raul não mentiu. (conclusão da 2ª informação)
à Júlia também não mentiu. (conclusão da 1ª informação)
à Nestor não disse a verdade. (conclusão da 1ª informação) (= Nestor mentiu!)

Qual das opções está em total acordo com nossas conclusões acima? É a opção B,
resposta da questão: B) Nestor e Lauro mentiram

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Bem! Questões como essas que vimos até aqui são mais raras. Passemos, agora, ao
segundo tipo de questão que consegui selecionar.

QUESTÕES “TIPO 02”

Já aprendemos a trabalhar as estruturas do tipo: “Se premissa A, então


premissa B’”.

Agora passaremos a conhecer um outro tipo de estrutura:


Ou “premissa A”, ou “premissa B”.

Da mesma forma que com a estrutura anterior, aqui também teremos que
conhecer o significado da lógica matemática para esse novo tipo de estrutura!

E o que temos que saber é o seguinte:


A estrutura Ou “premissa A”, ou “premissa B” poderá assumir quatro
significados distintos, quais sejam:

1º) Partindo da Premissa A para a Premissa B:


Premissa A -----------à Premissa B

à Se é verdadeira a “premissa A”, então a “premissa B” poderá ser verdadeira ou


falsa:
Premissa A -----------à Premissa B
(V) (V) ou (F)

à Se é falsa a “premissa A”, então a “premissa B” será verdadeira:


Premissa A -----------à Premissa B
(F) (V)

2º) Partindo da Premissa B para a Premissa A:


Premissa A Premissa B

à Se é falsa a “premissa B”, então é verdadeira a “premissa A”:


Premissa A Premissa B
(V) (F)

à Se é verdadeira a “premissa B”, então a “premissa A” poderá ser verdadeira ou


falsa:
Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)

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Também aqui há uma forma mais simples de memorizar essas quatro
possibilidades: conhecendo a única construção impossível para este novo tipo de
estrutura. E esta construção impossível é a seguinte:
Premissa A -----------à Premissa B
(F) (F)

Ou seja, se a “premissa de partida” for falsa, a “premissa de chegada” terá de


ser verdadeira!

Vamos criar agora o nosso “Quadro-Resumo”, o qual elencará o ensinamento da


lógica matemática para a estrutura:

“Ou premissa A, ou premissa B”:

Premissa A -----------à Premissa B


(V) (V) ou (F)

Premissa A -----------à Premissa B


(F) (V)

Premissa A Premissa B
(V) (F)

Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)

Passemos logo à resolução de algumas questões, a fim de “automatizar” esse


raciocínio em nossa mente, e tornar mais fácil a compreensão do “quadro-resumo” acima.

Exemplo 01) Sabe-se que ou João é rico, ou Maria não é bonita. Sabe-se ainda
que ou Maria é bonita ou José é carpinteiro. Ora, José não é carpinteiro. Logo:
a) Maria não é bonita
b) João não é rico
c) José é rico
d) José não é rico
e) Maria é bonita

Sol.: Vamos lá! O caminho de resolução é o mesmo! “Desenhemos” a questão:

à 1ª informação) “Ou João é rico, ou Maria não é bonita”


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) “Ou Maria é bonita, ou José é carpinteiro”


(1ª premissa) (2ª premissa)
Página 75 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
à “Verdade”) “Ora, José não é carpinteiro”

O ponto de partida da nossa resolução continua a ser a “verdade” fornecida pelo


enunciado. De acordo com ela: José não é carpinteiro!
Procuremos nas premissas acima, alguma que se relacione com essa “verdade”.
Achamos alguma coisa? Sim. Na 2ª premissa da 2ª informação. Vejamos:

à 2ª informação) “Ou Maria é bonita, ou José é carpinteiro”


(1ª premissa) (2ª premissa)

Comparando essa 2ª premissa acima com a “verdade” do enunciado, verificamos


que se trata de uma premissa FALSA. O que dizer, então, da 1ª premissa? Falsa ou
verdadeira?
Recorremos ao “quadro-resumo” desta nossa estrutura que estamos trabalhando.
Ele nos diz, neste caso, o seguinte:
Premissa A Premissa B
(V) (F)

Ou seja, a “premissa A” será VERDADEIRA!

Ilustremos o nosso raciocínio até aqui:

à 2ª informação) “Ou Maria é bonita, ou José é carpinteiro”


(V) (F)

à “Verdade”) “Ora, José não é carpinteiro”

A conclusão a que chegamos na 2ª informação é a de que “Maria é bonita”.


Procuremos nas demais premissas, alguma que se relacione com esse fato. Achamos?
Sim! Onde? Na 2ª premissa da 1ª informação. Vejamos:

à 1ª informação) “Ou João é rico, ou Maria não é bonita”


(1ª premissa) (2ª premissa)

Com base na conclusão recém-constatada, verificamos que esta 2ª premissa acima


é FALSA. Daí, já poderemos extrair uma nova conclusão. Qual? Que a 1ª premissa acima
será VERDADEIRA, segundo nos ensina o “quadro-resumo” da lógica matemática para
este tipo de estrutura! Certo?

Ilustremos todo o raciocínio dessa questão:

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à 1ª informação) “Ou João é rico, ou Maria não é bonita”
(V) (F)

à 2ª informação) “Ou Maria é bonita, ou José é carpinteiro”


(V) (F)

à “Verdade”) “Ora, José não é carpinteiro”

Vamos elencar as conclusões todas a que chegamos:


à José não é carpinteiro. (“verdade” do enunciado)
à Maria não é bonita. (conclusão da 2ª informação)
à João é rico. (conclusão da 1ª informação)

Nossa resposta é, pois, a opção A: Maria não é bonita!

Esaf) Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são conjuntos não


vazios):
Premissa 1: "X está contido em Y e em Z, ou X está contido em P"
Premissa 2: "X não está contido em P"
Pode-se, então, concluir que, necessariamente
a) Y está contido em Z
b) X está contido em Z
c) Y está contido em Z ou em P
d) X não está contido nem em P nem em Y
e) X não está contido nem em Y e nem em Z

Sol.: Esta é bem simples! Só tem uma afirmação condicional e a “verdade” da questão!

Vamos tentar apenas “desenhar” o raciocínio do enunciado, e ver se já


conseguimos “matar” a questão sem mais delongas!

à 1ª informação) "X está contido em Y e em Z, ou X está contido em P"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”) “X não está contido em P”

Raciocinaremos assim:

à 1ª informação) "X está contido em Y e em Z, ou X está contido em P"


(V) (F)

à “Verdade”) “X não está contido em P”


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Daí, já extrairemos todas as conclusões:
à “X não está contido em P”. (“verdade” do enunciado)
à “X está contido em Y” (conclusão da 1ª informação)
à “X está contido em Z” (conclusão da 1ª informação).

Finalmente, procuramos a opção de resposta que se coadune com nossas


conclusões, e constatamos que a resposta é a opção B à (X está contido em Z)!

