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Bruno Roberto Franciscatto Rômulo Raimundo Maranhão do Valle
ALUNO PROFESSOR ORIENTADOR
Campina Grande PB
Novembro de 2010
Bruno Roberto FRANCISCATTO TCC Novembro-2010 Pag. 2
Desenvolvimento de uma antena diretiva para aplicações DSRC em 5.8GHz
AGRADECIMENTOS
RESUMO
Sumário
AGRADECIMENTOS ...........................................................................................................................................................3
RESUMO .................................................................................................................................................................................4
1) Introdução ...................................................................................................................................................................7
2) Objetivo ........................................................................................................................................................................7
3) Metodologia ................................................................................................................................................................8
Tabela de figuras
Figura 1: Metodologia do projeto de conclusão de curso....................................................................... 8
Figura 2: Forma fractal de uma raio e Figura 3: Forma fractal de um terreno ....................................... 9
Figura 4: Forma fractal do romanesco e Figura 5: Forma fractal de uma folha.................................... 10
Figura 6: Forma fractal de uma planta e Figura 7: Forma fractal de um nautilus ................................ 10
Figura 8: Forma fractal de um pavão .................................................................................................... 10
Figura 9: Sierpinski Carpert e Figura 10: Sierpinski Gasket .................................................................... 11
Figura 11: Heighway's Dragon............................................................................................................... 11
Figura 12: Koch Island –Snowflake e Figura 13 : Durer's pentagons ..................................................... 11
Figura 14 : Antena Yagi-UDA ................................................................................................................. 13
Figura 15 : Antenne Dipôle Archimède spirale...................................................................................... 14
Figura 16: Geometria do dipolo de Archimedes espiral......................................................................... 14
Figura 17: antena helicoidal .................................................................................................................. 15
Figura 18: formação do diagrama de irradiação da antena rhombique ............................................... 16
Figura 19 : Quatro guias irradiantes alimentados por um guia transversal ......................................... 17
Figura 20 : arranjo de antenas do tipo Yagi.......................................................................................... 17
Figura 21: arranjo de antenas do tipo planar ........................................................................................ 18
Figura 22: Sistema « free-flow » de uma ou mais vias .......................................................................... 19
Figura 23: Sistema « free-flow » de várias vias ..................................................................................... 20
Figura 24 : Esquema de uma Yagi clássica de 3 elementos ................................................................... 21
Figura 25: esquema de uma antena Yagi modificada – primeira camada ............................................ 22
Figura 26: esquema de uma antena Yagi modificada – segunda camada ............................................ 22
Figura 27 : Geometria da Yagi com os dipolos opostos e dois diretores coplanares............................. 23
Figura 28 : Especificações do substrato utilizado .................................................................................. 24
Figura 29: Resultado da simulação dos parâmetros S1,1 da Yagi com os dipolos opostos e dois
diretores coplanares .............................................................................................................................. 24
Figura 30: Resultado da simulação do diagrama de irradiação da Yagi com os dipolos opostos e dois
diretores coplanares .............................................................................................................................. 25
Figura 31: Arranjo de antenas: pontos 1 e 2 ......................................................................................... 25
Figura 32 : Divisor de potência do tipo 1x2 (uma entrada com duas saídas) ........................................ 27
Figura 33: Divisor de Wilkinson –junção à 3 acessos............................................................................. 27
Figura 34 : Divisor de potência 1x4 proposto ........................................................................................ 28
Figura 35 : Parâmetros do divisor de potência 1x4 proposto ................................................................ 29
Figura 36 : Resultados das simulações do módulo dos parâmetros S do divisor de potência ............... 29
Figura 37 : Resultados das simulações da fase dos parâmetros S do divisor de potência .................... 30
Figura 38: Arranjo de antena com 4 elementos e um divisor de potência 1x4 – vista frontal .............. 30
Figura 39: Arranjo de antena com 4 elementos e um divisor de potência 1x4 – vista traseira............. 31
Figura 40: Resultados da simulação dos parâmetros S1,1 do arranjo de antenas com 4 elementos e
um divisor de potência .......................................................................................................................... 31
Figura 41: Resultados da simulação do diagrama de irradiação do arranjo de antenas com 4
elementos e um divisor de potência ...................................................................................................... 32
1) Introdução
DSRC (Dedicated Short Range Communications) é uma tecnologia de comunicação de média e
baixa velocidade, o que garante a segurança pública ou transações privadas entre as antenas nas
estradas e veículos ou entre os veículos. DSRC pretende ser um complemento à comunicação celular,
fornecendo taxas de dados muito altas.
