Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pronto! Já descobrimos, com esse simples desenho, que são oito os diferentes
resultados que podem ser encontrados com três lançamentos sucessivos de uma moeda.
Esses resultados estão colocados em azul.
Será que todos compreendemos o tal do “Diagrama da Árvore”?
Nele, nós separamos em etapas diferentes o problema, e, para cada etapa,
colocamos os resultados possíveis. Vamos entender melhor: o nosso problema consiste
em lançar três vezes a mesma moeda.
Daí, as três etapas serão os três lançamentos: o primeiro lançamento da moeda é
a primeira etapa; o segundo lançamento é a segunda etapa; e, enfim, o terceiro
lançamento é a terceira etapa.
Vamos identificar, no desenho abaixo, as três etapas do problema, uma a uma.
Melhorou? Vamos entender esses nomes que estão em vermelho acima! O primeiro
“cara” em vermelho é o resultado do primeiro lançamento. Estamos supondo, portanto,
que deu “cara” na primeira vez que lançamos a moeda. Seguindo, passamos à segunda
etapa (o segundo lançamento). Ora, antes de lançarmos a segunda vez, já sabemos que os
resultados possíveis serão “cara” ou “coroa”. Por isso esses dois resultados estão
colocados no desenho.
O segundo nome em vermelho é “coroa”. Estamos, portanto, supondo que, após dar
“cara” no primeiro lançamento, deu agora “coroa”, no segundo!
Resta apenas a última etapa: o terceiro lançamento da moeda. Antes de
realizarmos este último lançamento, já conhecemos que os resultados possíveis são
“cara” ou “coroa”. E estão lá, desenhadas, essas duas possibilidades. Finalmente,
assumindo que os resultados dos dois lançamentos anteriores foram “cara” e “coroa”, o
terceiro nome em vermelho é novamente “cara”. Daí, chegamos a um dos oito resultados
possíveis para o problema, ou seja, seguimos um dos caminhos possíveis, no lançamento
“triplo” de uma moeda: “cara, coroa, cara”.
Vejamos um outro exemplo:
Exemplo 02) “Num hospital, existem 3 portas de entrada (P1, P2 e P3) que dão
para um saguão, no qual existem 4 elevadores (E1, E2, E3 e E4). Um visitante
deve dirigir-se ao 5º andar, utilizando um dos elevadores. De quantas maneiras
diferentes poderá fazê-lo?
Novamente aqui poderemos usar o artifício que aprendemos acima e desenhar o
“Diagrama da Árvore”, a fim de tentarmos visualizar os resultados possíveis, ou seja, as
diferentes maneiras pelas quais uma pessoa poderá chegar ao quinto andar do hospital,
usando uma das portas de entrada e um dos elevadores.
E1 à (P2, E1)
E2 à (P2, E2)
. P2 E3 à (P2, E3)
E4 à (P2, E4)
E1 à (P3, E1)
E2 à (P3, E2)
P3 E3 à (P3, E3)
E4 à (P3, E4)
Em azul, estão as doze possibilidades distintas de, usando uma das três portas e
um dos quatro elevadores, chegarmos ao quinto andar!
Novamente, observamos que o nosso problema pode ser “dividido” em duas etapas
– distintas e independentes! A primeira etapa seria a escolha do portão de entrada. E a
segunda etapa seria a escolha do elevador que se vai utilizar.
Desenhemos novamente o “Diagrama da Árvore”, discriminando essas duas etapas:
E1 à (P2, E1)
E2 à (P2, E2)
. P2 E3 à (P2, E3)
E4 à (P2, E4)
E1 à (P3, E1)
E2 à (P3, E2)
P3 E3 à (P3, E3)
E4 à (P3, E4)
Tomemos o primeiro exemplo dessa aula: lançaríamos três vezes a mesma moeda.
Daí, as três etapas desse problema seriam os três lançamentos sucessivos. Para o
primeiro lançamento, havia duas possibilidades de resultado: cara ou coroa; para o
segundo lançamento, também havia as mesmas duas possibilidades: cara ou coroa;
finalmente, para o terceiro lançamento, idem! Tínhamos, portanto:
1ª Etapa à 1º lançamento à duas possibilidades: P1=2
2ª Etapa à 2º lançamento à duas possibilidades: P2=2
3ª Etapa à 3º lançamento à duas possibilidades: P3=2
Exemplo 05) De quantos modos três pessoas podem ficar em fila indiana?
Sol: Teremos aqui três etapas: definir o ocupante da primeira posição da fila; definir o
ocupante da segunda posição da fila; e definir o ocupante da terceira posição da fila.
Teremos:
Exemplo 10) O sistema telefônico de São Paulo utiliza sete dígitos para designar os
diversos telefones. Supondo que o primeiro dígito seja sempre dois (2), e que o
dígito zero (0) não seja utilizado para designar estações (2º e 3º dígitos), quantos
números de telefones diferentes poderemos ter?
Sol.: Como o telefone é formado por sete dígitos, haverá aqui sete etapas, cada uma
das quais consistindo em preencher o algarismo do dígito correspondente.
Antes de descobrirmos o número de possibilidades de cada etapa, lembrar-nos-
emos que existe um universo de dez algarismos, quais sejam: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Daí, teremos:
à 1º dígito do telefone à P1=1
Significa que há apenas uma possibilidade, ou seja, apenas um algarismo
poderá ocupar este primeiro dígito. Conforme o enunciado, esse algarismo é
o dois!
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01) Um edifício tem 8 (oito) portas. De quantas formas uma pessoa poderá entrar no
edifício e sair por uma porta diferente da que usou para entrar?
a) 64 d) 48
b) 60 e) 72
c) 56
03) João possui 10 (dez) ternos, 12 (doze) camisas e 5 (cinco) pares de sapato. De
quantas formas poderá ele vestir um terno, uma camisa e um par de sapatos?
a) 600 d) 60
b) 120 e) 80
c) 50
04) Uma prova consta de 20 (vinte) testes do tipo verdadeiro ou falso. De quantas
formas uma pessoa poderá responder aos 20 testes?
a) 202
b) 218
c) 22
d) 2020
e) 220
Exemplo 3) Dispondo das seguintes frutas – laranjas, bananas, pêras, maçãs e uvas
– quantas espécies de salada formados por três tipos distintos destas frutas podem
ser preparadas?
# ARRANJO:
Arranjo é o tipo de agrupamento, em que subgrupos serão extraídos de um
conjunto universo, de modo que:
1º) os elementos destes subgrupos sejam distintos entre si;
2º) um subgrupo se diferencie de outro, pela mera ordem dos seus elementos
componentes.
Vamos entender melhor por meio do exemplo 2 da página acima, transcrito a
seguir:
Exemplo 2) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de três
dígitos distintos poderão ser formados?
Sol.: A primeira indagação que faremos é se existe a exigência de que os elementos dos
subgrupos que serão formados a partir do conjunto universo tenham elementos
distintos! Há essa exigência? Sim! O enunciado fala em “números de três dígitos
distintos”.
A segunda preocupação, para identificar essa questão como sendo uma questão de
Arranjo, será averiguar se dois subgrupos irão se diferenciar pela mera alteração na
ordem de seus elementos. Para isso, criaremos um resultado possível dentro do previsto
pelo enunciado.
Por exemplo, poderemos formar o subgrupo {1 2 3}.
Esta é uma resposta possível? Claro! Formamos o número 123, utilizando-nos de
três algarismos distintos, presentes no conjunto universo {1, 2, 3, 4, 5}. Portanto, 123 é
uma resposta possível.
Agora, invertamos a ordem dos algarismos desse número encontrado.
Teremos, por exemplo: 321.
E agora a pergunta: esses dois resultados possíveis – 123 e 321 – representam a
mesma coisa? Ou seja, são eles o mesmo número? Obviamente que não! Logo, chegamos à
conclusão de que a ordem dos elementos de dois resultados possíveis que encontramos é
relevante!
Exemplo 03) Quantas palavras de quatro letras distintas podem ser formadas com
as letras A, B, C, P, O e S?
Sol.: Primeira indagação: estaremos buscando subgrupos que serão extraídos de um
grupo maior? Sim! Além disso, esses subgrupos serão formados por elementos distintos
daquele conjunto universo? Sim. Ótimo! Falta pouco agora para concluirmos que a
questão é de Arranjo!
Tomemos, pois, um resultado possível para o que pede o enunciado. Vamos tentar
formar uma palavra de quatro letras distintas, dispondo daquelas oferecidas no conjunto
maior.
Chegamos, por exemplo, a SAPO. Não é este um resultado possível? Claro que sim!
Agora, invertamos a ordem de alguns desses elementos do resultado encontrado
acima. Teremos, por exemplo, SOPA.
SAPO e SOPA são ou não dois resultados possíveis para a nossa questão? Sem
dúvida que sim! Surge aqui a pergunta final: a inversão que fizemos na ordem dos
elementos daquele primeiro resultado possível (SAPO) implicou um outro resultado
diferente?
A resposta é sim! Invertendo os elementos do resultado SAPO chegamos a um
outro resultado distinto, qual seja, a palavra SOPA. Em suma, a ordem dos elementos
dos resultados possíveis é, no caso desta questão, relevante!
Se a ordem dos elementos dos subgrupos é relevante, concluímos: a questão é de
Arranjo! Mais um exemplo.