Esaf) De três irmãos – José, Adriano e Caio –, sabe-se que ou José é o mais
velho, ou Adriano é o mais moço. Sabe-se, também, que ou Adriano é o mais velho,
ou Caio é o mais velho. Então, o mais velho e o mais moço dos três irmãos são,
respectivamente:
a) Caio e José
b) Caio e Adriano
c) Adriano e Caio
d) Adriano e José
e) José e Adriano
Sol.: “Desenhemos” nossa questão:
à 1ª informação) "ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço "
(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) "ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais velho "


(1ª premissa) (2ª premissa)

E é tudo! Eis a grande novidade dessa questão: o enunciado não traz a “verdade”,
que serviria de ponto de partida da nossa resolução!
Então, o que fazer?
Neste caso, restará a nós assumir uma premissa como VERDADEIRA e daí,
analisar o desenrolar do raciocínio, ou seja, as conseqüências que essa decisão irá gerar.
Se essas conseqüências não criarem situações contraditórias, paradoxais ou absurdas,
então concluiremos que acertamos em nossa escolha acerca da “verdade” do enunciado.
Caso contrário, escolheremos outra premissa para ser a VERDADEIRA.
Vamos então, tomando a 2ª informação, “adotar” como “verdade” da questão a 1ª
premissa, considerando, portanto que: “Ora, Adriano é o mais velho.”
Daí, nosso “desenho” completo da questão passaria a ser:

à 1ª informação) "ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) "ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais velho "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade escolhida”: “Ora, Adriano é o mais velho.”


(“ponto de partida”)
Página 78 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Levando adiante as conseqüências de nossa escolha em relação à “verdade” do
enunciado, teremos, para a 1ª informação, que:

à 1ª informação) "ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço "


(1ª premissa) (F)

à “Verdade escolhida”: “Ora, Adriano é o mais velho.”


(“ponto de partida”)

Na seqüência, observaremos que nossa escolha da “verdade” não foi adequada,


uma vez que um paradoxo será criado, como perceberemos a seguir:

à 1ª informação) "ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço "


(V) (F)

à “Verdade escolhida”: “Ora, Adriano é o mais velho.”


(“ponto de partida”)

Onde está a contradição de que falamos? Ora, basta observarmos a qual conclusão
chegamos na 1ª informação: “José é o mais velho”.
Se partimos da “verdade” de que “Adriano é o mais velho”, e como também não
pode haver dois irmãos mais velhos, então caímos num absurdo!
Neste caso, descobrimos que nossa “verdade” escolhida foi, infelizmente, mal
escolhida! Vamos ter que escolher outra, e recomeçar a nossa resolução!
Escolhamos, portanto, a 2ª premissa da 2ª informação: “Caio é o mais velho”.
O “desenho” de nossa questão agora será o seguinte:

à 1ª informação) "ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) "ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais velho "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade escolhida”: “Ora, Caio é o mais velho.”


(“ponto de partida”)

Antes de passarmos ao desenvolvimento do raciocínio da questão, façamos uma


observação importante: se a estrutura em que estamos trabalhando é do tipo “ou
premissa A, ou premissa B”, e constatamos que ambas as premissas são mutuamente
excludentes, então o quadro-resumo ficará mais simplificado ainda!
O que significam “premissas excludentes”. São aquelas que não admitem uma
terceira possibilidade. Por exemplo: “João tem fome ou João não tem fome”. (Não existe
outra opção)! Outro exemplo: “João tem nível superior ou João não tem nível superior”.
Página 79 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Ou seja, são premissas que esgotam as possibilidades! Ou será uma, ou será a
outra! Neste caso, as duas premissas nunca poderão ser ambas verdadeiras!
Em suma: se uma for verdadeira, a outra será, necessariamente, falsa! E se uma
for falsa, a outra será necessariamente verdadeira.
Nosso “quadro-resumo” para a estrutura “ou premissa A, ou premissa B”, em que
as premissas são mutuamente excludentes, será, portanto:

“Ou premissa A, ou premissa B” – (Premissas excludentes!):

Premissa A -----------à Premissa B


(V) (F)

Premissa A -----------à Premissa B


(F) (V)

Premissa A Premissa B
(V) (F)

Premissa A Premissa B
(F) (V)

Voltando à nossa questão, temos que as premissas falam de “fulano” ou “cicrano”


serem o mais velho ou o mais moço. Sabemos que são irmãos (e portanto não nasceram no
mesmo minuto!). Logo, só haverá um mais velho, e só haverá um mais novo. Concluímos que
essas premissas são excludentes.

Daí, o desenrolar do raciocínio seguirá os seguintes passos:

à 1ª informação) "ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço "


(F) (V)

à 2ª informação) "ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais velho "


(F) (V)

à “Verdade escolhida”: “Ora, Caio é o mais velho.”


(“ponto de partida”)

Daí, nossas novas conclusões extraídas do raciocínio acima serão as seguintes:


à “Caio é o mais velho”. (nova “verdade” escolhida)
à “Adriano não é o mais velho.” (conclusão da 2ª informação)
à “Adriano é o mais moço.” (conclusão da 1ª informação)
à “José não é o mais velho.” (conclusão da 1ª informação)

Nestas novas conclusões não se verifica nenhuma contradição!


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Observemos que a terceira conclusão (“Adriano é o mais moço”) confirma a
segunda (“Adriano não é o mais velho”), sem contradizê-la.
De posse dessas conclusões, inferimos que o mais velho e o mais moço dos irmãos
são, respectivamente, Caio e Adriano.
Nossa resposta é, pois, a opção B.

Uma última e rápida observação acerca dessa questão: teríamos gastado metade
do tempo de resolução se tivéssemos feito a escolha certa da “verdade” do enunciado.
Como não há previamente como saber se a escolha adotada é a correta, ficamos
dependendo mesmo da sorte.

QUESTÕES “TIPO 03”

Esse “Tipo 03” de questão é o mais comum nas provas da Esaf!


E o que ele tem de novidade? Absolutamente nada! O que veremos aqui nada mais
é do que a “combinação” dos dois tipos de informação condicional, presentes nas
questões do “tipo 01” e do “tipo 02”, já estudadas por nós!
Ou seja, os enunciados abaixo se utilizarão das duas seguintes estruturas:
à “Se (premissa A), então (premissa B)”
à “Ou (premissa A), ou (premissa B)”

Tudo o que precisamos é saber reconhecer uma ou outra estrutura, e como


trabalhar com cada uma delas, lembrando-nos do que nos ensinam os respectivos
“quadros-resumo” da lógica matemática!

Para dar um reforço, transcrevemos novamente os três quadros-resumo dos quais


dispomos e que utilizaremos em nossas resoluções posteriores:

Quadro-Resumo 01: “Se premissa A, então premissa B”:

Premissa A -----------à Premissa B


(V) (V)

Premissa A -----------à Premissa B


(F) (V) ou (F)

Premissa A Premissa B
(F) (F)

Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)

Mnemonicamente: a única situação impossível será “Premissa A verdadeira e Premissa B


falsa”.
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Quadro-Resumo 02: “Ou premissa A, ou premissa B”:

Premissa A -----------à Premissa B


(V) (V) ou (F)

Premissa A -----------à Premissa B


(F) (V)

Premissa A Premissa B
(V) (F)

Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)

Mnemonicamente: Se a “premissa de partida” é falsa, a “premissa de chegada” é


verdadeira.