Atualmente, o sistema DSRC tem padrões e protocolos bem estabelecidos na Europa e também
em países como a EUA, Brasil, Japão e Coréia. No entanto, ainda existem barreiras tecnológicas a
serem vencidas.
As aplicações potenciais da tecnologia DSRC para segurança pública e gestão do tráfego são:
Sistema de pedágio de barreira-livres (free-flow)
Redução do risco colisão entre veículos
Inspeção de segurança dos veículos
O sinal de prioridade de trânsito ou de veículo de emergência
Pagamento eletrônico do estacionamento
Facilitação do processo de inspeções de segurança
Informações sobre congestionamentos.
Aviso de intersecção da auto-estrada ferroviária.
A antena desenvolvida neste projeto será utilizada em aplicações do sistema DSRC Free-flow,
do inglês Fluxo livre. Neste sistema a comunicação ocorre entre uma antena implantada em uma
plataforma aérea e um Identificador (OBU) colocado dentro do veiculo colado no pára-brisa. A idéia
deste sistema é eliminar as “barreiras” existentes nos pedágios, de maneira a facilitar o fluxo e controle
de veículos. O motorista não precisará parar o veiculo para pagar o pedágio, ao passar por baixo destas
plataformas. Automaticamente os dados do veículo serão checados e o valor do pedágio debitado em
sua conta bancária.
Existem várias razões para o sucesso da tecnologia DSRC na cobrança de pedágio; entre elas
está a opção por um recurso de comunicação que já mostrou ser muito segura e que interage com
outras tecnologias. Se forem comparados os custos de implantação, a tecnologia DSRC também
demonstra ser a mais econômica, porque o tag (etiqueta eletrônica que faz a transmissão de dados
entre o veículo e os sensores que efetuarão a cobrança) tem produção barata e poder de transmissão de
5,8 GHz.
2) Objetivo
Neste projeto temos como objetivo o estudo e desenvolvimento de uma antena diretiva para a
aplicação DSRC em 5.8GHz. Deve-se fazer uso de técnicas de desenvolvimento de antenas já
existentes, no entanto acrescentando diferenciais para que possamos obter uma antena diretiva, de
grande ganho e se possível de pequeno porte para esta faixa de freqüência.
Bruno Roberto FRANCISCATTO TCC Novembro-2010 Pag. 7
Desenvolvimento de uma antena diretiva para aplicações DSRC em 5.8GHz
A antena desenvolvida neste projeto será utilizada para aplicações de pedágio do tipo Free-flow
(Fluxo livre), onde as antenas são colocadas em plataformas aéreas, sobre as rodovias permitindo a
detecção automática da passagem do veiculo.
3) Metodologia
Inicialmente foi feito um estudo bibliográfico da tecnologia DSRC. Em seguida foram
estudados diferentes técnicas de desenvolvimento de antenas possíveis de serem utilizadas para a
aplicação em questão.
Uma vez estabelecida a técnica de desenvolvimento da antena, foi escolhido o software de
simulação (CST), para criar a antena solicitada, aplicando o estudo bibliográfico realizado.
Com o objetivo alcançado em nível de simulação, foi discutida, junto ao professor orientador do
projeto, a possibilidade de fabricação e testes da antena simulada.
Estudo bibliografico:
•Sistema DSRC
•Diferentes técnicas de desenvolvimento de antenas
4) Estudo bibliográfico
Visto que a antena solicitada para este projeto necessita de características muito específicas,
como uma diretividade elevada, grande ganho e de pequeno porte, logo se fez necessário a realização
de uma ampla pesquisa bibliográfica para encontrar diferentes geometrias de antenas que nos
permitisse desempenho adequado para o projeto.
A pesquisa bibliográfica foi dividida em:
• Diferentes geometrias de antenas
• Antenas diretivas
• Arranjo de antenas
• Sistema DSRC
4.1.3) Yagi-UDA
A antena Yagi-Uda ou Yagi (nomeado após seus inventores, Hidetsugu Yagi e Shintaro UDA) é
uma antena de elementos “parasitas” utilizada em sistemas de HF ou UHF. Mecanicamente simples de
implementar, é amplamente utilizada na TV, em ligações de ponto à ponto e por radioamadores. Foi
inventada pouco antes da Segunda Guerra Mundial quando era utilizada para aplicações com radares.
Uma antena Yagi pode ser comparada a uma antena principal de um arranjo de antenas cujos
outros elementos do sistema são alimentados por indução mútua. Se o espaçamento e comprimento
dos braços da antena yagi são projetados de forma correta, o diagrama de irradiação e o ganho são
equivalentes a um arranjo de antenas.