Exemplo 04) Quatro carros (C1, C2, C3 e C4) disputam uma corrida. Quantas são
as possibilidades de chegada para os três primeiros lugares?
Sol.: As duas perguntas que faremos são essas: 1º) Estamos querendo formar
subgrupos, a partir de um “conjunto universo”? 2º) A ordem dos elementos desses
subgrupos é relevante?
Se as duas respostas forem afirmativas, estaremos diante de uma questão de
Arranjo!
Aqui estamos interessados em formar subgrupos de três elementos, advindos
daquele grupo maior. Tomemos um resultado possível: C1,C2,C3.
Pronto! Agora, invertamos a ordem desse resultado possível que criamos acima.
Teremos, por exemplo: C3,C2,C1.
Página 17 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Ora, a inversão na ordem de chegada na corrida descrita por C1,C2,C3 (carro 1,
carro 2, carro 3) implicou em um outro resultado possível, diferente do primeiro? A
resposta é afirmativa. Esse outro resultado C3,C2,C1 é inteiramente distinto de
C1,C2,C3. É uma outra ordem de chegada dos corredores.
Em suma, também no caso desta questão, a ordem dos elementos dos resultados
possíveis é relevante! O que nos leva a concluir: trata-se de uma questão de Arranjo!
Antes de prosseguirmos, temos que saber como funciona esse tal de fatorial. É
muito simples! O valor de “X!” (“X fatorial”) é um produto, cujo primeiro fator é o
próprio X, e os fatores seguintes estão em ordem decrescente, até chegar à unidade.
Por exemplo:
à 5! = 5 x 4 x 3 x 2 x 1
à 8! = 8 x 7 x 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1
E assim por diante!
A5,3 = 60 à Resposta!
Exemplo 03) Quantas palavras de quatro letras distintas podem ser formadas com
as letras A, B, C, P, O e S?
Sol.: Também já sabemos que se trata de uma questão de Arranjo. Quantos elementos
tem o “conjunto universo”? Seis elementos! E quantos elementos terão os subgrupos?
Quatro. Logo: n=6 e p=4. Formaremos arranjos de seis, quatro a quatro. Teremos:
n! 6! 6! 6 x5 x 4 x3x 2!
An, p = à A6, 4 = à A6, 4 = à A5,3 = = 6 x5 x 4 x3 = 360
(n − p)! (6 − 4)! 2! 2!
Exemplo 04) Quatro carros (C1, C2, C3 e C4) disputam uma corrida. Quantas são
as possibilidades de chegada para os três primeiros lugares?
Sol.: Também já sabemos que é uma questão de Arranjo! O grupo maior tem 4
elementos (n=4). Os subgrupos terão 3 elementos (p=3). Daí, teremos:
n! 4! 4! 4 x3x 2 x1!
An, p = à A4, 3 = à A4, 3 = à A4, 3 = = 4 x3 x 2 = 24
(n − p)! (4 − 3)! 1! 1!
A4,3 = 24 à Resposta!
4 possibilidades
Ou seja: já resolvemos o problema do último digito! E quanto aos dois primeiros?
Ora, já havíamos concluído que esta questão se resolve por Arranjo! Agora,
pensemos: uma vez que um algarismo (ímpar) foi escolhido para ocupar o terceiro dígito,
quantos restaram para ocupar as duas primeiras posições? Um a menos! Se nosso
conjunto universo original tinha seis elementos, então haverá apenas cinco para serem
agrupados, ou melhor, “arranjados” nas duas primeiras casas.
Daí, teremos:
(A5,2) 4 possibilidades
E nosso resultado será, pois, composto deste produto: (A5,2) x 4
Calculando A5,2 , teremos:
n! 5! 5! 5 x 4 x3!
An, p = à A5, 2 = à A5, 2 = à A5,3 = = 5 x 4 = 20
(n − p)! (5 − 2)! 3! 3!
Daí: 20 x 4 = 80 à Resposta!
Para ocupar a terceira casa, sabendo que este algarismo tem que ser ímpar,
haverá tão somente 4 possibilidades (os algarismos 1, 3, 7 e 9). Daí:
4 possibilidades
Ora, passemos à análise do primeiro dígito. Uma vez preenchida a última casa com
um dos algarismos do nosso conjunto universo, e sabendo que este que ficou na terceira
casa não poderá mais ser usado nas duas primeiras, percebemos que haverá uma
possibilidade a menos na hora de escolhermos um algarismo para ficar na primeira
posição! Como o conjunto universo original tinha 6 algarismos, restaram pois 5
possibilidades de algarismos para ficar na primeira casa. Teremos:
5possib. 4 possib.
Pronto! Está composto nosso resultado. Só nos resta fazer o produto, pelo que nos
ensina o Princípio Fundamental da Contagem! Teremos: (5x4x4)=80 à Resposta!
Em suma:
à Elementos dos subgrupos podem ser iguais: Princípio Fundamental da Contagem;
à Elementos dos subgrupos tem de ser distintos: Arranjo ou Combinação.
# PERMUTAÇÃO:
Permutação é nada além de um caso particular do Arranjo!
Caso eu tivesse esquecido de falar em Permutação, vocês acertariam a questão do
mesmo jeito, aplicando o Arranjo!
Quando estivermos em uma questão de Arranjo (já sabemos como identificá-la!) e
observarmos que o n (número de elementos do “conjunto universo”) é igual ao p (número
de elementos dos subgrupos), então estaremos diante de uma questão de Permutação!
Consideremos os exemplos abaixo, os quais são meras variações dos que vimos no
Arranjo.
Exemplo 1) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de cinco
dígitos distintos poderão ser formados?
Sol.: A questão é de Arranjo, conforme já havíamos verificado. Arranjo de quanto em
quanto?
O grupo maior tem cinco elementos, ou seja: n=5.
E os subgrupos terão também cinco elementos, ou seja: p=5.
Ora, quando a questão é de Arranjo, e temos que n = p, dizemos então que
estamos em um caso de Permutação.
Em outras palavras: A5,5 = P5 (leia-se: “permutação de cinco”)
O bom é que o cálculo da Permutação é até mais fácil.
à Fórmula da Permutação: Pn = n!
Onde: à n é o número de elementos do “conjunto universo”, que é o mesmo número de
elementos dos subconjuntos que serão formados!
Só isso!
Página 22 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Voltando ao nosso exemplo, teremos que:
A5,5 = P5 = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120 à Resposta
Exemplo02) Quatro carros (C1, C2, C3 e C4) disputam uma corrida. Quantas são
as possibilidades de chegada para os quatro primeiros lugares?
Sol.: Também já sabemos que é uma questão de Arranjo! Agora, o grupo maior tem 4
elementos (n=4) e os subconjuntos que serão formados também terão esse mesmo
número de elementos (p=4). Daí, caímos no caso particular da Permutação!
Teremos, pois, que:
A4,4 = P4 = 4 x 3 x 2 x 1 = 24 à Resposta
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
02. Uma linha ferroviária tem 16 estações. Quantos tipos de bilhetes devem ser
impressos, se cada tipo deve assinalar a estação de partida e de chegada,
respectivamente?
a) 420
b) 240
c) 360
d) 480
e) 500
# COMBINAÇÃO:
Combinação é o tipo de agrupamento, em que subgrupos serão extraídos de
um conjunto universo, de modo que:
1º) os elementos destes subgrupos sejam distintos entre si;
2º) um subgrupo não se diferencie de outro, pela mera ordem dos seus
elementos componentes.
Exemplo 2) Estão presentes numa sala oito pessoas, que são as seguintes: JOÃO,
MARIA, JOSÉ, PEDRO, PAULO, FRANCISCO, ANTÔNIO e LUÍS. Deseja-se
formar comissões, compostas por três membros, com essas pessoas que estão nesta
sala. Quantas comissões podem ser formadas?
Sol.: Vamos às perguntas preliminares: 1º)Deseja-se formar grupos menores, a partir de
um grupo maior, e os elementos desses grupos menores terão de ser diferentes entre
si? SIM! (Já sabemos: Arranjo ou Combinação!) Passemos, portanto, à segunda pergunta!
2º)A ordem dos elementos dos resultados possíveis, ou seja, dos subgrupos, é
relevante? Para responder a essa segunda pergunta, basta criarmos um resultado
possível. Qualquer um serve! Por exemplo: JOÃO, MARIA e JOSÉ.
Agora, invertamos os elementos desse resultado. Teremos, por exemplo: JOSÉ,
MARIA e JOÃO. A pergunta é a seguinte: uma comissão formada por JOÃO, MARIA e
JOSÉ é diferente da comissão formada por JOSÉ, MARIA e JOÃO?
Página 25 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Claro que não! Trata-se da mesmíssima equipe! Ou seja, a inversão da ordem dos
elementos de um resultado possível não implicou a criação de um outro resultado
distinto! Em outras palavras, a ordem dos elementos dos subgrupos é irrelevante!
Quando isso ocorrer, não teremos dúvidas: estamos diante de uma questão de
Combinação!
Exemplo 3) Num jogo de loteria, um apostador marca seis dezenas, entre as cem
dezenas existentes. De quantas formas diferentes poderá o apostador preencher o
seu jogo?
Sol.: Vamos às perguntas: existe um grupo maior? Sim, o grupo das cem dezenas!