Quadro-Resumo 03: “Ou premissa A, ou premissa B” – (Premissas excludentes!):

Premissa A -----------à Premissa B


(V) (F)

Premissa A -----------à Premissa B


(F) (V)

Premissa A Premissa B
(V) (F)

Premissa A Premissa B
(F) (V)

Mnemonicamente: Se uma premissa é verdadeira, a outra é falsa. E vice-versa. Só isso!

Sem mais delongas, passemos às questões de provas passadas!

Esaf) Maria é magra ou Bernardo é barrigudo. Se Lúcia é linda, então César não é
careca. Se Bernardo é barrigudo, então César é careca. Ora, Lúcia é linda. Logo:
a) Maria é magra e Bernardo não é barrigudo.
b) Bernardo é barrigudo ou César é careca.
c) César é careca e Maria e magra.
d) Maria não é magra e Bernardo é barrigudo.
e) Lúcia é linda e César é careca.

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Sol.: Façamos logo o “desenho” da questão:

à 1ª informação) "ou Maria é magra, ou Bernardo é barrigudo"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) "se Lúcia é linda, então César não é careca"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 3ª informação) "se Bernardo é barrigudo, então César é careca"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”: “Ora, Lúcia é linda.”

Pronto! Agora basta desenvolvermos nosso raciocínio, trabalhando com as


informações condicionais, e observando, atentamente, as relações presentes entre as
premissas! Teremos, portanto, o seguinte:

à 1ª informação) "ou Maria é magra, ou Bernardo é barrigudo"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) "se Lúcia é linda, então César não é careca"


(V) (V)

à 3ª informação) "se Bernardo é barrigudo, então César é careca"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”: “Ora, Lúcia é linda.”


(“ponto de partida”)

Aqui uma novidade: estávamos acostumados a ver nosso raciocínio fluir a partir
da “verdade” do enunciado, e sempre subindo, “degrau por degrau”, por cada
informação condicional anterior à verdade.
Assim, se tínhamos três informações e a “verdade”, então passávamos da
“verdade” para a 3ª informação; e desta, para a 2ª informação; e desta, finalmente,
para a 1ª informação!
Se tínhamos duas informações e a “verdade”, começávamos na “verdade”,
passando para a 2ª informação; depois subíamos desta última para a 1ª informação!
Nesta nossa questão, a coisa foi diferente! Observemos que o ponto de partida é
sempre o mesmo, qual seja, a “verdade” da questão (seja ela fornecida pelo enunciado,
seja, caso o enunciado não o faça, escolhida por nós). Mas, embora tenhamos três
informações, demos um salto da “verdade” para a 2ª informação! Pulamos a 3ª
informação!
Página 83 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Não tem problema algum! Vamos ver que já, já, retornaremos à 3ª informação
para trabalhá-la. Adiante:

à 1ª informação) "ou Maria é magra, ou Bernardo é barrigudo"


(V) (F)

à 2ª informação) "se Lúcia é linda, então César não é careca"


(V) (V)

à 3ª informação) "se Bernardo é barrigudo, então César é careca"


(F) (F)

à “Verdade”: “Ora, Lúcia é linda.”


(“ponto de partida”)

Daí, vamos extrair as nossas conclusões:


à “Lúcia é linda.” (“Verdade” do enunciado)
à “César não é careca.” (conclusão da 2ª informação)
à “Bernardo não é barrigudo.” (conclusão da 3ª informação)
à “Maria é magra.” (conclusão da 1ª informação)

Nossa resposta, de acordo com o que concluímos, será a opção A (“Maria é magra
e Bernardo não é barrigudo”).

Esaf) Cícero quer ir ao circo, mas não tem certeza se o circo ainda está na
cidade. Suas amigas, Cecília, Célia e Cleusa, têm opiniões discordantes sobre se o
circo está na cidade. Se Cecília estiver certa, então Cleusa está enganada. Se
Cleusa estiver enganada, então Célia está enganada. Se Célia estiver enganada,
então o circo não está na cidade. Ora, ou o circo está na cidade, ou Cícero não
irá ao circo. Verificou-se que Cecília está certa. Logo:
a) o circo está na cidade.
b) Célia e Cleusa não estão enganadas.
c) Cleusa está enganada, mas não Célia.
d) Célia está enganada, mas não Cleusa.
e) Cícero não irá ao circo.

Sol.: Passemos logo ao “desenho” da questão:

à 1ª informação) " Se Cecília estiver certa, então Cleusa está enganada "
(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) " Se Cleusa estiver enganada, então Célia está enganada "
(1ª premissa) (2ª premissa)

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à 3ª informação) " Se Célia estiver enganada, então o circo não está na cidade "
(1ª premissa) (2ª premissa)

à 4ª informação) "ou o circo está na cidade, ou Cícero não irá ao circo "
(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”: “Cecília está certa.”

Esta questão é das grandes! Mas, veremos que só tem tamanho!


Uma curiosidade deste enunciado foi que a palavra “ora” não precedeu a “verdade”
do enunciado, mas a uma informação condicional. Mas isso, obviamente, não foi capaz de
nos confundir! Agora, partindo (como sempre) da “verdade” do enunciado, tracemos
nosso raciocínio:

à 1ª informação) " Se Cecília estiver certa, então Cleusa está enganada "
(V) (V)

à 2ª informação) "Se Cleusa estiver enganada, então Célia está enganada "
(V) (V)

à 3ª informação) " Se Célia estiver enganada, então o circo não está na cidade "
(V) (V)

à 4ª informação) "ou o circo está na cidade, ou Cícero não irá ao circo "
(F) (V)

à “Verdade”: “Cecília está certa.”


(ponto de partida)

Reparemos que a análise aqui ocorreu de cima para baixo, ao contrário da maioria
das demais questões! O que importa é que a forma de trabalhar é a mesma: partindo da
“verdade”, extrairemos nossas conclusões, observando o tipo de relação que há entre
as premissas e observando sempre o que nos mandam os “quadros-resumo” da lógica
matemática!

Daí, nossas conclusões são as seguintes:


à “Cecília está certa”. (“Verdade” do enunciado)
à “Cleusa está enganada.” (conclusão da 1ª informação)
à “Célia está enganada.” (conclusão da 2ª informação)
à “O circo não está na cidade.” (conclusão da 3ª informação)
à “Cícero não irá ao circo.” (conclusão da 4ª informação)

Comparando nossas conclusões acima com as opções de resposta, descobrimos


que a resposta correta é a opção E (Cícero não irá ao circo).
Página 85 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Esaf) No último domingo, Dorneles não saiu para ir à missa. Ora, sabe-se que
sempre que Denise dança, o grupo de Denise é aplaudido de pé. Sabe-se,
também, que, aos domingos, ou Paula vai ao parque ou vai pescar na praia. Sempre
que Paula vai pescar na praia, Dorneles sai para ir à missa, e sempre que Paula vai
ao parque, Denise dança. Então, no último domingo,
a) Paula não foi ao parque e o grupo de Denise foi aplaudido de pé.
b) o grupo de Denise não foi aplaudido de pé e Paula não foi pescar na praia.
c) Denise não dançou e o grupo de Denise foi aplaudido de pé.
d) Denise dançou e seu grupo foi aplaudido de pé.
e) Paula não foi ao parque e o grupo de Denise não foi aplaudido de pé.