Uma antena Yagi-Uda é formada por um elemento alimentado (geralmente um simples dipolo
ou um “trombone") e um ou mais elementos isolados (de hastes de metal simples) e não
alimentados. Estes elementos são chamados de elementos "parasitas". A corrente elétrica flui através
do elemento de radiação alimentado produzindo um campo eletromagnético que induz correntes nos
outros elementos parasitas. A corrente induzida nos elementos parasitas, por sua vez produz mais
campos de radiação que induz a corrente em outros elementos, inclusive o elemento alimentado.
Finalmente, a corrente que flui em cada elemento é o resultado da interação entre todos os
elementos. Esta corrente depende da sua posição e suas dimensões. O campo eletromagnético
irradiado pela antena numa dada direção será a soma dos campos de radiação por cada elemento. Esta
soma é complicada pelo fato de que a amplitude e a fase da corrente que flui em cada elemento serem
diferentes.
O elemento irradiante pode ser constituído de um ou dois eixos de hélices simples ou dupla. A
antena dupla hélice tem características melhores que a antena única.
Sua banda tem limitações devido ao seu tamanho. O sentido de polarização do campo irradiado pela
antena corresponde ao sentido de deslocação da onda ao longo dos braços. Pode ser uma radiação
bidirecional, ou radiação unilateral se ela está associada com um refletor plano ou cavidade. Quanto a
espiral é logarítmica, a zona de radiação é, substancialmente, de um círculo de diâmetro λ / 4, onde
duas correntes adjacentes estão em fase. Para correntes em fases opostas, o campo correspondente não
produz qualquer radiação.
A largura da banda desse tipo de antena pode ser definida a partir da seguinte fórmula [45]:
1
Onde:
c = velocidade da luz no vácuo
= frenquencia mais baixa da banda passante
= frenquencia mais alta da banda passante
= permissividade relativa
Encontramos na literatura várias fórmulas para calcular o ganho da antena helicoidal de acordo
com o número de voltas. O ganho é freqüentemente calculado com base no comprimento do “boom”
expressa em função de lambda [19].
onde:
G : ganho em dBi
d : diâmetro do circulo do espiral (em λ)
N : número de espiras (em λ)
p : passo entre as espiras (em λ)
se obter uma polarização circular. Esta antena consiste de quatro elementos dispostos em forma de
paralelepípedo e terminados por uma adaptação de impedância (ver figura 18).
propagação, que são adaptadas a ambientes de veículos rodoviários - as ondas de propagação nesta
faixa de freqüência podem fornecer comunicações em banda larga através de longas distâncias (até
1000 metros), se tivermos uma condição climática favorável.
As aplicações potenciais da tecnologia DSRC para segurança pública e gestão do tráfego são:
O sistema de pedágio de barreira-livres (free-flow)
Prevenção de colisão entre veículos
Inspeção de segurança dos veículos
O sinal de prioridade de trânsito ou de veículo de emergência
Pagamento eletrônico do estacionamento
Facilitação do processo de inspeções de segurança
Informações sobre congestionamentos.
Aviso de intersecção da auto-estrada ferroviária.
Fonte : https://www.mhi.co.jp/en/products/pdf/dsrc.pdf
Esta nova tecnologia vem complementar os diversos sistemas de rodovias existentes, para
permitir que o motorista tenha mais conforto e segurança. Na Tabela 1, há a comparação entre o
DSRC e outros sistemas de comunicação sem fio.
Tabela 1 : comparação do sistema DSRC com os outros sistemas de comunicação sem fio
*O custo por bit é o montante para cada bit enviado/recebido durante a comunicação DSRC.
5) Projeto da antena
No retrospecto da literatura e as simulações de vários tipos de antenas, a equipe do projeto, em
comum acordo, decidiu que a geometria adotada seria antenas YAGI-UDA (4.1.3), pois tem uma
diretividade alta. A antena pode ser fabricada em PCB, o ganho da antena pode ser aumentado,
adicionando elementos "diretores", o módulo básico pode ser instalado em arranjo de antenas, para
variar o lóbulo principal e o ganho global.
Mais precisamente esta antena possui:
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Desenvolvimento de uma antena diretiva para aplicações DSRC em 5.8GHz
Directeurs
Elément rayonnant
Os dois braços do dipolo estão localizados em lados opostos do substrato, um dos quais é
alimentado pela linha de alimentação microfita 50Ω, enquanto o outro é alimentado pela linha
microfita que vem do plano de massa truncado.