Estamos tentando criar grupos menores (subgrupos) extraídos daquele grupo maior?
Sim, são os jogos de seis dezenas! Os elementos desses subgrupos tem que ser
diferentes entre si? Claro, uma vez que um jogo consiste na marcação de seis dezenas
(não se poderia apostar, num mesmo jogo, duas vezes na mesma dezena)!
A pergunta final: a ordem dos elementos dos subgrupos é relevante neste nosso
caso? Para responder esta indagação, criemos um resultado possível. Pode ser, por
exemplo, o jogo {08, 13, 15, 27, 29, 72}.
Vamos tentar agora inverter os elementos desse subgrupo que criamos. Teremos,
por exemplo: {72, 29, 27, 15, 13, 08}.
Esta inversão nos elementos do primeiro subgrupo implicou a criação de um novo
resultado? Claro que não! Trata-se absolutamente do mesmo jogo! Se der essas seis
dezenas, você fica milionário de todo jeito, e nunca mais na sua vida vai querer saber de
estudar para concursos!
Em suma, a ordem dos elementos dos subgrupos é, neste caso, irrelevante!
Caímos, portanto, numa questão de Combinação!
Exemplo 4) Uma prova consta de 10 questões, das quais o aluno deverá resolver
apenas 5. De quantas formas ele poderá escolher as 5 questões?
Sol.: Existe um grupo maior? Sim, o das 10 questões! Queremos formar grupos menores
(subgrupos), a partir daquele grupo maior? Sim, os “grupinhos” de 5 questões. Os
elementos desses “grupinhos” terão de ser diferentes? Sim! (Arranjo ou Combinação!)
Vamos criar um resultado possível: {Q1, Q2, Q3, Q4, Q5}.
Vamos inverter os elementos desse subgrupo acima: {Q5, Q4, Q3, Q2, Q1}.
São subgrupos diferentes? Ou seja: a inversão dos elementos do primeiro
subgrupo implicou um novo resultado? Claro que não! São as mesmas cinco questões!
Ou seja: a ordem dos elementos dos subgrupos, nesta questão, é irrelevante!
Conclusão: a questão é de Combinação!
Exemplo 2) Estão presentes numa sala oito pessoas, que são as seguintes: JOÃO,
MARIA, JOSÉ, PEDRO, PAULO, FRANCISCO, ANTÔNIO e LUÍS. Deseja-se
formar comissões, compostas por três membros, com essas pessoas que estão nesta
sala. Quantas comissões podem ser formadas?
Sol.: A questão é de Combinação e disso já sabemos!
O “conjunto universo” tem oito elementos (são as oito pessoas presentes na sala).
Ou seja, n=8. Os subgrupos terão apenas 3 elementos (são as comissões). Daí, p=3.
Agora, só nos resta aplicar a fórmula da Combinação. Teremos:
n! 8! 8! 8 x 7 x6 x5!
Cn, p = à C 8, 3 = = = à C8,3 = 56 à Resposta!
p!(n − p)! 3!(8 − 3)! 3! x5! 3 x 2 x1x5!
Exemplo 4) Uma prova consta de 10 questões, das quais o aluno deverá resolver
apenas 5. De quantas formas ele poderá escolher as 5 questões?
Sol.: Questão de combinação, como já havíamos constatado! O grupo maior tem n=10
elementos. Os subgrupos terão p=5 elementos. Aplicando a fórmula da Combinação,
teremos:
n! 10! 10! 10 x9 x8 x7 x 6 x5!
Cn, p = à C10, 5 = = = à C10,5 = 252 à Resposta!
p!(n − p)! 5!(10 − 5)! 5! x5! 5 x 4 x3x 2 x1x5!
Passemos agora a uma questão bastante interessante, cujo modelo já foi usado em
provas passadas da Esaf!
n! 6! 6! 6 x5 x 4!
Cn, p = à C6, 2 = = = à C6,2 = 15
p!(n − p)! 2!(6 − 2)! 2! x 4! 2 x1x 4!
03. Uma prova consta de 15 questões, das quais o aluno deve resolver 10. De quantas
formas ele poderá escolher as 10 questões?
a) 1001
b) 2002
c) 3003
d) 4004
e) 5005
04. Em uma reunião social, cada pessoa cumprimentou todas as outras, havendo ao
todo 45 apertos de mão. Quantas pessoas havia na reunião?
a) 10
b) 12
c) 15
d) 20
e) 22
X2 −X
= 45 à X2 – X – 90 = 0 (Equação do 2º grau)
2
Para os mais esquecidos, uma equação do 2º grau, ou seja, uma equação do tipo
2
ax +bx+c=0 será resolvida da seguinte forma:
b 2 − 4.a.c
X = −b ±
2.a
Haverá duas raízes (dois resultados) para nossa equação, quais sejam:
X=10 à Resposta!
Gabarito) 1.D 2.B 3.C 4.A 5.A 6.E 7.D 8.B 9.B 10.D 11.B
# ARRANJO:
à Quando utilizar?
Quando desejarmos extrair subgrupos de um grupo maior, de modo que os elementos
daqueles subgrupos sejam DISTINTOS entre si, e a inversão dos elementos de um
resultado possível implique um novo resultado! Ou seja: quando a ordem dos elementos
dos subgrupos é relevante!
à Como utilizar?
n!
à Fórmula do Arranjo: An, p =
(n − p)!
# PERMUTAÇÃO:
à Quando utilizar?
Quando a questão for de Arranjo, e tivermos que n=p, ou seja, quando o número de
elementos do conjunto maior seja também o mesmo número de elementos dos subgrupos.
à Como utilizar?
à Fórmula da Permutação: Pn = n!
# COMBINAÇÃO:
à Quando utilizar?
Quando desejarmos extrair subgrupos de um grupo maior, de modo que os elementos
daqueles subgrupos sejam DISTINTOS entre si, e a inversão dos elementos de um
resultado possível não implique um novo resultado! Ou seja: quando a ordem dos
elementos dos subgrupos é irrelevante!
à Como utilizar?
n!
à Fórmula da Combinação: Cn, p =
p!(n − p)!
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
01) Temos 5 homens e 6 mulheres. De quantas formas podemos formar uma comissão de
3 pessoas?
02) “Um quartel tem quinze portas de entrada, que dão acesso a um grande salão, no
qual há nada menos que doze elevadores. Se uma pessoa deseja chegar ao terceiro
andar, de quantos modos diferentes poderá fazê-lo?”
03) Quatro carros (C1, C2, C3 e C4) disputam uma corrida. Quantas são as
possibilidades de chegada para os quatro primeiros lugares?
05) “uma moeda e lançada três vezes. Qual o número de seqüências possíveis de cara e
coroa?”
06) Dispondo das seguintes frutas – laranjas, bananas, pêras, maçãs e uvas – quantas
espécies de salada formados por três tipos distintos destas frutas podem ser
preparadas?
10) “Num hospital, existem 3 portas de entrada (P1, P2 e P3) que dão para um saguão, no
qual existem 4 elevadores (E1, E2, E3 e E4). Um visitante deve dirigir-se ao 5º andar,
utilizando um dos elevadores. De quantas maneiras diferentes poderá fazê-lo?
11) Temos 5 homens e 6 mulheres. De quantas formas podemos formar uma comissão de
3 pessoas, de modo que nela haja 2 homens e uma mulher?
14) Estão presentes numa sala oito pessoas, que são as seguintes: JOÃO, MARIA,
JOSÉ, PEDRO, PAULO, FRANCISCO, ANTÔNIO e LUÍS. Deseja-se formar comissões,
compostas por três membros, com essas pessoas que estão nesta sala. Quantas
comissões podem ser formadas?
15) Dispondo dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números de três dígitos poderão ser
formados?
16) Um cofre possui um disco marcado com os dígitos 0, 1, 2, ..., 9. O segredo do cofre é
formado por uma seqüência de 3 dígitos. Se uma pessoa tentar abrir o cofre, quantas
tentativas deverá fazer (no máximo) para conseguir abri-lo? (Suponha que a pessoa sabe
que o segredo é formado por dígitos distintos.)
18) Uma prova consta de 10 questões, das quais o aluno deverá resolver apenas 5. De
quantas formas ele poderá escolher as 5 questões?
19) Quantas palavras de quatro letras distintas podem ser formadas com as letras A, B,
C, P, O e S?
21) Uma linha ferroviária tem 16 estações. Quantos tipos de bilhetes devem ser
impressos, se cada tipo deve assinalar a estação de partida e de chegada,
respectivamente?
23) O sistema telefônico de São Paulo utiliza sete dígitos para designar os diversos
telefones. Supondo que o primeiro dígito seja sempre dois (2), e que o dígito zero (0)
não seja utilizado para designar estações (2º e 3º dígitos), quantos números de
telefones diferentes poderemos ter?
25) Uma empresa possui 20 funcionários, dos quais 10 são homens e 10 são mulheres.
Desse modo, o número de comissões de 5 pessoas que se pode formar com 3 homens e 2
mulheres é?
27) Quantos números de três algarismos – iguais ou distintos – podemos formar com os
dígitos 1, 2, 3, 7 e 8?