Sol.: Desenhando a questão, teremos:

à 1ª informação) " sempre que Denise dança, o grupo de Denise é aplaudido de pé "
(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) " ou Paula vai ao parque ou vai pescar na praia "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 3ª informação)"Sempre que Paula vai pescar na praia, Dorneles sai para ir à missa"
(1ª premissa) (2ª premissa)

à 4ª informação)"Sempre que Paula vai ao parque, Denise dança"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”: “Dorneles não saiu para ir à missa.”

Vamos lá! Há duas particularidades neste enunciado:


1ª) A “verdade” fornecida pela questão veio logo na primeira frase do texto.
Normalmente, vem por último.
2ª) Foi utilizado um novo “formato” de informação condicional, qual seja:
“Sempre que (premissa A), (premissa B)”.

O que precisávamos perceber é que este formato novo adotado pela questão é
perfeitamente compatível e equivalente àquele que nós já conhecemos: “Se (premissa
A), então (premissa B)”.

Uma vez entendido isso, não há mais qualquer novidade para nós!

Passemos ao desenvolvimento do raciocínio:

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à 1ª informação) " sempre que Denise dança, o grupo de Denise é aplaudido de pé "
(V) (V)

à 2ª informação) " ou Paula vai ao parque ou (Paula) vai pescar na praia "
(V) (F)

à 3ª informação)"Sempre que Paula vai pescar na praia, Dorneles sai para ir à missa"
(F) (F)

à 4ª informação)"Sempre que Paula vai ao parque, Denise dança"


(V) (V)

à “Verdade”: “Dorneles não saiu para ir à missa.”


(ponto de partida)

Esse raciocínio ficou meio cheio de “sobes” e “desces”. Para que você não se
perca, vamos traçar novamente o caminho acima, de outra forma.

Vejamos o “mapa” abaixo:


1º Salto) Da “verdade” para a 2ª premissa da 3ª informação;
2º Salto) Na 3ª informação, da 2ª premissa para a 1ª premissa;
3º Salto) Da 1ª premissa da 3ª informação para a 2ª premissa da 2ª informação;
4º Salto) Na 2ª informação, da 2ª premissa para a 1ª premissa;
5º Salto) Da 1ª premissa da 2ª informação para a 1ª premissa da 4ª informação;
6º Salto) Na 4ª informação, da 1ª premissa para a 2ª premissa;
7º Salto) Da 2ª premissa da 4ª informação para a 1ª premissa da 1ª informação;
8º Salto) Na 1ª informação, da 1ª premissa para a 2ª premissa;

Tudo certo?

Tiremos agora nossas conclusões:


à “Dorneles não saiu para ir à missa.” (“Verdade” do enunciado)
à “Paula não vai pescar na praia.” (conclusão da 3ª informação)
à “Paula vai ao parque”. (conclusão da 2ª informação)
à “Denise dança.” (conclusão da 4ª informação)
à “o grupo de Denise é aplaudido de pé.” (conclusão da 1ª informação)

Comparando nossas conclusões acima com as opções de resposta, encontramos


que a resposta correta é a opção D. (“Denise dançou e seu grupo foi aplaudido de pé).

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Esaf) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente, então Caio é
culpado. Caio é inocente se e somente se Dênis é culpado. Ora, Dênis é culpado.
Logo:
a) Caio e Beto são inocentes
b) André e Caio são inocentes
c) André e Beto são inocentes
d) Caio e Dênis são culpados
e) André e Dênis são culpados

Sol.: Desenhemos a questão:

à 1ª informação) "(ou) André é inocente, ou Beto é inocente"


1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) "Se Beto é inocente, então Caio é culpado"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 3ª informação)"Caio é inocente se e somente se Dênis é culpado"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”: “Ora, Dênis é culpado.”

Observemos que o que há de novo nesta questão é o formato da 3ª informação


condicional: “(Premissa A), se e somente se (premissa B)”.

Este “se e somente si” gera um novo tipo de estrutura, a qual nos indica uma nova
relação entre as premissas! Ou seja, surgirá aqui mais um “quadro-resumo”, próprio
deste tipo de afirmação condicional:

Quadro-Resumo 04: “Premissa A, se e somente se Premissa B”:

Premissa A -----------à Premissa B


(V) (V)

Premissa A -----------à Premissa B


(F) (F)

Premissa A Premissa B
(F) (F)

Premissa A Premissa B
(V) (V)

Mnemonicamente: Ambas as premissas serão verdadeiras, ou ambas serão falsas!


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Aprendida essa novidade, passemos ao nosso raciocínio:

à 1ª informação) "(ou) André é inocente, ou Beto é inocente"


(V) (F)

à 2ª informação) "Se Beto é inocente, então Caio é culpado"


(F) (F)

à 3ª informação)"Caio é inocente se e somente se Dênis é culpado"


(V) (V)

à “Verdade”: “Ora, Dênis é culpado.”


(ponto de partida)

Nossas conclusões serão, pois, as seguintes:


à “Dênis é culpado.” (“Verdade” do enunciado)
à “Caio é inocente.” (conclusão da 3ª informação)
à “Beto é culpado.” (conclusão da 2ª informação)
à “André é inocente.” (conclusão da 1ª informação)

Nossa resposta correta é a opção B (“André e Caio são inocentes.”)

Esaf) Ou A=B, ou B=C, mas não ambos. Se B=D, então A=D. Ora, B=D. Logo:
a) B≠C
b) B≠A
c) C=A
d) C=D
e) D≠A

Sol.: Desenhando a questão, teremos:

à 1ª informação) "ou A = B , ou B = C"


1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) "Se B = D , então A = D"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”: “Ora, B = D.”

Aqui, segredo nenhum!

Nosso raciocínio será o seguinte:

Página 89 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho


à 1ª informação) "ou A = B , ou B = C"
1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) "Se B = D , então A = D"


(V) (V)

à “Verdade”: “Ora, B = D.”


(ponto de partida)

Após essa primeira constatação, temos que:


à B=D Logo, concluímos também que A = B
à A=D

De posse dessa nossa última conclusão (A = B), partimos para a análise da 1ª


informação condicional:

à 1ª informação) "ou A = B , ou B = C , mas não ambos! ” (Excludentes!)