O braço do dipolo da primeira camada é alimentado por uma linha coplanar (CPS). O papel da
seção de ys é transformar a impedância de entrada de 50Ω, originária da linha microfita de
alimentação em uma linha estreita w1. Durante o processo de design, o comprimento de cada braço do
dipolo X1 é inicialmente definido como um quarto de onda λ/4 da freqüência central. O comprimento
do diretor X2 é escolhido perto do valor de X1, normalmente 0.95*λ/4. A distância entre o braço do
dipolo e o plano de massa d2 está perto de λ/4, a distância entre o braço do dipolo e primeiro diretor
d1 é inferior a λ/4. Normalmente, a dimensão w2 é designada para ser mais larga ou tão larga quanto a
do braço w1 para assegurar um acoplamento forte, no entanto isso impõe um limite na largura da faixa
de impedância. Para o segundo elemento diretor, o procedimento deve ser tal qual o primeiro diretor.
A margem Y entre o segundo diretor e o fim do substrato tem uma forte influência sobre as perdas de
retorno ("return-loss”) e conseqüentemente, a largura de banda de impedância.
Por outro lado, aumentando a largura do substrato W, haverá um plano de massa truncado
maior, conseqüentemente um melhor refletor. Assim, há também um compromisso entre a superfície
da antena e o diagrama de irradiação.
A partir dos parâmetros previamente determinados, estes foram utilizados para o
desenvolvimento da antena no software de simulação. As simulações são feitas no software CST ®. O
substrato utilizado foi o ROGERS RO4003 com uma espessura de 0.8mm. Suas especificações são
descritas na Figura 28:
Tomando-se como parâmetros iniciais os valores mostrados na Figura 27, uma otimização foi
realizada para adaptar a antena à 5.8GHz, obtendo-se como parâmetros finais:
Parâmetro Valor (mm) Parâmetro Valor (mm)
Y 20,1 X1 8,5
W 28 X2 6
ys 7 X3 4
yg 6 w1 1,5
ws 2 w2 1,2
d1 5,35 w3 1,1
d2 11,75
Tabela 2 : parâmetros de uma Yagi com os dipolos opostos e dois diretores coplanares
Uma vez bem determinados todos os parâmetros, a simulação final apresentou os seguintes
resultados:
Figura 29: Resultado da simulação dos parâmetros S1,1 da Yagi com os dipolos opostos e dois diretores coplanares
Figura 30: Resultado da simulação do diagrama de irradiação da Yagi com os dipolos opostos e dois diretores coplanares
Após a análise dos resultados, observou-se que uma única célula da antena Yagi à 5,8 GHz tem
um ganho interessante (8,3 dB), mas insuficiente para a aplicação desejada, pois requer-se uma antena
com um ganho próximo de 17 dB. Então, para satisfazer esta demanda, o ganho foi ampliado com um
método conhecido, denominado arranjo de antenas.
Calculado o campo elétrico E produzido por este par de antenas a uma distância
particularmente grande em relação à fonte de energia (Figura 31). A distância é particularmente grande
em relação ao comprimento de onda, logo o ângulo é o mesmo para ambas as antenas e o campo
produzido por cada uma será também o mesmo. Mas se a amplitude é a mesma, a fase será diferente,
pois a antena 2 está mais próxima do ponto de medição que a antena 1. O campo produzido pela
Antena 2 vai chegar alguns segundos antes que o campo produzido pela antena 1. Ou seja, o campo
produzido pela antena 2 vai estar em avanço de fase:
Equação 4
Uma vez que ambos os campos são paralelos, a soma de vetores é reduzida à soma das amplitudes,
mas tendo em conta a mudança de fase:
Equação 5
Como a fase do campo elétrico recebido é irrelevante e só a amplitude é importante, apenas o módulo
será avaliado:
Equação 6
É fácil ver que o campo elétrico é máximo e igual a duas vezes o campo produzido por cada
uma das duas antenas. Isso é lógico, porque, para as duas emissões que viajam a mesma distância
devem chegar em fase.
Após discussão com o professor orientador do projeto em relação à importância que o ganho da
antena deve ter para a nossa aplicação, decidimos criar um arranjo de antenas com 4 elementos. No
entanto, para implementar esta configuração, tivemos que desenvolver um divisor de potência.