32) Uma empresa tem 3 diretores e 5 gerentes. Quantas comissões de 5 pessoas podem
ser formadas, contendo no mínimo um diretor? (*Questão Desafio)
36) João possui 10 (dez) ternos, 12 (doze) camisas e 5 (cinco) pares de sapato. De
quantas formas poderá ele vestir um terno, uma camisa e um par de sapatos?
EXPERIMENTO A) Extrair uma única bolinha de uma urna que contém 50 bolinhas,
numeradas de 1 a 50.
Ora, os resultados possíveis são: à E: µ={1, 2, 3, 4, ... , 48, 49, 50}
Ou seja: à E: n(µ)=50
EXPERIMENTO D) Um casal quer ter três filhos. Observar a seqüência do sexo dos
três filhos.
Novamente, usaremos o Princípio Fundamental da Contagem. Teremos:
Cada filho do casal poderá nascer menino ou menina, havendo, pois, duas
possibilidades para cada um deles!
Daí, teremos que: n(µ)=8
EXPERIMENTO F) Escolher, entre um grupo de cinco pessoas (A, B, C, D, E), duas delas
para formar uma comissão.
Neste caso, conforme já foi estudado anteriormente, trabalharemos utilizando
uma Combinação!
5! 5 x 4 x3!
Teremos: C 5, 2 = = = 10
2!.3! 3!.2 x1
Logo: n(µ)=10
Observemos nos exemplos acima que, para cada evento X, designamos por n(X) o
número de elementos de cada evento!
P(X) = n(X)_
n(µ)
78 1
P( X ) = = à Resposta!
1326 17
2º Passo) Definição do evento: o enunciado deseja que o número escolhido seja par!
Daí, o “conjunto universo” ficará restrito apenas ao seguinte:
{ 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20 }
Desse modo, vemos que há dez possibilidades de escolha, ou seja: n(X)=10
n( X ) 10 1
P( X ) = à P( X ) = = = 0,50 = 50% à Resposta!
n( µ ) 20 2
n( X ) 10 1
P( X ) = à P( X ) = = = 0,10 = 10% à Resposta!
n( µ ) 100 10
2º Passo) Definição do evento: o enunciado exige que a bola escolhida seja azul. Logo,
nosso “universo” estará restrito agora ao conjunto X = {BAZUL , BAZUL , BAZUL , BAZUL , BAZUL}.
Desse modo, vemos que haverá 5 possíveis escolhas, de forma que: n(X)=5.
n( X ) 5 1
P( X ) = à P( X ) = = = 0,50 = 50% à Resposta!
n( µ ) 10 2
2º Passo) Definição do evento: o enunciado exige que os resultados dos dois dados
sejam iguais. É fácil constatar que as únicas possibilidades de isso acontecer seriam as
seguintes: {1, 1} ou {2, 2} ou {3, 3} ou {4, 4} ou {5, 5} ou {6, 6}.
Só há, portanto, 6 (seis) possíveis resultados para esse evento. Logo: n(X)=6.
1º Passo) Definição do experimento aleatório: lançar quatro vezes uma moeda. Quantos
são os resultados possíveis?
Pelo “Princípio Fundamental da Contagem”, teremos:
2º Passo) Definição do evento: o enunciado exige que os resultados de três das moedas
sejam “cara”.
Analisemos as possibilidades: chamaremos “C” o resultado “cara”, e “K”, o
resultado “coroa”. As únicas formações possíveis com três resultados “cara” são as
seguintes:
C , C , C , k
C , C , K , C São, portanto, 4 possibilidades!
C , K , C , C
K , C , C , C Ou seja: n(X)=4
Como os algarismos têm de ser distintos entre si, e o último dígito já foi
preenchido, o conjunto de possibilidades para escolha das demais posições ficará
diminuído de um algarismo, de modo que restaram as seguintes possibilidades para o
preenchimento das demais posições:
n( X ) 48 2
P( X ) = à P( X ) = = = 0, 40 = 40% à Resposta!
n( µ ) 120 5
Exemplo 08) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2?
Sol.: Voltemos aos três passos de resolução:
1º Passo) Definindo o experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 10 bolas.
Ora, se são 10 bolas na urna, significa que há 10 possibilidades diferentes de
escolha, então teremos que n(µ)=10.
n( X ) 5 1
P( X ) = à P( X ) = = = 0,50 = 50% à Resposta!
n( µ ) 10 2
Exemplo 09) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 3?
Sol.: Questão muito semelhante à anterior! Usemos os três passos de resolução:
1º Passo) Definindo o experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 10 bolas.
Ora, se são 10 bolas na urna, significa que há 10 possibilidades diferentes de
escolha, então teremos que n(µ)=10.
2º Passo) Definição do evento: o enunciado exige que a bola escolhida tenha número
múltiplo de 3.
Assim, nosso “universo” estará restrito agora ao conjunto X = {3, 6, 9}. Haverá,
portanto, 3 possíveis escolhas, de forma que: n(X)=3.
n( X ) 3
P( X ) = à P( X ) = = 0,30 = 30% à Resposta!
n( µ ) 10
Exemplo 10) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2 ou de 3?
Sol.: Esta questão é especial. Apesar de muitíssimo parecida com os dois últimos
exemplos, ela traz um plus. Comparando, vemos que tanto o exemplo 8 como o exemplo 9
(bem como todos os outros exemplos anteriores) apresentavam um único evento, em seu
enunciado. Agora não! São dois os eventos envolvidos! Sigamos os nossos passos
convencionais de resolução:
1º Passo) Definindo o experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 10 bolas.
Já sabemos que se há 10 bolas na urna, significa que há igualmente 10
possibilidades diferentes de escolha, então teremos que n(µ)=10.
n( X ) 5 n(Y ) 3
P( X ) = à P( X ) = e P(Y ) = à P(Y ) =
n( µ ) 10 n( µ ) 10
n( X I Y ) 1
P(X ? Y) = =
n( µ ) 10
Exemplo 11) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é
escolhida ao acaso. Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2 e de 4?
Sol.: Esta questão também nos traz uma novidade! Apesar de bastante semelhante ao
último exemplo, há um importante diferencial. Vejamos, passo a passo:
1º Passo) Definição do experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 10 bolas.
Aqui, nada de novo! Teremos, então, que n(µ)=10.
n( X I Y )
P(X ? Y) =
n( µ )
Página 52 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Logo, só precisamos descobrir quem é o conjunto (X ? Y) e quantos elementos ele
tem [n(X ? Y)].
A operação de INTERSEÇÃO significa, conforme já sabemos, procurarmos
aqueles elementos que participam, ao mesmo tempo, dos dois conjuntos!
Se temos que X = {2, 4, 6, 8, 10} e que Y = {4, 8}, então, ficou fácil concluir que:
(X ? Y)={4, 8} (que é, coincidentemente, o próprio evento Y)!
n( X I Y ) 2 1
P(X ? Y) = = = = 0,20 = 20% à Resposta!
n( µ ) 10 5
Exemplo 12) Uma urna contém 20 bolinhas numeradas de 1 a 20. Uma bolinha é
escolhida ao acaso. Calcule a probabilidade de que a bola retirada seja um número
múltiplo de 2 ou múltiplo de 5.
Sol.: Esta questão segue a mesma linha das duas anteriores, ou seja, são trazidos dois
eventos. Neste caso, tais eventos estão também conectados entre si pela partícula OU,
o que indica que trabalharemos com uma operação de UNIÃO. Passemos à nossa praxe
de resolução:
1º Passo) Definição do experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém agora 20 bolas.
Como há 20 bolas na urna, há igualmente 20 possibilidades diferentes de escolha,
então teremos que n(µ)=20.
2º Passo) Definição dos eventos: mais uma vez, os designaremos por evento X e evento
Y.
O evento X exige que a bola escolhida tenha número múltiplo de 2. Já
trabalhamos esse evento anteriormente!
Temos que nosso “universo” se reduz ao conjunto X = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18,
20}, de modo que teremos 10 possíveis escolhas, ou seja: n(X)=10.
O evento Y exige um múltiplo de 5. Assim, o “universo” de possibilidades será o
conjunto Y = {5, 10, 15, 20}, havendo, portanto, 4 possíveis escolhas, de forma que:
n(Y)=4.
n( X ) 10 n(Y ) 4
P( X ) = à P( X ) = e P(Y ) = à P(Y ) =
n( µ ) 20 n( µ ) 20
n( X I Y )
P(X ? Y) =
n( µ )
Ora, se X = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20} e Y = {5, 10, 15, 20}, então:
(X ? Y) = { 10, 20 }.
n( X I Y ) 2
P(X ? Y) = =
n( µ ) 20
Exemplo 13) Uma urna contém 6 bolas pretas, 2 bolas brancas e 10 bolas
amarelas. Uma bola é escolhida ao acaso. Qual é a probabilidade de que a bola
retirada não ser amarela?
Sol.: Esta questão tem sua beleza!
Vejamos que, aparentemente, o evento seria um único. Só aparentemente! Vamos
aos passos de resolução.
1º Passo) Definição do experimento aleatório: escolher uma bola, de uma urna que
contém 18 bolas ao todo.
Como são 18 possibilidades diferentes de escolha, então teremos que n(µ)=18.
n( X ) 2 n(Y ) 6
P( X ) = à P( X ) = e P(Y ) = à P(Y ) =
n( µ ) 18 n( µ ) 18
n( X I Y )
P(X ? Y) =
n( µ )
Exemplo 14) Um dado “honesto” é lançado juntamente com uma moeda não viciada.