(V) (F)

Finalmente, o elenco de nossas conclusões é o seguinte:


à “B = D” (“verdade” do enunciado)
à “A = D” (conclusão da 2ª informação)
à “A = B” (conclusão oriunda da mescla entre a “verdade” e a 2ª informação)
à “B não é igual a C”, ou por outra: “B≠C” (conclusão da 1ª informação)

Daí, nossa resposta será a opção A.

Esaf) M = 2x + 3y, então M = 4p + 3r. Se M = 4p + 3r, então M = 2w – 3r. Por


outro lado, M = 2x + 3y, ou M = 0. Se M = 0, então M+ H = 1. Ora, M+H ≠1.
Logo:
a) 2w – 3r = 0
b) 4p + 3r ≠ 2w – 3r
c) M ≠ 2x + 3y
d) 2x + 3y ≠ 2w – 3r
e) M = 2w – 3r

Sol.: Desenhemos a questão:

à 1ª informação) " (Se) M = 2x + 3y, então M = 4p + 3r "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) " Se M = 4p + 3r, então M = 2w – 3r "


(1ª premissa) (2ª premissa)
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à 3ª informação) " (Ou) M = 2x + 3y, ou M=0"
(1ª premissa) (2ª premissa)

à 4ª informação) " Se M = 0, então M+ H = 1"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”: “Ora, M+H ≠1.”

Também aqui nenhuma novidade!

Desenvolveremos o raciocínio da questão, da seguinte forma:

à 1ª informação) " (Se) M = 2x + 3y, então M = 4p + 3r "


(V) (V)

à 2ª informação) " Se M = 4p + 3r, então M = 2w – 3r "


(V) (V)

à 3ª informação) " (Ou) M = 2x + 3y, ou M=0"


(V) (F)

à 4ª informação) " Se M = 0, então M+ H = 1"


(F) (F)

à “Verdade”: “Ora, M+H ≠1.”


(ponto de partida)

Conclusões extraídas do raciocínio supra:


à “M+H ≠1.” (“verdade” do enunciado)
à “M não é igual a 0” que equivale a: “M≠0”. (conclusão da 4ª informação)
à “M = 2x + 3y”. (conclusão da 3ª informação)
à “M = 4p + 3r”. (conclusão da 1ª informação)
à “M = 2w – 3r”. (conclusão da 2ª informação)

Finalmente, comparamos nossas conclusões com as opções de resposta, para


constatar que a resposta correta é a opção E. (M = 2w – 3r)

Esaf) Se a = b+p, então a = z+r. Se a = z+r, então a = w-r. Por outro lado, a =
b+p, ou a = 0. Se a = 0, então a+u = 5. Ora, a+u ≠ 5. Logo,
a) w-r = 0
b) a ≠ b+p
c) a = w-r
d) z+r ≠ w-r
e) b+p ≠ w-r
Página 91 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Sol.: Desenhando a questão, teremos:

à 1ª informação) " Se a = b+p, então a = z+r "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) " Se a = z+r, então a = w-r "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 3ª informação) " (Ou) a = b+p, ou a=0"


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 4ª informação) " Se a = 0, então a+u = 5 "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”: “Ora, a+u ≠ 5.”

Tudo conforme já conhecemos. Nenhuma novidade! Sigamos, pois, com o raciocínio


da questão:

à 1ª informação) " Se a = b+p, então a = z+r "


(V) (V)

à 2ª informação) " Se a = z+r, então a = w-r "


(V) (V)

à 3ª informação) " (Ou) a = b+p, ou a=0"


(V) (F)

à 4ª informação) " Se a = 0, então a+u = 5 "


(F) (F)

à “Verdade”: “Ora, a+u ≠ 5.”


(ponto de partida)

As conclusões as quais chegamos são as seguintes:


à “a+u ≠ 5.” (“verdade” do enunciado)
à “a não é igual a 0” que equivale a: “a≠0”. (conclusão da 4ª informação)
à “a = b+p”. (conclusão da 3ª informação)
à “a = z+r”. (conclusão da 1ª informação)
à “a = w-r”. (conclusão da 2ª informação)

Fazendo nossas comparações, concluímos que a resposta correta desta questão é


a opção C. (a=w-r)

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Esaf) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, a governanta e o mordomo.
Sabe-se que o crime foi efetivamente cometido por um ou por mais de um deles, já
que podem ter agido individualmente ou não. Sabe-se, ainda, que: A) se o
cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada; B) ou o mordomo é culpado ou
a governanta é culpada, mas não os dois; C) o mordomo não é inocente. Logo:
a) a governanta e o mordomo são os culpados
b) o cozinheiro e o mordomo são os culpados
c) somente a governanta é culpada
d) somente o cozinheiro é inocente
e) somente o mordomo é culpado

Sol.: Em que pese toda a vontade que dá de nem resolver esta questão e jogar logo a
culpa no mordomo, não podemos fazer isso! Forçoso lembrar que a questão vale um
ponto, e um ponto mais que precioso!
Esta questão é bonita! Passemos ao seu desenho:

à 1ª informação) " se o cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) " ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”: “o mordomo não é inocente.”

Aparentemente, nada de diferente neste enunciado! Passemos ao nosso raciocínio.


Logo em nosso primeiro “salto”, teremos que:

à 2ª informação) " ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada "


(V) (V) ou (F)

à “Verdade”: “o mordomo não é inocente.”


(ponto de partida)

Observemos que estas duas premissas da 2ª informação não são excludentes, uma
vez que o enunciado deixou claro que pode haver mais de um culpado neste crime! Daí, a
premissa “a governanta é culpada” pode ser verdadeira ou falsa!
Isso considerado, passemos ao próximo “salto” em nosso raciocínio:

à 1ª informação) " se o cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada "


(V) ou (F) (V) ou (F)

à 2ª informação) " ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada "


(V) (V) ou (F)

Página 93 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho


Analisemos o resultado completo desse nosso raciocínio:

à 1ª informação) " se o cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada "


(V) ou (F) (V) ou (F)

à 2ª informação) " ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada "


(V) (V) ou (F)

à “Verdade”: “o mordomo não é inocente.”


(ponto de partida)

Vamos ter agora que fazer uma escolha! Ou consideraremos a governanta culpada,
ou a consideraremos inocente.
A partir desta decisão, analisaremos o desenrolar do raciocínio e veremos se as
conclusões que tiraremos são compatíveis entre si, ou se são absurdas. Se forem
compatíveis e coerentes, é sinal que fizemos a escolha certa. Caso contrário, ou seja,
caso cheguemos a resultados conflitantes e absurdos, teremos feito a escolha errada.
Consideremos, como primeira escolha, que é a premissa “a governanta é culpada”
seja verdadeira. Daí, nosso raciocínio será o seguinte:

à 1ª informação) " se o cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada "


(V) ou (F) (V)

à 2ª informação) " ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada "


(V) (V)

à “Verdade”: “o mordomo não é inocente.”