Para cumprir todos estes requisitos, deve-se criar um divisor de potência (Figura 32), que
permitirá manipular o sinal em módulo e fase, o qual será enviado a todas as células que compõe o
conjunto de antenas. Normalmente o módulo é o mesmo em cada saída do divisor, mas a fase é o
parâmetro mais importante, pois a partir de uma mudança de fase em cada saída do divisor, pode-se
obter:
Uma radiação diagrama de irradiação inclinado
Lóbulo altamente direcional
Um determinado ângulo de abertura.
Saída 1 Saída 2
Entrada 1
Figura 32 : Divisor de potência do tipo 1x2 (uma entrada com duas saídas)
De fato, esse tipo específico de divisor de potência recebe o nome de divisor de Wilkinson. Para
se ter uma otimização de espaço físico de ocupação do substrato, pode-se projetá-lo com linhas de
diferentes impedâncias características:
No plano B : et
No plano A : et
Logo : et
Para um arranjo com uma antena com quatro células, precisamos de um divisor de potência do
tipo 1x4 (uma entrada e quatro saídas). Durante o desenvolvimento do divisor, deve-se garantir que
teremos 50Ω de impedância de entrada, e na saída do divisor devemos ter o mesmo valor 50Ω, pois a
nossa Yagi foi projetada para uma excitação à 50 Ω.
Assim, à partir da formulação matemática do divisor de potência, nós começamos a projetar um
divisor do tipo 1x4 (uma entrada e quatro saídas):
Para o nosso projeto, devemos ter o mesmo sinal à 5.8GHz em fase e módulo em cada saída do
divisor de potência, conseqüentemente permitindo uma adição construtiva dos diagramas de irradiação
de cada célula (antena) para obter o diagrama final desejado.
Em nossas simulações, temos como porta de entrada o número 1 e como portas de saída: 2, 3, 4, 5.
As Figuras 36 e 37 mostram os resultados da simulação do divisor de potência proposto.
Pode ser observado na Figura 36 que os módulos dos parâmetros S de transmissão são muito
próximos a um valor fixo, isso significa que a potência "P" injetada na entrada (porta 1), será
compartilhada por cada saída (portas 2, 3, 4, 5) de forma igual, logo haverá um sinal de "P / 4" em
cada saída do divisor.
Pode ser observado na Figura 37 que as fases dos parâmetros de transmissão S estão próximas
de um valor fixo. A divergência entre alguns valores é aceitável para a nossa aplicação.
Uma vez projetado o divisor de potência e a célula da antena Yagi, resta realizar o elo de
ligação entre elas e verificar os resultados da simulação:
85 mm
152 mm
Figura 38: Arranjo de antena com 4 elementos e um divisor de potência 1x4 – vista frontal
Figura 39: Arranjo de antena com 4 elementos e um divisor de potência 1x4 – vista traseira
Figura 40: Resultados da simulação dos parâmetros S1,1 do arranjo de antenas com 4 elementos e um divisor de potência
Figura 41: Resultados da simulação do diagrama de irradiação do arranjo de antenas com 4 elementos e um divisor de potência
Podemos observar nos resultados da simulação, que conseguimos criar uma antena com um alto
desempenho, um retorno de perdas (“return-loss”) de -28dB à 5,8 GHz, um ganho de 11,05 dB e
acima de tudo um ótimo valor do parâmetro de eficiência total, -0.3 dB (sabendo que a referência é
0dB).
6) Conclusão
Este projeto teve como ponto de partida um estudo teórico dos diferentes tipos de antenas
objetivando satisfazer a necessidade atual de antenas inovadoras para as comunicações sem fio, mais
especificadamente para as aplicações DSRC, onde há a necessidade de antenas diretivas, com alto
ganho e miniaturizadas.
A geometria utilizada como base para o desenvolvimento da antena neste projeto foi a YAGI-
UDA, pelas seguintes razões: apresenta uma diretividade muito alta; facilidade de fabricação em PCB;
possibilidade de aumento do ganho da antena, com a adição de elementos "diretores”.
Uma vez projetada a célula Yagi à 5.8GHz, um arranjo de quatro antenas Yagi foi construído
para aumentar o ganho e diretividade do sistema. Um divisor de potência foi desenvolvido para dividir
o sinal de entrada do arranjo em quatro sinais de mesmo modulo e fase para alimentar as células das
antenas Yagi.
Como resultado final do desenvolvimento da antena, obtivemos uma perda de retorno (“return-
loss”) de -28dB à 5,8 GHz, um ganho de 11,05 dB e acima de tudo um ótimo valor do parâmetro de
eficiência total, -0.3 dB (sabendo que a referência é 0dB).
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DIRECTIVE ANTENNA WITH FRACTAL GEOMETRY FOR RFID LOCALIZATION
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Barcelona - Spain