Assim, a probabilidade de se obter um número ímpar no dado ou coroa na moeda é:
a) 1/5
b) 1/4
c) 2/4
d) 3/5
e) 3/4
Página 55 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Sol.: Esta questão traz uma nova informação para nós. E se trata de uma questão
muitíssimo importante, pois a Esaf já usou enunciado muito semelhante a esse em uma
questão de prova passada. (Essa questão inclusive está presente no nosso “simulado
final”).
Percebemos que aqui haverá dois experimentos envolvidos: o lançamento de um
dado e o lançamento de uma moeda. Obviamente que se tratam de experimentos
totalmente independentes entre si.
Pois bem! Vamos ao nosso raciocínio.
Trabalhando primeiro com o dado. Quantas possibilidades de resultado há no
lançamento de um dado? Ora, há seis possibilidades: {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
E quantos modos diferentes há de esse resultado ser um numero ímpar?
Vejamos: {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Ora, haverá três possibilidades.
Daí, ao lançarmos um dado, a probabilidade de o resultado ser ímpar será:
3 1
P( X ) = =
6 2
Já calculamos quem é P(X) e quem é P(Y). Até aqui não havia nenhuma novidade!
Eis que ela surge: quando estivermos trabalhando com “experimentos
independentes”, como nesse caso (lançamento de um dado e lançamento de uma moeda),
na hora de calcularmos quem será P(X ? Y), trabalharemos fazendo um produto. Ou
seja, determinaremos o valor de P(X ? Y) da seguinte forma: P(X ? Y) = P(X) x P(Y).
Daí, teremos que:
P(X ? Y) = P(X) x P(Y) à P(X ? Y) = (1/2) x (1/2) = ¼
P(X ? Y) = ¾ à Resposta!
Carro (60%)
Metrô (40%)
Atrasada (5%)
Carro (60%)
Em tempo (95%)
Atrasada (17,5%)
Metrô (40%)
Em tempo (82,5%)
Atenção para o detalhe: esses dois valores que estão acima em azul (95% e
82,5%) não foram fornecidos explicitamente pelo enunciado, mas de forma indireta.
Como foi que chegamos a eles? Fazendo as devidas subtrações.
No caso da escolha pelo carro, ou se chega atrasado, ou se chega em tempo.
Como a probabilidade de atraso é de 5%, resta que a de chegar em tempo será 95%
(resultado de 100% - 5%).
No caso da escolha pelo metrô, idem! Como a probabilidade de atraso é de 17,5%,
faremos (100% - 17,5%) e diremos que a probabilidade de se chegar em tempo é de
82,5%.
Certo? Pronto! Pode-se dizer que a questão está quase liquidada!
Antes de partirmos para os passos efetivos de resolução, faremos ainda quatro
multiplicações. Faremos os produtos das probabilidades parciais. Da seguinte forma:
0,03
P( X ) = = 0,30 = 30% à Resposta!
0,10
Esaf) Uma companhia preocupada com sua produtividade costuma oferecer cursos
de treinamento a seus operários. A partir da experiência, verificou-se que um
operário, recentemente admitido, que tenha freqüentado o curso de treinamento
tem 82% de probabilidade de cumprir sua quota de produção. Por outro lado, um
operário, também recentemente admitido, que não tenha freqüentado o mesmo
curso de treinamento, tem apenas 35% de probabilidade de cumprir com sua quota
de produção. Dos operários recentemente admitidos, 80% freqüentaram o curso
de treinamento. Selecionando-se, aleatoriamente, um operário recentemente
admitido na companhia, a probabilidade de que ele não cumpra sua quota de
produção é:
a) 11,70%
b) 27,40%
c) 35%
d) 83%
e) 85%
0,006
P( X ) = = 0,15 = 15% à Resposta!
0,04
É isso! Acho que já tivemos condições de ter uma noção razoável de como são e
como se resolvem questões de probabilidade. Não temos aqui, absolutamente, a
pretensão de esgotar assunto tão vasto e, certas vezes, tão complexo.
A seguir, o exercício de fixação, composto de todos os exemplos resolvidos neste
capítulo, e mais algumas questões extraídas de provas recentes da Esaf. Mãos à obra!
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
ENUNCIADO ÚNICO: Para cada problema abaixo, seguindo os passos aprendidos para
o desenvolvimento do raciocínio de um enunciado de probabilidade, resolva as questões
abaixo:
01) De um baralho de 52 cartas, duas são extraídas ao acaso, sem reposição. Qual a
probabilidade de ambas serem de ouro?
02) Um número é escolhido ao acaso entre os 20 números inteiros {1, 2, 3, ..., 19, 20}.
Qual é a probabilidade de o número escolhido ser par?
04) Uma urna contém 3 bolas brancas, 2 vermelhas e 5 azuis. Uma dessas bolas é
escolhida ao acaso na urna. Qual é a probabilidade de a bola escolhida ser vermelha?
05) Dois dados, um verde e um vermelho, são lançados e observados os números das
faces de cima. Qual a probabilidade de ocorrerem números iguais?
06) Lançando-se 4 vezes uma moeda “honesta”, qual é a probabilidade de que ocorra
cara exatamente 3 vezes?
08) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é escolhida ao acaso.
Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2?
09) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é escolhida ao acaso.
Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 3?
10) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é escolhida ao acaso.
Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2 ou de 3?
11) Uma urna contém 10 bolinhas numeradas de 1 a 10. Uma bolinha é escolhida ao acaso.
Qual a probabilidade de se observar um múltiplo de 2 e de 4?
12) Uma urna contém 20 bolinhas numeradas de 1 a 20. Uma bolinha é escolhida ao
acaso. Calcule a probabilidade de que a bola retirada seja um número múltiplo de 2 ou
múltiplo de 5.
13) Uma urna contém 6 bolas pretas, 2 bolas brancas e 10 bolas amarelas. Uma bola é
escolhida ao acaso. Qual é a probabilidade de que a bola retirada não ser amarela?
15) Uma companhia preocupada com sua produtividade costuma oferecer cursos de
treinamento a seus operários. A partir da experiência, verificou-se que um operário,
recentemente admitido, que tenha freqüentado o curso de treinamento tem 82% de
probabilidade de cumprir sua quota de produção. Por outro lado, um operário,
também recentemente admitido, que não tenha freqüentado o mesmo curso de
treinamento, tem apenas 35% de probabilidade de cumprir com sua quota de
produção. Dos operários recentemente admitidos, 80% freqüentaram o curso de
treinamento. Selecionando-se, aleatoriamente, um operário recentemente admitido
na companhia, a probabilidade de que ele não cumpra sua quota de produção é:
a) 11,70%
b) 27,40%
c) 35%
d) 83%
e) 85%
Página 63 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
16) Há apenas dois modos, mutuamente excludentes, de Genésio ir para Genebra
participar de um congresso: ou de navio ou de avião. A probabilidade de Genésio ir
de navio é de 40% e de ir de avião é de 60%. Se ele for de navio, a probabilidade de
chegar ao congresso com dois dias de atraso é de 8,5%. Se ele for de avião a
probabilidade de chegar ao congresso com dois dias de atraso é de 1%. Sabe-se que
Genésio chegou com dois dias de atraso para participar do congresso em Genebra. A
probabilidade de ele ter ido de avião é:
a) 5%
b) 8%
c) 10%
d) 15%
e) 18%
17) Beraldo espera ansiosamente o convite de um de seus três amigos, Adalton, Cauan e
Délius, para participar de um jogo de futebol. A probabilidade de que Adalton
convide Beraldo para participar do jogo é de 25%, a de que Cauan o convide é de
40% e a de que Délius o faça é de 50%. Sabendo que os convites são feitos de
forma totalmente independente entre si, a probabilidade de que Beraldo não seja
convidado por nenhum dos três amigos para o jogo de futebol é:
a) 12,5%
b) 15,5%
c) 22,5%
d) 25,5%
e) 30%
18) Um dado “honesto” é lançado juntamente com uma moeda não viciada.
Assim, a probabilidade de se obter um número ímpar no dado ou coroa na moeda é:
a) 1/5
b) 1/4
c) 2/4
d) 3/5
e) 3/4
GABARITO
01. R) 1/17 10. R) 7/10
02. R) 1/2 11. R) 1/5
03. R) 1/10 12. R) 3/5
04. R) 1/2 13. R) 4/9
05. R) 1/6 14. R) 30%
06. R) 1/4 15. R) 27,40%
07. R) 2/5 16. R) 15%
08. R) 1/2 17. R) 22,5%
09. R) 3/10 18. R) 3/4
Nosso estudo ingressa agora em um tipo de questão que muito preocupa à maioria
dos alunos. Questões de “raciocínio propriamente dito”. Aquelas que não exigem o
conhecimento de fórmulas nem equações, e que também não se encontram facilmente em
livros didáticos ou mesmo apostilas preparatórias para concursos.
Para facilitar nosso aprendizado, apresentarei um número razoável de enunciados
desse tipo, quase todos extraídos de provas passadas e recentes elaboradas pela Esaf!
E dividiremos essas questões em três casos, ou tipos, no intuito de tentar criar um
raciocínio mais simplificado.
Passemos ao primeiro tipo de questão!