(ponto de partida)

Daí, seguindo esse raciocínio, nossas conclusões seriam as seguintes:


à “o mordomo não é inocente” , (=“o mordomo é culpado”) (“verdade” do enunciado)
à “a governanta é culpada” , (conclusão da 2ª informação)
à “o cozinheiro é inocente” ou “o cozinheiro é culpado”, (conclusão da 1ª informação)

Comparemos com as opções de resposta:


a) a governanta e o mordomo são os culpados
b) o cozinheiro e o mordomo são os culpados
c) somente a governanta é culpada
d) somente o cozinheiro é inocente
e) somente o mordomo é culpado

Haveria, pois, duas possíveis respostas para a questão! E nós sabemos que isso não
é possível. Logo, concluímos que nossa decisão de considerar a premissa “a governanta é
culpada” como verdadeira não foi a mais acertada!
Página 94 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Resta-nos, pois, a outra possibilidade. A de considerar falsa aquela mesma
premissa “a governanta é culpada”.
Vejamos como ficará nosso raciocínio, nesse caso:

à 1ª informação) " se o cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada "


(F) (F)

à 2ª informação) " ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada "


(V) (F)

à “Verdade”: “o mordomo não é inocente.”


(ponto de partida)

Seguindo agora esse raciocínio, nossas conclusões seriam as seguintes:


à “o mordomo não é inocente” , (=“o mordomo é culpado”) (“verdade” do enunciado)
à “a governanta não é culpada”, (conclusão da 2ª informação)
à “o cozinheiro não é inocente” (= “o cozinheiro é culpado”) (conclusão da 1ª informação)

Agora, sim! Só há uma opção de resposta que está de acordo com as nossas
conclusões. É a opção B à (o cozinheiro e o mordomo são os culpados) à Resposta!

Esaf) José quer ir ao cinema assistir ao filme "Fogo contra Fogo" , mas não tem
certeza se o mesmo está sendo exibido. Seus amigos, Maria, Luís e Júlio têm
opiniões discordantes sobre se o filme está ou não em cartaz. Se Maria estiver
certa, então Júlio está enganado. Se Júlio estiver enganado, então Luís está
enganado. Se Luís estiver enganado, então o filme não está sendo exibido. Ora, ou
o filme "Fogo contra Fogo" está sendo exibido, ou José não irá ao cinema.
Verificou-se que Maria está certa. Logo:
A) o filme "Fogo contra Fogo" está sendo exibido
B) Luís e Júlio não estão enganados
C) Júlio está enganado, mas não Luís
D) Luís está enganado, mas não Júlio
E) José não irá ao cinema

Sol.: Façamos logo o desenho da questão:

à 1ª informação) " Se Maria estiver certa, então Júlio está enganado "
(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) " Se Júlio estiver enganado, então Luís está enganado "
(1ª premissa) (2ª premissa)

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à 3ª informação) " Se Luís estiver enganado, então o filme não está sendo exibido "
(1ª premissa) (2ª premissa)

à 4ª informação) "ou o filme "Fogo x Fogo" está sendo exibido, ou José não irá ao cinema "
(1ª premissa) (2ª premissa)

à “Verdade”: “Maria está certa.”

Passemos ao raciocínio da questão:

à 1ª informação) " Se Maria estiver certa, então Júlio está enganado "
(V) (V)

à 2ª informação) Se Júlio estiver enganado, então Luís está enganado "


(V) (V)

à 3ª informação) Se Luís estiver enganado, então o filme não está sendo exibido
(V) (V)

à 4ª informação) ou o filme "Fogo x Fogo" está sendo exibido, ou José não irá ao cinema
(F) (V)
à “Verdade”: “Maria está certa.”
(ponto de partida)

Daí, extraímos nossas conclusões:


à “Maria está certa.” (“verdade” do enunciado)
à “Júlio está enganado” (conclusão da 1ª informação)
à “Luís está enganado” (conclusão da 2ª informação)
à “o filme não está sendo exibido” (conclusão da 3ª informação)
à “José não irá ao cinema” (conclusão da 4ª informação)

Fazendo nossas comparações, concluímos que a resposta da questão é justamente


a opção E) José não irá ao cinema.

Esaf) Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão. Ou Alberto é alemão,


ou Egídio é espanhol. Se Pedro não é português, então Frederico é francês. Ora,
nem Egídio é espanhol nem Isaura é italiana. Logo:
a) Pedro é português e Frederico é francês
b) Pedro é português e Alberto é alemão
c) Pedro não é português e Alberto é alemão
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês
e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês

Página 96 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho


Sol.: Desenhando a questão, teremos:

à 1ª informação) " Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 2ª informação) " Ou Alberto é alemão, ou Egídio é espanhol "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à 3ª informação) " Se Pedro não é português, então Frederico é francês "


(1ª premissa) (2ª premissa)

à Verdades) " nem Egídio é espanhol nem Isaura é italiana "

Achamos aqui uma particularidade neste enunciado: observemos que a questão nos
forneceu duas verdades, em vez de uma só, como é de praxe!
Percebamos ainda que a tal da “Isaura” que apareceu na segunda verdade não foi
citada em nenhuma das informações condicionais. Então, vamos fazer o seguinte: vamos
trabalhar como se houvesse apenas a primeira verdade, referente ao “Egídio”, e
verificaremos, após, as conseqüências disso.

Passemos, portanto, ao raciocínio da questão:

à 1ª informação) " Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão "


(F) (F)

à 2ª informação) " Ou Alberto é alemão, ou Egídio é espanhol "


(V) (F)

à 3ª informação) " Se Pedro não é português, então Frederico é francês "


(F) (F)

à Verdades) " nem Egídio é espanhol nem Isaura é italiana "


(=Egídio não é espanhol)
(ponto de partida)

Isso é o que eu chamo de “linha-cruzada”.

Façamos um “mapa” do raciocínio acima, para melhorar nosso entendimento:


1º Salto) Da “verdade” para a 2ª premissa da 2ª informação;
2º Salto) Na 2ª informação, da 2ª premissa para a 1ª premissa;
3º Salto) Da 1ª premissa da 2ª informação para a 2ª premissa da 1ª informação;
4º Salto) Na 1ª informação, da 2ª premissa para a 1ª premissa;
5º Salto) Da 1ª premissa da 1ª informação para a 2ª premissa da 3ª informação;
6º Salto) Na 3ª informação, da 2ª premissa para a 1ª premissa;
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Daí, as conclusões a que chegamos são as seguintes:
à “Egídio não é espanhol.” (“verdade” do enunciado)
à “Alberto é alemão.” (conclusão da 2ª informação)
à “Frederico não é francês.” (conclusão da 1ª informação)
à “Pedro é português.” (conclusão da 3ª informação)

Encontramos que nossa resposta é a opção B.