Os enunciados que se seguem são formados por diversas “informações”, que irão
se comunicar entre si, para, ao final, exigir de nós uma conclusão.
Essas “informações” estarão conectadas entre si por meio do que eu resolvi
chamar de “relações de conseqüência”.
Por exemplo, vejamos a informação seguinte:
E é exatamente esse tipo de estrutura que iremos analisar por primeiro, levando
em consideração o que nos ensina a lógica matemática!
E o que temos que saber é o seguinte:
A estrutura “Se premissa A, então premissa B” poderá assumir quatro
significados distintos, quais sejam:
Uma forma mais simples de memorizar essas quatro possibilidades é sabendo que
só haverá uma construção impossível para este tipo de estrutura. E esta construção
impossível é a seguinte:
Premissa A -----------à Premissa B
(V) (F)
Premissa A Premissa B
(F) (F)
Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)
Até aqui a coisa pode estar um pouco confusa, mas vai clarear imediatamente, pois
vamos começar a raciocinar com as questões!
Sol.: Essa é bem simples, por ser o primeiro exemplo. Mas, se o compreendermos,
estaremos progredindo!
Veremos nas questões seguintes, que esse “ora” quase sempre precede a
“verdade” do enunciado! Então, como faremos para resolver a questão? Separaremos
todas as informações fornecidas pelo enunciado, como já o fizemos acima, e o ponto de
partida da questão é a informação não-condicional, ou seja, o ponto de partida da
resolução é a “verdade” que o enunciado nos fornece!
Daí, nós passamos a procurar, nas informações condicionais, em qual delas se fala
alguma coisa relacionada com essa “verdade”. Ou seja, procuraremos nas premissas
acima, se alguma delas fala sobre o José (e sobre o fato de ele ser ou não ser um
carpinteiro).
Encontramos? Vamos ver novamente:
à 1ª informação) “Se João é rico, Maria é bonita”
à 2ª informação) “Se Maria é bonita, José é carpinteiro”
à “Verdade”) “Ora, José não é carpinteiro”
Agora, partindo desta 2ª premissa, a qual sabemos que é FALSA, o que diremos
sobre a 1ª premissa? Nesse momento, nos reportaremos ao “quadro resumo” e daremos
uma conferida! O que ele nos diz?
Ou seja, partindo da “premissa B”, se ela for falsa, então a “premissa A” também
o será! Logo, como a “premissa A” diz que “Maria é bonita”, constatamos que isso é
FALSO. Concluímos, por hora, que, na verdade: “Maria não é bonita”.
Daí, vamos reunir o que já descobrimos até aqui sobre esse enunciado:
à A “Verdade”: “José não é carpinteiro”
à A conseqüência da verdade na 2ª premissa: “ Maria não é bonita”
É isso! Ficou claro? Passemos logo às questões de concurso, feitas pela Esaf:
Esaf) Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é florido, então o
passarinho não canta. Ora, o passarinho canta. Logo:
a) o jardim é florido e o gato mia
b) o jardim é florido e o gato não mia
c) o jardim não é florido e o gato mia
d) o jardim não é florido e o gato não mia
e) se o passarinho canta, então o gato não mia
Sol.: Vamos definir logo quais são as informações condicionais e qual é a verdade deste
enunciado:
E o que percebemos logo de cara? Que essa 2ª premissa é FALSA, pois está em
desacordo com a “verdade” fornecida pelo enunciado!
E se a 2ª premissa acima está FALSA, o que dizer da 1ª premissa?
Novamente nos lembraremos do que nos ensina o “quadro-resumo”, para podermos
responder corretamente esta pergunta. Vejamos novamente o preceito do “quadro-
resumo” para este caso:
Premissa A Premissa B
(F) (F)
Ou seja, a “premissa A” será FALSA também! O que nos leva a concluir, sem
maiores dificuldades, que “o jardim não é florido”.
Procuremos agora se há alguma outra premissa que se refira à essa conclusão que
acabamos de encontrar. Tem? Sim! Onde? Na 1ª premissa da 1ª informação. Vejamos:
Ou seja, a “2ª premissa” será também VERDADEIRA! Isso quer dizer que “o gato
mia”!
Finalmente, vamos elencar todas as conclusões que conseguimos descobrir:
à O passarinho canta. (verdade)
à O jardim não é florido. (conclusão da 2ª informação)
à O gato mia. (conclusão da 1ª informação)
Esaf) Se Nestor disse a verdade, Júlia e Raul mentiram. Se Raul mentiu, Lauro
falou a verdade. Se Lauro falou a verdade, há um leão feroz nesta sala. Ora, não
há um leão feroz nesta sala. Logo:
A) Nestor e Júlia disseram a verdade
B) Nestor e Lauro mentiram
C) Raul e Lauro mentiram
D) Raul mentiu ou Lauro disse a verdade
E) Raul e Júlia mentiram
Sol.: Como costumo dizer nas aulas de Matemática Financeira, vamos aqui “desenhar a
nossa questão”, definindo as informações condicionais e a “verdade” do enunciado:
Estamos quase lá! Qual foi a última conclusão a que chegamos? Foi a de que “Raul
não mentiu”. Procuremos alguma outra premissa que trate sobre o Raul. Tem? Sim! Na 2ª
premissa da 1ª informação. Vejamos:
Qual das opções está em total acordo com nossas conclusões acima? É a opção B,
resposta da questão: B) Nestor e Lauro mentiram
Da mesma forma que com a estrutura anterior, aqui também teremos que
conhecer o significado da lógica matemática para esse novo tipo de estrutura!
Premissa A Premissa B
(V) (F)
Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)
Exemplo 01) Sabe-se que ou João é rico, ou Maria não é bonita. Sabe-se ainda
que ou Maria é bonita ou José é carpinteiro. Ora, José não é carpinteiro. Logo:
a) Maria não é bonita
b) João não é rico
c) José é rico
d) José não é rico
e) Maria é bonita
Sol.: Esta é bem simples! Só tem uma afirmação condicional e a “verdade” da questão!
Raciocinaremos assim:
Esaf) De três irmãos – José, Adriano e Caio –, sabe-se que ou José é o mais
velho, ou Adriano é o mais moço. Sabe-se, também, que ou Adriano é o mais velho,
ou Caio é o mais velho. Então, o mais velho e o mais moço dos três irmãos são,
respectivamente:
a) Caio e José
b) Caio e Adriano
c) Adriano e Caio
d) Adriano e José
e) José e Adriano
Sol.: “Desenhemos” nossa questão:
à 1ª informação) "ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço "
(1ª premissa) (2ª premissa)
E é tudo! Eis a grande novidade dessa questão: o enunciado não traz a “verdade”,
que serviria de ponto de partida da nossa resolução!
Então, o que fazer?
Neste caso, restará a nós assumir uma premissa como VERDADEIRA e daí,
analisar o desenrolar do raciocínio, ou seja, as conseqüências que essa decisão irá gerar.
Se essas conseqüências não criarem situações contraditórias, paradoxais ou absurdas,
então concluiremos que acertamos em nossa escolha acerca da “verdade” do enunciado.
Caso contrário, escolheremos outra premissa para ser a VERDADEIRA.
Vamos então, tomando a 2ª informação, “adotar” como “verdade” da questão a 1ª
premissa, considerando, portanto que: “Ora, Adriano é o mais velho.”
Daí, nosso “desenho” completo da questão passaria a ser:
Onde está a contradição de que falamos? Ora, basta observarmos a qual conclusão
chegamos na 1ª informação: “José é o mais velho”.
Se partimos da “verdade” de que “Adriano é o mais velho”, e como também não
pode haver dois irmãos mais velhos, então caímos num absurdo!
Neste caso, descobrimos que nossa “verdade” escolhida foi, infelizmente, mal
escolhida! Vamos ter que escolher outra, e recomeçar a nossa resolução!
Escolhamos, portanto, a 2ª premissa da 2ª informação: “Caio é o mais velho”.
O “desenho” de nossa questão agora será o seguinte:
Premissa A Premissa B
(V) (F)
Premissa A Premissa B
(F) (V)
Uma última e rápida observação acerca dessa questão: teríamos gastado metade
do tempo de resolução se tivéssemos feito a escolha certa da “verdade” do enunciado.
Como não há previamente como saber se a escolha adotada é a correta, ficamos
dependendo mesmo da sorte.
Premissa A Premissa B
(F) (F)
Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)
Premissa A Premissa B
(V) (F)
Premissa A Premissa B
(V) ou (F) (V)
Premissa A Premissa B
(V) (F)
Premissa A Premissa B
(F) (V)
Esaf) Maria é magra ou Bernardo é barrigudo. Se Lúcia é linda, então César não é
careca. Se Bernardo é barrigudo, então César é careca. Ora, Lúcia é linda. Logo:
a) Maria é magra e Bernardo não é barrigudo.
b) Bernardo é barrigudo ou César é careca.
c) César é careca e Maria e magra.
d) Maria não é magra e Bernardo é barrigudo.
e) Lúcia é linda e César é careca.
Aqui uma novidade: estávamos acostumados a ver nosso raciocínio fluir a partir
da “verdade” do enunciado, e sempre subindo, “degrau por degrau”, por cada
informação condicional anterior à verdade.
Assim, se tínhamos três informações e a “verdade”, então passávamos da
“verdade” para a 3ª informação; e desta, para a 2ª informação; e desta, finalmente,
para a 1ª informação!
Se tínhamos duas informações e a “verdade”, começávamos na “verdade”,
passando para a 2ª informação; depois subíamos desta última para a 1ª informação!
Nesta nossa questão, a coisa foi diferente! Observemos que o ponto de partida é
sempre o mesmo, qual seja, a “verdade” da questão (seja ela fornecida pelo enunciado,
seja, caso o enunciado não o faça, escolhida por nós). Mas, embora tenhamos três
informações, demos um salto da “verdade” para a 2ª informação! Pulamos a 3ª
informação!
Página 83 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Não tem problema algum! Vamos ver que já, já, retornaremos à 3ª informação
para trabalhá-la. Adiante:
Nossa resposta, de acordo com o que concluímos, será a opção A (“Maria é magra
e Bernardo não é barrigudo”).
Esaf) Cícero quer ir ao circo, mas não tem certeza se o circo ainda está na
cidade. Suas amigas, Cecília, Célia e Cleusa, têm opiniões discordantes sobre se o
circo está na cidade. Se Cecília estiver certa, então Cleusa está enganada. Se
Cleusa estiver enganada, então Célia está enganada. Se Célia estiver enganada,
então o circo não está na cidade. Ora, ou o circo está na cidade, ou Cícero não
irá ao circo. Verificou-se que Cecília está certa. Logo:
a) o circo está na cidade.
b) Célia e Cleusa não estão enganadas.
c) Cleusa está enganada, mas não Célia.
d) Célia está enganada, mas não Cleusa.
e) Cícero não irá ao circo.
à 1ª informação) " Se Cecília estiver certa, então Cleusa está enganada "
(1ª premissa) (2ª premissa)
à 2ª informação) " Se Cleusa estiver enganada, então Célia está enganada "
(1ª premissa) (2ª premissa)
à 4ª informação) "ou o circo está na cidade, ou Cícero não irá ao circo "
(1ª premissa) (2ª premissa)
à 1ª informação) " Se Cecília estiver certa, então Cleusa está enganada "
(V) (V)
à 2ª informação) "Se Cleusa estiver enganada, então Célia está enganada "
(V) (V)
à 3ª informação) " Se Célia estiver enganada, então o circo não está na cidade "
(V) (V)
à 4ª informação) "ou o circo está na cidade, ou Cícero não irá ao circo "
(F) (V)
Reparemos que a análise aqui ocorreu de cima para baixo, ao contrário da maioria
das demais questões! O que importa é que a forma de trabalhar é a mesma: partindo da
“verdade”, extrairemos nossas conclusões, observando o tipo de relação que há entre
as premissas e observando sempre o que nos mandam os “quadros-resumo” da lógica
matemática!
à 1ª informação) " sempre que Denise dança, o grupo de Denise é aplaudido de pé "
(1ª premissa) (2ª premissa)
à 3ª informação)"Sempre que Paula vai pescar na praia, Dorneles sai para ir à missa"
(1ª premissa) (2ª premissa)
O que precisávamos perceber é que este formato novo adotado pela questão é
perfeitamente compatível e equivalente àquele que nós já conhecemos: “Se (premissa
A), então (premissa B)”.
Uma vez entendido isso, não há mais qualquer novidade para nós!
à 2ª informação) " ou Paula vai ao parque ou (Paula) vai pescar na praia "
(V) (F)
à 3ª informação)"Sempre que Paula vai pescar na praia, Dorneles sai para ir à missa"
(F) (F)
Esse raciocínio ficou meio cheio de “sobes” e “desces”. Para que você não se
perca, vamos traçar novamente o caminho acima, de outra forma.
Tudo certo?
Este “se e somente si” gera um novo tipo de estrutura, a qual nos indica uma nova
relação entre as premissas! Ou seja, surgirá aqui mais um “quadro-resumo”, próprio
deste tipo de afirmação condicional:
Premissa A Premissa B
(F) (F)
Premissa A Premissa B
(V) (V)
Esaf) Ou A=B, ou B=C, mas não ambos. Se B=D, então A=D. Ora, B=D. Logo:
a) B≠C
b) B≠A
c) C=A
d) C=D
e) D≠A
Esaf) Se a = b+p, então a = z+r. Se a = z+r, então a = w-r. Por outro lado, a =
b+p, ou a = 0. Se a = 0, então a+u = 5. Ora, a+u ≠ 5. Logo,
a) w-r = 0
b) a ≠ b+p
c) a = w-r
d) z+r ≠ w-r
e) b+p ≠ w-r
Página 91 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Sol.: Desenhando a questão, teremos:
Sol.: Em que pese toda a vontade que dá de nem resolver esta questão e jogar logo a
culpa no mordomo, não podemos fazer isso! Forçoso lembrar que a questão vale um
ponto, e um ponto mais que precioso!
Esta questão é bonita! Passemos ao seu desenho:
Observemos que estas duas premissas da 2ª informação não são excludentes, uma
vez que o enunciado deixou claro que pode haver mais de um culpado neste crime! Daí, a
premissa “a governanta é culpada” pode ser verdadeira ou falsa!
Isso considerado, passemos ao próximo “salto” em nosso raciocínio:
Vamos ter agora que fazer uma escolha! Ou consideraremos a governanta culpada,
ou a consideraremos inocente.
A partir desta decisão, analisaremos o desenrolar do raciocínio e veremos se as
conclusões que tiraremos são compatíveis entre si, ou se são absurdas. Se forem
compatíveis e coerentes, é sinal que fizemos a escolha certa. Caso contrário, ou seja,
caso cheguemos a resultados conflitantes e absurdos, teremos feito a escolha errada.
Consideremos, como primeira escolha, que é a premissa “a governanta é culpada”
seja verdadeira. Daí, nosso raciocínio será o seguinte:
Haveria, pois, duas possíveis respostas para a questão! E nós sabemos que isso não
é possível. Logo, concluímos que nossa decisão de considerar a premissa “a governanta é
culpada” como verdadeira não foi a mais acertada!
Página 94 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
Resta-nos, pois, a outra possibilidade. A de considerar falsa aquela mesma
premissa “a governanta é culpada”.
Vejamos como ficará nosso raciocínio, nesse caso:
Agora, sim! Só há uma opção de resposta que está de acordo com as nossas
conclusões. É a opção B à (o cozinheiro e o mordomo são os culpados) à Resposta!
Esaf) José quer ir ao cinema assistir ao filme "Fogo contra Fogo" , mas não tem
certeza se o mesmo está sendo exibido. Seus amigos, Maria, Luís e Júlio têm
opiniões discordantes sobre se o filme está ou não em cartaz. Se Maria estiver
certa, então Júlio está enganado. Se Júlio estiver enganado, então Luís está
enganado. Se Luís estiver enganado, então o filme não está sendo exibido. Ora, ou
o filme "Fogo contra Fogo" está sendo exibido, ou José não irá ao cinema.
Verificou-se que Maria está certa. Logo:
A) o filme "Fogo contra Fogo" está sendo exibido
B) Luís e Júlio não estão enganados
C) Júlio está enganado, mas não Luís
D) Luís está enganado, mas não Júlio
E) José não irá ao cinema
à 1ª informação) " Se Maria estiver certa, então Júlio está enganado "
(1ª premissa) (2ª premissa)
à 2ª informação) " Se Júlio estiver enganado, então Luís está enganado "
(1ª premissa) (2ª premissa)
à 4ª informação) "ou o filme "Fogo x Fogo" está sendo exibido, ou José não irá ao cinema "
(1ª premissa) (2ª premissa)
à 1ª informação) " Se Maria estiver certa, então Júlio está enganado "
(V) (V)
à 3ª informação) Se Luís estiver enganado, então o filme não está sendo exibido
(V) (V)
à 4ª informação) ou o filme "Fogo x Fogo" está sendo exibido, ou José não irá ao cinema
(F) (V)
à “Verdade”: “Maria está certa.”
(ponto de partida)
Achamos aqui uma particularidade neste enunciado: observemos que a questão nos
forneceu duas verdades, em vez de uma só, como é de praxe!