à (Pedro é português e Alberto é alemão)

Antes de continuarmos, uma última reprise nos nossos “quadros-resumo”,


essenciais à resolução das questões deste terceiro capítulo. Nem preciso dizer acerca
da importância de se ter esses quadros muitíssimo bem memorizados! Ei-los:

Quadro-Resumo 01: “Se premissa A, então premissa B”:


Premissa A -----------à Premissa B
(V) (V)
Premissa A -----------à Premissa B
(F) (V) ou (F)
Premissa A Premissa B
(F) (F)
Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)

Quadro-Resumo 02: “Ou premissa A, ou premissa B”:


Premissa A -----------à Premissa B
(V) (V) ou (F)
Premissa A -----------à Premissa B
(F) (V)
Premissa A Premissa B
(V) (F)
Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)

Quadro-Resumo 03: “Ou premissa A, ou premissa B” – (Premissas excludentes!):


Premissa A -----------à Premissa B
(V) (F)
Premissa A -----------à Premissa B
(F) (V)
Premissa A Premissa B
(V) (F)
Premissa A Premissa B
(F) (V)

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Quadro-Resumo 04: “Premissa A, se e somente se Premissa B”:
Premissa A -----------à Premissa B
(V) (V)
Premissa A -----------à Premissa B
(F) (F)
Premissa A Premissa B
(F) (F)
Premissa A Premissa B
(V) (V)

Na seqüência, trazemos a reprise dos enunciados dos exercícios resolvidos neste


capítulo, para que você possa tentar resolvê-los novamente sem ajuda da resolução
apresentada.
No final de tudo, segue um simulado, contemplando a matéria vista aqui nestes
três capítulos desta apostila, e inteiramente formado por questões de provas
passadas da ESAF.
Um bom exercício final, para ir dando mais confiança ao candidato!

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

ENUNCIADO ÚNICO: Para cada problema abaixo, seguindo os passos aprendidos para
o desenvolvimento do raciocínio de um enunciado de relações de conseqüência, resolva as
questões abaixo:

01) Se João é rico, Maria é bonita. Se Maria é bonita, José é carpinteiro. Ora, José não
é carpinteiro. Logo:
a) Maria é bonita
b) João é rico
c) José é rico
d) João não é rico
e) Maria é rica

02) (Esaf) Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é florido, então o
passarinho não canta. Ora, o passarinho canta. Logo:
a) o jardim é florido e o gato mia
b) o jardim é florido e o gato não mia
c) o jardim não é florido e o gato mia
d) o jardim não é florido e o gato não mia
e) se o passarinho canta, então o gato não mia

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03) (Esaf) Se Nestor disse a verdade, Júlia e Raul mentiram. Se Raul mentiu, Lauro
falou a verdade. Se Lauro falou a verdade, há um leão feroz nesta sala. Ora, não há um
leão feroz nesta sala. Logo:
A) Nestor e Júlia disseram a verdade
B) Nestor e Lauro mentiram
C) Raul e Lauro mentiram
D) Raul mentiu ou Lauro disse a verdade
E) Raul e Júlia mentiram

04) Sabe-se que ou João é rico, ou Maria não é bonita. Sabe-se ainda que ou Maria é
bonita ou José é carpinteiro. Ora, José não é carpinteiro. Logo:
a) Maria não é bonita
b) João não é rico
c) José é rico
d) José não é rico
e) Maria é bonita

05) (Esaf) Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são conjuntos não vazios):
Premissa 1: "X está contido em Y e em Z, ou X está contido em P"
Premissa 2: "X não está contido em P"
Pode-se, então, concluir que, necessariamente
a) Y está contido em Z
b) X está contido em Z
c) Y está contido em Z ou em P
d) X não está contido nem em P nem em Y
e) X não está contido nem em Y e nem em Z

06) (Esaf) De três irmãos – José, Adriano e Caio –, sabe-se que ou José é o mais velho,
ou Adriano é o mais moço. Sabe-se, também, que ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o
mais velho. Então, o mais velho e o mais moço dos três irmãos são, respectivamente:
a) Caio e José
b) Caio e Adriano
c) Adriano e Caio
d) Adriano e José
e) José e Adriano

07) (Esaf) Maria é magra ou Bernardo é barrigudo. Se Lúcia é linda, então César não é
careca. Se Bernardo é barrigudo, então César é careca. Ora, Lúcia é linda. Logo:
a) Maria é magra e Bernardo não é barrigudo.
b) Bernardo é barrigudo ou César é careca.
c) César é careca e Maria e magra.
d) Maria não é magra e Bernardo é barrigudo.
e) Lúcia é linda e César é careca.

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08) (Esaf) Cícero quer ir ao circo, mas não tem certeza se o circo ainda está na cidade.
Suas amigas, Cecília, Célia e Cleusa, têm opiniões discordantes sobre se o circo está na
cidade. Se Cecília estiver certa, então Cleusa está enganada. Se Cleusa estiver
enganada, então Célia está enganada. Se Célia estiver enganada, então o circo não está
na cidade. Ora, ou o circo está na cidade, ou Cícero não irá ao circo. Verificou-se que
Cecília está certa. Logo:
a) o circo está na cidade.
b) Célia e Cleusa não estão enganadas.
c) Cleusa está enganada, mas não Célia.
d) Célia está enganada, mas não Cleusa.
e) Cícero não irá ao circo.

09) (Esaf) No último domingo, Dorneles não saiu para ir à missa. Ora, sabe-se que
sempre que Denise dança, o grupo de Denise é aplaudido de pé. Sabe-se, também, que,
aos domingos, ou Paula vai ao parque ou vai pescar na praia. Sempre que Paula vai pescar
na praia, Dorneles sai para ir à missa, e sempre que Paula vai ao parque, Denise dança.
Então, no último domingo,
a) Paula não foi ao parque e o grupo de Denise foi aplaudido de pé.
b) o grupo de Denise não foi aplaudido de pé e Paula não foi pescar na praia.
c) Denise não dançou e o grupo de Denise foi aplaudido de pé.
d) Denise dançou e seu grupo foi aplaudido de pé.
e) Paula não foi ao parque e o grupo de Denise não foi aplaudido de pé.

10) (Esaf) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente, então Caio é
culpado. Caio é inocente se e somente se Dênis é culpado. Ora, Dênis é culpado. Logo:
a) Caio e Beto são inocentes
b) André e Caio são inocentes
c) André e Beto são inocentes
d) Caio e Dênis são culpados
e) André e Dênis são culpados

11) (Esaf) Ou A=B, ou B=C, mas não ambos. Se B=D, então A=D. Ora, B=D. Logo:
a) B≠C d) C = D
b) B≠A e) D ≠ A
c) C=A

12) (Esaf) M = 2x + 3y, então M = 4p + 3r. Se M = 4p + 3r, então M = 2w – 3r. Por outro
lado, M = 2x + 3y, ou M = 0. Se M = 0, então M+ H = 1. Ora, M+H ≠1. Logo:
a) 2w – 3r = 0
b) 4p + 3r ≠ 2w – 3r
c) M ≠ 2x + 3y
d) 2x + 3y ≠ 2w – 3r
e) M = 2w – 3r

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13) (Esaf) Se a = b+p, então a = z+r. Se a = z+r, então a = w-r. Por outro lado, a = b+p, ou
a = 0. Se a = 0, então a+u = 5. Ora, a+u ≠ 5. Logo,
a) w-r = 0 d) z+r ≠ w-r
b) a ≠ b+p e) b+p ≠ w-r
c) a = w-r

14) (Esaf) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, a governanta e o mordomo.


Sabe-se que o crime foi efetivamente cometido por um ou por mais de um deles, já que
podem ter agido individualmente ou não. Sabe-se, ainda, que: A) se o cozinheiro é
inocente, então a governanta é culpada; B) ou o mordomo é culpado ou a governanta é
culpada, mas não os dois; C) o mordomo não é inocente. Logo:
a) a governanta e o mordomo são os culpados
b) o cozinheiro e o mordomo são os culpados
c) somente a governanta é culpada
d) somente o cozinheiro é inocente
e) somente o mordomo é culpado

15) (Esaf) José quer ir ao cinema assistir ao filme "Fogo contra Fogo" , mas não tem
certeza se o mesmo está sendo exibido. Seus amigos, Maria, Luís e Júlio têm opiniões
discordantes sobre se o filme está ou não em cartaz. Se Maria estiver certa, então
Júlio está enganado. Se Júlio estiver enganado, então Luís está enganado. Se Luís
estiver enganado, então o filme não está sendo exibido. Ora, ou o filme "Fogo contra
Fogo" está sendo exibido, ou José não irá ao cinema. Verificou-se que Maria está certa.
Logo:
A) o filme "Fogo contra Fogo" está sendo exibido
B) Luís e Júlio não estão enganados
C) Júlio está enganado, mas não Luís
D) Luís está enganado, mas não Júlio
E) José não irá ao cinema

16) (Esaf) Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão. Ou Alberto é alemão, ou
Egídio é espanhol. Se Pedro não é português, então Frederico é francês. Ora, nem Egídio
é espanhol nem Isaura é italiana. Logo:
a) Pedro é português e Frederico é francês
b) Pedro é português e Alberto é alemão
c) Pedro não é português e Alberto é alemão
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês
e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês

GABARITO
01.D 02.C 03.B 04.A 05.B 06.B 07.A
08.E 09.D 10.B 11.A 12.E 13.C 14.B
15.E 16.B

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SIMULADO FINAL - ESAF

01) A senha para um programa de computador consiste em uma seqüência LLNNN, onde “L”
representa uma letra qualquer do alfabeto normal de 26 letras e “N” é um algarismo de 0 a 9.
Tanto letras como algarismos podem ou não ser repetidos, mas é essencial que as letras
sejam introduzidas em primeiro lugar, antes dos algarismos. Sabendo que o programa não faz
distinção entre letras maiúsculas e minúsculas, o número total de diferentes senhas possíveis
é dado por:
a) 226 310
b) 262 103
c) 226 210
d) 26! 10!
e) C26,2 C10,3

02) Um juiz de futebol possui três cartões no bolso. Um é todo amarelo, o outro é todo
vermelho e o terceiro é vermelho de um lado e amarelo do outro. Num determinado jogo,
o juiz retira, ao acaso, um cartão do bolso e mostra, também ao acaso, uma face do
cartão a um jogador. Assim, a probabilidade de a face que o juiz vê ser vermelha e de a
outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é igual a:
a) 1/6
b) 1/3
c) 2/3
d) 4/5
e) 5/6

03) A probabilidade de ocorrer cara no lançamento de uma moeda viciada é igual a 2/3.
Se ocorrer cara, seleciona-se aleatoriamente um número X do intervalo
{X ∈ Ν  1 ≤ X ≤ 3}; se ocorrer coroa, seleciona-se aleatoriamente um número Y do
intervalo {Y ∈ Ν  1 ≤ Y ≤ 4}, onde Ν representa o conjunto dos números naturais.
Assim, a probabilidade de ocorrer um número par é igual a:
a) 7/18
b) ½
c) 3/7
d) 1/27
e) 2/9

04) Um dado viciado, cuja probabilidade de se obter um número par é 3/5, é lançado
juntamente com uma moeda não viciada. Assim, a probabilidade de se obter um número
ímpar no dado ou coroa na moeda é:
a) 1/5
b) 3/10
c) 2/5
d) 3/5
e) 7/10
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05) Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática. Se Helena estuda
Filosofia, então Jorge estuda Medicina. Ora, Luís estuda História ou Helena estuda
Filosofia. Logo, segue-se necessariamente que:
a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina
b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina
c) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Medicina
d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática
e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia

06) Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento. Se Carla não foi ao
casamento, Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou, o navio afundou. Ora, o navio não
afundou. Logo:
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento.
b) Camile e Carla não foram ao casamento.
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou.
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou.
e) Vera e Vanderléia não viajaram.

07) Se Beraldo briga com Beatriz, então Beatriz briga com Bia. Se Beatriz briga com
Bia, então Bia vai ao bar. Se Bia vai ao bar, então Beto briga com Bia. Ora, Beto não
briga com Bia. Logo:
a) Bia não vai ao bar e Beatriz briga com Bia
b) Bia vai ao bar e Beatriz briga com Bia
c) Beatriz não briga com Bia e Beraldo não briga com Beatriz
d) Beatriz briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz
e) Beatriz não briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz

08) Se Flávia é filha de Fernanda, então Ana não é filha de Alice. Ou Ana é filha de
Alice, ou Ênia é filha de Elisa. Se Paula não é filha de Paulete, então Flávia é filha de
Fernanda. Ora, nem Ênia é filha de Elisa nem Inês é filha de Isa.
a) Paula é filha de Paulete e Flávia é filha de Fernanda.
b) Paula é filha de Paulete e Ana é filha de Alice.
c) Paula não é filha de Paulete e Ana é filha de Alice.
d) Ênia é filha de Elisa ou Flávia é filha de Fernanda.
e) Se Ana é filha de Alice, Flávia é filha de Fernanda.

09) Ou Anaís será professora, ou Anelise será cantora, ou Anamélia será pianista. Se
Ana for atleta, então Anamélia será pianista. Se Anelise for cantora, então Ana será
atleta. Ora, Anamélia não será pianista. Então:
a) Anaís será professora e Anelise não será cantora.
b) Anaís não será professora e Ana não será atleta.
c) Anelise não será cantora e Ana será atleta.
d) Anelise será cantora ou Ana será atleta.
e) Anelise será cantora e Anamélia não será pianista.
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10) A partir das seguintes premissas:
Premissa 1: "X é A e B, ou X é C"
Premissa 2: "Se Y não é C, então X não é C"
Premissa 3: "Y não é C"
Conclui-se corretamente que X é:
a) A e B
b) não A ou não C
c) A ou B
d) A e não B
e) não A e não B

GABARITO
01. B
02. A
03. A
04. E
05. A
06. E
07. C
08. B
09. A
10. A

Observação: A resolução deste simulado estará contida na APOSTILA 02!

Bibliografia:

- Fundamentos de Matemática Elementar, vol. 5


Editora Atual – Autor: Samuel Hazzan

- Provas Passadas da Esaf

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