Percebamos ainda que a tal da “Isaura” que apareceu na segunda verdade não foi
citada em nenhuma das informações condicionais. Então, vamos fazer o seguinte: vamos
trabalhar como se houvesse apenas a primeira verdade, referente ao “Egídio”, e
verificaremos, após, as conseqüências disso.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
ENUNCIADO ÚNICO: Para cada problema abaixo, seguindo os passos aprendidos para
o desenvolvimento do raciocínio de um enunciado de relações de conseqüência, resolva as
questões abaixo:
01) Se João é rico, Maria é bonita. Se Maria é bonita, José é carpinteiro. Ora, José não
é carpinteiro. Logo:
a) Maria é bonita
b) João é rico
c) José é rico
d) João não é rico
e) Maria é rica
02) (Esaf) Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é florido, então o
passarinho não canta. Ora, o passarinho canta. Logo:
a) o jardim é florido e o gato mia
b) o jardim é florido e o gato não mia
c) o jardim não é florido e o gato mia
d) o jardim não é florido e o gato não mia
e) se o passarinho canta, então o gato não mia
04) Sabe-se que ou João é rico, ou Maria não é bonita. Sabe-se ainda que ou Maria é
bonita ou José é carpinteiro. Ora, José não é carpinteiro. Logo:
a) Maria não é bonita
b) João não é rico
c) José é rico
d) José não é rico
e) Maria é bonita
05) (Esaf) Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são conjuntos não vazios):
Premissa 1: "X está contido em Y e em Z, ou X está contido em P"
Premissa 2: "X não está contido em P"
Pode-se, então, concluir que, necessariamente
a) Y está contido em Z
b) X está contido em Z
c) Y está contido em Z ou em P
d) X não está contido nem em P nem em Y
e) X não está contido nem em Y e nem em Z
06) (Esaf) De três irmãos – José, Adriano e Caio –, sabe-se que ou José é o mais velho,
ou Adriano é o mais moço. Sabe-se, também, que ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o
mais velho. Então, o mais velho e o mais moço dos três irmãos são, respectivamente:
a) Caio e José
b) Caio e Adriano
c) Adriano e Caio
d) Adriano e José
e) José e Adriano
07) (Esaf) Maria é magra ou Bernardo é barrigudo. Se Lúcia é linda, então César não é
careca. Se Bernardo é barrigudo, então César é careca. Ora, Lúcia é linda. Logo:
a) Maria é magra e Bernardo não é barrigudo.
b) Bernardo é barrigudo ou César é careca.
c) César é careca e Maria e magra.
d) Maria não é magra e Bernardo é barrigudo.
e) Lúcia é linda e César é careca.
09) (Esaf) No último domingo, Dorneles não saiu para ir à missa. Ora, sabe-se que
sempre que Denise dança, o grupo de Denise é aplaudido de pé. Sabe-se, também, que,
aos domingos, ou Paula vai ao parque ou vai pescar na praia. Sempre que Paula vai pescar
na praia, Dorneles sai para ir à missa, e sempre que Paula vai ao parque, Denise dança.
Então, no último domingo,
a) Paula não foi ao parque e o grupo de Denise foi aplaudido de pé.
b) o grupo de Denise não foi aplaudido de pé e Paula não foi pescar na praia.
c) Denise não dançou e o grupo de Denise foi aplaudido de pé.
d) Denise dançou e seu grupo foi aplaudido de pé.
e) Paula não foi ao parque e o grupo de Denise não foi aplaudido de pé.
10) (Esaf) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente, então Caio é
culpado. Caio é inocente se e somente se Dênis é culpado. Ora, Dênis é culpado. Logo:
a) Caio e Beto são inocentes
b) André e Caio são inocentes
c) André e Beto são inocentes
d) Caio e Dênis são culpados
e) André e Dênis são culpados
11) (Esaf) Ou A=B, ou B=C, mas não ambos. Se B=D, então A=D. Ora, B=D. Logo:
a) B≠C d) C = D
b) B≠A e) D ≠ A
c) C=A
12) (Esaf) M = 2x + 3y, então M = 4p + 3r. Se M = 4p + 3r, então M = 2w – 3r. Por outro
lado, M = 2x + 3y, ou M = 0. Se M = 0, então M+ H = 1. Ora, M+H ≠1. Logo:
a) 2w – 3r = 0
b) 4p + 3r ≠ 2w – 3r
c) M ≠ 2x + 3y
d) 2x + 3y ≠ 2w – 3r
e) M = 2w – 3r
15) (Esaf) José quer ir ao cinema assistir ao filme "Fogo contra Fogo" , mas não tem
certeza se o mesmo está sendo exibido. Seus amigos, Maria, Luís e Júlio têm opiniões
discordantes sobre se o filme está ou não em cartaz. Se Maria estiver certa, então
Júlio está enganado. Se Júlio estiver enganado, então Luís está enganado. Se Luís
estiver enganado, então o filme não está sendo exibido. Ora, ou o filme "Fogo contra
Fogo" está sendo exibido, ou José não irá ao cinema. Verificou-se que Maria está certa.
Logo:
A) o filme "Fogo contra Fogo" está sendo exibido
B) Luís e Júlio não estão enganados
C) Júlio está enganado, mas não Luís
D) Luís está enganado, mas não Júlio
E) José não irá ao cinema
16) (Esaf) Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão. Ou Alberto é alemão, ou
Egídio é espanhol. Se Pedro não é português, então Frederico é francês. Ora, nem Egídio
é espanhol nem Isaura é italiana. Logo:
a) Pedro é português e Frederico é francês
b) Pedro é português e Alberto é alemão
c) Pedro não é português e Alberto é alemão
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês
e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês
GABARITO
01.D 02.C 03.B 04.A 05.B 06.B 07.A
08.E 09.D 10.B 11.A 12.E 13.C 14.B
15.E 16.B
01) A senha para um programa de computador consiste em uma seqüência LLNNN, onde “L”
representa uma letra qualquer do alfabeto normal de 26 letras e “N” é um algarismo de 0 a 9.
Tanto letras como algarismos podem ou não ser repetidos, mas é essencial que as letras
sejam introduzidas em primeiro lugar, antes dos algarismos. Sabendo que o programa não faz
distinção entre letras maiúsculas e minúsculas, o número total de diferentes senhas possíveis
é dado por:
a) 226 310
b) 262 103
c) 226 210
d) 26! 10!
e) C26,2 C10,3
02) Um juiz de futebol possui três cartões no bolso. Um é todo amarelo, o outro é todo
vermelho e o terceiro é vermelho de um lado e amarelo do outro. Num determinado jogo,
o juiz retira, ao acaso, um cartão do bolso e mostra, também ao acaso, uma face do
cartão a um jogador. Assim, a probabilidade de a face que o juiz vê ser vermelha e de a
outra face, mostrada ao jogador, ser amarela é igual a:
a) 1/6
b) 1/3
c) 2/3
d) 4/5
e) 5/6
03) A probabilidade de ocorrer cara no lançamento de uma moeda viciada é igual a 2/3.
Se ocorrer cara, seleciona-se aleatoriamente um número X do intervalo
{X ∈ Ν 1 ≤ X ≤ 3}; se ocorrer coroa, seleciona-se aleatoriamente um número Y do
intervalo {Y ∈ Ν 1 ≤ Y ≤ 4}, onde Ν representa o conjunto dos números naturais.
Assim, a probabilidade de ocorrer um número par é igual a:
a) 7/18
b) ½
c) 3/7
d) 1/27
e) 2/9
04) Um dado viciado, cuja probabilidade de se obter um número par é 3/5, é lançado
juntamente com uma moeda não viciada. Assim, a probabilidade de se obter um número
ímpar no dado ou coroa na moeda é:
a) 1/5
b) 3/10
c) 2/5
d) 3/5
e) 7/10
Página 103 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
05) Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática. Se Helena estuda
Filosofia, então Jorge estuda Medicina. Ora, Luís estuda História ou Helena estuda
Filosofia. Logo, segue-se necessariamente que:
a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina
b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina
c) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Medicina
d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática
e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia
06) Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento. Se Carla não foi ao
casamento, Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou, o navio afundou. Ora, o navio não
afundou. Logo:
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento.
b) Camile e Carla não foram ao casamento.
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou.
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou.
e) Vera e Vanderléia não viajaram.
07) Se Beraldo briga com Beatriz, então Beatriz briga com Bia. Se Beatriz briga com
Bia, então Bia vai ao bar. Se Bia vai ao bar, então Beto briga com Bia. Ora, Beto não
briga com Bia. Logo:
a) Bia não vai ao bar e Beatriz briga com Bia
b) Bia vai ao bar e Beatriz briga com Bia
c) Beatriz não briga com Bia e Beraldo não briga com Beatriz
d) Beatriz briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz
e) Beatriz não briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz
08) Se Flávia é filha de Fernanda, então Ana não é filha de Alice. Ou Ana é filha de
Alice, ou Ênia é filha de Elisa. Se Paula não é filha de Paulete, então Flávia é filha de
Fernanda. Ora, nem Ênia é filha de Elisa nem Inês é filha de Isa.
a) Paula é filha de Paulete e Flávia é filha de Fernanda.
b) Paula é filha de Paulete e Ana é filha de Alice.
c) Paula não é filha de Paulete e Ana é filha de Alice.
d) Ênia é filha de Elisa ou Flávia é filha de Fernanda.
e) Se Ana é filha de Alice, Flávia é filha de Fernanda.
09) Ou Anaís será professora, ou Anelise será cantora, ou Anamélia será pianista. Se
Ana for atleta, então Anamélia será pianista. Se Anelise for cantora, então Ana será
atleta. Ora, Anamélia não será pianista. Então:
a) Anaís será professora e Anelise não será cantora.
b) Anaís não será professora e Ana não será atleta.
c) Anelise não será cantora e Ana será atleta.
d) Anelise será cantora ou Ana será atleta.
e) Anelise será cantora e Anamélia não será pianista.
Página 104 de 105 Ponto dos Concursos Prof. Sérgio Carvalho
10) A partir das seguintes premissas:
Premissa 1: "X é A e B, ou X é C"
Premissa 2: "Se Y não é C, então X não é C"
Premissa 3: "Y não é C"
Conclui-se corretamente que X é:
a) A e B
b) não A ou não C
c) A ou B
d) A e não B
e) não A e não B
GABARITO
01. B
02. A
03. A
04. E
05. A
06. E
07. C
08. B
09. A
10. A
Bibliografia: