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BROWN
Professor of Biomolecular Archaeology,
Department of Biomolecular ScÌences,
UMISI Manchester, UK
CLONAGEM
/\
GENICA
E ANALISE DE DNA
Uma introdução
4a Edição
Tiadução:
Henrique Bunselmeyer Ferreira
Biólogo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Mestre em Genética, UFRGS.
Doutor em Genética e Biologia Molecular, UFRGS.
Pós-Doutorado no Albert Einstein coltege of Medicine, Nova Iorque, EUA.
Professor adjunto IV do Departamento de Biologia Molecular e Biotecnologia, uFRGS.
orientador do Programa de Pós-Graduação em Biologia celular e Molecular, UFRGS.
Pesquisador associado do Centro de Biotecnologia, UFRGS.
2003
1a Edição Sumário
o livro de Old e
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devo agradecer avár
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T. A. Brown
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10 SuMÁRto
Parte 3
Aplicações da Clonagem Gênica e da Análise de
DNA na Biotecnologia........ ..2ls
13 Produção de Proteínas a partir de Genes Clonados ..................277
t4 Clonagem Gênica e Análise de DNA na Medicina ...................2gg
15 Clonagem Gênica e Análise de DNA naAgricultura................................... 319
I6 Clonagem Gênica e Análise de DNA na Ciência Forense ........ 335
Glossrário .................... .......347
Índice ............367
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PARTE 1
PRINCIPIOS BASICOS DA
I ....277
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ANALISE DE DNA
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CnpÍrulo 1
O desenvolvimento inicial da genética' I 3 Pol quea clonagem gênica e a PCR são tão
Em meados do século XIX, Gregor Mendel formulou um conjunto de regras para explicar a
herança de características biológicas, as quais assumiam' basicamente, que cada propriedade
trerediìrária de um organismo é controlada por um fator, chamado de gene, que é uma partícu-
la física presente em algum local na célula. A redescoberta das leis de Mendel, em 1900, mar-
cou o nascimento da genética, a ciência que busca o entendimento do que são esses genes e
de como eles funcionam exatamente.
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14 T. A. Bnowr.r
Crick e Monod estavam entre os mais influentes) contribuíram para a segunda grande era da
genética. Em 14 anos - de 1952 a1966 a estrutura do DNA foi elucidada, o código genéti-
13 O qut
-
co decifrado e os processos de transcrição e de tradução descritos.
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(1) Um fragmento de DNA, contendo o gene a ser clonado, é inserido em uma molécula de
DNA, chamada de vetor, para produzir uma quimera ou molécula de DNA recombi-
nante.
um anticlí-
de geneticistas
1Construção de uma molécula de
não-escla-
DNA recombinante
disponíveis
p
o estudo dos
as quais per-
na déca-
o projeto hu-
para o
lares enten- Bactéria
como o 2Transporte para o interior da
célula hospedeira
em funciona- o
e aos pro-
3 Multiplicação da molécula
de DNA recombinante Bactéria portadora
clonagem gê- da molécula de
a surgir mais oo DNA recombinante
doDNA, Kary _OO
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de carro ao
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de possíveis, célula
hospedeira
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apenas três
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da PCR, e os
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a
16 T. A. Bnowru
(2) O vetor funciona como um veículo que transporta o gene para o interior de uma célula
hospedeira, a qual é, em geral, uma bactéria, embora outros tipos de células vivas pos-
sam tambóm ser utilizados.
(3) No interior da célula hospedeira, o vetor multiplica-se, produzindo numerosas cópias
idênticas não apenas de si próprio, mas também do gene que ele caÍrega.
(4) Quando a célula hospedeira se divide, cópias da molécula de DNA recombinante são
passadas à progênie, na qual o vetor replica-se novamente.
(s) Depois de um grande número de divisões celulares, é produzida uma colônia, ou clone,
de células hospedeiras idênticas. Cada célula do clone contém uma ou mais cópias da
molécula de DNA recombinante; diz-se, então, que o gene carregado pela molécula de
DNA recombinante está clonado.
(1) A mistura é aquecida a94"C, temperatura na qual as pontes de hidrogênio, que mantêm
unidas as duas cadeias da molécula de DNA de fita dupla, são rompidas, causando a
desnaturação da molécula.
(2) A mistura é resfriada a 50 a 60'C. As duas fitas de cada molécula poderiam reunir-se a
essa temperatura, mas a maioria não o faz porque a mistura contém um grande excesso
depequenasmoléculasdeDNA,chamadasdeoligonuclffi
anelam com as moléculas de DNA em posições específicas.
(3) A temperaturaé elevada até 74oC,,con_s_ideradg-óqrlq4!a&_4 atividade da DNA-polime-
.ase a"ffiqËËffi-ËË"na mistura. Ãp;"ndo"-;; mais sobré DNÃìõ'timèi;
ses na página 67. Neste estágio, tudo o que precisamos para entender o processo é que,
durante essa etapa da PCR, a DNA-polimerase de Taqliga-se a uma extremidade de ca-
da iniciador e sintetiza novas fitas de DNA, complementares às moléculas de DNA.
molde. Agora, temos quatro fitas de DNA, em vez das duas com as quais iniciamos a
reação.
(4) A temperatura é novamente elevada até94"C.As moléculas de DNA de fìta dupla, cada
uma das quais consistindo em uma fita da molécula original e uma nova fita de DNA,
desnaturam, gerando fitas simples. Isso inicia um segundo ciclo de desnaturação-anela-
mento-síntese, ao final do qual existem oito fitas de DNA. Com a repetição do ciclo por
,..
| 25 vezes, a molécula de fita dupla com a qual iniciamos é convertida em mais de 50 mi-
i ttrOes de novas moléculas de DNA de fita dupla, cada uma delas uma cópia da região da
{ molécula inicial delimitada pelos sítios de anelamento dos dois iniciadores.
5', 3',
2 Anelamento dos
oligonucleotídeos iniciadores
Em vez de utilizar - 50-60"c
em um único tubo
ufun sua colocação em
3', 5'.
em uma série de
hásicas de um ex- ttt
5' \'--lniciadores ^\ 5'
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5', 3',
3 Síntese de novo
DNA - 74.C
reunÍ-se a
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3' 5'
5', 3',
do ciclo por
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ia da região da 3' 5',
5', 3',
Figura 1.2
l.l e 1.2). Por As etapas básicas
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principal- da reação em ca-
deia da polimerase. 4 Repetição do ciclo 25-30 vezes
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18 T. A. Bnowr'r
mente porque elas permitem a obtenção de uma Íìmostra pura de um gene individual, separa- dual- d
do de todos os outros genes da célula. conjun
gene d
1.5.1 lsolamento de genes por clonagem e SUaS i
Para entender exatamente como a clonagem pode produzir uma amostra pura de um gene, Na
considere o experimento básico da Figura 1.1, mas desenhado de maneira um pouco diferen- é acap
te (Figura 1.3). Nesse exemplo, o fragmento de DNA a ser clonado é um dos membros de uma clones
mistura de muitos fragmentos diferentes, cada um dos quais é portador de um gene diferente que c0
ou de parte de um gene diferente. Na realidade, essa mistura poderia ser todo o complemento sanimÍ
genético de um organismo - de um humano, por exemplo. Cada um desses fragmentos é in- gura l.
serido em uma molécula de vetor distinta, para produzir uma famflia de moléculas de DNA
recombinante, uma das quais é portadora do gene de interesse. Geralmente, apenas uma mo-
lécula de DNA recombinante é transportada para o interior de uma célula hospedeira indivi-
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Frasmentosde DNA
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\---,/ ) \ construeão de moléculas
Vetores Oru recombinantes
\e
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carrega um
fragmento diÍerente
/
lntrodução em bactérias
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Plaqueamento
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Cada colônia contém múltiplas Figura 1.3
cópias de apenas uma molécula A clonagem permite que
de DNA recombinante fragmentos de DNA indivi- Figur
duais sejam puriÍicados. O proden
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Ct-orueeeu GÊNtcA E AruÁuse oe DNA 19
individual, separa- dual, de modo que cada clone contém múltiplas cópias de apenas uma molécula, embora o
conjunto final de clones possa conter muitas moléculas de DNA recombinante diferentes. O
gene de interesse está agora separado de todos os outros genes presentes na mistura original
e suas características específicas podem ser estudadas detalhadamente.
pura de um gene, Na prática, a chave para o sucesso ou o fracasso de um experimento de clonagem gênica
ira um pouco diferen- é a capacidade de identificar um determinado clone de interesse em meio aos muitos outros
dos membros de uma clones diferentes que são obtidos. Se considerarmos o genoma da bactéria Escherichia coli,
de um gene diferente que contém pouco mais de 4.000 genes diferentes, poderíamos, em princípio, considerar de-
todo o complemento sanimadora a tarefa de encontrar um determinado gene dentre todos os clones possíveis (Fi-
fragmentos é in- gura 1.4). O problema torna-se ainda mais assustador se lembrarmos que as bactérias são or-
de moléculas de DNA
, apenas uma mo-
la hospedeira indivi-
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O gene a ser
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20 T.A.BRowN
ganismos relativamente simples e que o genoma humano contém aproximadamente 10 vezes cleotíden
mais genes. Contudo, conforme explicado no Capítulo 8, vrírias estratégias diferentes podem tas ofiia
ser utilizadas para assegurar a obtenção do gene correto ao final de um experimento de clona-
memo&
gem. Algumas dessas estratégias envolvem modificações do procedimento básico de clona- tmatfoã
gem, de modo a determinar que somente células contendo a molécula de DNA recombinante Umr
desejada possam dividir-se, fazendo com que o clone de interesse seja automaticamente sele-
de rmg
cionado. Outros métodos envolvem técnicas que viabilizam a identificação do clone a paÍir
aindaé r
de uma mistura de muitos clones diferentes.
Depois da sua clonagem, praticamente não existem limites pÍÌra as informações que po-
(r) nr
EN
dem ser obtidas a respeito da estrutura ou da expressão de um gene. A disponibilidade de ma-
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terial clonado estimulou o desenvolvimento de métodos analíticos para o estudo de genes,
com a introdução constante de novas técnicas. Os métodos para o estudo da estrutura e da ex-
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pressão de um gene clonado são descritos nos Capítulos 10 e 11, respectivamente.
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Clotueev GÊrurcn e ANÁLtsE DÊ DNA 21
.10
vezes cleotídeos iniciadores. Se os iniciadores anelam de ambos os lados do gene de interesse, mui-
diferentes podem tas cópias do mesmo serão sintetizadas (Figura 1.5). O resultado é o mesmo de um experi-
de clona- mento de clonagem gênica, mas o problema de seleção não existe, pois o gene desejado ã au-
ml básico de clona- tomaticamente "selecionado", em conseqüência das posições de anelamento dos iniciadores.
D\A recombìnante Um experimento de PCR pode ser completado em poucas horas, ao passo que a obtenção
:,maticamente sele- de um gene por clonagem pode levar semanas ou meses. Por que, entãã, a clonagem gênica
r do clone a partir ainda é uÍilizada? Isso se deve a duas limitações da pCR:
que po- (l) Para que os iniciadores posicionem-se corretamente, em ambos os lados do gene de in-
ilidade de ma- teresse, as seqüências desses sítios de anelamento devem ser conhecidas. É fácit sinteti-
!ì estudo de genes, zar um iniciador com uma seqüência predeterminada (ver p. 1g0), mas se as seqüências
'J,À estrutura e da ex- dos sítios de anelamento são desconhecidas, é impossível a produção de iniciadores ade-
rÊmente. quados. Isso significa que a PCR só pode ser utilizada para isolar genesjá previamente
estudados - o que deve ser feito por clonagem.
(2) Há um limite para a extensão de seqüências de DNA, as quais podem ser copiadas por
:ão de uma amos-
PCR. Cinco quilobases (kb) podem ser copiadas com relativa facitidade e pode-se lidar
com segmentos de até 40 kb com atilizaçáo de técnicas especializadas. Entretanto, tais
urtida que é copia-
segmentos são mais curtos do que a extensão de muitos genes, especialmente aqueles de
r dos dois oligonu-
humanos ou de outros vertebrados. Se é necessária uma versão intacta de um gene lon-
go, a clonagem deve ser utilizada.
A clonagem gênica é, portanto, a única maneira de isolar genes longos ou genes que nun-
ca foram estudados anteriormente. Mas a PCR ainda possui muitas aplicações impórtantes.
Por exempl_o, I4e-g$_o_que_g..qg$êlcia de q,p_ggng seja descoqhecida, ainda pode sei possível
adetgrminação de sgqgp.q-gla-s_.g2ropriadas para um par de iniciadóreg, ô9m uãsê no quêãõ
nheçld.q99tre,,9.geqtiQry.iggggggeqe eqq!y,91_qtte g{Lqm grgatilgg qlt"rylÈ. um
lene que
foi isolado e seqüenciado a partir de, digamos, ôaúunaongoì"ããii",'lìõ.tãrto, ser utilizado
como base para projetar um par de iniciadores pÍÌra o isolamento do gene humano equivalen-
te.
Além disso, existem muitas aplicações nas quais é necessário o isolamento ou a detecção
de genes cujas seqüências já são conhecidas. uma pCR de genes de globina humanos, por
exemplo, é úilizada em testes para verificação da presença de mutações que podem causar a
anemia hemolítica chamada talassemia. A projeção de iniciadores adequados para essa pCR
é fâcil, pois as seqüências dos genes de globina humanos são conhecidui. RpOr a pCR, as có-
pias dos genes são seqüenciadas ou estudadas de alguma outra maneira para determinar
se al-
guma mutação talassêmica está presente.
Uma outra aplicação clínica da PCR envolve a utilização de iniciadores específicos para o
DNA de um vírus patogênico. Um resultado positivo indica que uma amostra contém o vírus
e que a pessoa que a forneceu deve ser tratada para evitar o estabelecimento da
doença. A rea-
ção em cadeia da polimerase é exrremamente se-nsívrel: png_g_Ìg{Ì-tgg-e1q-_cui$-4$_o-p.g de C.e,eç4q
seia -qs4.+!!-*de-.s-d-""tççfues_de*_D']jÃËss'_q_qúgõ-bí;pêÃ".-,]-ã-ãolécuta de DNA na
mt"q191a rniqlll. rltq.pig{t"ifi-q"-a"que
t|í.c"!ig? é -c-gpaz dedetectar vírus nôs estágios mais iniciais
de uma infecção, arlm.qllan$o.as ôtranceJaè r"Càtro no t utu-ónto. Èsu gãno.
sensibilida-
de faz com que a PCR taúbèm possa ser utilizada com DNA proveniente de amostras
de me-
dicina legal, como cabelo ou manchas de sangue secas, ou até mesmo de ossos de pessoas
Figura 1.5 mortas há bastante tempo (Capítulo 16).
lsolamento de ge-
nes por PCR.
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20 T. A. Bnowlr 22 T. A. Bnowrrr
gamsr 1.6 como encontrar o seu caminho ao rongo deste Iivro tc*i
mais 1
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ser
Este livro explica como a clonagem gênica, a pcR e outras técnicas de análise de llnmrlllt,
gem.. executadas e descreve as aplicações dessas técnicas na biologia moderna. As apli llllhÌru
gem' I
cobertas nas segunda e terceira partes do livro. A Parte2 descreve como genes e ge i$nnuurrn:,
desejr estudados, enquanto a Parte 3 considera as diversas aplicações da clonagem gênica e LrulilltliltüÌi
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ihttut
com a
mento de clonagem - o veículo - que transporta o.gene para o interior de uma célula
pressí
deira e é responsável pela sua replicação. Para funcionar como um veículo de c
molécula de DNA deve ser capaz de entrar em uma célula hospedeira e, uma vez no
1.5.2 lsolar da mesma, deve replicar-se para produzir múltiplas cópias de si mesma. Dois tipos
A rea culas de DNA que ocoÍïem naturalmente satisfazem essas exigências:
tra pu
da du (1) Plasmídeos, que são pequenos círculos de DNA encontrados em bactérias e em
outros organismos. os plasmídeos podem replicar-se independentemente do
mo da célula hospedeira.
(2) cromossomos virais, em especial os cromossomos de bacteriófagos, que são
infectam especificamente bactérias. Durante a infecção, a molécula de DNA
riófago é injetada na céluÌa hospedeira, onde irá replicar-se.
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a
Cnpírurc 2
Veículos para a Clonagem Gênica:
Plasm ídeos e Bacteriófagos
Plasmídeos. 25 Bacteriófagos, 30
Para ser capaz de afuar como um veículo para a clonagem gênica é necessário que uma molé-
cula de DNA apresente viírias características. Ainda mais importante é que tenúa capacidade
de replicar-se nointerior da célula hospedeira, de modo que numerosas cópias da moiécula de
DNA recombinante pobsam-se*qroduzidas e passadas às células-filhas. Um veículo de clona-
gem também deve ser relativameàte pequeno, preferencialmente com um tamanho inferior a
10 kb, pois grandes moléculas tendem a quebrar-se durante a purificação e são mais dificeis
de ser manipuladas. Dois tipos de moléculas de DNA que satisfazem esses critérios podem ser
encontrados em células bacterianas: plasmídeos e cromossomos bacterianos. Embora os plas-
mídeos sejam utilizados com mais freqüência como vetores de clonagem, dois dos mais im-
portantes tipos de vetor em uso atualmente são derivados de bacteriófagos.
1 Plasmídeos
Garacterísticas básicas dos plasmídeos
Plasmídeos são moléculas de DNA circulares que têm uma existência independente na célu-
la bacteriana (Figura 2.1). Os plasmídeos quase sempre são portadores de um ou mais genes,
que, com freqüência, são responsáveis por características úteis apresentadas pela
bactériã hos-
pedeira. Por exemplo, a capacidade de sobreviver em concentrações normalmente tóxicas
de
antibióticos, como cloranfenicol ou ampicilina, é muitas vezes devida à presença na bactéria
de um plasmídeo portador de genes de resistência a antibiótico. Em laboratório, a resistência
a antibiótico é freqüentemente utilizada como um marcador selecionável paÍa
assegurar que
as bactérias em cultura contêm um determinado plasmídeo (Figura2.2).
G
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26 T. A. Bnowru
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Plasmídeos nr-ËEfiü
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Plasmídeos
roçcooü
nfunr1
Figura 2.1
rt4õmcr
Plasm ídeos: elementos genéti- @ffir
Cromossomo bacteriano cos independentes encontra- E&NmlÍI
dos em células bacterianas. CUECNÍrc
EisdcÍe$r
-
Tlgúor
-
Otmanlnr
Resistência à ampicilina Ftuàdm
mhoid
(TftlaLl)
Resistência à tetraciclina
Células de E. coli,
o oox
O \-i @Cétutas com o plasmídeo
\ OCétutas sem o ptasmídeo
\
/ \
Figura2.2
O uso de resistência a antibióti-
co como um marcador selecio-
nável para um plasmídeo. O
plasmídeo RP4 (no topo) é por-
-_,,.7t, tador de genes de resistência à
Meio de Meio de multiplicação
ampicilina, à tetraciclina e à ca- nln23
multiplicação
normal -
+ 50 pg/ml
tetraciclina
namicina. Somente as células EffiS
sem antibiótico de E coli que contêm RP4 (ou
I
I
I um plasmídeo aparentado) são ttslrm
V
Todas as células
V
Somente células contendo
capazes de sobreviver e multi- ffio
plicar-se em um meio com
capazes de RP4 podem multiplicar-se
multiplicar-se quantidades tóxicas de um ou úGüíbil
mais desses antibióticos.
)
erorrp:l Xuv | 'o:sr:uer3 e.rrcl
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ouotr srD ugopunü op Jorcu e'epnBe ezalsrt Eún w)o g'zglsap as.rtpue anb o opnl anb grp sal'otetng "un u.u euãelt
gs'sâssâ
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ttt
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a
Croruaeeu GÊNlcA E AuÁrtse oe DNA 27
o
ra a produção de suas cópias, enquanto alguns dos plasmídeos maiores são portadores de ge-
nes que codificam enzimas especiais, as quais são específicas para a replicação plasmidial.
Alguns poucos tipos de plasmídeos são também capazes de replicar-se a partir da ry3 in
serção no cromossomo bacteriano (Figura 2.3b). Tais plasmídeoíìãtegratFõíouffisoirios
elementos genéti- porí aol@
encontra- R ïndepénilãntêíã ïméghção támbéú
células bacterianas. ïõrnossornõí'dè baciêriófago3, que serão descritos
mais detalhadamente quando forem considerados (p. 31 ).
(a)Plasmídeonão-integrativosmídeos
ffilW oâ
o-
,
Cromossomo bacteriano
(b) Epissomo
)-O
Cromossomo Portador
Cromossomo bacteriano do plasmídeo integrado
PlasmÍdeo
a antibióti-
nrmarcador selecio-
plasrnídeo. O
{no topo) é por-
Á,u,"^o""rrr\
@@
de resistência à
eaca- Figura 2.3 /\
as células Estratégias
RP4 (ou de replicação
sao de (a) um
e multi- plasmídeo
com não-integrati-
de um ou vo e de (b)
um epissomo.
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.opouãs zJ âf,o gs,sãsse ouof, serp uã opunu op rowu e'epn8t ezatsrrt Eun ?tlo
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aa anb o ãpnr aruadar ap g a:uasne Ens e eJoqtr oprqrs op orJuâ[Is o'ãlâp âuou o zrp ?troJ 9l los o 'â]equeuv oJsrf,utrg 'Ied nes o ots enb sEIp ueJ,,
a
28 ï A. Bnowlr
Tamanho
Extensão de Massa molecular
Plasmídeo nucleotídeos (kb) (MDa) Organismo
1o fenômeno.
2.15 Plasmídc
l
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O fam de(
qrs ela ta
t 7âÍto é o d
È_
r.roìrrf y >rv -..,''
| ',,'., , '.r,'.,
o
2
*Ë5g
G 6
Íganismo
Figura2.4
coli TransÍerência de plasmídeo entre
coli células bacterianas por conjuga- Plasmídeo conjugativo
ydomonas e outros ção. As células doadora e recep-
nli tora fixam-se uma à outra por
domonas putida uma Íímbria, um apêndice oco
presente na supedície da célula
fucreium tumefaciens doadora. Uma cópia do plasmÊ
deo é, então, passada paraacé-
lula receptora. Acredita-se que a
transÍerência ocorra através da
Ìão em clonagem. Entre_ fímbria, mas isso ainda não Íoi
l $ob algumas circunstân_ comprovado. A transÍerência por
J
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if::''r]:-!.:ì:::rLro-ìoliior's.r.r,ur-rtÌs,e.ruos'rlserprunrrr.lopurnf;]ï:i:::lr:l*tff;:'":ï;'iulfïJ;iï:'ji::Í;üïr"r: 'õ
Jp Erp ã su:âaoq: uau anb erp uaa âlslr oqll]q un t"*'".ã-1^91 opt.r1*qprq
9 apodlos o anb erp uaa.rr:grsrq essou ep or5rnurruo: t a
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g.r"3r.p ., ,.prÃrt á op.r ..b
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nas o ors anb selp uq1 ..
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"11o,
a
30 T. A. Bnowrrr
siae. A descoberta do plasmídeo de 2 1tm teve um impacto bastante positivo, pois permitiu a
construção de vetores para a clonagem de genes utilizando esse organismo de grande importân-
cia industrial como hospedeiro (p. 140). Contudo, a busca de plasmídeos em outros eucariotos
(como, por exemplo, fungos filamentosos, vegetais e animais) mostrou-se infrutífera, suspeitan-
do-se que muitos organismos superiores simplesmente não abrigam plasmídeos no interior de
suas células.
2.2 Bacteriófagos
2.2.1 Características básicas dos bacterióÍagos F
Bacteriófagos ou fagos, como são comumente conhecidos, são vírus que infectam especifica- Os dois tipos prit
estrutuÍa de Íagos: (i
mente bactérias. Como todoyos vírus, os fagos possuem uma estrutura bastante simples. Eles
e cauda (por exe
consistem meraríente eì-íma molécula de DNA (ou, ocasionalmente, de ácido ribonucléico
{b) filamentoso (po,r
IRNAI) portadora de alguns genes, inclusive vários para a replicação do fago, envolvida por
uma cobertura protetora ou capsídeo, formada por moléculas protéicas (Figura 2.5).
O padrão geral de infecção, que é o mesmo para todos os tipos de fago, é um processo de
três etapas (Figura 2.6).
(1) A partícula do fago fixa-se na superfície externa da bactéria e injeta o seu cromossomo
de DNA no interior da célula.
i
I
(2) A molécula de DNA do fago é replicada, leralmente por enzimas específicas, codifica-
das por genes do seu próprio cromossomo.
(3) Outros genes do fago dirigem a síntese dos componentes protéicos do capsídeo e novas
I partículas virais são montadas e liberadas da bactéria.
Com alguns tipos virais, todo o ciclo de infecção é completado de forma muito rápida,
I possivelmente em menos de 20 minutos. Esse tipo de infecção rápidaé chamado de ciclo líti-
i co, pois a liberação das novas paqtículas virais está associada à lise da célula bacteriana. O as-
I pecto mais caraóterístico de umficlo de infecção lítico é oÉìo Ua síntese das proteínas do
I
capsídeo ocoÍrer imediatamente após a replicação do DNA do fago, cujas moléculas nunca
são maltidas em uma condição estável na célula hospedeira.
o seu cromossomo
IE
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aP srP â s?rrr'â^oqr tuau anb erp uaa'ãtslr oq1rrqun â seu'ef,oJ ?l opuÌT Jeqp:q epod 1os o enb rrp uea'errgtrsrq essou ep orSenurluoc e 9 a:ol anb:o4 G
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o'ãlâp ãuou o zrp eroJ gl los o 'ãtrâr{ueulr'otrsrtru?J{'red nes o oes enb serp uaa,,
o
a
32 ï. A. Bnowlt
{
I Apesar de haver uma variedade muito grande de bacteriófagos, somente À e M13 chegaram .A n,ljr,à
a desempenhar papéis importantes como vetores de clonagem. As propriedades desses dois fa- lïÌlbfitulr&. flq
I gos serão agora consideradas com maiores detalhes. ,dirr**:'- ts f,c
I
I
\, 'cudus
F:gu
Organização gênica na molécula de DNA de ?', lrtrTars.lË I
gf:ïi3ì ;ü'É i
O l, é um exemplo típico de fago de cabeça e cauda (Figura 2.5a). O DNA está contido na es-
trutura poliédrica da cabeça e a cauda serve para fixar o fago à superfície bacteriana e injetar
o DNA na célula (Figura2.1).
Cromossomo bacteriano
/\
/ \ Divisão celular
/ \_
Fr$üe Zg
ffiii,iurrMtM m nitsaÇe':
üm Mrnercfu3r
rirri' :? .
lndução:
\
A O DNA de À desliga-se do
cromossomo bacteriano
Gs' Êigura2.7
O ciclo de inÍecção lisogêni-
ca do bacterióÍago 1".
@
i nnwopr
uEÍ'Ës
nm ftLrr"ncËes
Ftgul
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oprluas ze_ì JJo-\ os'sâssê ouof, srrp ug'opunu op Jorru e'epn8e ezalsrJl ?un €tIo^ ã zt;sap as repur anb o opnt enb trp uaa o:z:nq un un er:8ap
e:e anb o opn: atu:d:: :p E rr:uasn€ €ns € rroqf, op€qgs op oÌJuaps o'âIep ãuou o zrp uoJ rl Ios o'elêquelüV'otrsnueq'rrd nas o ors anb s?lp u{,,
o
a
Cronneenit GÊnrcn e AruÁuse oe DNA 33
somenteÀeMl3chegaram A molécula de DNA de ì", que tem um tamanho de 49 kb, vem sendo extensivamente es-
ropriedades desses dois fa- tudãATõiËõììõïEhãËëãfu-dõ'€êÌfi õÕ6sõq*ri-en6iã*;íàa"ïm.Emconseqüência
disso, as posições e as identidades da maioria dos genes da molécula de DNA de l, sãoionhe-
cidas (Figura 2.9).Uma característica do mapa genético de À é que os genes relacionados em
termos de função estão agrupados em regiões específicas do genoma. Por exemplo, todos os
O DNA está contido na es- genes que codificam componentes do capsídeo estão agrupados no terço esquerdo da molécu-
perffcie bacteriana e injetar
Fago M13
Fímbria-- DNA de M1 3
do DNA de Mt3
::iJ#ff":iii"U% - M13
,m#
de M13
I \ o..u,,ll'i.ïl:ï;"."-^
ffi / \:ïllïïã,i3crescer
\...-
Figura 2.8
O clclo de inÍecção
do bacteriófago
M13.
Figura 2.9
O mapa genético de À,
mostrando as posições
2.7 dos genes importantes e
de infecção lisogêni- o 2 4 6 810 12 14 16 1820222426?83032343638404244464849kb
as Íunções dos agrupa-
do bacterióÍago ),. mentos de genes.
íü u;
:_iLìtil:J \ìlv o
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'oPDu$ zJ âloÀ os'sâssâ ouof, s?Ip ug opunu op forru r'epn8e rzalsut eun Btlo UI
!J'ze3sap as rapur anb o opnl anb rrp ual'otr€Jnq un ?Jrl er:Sep
na :nb o optu aluada: ap g'trtuasm Bns e ?f,oqJ op?q9s op ortruâls o'âlâp ãuou o zÌp eJoJ €Ì Ios o'â]âqueruy'ofsrfu?:{'red nes o ors anb srlp uJL,
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34 T. A. Bnowlr
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'opuuas uJ âf,o^ os'Fsse ouof, serp uã opunu op roreu r'epn8r zalsrrt ?un etlo
u'ze;sap as rapur anb o opnl snb erp uãI'oJ€fnq un eJrl err8ap
u::nb o opru etuadar:p g'rr:uasna ?ns ? uorÌJ oprqts op ortruâlrs o'âlâp ãuou o zrp eloJ €l Ios o'âiâr{ueu\r'o:sriutf,J'red nes o oes anb sBIp uâJ,,
o
a
Croneeeu GÊrurcn e ANÁLtsE oe DNA 35
declonagem,éacon-
2.9 élinear, com duas extre-
do fago. Essa molécula li-
pareadas de acordo com as
em cada extremidade da
o DNA é de fita simPles (Fi-
capazes de parear suas ba-
dupla (Figura 2.10b).
ttade'
como extremidades
entre elas pode unir as duas
duas moléculas de DNA di-
cos e têm duas funções dis- (c) Replicação e empacotamento do DNA de À
que a molécula de DNA
para a inserção no geno-
cos cos O catenano
rola para fora
da molécula
depois que o profago de DNA de l.
qT-
um grande número de novas
rolante (Figura 2.10c), no
. O resultado é um ca- A endonuclease
codiÍicada pelo
pelos seus sítios cos, cu-
gene A cliva o
uma endonuclease, que cli- catenano nos
. Essa endonuclease, que é sítios cos
coesivas de fita simples
u-u
o HH
ì
genoma de l,
l"'
"- "rl
o o'
I
mento reconhecem ape-
A mudança da estrutura das H
novos genes, não tem efeito Componentes protéicos
I não seja demasiadamente al- do capsídeo
ççç
Novas partículas de
Íagos são montadas
G
t
'-rr:;r1to: trec{ ocÌru.ìl ãÀ?t oxu èla ênb trt{ o :rqos oqlq o r:L:d :,r:::sl crur y 'õ
; ruoì!ìI{ E Ènu!u!ì-ì o[ro] 'q€dIf,tIud su:SRros:.rcl sop uin rtle,] opuxn.)., ossr noursua au uanb a:ol roJ or{ig '?rp oJtno un e:duas ua1 sEW.o]oql L
JP zp â sw:Nqr uau anb np uaa'elsJl oqprq un ã s?u'BroJ gl opurT Jeql:q apod 1os o anb rrp uaa rr:glsrq essou ep or5enurluo: e a e:ol anb:o4 G
'oPuuszgJ.fo^c's3ssâouof,ffÌpuA'opunuoptroreue'epn8ezalsr:tBun€llo Uì
!J'zeJsapasrapuranboopnlanberpuraa'o:unqunerner:8a1t
u: anb o opm eluadu:p E'muasnt ens B ef,oqf op?q?s op orJuâÌrs o'ãIãp âuou o zrp eJoJ ?l los o'âlâqu?uy'o:sr:ue:g'red nas o ors anb serp uaa,,
a
36 T.A. BRowN
O tamanho menor da molécula de Ml3 implica possuir espaço paÍa um número menor de
genes do que o genoma de À. Isso é possível porque o capsídeo de M13 é construído a partir
de múltiplas cópias de apenas três proteínas (requerendo apenas três genes), ao passo que a
síntese da estrutura de cabeça e cauda de l, envolve mais de 15 proteínas diferentes. Além dis-
so, Ml3 segue um ciclo de infecção mais simples que o de À e não necessita de genes para a
inserção no genoma do hospedeiro.
A injeção de uma molécula de DNA de M13 em uma célula de E. coli ocoÍïe através da
frmbria, a estrutura que conecta duas células durante a conjugação sexual (Figura2.4).Uma
vez no interior da célula, a molécula de fita simples atua como molde para a síntese de uma
fita complementar, resultando em uma molécula de fita dupla normal (Figura 2.11a). Essa
molécula não é inserida no genoma bacteriano, sendo, emvez disso, replicada até que mais de
100 cópias estejam presentes na célula (Figura 2.1 1b). Quando abacténa se divide, cada cé-
lula-filha recebe cópias do genoma do fago, que continua a replicar-se, mantendo, assim, o
seu número total por célula. Conforme mostrado na Figura 2.11c, novas partículas do fago são
continuamente montadas e liberadas, com aproximadamente 1.000 novos fagos sendo produ-
zidos a cada geração de uma célula infectada.
f V,arios aspectos tornam M13 atraente como base para um veículo de clonagem. Seu genoma
Jt é menor do que 10 kb, um tamanho bem dentro da faixa ideal para um vetor em potencial.
Alé- do que, a forma replicativa (RF) de fita dupla comporta-se de maneira bastante simi-
lar a um plasmídeo e pode ser tratada como tal para propósitos experimentais. Ela é prepara-
da facilmente a partir de uma cultura de células de E. coli infectadas (p. 59-60) e pode ser
**iiff
iÍï:ï|,ffilï::T tg;t 1ll, gene s clonado s em um veror derivado de M 1 3 pode --
rem ser obtidos na forma de DNA de fita simples. Versões de fita simples de genes clonados j
são úteis para viírias técnicas, especialmente para seqüenciamento de DNA e mutagênese ir
,'
vitro (p.212 e243). A utilização de um vetor derivado de M13 é uma maneira fácil e confiá- i
vel para a obtenção de DNA de fita simples para esse tipo de trabalho. )
A maioria dos organismos vivos é infectada por vírus e, por isso, é natural que haja um
grande interesse na possibilidade de que vírus possam ser utilizados como veículos de clo-
nagem para organismos superiores. Isso é especialmente importante quando lembramos que
plasmídeos não são comumente encontrados em oulros organismos. que não bactérias e le-
veduras (p. 31).
De fato, os vírus possuem um potencial considerável como vetores de clonagem para al-
guns tipos de aplicação com células de animais. Os vírus de mamíferos, como o simian vi-
rus 40 (SV40), os adenovírus e os retrovírus, além dos baculovírus, de insetos, são aque-
les que receberam mais atenção até agora. Esses vírus são discutidos com maior profundi-
dade no Capítulo 7.
Figura I
O ciclo r
rem. (a)
replicati
Molécnl
montagí
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NOJECI JJOA
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a
Croruncev GÊurcn p AruÁrrse oe DNA 37
um número menor de
(a) lnjeção de DNA de
13éconstruídoapartir A partícula de
Íita simples na célula
genes), ao passo que a M13 injeta seu
hospedeira, seguida
diferentes. Além dis- pela síntese da DNA na célula
DNA de fita
E. coli ocorre através da simples
sexual (Figura 2.4). U ma
para a síntese de uma
(Figura 2.11a). Essa
icada até que mais de
ria se divide, cadacé-
-se, mantendo, assim, o
partículas do fago são
DNA de fita dupla:
fagos sendo produ- lorma replicativa (RF)
(b) Replicação da RF
para produzir novas
clonagem. Seu genoma moléculas de Íita dupla
um vetor em potencial.
7^\
oxo
maneira bastante simi-
imentais. Ela é prepara-
(p. 59-60) e pode ser
% -##
maduros
é natural que haja um
como veículos de clo- DNA circularizado
quando lembramos que
que não bactérias e le-
Figura 2.11
O ciclo de inÍecção de M13, mostrando os diÍerentes tipos de replicação do DNA que ocor-
rem. (a) Após a infecção, a molécula de DNA de Íita simples de M13 é convertida na forma
replicativa (RF) de fita dupla. (b) A RF replica para produzir múltiplas cópias de si própria. (c)
Moléculas de Íita simples são sintetizadas por replicação por círculo rolante e utilizadas na
montagem de novas partículas de M13.
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Cnpírulo 3
uma descrição deta-
/ A engenharia genética demanda, em diferentes momentos, a preparação de pelo menos três ti-
I pos distintos de DNA. Primeiramente, um DNA celular total, muitas vezes necessário como
\ ura fonte de material a partir do qual são obtidos os genes a serem clonados. O DNA celular
I total pode ser aquele conseguido a partir de uma cultura de células bacterianas, vegetais ou
,l animais ou de qualquer outro tipo de organismo em estudo.
\ O segundo tipo é um DNA plasmidial puro, cuja preparação dá-se a partir de uma cultura
I bacteriana, seguindo as mesmas etapas básicas que a purificação do DNA celular total, com a
I diferença crucial de que, em algum estágio, o DNA plasmidial deve ser separado do compo-
nente principal de DNA cromospômico também presente na célula.
I
\ Finalmente, PNA de fago é breciso se um veículo de clonagem derivado de bacteriófago
for utilizado. DNA de fago é em geral preparado a partir de partículas virais e não a partir de
células infectadas, de modo que inexiste problema associado à contaminação com DNA bac-
teriano. Entretanto, são imprescindíveis técnicas espeliais para a remoção do capsídeo viral.
Uma exceção é a forma replicativa de fita dupla Oe Mt:, a qual éprep arada apartir de célu-
las de E coli, damesma maneira que um plasmídeo bactenanor/
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40 T. A. Bnowlr
O procedimento paÍa a preparação de DNA total a partir de uma cultura de células bacte-
nitrr
rianas pode ser dividido em quatro estágios (Figura 3.1).
fato
aoì
(1) As células bacterianas são cultivadas e depois recuperadas da cultura e concentradas.
sad
(2) As células são rompidas para liberar seu conteúdo. rl
(3) Este extrato celular é tratado para a remoção de todos os seus componentes, exceto o i
ì indr
DNA. {
) conl
(4) A solução de DNA resultante é concentrada. I
\ extr
lida,
3.1.1 Multiplicação bacteriana em cultura e recuperação trat(
das células cultivadas ade
A maioria das bactérias pode ser multiplicada sem maiores dificuldades em um meio líquido com
(caldo de cultura). O meio de cultura deve prover uma mistura eqirilibrada dos nutrientes es- uma
senciais, ein concentrações que permitirão o desenvolvimento e a divisão eficiente das bacté-
rias. Os dois meios de cultura típicos são detalhados na Tabela 3.1 .
Tab
M9 é um exemplo de meio definido, no qual todos os componentes são conhecidos. Esse
meio contém uma mistura de nutrientes inorgânicos para prover elementos essenciais, como Mei
Mei
-9'íì-
ï-:'t"f
/\fl CentriÍugação
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(.-:___:J \Extrato celular
Cultura bacteriana
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\:-r'---DNA puro P
lume
ODNAé O DNA é puriÍicado a Velor
concentrado paÍtir do extrato celular do dr
téria:
pensi
Figura 3.1
As etapas básicas para a preparação de DNA celular total a partir de uma cultura bacteriana.
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Croruncev GÊuce e ANÁLtsE DE DNA 41
cultura bacteriana.
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Clorunceu GÊHtca e ANÁLlsE oe DNA 43
em uma
a partir de uma
cr.rlturas com densida- Figura 3.3
Sedimentação de bacté-
rias por centrif ugação.
quais a lise celular é causada pela exposição a agentes químicos que afetam a integridade das
baneiras celulares. Os métodos químicos são mais comumente utilizados quando as células
- por sua vez, é envol- bacterianas devem ser liSadas visando à preparação de DNA.
coli, aprópia parede A lise química via de regra envolve um agente que ataca a parede celular e um outro que
Todas essas barreiras rompe a membrana da célula (Figura 3.4a). Os agentes químicos a serem utilizados dependem
da
da espécie de bactéria envolvida. PanE. colí e organismos aparentados, o enfraquecimento
ididas em métodos fí- paredì celular é, em geral, feito com lisozima, tetracetato de etilenodiamina (EDTA) ou uma
nÉtodos químicos, nos iombinação de ambos. A lisozima é uma enzima que está presente na clara do ovo e em secre-
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44 T. A. Bnowlr
81"4 Conct
(b) CentriÍugação para remoção dos resíduos celulares
Com Í
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DNA' RNA' ProteÍnas
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Resíduos celulares
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Ftr:de celular parcialmente
. Jeirando o extrato celu-
Fase aquosa
(DNA + RNA)
lnterface
-.-------------
slsnificativas de proteínas (proteínas
ros podem ser utilizados coaguladas)
Fïgura 3.5
Fenol
Hernoção de
ounüaminan- Extrato celular
hs protéicos Mistura com Separação das Íases
por extração fenol por centrifugação
corn Íenol.
Em alguns extratos celulares, o conteúdo protéico é tão grande que uma única extração
com fenol mostra-se insuficiente para purificar completamente os ácidos nucléicos. Esse
problema poderia ser resolvido pela realização de várias extrações sucessivas com fenol,
mas isso não é desejável, pois cada etapa de mistura e de centrifugação resulta em quebras
____\ nas moléculas de DNA. A solução é, então, tratar o extrato celular com uma protease,
-_ co-
:-_I Extrato celular mo a pronase ou a proteinase K, antes da extração com fenol. Essas enzimas quebram os
,-+ polipeptídeos em unidades menores, as quais são mais facilmente removidas pelo fenol.
Algumas moléculas de RNA, especialmente de RNA-mensageiro (mnNÀ), são remo-
vidas pelo tratamento com fenol, mas a maioria permanece com o DNA na solução aquosa.
A única maneira eficiente de remover o RNA é trataÍ a preparação com a enzima ribonu-
clease, que degrada rapidamente tais moléculas em suas subunidades ribonucleotídicas.
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46 T. A. Bnowlr
A mul
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Figura 3.6 tes em hir
Coleta do DNA por pre- rompirner
Bastão de vidro cipitação com etanol. rianas r-ia
(a) Etanol absoluto é
ta células
depositado sobre uma
de parede
solução concentrada
de DNA do com al
de DNA. As fibras de
DNA podem ser recu- rede celul
peradas com um bas- LÌma r
tâ (UV). A quantidade de radiação IfV absorvida por uma solução de DNA é diretamente pro-
lular. mes
porcional à quantidade de DNA na amostra. Via de regra, a absorbância é medida a260 nme,
carìe na cc
nesse comprimento de onda, uma absorbância (Aruo) de 1,0 corresponde a 50 pg de DNA de
lica e é re:
fita dupla por ml.
rnente por
A absorbância de ultravioleta também pode ser utilizada para a verificação da pureza de \-
uma preparação de DNA. Com uma amostra pura de DNA, arazão das absorbâncias a 260 nm
., Euanirlina
moléculas
e a 280 nm (Aruo/Arro) é 1,8. Razões menores que 1,8 indicam que a preparação está contami-
nada com proteínas ou com fenol.
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rudm:ry' g-m:uasrc rur EoqJ opeqrs op ortruâIs o'âlâp âuou o zrp ef,oJgÌIos o 'êlâqu?uryorsrf,uttrg'red n:s o oes anb srrp uaa,,
a
Cr-oruncev GÊrurcn e ANÁLrsE DE DNA 47
A multiplicação das células em meio líquido pode, muitas vezes, não ser adequada, ape-
sar de as culturas de células vegetais e animais estarem se tornando cadavez mais importan-
3.6 Ìes em biologia. Entretanto, as principais modificações são, em geral, exigidas na etapa de
do DNA por pre- nompimento das células. Os agentes químicos utilizados para o rompimento de células bacte-
com etanol.
rianas via de regra não funcionam com outros organismos: a lisozima, por exemplo, não afe-
absoluto é
ta células vegetais. Há enzimas degradantes específicas disponíveis para a maioria dos tipos
sobre uma
de parede celular, mas, muitas vezes, técnicas físicas, como a trituração do material congela-
As Íibras de do com almofariz e gral, são mais eficientes. Células animais, por sua vez, r,áo possuem pa-
IïtA podem ser recu- rede celular e podem ser lisadas por um simples tratamento com detergente.
:eradas com um bas- Uma outra consideração impgrt4nte diz respeito ao conteúdo bioquímico das células a
5o de vidro. (b) Para partiidãs qqAiq_q PNe gs!4 $endo _extraído. Na maioria das bactérias, os principais compo-
soluções menos con- q911e9 b-!og{mi,c-g-q p_{e_sgllgq ell,um extrato celular são pqot_9in4q, DNA e RNA, de modo que
:entradas, o etanol é uma extração com fenol e/ou um tratamento com protease, qe€_ullo pql3,Igfnoç{o_ {o RNA
:dicionado (em uma com rlbonüõléadõarõãüãïmãmostra d;DNCp*". E tr"t-t"J" tu*té-.õn-
:rcporção de 2,5 volu- ^ "él"l'
têm quantidaaeísìÉíìfiiãtliãi-tie õúïioJ"óãmpõtèntãs bioquímicos, esses tratamentos podem
-es de etanol absoluto não ser suficientes para liberar DNA puro. Tecidos vegetais são particularmente difíceis nes-
:ara 1 volume de solu-
re aspecto, pois mg-ip.9*y9_ze_s_g59it9{q1_g-rqndgs ggantidqdes de carboidratos, que não são re-
:áo de DNA) e o DNA
movidos por qx-trgç{g deve ser utilizada.
:recipitado é coletado -c_gq.le_19!_P*ol-t!p-o.933*4b-oldggem $jerryti,va
:,:,r centriÍugação. Um dos métodos disponíveis usa um detergente chamado brometo de cetiltrimetilamônio
{CTAB), que forma um complexo insolúvel com ácidos nucléicos. Quando o CTAB é adicio-
nado a um extrato celular vegetal, o complexo ácido nucléico-CTAB precipita, deixando car-
:er coletado por cen- boidratos, proteínas e outros contaminantes no sobrenadante (Figura 3.7). O precipitado é,de-
adequado de água. A pois. coletado por centrifugação e ressuspenso em NaCl (cloreto de sódio) lM, que desfaz o
:'Jrtas e componentes complexo. Os ácidos nucléicos podem então ser concentrados por precipitação com etanol e
r :n:,nucleotídeos produ- o RNA pode ser removido por tratamento com ribonuclease.
Um segundo método envolve um composto denominado tiocianato de guanidina, que pos-
sui duas propriedades que o tornam útil para a purificação de DNA. Primeiro, ele desnafura e
dissolve todos os compostos bioquímicos que não são ácidos nucléicos, podendo, portanto,
ser utilizado para liberar DNA de virtualmente qualquer tipo de tecido. Em segundo lugar, na
i{tú.icão quando da exe-
presença de tiocianâto de guanidina, o DNA liga-se fortemente a partículas de sílica (Figura
r de uma solução de
-1.$s). permitindo que o DNA seja facilmente recuperado da mistura de outros compostos bio-
de ultraviole-
químicos desnaturados. Uma das possibilidades é a adição de sílica diretamente ao extrato ce-
'\Â é diretamente pro-
lular. mas é mais conveniente que seja utilizada uma coluna cromatográfica. A sflica é colo-
;i' s :úedida a 260 nm e,
cada na coluna e o extrato celular, então, adicionado a ela (Figura 3.8b). O DNA liga-se à sí-
-t 50 pg de DNA de
lica e é retido na coluna, enquanto os compostos bioquímicos desnaturados passam direta-
a:ação da pureza de mente por ela. Depois da lavagem dos últimos contaminantes com a solução de tiocianato de"ì
ubs.rrbâncias a 260 nm . _suanidina, o DNA é recuperado pela adição de água, que desestabiliza as interações entre as -
moléculas de DNA e a sílica.
;ão está contami-
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48 T. A. Bnowlr
CTAB
\Complexo ácido
Extrato celular
Complexo ácido
nucléico-CTAB precipitado
Precipitação
DNA puro i?[,itli'3;", <--
ribonuclease
Figura 3.7
O método do CïAB para puriÍicação de DNA de vegetais.
parÍÌr o DNA plasmidial da grande quantidade de DNA cromossômico bacteriano que também
está presente nas células.
,\ A separação de ambos os tipos de DNA pode ser bastante difícil, embora essencial se os
t.',
\ì
plasmídeos serão utilizados como veículos de clonagem. Mesmo a presença de quantidades
.. r:
mínimas de DNA bacteriano contaminante em um experimento de clonagem pode levar a re-
o,l.
sultados indesejáveis. Felizmente, há vários métodos disponíveis para a remoção de DNA
,\"
bacteriano durante a purificação de plasmídeos e o uso dos citados métodos, individualmente
"J ou combinados, pode resultar no isolamento de DNA plasmidial bastante puro.
"ï:,'\ , z
3'\\':' I Os métodos são báseados nas várias diferenças físicas existentes entre o DNA plasmidial
"t
r-l e o bacteriano, sendo a mais óbvia o tamanho. Os maiores plasmídeos possuem apenas 87o do
tamanho do cromossomo de E coli e amaiona deles é muito menor do que isso. Técnicas ca-
í-ì pazes de separar moléculas de DNA pequenas de rÌroléculas de DNA grandes deveriam, por-
l! tanto, ser capazes de purificar plasmídeos eficientemente. Figur
\
Além de diferirem no tamanho, plasmídeos e DNA bacteriano também diferem quanto à Purifir
sua conformação. Quando aplicado a um polímero, como o DNA, o termo conformação re- tiociar
fere-se à configuração espacial total da molécula, com as duas conformações mais simples coluni
sendo a linear e a circular. Os plasmídeos e o cromossomo bacteriano são circulares, mas, du-
'::-.:rilro: t-rrcl odtuèl â.\)ì o?u JIJ "ìnb ltd o o;qos or1lg o urcl :l:::s: :tul y
.mdr,n;j .:t!:ru-.:; j i.; .::: i::-l ,ìai:E:ìò. oss nouÌsuã ãuuanb a:ol rog oqlg'Brp ollno um e:duas ual st141'o:oq: L
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Clorunceu GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 49
/r-:x @-'t=
Partículas de sílica -'@ .@' Moléculas de DNA
\6\y
\
@
(b) Purificação de DNA por coluna de cromatograÍia
Extrato celular
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Partículas
Agua
de sílica
W} w ô
ìul
bacteriano que também
Figura 3.8
também diferem quanto à Purificação de DNA pelo método do tiocianato de guanidina e da sílica. (a) Na presença do
A, o termo conformação re- tiocianato de guanidina, o DNA liga-se a partículas de sílica. (b) O DNA é puriÍicado em uma
conformações mais simples ooluna crornatográf ica.
no são circulares, mas, du-
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ffirpmq:m-ooryqrmâ szu?ro;yloprqnq1uq apod 1os o anb ap uâI'?rrotsrq?ssouep oe5znurtuo: r a a:olanb:o4 G
rqlnpslmoprow
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50 T. A. Bnowrrr
;ttl"'t ,Ufittr
lular. Se as células são lisadas sob condições cuidadosamente controladìs, ocorre apenas uma
-.rmmu
quantidade mínima de quebra do DNA cromossômico. Os fragmentos de DNA resultantes ìr
são ;lr &ú,fuS]!Ì
ainda muito grandes - muito maiores que os plasmídeos e podem ser removidos, juntamen-
- llJ{l tÌIuÍxlLijul
te com os resíduos celulares, por centrifugação. Esse processo é também facilitado pelo fato ,*,tt!tLf:*ringr,ffro
de que o cromossomo bacteriano está fisicamente fixado ao envoltório celular, de modo que r,lii!ffiiirf,$ úe
os fragmentos cromossômicos sedimentam com os resíduos celulares se essa interação nãã
é
rompida. t,e e SWtç
O rompimento das células deve, portanto, ser executado de maneira bastante branda para
4rìilfü$
impedir a quebra generalizada do DNA bacteriano. Paru E. coli e espécies aparentadas a ela. Ítrüt
,ufu'nmam"dUr
uClLir:q,:tliiu uLlm
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Cromossomo bacteriano EsÍeroplasto ;p'lirlt,tu1Nrmrirdurur
11|tiì(rrÌtìElI]jlflEl!1tlü,
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Lisozima
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...........................".............'...* mtnrmmrudii td
Sacarose 25% rÜrt;|íltr 4l:
Plasmídeos
Membrana .'/
celular intacta
Parede celular
rompida
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CLorunoev GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 51
- Corte
Figura 3.10
lMurms conformações de DNA de Íita dupla circular:
lmlt srnerenrolado - ambas as Íitas estão intactas;
'Ìh l roular aberto - uma ou ambas as fitas pos- (a) Superenrolado (b) Circular aberto
suem uma quebra.
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a
52 T.A.Bnowru
dróxido de sódio a um extrato celular ou a um lisado clarificado, o pH é ajustado para l2,O a cula form
12,5, aspontes de hidrogênio do DNA não-superenrolado são rompidas, o que causa o desen- de de flun
rolamento da hélice dupla e a separação das duas cadeias polinucleotídicas (Figura 3.1 1). Se, de a densr
depois disso, é adicionado ácido, essas fitas de DNA bacteriano desnaturado reagregam-se em de flutuaq
uma massa desorganizada. A rede insolúvel formada pode, então, ser sedimentada por centri- forma um
fugação, deixando o DNA plasmidial puro no sobrenadante. sidade po
ao tratâm
Adem
(EtBr) pc
O bromet
?
5V
DNA linear
4z-
-+-
centes. pr
mento res
/ :ffi\
*ïr" near. O D
/ PIasmídeos
suPerenrolados
-
pH 12,0
a 12,5
plasmidia
ã do dotub
Plasmídeos q3 bq
\
Figura 3-í
PuriÍicação de
1
DNApla
- \ó gura 3.14
superenrolados Sedimento de
sde
de DNA linear r plasmídeos pelo
método de des- tá pronto
DNA linear
naturação alca-
lina.
Uma vantagem adicional desse procedimento é que, sob certas circunstâncias (especifica-
mente, lise celular por SDS e neutralização com acetato de sódio), a maioria das proteínas e
do RNA também se torna insolúvel e pode ser removida pela etapa de centrifugação. A extra-
ção com fenol e o tratamento com ribonuclease podem, portanto, não ser
necessários se o mé-
todo de desnaturação alcalina é utilizado.
B "Tèmdiasquesãooseupai,Francisco.Âmanhece,osoliáforadizonomedele,osilênciodosábadochoraasuaausência.Ederepentetudooqueera
rt alegria viraìm buraco.Tem dia que tudo o que andei se desfaz.E volta umâ tristeza aguda, a maior do mundo.Em dias como esses,só você faz sentido,
Poique você é a continuação da nossa história.Tem dia que o sol pode brilhar Lindo lá fora,mas é um brilho triste.Tem dia que nem chove,mas é dia de
Ir
t  nrãc esi:reve para r: iìlho sobrc o pai qur' elr'não tele tentpo par;r corirecer'
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II
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o para Francisco, I AII-X Ediro.a
I
Cloruneeu GÊr,rrca E ANÁLtsE oe DNA 53
lo. o pH é ajustado para 12,0 a cula forma uma banda depende da sua densidade de flutuação; o DNA possui uma densida-
ompidas, o que causa o desen- de de flutuação de aproximadamente r,7 glcm3 e, portanto, migra até o ponto do gradiente
on-
ucleotídicas (Figura 3.11). Se, de a densidade do cscl é de l,i g/cm3. As moléculas protéicãs, po, ,uu vez,
tê,mdensidades
,
desnaturado reagregam-se em de flutuação muito mais baixas e, por isso, flutuam no topo do gradiente, enquanto o RNA
io. ser sedimentada por centri- forma um sedimento no fundo do tubo (Figura 312b).4 centrifugação em gradientes de den-
sidade pode, pois, separar DNA, RNA e proteínas e é uma alternativa à extração com fenol
e
ao tratamento com ribonuclease para a purificação de DNA.
Ademais, a centrifugação em gradientes de densidade na presença de brometo de etídeo
(EtBr) pode ser utilizadapwa separar DNA superenrolado de moléculas não-superenroladas.
O brometo de etídeo liga-se a moléculas de DNA intercalando-se entre pares de bases adja-
centes, provocando um desenrolamento parcial da hélice dupla (Figura 3.13). Esse desenrola-
mento resulta em um decréscimo na densidade de flutuação de até0,125 glcm3 paraDNA li-
near. O DNA superenrolado, por sua vez, por não ter extremidades livres, tem uma liberdade
de desenrolamento muito restrita e liga-se a uma quantidade limitada de EtBr. O decréscimo
da densidade de flutuação de uma molécula superenrolada é, assim, muito menor, chegando
apenas a aproximadamente 0,085 g/cm3. Em conseqüência disso, moléculas superenroladas
formam uma banda em um gradiente de EtBr-CsCl em uma posição diferente daquela coÍïes-
pondente a DNA linear e circular aberto (Figura3.l4a).
A centrifugação em um gradiente de densidade de brometo de etídeo-cloreto de césio é um
método muito eficiente para a obtenção de DNA plasmidial puro.
Quando um lisado clarifi-
cado é submetido a esse procedimento, os plasmídeos formam bandas em um ponto distinto,
separado do DNA bacteriano linear, com as proteínas flutuando no topo do graãiente e com
o
RNA precipitado no fundo. A posição das bandas de DNA pode ser visualizada iluminando-
se o tubo com radiação ultravioleta, que faz com que o EtBr ligado ao DNA
fluoresça. o DNA
plasmidial puro é removido por aspiração, utilizando-se uma seringa cuja agulha perfura o la-
do do tubo na altura correspondente à amosúa a ser coletada (Figura :.i+U;. O EtBr ligado
Figura 3.11 ao
PuriÍicação de DNA plasmidial é extraído com n-butanol (Figura 3.14c) e o CsCl, removido por diálise (Fi-
plasmídeos pelo gura 3.14d). A preparação plasmidial resultante é praticamente IOOVo pura e o plasmídeo
es-
método de des- tá pronto para ser utilizado como um veículo de clonagem
naturação alca-
lina.
Proteína
rtas circunstâncias (especifi ca-
dio). a maioria das proteínas e
hpa de centrifugação. A extra- 1,60
o. não ser necessários se o mé-
6-
c
è 1,65
e brometo de Aumento da õ
concentração $o t,zo
de CsCI
o
o
uilíbrio ou centrifugação em
E
Ì, t.zs <_ DNA
duzido pela centrifugação de 'õ
c
úto elevada (Figura 3.I2a). O
s íons de césio e de cloreto em Figura 3.12 oo 1,80
Oenhifugação em gradiente de densi-
ntrabalançada por difusão, de
@de de cloreto de césio. (a) Um gra-
riores densidades de CsCl em ,diemte de densidade de CsCl produzi-
RNA
,üu por centrifugação a alta velocidade.
é centrifugada formam bandas (a) (b)
rib) Separação de proteínas, DNA e
r onde uma determinada molé- Hfi,lA em um gradiente de densidade.
B "Temdiasquesãooseupai,Francisco.Âmanhece,osolláforadizonomedele,osilênciodosábadochoraasuaausência.Ederepentetudooqueera
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alegria vira um buraco.Tem dia que tudo o que andei se desfaz. E voltâ umâ tristeza âguda, a maior do mundo.Em dias como esses, só você lz senrido.
Porque você é a continuação da nossa história.Tèm dia que o sol pode brilhar lindo 1á fora,mas é um brilho triste.Tèm dia que nem chove,mas é dia de
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Francisr:o. AÌÌX Editur.,
54 T.A.Bnowru
Estrutura química do
brometo de etídeo
Molécula de
EtBr intercalada
)s,+ Â
Figura 3.13
EtBr Desenrolamento par-
+
cial da hélice dupla do
DNA por intercalação
3,4 A de EtBr entre pares
Arcabouço de bases adjacentes.
de açúcar-ÍosÍato >3,4 Â
Par de bases A molécula de DNA
normal, mostrada à
esquerda, é parcial-
mente desenrolada
ao incorporar quatro
ftgnl
Hélice dupla murnftrna@e0
de DNA normal moléculas de EtBr, re-
ffihrmriffilp,or
sultando na estrutura ilümMosnmngnd
"esticada", à direita. ü|uffiffi
ffir.@
B "Tèmdiasquesãooseupai,Francisco.Amanhece,osolláforadizonomedele,osilênciodosábadochoraasuaausência.Ederepentetudooqueera
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alegria vira um buraco.Tem dia que tudo o que andei se desfaz.E voltâ uma trìsteza âguda, a maior do mundo.Em dias como esses, só você faz sentido.
Porque você é a continuação da nossa história.Tèm dia que o sol pode brilhar lindo 1á fora,mas é um brilho triste.Tèm dia que nem chove,ms é dia de
rt choro. Mas tem sempre um outro dia, Íìlho. Foi você quem me ensinou isso." Quenclo tiìtr irrl dos pcrsonâgcnr lìriNril3ìs. cono c<>lrinua l hrrrórir:
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Cr-ounceu GÊNrcA E AruÁuse oE DNA 55
Proteínas
DNA linear
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DNA ._l Remoção do DNA
superenrolado superenrolado
com uma seringa
RNA
B "Tem dias que são o seu pai, Francisco.Amanhece, o sol lá fora diz o nome dele, o silêncio do sábado chora a sua ausência.E de repente tudo o que era
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alegria vira um buraco.Tèm dia que tudo o que andei se desfaz.E volta uma tristeza aguda, a maior do mundo. Em dias como esses, só você faz sentido.
Porque você é a continuâção dâ nossa história.Tèm dia que o sol pode brilharLindo lá fora,mas é um brilho triste.Tèm dia que nem chove,mas é dia de
rl choro.Mas tem sempre um outro dia,fi1ho.Foi você quem me ensinou isso." Quanilo là1ta urrr clos p.'rsonrgcnr príncipais,corro corrinrra: hirr<iri.r?
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56 T. A. Bnowrrr
sas culturas é centrifugada, as bactérias são sedimentadas, deixando as partículas de fago em grad(
suspensão (Figura 3.16). As partículas de fago são então coletadas da suspensão e o seu DNA mudi
é extraído por uma simples etapa de desproteinização para remoção do capsídeo viral. N
Esse processo geral é bem mais direto que o procedimento utilizado para preparar DNA rer. P
celular total ou plasmidial. Apesar disso, uma purificação bem-sucedida de quantidades sig- de- er
nificativas de DNA de fago está sujeita a diversos percalços. A principal difìculdade, especial- a pro
mente com ì,, é a multiplicaçáo de células infectadas em cultura de uma maneira tal que o tí-
tulo de fagos extracelulares (o número de partículas de fago por ml de cultura) seja suficien-
temente alto. Em termos práticos, o título máximo que pode ser razoavelmente esperado para
l, é de 1010 por ml; ainda assim, 1010 partículas de ), renderão somente 500 ng de DNA. Gran-
des volumes de cultura, na faixa de 500 a 1.000 ml, são, portanto, necessários se quantidades
substanciais de DNA de l, devem ser obtidas.
\-r. a\
^?? Cultura inÍectada
??O|ç(bactérias+
q,t a^'' fagos extracelulares)
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?.trt,?i suspensão de Íagos I
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Figura 3.16 rtffi,düb",Ntr'üt
- Preparação de uma suspensão ffiM
S S"Oir"r,to de bactérias de Íagos a partir de uma cultura
de bactérias infectadas.
E "Temdiasquesãooseupai,Francisco.Amanhece,osolláforadizonomedele,osilênciodosábadochoraasuaausência.Ederepentetudooqueera
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alegria vira um buraco.Tèn dia que tudo o que andei se desfaz.E voltâ uma tristeza aguda, a maior do mundo.Em dias como esses,só você faz senrido.
Porque você é a continuação da nossa história.Tem dia que o sol pode brilhar lindo iá fora,mas é um brilho triste.Tem dia que nem chove,mas é dia de
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g A ntãc escrcve plrr o filho sobre o pri que eÌe não telc rcrrpo par:r conhecer.
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Cr-orunoeu GÊt'ttcn r ANÁLtsE oe DNA 57
rando as partículas de fago em grado. Se inativado por uma mutação, o gene cI não funciona mais corretamente, o que leva a
das da suspensão e o seu DNA mudança para a fase lítica do ciclo de infecção.
noção do capsídeo viral. Na mutação clls, o gene cI é funcional a 30oC, temperatura na qual a lisogenia pode ocor-
o utilizado para preparar DNA rer. Porém, a 42"C, o produto do gene clls não funciona adequadamente e a lisogenia não po-
n-sucedida de quantidades sig- de, então, ser mantida. Uma cultura de E. coli infectada com l, clls pode, assim, ser induzida
principal dificuldade, especial- a produzir fagos extracelulares pela transferência de 30"c para 42"c (Figura3.l1).
ra de uma maneira tal que o tí-
or ml de cultura) seja suficien-
r razoavelmente esperado para
Dmente 500 ng de DNA. Gran-
nto. necessários se quantidades
Profago ì.
Genoma de À liberado
r-i."
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+
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Figura 3.17 \
ffi4ao de um lisógeno Novas partículas de fago l,
3.16 ü tu düs por transÍerência
de 30'C Para42'C.
ção de uma suspensão
s a partir de uma cultura
érias inÍectadas.
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Porque você é a continuacão da nossa história.Tem dia que o sol pode brilhar lindo 1á fora, mas é um brilho triste.Tem dia que nem chove,mas é dra de
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58 T. A. Bnowr.r
Oe ?l Figura 3.18
Situações que podem
ooo"i"
i!íí''-'dlï+,
ocorrer quando se
oo busca o equilíbrio
correto entre o está-
En,lt
gio da cultura e o ta-
A cultura continua a desenvolver-se, manho do inóculo pa-
mas as células acabam sendb
lisadas = alto título de fago
ra a preparação de Ífr"dmEn
uma amostra de um
Íago não-lisogênico.
B "Tem dias que são o seu pai, Francisco.Amanhece, o sol 1á fora diz o nome dele,o silêncio do sábado chora a sua ausência.E de repente tudo o que era
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alegria vira um buraco.Tem dia que tudo o que andei se desfaz.E volta umâ tristeza âguda,a maior do mundo.Em dias como esses,só você fz sentido.
Porque você é a continuação da nossa história.Têm dia que o so1 pode brilharlindo lá fora,mas é um brilho triste.Tem dia que nem chove,mx é dia de
rl choro.Mas tem sempre um outro dia, âlho. Foi você quem me ensinou isso." Quendo felta unr dol persor:agens priucip:is, corrto continua a história?
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 rnãe escreve para o {ìlho sobre o pai que eÌe não tere ten:po parl cor:hecer.
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p:ira Fr:rncisr:o. I ARX Pditor.
Cloruneev GÊNrcA E Ar.rÁlrsr oe DNA 59
r?r8U
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Adição tr
I
?.
Figura 3.18 de PEG +({
Situações que podem w"È
a
lta ocorrer quando se
+ NaCl
:s)
Do busca o equilíbrio Figura 3.19
ata Suspensão Partículas de Sedimento de
Ç
correto entre o está- Coleta de partículas
t' de Íagos fago precipitadas partículas de Íago
gio da cultura e o ta- de fago por precipita- + resíduos celulares
manho do inóculo pa- çao com polietileno-
ra a preparação de glicol(PEG).
uma amostra de um
fago não-lisogênico.
B "Temdiasquesãooseupai,Francisco.Amanhece,osolláforadizonomedele,osì1ênciodosábadochoraasuaausência.Ederepenterudooqueera
It
qt
alegria vira um buraco.Tem dia que tudo o que andei se desfaz.E voltâ uma tristezâ eguda, a maior do mundo. Em dias como esses,só você faz sentido.
Porque você é a concinuação da nossa hìstória.Tèm dia que o sol pode brilhar hndo lá fora,mas é um brilho triste.Tèm dia que nem chove,mas é dia de
rl choro.Mas tem sempre um outro dia,filho. Foi você quem me ensinou isso." Quar,lo ialta rur dos personrecnr priur:íp:ìs.colro cortìnua;r histórie?
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o r:rrr lirrncisro Alì X F,ììtorr
60 T. A. Bnowr.r
1,35
1,40
1,45
Partículas
de fago l.
1,50
1,55
1,60
sendo a forma replicativa separada do DNA bacteriano, por exemplo, por centrifugação em
gradiente de densidade de EtBr-CsCl.
Entretanto, a forma de fita simples do genoma de M13, contida nas partículas extrace-
lulares do fago, é freqüentemente necessária. Nesse aspecto, a grande vantagem em relação
a l, vem do fato de que altos títulos de M13 são mais facilmente obtidos. Como as células
infectadas secretam continuamente partículas de Ml3 para o meio (Figura 2.8), sem a ocor-
rência de lise, um alto título de M13 é obtido simplesmente pela manutenção da cultura in-
fectada até que seja alcançada uma.alta densidade celular. De fato, títulos de 1012 por ml ou
maiores são obtidos com facilidade, sem o emprego de qualquer truque especial. Títulos al- Figun
tos como esses implicam que quantidades significativas de DNA de M13 de fita simples po- Prepa
dem ser preparadas a partir de volumes pequenos de cultura - 5 ml ou menos. Além disso,
como as células infectadas não são lisadas, não há problemas de contaminação da suspen-
são de fagos com resíduos celulares. Conseqüentemente, a etapa de centrifugação em gra-
Leit
diente de densidade de CsCl, necessária para a preparação de fago 1,, é raramente utilizada
Birnboi
com Ml3.
iVlrl
Em resumo, a preparação de DNA de M13 de fita simples envolve o cultivo em peque- Boom-
no volume das bactérias infectadas, centrifugação para sedimentação das células bacteria- (19
nas, precipitação das partículas de fago com PEG, extração com fenol para remoção do en- 494
voltório protéico do fago e precipitação com etanol para concentração do DNA resultante Clewell
(Figura 3.21). fol
Marnu
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Radloff
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Rogers.
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Ct-onneeu GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 61
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I I I 3DNA
M13D
por centrifugação em
W
(d) Ressuspensão
do Íago em tampão
um pequeno volume etanol,
adição de remoção do
(Figura 2.8), sem a ocor- centriÍugação capsídeo protéico
manutenção da cultura in-
fato, títulos de 1012 por ml ou
truque especial. Títulos al- Figura 3.21
de Ml3 de fita simples po- Preparação de DNA de M13 a partir de uma cultura bacteriana inÍectada.
5 ml ou menos. Além disso,
de contaminação da suspen-
de centrifugação em gra-
Leituras adicionais
fago 1", é raramente utilizada
i Birnboim, H.C. & Doly, J. (1979) A rapid alkaliae extraction procedure for screening recombinant plasmid DNA.
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CnpÍru to 4
Manipulação de DNA Purificado
Depois de amostras de DNA puras terem sido preparadas, a etapa seguinte em um experimen-
to de clonagem gênica é a construção da molécula de DNA recombinante (Figura 1.1). para
produzir essa molécula recombinante, tanto o vetor como o DNA a ser clonado devem ser cli-
vados em pontos específicos e unidos de uma maneira controlada. A clivagem e a união são
dois exemplos de técnicas de manipulação do DNA, uma grande variedade das quais vem sen-
do desenvolvida nos últimos anos. Além de serem clivadas e reunidas, as moléculas de DNA
podem ser encurtadas, estendidas, copiadas em RNA e em novas moléculas de DNA e modi-
ficadas pela adição ou remoção de grupos químicos específicos. Essas manipulações, que po-
dem, sem exceção, ser realizadas em tubos de ensaio, constituem a fundação não apenas para
a clonagem gênica, mas também para estudos básicos sobre a bioquímica do DNA, a estrutu-
ra dos genes e o controle da expressão gênica.
Quase todas as técnicas de manipulação do DNA utilizam enzimas purificadas. No inte-
rior da célula, tais enzimas paÍicipam de processos essenciais, como a replicação e a transcri-
ção do DNA, a destruição de DNA estranho ou indesejável (por exemplo, o DNA de um vírus
invasor), a reparação de DNA mutado e a recombinação entre diferentes moléculas de DNA.
Depois da purificação a partir de extratos celulares, muitas dessas enzimas podem ser persua-
didas a executar suas reações naturais, ou algo relacionado a elas, sob condições artificiais.
Embora essas reações enzimáticas sejam freqüentemente diretas, a maioria dàlas é impossí-
vel de executar por métodos químicos tradicionais. As enzimas purificadas são, portanto, cru-
ciais para a engenharia genética, fato que levou ao surgimento de um ramo industrial impor-
tante, a partir da preparação, dacaracÍenzação e da comercialização das mesmas. Fornecedo-
res comerciais de enzimas altamente purificadas prestam um serviço essencial ao
biólogo mo-
lecular.
64 T. A. Bnowru
(1) Nucleases são enzimas que clivam, encurtam e degradam moléculas de ácidos nucléi-
cos.
(2) Ligases unem moléculas de ácidos nucléicos.
(3) Polimerases fazem cópias de moléculas.
(4) Enzimas modiÍicadoras removem ou adicionam grupos químicos.
(5) Topoisomerases introduzem ou removem superenrolamentos de DNA circular covalen-
temente fechado.
Antes de ver detalhadamente cada uma dessas classes de enzima, dois aspectos devem ser
salientados. O primeiro é que, embora a maioria das enzimas possa ser designada para uma
classe específica, algumas apresentam atividades múltiplas, abrangendo duas ou mais classes.
Mais importante ainda é que muitas polimerases combinam suas capacidades de produzir no-
vas moléculas de DNA com uma atividade degradativa (isto é, de nuclease) de DNA associa-
da. fre nugesr
Em segundo lugar, deve ser observado que, assim como existem as enzimas para a mani- ruüúBfrG
pulação de DNA, há muitas enzimas similares conhecidas que são capazes de agir sobre o ünr,k
RNA. A ribonuclease utilizada paÍa remover RNA contaminante de preparações de DNA (p. mÍilrdh4ç,q
45) é um exemplo desse tipo de enzima. Embora algumas enzimas de manipulação de RNA mrffic
tenham aplicações na clonagem gênica e sejam mencionadas em capítulos posteriores, o en- üumdÍffid
foque, em geral, estará restrito àquelas enzimas com atuação sobre DNA.
lh&Íblil
ü|ffinfuÉ
4.1.1 Nucleases üm[offesr
Nucleases degradam moléculas de DNA quebrando as ligações fosfodiéster que unem nucleo-
tídeos adjacentes em uma fita de DNA. Existem dois tipos diferentes de nuclease (Figura 4.1):
(1) Exonucleases removem um nucleotídeo de cada vez, a pafiir da extremidade de uma üdt
molécula de DNA. m
(2) Endonucleases são capazes de quebrar ligações fosfodiéster no interior da molécula de mfu
DNA. grú
puú
A principal distinção entre as diferentes endonucleases reside no número de htas que são
degradadas quando uma molécula de fita dupla é atacada. A enzima chamada 8a131 (purifi- ]om'crrÉi
cada a partir da bactéria Alteromonas espejiana) é um exemplo de exonuclease que remove
L
Clotlneev GÊNtcA E ANÁLtsE oe DNA 65
Nucleotídeo
Ligação fosfodiéster
Clivagem
D de DNA D'
-o-
hs em cinco grandes classes, de-
m químicos.
rrcntos de DNA circular covalen- (b) Uma endonuclease
nucleotídeos a partir de ambas as fitas de uma molécula de fita dupla (Figura 4.2a). euanto
ia partir da extremidade de uma maior for o tempo de ação da Bal31 sobre um grupo de moléculas de DNA, mais curtos serão
péster no interior da molécula de os fragmentos de DNA resultantes. Já outras enzimas, como a exonuclease III de E coli, de-
gradam apenas uma das fitas da molécula de fita dupla, deixando DNA de fita simples como
: produto (Figura 4.2b).
bside no número de fitas que são
Lenzima chamada Bal3l (purifi- critério pode ser utilizado para classihcar endonucleases. A endonuclease S I (do fwgo Asper-
s oryzae) cliva apenas fitas simples (Figura 4.3a), enquanto a desoxirribonuclease I (DNase I), a
rylo de exonuclease que remove
é preparada a partir de pâncrEas bovino, cliva tanto moléculas de fita simples como de fita dupla (Fi-
66 T. A. Bnowr.r
(a) Bal3l
Ud+o.+O..rcr1c
opo4àóó+q P
F
v
í
Ë
I
í.
h
F : i=%___-
F
Cr-orunceu GÊNrcA E ANÁLrsE DE DNA 67
(a) Nuclease 31
Uma quebra
(D (ii)
-@ €...* ..@
I
I
óóó<+ó+o-e
V I
I
.@-@ Y
..@ .@
I
I
V
óó+ +J{+
=*4.@..F àQ
(b) DNase I
(D (ii)
."@
9annffi
-@
I
Figura 4.3 t I
I
Y
fficações catalisa- ..@..@
bpordiÍerentes ti- €4rrtrrrll
o+€..É
I
I ..@€...@
endonuclease. V
S1, que .*-G-.@..É
apenas DNA de
inclusive -FG-.É..@ rrt
çÉÍas de Íita sim- ..F+..F..@
psem moléculas
mÉrninantemente
illadupla. (b) DNa- (c) Uma endonuclease de restrição
c l" que cliva tanto
tipos de exonuclea- mAde Íita simples
ídeos a partir de ambas as
(b) Exonuclease lll, que
mrnb de Íita dupla.
endonuclease
a partir da extremidade 3'(ver que cliva
entre as extremidades llÌ{A de Íita dupla, I
msapenas em um
limitado de sÊ
tios.
qualquer ligação fosfodiéster
mistura de mononucleotídeos
duais de DNA de fita dupla (Figura 4.4). O papel dessas enzimas na construção de moléculas
chamadas de endonuclea-
de DNA recombinantes é descrito na página 84.
de sítios de reconhecimento
itas em detalhe na página
Polimerases
DNA-polimerases são enzimas que sintetizam uma nova fita de DNA, complementaÍ a um
molde de DNA ou RNA preexistente (Figura 4.5a). A maioria das polimerases pode funcio-
") em fitas individuais, nÍÌr somente se o molde possui uma região de fita dupla, que atua com um iniciador (do in-
glês primer) para reação de polimerização.
do DNA, por exemplo.
unir dois fragmentos indivi- Quaffo tipos de DNA-polimerase são utilizados rotineiramente na engenharia genética. O
primeiro é a DNA-polimerase I, geralmente obtida de E. coli. Essa enzima liga-se a uma re-
F
68 T. A. Bnowr'r
Uma descontinuidade
I oNn-tig"r"
i
Figura 4.4
As duas reações catalisadas pela DNA-ligase. (a)
o*o-"n"."
J Reparo de uma descontinuidade - uma ligação
..@.@ ÍosÍodiéster Íaltante em uma das Íitas de uma
rlrrlrrrl
-@O..@ molécula de Íita dupla. (b) União de duas molé-
culas.
gião curta de fita simples (ou quebra) em uma molécula de DNA de fita dupla e, então, sin-
tetizauma fìta completamente nova, degradando a fita preexistente à medida que prossegue
na sua atividade (Figura 4.5b). A DNA-polimerase I é, portanto, um exemplo de enzima com
atividade dupla - polimerização e degradação de DNA.
De fato, as atividades de polimerase e de nuclease da DNA-polimerase I são controladas
por diferentes partes da molécula da enzima. A atividade de nuclease está contida nos primei-
ros 323 aminoácidos do polipeptídeo, de modo que a remoção desse segmento dá origem a
uma enzima modificada, a qual retém a função de polimerase, mas é incapaz de degradar
DNA. Essa enzima modificada, chamada de fragmento de Klenow, pode ainda sintetizar
uma fita de DNA complementar a um molde de fita simples, mas, como não possui atividade
de nuc!959, é incapaz de continuar a síntese depois de a quebra ter sido preenchida (Figura
4.5c). Vrárias outras enzimas - polimerases naturais e versões modificadas possuem proprie- Figura
-
dades similares às do fragmento de Klenow. A principal aplicação do fragmento de Klenow e As rea
dessas polimerases relacionadas a ele é no seqüenciamento de DNA (p.2I2). sintetü
A DNA-polimerase de Taq,utllizada na reação em cadeia da polimerase (PCR) (Figura bras, n
1.2), é' a enzima DNA-polimerase I da bactéria Thermus aquaticus. Esse organismo vive em dftJa qr
fontes termais e muitas de suas enzimas, inclusive a DNA-polirnerase de Taq, são termoestá-
quebr
veis, o que significa que são resistentes à desnaturação por tratamento térmico. É essa a carac-
teística especial da DNA-polimerase de Taq que a torna adequada para a pCR, pois, se não
fosse termoestável, ela seria inativada quando a temperatura da reação é elevada a 94"C para
desnaturar o DNA.
tl.tl Enzim
O tipo final de DNA-polimerase importante para a engenharia genética é a transcriptase Exister
reversa, uma enzima envolvida na replicação de viírios tipos de vírus. A transcriptase reversa de gn4
é única por utilizar RNA como molde, emqez de DNA (Figura 4.5d). A capacidade que essa
enzima tem de sintetizar uma fita de DNA complementar a um molde de RNA ó fundamental (1) r
para a técnica denominada clonagem de DNA complementar (cDNA) (p.112-fi9. n
7, 4
F
F
;
:
:
t
F
E
Crorueeeu GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 69
s', 3', 5_
A_T_G_C-A-A_T-G-C_A_T_
3',
-A-T-G-C-A-A-T-G-C-A-T- ----ì>
,/ _- à-ì-^- - t - a - c - g - t - t - a - c-c-T-A-
Molde lniciador 3' 5' 3', 5',
(b) DNA-polimerase I
-_ -/-
são substituídos
Ë
70 T. A. Bnowrl
(2) Polinucleotídeo-quinase (de E. coli infectada com fago T4), que tem o efeito inverso
da fosfatase alcalina, adicionando grupos fosfato às extremidades 5'livres (Figura 4.6b).
4.2 Enz
(3) Desoxinucleotidil-transferase terminal (de tecido tímico de vitelo), que adiciona um den
ou mais desoxirribonucleotídeos às extremidades 3'de uma molécula de DNA (Figura
4.6c). Ar
pft
4.1.5 Topoisomerases tru
s€I
A classe final de enzimas para a manipulação de DNA é a das topoisomerases, as quais são
seÍ
capazes de modificar a conformação de DNA circular fechado covalentemente (por exemplo,
moléculas de DNA plasmidial) pela introdução ou remoção de superenrolamentos (p. 50-51). rar
Embora as topoisomerases sejam importantes para o estudo da replicação do DNA, ainda não .cli
ten
foi encontrada uma utilidade efetiva para elas na engenharia genética.
es[
4.7
qu(
des
(a) FosÍatase alcalina
'-ottì"-o,o,o-o--d OH HO
rrlr \#
ry{@q
OH
Poï HO. OH
(b) Polinucleotídeo-quinase
Figura 4.6
As reações catalisa-
HO
W "w
'-o"P
rtttt
oH das por enzimas mo-
diÍicadoras de DNA.
HO
P+oo-.q. OH
P..+o-o44q
HO' 'POï (a) FosÍatase alcali-
na, que remove gru-
pos S'-Íosfato. (b) Po-
(c) Desoxinucleotidil-transÍerase terminal
linucleotídeo-quina-
se, que acrescenta
grupos S'-ÍosÍaÌo. (c)
(i)
s',
..@\
3'J s',
-€...@{4O-F
s',
Desoxinucleotidil-
transÍerase terminal,
que acrescenta deso-
xirribonucleotídeos
(ii)
s', 3',JJ 5' às extremidades 3'
,.- ?fl999ng-
iarrrtll! 1+ afaAfa9Êo+ de polinucleotídeos
J3' 3@tt,*
ç{F.F{F.F.F{>{){F_ @
em moléculas (i) de
Íita simples ou (ii) de Frgrr
Íita dupla. fi,nessilar
ofiiqens pre
mnnnanirulaçÍ
IilD{A ern um r
;ümnbdec
seÍn s€
F
:
;:
F
CLoruecev GÊNtcA E Ar.rÁlrse oe DNA 11
I
I
I
I
(a) Moléculas de vetor
I
I
I
I
aì-ï\cvasem
\-/Cs c\J
I
I
I
I risura +.e
As reações catalisa-
oas por enzimas mo-
OificaOoras de DNA.
^ \, + ,,--_,\. u
i I (a) FosÍatase atcati-
/-ì (
I n", que remove gru- () \-/
po" S'{osfato. (b) Po-
I linucleotídeo-quina-
Cada molécula de vetor deve ser clivada uma
I :::??"ïï'"ï::as
as cr ivasens devem
I se, que acrescenta
I Otunos s'{osÍato. (c)
(b) A molécula de DNA que contém o gêne a ser clonado
s, I Desoxinucleotidil-
r I transÍerase terminal,
Gene
I que acrescenta deso-
I às extremidades
* || de
xirribonucleotídeos
3'
r\_--{ ,%
polinucleotídeos \
| Íita
"r
motécutas (i)de , .....................*
<.--\
\
| fita dupla. ou (ii) de
simptes Figura 4.7 5- )
,lffi,rmressidade de A,/
Sítios de clivagem
idlluryens precisas - \<
rnmmranipulação de
[MilAem um expe- Fragmentos pequenos
Grande molécula de DNA o suficiente para serem
nmimpntode clona- clonados
gem gênica.
72 T. A. Bnowr.r
preparativas descritas no Capítulo 3. Segunda, grandes moléculas de DNA podem ter de ser
quebradas simplesmente visando à produção de fragmentos suficientemente pequenos para
serem cilïegados pelo vetor. A maioria dos vetores de clonagem exibe uma preferência por
fragmentos de DNA dentro de uma determinada faixa de tamanho; vetores baseados em M13,
por exemplo, são muito ineficientes para a clonagem de moléculas de DNA com uma exten-
são maior que 3 kb.
Endonucleases de restrição purificadas permitem que o biólogo molecular clive molécu-
las de DNA da maneira precisa e reprodutível, necessária para a clonagem gênica. A desco-
berta dessas enzimas, que deu o Prêmio Nobel para W. Arber, H. Smith e D. Nathans, em
1978, foi um dos marcos fundamentais no desenvolvimento da engenharia genética.
t
E
rË :<
Ct-oruncev GÊuca e ANÁLtsE oe DNA 73
restrição
Endonucleases de restrição
ocoÍïeu no início da ligam-se ao DNA do fago
eram rmunes a ln-
pelo hospedeiro. (b) O DNA bacteriano não é clivado
tenharn sido necessários 20
ocorre porque a bactéria
tempo de replicar-se e de
da própria bactéria, cuja des-
de grupos metila adi-
4.8b).
de restrição e são sintetiza-
1.200 enzimas de restrição
classes diferentes de endo-
um pouco diferente de ação.
limitada na engenharia Figura 4.8
são as enzimas de clivagem frnção de uma en-
de restri-
1ão em uma célula
DNA em briana: (a) o DNA
tb Íago é clivado,
ms (b) o DNA bac-
tr (que, de agora em diante, teriano não o é.
uma delas reconhece e cli-
determinada enzima cliva o
ouffa seqüência intocada
de Proteus vulgaris) cliva- Extremidades cegas e coesivas
ima da mesma bactéria, cha- A natureza exata da clivagem produzida por uma endonuclegse de restrição é de considerável
CAGCTG. importância no projeto de um experimento de clonagem. Müitas endonucleases de restrição
mas outras clivam simplesmente as duas fitas no meig da seqüência de reconhecimento (Figura 4.9a), re-
A, (de Staphylococcus au- sultando em uma extremidade cega (do inglê,s blunt end ou flush end). PvuII e AluI são
) clivaemAGCT. Existem exemplos de enzimas que geram extremidades cegas.
de reconhecimento degene- Entretanto, um grande número de endonucleases de restrição cliva o DNA de uma manei-
de uma família de sítios ra um pouco diferente. Com essas enzimas, as duas Íitas de DNA não são clivadas exatamen-
&), po. exemplo, reconhee te na mesma posição. Em vez disso, a clivagem ocoÍïe de maneira desencontrada nas duas fi-
GACTC. tas, estando os sítios de clivagem geralmente separados por dois a quatro nucleotídeos, o que
de restrição mais freqüente- determina que os fragmentos de DNA resultantes possuam pequenas projeções de fita simples
em cada extremidade (Figura 4.9b). Tais extremidades são chamadas de adesivas ou coesivas,
pois o pareamento de bases entre elas pode reunir os fragmentos da molécula de DNA (lem-
F
t
b
I
74 T.A.Bnowr
Seqüência de Extremidade
Enzima Organismo reconhecimentou cega ou coesiva
"A seqüência mostrada corresponde à de uma das fitas, representada na direção de 5' para 3'. Note que
quase todas as seqüências de reconhecimento são palíndromos: quando as duas fitas são consideradas,
elas são lidas da mesma maneira em ambas as direções. Por exemplo:
Er
5'_GAATTC_3'
EcoRl ||lt
3'-CTTAAG-5'
bre que extremidades coesivas foram vistas napâgina 33, durante a descrição da replicação
do fago l,). Uma característica importante dessas endonucleases de restrição é que enzimas
com diferentes seqüências de reconhecimento podem produzir as mesmas extremidades coe-
sivas. BamHI (com a seqüência de reconhecimento GGATCC) e BgIII (AGATCT) são exem-
plos disso - ambas produzem extremidades coesivas GATC (Figura 4.9c). Amesma extremi-
dade coesiva é também produzida por Sau3A, que reconhece somente o tetranucleotídeo
Ê
iQfiloa
GATC. Fragmentos de DNA produzidos por clivagem com qualquer uma dessas enzimas po-
dein ser ligados uns aos outros, pois cada um deles é portador de uma extremidade coesiva
complementar.
rffi
4.2.4 A freqüência de seqüências de reconhecimento em uma tffimcl
molécula de DNA &,q:r
üm
O número de seqüências de reconhecimento para uma determinada endonuclease de restrição dËrn
em uma molécula de DNA de tamanho conhecido pode ser calculado matematicamente. Urm tud
seqüência tetranucleotídica (por exemplo, GATC) deve ocorrer uma vez a cada 4a = 256 nw müü(
cleotídeos, e uma seqüência hexanucleotídica (por exemplo, GGATCC) uma vez a cada 46
= drul
4.096 nucleotídeos. Esses cálculos assumem que os nucleotídeos estão ordenados de manei- frthdl
ra aleatória e que os quatro nucleotídeos diferentes estão presentes nas mesmas proporçõee ü,u
(isto é, um conteúdo de GC = 507o). Na prâtica, nenhuma dessas suposições é completamer rp
te válida. Por exemplo, a molécula de DNA de ),, com 49 kb, deveria conter
te 12 sítios prÌra uma endonuclease de restrição com uma seqüência de reconhecimento mru
F
Crorunoev GÊntcn e ANÁLlsE oe DNA 75
-N-N-A-G-C-T-N-N- AIr^t
_N-N-A_G C_T-N_N-
-N-N_ T-C_G_A-N-N- -N-r$-ï-b c-À-ú-ú-
'N'= A, G, C ou T Extremidades cegas
t
76 T.A.Bnowru
caso deven
(a) Sítios de clivagem no DNA de À 4.1 la). São
Obvian
tida de um
antes de se
da para pm
das endoru
podem vari
dio [NaCl],
po [I exiger
te redutor, r
damental q
I egnt- 6 sítios tas de NaC
I eamHl -5sítios bém poden
ocorTa em r
À srn-2sÍtios A coml
estáemum
ção à miso
(b) Tamanhos dos Íragmentos da reação s
já presente
A endo
Bgill
enzima é d
22010
13286 modo que r
qüentemen
r------- 2392
para a cÏl'z
-651
n 415
r60
Bgü+ tS
Oúltin
Bamt'l.l ses de resü
16841 exigências
----.---...-..--7233
r--------------- 677O como aDìti
t-----"---'---- 6527 de resriçã
|_-.....--ì5626 da enzima-
|------------ì5505 Depois
DNA prod
Sa/l
32745 destmída d
1 5258 DNA que'
n 499 "matar" es
outrÍìs é ul
(EDTA) (q
Figura 4.10 4.1le).
Restrição da molécula de DNA de ì,. (a) As posições das seqüências de reconhecimento pa-
ra Bgtll, Bamïl e Sa/ì. (b) Os Íragmentos produzidos por clivagem com cada uma dessas |t!È6 Analisam
endonucleases de restrição; os números correspondem aos tamanhos dos Íragmentos, em
pares de bases. Uma diges
das posiçú
gnal (Figu
4.2.5 Executando uma digestão de restrição no laboratório gem gênic:
Por exemplo, será considerado como digerir uma amostra de DNA de l" (em uma concentra- nho dos fra
ção de 125 pg/ml) com BglII. @e serer
Primeiramente, toda a quantidade de DNA necessiíria deve ser pipetada em um tubo de en- léculas de I
saio. A quantidade de DNA que será restringida depende da natureza do experimento; neste nores, de n
ft
n
F
t,'
I
-L
i.
Clouncev GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 77
caso devem ser ingeridos 2 trtg de DNA de 1,, que estão contidos em 16 pl da amostra (Figura
4.lla). São, portanto, necessárias micropipetas bastante precisas.
Obviamente, o outro componente principal da reação será a endonuclease de restrição, ob-
tida de um fornecedor comercial como uma solução pura e de concentração conhecida. Mas,
antes de se adicionar a endonuclease de restrição, a solução contendo o DNA deve ser ajusta-
da para prover as condições corretas pÍÌra assegurar a atividade máxima da enzima. A maioria
das endonucleases de restrição funciona adequadamente em pH 7 ,4, mas diferentes enzimas
podem variar nas suas exigências quanto à força iônica (geralmente suprida por cloreto de só-
dio [NaCl]) e à concentração de magnésio (Mg*2) (todas as endonucleases de restrição de ti-
po II exigem Mg*z para o seu funcionamento). É também recomendável a adição de um agen-
te redutor, como o ditiotreitol (DTT), que estabiliza a enz;rmae evita a sua inativação. É fun-
damental que as condições corretas sejam proporcionadas à enzima - concentrações incorre-
tas de NaCl ou Mg*'não somente reduzem a atividade da endonuclease de restrição, mas tam-
bém podem causar alterações na sua especificidade, fazendo com que a clivagem do DNA
ocoÍra em outras seqüências de reconhecimento, não-usuais.
A composição de um tampão adequado para BgIII é mostrada na Tabela 4.2. Esse tampão
está em uma concentração 10 vezes maior do que a de trabalho e é diluído quando da sua adi-
ção à mistura da reação. No exemplo apresentado, um volume final adequado para a mistura
da reação seria de 20 pl, se forem adicionados 2 pl de tampão de Bgill l0 x aos 16 pl de DNA
já presentes (Figura 4.1 lb).
A endonuclease de restrição pode agora ser adicionada. Por convenção, uma unidade de
enzima é definida como a quantidade necessária para clivar 1 pg de DNA em uma hora, de
modo que serão necessárias 2 unidades de BglII para clivar 21tg de DNA de ìu. BgIII é fre-
qüentemente obtida em uma concentração de 4 unidades/pl, de modo que 0,5 pl é suficiente
para a clivagem do DNA. Os ingredientes finais na mistura da reação são, portanto, 0,5 pl de
BgIII + 1,5 pl de água, determinando um volume final de 20 p.l (Figura 4.11c).
O último fator a ser considerado é a temperatura de incubação. A maioria das endonuclea-
ses de restrição, inclusive Bg1II, funciona melhor a3'7"C, mas algumas poucas enzimas têm
exigências diferentes. TaqI, por exemplo, é uma enzima de restrição de Thermus aquaticus e,
como a DNA-polimerase de Tgq, possui uma temperatura de trabalho mais elevada. Digestões
de restrição comTaql devem ser incubadas a 65'C para que seja obtida a atividade máxima
da enzima.
Depois de uma hora, a restrição deve ser completa (Figura 4.1 1d). Se os fragmentos de
DNA produzidos pela restrição destinam-se a experimentos de clonagem, a enzima deve ser
destruída de alguma maneira, para que não possa digerir acidentalmente outras moléculas de
DNA que venham a ser adicionadas em um estágio posterior. Existem várias maneiras de
"matar" essa enzima. Para muitas, uma breve incubação a 70'c é suficiente, enquanto para
outras é utilizada uma extração com fenol ou a adição de ácido etilenodiaminotetracético
(EDTA) (que se liga a íons Mg*2, impedindo a ação da endonuclease de restrição) (Figura
4.1 1e).
de reconhecimento pa-
com cada uma dessas Analisando o resultado de uma clivagem de restrição
dos Íragmentos, em
Uma digestão de restrição resulta em vários fragmentos de DNA, cujos tamanhos dependem
das posições exatas das seqüôncias de reconhecimento para a endonuclease na molécula ori-
ginal (Figura 4.10). Para que as endonucleases de restrição possam ser utilizadas em clona-
gem gênica, é obviamente necessário um método para a determinação do número e do tama-
iA de l, (em uma concentra- nho dos fragmentos de DNA gerados por elas. A ocorrência ou não da clivagem da molécula
pode ser evidenciada com facilidade a partir do teste de viscosidade da solução. Grandes mo-
pipetada em um tubo de en- léculas de DNA resultam em uma solução mais viscosa do que uma contendo moléculas me-
do experimento; neste nores, de modo que a clivagem está associada a um decréscimo na viscosidade. A resolução
78 T. A. Bnowr.r
mâea
(a) Adição de 2 pl (b) Adição de 0,5 pl (c) meflIìa
de tampão de de Bglll + 1 ,5 trrl de dife
deH2O ffi
\ ll
Bglll Ent
forese
\_ ..-.......> de rtm:
I
tr L_l
---------->
u
las de ì
VI
DNA
léculas
Nal
r
2 pg de DNA
de À (16 rrl) I
/lncubação a
sar scp
37'c pot th
(d)
f
/
(e) tr
V----.-
W ,/ DNA de À ctivado
Tabela 4.2 Um tampão lOx adequado para a restrição de DNA com BglII
do número e do tamanho dos produtos de clivagem é, contudo, mais difícil. De fato, por mui-
tos anos esse foi um dos aspectos mais tediosos dos experimentos envolvendo DNA. Tais pru
blemas acabaram sendo resolvidos no início da década de 1970, quando foi desenvolvidaa
técnica da eletroforese em gel.
ma e a sua razão entre carga e massa. Infelizmente, a maioria das moléculas de DNA possui a
mesma forma e todas têm razões bastante similares entre carga e massa. Portanto, fragmentos
de diferentes tamanhos não podem ser separados por procedimentos-padrão de eletroforese.
Entretanto, o tamanho da molécula de DNA passa a ser um fator considerável se a eletro-
forese for executada em um gel. Um gel, que é via de regra feito de agarose, de acrilamida ou
de uma mistura de ambas, constitui uma rede complexa de poros, através da qual as molécu-
las de DNA devem passar para atingir o eletrodo positivo. Quanto menor for a molécula de
DNA, mais rapidamente ela pode migrar pelo gel. Portanto, a eletroforese em gel separa mo-
léculas de DNA de acordo com seus tamanhos (Figura 4.12b).
Na prática, a composição do gel determina os tamanhos das moléculas de DNA que podem
ser separadas. Um gel de agarose O,SVo com 0,5 cm de espessura, que possui poros relativa-
(a) EletroÍorese-padrão
DNA Tampão
Tampão
Figura 4.12
postos biológicos, são porta O DNA separa-se em bandas correspondentes
eleúoÍorese-pad rão não se-
a fragmentos de diferentes tamanhos
nte, quando molécu- de DNA de tama-
em direção ao pólo positivo nilirediÍerentes, enquanto (b) a MenoÍ
de dois fatores: a sua for- eletroÍorese em gel o faz.
-
80 T.A.Bnowru
mente grandes, pode ser usado para moléculas na faixa de tamanho qntre 1 e 30 kb, permitin- Auto-ra
do, por exemplo, a clara distinção entre moléculas de 10 e l2kb. No outro extremo da escala, Uma da
um gel de poliacrilamida 4OVo muito delgado (0,3 mm), com poros extremamente pequenos, DNA, A
pode ser utilizado paÍa separÍÌr moléculas de DNA muito menores, na faixa de 1 a 300 pb, per- lizadas i
mitindo a distinção de moléculas cujas extensões diferem em apenas um único nucleotídeo. tecção r
poliacrilamida (Figura 4.13). Bandas mostrando as posições das diferentes classes de tama- lation) <
nho de fragmentos de DNA são claramente visíveis sob irradiação ultravioleta após coloração AT:
com EtBr, desde que esteja presente DNA suficiente. Infelizmente, esse procedimento é bas- A maior
tante perigoso, pois o brometo de etídeo é um agente mutagênico potente e a radiação ultra- quando
violeta utilizada para visualizar o DNA pode causar queimaduras severas. Por essa razão, co- limerase
rantes não-mutagênicos, que coram o DNA de verde ou azul e não requerem irradiação ultra-
violeta para visualização dos resultados, são agora utilizados em muitos laboratórios.
Gel de agarose
Suporte plástico
transparente para UV
lncubação em solução de
EtBr 0,5 pg/ml por 15 min
Bandas de DNA
fluorescentes,
Figura 4.13
Visualização de
bandas de DNA em Figura
um gel de agarose da autr
por coloração com dfrlgtda para vis
brometo de etídeo e
irradiação ultraviole-
tro Õ DÌ,lA rne
UV
ta (UV). umlgd de agar
Cr-oruecrv GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 81
Placa de vidro
ru Colocação de um filme
sensível a raios X
sobre o gel
Figura 4.13
Visualização de
bandas de DNA em Figura 4.14
um gel de agarose da auto-ra-
por coloração com rügnfia para visuali-
brometo de etídeo e Auto-radiograÍia
de DNA marca-
irradiação ultraviole- em
ta (UV). un gel de agarose.
*
:
t
82 T.A.Bnowru
o- o- o- )-c-c\*
Hi/ ll
dos fragmr
.-f--f-o"ì-o-?r, -o tÌ-c--nl"t I
gestão exp
[il1dns nas
,,p,^aio(o lt8;i'
,112."8 Mapeame
uma mol(
Até agora-
K
mentos de
(b) Marcação portranslação de quebras (nicktranstationl na anáIiee
sições rela
quando rrm
colTetÍunetr
^é'* DNA Pot I ra .t.l 7).
*-Pt - Umasé
4 1 / +"p-dArp
meiramentr
Quebras
(nicks) trição der"er
marcadas 195, jg tame
de dig€rúõr
(c) Marcação por preenchimento de extremidades
motempo-.
Figura 4.15 [65 x5 gnzir
Marcação radioativa: (a) tirlansnte- i
estrutu ra do cr-32P-triÍos- de rcação q
Ã--**jrK,r' f
Íato de desoxiadenosina guneetrzir
11a-3'ze1oRre;, (b) mar- A cory
cação do DNA por
restrição. sc
\"{\4 translação de quebras
(nick translation), e (c) te resoll"ida
Extremidade coesiva \ Extremidade de um nrirrr
marcação do DNA por
de EcoRl marcada qinis são- ri
preenchimento de ex-
tremidades. zima não te
Cr-oruaoEu GÊucn E ANÁLtsE oe DNA 83
radioativamente, a mo-
4.2.7 Estimativa do tamanho de moléculas de DNA
r molécula de DNA, mas, A eletroforese em gel separa moléculas de DNA de diferentes tamanhos, com as menores mi-
DNA. O preenchimento de grando maiores distâncias em direção ao eletrodo positivo. Se diversos fragmentos
de DNA
a quebra do DNA, mas que, de tamanhos variados estiverem presentes (o resultado bem-sucedido de umã digestão
de res-
m extremidades coesi- trição, por exemplo), então uma série de bandas apareceráno gel. Como podem ser determi-
uma extremidade nados os tamanhos desses fragmentos?
como na translação de que- O método mais preciso ltlliza arelação matemática que correlaciona a velocidade de mi-
na presença de nucleotí- gração com o peso molecular. A fórmula relevante é:
viabilizam mar-
a
D=a-b(logL/t),
podem ser detectadas em gel
naqualDéadistânciapercorrida,Méopesomolecular eaebsãoconstantesquedependem
visualizadas sob condições
das condições de eletroforese.
Em geral, é utilizada uma maneira muito mais simples, embora menos precisa, para a es-
timativa dos tamanhos de fragmentos de DNA. Uma digestão de restrição-padrão,
[ue inclui
fragmentos de tamanhos conhecidos, é usualmente incluída em cada eletroforese em gel que
é executada. Produtos de restrição de DNA de l, são muitas vezes assim utilizados, como
mar-
cadores de tamanho. Por exemplo, HindIII cliva o DNA de À em oito fragmentos, com tama-
nhos variando entre 125 pb, para o menor, e mais de 23 kb, parco maior. Como os tamanhos
dos fragmentos nessa reação de digestão são conhecidos, os tamanhos dos fragmentos na di-
gestão experimental podem ser estimados a partir da comparação das posições relativas
das
bandas nas duas trilhas do gel (Figura 4.16). Embora de precisão limitada, ósse método pode
' ser executado com apenas 57o de eno, o que é satisfatório na maioria dos casos.
(a) Estimativa grosseiÍa por visualização direta (b) Estimativa gráÍica precisa
Hiúlll Amostra
1" desconhecida 10
-o
!
23130ob---- ã
z
7,5
941 6 ô
6557
_cerca de 5.000 pb õoc
4361 1r-- P z.s
c
2--- _cerca de 3.200 pb (ú
2322
2027 _cerca de 2.000 pb
F
Fo 012345
3---
Distância migrada (cm)
564
Figura 4.16
Estimativa dos tamanhos de fragmentos de DNA em um gel de agarose. (a) Uma estimativa grosseira
do tamanho dos fragmentos pode ser obtida a partir da vÈualização direta. (b) Uma mediçãJmais pre-
cisa do tamanho dos fragmentos é conseguida utilizando-se as mobilidades de Íragmentol
de À-Hr'ndlll
para a construção de uma curva de calibragem; os tamanhos de Íragmentos
desconhecidos podem,
então, ser determinados a partir das distâncias que migraram.
Mapa de restrição
legnr I san
ò laamHr À
o
P''- írN;
\
g--_e_
_í-
Figura 4.17
Para obtenção do gene D, digerir com BamHl + Sa/l Utilização de um ma-
pa de restrição para
deÍinir as endonu-
---*,
AAB
ffi ,-il. cleases de restrição
que devem ser utili-
n.---42.,c, ^ ,s*Z)
t*--'À
zadas para a obten-
ção de Íragmentos
Figura 4.1
Uapearne
contendo genes indi- e l(prttta
viduais.
ì
:
F
I
Cronnceu GÊNtcA E ANÁLtsE oe DNA 85
Xbal 2 24,O;24,5
xhd 2 15,0; 33,5
Kpnl 3 1 ,5; 17,0; 30,0
Gonclusóes:
Íragmentos de Xbal
Íragmentos de Xhd ,9,0, , 15,0 , , 24,5 ,
Xbal
fragmentos de Xhd , 15,0 , , 33,5 ,
Xhol Xbal
Uma estimativa grosseira A única possibilidade é:
15,0 9,0 24,5
(b) Uma medição mais pre-
de fragmentos de l,-Hr'ndlll
(3) Todos os sítios de Kpnl estão no Íragmento de 24,5 kb de Xbal, pois
desconhecidos podem,
o fragmento de 24,0 kb fica intacto após a digestão dupla com
XbalKpnl.A ordem dos fragmentos de Kpnl somente pode ser
determinada por digestão parcial.
Digestão paÌcial
Conclusões:
Kpnls
O mapa de Kpnl deve ser:
30,0 1,5 17,O
deÍinir as endonu-
cleases de restrição
que devem ser utili-
Figura 4.18
zadas para a obten-
Mapeamento de restrição. Este exemplo mostra como as posições dos sítios de Xbal, Xhol
ção de Íragmentos e Kpnl na molécula de DNA de À podem ser determinadas.
contendo genes indi-
viduais.
86 T.A. BRowN
uma temperatura baixa (por exemplo , a 4" C em vez de a 37 " C) , o que limita a atividade da en-
zima.
O resultado de uma digestão parcial é um padrão complexo de bandas em um gel de ele-
troforese. Fragmentos adicionais, com diferentes tamanhos, são visualizados juntamente com
os fragmentos-padrão, produzidos por digestão total. Os fragmentos adicionais correspondem
a moléculas que incluem dois fragmentos de restrição adjacentes, separados por um sítio que
não foi clivado. Os seus tamanhos indicam quais fragmentos de restrição da digestão comple-
ta estão próximos um ao outro na molécula não-clivada (Figura 4.18).
moler
4.3.1 O modo de ação da DNA-ligase
Todas as células vivas produzem DNA-ligases, mas aenzimautilizada em engenharia genéti-
ca é geralmente a purificada de bactérias E. coli que foram infectadas com fago T4. Na célu-
la, essa enzima executa uma função muito importante, reparando quaisquer descontinuidades
que venham a surgir em uma das fitas de uma molécula de fita dupla (Figura 4.4a). Uma des-
continuidade é simplesmente uma posição na qual uma ligação fosfodiéster entre nucleotí-
deos adjacentes está faltando (note a diferença em relação a uma quebra fnick],naqual um ou
mais nucleotídeos estão ausentes). Embora as descontinuidades possam surgir em decorrên-
cia de quebras aleatórias de moléculas de DNA celular, elas também surgem como um resul-
tado natural de processos como a replicação e a recombinação do DNA. Portanto, as ligases
desempenham funções vitais na célula.
Em tubo de ensaio, DNAìigases purificadas, além de repararem descontinuidades de fi-
tas simples, também podem unir moléculas de DNA individuais ou as duas extremidades de
uma mesma molécula. A reação química envolvida na ligação de duas moléculas é exatamen-
te a mesma que ocorre na reparação de descontinuidades, exceto pelo fato de que duas liga-
ções fosfodiéster devem ser estabelecidas, uma para cada fita (Figura 4.20a).
cene
\
de bandas em um gel de ele-
visualizados juntamente com +B L DNA a ser
adicionais correspondem
clonado
separados por um sítio que
I
restrição da digestão comple- Vetor DNA-lisase
4.18). I
é a união da molécula do
chamado de ligação e aenzi- Figura 4.19
O--""""
Molécula de DNA
lLil#o: a etapa final na construção de uma recombinante
molécula de DNA recombinante.
em engenharia genéti-
com fago T4. Na célu-
quaisquer descontinuidades (a) Ligação de extremidades cegas
(Figura 4.4a). Uma des-
-.oF{rcrcl-o
tr I
re
llr +
fosfodiéster entre nucleotí- -ffi }-+€--a-
quebra fnickl,naqual um ou
possÍÌm surgir em decorrên-
surgem como um resul-
do DNA. Portanto, as ligases
Oligonucleotídeos de ligação
O primeiro desses métodos envolve o uso de oligonucleotídeos de ligação (/izfters). Esses
oligonucleotídeos são pequenos pedaços de DNA de fita dupla, de seqüência nucleotídica co-
nhecida, que são sintetizados em tubo de ensaio. Um oligonucleotídeo de ligação típico é
mostrado na Figura 4.2la.Ele possui extremidades cegas, mas contém um sítio de restrição, Figura 4
para BamHl no exemplo mostrado. A DNA-ligas e é capaz de ligar tais oligonucleotídeos às Cligonucleotídeos
extremidades de moléculas de DNA maiores, também cegas. Apesar de ser uma ligação de ex- fuação (linkers) e t
tremidades cegas, é possível executaÍ essa reação em particular de maneira bastante eficiente, rrrilÊ:açãs; (a) a eStn
pois oligonucleotídeos sintéticos, como os de ligação, são passíveis de produção em grandes mfípie de um oligo
quantidades e adicionados à mistura de ligação em uma concentração elevada. deotídeo de ligaçã
Mais de um oligonucleotídeo irá ligar-se a cada extremidade da molécula de DNA, produ- {b) a ligação de oli
nucleotídeos a u
zindo a estrutura em cadeia mostrada na Figura4.2lb.Mas a digestão com BamHI cliva as ca-
nnnnlécula de extremi
deias nas seqüências de reconhecimento, produzindo um grande número de oligonucleotídeos
des ceg
clivados e o fragmento de DNA original, agora portador de extremidades coesivas de BamHI.
Esse fragmento modifìcado está pronto para ligação em um vetor de clonagem clivado com
BamHL
Adaptadores
Há um problema em potencial na utilização de oligonucleotídeos adaptadores. Considere o
que iria acontecer se a molécula de extremidades cegas mostrada na Figura 4.21b contivesse
uma ou mais seqüências de reconhecimento de BamHI. Se esse fosse o caso, a etapa de restri-
ção necessiíriapara a clivagem dos oligonucleotídeos de ligação e produção das extremidades
coesivas também clivaria a molécula de extremidades cegas (Figura 4.22). Osfragmentos re-
sultantes teriam as extremidades coesivas coffetas, mas isso não compensaria o pioblema ge-
rado pela quebra em dois pedaços do gene contido no fragmento de extremidadãs cegas.
O segundo método para ligar extremidades coesivas a uma molécula de extremidades ce-
gas foi idealizado para evitar esse problema. Os adaptadores também são oligonucleotídeos
sintéticos curtos. Mas, ao contriírio dos oligonucleotídeos de ligaição, eles são sintetizados
de
maneira a já possuírem uma extremidade coesiva (Figura 4.23a). Obviamente, a idéia é ligar
a
extremidade cega do adaptador às extremidades cegas do fragmento para aprodução de
, uma
nova molécula com extremidades coesivas. O método pode parecer simples, mas, na prâtica,
ele leva ao surgimento de novos problemas. As exÍemidades coesivas de moléculas individuais lllm possível probl
do adaptador podem parear suas bases entre si, formando dímeros (Figura 4.23b), o que faz uuüIzação de oligont
com que a nova molécula de DNA continue tendo extremidades cegas (Figura 4.23c).As @- Compare esüa
ex-
tremidades coesivas poderiam ser recriadas pela digestão com uma endonuclease de restrição, suÌtado desejad
mas isso iria eliminar a vantagem primríria da utilização de adaptadores.
Ba'rrïl, como r
Cr-oruneeu GÊNrcA E ANÁusE oe DNA 89
adaptadores. Considere o
na Figura 4.21b contivesse
esse fosse o caso, a etapa de resri-
e produção das extremidades
(Figwa4.22). Os fragmentos re-
BamHl
não compensaria o problema ge-
de extremidades cegas.
uma molécula de extremidades ce-
também são oligonucleotídeos
de ligação, eles são sintetizados de
4-23a). Obviamente, aidéia é ligara
--ttt-- -E-
fragmento, para a produção de uma
Figura4.22
parecer simples, mas, na práticq
possível problema decorrente da
-Éat-- -í- --E-
coesivas de moléculas individuais
de oligonucleotídeos de liga- -í- -í-
dímeros (Figura 4.23b), o que faz
Gompare esta situação com o re- -Ê-
idades cegas (Figura 4.23c). As ex- güado desejado da restrição com Clivagens devidas a
com uma endonuclease de restrição, Berrifll, como mostrado na Figura sítios de EamHl internos
4.21b.
90 T. A. Bnowlr
G_A-T-C_C-C_G-G
ttlt
c-c_c_c
Extremidade coesiva de Bam9l
A resposta para esse problema está na estrutura química precisa das extremidades da mo-
lécula adaptadora. Normalmente, as duas extremidades de uma fita polinucleotídica são qui-
micamente distintas, um fato que se torna claro a partir do exame da estrutura po-
limérica do DNA (Figura 4.24a). Uma das extremidades, chamada"uidudoro
de 5'-terminal, é portaão-
ra de um grupo fosfato (5'-P); a outra, a 3'-terminal, possui um grupo hidroxila (:'-ou).
Na
hélice dupla, as duas fitas são antiparalelas (Figura4.24b), de modo que cada extremidade
de Ftgura
uma molécula de fita dupla consiste em um terminal 5'-P e um terminal 3'-OH. A ligação
nor- mücürçao enfe c
malmente acontece entre as extremidades 5'-p e 3'-OH (Figura 4.24c).
5e 3'de um
As moléculas adaptadoras são sintetizadas de modo que a extremidade cega é a mesma nudeoti
de
um DNA "natural", mas a extremidade coesiva é diferente. O terminal 3'-OH da
extremidade
coesiva é o usual, mas o terminal 5'-P é modificado; ele não possui o grupo fosfato,
sendo, na
verdade, um terminal 5'-oH (Figura 4.25a).4 DNA-ligase é incapaid" fo.-u.
uma ligação
fosfodiéster entre extremidades 5'-oH e 3'-oH. o resultado disso é que, embora Produçã
,errp..
ocoffa o pareamento de bases entre as extremidades coesivas de moléculas adaptadoras, cauda h(
eisa
associação nunca é estabilizada por ligação (Figura 4.25b).
os adaptadores podem, portanto, ser ligados a uma molécula de DNA, mas não uns aos Atécnicad
outros. Depois da ligação dos adaptadores, os terminais 5'-OH anormais são convertidos dagem radi
à DÌrIA de er
forma 5'-P natural por tratamento com a enzimapolinucleotídeo-quinase (p. 70), originando
as subunid:
um fragmento de extremidade coesiva que pode ser inserido em um vetor adequado.
Daé 'rn ex
Í
i
Cloruncev GÊrurcn e AruÁuse oe DNA 91
Figura 4.23
Os adaptadores e o
problema potencial
-O-P:O
o
decorrente de seu
uso. (a) Adaptador tÊ
\ cF.o__._ïa."
V
pico. (b) Dois adapta-
dores podem ligar-se
um ao outro para pro-
duzir uma molécula o
similar a um oligonu- -o-eço
cleotídeo de ligação, o
de modo que (c) após t"". Base
a ligação de adapta- ",
dores a moléculas de
extremidades cegas,
elas ainda apresen- (b) Na hélice dupla, as Íitas polinucleotídicas çì
OH
tam esse tipo de ex- são antiparalelas
tremidade, necessi- s', 3'
3',
Figura 4.25
O uso de adaptado-
res: (a) A estrutura
real de um adapta-
dor, mostrando o
terminal 5'-OH mo-
diÍicado. (b) Conver-
são das extremida-
des cegas em coesi-
vas pela ligação de
adaptadores.
vel o suficientepara ser introduzida em uma célula hospedeira, no estágio seguinte do expe-
rimento de clonagem (Figura 1.1). Uma vez no interior da hospedeira, a molécula de DNA re-
combinante poderá ser reparada pela DNA-polimerase e pela DNA-ligase da própria çélula,
que completarão a construção iniciada em tubo de ensaio.
Figura 4.25
O uso de adaptado- G
G
res: (a) A estrutura G
G
real de um adapta-
dor, mostrando o
terminal 5'-OH mo-
diÍicado. (b) Conver- -c^
-c:c^
são das extremida-
des cegas em coesF Vetor - caudas de poli(dC)
ï\----.
vas pela ligação de
adaptadores. G
lnserto dê DNA -
caudas de poli(dG) )
-C6
clc
terminal (p.70),
uma molécula de DNA de Molécula de DNA recombinante
desoxirribonucleotídeo, é Figura 4.26 (c) As etapas de reparação
de cauda ho- 0uebra
ionadas de cauda, os ho- ilmpdimérica (homa --'---r----r-----T--f-G-G-G-G / r---r l-rT-----
II
de polidesoxicitosina (po- pfuner tailing): (a) Ë;-ë-ë-c-c-c
"
ser clonado. Quando as mo- de uma cauda ./"
Descontinuidade
as duas caudas (Figura lliunopolimérica, (b)
ustrução de uma
exatamente do mesmo ta-
rrËqrla de DNA re-
a partir de A polimerase de Klenow
resultantes apresentarem
umìretor e de um in- repara a quebra
las é, portanto, um pre
de DNA, ambos
das quebras, se- r-r--r-r--rG-G
de cauda, -G-G -G -G-G
rrrrrf_c_c_c_c_c_c
faltantes. Nem sempru e (c) reparação da
ensaio. Se as caudas homo- tmÉrlade DNA re- \"""""
Ídeos, são formadas unrnôinante. dCTP = Aìgase repaÍa as
de DNA üi.üilosfato de 2'-de- descontinuidades
ligada, é muitas vezes está soxicitidina.
94 T. A. Bnowr.r
Leituras adicionais
Brown, T.A. (1998) Molecular Biology Labfar. Volume I: Recombinant DNA, 2nd edn. Academic press,
London.
[Contém detalhes a respeito de todos os tipos de enzimas utilizadas na manipulação de DNA e RNA.]
Jacobsen, H., Klenow, H. & Overgaard-Hansen, K. (1974) The N-terminal amino acid sequences
of DNA polymera-
selfromEscherichiacoliandofthelargeandsmallfragmentsobtainedbyalimitedproteolysis. EuropeanJour-
nal of Biochemistry, 45, 623-7 . [Produção do fragmento de Klenow da DNA-polimerase I.]
Lobban, P. & Kaiser, A.D . (1973) Enzymatic end-to-end joining of DNA molecules. Joumal of Molecular Biology.,
79, 453-71. [Ligação.]
McDonell, M.W., Simon, M.N. & Studier, F.W. (1977) Analysis of restriction fragments of T7 DNA and determina-
tion of molecular weights by electrophoresis in neutral and alkaline gels. Journal of Molecular Biotogy, Il0,
1 19-46. [Um exemplo inicial do uso da eletroforese em gel de agarose na análise dos tamanhos de fragmentos
de restrição.l
REBASE: wwwneb.com/rebase/rebase.html [Uma listagem abrangente de todas as endonucleases de restrição co-
nhecidas e dos respectivos sítios de reconhecimento.]
Roústeìn, R.J., Lau, L.F., Bahl, C.P., Narang, N.A. & Wu, R. (1979) Synthetic adaptors for cloning DNA. Methods
in Enzymology, 68, 98-109.
Smith' H.O. & Wilcox, K.W. (1970) A restriction enzyme from Haemophilus influenTae. Journal of Molecular Bioptg;.
51, 379-91. [uma das primeiras descrições completas de uma endonuclease de restrição.]
t\s
cu}
tro(
pan
nÍì5
con
der
mitt
rre{
süEl
c,op
pôÍr
zes
DN.
mili
€tap
bink
i
nig,
$ar c
hém
DTLJ
CnpÍrulo 5
;2nd edn. Academic press, London.
ipulação de DNA
n
e RNA.I
acid sequences of DNA polymera-
lntrodução de DNA em Células Vivas
r limited proteolysis. European Jour-
[-polimerase I.]
ales. Journal of Molecular Biotogy,
Transformação: a incorporação de DNA por células Introdução de DNA de fagos em células bacterianas,
bacterianas, 98 105
Identificação de recombinantes, l0l Identificação de fagos recombinantes, I 09
Transformação de células não-bacterianas, I l0
As manipulações descritas no Capítulo 4 permitem que o biólogo molecular crie novas molé-
culas de DNA recombinante. A etapa seguinte em um experimento de clonagem gênica é a in-
trodução dessas moléculas em células vivas, geralmente bactérias, que então multiplicam-se
para produzir clones (Figura 1.1). Estritamente falando, a palavra "clonagem" refere-se ape-
nas aos estágios finais do processo e não propriamente à construção da molécula de DNA re-
combinante.
A clonagem serve a dois propósitos principais. Primeiramente, ela permite que um gran-
de número de moléculas de DNA recombinante seja produzido a partir de uma quantidade li-
mitada de material de partida. No início, podem estar disponíveis apenas uns poucos nanogra-
mas de DNA recombinante, mas cada bactéria que incorpora um plasmídeo divide-se subse-
qüentemente várias vezes para produzir uma colônia, na qual cada célula contém múltiplas
cópias da molécula. Viírios microgramas de DNA recombinante podem, via de regra, ser pre-
parados a paÍir de uma única colônia bacteriana, o que representa um aumento de 1.000 ve-
zes sobre a quantidade inicial (Figura 5.1). Se a colônia é uirllizada não como uma fonte de
DNA, mas como um inóculo para uma cultura líquida, as células resultantes podem fornecer
miligramas de DNA, um aumento de um milhão de vezes no rendimento. Dessa maneira, a
etapa de clonagem é capaz de suprir as grandes quantidades de DNA necessárias para estudos
biológico-moleculares da estrutura e da expressão gênicas (Capítulos 10 e 11).
A segunda função importante da clonagem pode ser descrita como de purificação. As ma-
nipulações que resultam em uma molécula de DNA recombinante apenas raramente podem
ser controladas ao ponto de não permitirem que qualquer outra molécula de DNA esteja tam-
bém presente no final do processo. A mistura de ligação pode conter, além da molécula de
DNA recombinante, uma quantidade variável dos seguintes componentes (Figura 5.2a):
96 T.A.Bnown
oo
oOO
Uma única célula contendo
múltiplas ópias de uma
o-ôo_o
ooE molécula de DNA recombinante
Permite a obtenção
de várias pg de DNA
recombinante
lnoculação em 500 ml de
meio líquido, incubação
por 1 I horas
Permite a obtenção de
várias mg de DNA Figura 5.1
._.2
recombinante A clonagem é capazde
gerar grandes quantida-
des de DNA recombi-
nante.
Moléculas não-ligadas raramente causam algum problema, pois, mesmo que sejam incor-
poradas por células bacterianas, somente sob circunstâncias excepcionais serão replicadas. É
muito mais provável que esses pedaços de DNA sejam degradados por enzimas da bactéria
hospedeira. Por outro lado, moléculas de vetor autoligadas e Blasmídeos recombinantes incor-
retos são replicados de maneira tão eficiente quanto a molécula desejada (Figura 5.2b). Mes-
mo assim, a purificação da molécula desejada ainda pode ser conseguida por meio da clona-
gem, pois é extremamente incomum que qualquer célula incorpore mais de uma molécula de
DNA. Cada célula dá origem a uma única colônia, de modo que cada um dos clones resultan-
tes consiste em células que contêm a mesma molécula. É claro que colônias diferentes con- Figura 5
têm moléculas diferentes: algumas guardam a molécula de DNA recombinante desejada, ou- A clonaç
tras possuem diferentes moléculas recombinantes e outras, ainda, contêm o vetor autoligado. diÍerents
O problema passa a ser, portanto, a identificação das colônias com plasmídeos recombinantes
corretos.
Cr-orunceu GÊNrcA E ANÁLrsE DE DNA 97
í- L Vo"""
\_-/
ti /--\ ,--Gene
\_-_. \_-,
Moléculas de vetor A molécula de DNA
recombinante
i,r-.-rhÀ^
li::ïï',ï'"Í'"""-^
aìo
\í-ì
desejada
"incorretas"
\----i
(b) Todas as moléculas circulares serão clonadas
Figura 5.1
A clonagem é capaz de
gerar grandes quantida- Célula contendo Célula contendo uma
des de DNA recombi- o vetor autoligado molécula de DNA
nante. recombinante "inconeta"
de DNA I
I
pois, mesmo que sejam incor-
ionais serão replicadas. É
por enzimas da bactéria
recombinantes incor-
/ \
desejada (Figura 5.2b). Mes-
Clone do vetor autoligado \ Clone de uma
conseguida por meio da clona- O clone desejado molécula "incorreta"
mais de uma molécula de
cada um dos clones resultan-
que colônias diferentes con- Figura 5.2
recombinante desejada, ou- A clonagem é análoga a um processo de purificação. A partir de uma mistura de moléculas
, contêm o vetor autoligado. diferentes, podem ser obtidos clones contendo cópias de apenas uma molécula.
plasmídeos recombinantes
98 T.A. Bnowru
Este capítulo trata da maneira pela qual vetores plasmidiais e virais e moléculas recombi-
nantes deles derivadas são introduzidos em células bacterianas. Ao longo do capítulo, ficaní
Itl2 Prepara
evidente que a seleção de colônias contendo moléculas recombinantes em meio a colônias Assim co
com o vetor autoligado é relativamente simples. O mais difícil é a distinção entre clones com fuadamen
a molécula de DNA recombinante correta e todos os demais clones recombinantes, que será do foi obs
tratada no Capítulo 8. lada capu
mM de clr
cloreto de
5.1 TrasÍormação: a incorporação de DNA por Ainda
células bacterianas deterrnina
responsáv
ja qual for
A maioria das espécies de bactéria é capaz de incorporar moléculas de DNA a partir do meio
corporaçã
no qual elas se multiplicam. Muitas vezes, uma molécula de DNA incorporada dessa manei-
exterior ú
ra é degradada, mas, ocasionalmenÍe, ela é capaz de sobreviver e replicar-se na célula hospe-
efetiva mc
deira. Isso acontece sobretudo se a molécula de DNA for um plasmídeo com uma origem de
breve elev
replicação reconhecida pelo hospedeiro.
que térmi(
A incorporação e a manutenção estável de um plasmídeo é em geral detectada a partir da
análise da expressão de genes nele contidos (p. 25).Por exemplo, células de E. coti'são nor-
Seleção r
malmente sensíveis aos efeitos inibitórios da multiplicação proporcionados pelos antibióticos
ampicilina e tetraciclina. Entretanto, células que contêm o plasmídeo pBR322 (p. 116-l l7)" A transfor
um dos primeiros vetores de clonagem a serem desenvolvidos, ainda na década de 1970, são cuidadosar
resistentes a tais antibióticos. Isso ocorrb porque pBR322 é portador de alguns genes especí Possa gera
ficos: um gene que codifica uma p-lactamase, enzima que modifica a ampicilina para de todas as
forma não-tóxica para abacténa, e um conjunto de genes que codificam enzimas que pe+rcnatr
xificam a tetraciclina. A entrada de pBR322 nas células de E. coli pode ser detectada te. Esse últ
as bactérias são transformadas de sensíveis à ampicilina e à tetraciclina(amp'tet') em resi
tes a esses antibióticos (ampotet*).
Em anos mais recentes, o termo transformação foi estendido e passou a incluir a incr-
poração de qualquer molécula de DNA por qualquer tipo de célula, independentemente de eri
sa incorporação resultar ou não em uma alteração detectável na célula e não importando se t
célula envolvida é de uma bactéria, de um fungo, de um animal ou de um vegetal.
Plasmídeo ligado
DNA ao exterior da célula
Bactéria normal
Figura 5.3
Aligação ao DNA e a
ua incorporação por
uuna célula bacteriana Célula transÍormada
competente.
100 T. A. Bnowlr
tre uma célula que incorporou um plasmídeo dos muitos milhares de células que não foram as cólula
transformadas. resistênc
A resposta para o problema é aúilização de um marcador de seleção presente no plasmí-
deo. Um marcador de seleção é simplesmente um gene que confere uma nova característica à
célula transformada, que não ocorre em uma bactéria não-transformada. Um bom exemplo de W ldentifir
marcador de seleção é o gene de resistência à ampicilina de pBR322. Após um experimento
de transformação com pBR322, somente aquelas células que incorporaÍam o plasmídeo são O plaqut
o*p*t"f e capazes de formar colônias em um meio de ágar que contém ampicilina ou tetraci- formant(
clina (Figura 5.4); não-transformantes, que ainda sáo ampstets, não produzem colônias no tas por cr
meio seletivo. Células transformantes e não-transformantes são, portanto, facilmente distin- tor autol
guidas umas das outras. to de DÌr
A maioria dos vetores de clonagem carrega pelo menos um gene que confere resistência a combin:
antibiótico às células hospedeiras, com a seleção de transformantes sendo feita por plaquea- inativadr
mento em meio de ágar que contém o antibiótico relevante. Tenha em mente, contudo, que a da inatir
resistência ao antibiótico não é devida meramente à presença do plasmídeo nas células trans- pBR322
formadas. O gene de resistência no plasmídeo também deve ser expressado para sintetização
da enzima que destoxifica o antibiótico. A expressão do gene de resistência começa imedia- t21 Seleção
tamente após a transformação, mas leva alguns minutos até que a célula contenha uma quan- deumg
tidade de enzima suficiente para ser capaz de suportar os efeitos tóxicos do antibiótico. Por
O pBR3l
essa razão, as bactérias transformadas não devem ser plaqueadas em meio seletivo imediata-
mente após o tratamento por choque térmico. Em primeiro lugar, elas devem ser colocadas em
tura do r
exemplo
um pequeno volume de meio líquido, na ausência de antibiótico, e incubadas por um cuÍo pe-
sistência
íodo. A replicação plasmidial e a expressão podem então ser iniciadas, de modo que, quando
adiciona
tetracicl
DNA ins
ampicilir
Célula de
Célula de E. coli normal E. coli
(sem plasmídeos)
contendo
plasmídeos
pBR322
Não
sobrevive Sobrevive e produz
uma colônia Fi,
Epessao Íenotípi
Figura 5.4 ihrmuôaçao a 37"C 1
de células que não foram as células forem plaqueadas e encontrarem o antibiótico, elas já terão sintetizado enzimas de
resistência suficientes para poder sobreviver (Figura 5.5).
seleção presente no plasmí-
uma nova característica à
Um bom exemplo de ü.2 Identificação de recombinantes
22. Após um experimento
orporaram o plasmídeo são O plaqueamento em um meio seletivo permite a distinção entre transformantes e não-trans-
contém ampicilina ou tetraci- formantes. O problema seguinte é determinar quais das colônias transformantes são compos-
. não produzem colônias no tas por células que contêm moléculas de DNA recombinante e quais contêm moléculas de ve-
portanto, facilmente distin- tor autoligadas (Figura 5.2). Na maioria dos vetores de clonagem, a inserção de um fragmen-
to de DNA no plasmídeo destrói a integridade de um dos genes presentes na molécula. Os re-
Eene que confere resistência a combinantes podem, portanto, ser identificados porque a caracteística codificada pelo gene
tes sendo feita por plaquea- inativado não é mais apresentada pelas células hospedeiras (Figura 5.6). Os princípios gerais
em mente, contudo, que a da inativação por inserção são ilustrados por um experimento de clonagem típico usando
plasmídeo nas células trans- pBR322 como vetor.
erpressado para sintetização
resistência começa imedia- 1 Seleção de recombinantes com pBR322: inativação por inserção
a célula contenha uma quan- de um gene de resistência a antibiótico
tóxicos do antibiótico. Por
em meio seletivo imediata- O pBR322 possui vários sítios de restrição únicos, os quais podem ser utilizados para a aber-
elas devem ser colocadas em tura do vetor antes da inserção de um novo fragmento de DNA (Figura 5.7a). BamHI, por
e incubadas por um curto pe- exemplo, cliva pBR322 em apenas uma posição, no agrupamento de genes que codifica a re-
iadas, de modo que, quando sistência à tetraciclina. Uma molécula de pBR322 recombinante, que carÍega um segmento
adicional de DNA no sítio de BamHI (Figura 5.7b), não é mais capaz de conferir resistência à
tetraciclina para a célula hospedeira, pois um dos genes necessários foi interrompido pelo
DNA inserido. Células com essa molécula de pBR322 recombinante ainda são resistentes à
ampicilina, mas são sensíveis à tetraciclina çampRtef).
Proteína de resistência
a antibiótico
Plasmídeo
lmediatamente após
a transÍormação
Figura 5.S
Eryressão Íenotípica. U ma
Figura 5.4 hnòação a37'C por t ho-
Seleção de célu- m antes do plaqueamento
las que contêm rflrrÌenta a taxa de sobrevi-
plasmídeos r€ncia das transformantes
pBR322 por pla- um rneio seletivo, porque as Após incubação a
queamento em lMérias tiveram tempo pa- 37"C por t hora
meio de ágar con- mhiciar a sÍntese das enzi-
tendo ampicilina mas de resistência a anti-
e/ou tetraciclina. biótico.
1O2 T.A.Bnowru
Gene-alvo para
inativação por inserção
Figura 5.6
lnativação por inserção. (a)
A molécula de vetor não-re-
combinante normal é porta-
dora de um gene cujo pro-
______________-, Sem o produto
duto conÍere uma caracte-
do gene
rística selecionável ou iden-
Oretor de clonagem
tificável à célula hospedei-
llhÍa normal do vetor
lh recombinante cont€
ra. (b) Esse gene é inativa-
adicional de DNA i
do quando novo DNA é in-
serido no vetor; em conse-
fufiI\. Para um rna
qüência disso, o hospedei- de pBR3
Gene-alvo interrompido
ro recombinante não apre-
senta a característica rele-
vante.
tÍ;,n 2 A inativaçi
resistêncii
A seleção de recombinantes de pBR322 é executada da seguinte maneira. Após a transfor- A inativação
mação; as células são plaqueadas em meio com ampicilina e incubadas até que apareçam âs veniente par
colônias (Figura 5.8a). Todas essas colônias são transformantes (lembre-se de que células plasmidiais u
não-transformadas são a^pt e não produzem colônia no meio seletivo), mas somente umas tador do gen
poucas contêm moléculas de pBR322 recombinantes: a maioria tem o plasmídeo normal, au-
enzima p-gal
toligado. Para identificação dos recombinantes, as colônias são plaqueadas em réplica em
lacZ, coma
meio de ágar que contém tetraciclina (Figura 5.8b). Após a incubação, algumas das colônias
dase (Figura
originais desenvolvem-se novamente, enquanto outras, não (Figgra 5.8c). Aquelas que se de-
A p-galar
senvolvem consistem em células portadoras do pBR322 normal, sem inserção de DNA, e,
mais galactor
portanto, de um agrupamento funcional de genes de resistência à tetraciclina (amp*tet*;. As
mo de E. coli
colônias que não se desenvolvem em ágar com tetraciclina são recombinante s (amp*tets); co-
um segmento
mo a posição delas nas placas é conhecida, é possível a recuperação de amostras para estudos
sidase (Figur
adicionais a partir da placa original de ágar com ampicilina.
abrigam um I
Um exper
com ampicilir
lactosidase. C
Croruncev GÊNtcA E ANÁLtsE oe DNA lGl
Gene de
resistência
à ampicilina
Agrupamento
de genes de
resistência à
tetraciclina
ampRte4
I Blocode I I I
I madeira I .l I Cétutasaderidas
I 1..r.,r.'...1 ,/ 1r...r..r......1 ao bloco
Superfície
de toque
' / ï-f-\---
I / de toque I
WM
rncunaçao
meio
Colônias em Meio com
\ /
com ampicilina tetraciclina ColôÀias tetB
@ ueúor de clonagem
(c) Colônias amfteF desenvolvem-se em meio com tetraciclina lnrmltÉcrrla de vetor non
Ímrécula recombiÍìar
I]llll]rÍ| segmento adiciona
Posição de recombinante ampqteÊ
serido no sítio de,
tem uma cq
Figura 5.8 sídeo,IPTG
Seleção de recombinantes de pBR322 por inativação por inserção do gene de resistência à tes, formadr
tetraciclina. {a) As células são plaqueadas em ágar com ampicilina: todas as transÍormantes binantes, cot
produzem colônias. (b) As colônias são plaqueadas em réplica em meio com tetraciclina. (c) cas. Esse sis
As colônias que se desenvolvem em meio com tetraciclina são amp'tef e, portanto, não-re-
combinantes. Recombinantes (ampBtef) não se desenvolvem, mas suas posições na placa
de ampicilina são conhecidas.
E3 lntroduçã
Existem doi:
tizar B-galactosidase (Figura 5.9a); recombinantes também são ampR, mas são incapazes de
da com um r
produzir B-galactosidase (Figura 5.9b).
A identificação da presença ou da ausência da p-galactosidase é de fato bastante fácil. Em ção e empr
vez de realizat um ensaio para a detecção da quebra de lactose em glicose e galactose, é exe-
cutado um teste para a detecção de uma reação um pouco diferente, também catalisada pela
["3.1 TransÍecçi
enzima. Essa reação envolve um análogo da lactose, chamado X-gal (5-bromo-4-cloro-3-in- Esse process
dolil-B-D-galactopiranosídeo), o qual é degradado pela p-galactosidase em um produto que um fago em
F
Cr-ounoev GÊNtcA E ANÁLrsE oe DNA 105
(a) pUCB
Gene de
resistência
à ampicilina
amf ftgat'
(b) Uma molécula de pUCB recombinante
Figura 5.9
O vetor de clonagem pUCS: (a) a
nrm*écula de vetor normal, (b) uma
nnolécula recombinante contendo
Íun segmento adicional de DNA in-
serido no sítio de BamHl.Para
ampR pgaf
mapas mais detalhados de pUC8,
ver Figuras 6.3 e 6.4.
tem uma cor azul-escuro. Se X-gal (mais um indutor da enzima, como o isopropiltiogalacto-
sídeo, IPTG) for adicionado ao ágar juntamente com ampicilina, as colônias não-recombina-
do gene de resistência à tes, formadas por células que sintetizam B-galactosidase, terão cor.azlul, enquanto as recom-
todas as transÍormantes binantes, com o gene lacZ' intenompido e incapazes de produzir B-galactosidase, serão bran-
rneio com tetraciclina. (c) cas. Esse sistema, chamado de seleção Lac, está resumido na Figura 5.10b.
t=tef e, portanto, não-re-
suas posições na placa
5.3 lntrodução de DNA de fagos em células bacterianas
Existem dois métodos diferentes pelos quais uma molécula de DNA recombinante construí-
, mas são incapazes de
da com um vetor derivado de fago pode ser introduzida em uma célula bacteriana: transfec-
ção e empacotamento in vitro.
é de fato bastante fácil. Em
gÌicose e galactose, é exe-
5.3.1 TransÍecção
. também catalisada pela
(5-bromo-4-cloro-3-in- Esse processo é equivalente à transformação, com a diferença de que o DNA envolvido é o de
em um produto que um fago em vez do de um plasmídeo. Assim como com um plasmídeo, o DNA de fago puri-
:
106 T. A. Bnowrl
No segundo sil
(a) A Íunção do gene tacz' mutação em um 91
E. coli lacZ'- +pUC8 uma das linhagens
linhagens é capaz
to do gene mutado
tos de todas as ou
Molêculas
oQo mistura de empacc
incompletas
) I
culturas celulares-
./9oQ Moléculas
de B-galac-
tosidase
pUCS completas
- Fragmento da p-galactosidase codiÍicado pelo gene bacteriano
e Fragmenlo da B-galactosidase codificado pelo gene plasmidial
Figura 5.10
c Molécula de P-galactosidase completa
A base teórica da ina-
(b) Seleção de recombinantes de pUCB tivação por inserção
do gene lacZ'presen-
'+ X-gal + IPTG te em pUC8. (a) Os
genes bacteriano e
Colônia azul = não-recombinante
plasmidial comple-
mentam-se um ao ou-
Colônia branca = recombinante
tro para produzirem
uma molécula de p-
galactosidase Íuncio-
colônias azuis = p-galactosidase sintetizada nal. (b)Os recombi-
X-gal-+ produto azul nantes são seleciona-
Colônias brancas = p-galactosidase não-sintetizada dos a partir do pla-
X-gal-+ sem produto azul queamento em ágar
contendo X-gal e
IPTG.
ficado ou uma molécula de fago recombinante é misturado com células de E. coli competen-
tes, com a incorporação do DNA induzida por choque térmico. Figura 5.11
Empacotamento in vi-
5.3.2 Empacotamento in vitro Íro. (a) Síntese das
proteínas do capsídeo
A transfecção com moléculas de DNA de l, não é um processo muito eficiente quando com-
de i, pela linhagem de
parada com a infecção de uma cultura de células com partículas de fago l, maduras. Seria,
E coli SMR10, que é
portanto, útil se moléculas de l" recombinantes pudessem ser empacotadas na estrutura de ca- portadora de um Íago
beça e cauda de l, em um tubo de ensaio. que possui sítios cos
Isso pode parecer difícil, mas, na realidade. é um processo de execução relativamente ffictivos. (b) Síntese
simples. O empacotamento exige diversas proteínas codificadas pelo genoma de 1,, mas elas üconjuntos incomple-
podem ser preparadas em uma alta concentração a partir de células infectadas com linhagens tos de proteínas de
defectivas de fago 1,, com a possibilidade de utilizarem-se dois sistemas diferentes. Com o capsídeo de l. pelas li-
sistema de linhagem única, o fago l, defectivo é portador de uma mutação nos sítios cos, de nhagens de E. coli
modo que eles não são reconhecidos pela nuclease que normalmente çliva os catenanos de À EflB2688 e 8H82690.
(c) Uma mistura de li-
durante a replicação do fago (p. 33-3a). Portanto, o fago defectivo é incapaz de replicar-se,
sados celulares provê
embora ele dirija a síntese de todas as proteínas neçessárias ao empacotamento. As proteínas
ioonjunto completo de
acumulam-se na bactéria e são purificadas a partir de culturas de E. coli infectadas com o l, poteínas de capsídeo
mutado, podendo ser utilizadas para o empacotamento in vitro de moléculas de l, recombi- @pode empacotar mo-
nantes (Figura 5. I 1a). léculas de DNA de l"
em tubo de ensaio.
l
Crorunceu GÊwtcn e AruÁlrse oe DNA 107
Figura 5.10
(a) Um sistema de êmpacotamento de linhagem
A base teórica da ina- única
tivação por inserção
dogene lacZ'presen- Proteínas de
DNA de l.
te em pUC8. (a) Os À acumulam-se
genes bacteriano e na célula
plasmidial comple-
mentam-se um ao ou-
tro para produzirem E coli SMR10 _ o DNA
de À possui sítios cos deÍectivos
uma molécula de B-
galactosidase Íuncio-
(b) Um sistema de empacotamento de duas linhagens
nal. (b) Os recombi-
nantes são seleciona-
dos a partir do pla-
queamento em ágar
contendo X-gal e
IPTG.
E. coliBHB26SA E. coliBHB2690
Figura 5.11 À deÍectivo para a Àdefectivo para a
síntese da proteína E (a) síntese da proteína D @
Empacotamenlo in vi-
Íro. (a) Síntese das
Futeínas do capsídeo (c) Empacotamento in vitro
eficiente quando com-
ü I pela linhagem de
fago À maduras. Seria, E ooli SMR10, que é cos
I cos
I cos
na estrutura de ca- poÍtadora de um Íago I cos
r Catenanos de DNA de À
gue possui sítios cos
Oo
relativamente Èrbctivos. (b) Síntese
üconjuntos incomple-
o-_t +o Proteínas de À de SMRIO
genoma de 1,, mas elas
+ +C ou de uma mistura de
com linhagens tos de proteínas de
\+ + c BHB2688 + BHB2690
s diferentes. Com o oapsídeo de À pelas li-
nhagens de E. coli o.-. j *
nos sítios cos, de
cliva os catenanos de À
incapaz de replicar-se,
E-182688 e 8H82690.
{c) Uma mistura de li-
"o
. As proteínas
coli infectadas com o À
sados celulares provê
omnjunto completo de
Foteínas de capsídeo
oô
H H
'
Partícutas de fago À
las de l, recombi- contendo moléculas
epode empacotar mo-
léculas de DNA de ì. ç de DNA empacotadas
r
em tubo de ensaio.
108 T.A. BRowN
-.
E A mistura contém, então, todos os componentes necessários para o empacotamento de clareamento rel
moléculas de l" recombinantes em partículas de fago maduras (Figura 5.11c). zonas mais clan
Com qualquer um dos dois sistemas, as moléculas empacotadas são introduzidas em célu- O resultado
las de E coll simplesmente pela adição dos fagos montados à cultura bacteriana. A partir daí l, ou de M13 é.
ocorre o processo infectivo normal de 1". é derivada de ru
las virais idêntir
5.3.3 A inÍecção por fago é visualizada como placas em combinantes.
um meio de ágar
O estágio final do ciclo infectivo do fago é a lise celular (p. 3l). Se as células infectadas são
espalhadas em um meio de ágar sólido imediatamente após a adição do fago, ou imediatamen-
5.4 IdentiÍicaçã
te após a transfecção com DNA viral, a lise celular pode ser visualizada na forma de placas
Há diversas ma
sobre um tapete de bactérias (Figura 5.12a). Cada placa étmazona de clareamento, produzi-
guintes.
da à medida que os fagos lisam as células, infectam bactérias vizinhas que acabam sendo li-
sadas e assim por diante (Figura5.l2b).
5.4.1 Inativação p
Tanto l, como M13 formam placas. Com À, tais placas são verdadeiras, eis que produzidas
por lise celular. Com M13, por outro lado, elas se apresentam um pouco diferentes, pois esse
utilizado col
fago não lisa as células hospedeiras (p.32). Em vez disso, Ml3 causa um decréscimo na ve- Todos os vetorc
locidade de multiplicação das células infectadas, que é suficiente para produzir uma zona de dos de ì,, são p
inativa a síntesr
recombinantes
contendo fagos
5.13a).
(a) Placas em um tapete de bactérias
5.4,2 lnativação p
Vários tipos de
Tapete formado pela
ne cI (posição !
multiplicação conÍluenté de bactérias alteração na mc
tes com o gene
aparente para u
Uma placa - uma zona de
clareamento
5.4.3 Seleção utili
(b) Placas líticas O fago l, nornu
grada de um fq
Tapete de bactérias
// com o profago
.,,',jilt í. t'&-
i-'.r..; i,ï.:1. +. que a inserção <
paÍa o empacotamento de clareamento relativo em um tapete bacteriano. Embora não sejam placas verdadeiras, essas
5.1 1c). zonas mais claras são visualmente idênticas a placas de fago normais (Figura 5.12c).
são introduzidas em célu- O resultado final de um experimento de clonagem gênica utilizando um vetor derivado de
bacteriana. A partir daí À ou de Ml3 é, portanto, uma placa de âgar coberta com placas de fagos. Cada placa de fago
é derivada de uma célula individual transfectada ou infectada, que contém, portanto, partícu-
las virais idênticas. Tais partículas podem ou conter moléculas de vetor autoligadas ou ser re-
combinantes.
|#--r-r--rr-t /t\
tì t
mento de pr
gramíneas.
' Catenanodel, ì
transformad
ïamanho correto Muito pequeno Figura 5.13 esse DNA cl
-
para empacotamento para ser empacotado Estratégias para a 7.13b). Anin
seleção de Íagos re-
que a obtenç
combinantes.
lizada com r
do oviduto, r
(p. l6l_162)
5.5 TransÍormação de células não-bacterianas
Métodos para a introdução de DNA em leveduras, fungos, animais e vegetais também são ne-
cessários, se tais organismos devem ser utilizados como hospedeiros para a clonagem gênica.
Em termos gerais, a incubação das células em solução de sal só é eficiente para umas poucas
Croruncev GÊrurcn e AruÁuse oe DNA 111
espécies bacterianas, embora um tratamento com cloreto ou acetato de lítio aumente a incor-
poração de DNA por células de levedura e seja freqüentemente utilizado na transformação de
Saccharomyces cerevisiae.Para a maioria dos organismos superiores, entretanto, métodos
mais sofìsticados são necessários.
#
Hohn, B. & Mr
dings of th
Hegeneraçao Klein, T.M., W
-*y_
I
da planta I
into living
Mandel, M. & l
154-62. tT
* da parede celular Figura 5.14
Estratégias para a
Célula vegetal Protoplasto Célula vegetal Planta introdução de novo
transÍormada transformada DNA em células ani-
mais e vegetais.
(a) Microinjeção
Microprojéteis
Pino de disparo
-n Células-alvo
^a
Carga
. N células-alvo
n ::Sl bomoarceaoas Figura 5.15
a
:i[$ "ot microprojéteis Dois métodos Íísicos
para a introdução de
DNA em células.
-----=:-
Ct-oruacer,a GÊrurcn e ANÁLtsE oe DNA 1 l3
ras adicionais
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into living cells. Nature, 327,70-73. [Biobalística.]
Mandel, M. & Higa' A. (1970) Calcium-dependent bacteriophage DNA infecÍion. Journal
of Molecular Biotogy, 53,
I 54-62. [Transfecção.]
Figura 5.14
Estratégias para a
introdução de novo
DNA em células ani-
mais e vegetais.
Figura 5.15
Dois métodos físicos
para a introdução de
DNA em células.
Cnpírulo 6
Vetores de Clonagem para E. coli
Vetores de clonagem baseados em plasmídeos de E. l, e outros vetores de alta capacidade permitem que
coli. 1 l5 bibliotecas genômicas sejam construídas, 136
Vetores de clonagem baseados no bacteriófago M I 3, Vetores para outras bactérias, I 37
122
Vetorés de clonagem baseados no bacteriófago À,
t29
tais como alta eficiência de tfansformação, marcadores convenientes para a seleção de trans-
formantes e recombinantes e a capacidade para clonagem de pedaços de DNA razoavelmen-
te grandes (até cerca de 8 kb). A maioria dos experimentos de clonagem gênica de "rotina" faz
uso de um ou outro desses vetores plasmidiais.
Um dos primeiros vetores a ser desenvolvido - e ainda um dos mais populares hoje em
dia - é o pBR322, o qual foi introduzido no Capítulo 5 para ilustrar os princípios gerais da se-
leção na transformação e a identificação dos recombinantes (p. 98). Este estudo de vetores
plasmidiais de E. coli será iniciado a partir de uma visão mais aproximada do pBR322.
w
no Capítulo 5, ele contém
istência à ampicilina quanto à Tn33\
/-\ ;.- EcoRl\9{
ó'à
t
ulas contendo o plasmídeo,
ser utilizados em experi- ,'r"/--\'".
@
22 que tenha sido clivado
*mpicilina (o*p*), e inserções
BamHI e HindIII) inativam
restrição, que pode ser utiliza-
\--l-{*t""À
tef
ser utilizado para clonar frag-
de cópias relativamen-
uma célula de E. coli ïrans-
@ uors ÌragmenÌos
ligados
ee,
tef
-
a
-::
a
1 í I T. A. Bnowr'r
iírduo que exigiu a utilização hábil e muito bem feita das técnicas de manipulação do DNA des- (2) A dele
critas no Capítulo 4. Um resumo dos resultados de tais manipulações é fomecido na Figura 6.2b, pBR32
a partir da qual pode ser observado que o pBR322, de fato, compreende DNA derivado de três transfe
plasmídeos naturalmente existentes. O gene ampR estáoriginalmente presente no plasmídeo ca, evit
Rl, um plasmídeo típico de resistência a antibióticos, que é encontrado em populações natu- nante t
rais de E. coli (p.29). O gene tetR é derryado de R6-5, um segundo plasmídeo de resistência a molecr
antibióticos. A origem de replicação de pBR322, a qual comanda a multiplicação do vetor nas popula
células hospedeiras, é original de pMB l, que é bastante relacionado ao plasmídeo produtor de sua m€
colicilina ColEl (p. 29). so acor
te peril
6.1.4 Outros vetores plasmidiais típicos para E. coli pUCS: um
O pBR322.foi desenvolvido no final da década de l9lo, e o primeiro trabalho científico des-
Esse vetor fc
crevendo sua utilização foi publicado em 19'.''...Desde então, muitos outros vetores de clona-
da inativaçã<
gem plasmidiais foram construídos, a maioria derivada de pBR322, por meio de manipula-
6.3b) é deriv
ções semelhantes àquelas resumidas na Figura 6.2a. Não haveria sentido em tentar descrever neçam. A se
todos esses vetores, principalmente porque muitos são variações de um mesmo tema. Três
contém mais
exemplos adicionais serão suficientes para ilustrar as características mais importantes apre-
pados em un
sentadas pela ampla variedade de vetores de clonagem plasmidiais disponível atualmente pa-
O pUCS
ra os engenheiros genéticos.
lares vetores
pBR327: um plasmídeo com alto número de cópias na construçã
de replicaçã
O pBR327 (Figura 6.3a) foi construído pela remoção de um segmento de 1.089 pb de
mesmo anter
pni:ZZ. Essa deleção manteve os genes o*p* e tef intactos, mas alterou as capacidades re-
nado, obtido
plicativas e conjugativas do plasmídeo resultante. Como resultado, pBR327 difere de pBR322
tes.
de duas maneiras importantes:
A segund
um processo
(1) O pBR327 apresenta um número de cópias superior ao pBR322, estando presente com
lina e X-gal
cerca de 30 a 40 moléculas por célula de E. coli. Isso não é de grande relevância quan-
cedimento el
do a preocupaçáo é o rendimento do plasmí-
para o outro
deo, uma vez que ambos os plasmídeos podem
(a) pBR327 na metade ú
ser amplificados para um número de cópias su-
perior a 1.000. No entanto, o número de cópias A terceiri
EcoRl Hr'ndlll
Scal o qual permi
superior de pBR327 em células normais torna
mos, EcoRl
Pvul esse vetor mais adequado. caso o objetivo do
pulações adi,
experimento seja o estudo das função do gene
ra 6.4a). Out
clonado. Nesses casos, a dosagem gênica tor-
cem uma fle
na-se importante, pois, com a existência de
nados (Figru
mais cópias de um gene clonado, maior a pro-
mo que os a!
babilidade de que o efeito do gene clonado nas
células hospedeiras seja detectado. O pBR327,
um membro
corresponder
com seu alto número de cópias, é, portanto, a
de DNA ou i
melhor opção para esse tipo de trabalho do que
procediment
(b) pUCB pBR322.
pGEM3Z:
/"*A
t
2.t5'r pD
, ))
O pGEM3Z
lacZ',
mente do me
este íi
ori /acz7ÁAgrupamento de sítios
\ \€7- Figura 6.3
(ver Figura 6.4a)
Dois vetores de clonagem plasmidiais de E
coli.
CroNeoeM GÊr.rrcr e AnÁuse or DNA 1 19
manipulação do DNA des- (2) A deleção também eliminou a capacidade conjugativa de pBR322, transformando
é fomecido na Figura 6.2b, pBR327 em um plasmídeo não-conjugativo, que náo é capaz de comandar a sua própria
DNA derivado de três transferência para outras células de E. coli. Isso é importante para a contenção biotógi-
presente no plasmídeo ca, evitando a possibilidade de que uma molécula de um plasmídeo pBR327 recombi-
em populações nafu- nante escape de um tubo de ensaio e colonize bactérias do intestino de um biologista
plasmídeo de resistência a molecular descuidado. Em contraste, pBR322 poderia, teoricamente, ser passado para
a multiplicação do vetor nas populações naturais de E. coli por conjugação, embora, de fato, pBR322 também pos-
ao plasmídeo produtor de sua meios de proteção (apesar de menos sofisticados) para minimizar as chances de is-
so acontecer. O pBR327 é, portanto, preferível, caso o gene clonado seja potencialmen-
te perigoso na ocorrência de um acidente.
b clonagem plasmidiais de E
12O T. A. Bnowr,r
Hindlll
Sphl
puc18 Psfl
SaÃ, Accl, Hincll
Xbal
BamHl
Smal, Xmal
Kpnl
EcoRl
pUCS recombinante
BamHl
(:_1ï'
DNA novo
Sítios de restrição
Figura 6.4
com BamHl e EcoRl Os plasmídeos pUC. (a)
Clivagem EcoRl \ O agrupamento de sÊ
com EanrHl \ \ tios de restrição no int+
e EcoRl
rior do gene lacZ'de
pUC8. (b) O agrupa-
mento de sítios de res-
trição em pUC18. (c)
TransÍerência de um
fragmento de DNA de Figul
pUCS para M13mp8. pGEM3z. (a) Ma
Ëí. (b) Síntese de
itmÌuf,fo. R = agrupaÍ
cada um atuando como sítio de reconhecimento para a ligação de uma
üsÍtios de restriçã
enzima RNA-polime- ra EcoRl, Sac{,
rase. Essas duas seqüências promotoras situam-se em cada um dos lados
do ug*pì-"nto
dos sítios de restrição utilizados para a introdução de um DNA novo em uma
M, Smal, BanrHl,
molécula de Sat, Acd, Hircll,
pGElú3Z.Isso significa que, se uma molécul a de pGBM3Zrecombinante for misturada Sphl e H
com
--=.-
Ct-oruncev GÊrurcn e ANÁLrsE oe DNA 121
(a) pGEM3Z
Promotor de T7
Promotor de SP6
Promotor de T7
Figura 6.4
Os plasmídeos pUC. (a)
O agrupamento de sí-
tios de restrição no int+
rior do gene lacZ'de
pUC8. (b) O agrupa-
mento de sítios de res-
trição em pUC18. (c)
TransÍerência de um
Íragmento de DNA de Figura 6.5
pUCS para M13mp8. pGEM3Z. (a) Mapa do
ffiÍ. (b) Síntese de RNA
rflmuúfo. R = agrupamento
iüsítios de restrição pa-
de uma enzima RNA-polime- Transcritos de RNA
ra EcoRl, Sacl, Kpnl,
dos lados do agrupamento *d" Smal, BamHl, Xbal,
novo em uma molécula de &t, Accl, Hirrcll, Psl|,
inante for misturada com Sphl e Hidlll.
-- l
çt.z vel(.,rËì' qg ur(rrrageilr uaìteau(,st rr(J uaulerr(,rag(, tut tr,
A exigência mais importante para qualquer vetor de clonagem é que ele possua uma manelra
de se replicar em uma célula hospedeira. Para vetores plasmidiais, essa necessidade é fácil de
satisfazer, uma vez que seqüências de DNA relativamente curtas são capazes de atuar como
origens de replicação plasmidial, e a maioria das enzimas necessárias para a replicação, se não
todas, é fornecida pela célula hospedeira. Manipulações elaboradas, tais como aquelas que re-
sultaram no pBR322 (Figura 6.2a), sáo, portanto, possíveis, contanto que a construção final
tenha uma origem de replicação intacta e funcional.
Com bacteriófagos, tais como Ml3, a situação em relação à replicação é mais complexa.
Moléculas de fago, em geral, contêm vários genes essenciais à replicação, incluindo aqueles
que codificam componentes do capsídeo protéico do fago e enzimas replicativas específicas
para o DNA do fago. Alteração ou deleção de qualquer um desses genes irá impedir ou des-
truir a capacidade replicativa da molécula resultante. Existe, pois, uma liberdade muito me-
nor paÍa se modificar moléculas de DNA de fago, e, via de regra, os vetores de clonagem de
fago são apenas levemente diferentes das moléculas parentais.
Os p'roblemas na construção de um vetor de clonagem de fago são ilustrados consideran-
do M13. O genoma normal de M13 possui 6,4 kb de comprimento, a maioria ocupada por l0
genes extremamente compactados (Figura 6.6), cada um essencial para a replicação do fago.
Há somente uma única seqüência intergênica, de 507 nucleotídeos, dentro da qual novas mo-
léculas de DNA podem ser inseridas, sem causar a intemrpção de um desses genes, e, na ver-
dade, essa região inclui a origem de replicação, que ela própria deve permanecer intacta. Cla-
ramente, há apenas um limitado espaço para modificação no genoma de Ml3. Figura 6.7
@wstrução de (a)
No entanto, será relembrado que a maior atração de M13 é a oportunidade que ele ofere-
M13mp1, e (b)
ce de obtenção de versões de fita simples do DNA clonado (p. 36).Tal característica tem afua-
a partir dc
do como estímulo para o desenvolvimento de vetores de clonagem M13. ggímÍna de M13 dc
li:o selvagem,
6.2.1 Desenvolvimento do vetor de clonagem M13mp2
O primeiro passo na construção de um vetor de clonagem M13 foi a introdução do gene lacT
dentro da seqüência intergênica. Isso originou Ml3mpl, o qual forma placas azuis em meio deo o tral
ágar com X-gal (Figura 6.7a). utilizandc
M13mpl não tem qualquer sítio único de restrição no gene lacZ'.Ele contém, no entanto, possui un
o hexanucleotídeo GGATTC próximo ao início do gene. Uma única substituição de nucleoú- de ácido i
M13mp2
Ml3n
des coesil
tinguidos
Hl3mp7
O próxim,
adicionais
údeo curt<
tios de res
clonagem
6.8b). um
lI e PsrI). I
te o gene I
Figura 6.6 de uma en
O genoma de M13, mostrando as posições dos genes I ao X
Cr-oruneev GÊrurcn e AruÁusr oe DNA 123
+EcoRl
GGGGC CTAG G C AG CT G G AC
Sall
G TC C AG CTG
Sall
C
+
CTAG G C C C CTTAA
EcoRl
Accl Accl
Hincll Hincll Figura 6.8
(b) Construção de Ml3mp7 Sítios de Construção de
restricão M13mp7: (a) o sítio
de policlonagem e
EcoRl, (b) sua inserção no
ligação
sítio de EcoRl de
M13mp2. Note que
rL/rv os sítios de restrição
M13mp2 M13mp7 para Sa/l são tam-
Sítio de
policlonagem bém reconhecidos
por Acd e Hircll.
Figura 6.9
Clonagem com
ffil3Ínp7 (ver o texto
para detalhes).
Quando o M13mp7 é digerido taÍlto com EcoRI, BamHI ou SaII, uma parte ou todo o sí-
tio de policlonagem é excisado (Figura 6.9a). Na ligação, na presença de um DNA novo, um
de três eventos pode ocorrer (Figura 6.9b). mídeo pUC8 (t
sua capacida&
(1) DNA novo é inserido. Uma segun
(2) O sítio de policlonagem é reinserido. possui o mestr
(3) O vetor se religa, sem inserção. clonado em M
M13mp9, estar
A inserção de um DNA novo quase que invariavelmente impede a produção de B-galacto- ciamento de D
sidase, de forma que as placas recombinantes são claras em meio ágar com X-gal (Figuá extremidade ú
6.9c). Alternativamente, se o sítio de policlonagem é reinserido, e o M13mp7 original é nova- 6.11d). Somen
mente formado, então ocorrerá a formação de placas azuis. Porém, o que acontecerá se o ve- ciamento; se o
tor se religar, nem com um DNA novo e nem com o sítio de policlonagem inserido? Mais urna será seqüencia
vez, o projeto do sítio de policlonagem entra em ação. Não importa qual o sítio de restrição ção no vetor gi
utilizado, a auto-ligação resulta em um gene lacZ'funcional (Figura 6.9c), originando placas mitirá que a se
azuis. A seleção é, portanto, inequívoca: somente fagos Ml3mpT recombinantes darão origem Outros pan
aplacas claras. semelhantes ac
Uma grande vantagem de M13mp7, com seus sítios de clonagem simétricos, é que o DNA de restrição dil
inserido tanto no sítio de BamHI, SalI ou PsrI pode ser excisado da molécula recombinante
utilizando-se EcoRI (Figura 6.10). Pouquíssimos vetores permitem que um DNA clonado se- Vetores híbl
ja tão facilmente recuperado. Embora os vetr
nes clonados, r
6.2.3 Vetores Ml3 mais complexos to de DNA qur
Os vetores Ml3 mais sofisticados possuem sítios de policlonagem mais complexos inseridos mo o tamanho
no gene lacZ'.lJmexemplo é o Ml3mp8 (Figura 6.11a), o qual é o correspondente do plas- dos. Para soluc
---------15
CLoruncev GÊNrcA E AnÁuse oe DNA 125
/\/ã..
(b) Religação com novos
produtos de DNA passíveis (c) Coloração das placas em meio
Figura 6.8
Construção de 1 Novos insertos de DNA: /'l ágar com X-gal
,^"-ü^
Extremidades de
Sau3A (GATC)
Clivagem com BamHl
(extremidades GATC)
t/,,4t\, \
2 M13 possui muitos
\ sítios oara SauSA
/ Fragmento de \
i Satt3A \
I \<*í
3 Portanto, recuperação
do fragmento por clivagem /\
com EcoRl
Figura 6.10
Recuperação de um DNA
Extremidades clonado a partir de uma
9\ clivagem oo u",o.
coesivas
de EcoRl
molécula de M13mp7 re-
combinante por meio da
,/ \ clivagem dos sítios mais
externos do sítio de poli-
clonagem.
mids) forandesenvolvidos pela combinação de uma paÍe do genoma de M13 com o DNA do
plasmídeo.
Um exemplo é fornecido pelo pEMBL8 (Figura 6.12a), construído pela transferência pa-
ra pUCS de um fragmento de 1.300 pb do genoma de Ml3. Esse pedaço de DNA de Ml3 con-
tém a seqüência-sinal reconhecida pelas enzimas que convertem a molécula de Ml3 de fita
dupla normal em DNA de fita simples, antes da secreção de novas partículas de fago. Essa se-
qüência-sinal ainda é funcional, mesmo que separada do restante do genoma de Ml3, de for-
ma que moléculas de pEMBLS são também convertidas em DNA de fita simples e secretadas
como partículas de fago defectivas (Figura 6.12b). É necessário qïe as células de E coli lti- Figura 6.11
lizadas como hospedeiras em um experimento de clonagem co{rì pEMBL8 sejam subseqüen- ll13mp8 e M13mpg.
temente infectadas com um M13 normal para atuar como um fago auxiliar (do inglês helper
phage), fornecendo as enzimas replicativas necessárias e as proteínas do capsídeo do fago. O
pEMBL8, sendo derivado de pUC8, possui os sítios de policlonagem no interior do gene
lacZ' , de forma que placas recombinantes podem ser identificadas da maneira padrão em meio
ágar contendo X-gal. Com pEMBLS, versões de fita simples dos fragmentos de DNA clona-
dos de até 10 kb de tamanho podem ser obtidas, aumentando significativamente a amplitude
do sistema de clonagem de M13.
ì-
Li
L.
Crorueeera GÊrurcr e ANÁLtsE oe DNA 127
AAT TCCCGGGGATCCGTCGACCTGCAGCC A
cGGòôóò in òccÀôc ieoÀcôióèe i rcon
I
aHindlll Hindl
,_ff<.''"t
EcoRl . EcoRl
-
-y_,rÈ
(c)TransÍerência de DNA de M13mp8 para M13mpg
d
n
N
R
h1
Figura 6.10 Clivagem t{ Ligação
n
Recuperação de um DNA P
I
recombinante
Sequência de DNA
,R recombinante
6.3 Vetores d
Dois proble
(a) pEMBLS
pudessem s
Fragmento de DNA
de M13
(1) Amol
preseÍ
maior
3.997 pb partícr
ampR um fn
Agrupamento de sítios gura 6
(ver Figura 6.4a)
(2) O gen
mento
lizada
de um
(b) Conversão de pEMBLB em DNA de Íita simples
muito
Região de Ml3 zz>, Proheína de rePlicação
6.13U
@ aeïtns
A proteína de M13
replica pEMBLS em
DNA de fita simples
Figura 6.11
,Í!s dois problemas qu
/\
tt llreram que ser resoM
\./ üs antes que os veto
\__./ rcs de clonagem de,
/ ^ \/ \
Fdessem ser desen
rolvidos. (a) A limita
\. / \_/ ção do tamanho esta
Moléculas de pEMBLS bebdda pelo genom
de fita simples ,üL, devido à necessi
dade de empacotá-l
Figura 6.12 m interior da cabeç
pEMBLS: um vetor hí- üÍago. (b) O DNAd
brido plasmídeo-M13 L possui múltiplos si
Partículas de "fago"
de pEMBLB
que pode ser convertF de reconhecimentt
do em DNA de Íita paÍa quase todas a
simples. de res
trição
F
ì
CrorunGeu GÊrurcn e ANÁLtsE oe DNA 129
Dois problemas tiveram de ser solucionados antes que os vetores de clonagem baseados em l,
pudessem se desenvolver:
(1) A molócula de DNA de l, pode ser aumentada em tamanho em somente cerca de 5vo,rc-
presentando a adição de apenas 3 kb de DNA novo. Se o tamanho total da molécula for
maior que 52 kb, ela não poderá ser empacotada dentro da estrutura da cabeça de l, e
partículas de fago infectivas não serão formadas. Isso limita severamente o tamanho de
um fragmento de DNA que pode ser inserido em um vetor l, que não foi modificado (Fi-
gura 6.13a).
(2) o genoma de l, é tão grande que ele possui mais do que uma seqüência de reconheci-
mento para virtualmente cada endonuclease de restrição. A restrição não poderia ser uti-
lizadapara clivar a molécula de l" normal em uma forma que ela iria permitir a inserção
de um DNA novo, pois a molécula seria clivada em vários pedaços pequenos, os quais,
muito improvavelmente, iriam restaurar um genoma de l, viável após religação (Figura
6.1 3b).
X
Figura 6.13 Muito grande para
ser empacotado
dois problemas que
que ser resolvi- ?
Empacotamento
antes que os veto-
ms de clonagem de l,
pdessem ser desen-
(b) Múltiplos sítios de restrição
rolvidos. (a) A limita-
@ do tamanho esta-
Hecida pelo genoma , 1 ,2,3,4,5,6, EcoRl
1" devido à necessi-
dade de empacotá-lo
Figura 6.12
pEMBLS: um vetor hÊ
brido plasmídeo-M13
nn interior da cabeça
bfago. (b) O DNA de
fl, possui múltiplos sÊ
k*,
que pode ser converti-
de reconhecimento ' PU g Retisação Mistura complexa
do em DNA de Íita para quase todas as
simples. Cl É! de moléculas
de res- tgt
trição.
F
uul(-lalttçs, rur )urPtççlluçlltç quç ur[41 allllPla valt h,m
clonagem de l, se desenvolvesse, com sua utilização principal sendo a clonagem de grandes suíam <
pedaços de DNA, desde 5 a25kb, muito extensos pÍÌra manipulação em vetores plasmidiais
ção de
ou Ml3. DNA d
poucas
6.3.1 Segmentos do genoma de )', podem ser deletados sem preiuízos a tios par
sua viabilidade eventua
ra EcoI
A maneira que impulsionou o desenvolvimento dos vetores de clonagem de l, foi fornecida
pela descoberta de que um grande segmento na região central da molécula de DNA de l, po-
de ser removido sem prejudicar a capacidade do fago de infectar células de E. coli. A remo-
ô3.3 Vetorer
ção de toda ou de parte dessa região não-essencial, entre as posições 20 e35 do mapa mostra- Uma ve
do na Figura 2.9, diminui o tamanho da molécula de l, resultante para até cerca de 15 kb. Is- plos síti
so significa que até 18 kb de um DNA novo podem agora ser adicionados, antes que o ponto diferent
de clivagem para o empacotamento seja alcançado (Figura 6.14). a serem
A região "não-essencial" de fato contém a maioria dos genes envolvidos na integração e
excisão do profago de l, do cromossomo de E. coli. Um genoma de l, deletado é, portanto"
não-lisogênico e pode seguir somente o ciclo lítico de infecção. Isso é, por si só, desejável pa.
ra um vetor de clonagem, uma vez que a indução não é necessária antes que as placas sejern
formadas (p. 58).
E.
o.EO.Eó
:O2EE
oooc$ ì(ú
H,B g
O r(ú È
fi g€
rrú
Figura 6.14
Componentes
docapsídeo b2
gE
E6i E .E Et @ Í.
E
O mapa genético de 1", mostrando a po-
sição da região não-essencial que pode
= ser deletada sem prejuízos à capacida&
do Íago de seguir o ciclo lítico de infec-
ção.
variedade de vetores dc Em vez disso, a seleção natural foi utilizada paÍa fornecer linhagens de l" que não pos-
sendo a clonagem de grandes suíam os sítios indesejados. A seleção natural pode ser posta em funcionamento pela unliza-
em vetores plasmidiais
ção de uma linhagem hospedeira de E. coli que produz EcoRI. A maioria das moléculas de
DNA de À que invadem a célula é destruída por essa endonuclease de restrição, mas umas
poucas irão resistir e produzirão placas. Esses serão fagos mutantes, nos quais um ou mais sí-
sem preiuízos a tiospara EcoRI foram espontaneamente perdidos (Figura 6.15). Viírios ciclos de infecção irão,
eventualmente, resultar em moléculas de À que não possuem todos ou a maioria dos sítios pa-
clonagem de À foi fornecida ra EcoRI.
Ç
r
\
\
de 1,, mostrando a po- infecção de células de E.coli
produtoras de EcoRl
ião não-essencial que pode
sem prejuízos à capacidade Placa formada
seguir o ciclo lítico de inÍec- Por fago mutante Somente 3 sítios
"..-JÏ:T'
de ?u Muito poucas placas
sítios de restrição
removida, possui múltiplos Repetição da inÍecção
com o fago mutante
e restrição. Trata-se de um pro-
sendo desenvolvido. Se somen-
de mutagênese invitro (p.244)
Sem sítios
, poderia ser modificado pa- Figura 6.15 oara Eco9l
a mutagênese invitro estava na llliNizando-se a se-
rt' t
t--
üião para EcoRl.
I
132 ï A. Bnowlr
ÀEMBL4 (Figura 6.17b), que pode carrear até20kb de DNA inserido pela substituição
de um segmento flanqueado por pÍÌres dos sítios de EcoRI, BamHIe SalI (qualquer uma
clivagem'
DNA de À normat (49 kb) rigação yï1,.',::rà"
Figura 6.17
- |* (35-40kb) tlfrfiores de À de
Região nôstituição. (a)
não-essencial
lDbnagem com
um vetor de l,
ü zubstituição.
Figura 6.16 {b) Clonagem
(b) l.sr10 (c) rzAPil Vetores de l, de inser- oom i.EMBL4.
ção. P = sítio de poli- (c) A estrutura
clonagem no gene de },GEM11,
b
b
t
i
===: È-r
Cr-oueerv GÊNtcA E ANÁLlsE oe DNA 133
tanto, ser utilizada para excisar o fragmento clonado, com uma grande probabilidade de
DNA no interior de qual- que o fragmento seja recuperado intacto. Como com }"EMBL4, o tamanho ou o fenóti-
irão inativar o gene
po Spi podem ser utilizados para a seleção dos recombìnantes'
claras, emYez de Placas
n3.4 Experimentos de clonagem com vetores de ?r, de inserção
ou substituição
para a endonuclease de Um experimento de clonagem com um vetor de l" pode seguir as mesmas etapas como com
de DNA que é subs- um vetãr plasrnidial - as moléculas de ì" são clivadas, o DNA novo é adicionado, a mistura é
o fngmento substituível (ou ligada e as moléculas resultantes utilizadas para transfectar uma linhagem de E. coli hospe-
!ão adicionais que Podem
a sua própria reinserção du-
de substituição são, em
os que os vetores de inserção
com base no tamanho. uma
(a) Clonagem com um vetor de I de substituição
Fragmento
stuffer z \
DNA novo
EcoRl, BamHl,
Sa/l ou uma
r ffi___)
combinação \\
RBS SBR DNA novo,
Figura 6.17
R = EcoRl de até 23 kb
ffiores de ), de
urbstituição. (a) B= BamHl
0onagem com S = Sail
un vetor de l. (c) }"GEMI1
üsubstituição.
Figura 6.16 {b) Clonagem
Vetores de l, de inser- oom ÀEMBL4.
Ção. P = sítio de Poli-
[p) A estrutura
clonagem no gene de ÀGEM11,
Í
IacZ'de l,ZAPll, con- nmtrando a or- SfiI - Sacl - Xhol - Bam\l - Avrll- EcoRl
lb tendo sítios de restri- ffin dos sítios "rr\
restrição nos - - Avrl Bamïl - Xhol Sacl- Sfll
ção únicos Para Sac{, Xbal Eco?l
bçao Notl, Xbal, Spel, Eco dois sítios de
policlonagem.
Rle Xhol.
b
I %:
.:
134 T. A. Bnowr.r
deira competente (Figura 6.18a). Esse tipo de experimento necessita que o vetor esteja na sua 6.3.5 Fragmentc
forma circular, com os sítios cos ligados entre si por meio de pontes de hidrogênio. utilizande
Embora bastante satisfatório para muitos propósitos, um procedimento baseado em trans-
O último e o
fecção não é particularmente eficiente. Um número mais elevado de recombinantes será obti-
entre uma Ín
do se um ou dois refinamentos forem introduzidos. O primeiro é auttlização da forma linear
trada no fato
do vetor. Quando a forma linear do vetor é digerida com a endonuclease de restrição apropria-
da, os braços direito e esquerdo são liberados como fragmentos separados. Uma molécula re-
protéico do f
ootamento ra
combinante pode ser construída misturando-se o DNA a ser clonado com os braços do vetor
(Figura 6. 1 Sb). A ligação resulta em vários rearranjos moleculares, incluindo catenanos cons- lécula que cr
Um cosu
tituídos de braço esquerdo-DNA-braço direito, repetidos muitas vezes (Figura 6.18b). Se o
também nect
DNA inserido possui o tamanho correto, então os sítios cos, que separam essas estruturas, es-
tarão a uma distância correta um do outro para o empacotamenÍo in vitro (p. 101). Os fagos
recombinantes são, portanto, produzidos em um tubo de ensaio e podem ser utilizados para
infectar uma cultura de E. coli. Essa estratégia, em especial a utilização do empacotamento ln
vitro, restlta em um grande número de placas recombinantes.
( );* (
./---\
/\
\cos'
\__-/
/
."o*, U
\cos
À_-_-
'Fr*"
,.---.---',:!coat
/
DNA
i^\
d" N
com um vetor de 1".
Braços
ô^ \, (a) Utilizando-se a
@.."nF{\
Íorma circular de l.
,ra'%," como um plasmÊ
DNA
novo deo. (b) Utilizando-
a se os braços es-
? ? ?-------
recombinantes ll=
J querdo e direito do
genoma de 1,, além Figura 6.19
,/ //L I do empacotamento ülm cosmídeo típico
./ Mistura do empacotamenlo in vitro in vitro, para a ob-
tenção de um nú-
ea maneira como
lnfecção de E. coli dts é utilizado para
mero maior de pla- ndonagem de Írag-
cas recombinantes. rmttos de DNA lon-
gos.
t
Ï
Ct-ouoeu GÊrurcn e ANÁLtsE oe DNA 135
que o vetor esteja na sua 53.5 Fragmentos muito grandes de DNA podem ser clonados
de hidrogênio. utilizando-se um cosmídeo
imento baseado em trans-
recombinantes será obti- O último e o mais sofisticado tipo de vetor baseado em l" é o cosmídeo, o qual é um híbrido
a utilizaçfie da forma linear entre uma molécula de DNA de fago e uma de plasmídeo bacteriano, com sua estratégia cen-
de restrição apropria- trada no fato de que enzimas que empacotam a molécula de DNA de l, dentro do capsídeo
Uma molécula re- protéico do fago necessitam somente dos sítios cos parafuncionar (p. 3a).4 reação de empa-
com os braços do vetor Gotamento in vitro funciona não somente com genomas de 1,, mas também com qualquer mo-
incluindo catenanos cons- lécula que cilïegue sítios cos separados por um DNA de 37 a 52kb.
vezes (Figura 6.18b). Se o Um cosmídeo é basicamente um plasmídeo que caÍrega um sítio cos (Figura 6.19a). Ele
essas estruturas, es- também necessita de uma marca de seleção, tal como o gene que confere resistência à ampi-
in vitro (p. 101). Os fagos
e podem ser utilizados para
do empacotamento in
(a) Um cosmídeo típico
BamHl
la-l
pJBB linear
pJBB circular -
/ Bam*r BamHr
Figura 6.18
DiÍerentes estraté-
u:rn, /--=-
gias de clonagem DNA novo
com um vetor de 1". (r^"
(a) Utilizando-se a "r,
Íorma circular de l"
como um plasmÊ Empacotamento / "*-
deo. (b) Utilizando-
se os braços es-
querdo e direito do
genoma de À, além
invitro
3:l#:.ï15 ç??
,2" 'h-%
do empacotamento
Figura 6.19
lllin cosmídeo típico
Partícuraso"'\
in vitro, para a ob- e a maneira como ::J:i::;$:ïJs3[:lïil;:.,",
tenção de um nú- de é utilizado para
lnfecção de E. coli -t--__
/ I
mero maior de pla- sdonagem de Írag- U ,
:==1.*iryrr
136 T. A. Bnowrrr
cilina, além de uma origem de replicação plasmidial, rmayezque os cosmídeos não &zironrÍn
todos os genes de À e, portanto, não produzem placas. Ao contriírio, colônias são &procuraú
meio seletivo, exatamente como com um vetor plasmidial. [ma soh
um experimento de clonagem com um cosmídeo é realizado como segue (Figura 6.1 insertos de I
O cosmídeo ó aberto em seu único sítio de restrição e novos fragmentos de DNA são in dos nos cror
dos. Tais fragmentos são normalmente produzidos pela digestão parcìa7 com uma endonucl* somes), os q
se de restrição, uma vez que a digestão total quase que invariavelmente resulta em fragmen- lativamente
tos que são muito pequenos para serem clonados em um cosmídeo. A ligação érealizadade plasmidiais
forma que os catenanos são formados. Com a condição de que o inserto de DNA possua o ta- reduzindo o
manho correto, o empacotamenÍo in vitro cliva os sítios cos e coloca os cosmídeos recombi- tros vetores
nantes dentro das partículas de fago maduras. Esses fagos À são, então, utilizados para infec- vantagem. e
tar uma cultura de E. coli, apesar, é claro, de que placas não serão formadas. Em vez disso, as de capsídeo
células infectadas são plaqueadas em um meio seletivo e colônias resistentes ao antibiótico clonar fragr
irão aparecer. Todas as colônias serão recombinantes, já que cosmídeos lineares não-recom- nam as cara
binantes são muito pequenos para serem empacotados dentro das cabeças de À. dos de Pl (
dade de até
O principal uso de todos os vetores baseados em À é a clonagem de fragmentos de DNA mui- Vetores de r
to grandes piìra serem suportados por vetores plasmidiais ou M13. Um vetor de substituição, incluindo S
tal como ÀEMBL4, pode carrear até20kb de DNA novo, enquanto alguns cosmídeos podem plasmídeos
sustentar fragmentos de até 40 kb. Isso confronta com o tamanho máximo do inserto de cerca pla faixa dr
de 8 kb para a maioria dos plasmídeos e menor do que 3 kb para os vetores Ml3. Uns poucos
A capacidade para clonar fragmentos de DNA tão extensos significa que bibliotecas ge- ses vetores r
nômicas podem ser produzidas. Uma biblioteca genômica é um conjunto de clones recombi- lizações.
nantes que contém todo o DNA presente em um organismo individual. Uma biblioteca genô-
mica de E. coli, por exemplo, contém todos os genes de E. coli, de forma que qualquer gene
desejado pode ser retirado da biblioteca e estudado. Bibliotecas genômicas podem ser manti-
das por muitos anos, além de multiplicadas, de maneira que cópias podem ser enviadas de um Tabela 6.1
grupo de pesquisa para outro. organismos
A grande questão é quantos clones são necessários para uma biblioteca genômica? A res-
posta pode ser calculada com a fórmula:
ln(l- p)
r"ír-9ì Espécies
\ b)
E. coli
na qual Né
o número de clones que são necessários, P é a probabilidade de um gene qualquer
Saccharom,
estarpresente, a é o tamanho médio dos fragmentos deDNA inseridos no vetor, ebéotama-
nho total do genoma. A Tabela 6.1 mostra o número de clones necessário para bibliotecas ge- Drosophila
nômicas em uma variedade de organismos, construídas utilizandtr um vetor de substituição de Anoz
l" ou um cosmídeo. Homem
Não é, de forma alguma, impossível obterem-se várias centenas de milhares de clones, e
Sapo
os métodos utilizados para identificar um clone carregando um gene desejado (Capítulo 8) po-
dem ser adaptados para lidar com números tão grandes, de maneira que bibliotecas genômi- " Calculado p
cas çom esses tamanhos não são, em absoluto, impraticáveis. No entanto, maneiras para se re- 'Fragmenros
'Fragmentos
t
l
CLoruneev GÊucn e ANÁLrsE oe DNA 137
os cosmídeos não possuem duzir o número de clones necessário para uma biblioteca genômica estão continuamente sen-
colônias são formadas em do procuradas.
Uma solução está no desenvolvimento de novos vetores de clonagem, capazes de suportar
como segue (Figura 6.19b). insertos de DNA longos. Durante os últimos anos, os progressos nessa área foram centraliza-
de DNA são inseri- dos nos cromossomos artificiais bacterianos (BACs, do inglês bacterial artificial chromo-
ial com uma endonuclea- somes), os quais são vetores modernos baseados no plasmídeo F (p. 29). O plasmídeo F é re-
resulta em fragmen- lativamente grande e os vetores dele derivados têm uma capacidade maior do que os vetores
. A ligação é realizada de plasmidiais normais. Os BACs podem sustentar insertos de DNA de até 300 kb de tamanho,
inserto de DNA possua o ta- reduzindo o tamanho de uma biblioteca genômica humana para somente 30.000 clones. Ou-
os cosmídeos recombi- tros vetores de alta capacidade foram construídos a partir do bacteriófago Pl, o qual possui a
então, utilizados para infec- vantagem, em relação a À, de ser capaz de comprimir 110 kb de DNA dentro da sua estrutura
formadas. Em vez disso, as de capsídeo. Vetores do tipo cosmídeos, baseados em P1, foram projetados e utilizados para
ias resistentes ao antibiótico clonar fragmentos de DNA variando em tamanho desde 15 até I00 kb. Os vetores que combi-
ídeos lineares não-recom- nam as características de vetores de Pl e BACs, chamados cromossomos artificiais deriva-
cabeças de 1". dos de Pl (PACs, do inglês PI-derived artificial chromosomes), também possuem a capaci-
dade de até 300 kb.
t
CLoruneev GÊucn e ANÁLrsE oe DNA 137
os cosmídeos não possuem duzir o número de clones necessário para uma biblioteca genômica estão continuamente sen-
colônias são formadas em do procuradas.
Uma solução está no desenvolvimento de novos vetores de clonagem, capazes de suportar
como segue (Figura 6.19b). insertos de DNA longos. Durante os últimos anos, os progressos nessa área foram centraliza-
de DNA são inseri- dos nos cromossomos artificiais bacterianos (BACs, do inglês bacterial artificial chromo-
ial com uma endonuclea- somes), os quais são vetores modernos baseados no plasmídeo F (p. 29). O plasmídeo F é re-
resulta em fragmen- lativamente grande e os vetores dele derivados têm uma capacidade maior do que os vetores
. A ligação é realizada de plasmidiais normais. Os BACs podem sustentar insertos de DNA de até 300 kb de tamanho,
inserto de DNA possua o ta- reduzindo o tamanho de uma biblioteca genômica humana para somente 30.000 clones. Ou-
os cosmídeos recombi- tros vetores de alta capacidade foram construídos a partir do bacteriófago Pl, o qual possui a
então, utilizados para infec- vantagem, em relação a À, de ser capaz de comprimir 110 kb de DNA dentro da sua estrutura
formadas. Em vez disso, as de capsídeo. Vetores do tipo cosmídeos, baseados em P1, foram projetados e utilizados para
ias resistentes ao antibiótico clonar fragmentos de DNA variando em tamanho desde 15 até I00 kb. Os vetores que combi-
ídeos lineares não-recom- nam as características de vetores de Pl e BACs, chamados cromossomos artificiais deriva-
cabeças de 1". dos de Pl (PACs, do inglês PI-derived artificial chromosomes), também possuem a capaci-
dade de até 300 kb.
t
a Cnpíruto 7
ion of new cloning vectors. IL
is packageable in vitro in
Vetores de Clonagem para Eucariotos
75.4242-6.
plasmids. Nucleic Acids
in single-stranded
-78. [Vetores Ml3.]
300 kilobase-pair fragments of
the National Academy of Sc
FLP
Figura 7.1
O plasmídeo de 2 pm de levedura. REP| e REP2 esttu
envolvidos na replicação do plasmídeo, e FLPcodifica
uma proteína que pode converter a Íorma A do plasmÊ
deo (mostrada aqui) para a Íorma B, na qual a ordem
dos genes Íoi reorganizada pela recombinação intrarno-
lecular. A Íunção de D não é exatamente conhecida.
+
REP| e REP2 estão
e.FLP codiÍica
atorm{A do plasmÊ
B, na Qgal a ordem O meio deve conter
Cromossomos - ausência leucina
recombina]ão intrame
do gene LEU2
(b) Utilizando LEU2 como uma marca de seleção
TransÍormar levedura
Frgiura7.2
de clonagem. Ele possú o ^\ -\
lel'edura em número de gle LEU2 Somente células transformadas
podem sobreviver
plasmídeo, viírias enzi r@mo Uma
pelosgenes REP| e de se- Vetor - carrega
em um o gene LEU2 correlo
de 2 pm como
Meio mínimo - sem leucina
. Alguns vetores de
radicalmente diferente
izado, geralmente um
. Um exemplo é o
imas envolvidas na
OYEp13 apresenta várias caracteísticas gerais dos vetores de clonagem para levedura.
contêm o plasmídeo dc Primeiro, ele é um vetor de transferência (do inglês shuttle vector). Assim como a origem
exemplo desse último de replicação de 2 pm e o gene de seleção LEU2, o YEp13 também possui a seqüência intei-
ra de pBR322, e pode, portanto, replicar e ser selecionado tanto em levedura qtanto em E. co-
)
142 T. A. Bnowlr
a definição
Ii,1g1átvârias linhas de raciocínio subjacentes à utilização de vetores de transferência. Uma
d
dessas é que pode ser difícil recuperar a molécula de DNA recombinante de uma colônia de
vetor como r
no DNA cror
levedura transformada. Isso não é um grande problema com YEps, os quais estão presentes
em células de levedura primeiramente como plasmídeos, mas com outros vetores para leve- entre o gene
do plasmído
dura, que podem integrar-se em um dos cromossomos da levedura (p. 1a3), a purificação po-
permanecer ì
de ser impossível. Isso é uma desvantagem porque, em muitos experimentos de clonagem, a
ja excisado r
purificação do DNA recombinante é essencial para identificação da construção correta por in-
termédio, por exemplo, do seqüenciamento do DNA.
O procedimento-padrão para clonagem em levedura é, portanto, realizar o experimento de
7.1.4 Outros tiP
clonagem inicial com E coli e selecionar recombinantes nesse organismo. Os plasmídeos re- Além dosY
combinantes podem, então, ser purificados, caracterizados, e a molécula correta introduzida destacando-t
na levedura (Figura 7.4).
(1) Plasm
7.1.9 UmYEp pode se inserir no DNA cromossômico da levedura sãoba
éYIp5
A palavra "epissômico" indica que umYEp pode replicar como um plasmídeo independentq orotidi
mas também implica que a integração em um dos cromossomos da levedura podqocorrer (ver
sintétir
)
mente
já que
breviv
Moléculas de YEpl3 recombinantes
ção oc
(2) Plasm
O recombinante são ca
desejado \
seqüêr
origen
cluind
7.6b) t
TRPl
Vetor religado
Transformar levedura
Í
Meio mínimo - ltrcombinação entre
Levedura recombinante sern leucina LEU2plasmidial e d
sorno pode integrar
!D{A cromossômico t
ra Após a integraF
duas cópias do ç
m$malmente uma é Ít
Figura 7.4 a outE
Clonagem com um vetor de transÍerência E colr-levedura, tal comoYEpl3'
I
Ëi
t
Cr-orunceu GÊlrcr e ANÁLtsE oe DNA 143
llores de transferência. U a definição de "epissomo" na página 27). Aintegração ocorre porque o gene carregado pelo
inbinante de uma colônia vetor como marca de seleção é extremamente homólogo à versão mutante do gene presente
fos, os quais estão no DNA cromossômico da levedura. ComYEpl3, por exemplo, a recombinação pode ocoffer
Fm outros vetores para lt entre o gene LEU2 do plasmídeo e o gene LEU2 mutante da levedura, resultando na inserção
1., tp. t+S), a purificação do plasmídeo inteiro em um dos cromossomos da levedura (Figura 7.5). O plasmídeo pode
de clonagem, permanecer integrado, ou um evento de recombinação mais tardio pode fazer com que ele se-
construção correta por i ja excisado novamente.
(1) Plasmídeos integrativos para levedura (YIps, do inglês yeast integrcttive plasmids)
levedura são basicamente plasmídeos bacterianos que contêm um gene de levedura. Um exemplo
plasmídeo i é YIp5, que é pBR322 com um gene URA3 inserido (Figura 7.6a). Esse gene codifica
levedura pode ocorrer ( orotidina-5'-fosfato-decarboxilase (uma enzima que cataÌisp um dos passos da rota bios-
sintética para nucleotídeos de pirimidina) e é utllizadolúmo marca de seleção exata-
mente da mesma maneira como LEU2. UmYIp não pode replicar como um plasmídeo,
já que ele não possui qualquer pedaço do plasmídeo de 2 pm, e, em vez disso, a sua so-
brevivência depende da sua integração no DNA cromossômico da levedura. A integra-
ção ocorre exatamente conforme descrito para umYEP (Figura 7.5).
(2) Plasmídeos replicativos para levedura (YRps, do inglês yeast replicative plasmids)
são capazes de multiplicarem-se como plasmídeos independentes, pois possuem uma
seqüência de DNA cromossômico que inclui uma origem de replicação. Sabe-se que as
origens de replicação estão localizadas muito próximas a vários genes de levedura, in-
cluindo um ou dois que podem ser utilizados como marcas de seleção. YRpT (Figura
L6b) é um exemplo de um plasmídeo replicativo, composto de pBR322, além do gene
TRPI de levedura. Esse gene, que está envolvido na biossíntese do triptofano, localiza-
\r-euz
f,
\ LEU2 muÌado da levedura
Figura 7.5 I
entre os genes I Recombinação
plasmidial e do cromos- I
wno pode integrar YEp13 no LEU2 LEU2
cromossômico da levedu-
RApós a integração existem --u'>>t& t--J
úlas cópias do gene LEUZ DNA plasmidial
uma é funcional e
a outra, mutada.
144 T.A. Bnowu
clonado, j
do produt,
(a)Ylp5
Então,
URAs combinan
cromosso
binantes c
quando as
YEp apre:
plasmíder
últimos ar
ge que as
em cultur
7,1.5 Cromost
) de longc
(b)YRp7
O último
cial de le
TRPl
nova piÌrÍ
básica so
nentes fu
(1) Oc
dos
(2) Doi
sári
Figura 7.6 cro:
UmYlp e umYRP. (3) As
caç
Uma
seadjacenteàorigemdereplicaçãodocromossomo.ofragmentodeDNAdelevedura
de que o:
presente emYRpT contém tanto TRP| quanto a origem'
combina
de vetor para levedura é o
Três fatores devem ser considerados na decisão de qual tipo artificial.
mais adequado para um determinado experimento de clonagem. o primeiro desses é a fre' várias ce
de transformantes passíveis de serern tihcial,
qüência áe transformação, uma medidã do número a
de transformação elevada é
obtidos por micrograma de DNA plasmidial. uma freqüência
imprescindível, ou se existe pouco
necessária se um número grande àe recombinantes é
mais elevada, fornecendo entre
DNA inicial. YEps possueà a freqüência de transformação
também são bastante produtivos'
10.000 e 100.000 células transformadas por pg. YRps
rende menos que 1'000
dando entre 1.000 e 10.000 transformantes por pg, mas umYIp
que procedimentos especiais se-
transformantes por pg, quase que somente 1 a 10, a menos
YIp reflete o fato da necessida-
jam utilizador. À Uuiiu ireqtiência de transformação de um
vetor possa ser retido em uma cé-
de da ocorrência do raro evénto de integração, antes que o
lula de levedura.
cópias: 2O a50 e 5 a lOQ
Ademais, YEps e YRps também apresentam o maio. número de
urt., um YÌp está usualmente presente com apenas uma cópia por
respectivamente. Em
"ont a partir do gene
célula. Tais números são important*t i" o objetivo é a obtenção da proteína
Ct-onneeu GÊr.ircn e AnÁusE oe DNA 145
clonado, já que com um maior número de cópias do gene, maior será o rendimento esperado
do produto protéico.
Então, por que alguém haveria de desejar utilizar um YIp? Porque os YIps produzem re-
combinantes muito estáveis, uma vez que a perda de um YIp que tenha se integrado em um
cromossomo ocolTe somente em uma freqüência extremamente baixa. Por outro lado, recom-
binantes de YRp são muito instáveis, com os plasmídeos tendendo a reunir-se na célula-mãe
quando as células-filha brotam, de forma que estas são não-recombinantes; recombinantes de
YEp apresentam os mesmos problemas, embora um melhor entendimento sobre a biologia do
plasmídeo de 2 trtm tenha permitido que YEps mais estáveis tenham sido desenvolvidos nos
últimos anos. Apesar disso, umYlp é o vetor de escolha se a necessidade do experimento exi-
ge que as células recombinantes de levedura devam reter o gene clonado por longos períodos
em cultura.
to de DNA de levedure Uma vez que a estrutura do cromossomo tenha sido assim definida, surgiu a possibilidade
de que os componentes individuais pudessem ser isolados por meio de técnicas de DNA re-
combinante e, depois, reunidos novamente em um tubo de ensaio, criando um cromossomo
de vetor para levedura é o
artificial. Como as moléculas de DNA presentes nos cromossomos naturais de levedura têm
0 primeiro desses é a fre' várias centenas de quilobases de comprimento, tornou-se possível, com um cromossomo ar-
tes passíveis de serem
tificial, a clonagem de pedaços de DNA bastante extensos.
de transformação elevada é
ildível, ou se existe pouco
elevada, fornecendo entre
são bastante produtivos, Telômero
rende menos que 1.0fi!
procedimentos especiais se-
reflete o fato da necessida-
possa ser retido em uma cé-
Posições das
origens de replicação
de cópias: 2O a5O e 5 a 108
com apenas uma cópia pm Telômero
Figura7.7
da proteína a partir do genc
Estrutura do cromossomo.
146 T. A. Bnowlr
cia chamada CEN4, a qual contém o DNA da região do centrômero do cromossomo 4. O frag- ção de proto
mento ZrRPl-oigem-CEN4, portanto, contém dois dos três componentes do cromossomo arti- de S. cerevi
hcial. ura3,queé
O terceiro componente, os telômeros, é fornecido pelas duas seqüências chama$as IÃ'L. Os transfom
Essas não são por si próprias seqüências teloméricas completas, mas, uma vez no inQrior do nimo, no qu
riúcleo da levedura, atuam como seqüências de disseminação, sobre as quais os telômdos po- são capazes
to, contendo
) crescer em n
to de DNA r
qual é realiz
(a) pYAC3 lônias vermr
Aplicaçõc
SUP4
O estímulo i
levedura, os
mento dos c
11,4 kb
meiose. Tais
te a propaga
utilizados cc
mento em ul
que 100 kb d
BamP'l muito além r
(p. 136), ma
(b) A estratégia de clonagem com pYAC3 abriram um I
anteriorment
Clivaoem com nante. Uma I
\ ros, permitit
e--w-J I r r mente é encr
Braço esquerdo Braço direito Os cromr
BamHl BamHl Ligação com um inserto nômicas. k
de DNA com extre- ra os vetorer
midades cegas uma bibliote
TEL TRPlori-CEN UBAS TEL
|-WZ - I r_D Figura 7.8 lizados para
UmvetorYACeamaneia até 1.400 kb
DNA inserido
como ele é utilizado para a humana pari
clonagem de pedaços de mas de instal
DNA extensos. dos pela recc
Ct-ouneeu GÈrurce e ANÁLtsE oE DNA 147
dem ser construídos. Isso tudo deixa somente uma outra parte de pYAC3 que não foi ainda
r:eguindo as mesmas linhas" mencionada: SUP4, que é a marca de seleção, dentro da qual o DNA novo é inserido durante
\ primeira vista, pYAC3 não o experimento de clonagem.
iação mais cuidadosa, suas A estratégia de clonagem com pYAC3 é como se segue (Figura 7.8b). O vetor é primeira-
mente clivado com uma combinação de BamHI e SnaBI, cortando a molécula em três frag- l,
te um plasmídeo pBR32f
Dois desses genes, URÁ3 e mentos. O fragmento de BamHI é removido, deixando dois braços, cada um ligado a uma sè-
il1p5 e YRp7, respectivamen- qüência TEL e a um sítio de SnaBI. O DNA a ser clonado, o qual deverá possuir extremida- rl
contém uma origem de des cegas (SnaBI é uma enzima que produz extremidades cegas, reconhecendo a seqüência l
mais para incluir a seqüên- TACGTA), é ligado entre os dois braços, produzindo o cromossomo artificial. A transforma- 1
do cromossomo 4. O frag- ção de protoplastos (p. 110) é, então, utilizada para introduzir o cromossomo artificial dentro
do cromossomo art! de S. cerevisiae. Alinhagem de levedura utilizada é um duplo mutante auxoÍróïrco, trpl
ura3- , que é convertido a trpl' ura' pelas duas marcas de seleção do cromossomo artificial.
seqüências chamadas ZEL Os transformantes são, portanto, selecionados por intermédio do plaqueamento em meio mí-
mÍÌs, uma vez no interior do nimo, no qual sdt1e19 as células contendo o cromossomo artificial corretamente construído
as quais o1:elôrneros po- são capazes de crescer. Qualquer célula transformada com um cromossomo artificial incorre-
to, contendo dois braços esquerdos ou dois direitos, emyez de um de cada, não será capaz de
crescer em meio mínimo, pois uma das marcas de seleção estará ausente. A presença do inser-
to de DNA no vetor pode ser conferida pelo teste para a inativação por inserção de SUP4, o
qual é realizado por um simples teste de coloração: colônias brancas são recombinantes, co-
lônias vermelhas não o são.
necimento de extensos pedaços de DNA clonado, que são utilizados, em larga escala, em
projetos de seqüenciamento de DNA.
(1) Vetores baseados nos plasmídeos que o'correm naturalmente em Agrobacterium. linhagem. Ele t
(2) Transferência gênica direta utilizando diversos tipos de DNA plasmidial. lhas como parü
(3) Vetores baseados nos vírus de plantas. plasmídeo Th é
tal, além de sel
Tais genes taml
7.2.1 Agrobacterium tumefaciens: o menor engenheiro genético
bactérias utiliz:
da natureza te programa as
Embora nenhum plasmídeo de ocorrência natural seja conhecido em plantas superiores, um
Utilizando o
plasmídeo bacteriano, o plasmídeo Ti de Agrobacterium tumefaciens, é de grande importân-
cia.
célula vegd
O A. tumefaciens é w microrganismo do solo, que caÌrsa a doença do tumor de galhe Muito rapidarn
(crown gall disease) em muitas espécies de plantas dicotiledôneas. A doença do tumor de ga- vos genes no in
lha ocorre quando um ferimento no caule permite às bacterias A. tumefaciens invadirem a nes dentro do l
planta. Após a infecção, as bactérias induzem uma proliferação cancerosa do tecido do caule cromossômico
na região do tumor (Figura 7.9). porque o grand
A capacidade para induzir a doença do tumor de galha está associada com a presença do O principal
plasmídeo Ti (indutor de tumor, do inglês tumor inducing) dentro das células bacterianas. Es- de em um plasr
se é um plasmídeo grande (com mais de 200 kb) que contém numerosos genes envolvidos no a inserção de u
processo infectivo (Figura 7.10a). Uma característica extraordiniíria do plasmídeo Ti ó que,
após a indução, parte da molécula é integrada no DNA cromossômico da planta (Figurrr (1) A estraté
7.10b). Esse segmento, chamado T-DNA, possui entre 15 e 30 kb de tamanho, dependendo da DNA não
Cloneoev GÊrurcn e ANÁLrsE oe DNA 149
Planta saudável
de galha
vidos na década de 1980 e
(GM, do inglês
genéticas das
. Aqui serão vistos os ve Figura 7.9
ftdoença do tumor
uma graduação variada de de galha.
em Agrobacterium. linhagem. Ele é mantido de uma forma estável na célula da planta e transmitido às células-fi-
.A plasmidial. lhas como paÍe integrante dos cromossomos. Porém, a característica mais extraordinária do
plasmídeo Ti é que o T-DNA contém oito ou mais genes que são expressados na célula vege-
tal, além de serem responsáveis pelas propriedades cancerígenas das células transformadas.
Tais genes também comandam a síntese de compostos incomuns, chamados de opinas, que as
genético bactérias utilizam como nutrientes (Figura 7.10c). Em resumo, o A. tumefaciens geneticamen-
te programa as células da planta pila seu próprio benefício.
em plantas superiores,
Utilizando o plasmídeoTi para introduzir novos genes em uma
, é de grande i
célula vegetal
a doença do tumor de Muito rapidamente foi percebido que o.plasmídeo Ti poderia ser utilizado para introduzir no-
A doença do tumor de vos genes no interior de células vegetais. Tudo que seria necessário seria inserir os novos ge-
A. tumefocierzs invadirem nes dentro do T-DNA e, então, abaciériarealizaria o trabalho árduo de integrá-los no DNA
cancerosa do tecido do cromossômico da planta. Na prática, isso demonstrou ser uma proposta enganosa, sobretudo
porque o grande tamanho do plasmídeo Ti dificulta a manipulação da molécula.
associada com a presença O principal problema é, obviamente, que um sítio de restrição único é uma impossibilida-
das células bacterianas. de em um plasmídeo de 200 kb de tamanho. Estratégias modernas foram desenvolvidas para
genes envolvidor a inserção de um DNA novo dentro do plasmídeo Ti. Duas são, em geral, utilizadas:
do plasmídeo Ti é
ico da planta ( (1) A estratégia dos vetores binários (Figura 7.1 l) está baseada na observação de que o T-
de tamanho, depende DNA não necessita estar fisicamente ligado ao restante do plasmídeo. Um sistema de
150 T.A. Bnown
(a) Um plasmídeoTi
T-DNA (oncogenes)
Região de
virulência
Figura 7.11
A estratégia
sentes na rÍ
Região de especificidade ao hospedeiro rido para o I
-/l no plasmíde
f
r-oÍí-------r nicas-
ï-DNA integrado
(2) A estr
basear
na por
que, s
de intr
tanto,
duziú
combi
(c) Expressão dos genes doT-DNA ta lev:
ÍnOSS(
T-DNA
Sítio de restrição
único
Região de
virulência
Região de
especificidade
ao hospedeiro
Plasmídeo A
-170 kb
O Plasmídeo B
-20 kb
Figura 7.11
A estratégia do vetor binário. Os plasmídeos A e B complementam um ao outro quando pre-
sentes na mesma célula de A. tumeíaciens. O T-DNA carregado pelo plasmídeo B é transfe-
ao hospedeiro
rido para o DNA cromossômico da planta p,ç!as proteínas codiÍicadas pelos genes presentes
no plasmídeo A. / '',
i
152 T.A.Bnowru
Íigua7"13
(b
poÍ
Plasmídeo pequeno
tipo pBR
Íê
(a) ln-
& um íeri-
Especificidade ao \regÊ
Fragmento hospedeiro
do T-DNA
s(>
(
t
ürnor de
'1/=3 'frblTransncr-
I una su$
'-\
Gene a ser
-zl Plasmídeo lanbdas
Recombinação
clonado Ti normal dadaÍÌta
á fans-
5ÍÍnadas-
Virulência
Gene novo _*
Figura7.12
Plasmídeo Ti recombinante A estratégia tiÉrbdeï
co-integração çpaonbre red
Cr-oruncev GÊNtcA E AruÁusE oE DNA
Sítios de restrição
Repetição
esquerda
<-''.-1
154 T. A. Bnowr.r
gração das seqüências do vetor dentro do cromossomo da planta. Como com o vetor de trans- que ele é diÍ
ferência de levedura (p. 1a0), as manipulações iniciais, que resultam na inserção do gene a ser há necessidar
clonado em pBIN19, são realizadas em E coli, amolécula de pBIN19 recombinante correta De fato, a int
é, então, transferida para A. tumefaciens e, depois, para a planta. As células vegetais transfor- mossomo da
madas são selecionadas por plaqueamento em meio ágar contendo canamicina. A transfer
mente um pla
O plasmídeo Ri leção apropri
Durante os anos, surgiu também o interesse no desenvolvimento de vetores de clonagem pa- clonado forar
ra plantas baseados no plasmídeo Ri de Agrobacterium rhízogenes. Os plasmídeos Ri e Ti plasmidial pa
têm muitas semelhanças, a diferença principal sendo que a transferência do T-DNA de um podem ser reg
plasmídeo Ri para a planta não resulta em um tumor de galha, mas na doença daraiz cabelu- sivelmente m
da, caractenzada por uma proliferação massiva de um sistem?radicular altamente ramifica- Um métor
do. A possibilidade de crescimento de raízes transformadas e\r uma densidade elevada em leno-glicol, cr
cultura líquida tem sido explorada pelos biotecnologistas como uma potencial maneira de ob' DNA sobre a
terem-se quantidades elevadas de proteínas, a partir de genes clonados em plantas (p.296). 7.16a). Ospn
ra 7.16b) ou c
Limitações de clonagem com os plasmídeos de Agrobacterium tas com DNA
As plantas superiores são divididas em duas amplas categorias, as monocotiledôneas e as Após o tn
dicotiledôneas. Vários fatores foram combinados para facilitar a clonagem de genes em di- que estimula
cotiledôneas, tais como o tomate, o tabaco, abatata, a ervilha e o feijão, porém muito mais meio seletivo
complicada é a obtenção dos mesmos resultados com as monocotiledôneas. Isso tem sido quais plantas
frustrante, pois estas incluem o centeio, a cevada, o artoz e o milho, as quais são as plantas Agrobacteriui
cultiváveis mais importantes e, portanto, o alvo mais desejado para projetos de engenharia
genéÍica.
A principal dificuldade resulta do fato de que, na natuteza, A. tumefaciens e A. rhizoge-
nes infectam somente plantas dicotiledôneas; as monocotiledôneas estão excluídas da faixa
de hospedeiros naturais. Durante algum tempo acreditou-se que essa barreira natural era in-
superável e que as monocotiledôneas eram totalmente resistentes à transformação com veto-
res Ti e Ri, mas, finalmente, técnicas artificiais pararcahzar a transferência do T-DNA foram
desenvolvidas. Isso, porém, não é o final da história. A transformação com um vetor de Agru>
bacterium normalmente envolve a regeneração de uma planta intacta, a partir de culturas de
protoplastos, células ou calos transformados. A facilidade com a qual uma planta pode ser
regenerada depende bastante da espécie em particular envolvida e, mais uma vez, as plantas
mais difíceis são as monocotiledôneas. Tentativas para solucionar esse problema têm centra-
lizado a utilização da biobalística - o bombardeamento com microprojéteis (p. 111) - para
introduzir o DNA plasmidial diretamente no interior de embriões vegetais. Embora esse se-
ja um processo de transformação bastante violento, ele não aparenta ser tão danoso pÍìra os
embriões, os quais ainda continuam seu programa de desenvolvimento normal para produzir
plantas adultas. A estratégia tem sido bem-sucedida com o milho e diversas outras monoco-
tiledôneas importantes.
Como com o vetor de que ele é diferente da integração de um vetor de levedura no cromossomo (p. 143), pois não
m na inserção do gene a há necessidade de uma região de homologia entre o plasmídeo bacteriano e o DNA da planta.
pBINl9 recombinante De fato, a integração parece ocolïer aleatoriamente em qualquer posição em qualquer cro-
As células vegetais mossomo da planta (Figura 7.15).
A transferência gênica direta, portanto, faz uso de DNA plasmidial supertorcido, possivel-
mente um plasmídeo bacteriano simples, tal como pBR322, dentro do qual uma marca de se-
leção apropriada (por exemplo, o gene que confere resistência à canamicina) e o gene a ser
de vetores de clonagem clonado foram inseridos. A biobalística é freqüentemente utilizada para introduzir o DNA
. Os plasmídeos Ri e plasmidial para dentro de embriões vegetais, mas, se as espécies que estão sendo modificadas
flerência do T-DNA de podem ser regeneradas a partir de protoplastos ou células únicas, então outras estratégias, pos-
mas na doença daraiz sivelmente mais eficientes que a biobalística, são possíveis.
radicular altamente rami Um método envolve a ressd,qpensão dos protoplastos em uma solução viscosa de polieti-
uma densidade elevada leno-glicol, composto polimérico)-negativamente carregado, que é utilizado para precipitar o
uma potencial maneira de DNA sobre as superfícies dos protoplastos e para induzir a entrada por endocitose (Figura
emplantas (p.296)- 7 .l6a). Os protoplastos também podem ser fusionados com lipossomos contendo DNA (Figu-
Agrobacterium ra7 .l6b) ou células intactas podem ser vigorosamente agitadas com agulhas de sílica cober-
tas com DNA, as quais perfuram a parede celular e transferem o DNA para o interior.
as monocotiledôneas e
Após o tratamento, os protoplastos são deixados durante alguns dias em uma solução
a clonagem de genes em que estimula a regeneração das paredes celulares. As células, então, são espalhadas sobre
e o feijão, porém muito
meio seletivo para identificar transformantes e para fornecer culturas de calos, a partir das
iledôneas. Isso tem si quais plantas intactas podem desenvolver-se (exatamente como descrito para o sistema com
ilho,as quais são as pl
A g ro b act e rium, Figlur a 7. 1 3b).
para projetos de en
A. tume.faciens e A. rhi
estão excluídas da
essa barreira natural era i
à transformação com
e diversas outras
direta de genes
como maneira de transferir
direta entra no processo urn
primeiramente realizada en
apaz de replicar em uma cé-
recombinação, em um cr<>
Gene novo inserido
mas é praticamente certo Figura 7.15 no DNA da planla
'lfiansÍerência gênica reta.
di
156 T. A. Bnowrl
Caulimovírus cr
Embora um dos pri-r
ano de 1984, tenhau
nabo, duas dificuldar
(b) Fusão com lipossomos contendo DNA
A primeira foi ç
la necessidade de en
Protoplasto vegetal regiões não-essencia
fìca muito limitada- I
blema por meio da u
K,
gomídeos (p. 125). Ìt
da couve-flor (CaM
o senciais, o que sienil
---/
ìo/
DNA o
prio, comandar a inft
genoma de CaÌvfV n
tor de clonagem seja
\/ Essa abordagem
Lipossomos é a extremamente lin
) tos de clonagem a so
K Figura 7.16
DNA transferido
para o núcleo TransÍerência gênica di- Geminivírus cor
reta por meio de (a) pre-
E sobre os geminivíl
cipitação de DNA na su-
perfície dos protoplastos, cluem plantas, tais o
Lipossomo Íusionado e (b) Íusão de protoplas- para essas e outras n
tes com lipossomos con- tos de dificuldades. r
do DNA viral sobre a superfície de uma folha. O processo de infecção natural, então, espalha-
ria os vírus por toda a planta.
O potencial dos vírus de plantas como vetores de clonagem vem sendo explorado há vá-
rios anos, mas sem grande sucesso até o momento. Um problema é que a grande maioria dos
vírus de plantas possui genomas não de DNA, mas de RNA. Vírus de RNA não são tão úteis
como possíveis vetores de clonagem, pois as manipulações com RNA são particularmente
mais difíceis de realizar. Somente duas classes de vírus de DNA que infectam plantas supe-
riores são conhecidas, os caulimovírus e os geminivírus, mas nenhuma dessas apresenta
condições ideais para a clonagem gênica.
:
158 ï A. Bnowr
quando clonados emE. coli ou levedura (Capítulo l3), além de métodos para clonagem
em
humanos, que estão sendo procurados por biologistas moleculares clínicos, na tentativa de de-
senvolver técnicas para a terapia gênica (p. 31a), na qual uma doença étratadapor meio
dr
introdução de um gene clonado dentro do paciente.
O aspecto clínico sugere que a maior atenção tem sido direcionada aos sistemas de clona-
gem para mamíferos, mas progressos importantes também foram obtidos com insetos. A clo.
nagem em insetos é interessante, pois utiliza um tipo de vetor completamente novo, o qrrrl
ainda não havia sido encontrado. Iremos, portanto, examinar os vetores para insetos, antes de
frnalizat o capítulo com uma visão geral dos métodos de clonagem utilizados com mamíferm"
aos sistemas de
obtidos com insetos. A Genes
pletamente novo, o / \ ---ì
f"":--Ì---'-7-'1 F.r:------] r-:
-
para insetos, antes
utilizados com mami
r Repetições terminais invertidas
homeótica de Drosophila
mosca - são inti \
/-\
/ --'t
a -.,'
Elemento P inserido em
um cromossomo da mosca
D. melanoga,r/er fosse \ --/
imento humano. A i Elemento P carregado
vetores para a c pelo plasmídeo
verá a partir do embrião, irá conter cópias do gene clonado em todas as suas células. A c
gem com o elemento P foi primeiramente desenvolvida na década de 1980 e tem fornec
inúmeras contribuições importantes para a genéticade Drosophila.
nes em mamíferos. Os adenovírus permitem que fragmentos mais extensos de DNA sej à qual se reto
clonados, dos que são possíveis com um vetor SV40, embora eles sejam mais difíceis de
nipular, devido aos genomas serem maiores. Os papilomaúrus, os quais também apresen Clonagem
uma capacidade relativamente alta para o DNA a ser inserido, apresentam a vantagem i Uma das raze
tante de permitir que uma linhagem celular estável seja obtida. em células de
Muitos vírus de mamíferos destroem suas células hospedeiras logo após a infecção, era a maneira
forma que truques especiais são necessários, caso esses vírus sejam utilizados para qu Embora se tre
finalidade que não sejam experimentos de transformação de curta duração. Os papi rianos, ou có1
L
Croraeeu GÊNrcA E AruÁuse oe DNA 161
a clonagem gênica em
Genes tardios
papel importante na (proteínas do capsídeo)
baculovírus está na
considerarmos esse
Genes iniciais
devido a uma dentre as três (replicação viral)
h
162 T.A.BRowN
tiva. Alternativamente, uÀa célula-tronco embriogênica (ES, do inglê's embryonic stem celll Broach, J.R. (198
((l\\
Rubin, G.M. & S
ce, 218,348
Timmermans, M
nml Reviett
Viaplana, R., Tu
virus replac
estratégia d
Figura 7'19 -r^,.r^a incarir{a como um arranlo sequ"rencial em uma mG
^ranaâac inseridas
uúniptas cópias de moléculas clonadas
lécula de DNA cromossômico.
i
CnpÍrulo 8
Como Obter um Clone
de um Gene Específico
\e
O problema da seleção, I 65 ldentificação de um clone a partir de uma biblioteca
Seleção dìreta. 167 genôrnica. 169
Métodos para identificação do clone. 1 74
Nos capítulos anteriores foi examinada a metodologia básica utilizadapara clonar genes e fo-
ram avaliados os vários tipos de vetores que são usados com bactérias, leveduras, plantas e
animais. Agora, deve-se observar os métodos disponíveis para obtenção de um clone de um
gene individual e específico. Esse é o ponto cítico de um experimento de clonagem gênica;
o sucesso ou o fracasso geralmente dependem do fato de a estratégia aplicada permitir ou não
que clones do gene desejado possam ser selecionados diretamente ou, de modo alternativo, di-
ferenciados de outros recombinantes. Uma vez que tal problema tenha sido resolvido e que
um clone tenha sido obtido, o biólogo molecular está capacitado afazer uso de uma ampla va-
riedade de diferentes técnicas que extrairão informações sobre s gene. As técnicas mais im-
portantes serão descritas nos Capítulos l0 e 1 l.
O problema da seleção
O problema enfrentado pelo biólogo inolecular que deseja obter um clone de um gene único
e específico foi ilustrado na Figura 1.4. Mesmo os organismos mais simples, como E. colí,
contêm milhares de genes e a clivagem do DNA celular total produz não apenas o fragmento
que contém o gene desejado, mas, também, muitos outros fragmentos, que são portadores de
todos os outros genes (Figura 8.la). Durante a reação de ligação não há seleção de um frag-
mento individual: inúmeras moléculas diferentes de DNA recombinante são produzidas, to-
das contendo diferentes porções de DNA (Figura 8.1b). Conseqüentemente, uma variedade de
clones recombinantes é obtida após a transformação e o plaqueamento (Figura 8.lc). De al-
gum modo, o clone correto deve ser identifìcado.
166 T. A. Bnowlr
-_-* _ìr
EcoRl
{ a-
Muitos
Hnfi,ï'"'
a
?.--- --
O gene a ser
clonado
lnserção no vetor
(b) As moléculas de DNA recombinantes
resultantês
ria deles, seguida da análise dos clones individuais para identificar qual o clone coÍreto-
e suHon
mentos (
Em termos gerais, a seleção direta é o método preferido, uma vez que é rápida e em geral
PaÍa
não-ambígua. Entretanto, deve-se notar que ela não é aplicável a todos os genes. As técnicas
de um vr
para a identificação dos clones são, assim, muito importantes, especialmente porque bibliote-
tes molé
cas genômicas completas de diversos organismos estão agora disponíveis.
tência à
CrorureEu GÊrurcn e ANÁLrsE oe DNA 167
>_
P
t-
OO
\ \
X I
Apenas o recombinante
.aaaa
aaaaaaa
a.aaaaa
Uma biblioteca
aaaaaaa de clones
Figura 8.2 a ìa a a a
Figura 8.1 ffs estratégias básicas que podem ser utili-
O problema da para obter um determinado clone. (a)
leção. direta. (b) ldentiÍicação do recombi-
nante desejado a partir de uma biblioteca Clone corÍeto
de clones.
Seleção direta
desejado pode ser
Para poder selecionar um gene clonado é necessário plaquear os transformantes em um meio
com ágar onde apenas os recombinantes desejados, e nenhum outro, possam crescer. As úni-
que o experimento
cas colônias obtidas serão, portanto, aquelas formadas pelas as células que contêm a molécu-
são clones do gene
la de DNA recombinante desejada.
ueamento.
O exemplo mais simples de seleção direta ocorre quando o gene desejado especifica resis-
(Figura 8.2b), o que
tência a um antibiótico. Como exemplo, consideraremos um experimento para clonar o gene
"ferramenta", fl
que confere resistência à canamicina, a partir do plasmídeo R6-5. Esse plasmídeo contém ge-
na célula, ou a
nes que conferem resistência a quatro antibióticos: canamicina, cloranfenicol, estreptomicina
car qual o clone
e sulfonamida. O gene que confere resistência à canamicina localiza-se em um dos 13 frag-
mentos de EcoRI (Figura 8.3a).
1"., qrr" é rápida e em
Para clonar esse gene, os fragmentos EcoRI do R6-5 devem ser inseridos no sítio de EcoRI
Jtoaos os genes. As té<
piahente de um vetor como pBR322. A mistura de ligação compreenderá muitas cópias das 13 diferen-
porque bit
tes moléculas de DNA recombinantes, um grupo das quais portando o gene que confere resis-
fu,oníveis.
tência à canamicina (Figura 8.3b).
168 T. A. Bnowlr
A inativação por inserção não pode ser usada para selecionar recombinantes quando o sí- &2.1 A recuperação
tio de EcoRI do pBR322 é utilizado. Isso se deve ao fato de esse sítio não estar localizado noa
De fato, a seleção d
genes que conferem resistência tanto à ampicilina quanto à tetraciclina desse plasmídeo (Fi-
nes que conferem n
gura 6.1). Porém, tal fato é insignificante para a clonagem do gene que confere resistênciaà
se uso de linhagens
canamicina, pois, nesse caso, o gene clonado pode ser usado como uma marca de seleção. Os
Como exemplo.
transformantes são plaqueados em meio ágar com canamicina, no qual as úniças células ca-
gene codifica a enz
pazes de sobreviver e produzir colônias são aquelas recombinantes que contêm o gene que
essencial triptofanc
confere resistência à canamicina clonado (Figura 8.3c).
nal, é chamada de r
de crescimento. E
i
Essa E coli mu
total é primeiramer
ria. O processamen
(a) Plasmídeo R6-5
/l produz numerosÍìs l
o
O emprego e as
Embora a recup€ra
nes, duas limitaçõe
(1)
o
Uma linhager
(2) Um meio on<
A técnica de rs
ticas, pois os clone
descitaparao trpÁ
TransÍormação de linhagens auxotróf
E coÍ, plaqueamento cuperação do marc
\ Ademais, muta
XX seleção de alguns g
(c) Mas apenas uma possibilita o crescimento tre enzimas equila
em meio ágar com canamicina exógena funcione t
deiro para o tipo s€
recombinantes quando o
A recuperação do marcador ampria o emprego da seleção direta
sítio não estar localizado
iclina desse plasmídeo De fato, a seleção direta seria muito limitada se somente pudesse ser utilizada para clonar ge-
gene que confere resistênci nes que conferem resistência a antibióticos. Felizmente, aiécnicapode ser ampliada
fazendo-
uma marca de seleção. se uso de linhagens mutantes de E. coti como hospedeiras para a transformação.
no qual as únicas células Como exemplo, consideraremos um experimento para clonar o gene trpA de E. coli.Esse
tes que contêm o gene gene codifica a enzima triptofano sintase, a qual está envolvida na biossíntese do aminoácido
essencial triptofano. Uma linhagem mutante de E. coli, que possui um gene trpAnáo-fincio-
nal, é chamada de trpA- e é capaz de sobreviver apenas se o triptofano for adicionado ao meio
de crescimento. E. coli trpA- é,portanto, outro exemplo de auxotrofia (p. 140).
Essa -E coli mrÍante pode ser utilizada para clonar a versão correta do gene r4pÁ. O DNA
total é primeiramente purificado a partir de uma linhagem normal (tipo selvagem) da bacté-
ria. O processamento com uma endonuclease de restrição, seguido pela ligação em um vetor,
produz nu}Érosas moléculas de DNA recombinantes, uma das quais pode, com sorte, conter
uma cópia intacta do gene trpA (Figura 8.4a). Trata-se, é claro, do gene funcional, já que foi
obtido a partir da linhagem de tipo selvagem.
.J A mistura de ligação é, então, usada para transformar as células auxotróficas de E. coli
trpA (Figura 8'4b). A grande maioria dos transformantes que resulta será auxotrófìca, mas
t-) uns poucos terão, agora, a cópia correta do gene trpA, onginada do plasmídeo. Tais recom-
lsfragmentos
binantes são não-auxotróficos - eles não necessitam mais do triptofano, pois o gene clonado
é capaz de comandar a produção da triptofano sintase (Figura 8.4c). A seleção direta é, assim,
realizada pelo plaqueamento dos transformantes em meio mínimo, o qual carece de qualquer
suplemento adicional e, particularmente, não possui triptofano (Figura 8.4d). Mutantes auxo-
tróficos não podem crescer em meio mínimo, logo, as únicas colônias a aparecer serào recom-
binantes que contêm o gene trpAclonado.
(1) uma linhagem mutante deve estar disponível para o gene em questão.
(2) um meio onde apenas o tipo selvagem possa sobreviver é necessário.
A técnica de recuperação é aplicável à maioria dos genes que codifica enzimas biossinté-
ticas, pois os clones desses genes podem ser selecionados em meios mínimos da maneira já
descrita para o trpA. Entretanto, a técnica não está limitada a E. coli,nem somente a bactérias;
ïransformação de Ìinhagens auxotróficas de leveduras e fungos filamentosos estão também disponíveis, e
a re-
E colr, plaqueamento cuperação do marcador tem sido usada para selecionar genes clonados em tais organismos.
Ademais, mutantes auxotróficos de E. coli podem ser utilizados como hospedeiros para a
seleção de alguns genes de outros organismos. Com freqüência, há similaridade
suficiente en-
tre enzimas equivalentes de diferentes bactérias, ou mesmo de leveduras, para que
a enzima
exógena funcione em E' coli, de modo que o gene clonado sejacapazde transformar
o hospe-
deiro para o tipo selvagem.
ooü
trpA
ligação
Não-
rêcombinante
t
I
Recombinantes
--=-
trpA+
Õ
@
(c) O gene do plasmídeo
é expressado
\
ptoleína trpA
or"nu"recombinantes
(d) Plaqueamento em / Figura 8.4
meio mínimo trpe* podem sobreviver
I ..< Figura 8.5
Seleção direta para o Freparação de uma bi-
gene trpA clonado em
Uioteca genômica em
uma linhagem trpA- de um vetor cosmidial.
E. coli.
some), um cro
e de tipo selvagem não podem ser distinguidas pelo plaqueamento em meio mínimo ou em ou um vetor P
qualquer outro meio especial. Além disso, nem a recuperação do marcador, nem qualquer ou- Para bacté
tro método de seleção direta é de muita utilidade no fornecimento de bactérias complementa- nômicacompl
das por clones contendo genes de organismos mais desenvolvidos (isto é, animais e plantas), mais, entretân
pois, nesses casos, as diferenças são geralmente tão grandes que as enzimas exógenas não clone desejaú
funcionariam na célula bacteriana. blioteca, espu
Uma estratégia alternativa deve, portanto, ser considerada. Isso ocorre quando um grandÊ maisl uliliílaÍl
número de clones diferentes é obtido e aquele que se deseja é, de alguma forma, identificado-
E.3.2 Nem todos
8.3.1 Bibliotecas genômicas
Uma caracterí
Antes de se observarem os métodos utilizados para identihcar clones individuais, deve ser con- viduais. Um g
siderada a biblioteca propriiÌmente dita. Uma biblioteca genômica (p.136) é uma coleção de clo- celulares - céI
nes em número apaÍentemente suflciente para conter cada gene presente em um determinado or-
de genes, mas
ganismo. Bibliotecas genômicas são preparadas pela purificação do DNA total da célula, ao qual outros são sile
se segue um processo parcial de restrição, resultando em fragmentos que podem ser clonados O fato de
em um vetor adequado (Figura 8.5), geralmente um vetor de l" de substituição, um cosmídeo oq qualquer pode
possivelmente, um cromossomo artificial de levedura (YAC, do inglês yeasr artificial chromo- o DNA. mas c
Cuorunceu GÊrurcr e ANÁLtsE oe DNA 171
,4usde -35"not
kb
í-Í--1-------rr
Ligação no cosmídio
I
I Empacotamenlo in vitro,
I infecção de E. colí
i
,/-1--\
/'-' . - >a,/, colônias
/:..'...'x
.'
Í....,'.'l
Figura 8.4 Figura 8.5
\.'....:'l
\ ..'. ./
Seleção direta para o de uma bi-
gene trpA clonado em + outras ptacas
genômica em de Petri = biblioteca genômica
uma linhagem trpA'&
un vetor cosmidial.
E. coli.
ituição, um cosmídeo qualquer pode ser utilizado na preparação de uma biblioteca, se o material a ser clonado não for
yeast artificial o DNA, mas o RNA mensageiro (mRNA). Apenas aqueles genes que estiverem sendo expres-
I
Cr-orunceu GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 173
cialmente degradado, por tratamento com a ribonuclease H (RNase) (Figura 8.7b). Os frag-
mentos remanescentes de RNA servem, então, como iniciadores (p. 68) para a DNA-polime-
rase I, a qual sintetiza a segunda fita de cDNA (Figura 8.7c), resultando em um fragmento de
DNA de fita dupla que pode ser ligado a um vetor e clonado (Figura 8.7d).
(c) Síntese da
segunda Íita
/ DNA-poll
Fragmentos I
de RNA atuam
como iniciadores DNA
8.6
diÍerentes são expres-
em tipos celulares dÌb
\
T-T-I-TÍ-T-FTT-Ì-TTTT AAAÁA
cialmente r
Célula do tipo A
mentos ren
rase I, a qu
DNA de fit
\ u"n"..ir.o"Joo.
mRNA -- proÌeína
Célula do tipo B
Genes silenciados
Figura 8.6
\ mRNA proteína Genes diÍerentes são exprs
sados em tipos celulares dib'
rentes.
sados são transcritos em mRNA. Logo, se o mRNA for usado como material iniciador, os
nes resultantes compreenderão apenas uma seleção do número total de genes da célula.
Um método de clonagem que utilize mRNA seria particularmente útil se o gene desej
fosse expressado em altos níveis em um tipo celular individual. Por exemplo, o gene da
dina, uma das proteínas nutricionais mais importantes presentes no trigo, é expressado em
nível muito elevado nas células das sementes de trigo em desenvolvimento. Em tais cél
mais de 307o do mRNA total especificam gliadina. Obviamente, se pudéssemos clonar o
NA das sementes de trigo, iríamos obter um grande número de clones específicos para
na.
8.3.3 O mRNA pode ser clonado como DNA complementar Frgura &7
pc.
O RNA mensageiro não pode, ele próprio, ser ligado a um vetor de clonagem. peraa dona-
mRNA pode ser convertido em DNA pela síntese do DNA complementar (cDNA, do i cDl.lA (ver
complementary DNA). d€fralhes)"
A chave para esse método é a enzima transcriptase reversa (p. 68), que sintetiza uma =pdiadenc
polinucleotídica de DNA complementar a uma fita de RNA existente (Figura 8.7a). Uma = oli-
que a fita de cDNA tenha sido sintetizada, o membro RNA da molécula híbrida pode ser
Crouoev GÊNrcA E ANÁLrsE DE DNA 173
cialmente degradado, por tratamento com a ribonuclease H (RNase) (Figura 8.7b). Os frag-
mentos remarescentes de RNA servem, então, como iniciadores (p. 68) para a DNA-polime-
rase I, a qual sintetiza a segunda fita de cDNA (Figura 8.7c), resultando em um fragmento de
DNA de fita dupla que pode ser ligado a um vetor e clonado (Figura 8.7d).
5' 3'
mRNA Cauda de n*r"r*r,tio" rr .## \ \
lnlclador
Poli(A) oligo(dT) iniciador
I
Transcriptasereversa
/I
i RNA /
l--t--l--t--l--lm AAAAA
u...J....J....J....l.-.4]-TfTI
I
(b) Degradação do RNA DNA
,/
/ ,/
t RNase H
i
Fragmentos de RNA
t .T ..'l n r-rì-rr
t
Í (c) Síntese da
t segunda Íita ,/ DNA-pol I
l
lr
Ij
Fragmentos /
de RNA atuam
como iniciadores DNA
L.",.
pres diÍerentes são exprr
fdos em tipos celulares d
\
T-fT-'l-T-l-T-fT-fTTT"l- AAAAA
dupla rrrrr
Fn"r cDNA de Íita
I
I União das extremidades
material iniciador, os, (d) Ligação em um vetor coesivas, ligação
!rc
pl de genes da célula.
pnte útil se o gene desej
por exemplo. o gene da g CDNA
fo trigo. é expressado em -.
loluimento. Em tais célu
[se pudéssemos clonar o r
fones específicos para gÌii
l
(e) Transformação
F
I
Figura 8.7 Clones de
frentar esquema pos-
cDNA
bde clonagem. ufuel para a clona-
pmentar (cDNA, do do cDNA (ver
para detalhes).
b. 68), que sinteriza uma = poliadeno-
bnte (Figura 8.7a). Uma oligo(dT) = oli-
nlécula híbrida pode ser godesoxitimidina.
b
174 T. A. Bnowlr
Iesente na preparação oú
rbiblioteca de cDNA pos-
(a) Um híbrido instável
fliadina (Figura 8.7e). Ou-
fiadina clonado é um pro"
lir da biblioteca genômica
rprocedimentos podem
ns poucos desses procedii
E clonado, é, via de regra,
(b) Um híbrido estável
le correta, o que pode sc
lzação. Figura 8.8
Hibridização de ácido
nm-se entre si nrcléico. (a) Uma molé-
qlla híbrida instável for-
Pequenas regiões não-complementares
kncial de formar pares & flmnda entre duas Íitas de não afetam a estabilidade geral
Itruturas híbridas resultan- [D].lA não-homólogas. (b)
iyiduais entre as fitas é fa- Um híbrido estável Íor-
lplementares, um exteNo mado entre duas Íitas (c) Um híbrido DNA-RNA
.fita dupla estável (Fi ournplementares. (c) Um
lsimples para formar híbrido DNA-RNA, tal
lsimples e entre combinr como o que pode ser
rbrmado entre um gene
e seu transcrito.
bntificar um dete
iao gene desejado,
D neste capítulo. Pri
ra 8.9c). Após um peíodo para permitir que a hibridização aconteça, o filtro é lavado para re-
mover as sondas que não se ligaram, é seco e então são detectadas as posições das sondas li-
ls gadas (Figura 8.9d).
rlas de DNA recombinan- Tradicionalmente, a sonda é marcada com um nucleotídeo radioativo, tanto por nick trans-
!s. Graças às técnicas ino- lation quanto por preenchimento das extremidades (p. 81), ou, alternativamente, por inicia-
b purificar çsds mql{çula ção aleatória (random priming) (Figtra 8.10), uma técnica que resulta em uma sonda com
hado. atividade bem mais elevada e, portanto, capaz de detectar quantidades bem menores de DNA
brana de nitrocelulose ut ligadas à membrana. Com esses métodos, a posição do sinal de hibridização é determinada
[ial contaminante, deixan- por auto-radiografia.
im resulta na desnatura@ Os métodos de marcação radioativa, porém, estão começando a entrar em desuso, em par-
*as fitas individuais na h6
te devido aos riscos qÌre trazem ao pesquisador e em parte devido aos problemas associados
b, ser firmemente ligadro ao acondicionamento dos resíduos radioativos. A sonda de hibridização pode, portanto, ser
ilrocelulose estiver sendo, marcada de uma maneira não-radioativa. Diversos métodos tôm sido desenvolvidos, dois dos
rnáilon. As moléculas tg'- quais são ilustrados na Figura 8.1 l.
cf,ato, de modo que as ba- O primeiro faz uso de nucleotídeos desoxiuri.dina trifosfato (dUTP) modificados pela
mplementares. reação com a biotina, uma molécula orgânica que possui alta afinidade por uma proteína
; aplicada à membrana em chamada avidina. Após a hibridização, as posições das sondas biotinizadas e ligadas podem
m ácidos nucléicos (Figu- ser determinadas pela lavagem com avidina, associada a um marcador fluorescente (Figura
176 T.A.Bnowru
Membrana de
nitrocelulose/náilon
--!'--
I \/\/
"---l--------l_-!ì
lÌ---:-:::Jl Bactérias aderidas
à membrana
Bactérias DNA
/ \ Árcari+ J \-
Protease
\ sooc
Bases \ Pot z ou inadiação
não-Pareadas noras ultravioleta
/I\ )
}*tY;rr
DNA e ligado
pela estrutura DNA ligado Figura 8.10
à membrana
açúcar-Íosfato Marcação do DNA Por
iniciação ale alória ( ran-
Filme de raio X
(c) Sonda com o DNA marcado &m priming). A mistura
*^*ã â.?-lá. lavaoem
\ @ hexâmeros randomi-
.ffi
,/ ')Çl,,w,Y\ " -'%r,,,v-Ìf ffi dos (oligonucleotídeos
\ / APlicação do Íilme lfiptaméricos de seqüên-
Ligação não- Ligação de raio X cla randomizada) é suÍi-
específica esPecíÍica cientemente complexa
para incluir, pelo menos,
(d) A auto-radiograÍia Íesultante
@umas moléculas que
possam parear com a
dNTP = 2'-desoxi-
nmrrieotídeo 5'{rifosÍato.
Figura 8.9
Hibridização positiva A hibridização em
colônias com uma
sonda marcada ra- Exemplos do uso;
dioativamente.
obviamente, o sucesso (
determinado clone recot
possa ser usada como so
8.11a). Esse método é tão sensível quanto a sondagemradioativae está se tornando
cada
cia do gene clonado. Se
mais popular. menteéocasoseoobjr
O mãsmo também é verdadeiro para o segundo método de hibridização com sonda
não-ra
ser utilizado como sond
dioativa, no qual a sonda de DNA é complexada com a enzima peroxidase de rábano sil
Na prática, a nature,
tre (horserudish x peroxi.dase) e é detecÍada pela habilidade enzimática em degradar lum
gene desejado. Serão co
com a emissão de quimioluminescência (Figura 8.11b). O sinal pode ser registrado em
fi
fotográfico normal de maneira análoga à auto-radiografia' (1) Aquela na qual o 1
tir do qual uma bil
b
Cr-onneeu GÈrutcn e Ar.tÁrtse oe DNA 1TI
Sonda de DNA
de fita dupla
.P
rs formam
Alguns; hexâmeros
h
LJJ pares de bases
Figura 8.10
Marcação do DNA Por
üriciação alealória (ran- \ Adição da polimerase de
Mn priming). A mistura Klenow + dNTPs,
ú hexâmeros randomi- \ um dos quais está marcado
dos (oligonucleotídeos
Itsaméricos de seqüên- \
cã randomizada) é suÍi-
cientemente complexa
pra incluir, pelo menos,
rlgumas moléculas que
possam parear com a
dNTP = 2'-desoxi- DNA marcado
nnrcleotídeo 5'-triÍosÍato.
Figura 8.9
A hibridização em
colônias com uma
sonda marcada ra- Exemplos do uso prático da sondagem por hibridização
dioativamente.
Obviamente, o sucesso da hibridização em colônia ou placa como meio para identificar-se um
determinado clone recombinante depende da disponibilidade de uma molécula de DNA que
va e está se tornando cada possa ser usada como sonda. Essa sonda deve compartilhar, pelo menos, uma parte da seqüên-
cia do gene clonado. Se o gene propriamente dito não estiver disponível (o que presumivel-
hibridização com sonda não-ra mente é o caso se o objetivo do experimento for fornecer um clone dele), então, o que pode
peroxidase de rábano silve ser utilizado como sonda?
imática em degradar lumino( Na prática, a natuÍeza da sonda é determinada pela informação disponível a respeito do
pode ser registrado em filrrr gene desejado. Serão consideradas três possibilidades.
(1) Aquela na qual o gene desejado é expressado em altos níveis em um tipo celular, a par-
tir do qual uma biblioteca de clones de cDNA tenha sido preparada.
178 ï A. Bnowlr
l'
Sondagem por
(a) Marcação com um nucleotídeo biotinizado
Conforme descrito
ra a obtenção de un
Sondade DNA /
./ durP-biotina
I determinado tipo ce
em desenvolvimenú
{\( gene da gliadina (Fï
Nick \ -\=-
transtation, \ A identificação r
,%
l{><-> lamento do produto
Sondas de oligr
BBBB
+-{-r! .-
-/
,/r*xïï** a um marcador
fluorescente
tenham sido ca
Freqüentemente, o Í
,r>ü detalhamento. Em p
7-7-7rr-7-7-7-77-2-777-7
^t<r>
HP ./
HP -/
H>--'-'' \ Hibridizaeão
\
\
HP HP
À<,r{r\ .O}<"À
777-7777-777-7'7-7-
,.'/
Adição de luminol
-,-
Figura 8.11
Dois métodos para a m€ìÍ-
cação não-radioativa das
sondas de DNA.
i1
t
i
F
Clotnçenr GÊNtcA E ANÁLtsE oe DNA 179
Biblioteca
B de clones
Figura 8.Í 1
Dois métodos para a mar-
cação não-radioativa das
sondas de DNA.
Auto-radiografias
Sonda A = Sonda B =
ada pelo gene é Figura 8.12 Clone pouco Clone muito
Sondagem em uma biblioteca para abundante abundante
relacionados. identiÍicar um clone abundante.
180 T. A. Bnowlr
-Ã*""; _t)-o
um segmento diferente ü[n esquema simpli-
lfuado da síntese de
ína empregado para
olgonucleotídeos.
cuidado: o hexapept
Os grupamentos
iro hexapeptídeo escolhi
r@
ligados às
I8 nucleotídeos, claram úemidades 3'e 5'
i prwinem reações
I runbe mononucleotÊ
pnados deos individuais.
Com um controle Continua até o
Nucteotídeo
lé vista quando dois genes widadoso do mo- O comprimento
desejado - então,
ps. o que reflete a cons Ínento no qual as
! g.n.r de organismos
sao remo-
vÍ1as, podem ser
T Suporte de sílica
é clivado do suporte
i
t
P
182 T. A. Bnowlr
bndizarán2
Oligonucleotídeos sintéticos, nes (Figura
marcados nas extremidades
'[tr udues ^ de nucleotí
complexo
;:;
g
lia multigê
B,,rf:ïff""J,ï,*."
\
\ ,/
..t --6.h
Sondagem
\..:.:'./
por -:- '-z
bros poden
8.4.4 Métodos r
ffiz terminado r
com as mo
10.000 recr
Auto-radiograÍia investigada
uma sonda
\ nam impos
\ Provável clone da
citocromo c
tégia difere
Sinal não-específico?
Nova sondagem com um segundo
oligonucleotídeo deduzido
Figura 8.15
O uso de um oligo-
nucleotídeo sintéti-
ldentiÍicação definitiva do co, marcado na ex-
clone da citocromo c
tremidade, para
identiÍicação de um
clone do gene da
citocromo c de le-
vedura.
bidizará não somente com seu próprio gene, mas também com uma variedade de outros ge-
nes (Figura 8.16c). Todos eles relacionam-se ao cDNA da gliadina, mas possuem seqüências
de nucleotídeos levemente diferentes. Isso ocorre porque as gliadinas do trigo formam um
complexo grupo de proteínas relacionadas que são codificadas pelos membros de uma famí-
lia multigênica. Uma vez que um gene da famflia tenha sido clonado, todos os demais mem-
bros podem ser isolados pela sondagem heteróloga.
Biblioteca genômica
seqüências relacionadas para do DNA de Neurospora
c de levedura, identificado na
ilizado como sonda de hibri (c) Sondas heterólogas dentro de uma mesma espécie
clones de outros organismos. cDNA da gliadina
complementar ao gene marcado
zíõ-ì\ ) ("
:.'j'.ì "(
deveria ocoffer paÍa que um /a . .\ xì.J
8.16b). As condições ex
não fosse desestabilizada
f
l3
:-1 . o r I Membros da
tt7 '
Íamília multigênica
\.t."1. da gliadina
relacionados rto mesmo \i__2,
nte no capítulo por Biblioteca genômica do trigo
Figura 8.16
uma biblioteca genômica, ele heterólogas.
I
184 T. A. Bnowlr
)
o,\ J Molécula exógena,
Por exemolo, Proteína
pí
-? F-'-=- Anticorpos
I
Figura 8.1t
llüülização de um an
(b) PuriÍicação dos anticorpos Figura 8.17 tborpo purificaü
Anticorpos. (a) Os an- pra detectar Proteí
ticorpos na corrente ffils em colônias re
Remoção de sangüínea ligam-se a combinantes. En
10 ml de sangue moléculas exógenas e wda proteína mat
ajudam a degradá-las- cada A, o PróPú
presentes em sua
mos dias para que (a) Sondagem imunológica
?il?
Figura 8.18 zffi
de um an-
Figura 8.17 ümrpo puriÍicado
Anticorpos. (a) Os detectar proteÊ
ticorpos na corrente ern colônias re-
(b) A auto-radiograÍia resultante
sangüínea ligam-sea cornbinantes. Em
moléculas da proteína mar-
ajudam a cada A, o próprio
(b) Anticorpos puriF rrüicorpo pode ser
cados podem ser nmarcado ou, alter-
Srnal positivo = recombinante
dos de um pequeno sintetiza a proteína clonada
volume de sangue re gundo anticorpo
tirado de um coelho mnnrcado que se li-
injetado com a especificamente
na exógena. primeiro anticor-
p pode ser usado.
186 T. A. Bnowr.r
Leituras adicionais
Benton, W.D. & Davis, R.W. (1977) Screening ì,gt recombinant clones by hybridization to single plaques in sinr-
Science, 196, I 80-82.
Dyson, N.J. & Brown, T.A. (2001) Immobilization of riucleic acids and hybridization analysis. ln'. Essential Moleculs
A reação em
Biology: A Practical Approach, Yol.2 (ed. T.A. Brown), 2nd edn. In press.IRL Press at Oxford University Press.
187
Oxford.
PCR em deta
Feinberg, A.P. & Vogelstein, B. (1983) A technique for labelling DNA restriction fragments to high specific activity.
Analytical Biochemistry, 132,6-13. [Marcação com iniciadores aleatórios (random priming).f
Grunstein, M. & Hogness, D.S. (1975) Colony hybridization: a method for the isolation of c'loned cDNAs that co*'
tain a specihc gene. Proceedings of the National Academy of sciences of the usA, 72, 3961-5. Como resu
Gubler, U. & Hoffman, B.J. (1983) A simple and very efficient method for generating cDNA libraries. Ganc"
básicos da
2s,263-9-
Thorpe, G.H.G., Kricka, L.J., Moseley, S.B. & Whitehead, T.P (1985) Phenols as enhancers of the chemiluminesceil como a an
horseradish peroxidase-luminol-hydrogen peroxide reaction: application in luminescence-monitored enzym DNA_DN
immunoassays. Ctinical Chemistry,3l, 1335-41. [Descreve o princípio do método de marcação não-radioatirt-l da princip:
Young, R.A. & Davis, R.W. (1983) Efficient isolation of genes by using antibody probes. Proceedings of the Nati* glès polym
nalAcademy ofSciences ofthe USA,80, ll94-8.
que uma cl
tas vezes p
mas que p(
Este ca
se entenda
vante, segl
volvidos p
A reação
A reação e
umamolá
desde que
extremidar
cleotídeos
dupla (Fig
síntese de
Via de
ticus. Con
sendo expressado, de
Cnpírulo 9
recombinantes. Entretanto,
de um determinado
particular, é bastante i
A Reação em Cadeia da Polimerase
dos genes dos clorop
contornado empregando- se
)- destinado especifica
iano. A sondagem i
clonados em vetores de
vários hormônios im
to single plaques in
3' 5'
5'
5',
3',
3'
tas das suas enzimas, incluindo a polimerase de Taq, são termoestáveis, o que significa
tência à desnaturação pelo calor. Como se tornará evidente a seguir, a termoestabilidade
polimerase de Taq é essencial para a metodologia da PCR.
Para iniciar uma amplificação por PCR, a enzima é adicionada ao DNA-molde
aos iniciadores e incubada, para que sintetize as novas fitas complementares (Figura 9.2a
mistura é então aquecida a94"C, para que as fitas recém-sintetizadas separem-se do Figura 92
(Figura 9.2b) e, posteriormente resfriadas, permitam que mais iniciadores hibridizem ffi,mea@o em ca-
suas respectivas posições, incluindo aquelas das novas fitas sintetizadas. A polimerase de dhiada polimera-
que, diferentemente da maioria dos tipos de DNA-polimerases, não é inativada pelo úlTPs =2'4e-
agorarealiza uma segunda rodada de síntese de DNA (Figura 9.2c). O ciclo
bridização-síntese é repetido, geralmente 25 a3o vezes, resultando, ao final, na síntese de ffiosÍiatos.
tenas de milhões de cópias do fragmenro de DNA amplificado (Figura 9.2d).
Ao término de uma PCR, uma amostra da mistura de reação é geralmente anâiisada
eletroforese em gel de agarose; DNA suficiente foi produzido para que o fragmento amplifica
cado seja visível como uma banda discreta após a coloração com brometo de etídio de bacter
9.2e). A própria análise pode fornecer informações úteis a respeito da região de DNA que mo o seqì
I
CLoruncev GÊrurcn e ANÁLrsE oe DNA 189
3' 5'
ffi
r
5' 3',
,5'
@
5',
\ 3' (a) Adição da DNA-potimerase
\ de lag+dNTPs
ffi
t--,--,-.,--,--,--,--,--,.-,--,--,--,a
Síntese da Íita nova
É:rrrrrrrr -rFl?|ll,,
/
/
I
(b) Desnaturação
I
|
I
(c) Segundo ciclo de síntese
@
Figura 9.1
Hibridização dos oligo
nucleotídeos inici
com o DNA-molde no
início de uma PCR.
ao DNA-molde
(Figura 9
separem-se do Figura 9.2 ACÚMULO EXPONENCIAL
,/\
iniciadores hibridizem A reação em ca- DE FRAGMENÏOS AMPLIFICADOS Marcadores Gel de agarose
de tamanho
A polimerase de ia da polimera-
APOS 30 CICLOS:
não é inativada pelo ôlTPs =2'-de-
228 = 268.435.456 FRAGMENTOS
9.2c). O ciclo desnatu
ao final, na síntese de trifosÍatos.
(Figura 9.2d).
é geralmente analisada
para que o fragmento amplificada ou, alternativamente, o produto da PCR pode ser ligado a um vetor plasmidial ou
com brometo de etídio ( de bacteriófago, clonado pelo método normal e examinado por meio de técnicas-padrão, co-
ito da região de DNA que mo o seqüenciamento de DNA.
190 T.A. BRowN
é necessário um
. As seqüências dos ini T
roo nn
isão das temperaturas \
reação. Há também a i \
amplificadas, uma vez \
...G TG TC ÏGA GTC TC TCT TGGG TGG..
@
para uma PCR 5', J
:
192 T. A. Bnowlr
Sítios de hibridização
/l \
3'- J ,/ l\
r_ \ 5'
3', 5'
xa, híbridor
duzida se os iniciadores forem muito longos, pois a hibridização completa com as moléculm dos - são e
do molde não pode ocorrer no tempo permitido durante o ciclo da reação. Na prática, inicia. mento apn
dores de mais de 30 nucleotídeos de extensão são raramente utilizados. dos perfeit,
g.2.2 Estabelecimento das temperaturas corretas a serem utilizadas reamento f
aumenta si
Durante cada ciclo de uma PCR, a mistura de reação é submetida a três temperaturas (Figura não os alvt
e.6): A temp
entre o inir
(1) A temperatura de desnaturação, geralmente 94'c, a qual quebra os pares de bases e li- dos incom
bera as fitas únicas de DNA para atuarem como moldes na próxima rodada da síntese de peratura (
DNA. de.AZ.é
(2) A temperatura de hibridização ou de anelamento, na qual os iniciadores aderem-se ao,s se ("derret
moldes. mitir que r
(3) A temperatura de extensão, na qual ocorre a síntese do DNA. É comumente determina- brido com
da em74"C,logo abaixo da temperatura ótima para a DNA-polimerase de Taq. rém, mais
Desnaturação
(1 min)
()
(ú I Extensão
l
670 I (2 min)
o
o-
E
.(l)
F
xa, híbridos incorÍetos - aqueles em que nem todos os pares de bases são corretamente forma-
completa com as
dos - são estáveis (Figura 9.7b). Caso isso aconteça, os ciilculos prévios a respeito do compri-
da reação. Na prática, in
mento apropriado dos iniciadores tornam-se irrelevantes, pois presumia-se que apenas híbri-
dos perfeitos entre iniciadores e moldes fossem çapazes de ser formados. Se os erros de pa-
reamento forem tolerados, o número de potenciais sítios de hibridização para cada iniciador
serem utilizadas aumenta significativamente e há maior tendência de que a amplificâção ocorra em sítios que
a três temperaturas (Fi não os alvos da molécula-molde.
A temperatura ideal de anelamento deve ser baixa o suficiente para permitir a hibridização
entre o iniciador e o molde, mas alta também o suficiente para prevenir a formação de híbri-
quebra os paÍes de bases e dos incorretos (Figura 9.7c). Essa temperatura pode ser estimada pela determinação da tem-
próxima rodada da síntese peratura de fusão ou T-(do inglês melting temperature) do híbrido entre o iniciador e o mol-
de. A Z- é a temperatura na qual os híbridos com as bases corretamente pareadas dissociam-
os iniciadores aderem-se se ("derretem"): uma temperatura
!3ïC abaixo dessa deve ser baixa o suficiente para per-
mitir que os híbridos corretos formem-se, porém igualmente muito elevada para que um hí-
A. E comumente dete brido com um único erro seja estável. A Z. pode ser determinada de forma experimental, po-
-polimerase de Taq. rém, maiícomumente, é calçulada a partii ãa fórmula simples (Figura 9.8):
Portail
(a)Temperatura de anelamento muito elevada cálculo da
da. Note-s
lniciadores e moldes tenham I-
permanecem dissociados iniciador p
Á4
a ) Após a P
^-attt
A reação e
perimento
recer irtfor
tudos dess
(b)Temperatura de anelamento muito baixa nagem gêr
variedade
técnicas v
aít----"-'''fr
B (1) Eletr
(2) Clor
(3) Seqi
-R...--,'" Hibridização incorreta -
nem todos os pares As dut
\ de bases corretos
tulo 10, qr
\ foram Íormados
__ FTl'Tlì EletroÍo
Conforme
rif,rcados I
(c) Temperatura de anelamento coÍÍeta Umabanc
dé etídio r
hibridizaç
,-----(tt-"'ta nais estivt
B Figura 9.7
A temperatura exer@
Emall
um importante eÍeito se um exl
A iniciação ocorre
apenas nos sítios- sobre a hibridização Por exeml
alvo desejados dos iniciadores com o determina
DNA-molde. restrição,
análise d,
restrictiot
nômicos (
Alterr
Seqüência do iniciador: 5' AGACTCAGAGAGAACCC 3' se o DNA
4Gs 5Cs 7As 1T gura 9.9).
profiling',
Em al
I,=(4x9) +(2xB)
diagróstir
= 36 + 16
identifica
Realizar I
= 52oC Figura 9-8 rém uma
Cálculo da I,de um iniciador. muitasF(
zida pela
Crouecev GÊrurcn e ANÁLtsE oe DNA 195
.L-
O-\-
t, Figura 9.9
A eletroÍorese err
\
PCR '+\
- \
PCR
--.
Ë, .--
&
tt
I
Clorunceu GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 197
Mistura,
-?.-i.*-*-*-*-#.F,F*? PCR
Figura 9.9 ,",/ ,Á ,-t':-,'" ,:";: :':-:r -,t ,,'" :i,r:t /
A eletroÍorese em 7 ,,*t 1,,"-;t.r,^ ;"r- ,-;.* {+;''' t* .t
gel do produto da {*er*} ,$1 {}}. *t9.ige.6 ï:;w;;.n'l -1' "' ,//
PCR pode : ; ::. w. :. /Ú
inÍormações sobre
a molécula de
DNA-molde. As lF
nhasle2mos- Repetida para todas as linhas em
tram, respectiva' todas as 10 placas = 80 PCRs
mente, um
de PCR
do e um produb
clivado com ufiÌar
enzima que cliva
no sítio R. A
mostra o
obtido quando o
DNA-molde corr'
tém uma inser@
na região amplifr.
cada. Repetida para todas as colunas em
Mistura, PCR
todas as 10 placas = 120 PCRS
da PCR. Ao se e
por PCR possuÍìm
vetor de clonagem por
da PCR poderiam
adaptadores (p. 88). Repetida para todas as cavidades
lende a acrescentar um nuc = 96 PCRs
fita que ela sintetiza. Isso
Total de PCRS = 296
s cegas e, ao
ente (Figura 9.11). Os
com uma enzlma Figura 9.10
verdadeiras, porém essa A sondagem combinatória de clones em placas de microtitulação. Uma biblioteca de 960 clo-
se torne hiperativa e nes é sondada por uma série de PCRs, cada uma com uma combinação de clones. As combi-
nações de clones com resultados positivos permitem que a(s) cavidade(s) contendo clone(s)
contenha timidinas (T) positivo(s) seja(m) identiÍicada(s). Por exemplo, se PCRs positivas são obtidas na linha A da
da PCR (Figura 9.12). Em placa 2, na linha D da placa 6, na coluna 7 da placa 2 e na coluna 9 da placa 6, então se pode
-padrão em um sítio de deduzir que existam clones positivos nas cavidades A7 da placa 2 e D9 da placa 6. Essa dedu-
somente na presença de 2' ção não é ambígua e pode ser feita sem que se realizem as PCRs nas cavidades (que teriam
resultados positivos para as cavidades A7 e D9). As PCRs das cavidades somente são neces-
de modo que tudo que a
sárias se existirem dois clones positivos na mesma placa. (Reproduzida com permissão de
3' da molécula cega do
Brown, T. A. (1999) Genomes. BIOS Scientific Publishers, OxÍord.)
198 T. A. Bnowrl
eficientemente
5', 3' é limitada àqut
Figura 9.11
AGAC TC AGA..............,,.......,...AAC T T A TT T A sentes no DNI
ttttttltt lllllllll Polinucleotídeos sintetizados pela
A TC TGAG TC T........,.,......,.........T TGA A T A AA tensão da extn
q,'
DNA-polimerase de laq geralmente
possuem uma adenosina extra nas zar com a mol
suas terminações 3'. PCR que poss,
Produto da PCR
Vetor com
a cauda de T
Figura 9.13
Obtenção de um
produto de PCR
@ín uma extremida-
de coesiva Pelo uso
ú um iniciador cuia
seqüência inclui um
sítio de restrição.
Figura 9.12
Utilização de um vetor especial com uma
cauda de T para clonar um produto de
PCR.
tor, resultando em um vetor com uma cauda de I na qual os produtos da PCR podem ser in-
seridos. Fi
Um iniciador de PCF
Uma segunda solução é desenvolver iniciadores que possuam sítios de restrição. Depois
de restrição Present
da PCR, os produtos são tratados com uma endonuclease de restrição que, ao clivar cada mo-
extensão na extrel
lécula na seqüência iniciadora, gera fragmentos com extremidades coesivas, que podem ser
Cloruneeu GÊNrcA E ANÁLrsE DE DNA 199
eficientemente ligados em um vetor de clonagem padrão (Figura 9.13). Essa abordagem não
é limitada àquelas circunstâncias nas quais os iniciadores transpõem os sítios de restrição pre-
sentes no DNA-molde. Pelo contrário, o sítio de restrição pode ser incluído em uma curta ex-
sintetizados pela
de ïag geralmente tensão da extremidade 5'de cada iniciador (Figura 9.14). Essas extensões não podem hibridi-
adenosina extra nas zar com a molécula-molde, porém são copiadas durante a PCR, resultando em produtos de
PCR que possuem os sítios de restrição terminais.
Seqüência do iniciador
5', 3',
CTCTGGATCCAGATATG
C TCT G G ATC
I tt trr
CAGAT
r r r rl ll
A T G.....
I I I I
AGAGAC C TA G GT CT A T A C.,,..
A extra
Figura 9.13
(Dtenção de um
produto de PCR GATCCAGATATG,..,
llllllll
extremida- GTCTATAC,,,.
iva pelo uso
iniciador cuja Extremidade
ia inclui um
. coesiva
sïb de restrição.
a-
200 T. A. BRowN
Leituras adicio
Marchuk, D., Dn
for direct clc
Rychlik, W., Spe
invitro. Nuc
Saiki, R.K., Gelf
table DNA p
CLorunceu GÊrurcn e AtÁuse oe DNA
NA.
Produtos de fita dupla
da PCR
DNA, ocasionalmente -"------*t-rigação
A maioria das em ( \
um vetor \
'/ -*.-
rintetizando a seqüência /
de revisão" e está na de
'f-->'- \ /
I \---"
hentido 3' paras' (p. 6a). --j"- 1</(\
ileirura de revisão e. comorE
[A 5intetizado pela DNA-p Errosemposições /
p. \ \ i
O índice de erro rem siü aleatórias/\\/
fos. que pode parecer qrnr
fos
o
produtos da PCR obriü \\---l I \---l
fs das cópias. de modo quec Motécutas de DNA
Fagmentos produzidos ao fi recombinantes
!
fiuer outros novos erros intu ,*"/
I
t
lra um
problema. Em particil
pvidencia a seqüência corrct
pnroduzidos pela DNA-poü
ptoriamente. Iogo, para cail
pinada posição. haverá mli
pcia Ae eno é. de fato. insQ O--a\
i
I
ras adicionais
Marchuk, D., Drumm, M., Saulino, A. & Collins, F.S. (1991) Construction of T:vectors, a rapid and general system
for direct cloning of unmodihed PCR products. Nucleic Acids Research, lg, I t 54.
Rychlik, W, Spencer, WJ. & Rhoads, R.E. (1990) Optimization of the annealing temperature for DNA amplification
in vitro. Nucleic Acids Research, 18, 6409- 12.
Saiki' R.K., Gelfand, D.H., Stoffel, S. er ai. (1988) Primer-diÍected enzymatic amplification of DNA with a thermos-
table DNA polymerase. Science, 239,487-91. [A primeira descrição de PCR utilizando polim erase de Taq.]
J
PARTE2
APLTCAçOES DA CLONAGEM
GÊNICA E DA ANALISE DE DNA
NA PESQUISA
l,
r!
Cnpírulo 10
Estudando a Localizaçáo e a
Estrutura do Gene
(1) As técnicas utilizadas para estudar a localização e a estrutura de um gene (este Capí-
tulo).
(2) os métodos utilizados para estudar a expressão e função de um gene (capítulo l l).
(3) As várias técnicas coletivamente chamadas de genômicas e pós-genômicas (capítu-
lo 12).
I
l
I
ilt
--u
206 T. A. Bnowlr
I
Cr-oruaceu GÊnrcn r ANÁLrsE oe DNA 2O7
Dlécula
(a) EletroÍorese do DNA de R6-5 clivado com EcoRl
I
208 T. A. Bnowlr
rede de poros
Molécula de DNA recombinante tamanho podr
- onde está o gene? gressivamenú
que 50 kb nã
As limitar
mais complic
é mais bem il
glès orthogor
longo do con
res de eletrod
Hibridização ra 10.4a). O r
de Southern reção continu
Uma vez r
VETOR léculas de Dì
nos reta (Figr
DNA deve se
pois uma mol
Fragmento de restriÇão mitindo que r
contendo o gene
mensão adicir
Figura 10.2
A hibridização de Southern
ser utilizada para localizar a po.
sição de um gene clonado em
uma molécula de DNA recomt*.
nante.
rede de poros que compõe o gel. No entanto, somente moléculas dentro de uma certa faixa de
tamanho podem ser assim separadas, pois a diferença na velocidade de migração torna-se pro-
gressivamente menor para moléculas maiores (Figura 10.3b). Na prática, moléculas maiores do
que 50 kb não podem ser eficientemente resolvidas por eletroforese em gel padrão.
As limitações da eletroforese em gel-padrão podem ser resolvidas se um cÍìmpo elétrico
mais complicado é utilizado. Viírios sistemas diferentes foram desenvolvidos, mas o princípio
é mais bem ilustrado pela eletroferese em gel de campo pulsado ortogonal (OFAGE, do in-
glèn orthogonalfield alternation gel electrophoresls). Em vez de ser aplicado diretamente ao
longo do comprimento do gel, o campo elétrico, nesse experimento, alterna-se entre dois pa-
res de eletrodos, cada um ajustado em um ângulo de 45" em relação à extensão do gel (Figu-
ra10.4a). O resultado é um campo pulsado, com as moléculas de DNA no gel trocando de di-
reção continuamente, de acordo com os pulsos.
Uma vez que os dois campos alternam de uma maneira regular, o movimento final das mo-
léculas de DNA no gel ainda é de uma extremidade para a outra, em uma linha mais ou me-
nos reta (Figura 10.4a). No entanto, em cada troca na direção do campo, cada molécula de
DNA deve ser realinhada por 90', antes que a sua migração continue. Esse é o ponto-chave,
pois uma molécula pequena pode realinhar-se de forma mais rápida do que uma extensa, per-
mitindo que a molécula curta progrida em direção à base do gel mais rapidamente. Essa di-
mensão adicional aumenta o poder de resolução do gel um tanto drasticamente, de forma que
L
21O T.A.Bnowru
moléculas com mais de vários milhares de quilobases de comprimento podem ser separadas- A hibridizaç
Essa amplitude de tamanho inclui moléculas cromossômicas de muitos eucariotos, incluindo cromossom
levedura, viírios fungos filamentosos importantes e protozoários, tal como o parasita da mú[- As técnicas de r
na plasmodiumfalciparum. Géis mostrando os cromossomos desses organismos podem, pa- limitadas aos er
tanto, ser obtidos (Figura 10.4b). culas muito ma
A eletroforese em gel de campo pulsado ortogonal e técnicas relacionadas, tais como on de alguma fom
campos elétricos homogêneos de contornos grampeados (CHEF, do inglês contour clam' moléculas de D
pediomogeneous electric fields) e a eletroforese em gel de campo invertido (FIGE' do in- sui a vantagem
glê,sfietd irwersion gel electrophoresis), são importantes por inúmeras razões' Por exemplo'o do, mas tambér
bNa. a" cromossomos individuais pode ser purificado do gel, possibilitando que conjuntos & A hibridiza
bibliotecas genômicas cromossômicas sejam preparadas. Cada uma dessas bibliotecas, colD' servar cromoss
tendo os genes de somente um único cromossomo, é substancialmente menor e mais fácil & tos organismos
manipular do que uma biblioteca genômica completa. Além disso' moléculas de DNA cÍo" pelo padrão de
mossômicas podem ser imobilizadas em uma membrana de nitrocelulose ou náilon pela tram. fornece uma lo
ferência de Southern e serem submetidas à análise por hibridização. Assim, o c tica de um croÍ
que possuir um gene clonado ou um gene isolado pela PCR pode ser identificado. As células r
com ribonucle
DNA. O parea
mossomos des
'mt
enclausurados
;i_ \
(a) OFAGE da e aplicada à
mossômica hor
ção dessa manr
ca difícil, a hib
meros genes ni
Como uma
\l-' -/
sonda e a hibri
óptico. Se fluc
\1 mesmo tempo
tas de suas flu
inglês fluoresc
jas localizaçõt
estudo de célu
cromossômica
(b) Separação dos cromossomos de identificados r
levedura por meio da OFAGE nicas de colon
tV
XV
Xlll. XVI
-: xtv íiO.2 Seqüencii
---VII,
--tl de um ger
-xl
Provavelmentr
ciamento de f
Figura 10.4 ser determina<
Número do cromossomo
EletroÍorese em gel de camPo Pul* do e eficiente
do ortogonal (OFAGE).
l-
Croxneev GÊrurcn e ANÁLrsE oe DNA 211
I
!
T
È
Ê
I
I
ra'-'
212 T.A.BRowN
10.2.1 O método de I
(a) Cromossomos humanos na metálase
de cadeia
Padrão de
bandeamento O método de termir
t/.r,ts reconhecível a ser seqüenciada t
*4 *Ço,Í*l ,, flï= to por terminação r
Nrly.;:5,,ía
' rnlrV
plementar a um m(
I ^r,t O iniciador
ffi O primeiro Pasn e
+
/) 3::ffi::i::"'
sição adjacente ao
Síntese da Íita
A reação de síntes
cada um dos quan
f f .Apricação da sonda,
midina 5'-trifosfat
auto-radiografia
fosfato [dCTP]).1
Lâmina de vidro
com as células ra de reação. Esse
\
fixadas rado na cadeia Pc
cleotídeo normal,
cleotídeo não Pos
Esse grupo é nect
deia ocorre, poru
la enzima.
Se didesoxi-l
opostas às timina
Manchas mostram / -'t
meira T, uma vez
a localizaçáo
cromossômica =-qj,/
didesoxinucleoú
de um gene clonado -/o ,4' Figura 10.5
i i ,[/
|,/ -/ \
Cromossomos e
hibridização rn sr
ser polimerizada
ja incorporada- O
I
diferentes, mas c
tu.
Quatro reaçõ
Íitas terminat
A reação de síntr
Duas tecnologias diferentes foram desenvolvidas quase que simultaneamente - o método' com didesoxi-Al
de terminação de cadeia por F. Sanger e A. R. Coulson, no Reino Unido, e o método de degra- soxi-CTP. O resr
dação química por A. Maxam e W. Gilbert, nos Estados Unidos. As duas técnicas são radical- uma famflia cent
mente diferentes, mas igualmente valiosas. Ambas permitem que seqüências de DNA de vrí- do em didesoxi-1
rios quilobases de tamanho sejam determinadas em um tempo mínimo. A seqüência do DNA O próximo p
é, no momento, a primeira e o tipo mais básico de informação a ser obtido, em relação a um tos de cada fita 1
gene clonado. gel, embora as cr
Croruecev GÊrurca e ANÁLtsE oe DNA 213
O iniciador
O primeiro passo em um experimento de seqüenciamento por terminação de cadeia é o ane-
lamento de um oligonucleotídeo iniciador pequeno Qtrimer) na molécula de M13 recombi-
nante (Figura 10.6a). Esse iniciador atua como o ponto de partida paru arcação de síntese da
fita complementar, realizada pelo fragmento de Klenow da DNA-polimerase I, ou uma enzi-
ma relacionada, tal como a "Sequenase", uma versão modihcada da DNA-polimerase codifi-
cadapeloE@'Lembre.sedequeessasenzimasnecessitamdeumaregiãodefita
dupla, a partir da q'ual iniciam a síntese da fita (p. 68). O iniciador anela no vetor em uma po-
sição adjacente ao sítio de clonagem.
fitas que diferem em extensão por apenas um nucleotídeo. Na prática, a eletroforese éreaha- ção é introduzida. r
da em géis de poliacrilamida muito hnos (com menos de 0,5 mm de espessura). Os géis cm- tivo (p. e*., "P- on
têm uréia, a qual desnatura o DNA, de forma que as fitas recém-sintetizadas dissociam-se dan experimento.
fitas-molde. Ademais, a eletroforese érealizada em uma voltagem elevada, de maneira queo'
gel é aquecido até 60oC ou mais, garantindo que as fitas não se irão reassociar de forma algu-
Lendo a seqüi
ma. A leitura da seqüê
Cada banda no gel contém somente uma pequena quantidade de DNA, de forma que urn mais, é localizada-
auto-radiografia deve ser utilizada para a visualização do resultado (Figura 10.6d). A marw vido à incorporaçã
essa banda aparec(
qüência é, portantr
A próxima bar
(a) Anelamento do iniciador cleotídeo mais lon
Figura 10.7); o sq
Gene inserido em O processo coi
um vetor M13
M13 nam-se tão aglorn
partir de uma auto
lniciador
b) Didesoxi-ATP
NHr 10.2.2 O método de
I
__ qtrltr-r- ___
Novasfitas, -ôiiri
--òii i iii
iii I rr
todasterminamem Jjl r
um didesoxi-ATP --a'r
::_i i ii Didesoxi-ATp
i i
\
\
lniciador
lnterpretação da auto-radi
duzida em um experimento
ciamento por terminaçãc
Cada canaleta contém os
Fragmentos menorês
produzidos pelas sínteses
presença de um dos quatro
cleotídeos trifosÍatos (dide
Figura 10.6 A seqüência é lida pela iden
Seqüencia- canaleta em que cada Írag
mento de rece, iniciando-sê com aqr
DNA por ter- grou para mais longe d
minação de gradualmente avançando i
cadeia. autG
CLoNAcEM GÊrutcn e ANÁLtsE oe DNA 215
radioa-
eletroforese é
a ção é introduzida, nas fitas recém-sintetizadas, pela inclusão de um deoxinucleotídeo
t'S-dATP; mistura etapa de síntese das fitas no início do
de espessura). Os géis tivo (p. ex.,"P- ou na de reação na
intetizadas dissociam-se experimento.
elevada, de maneira
irão reassociar de forma
Lendo a seqüência de DNA a partir da auto'radiograÍia
A leitura da seqüência é muito fácil (Figura 10.7). A primeira banda, ou seja, a que migrou
de DNA, de forma que mais, é localizada, a qual representa o menor segmento de DNA, a fita que foi terminada de-
(Figura 10.6d). A vido à incorporação do didesoxinucleotídeo na primeira posição do molde. A canaleta na qual
essa banda apareceu é anotada. Digamos que foi na canaleta A; o primeiro nucleotídeo da se-
qüência é, Portanto, A.
A próxima banda com maior mobilidade corresponde à molécula de DNA que é um nu-
cleotídeo mais longa do que a primeira. A canaleta é registrada (T no exemplo mostrado na
Figura 10.7); o segundo nucleotídeo é, portanto, I e a seqüência, aÍé o momento, é AI-
O processo continua ao longo de toda auto-radiografia até que as bandas individuais tor-
nam-se tão aglomeradas que não podem mais ser separadas umas das outras. Geralmente, a
partir de uma auto-radiografia, é possível ler-se uma seqüência de cerca de 400 nucleotídeos.
Didesoxi-NTP
ATTGCGATTCG ddc
ATTGCGATTCddc
ATTGCGATTddc
Figura 10.7 ATTGCGATddT
Interpretação da auto-radiograÍia pro- ATTGCGAddT
ATTGCG ddA
ürzida em um experimento de seqüen- ATTGCddc
ciamento por terminação de cadeia. ATTG ddC
r_-
216 T.A.BRowN
Um *#:ËilÉ ÍÍÍrrflÍtÍÍÍr
-ãú@ ;PdATP* @'.,
/
marcado pela ligação de 5:1'ff[:; Marcação das
10.8a). Dimetilsulfóxido
DMSO /
90'C extremidades 5'
ida a 90'C. Isso resulta na /
em suas duas fitas com ,--"-O---l
o-- ,---t--o
(Figura 10.8b), com base
idade de nucleotídeos .-/ Fitas simples
movendo-se mais --"t- marcadas
(b) Separação das Íitas leve
em quatro amostras, e pesada
o primeiro conjunto de
deos para os quais eles
quando um
A modificação e as
uma quebra por fita.
nas suas extremidades 5'. Reações de clivagem
para o seqüenciamento
que representa ._A .-T
.-A .- T_ etc.
, ser lida da auto-radi a o-1 T
(Figura 10.8d). a--------::4
')----------- a-
.-A .)-T
(d) A auto-radiograÍia resultante
Sanger-Coulson e, paração da fita "magnética" da fita normal (Figura 10.9). Uma metodologia semelhante utili-
da PCR é. obviamente, de za um iniciador marcado com biotina, com as fitas simples separadas pela ligação com avidi-
ssárias. Há várias na, uma proteína que possui uma elevada afinidade por biotina (p. 175).
normal e um modifi Uma vez que o DNA de fita simples tenha sido purificado, os procedimentos subseqüen-
a partir dele sejam tes são semelhantes àqueles do método-padrão de Sanger-Coulson, no qual famílias de molé-
pela ligação de pequenas culas com cadeias terminadas são sintetizadas pela ação de uma DNA-polimerase, tal como a
fita simples é obtido pela Sequenase. A única complicaçáo diz respeito ao iniciador utilizado no seqüenciamento, como
I
t
i
2'18 T. A. Bnowrrr
lnlclar as reaço€
lniciadores da fita purificadas e, Pl
I
I superior com biotina.
I
II
lniciadores da Seqüenciam
fita inferior Sempre é neces
posta é não, Pot
DNA-molde *-) 'Esferas
ção, resultando
No seqüenc
magnéticas
te a uma mistur
iniciador é adic
da PCR não Por
fita do DNA-m,
reação é cicladi
duz as cópias é
A segunda r
I tídeo diferente
I
to, cadeias tern
II Desnaturação
a corrida dos PI
I
ì mo para um ex
iniciar as reações de seqüenciamento. Esse iniciador deverá ser complementar às fitas simples
purificadas e, portanto, será o iniciador que não foi marcado com as esferas magnéticas ou
com biotina.
PCR com um
iniciador e
didesoxi-ATP
Figura 10.11
Seqüenciamento
automático dê
DNA. (a) Para o
rrrrrrrrttttttìtttttttì seqüenciamento
automático, ca-
da didesoxi-NTP
é marcado com
um marcador
fluorescente. (b)
Cada didesoxi-
NTP é marcado
com um Íluoro-
Figura 10.10 cÍomo diÍerente,
Após quatro ciclos de Íorma que os
O princípio do seqüencia-
polinucleotídeos
mento em ciclos térmicos.
Uma PCR é realizada com cadeias ter-
minadas são dis-
L com somente um dos ini-
ddA tinguidos à me-
ciadores e um dos dide-
L dida que Pas-
ddA soxi-NTPs. Uma das Íitas
do molde é copiada, origi- sam Pelo detec-
Fooa nando uma Íamília de po-
tor. (c) Um
linucleotídeos com ca- exemplo de uma
L ddA
deias terminadas. ddA = seqüência im-
pressa.
didesoxi-AïP.
extensa molécula de DNA (Figura l}.l2). Esses fragmentos deverão sobrepor-se, de forma quatro ou cinco
que as seqüências de DNA individuais irão, elas mesmas, apresentar sobreposições, as quais chimento de lat
Croruncev GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 221
Figura 10.11
Seqüenciamento lwçt- ,r:,,
automático de ffig- ddT ,* Sistema
DNA. (a) Para o B a- ddC . Ã{" de imagem
seqüenciamento ffi- ddG .::: úé'
automático, ca- tu
Detêctor
da didesoxi-NTP ww_ ddG
t é marcado com I
I I
um marcador +
I
fluorescente. (b) Polinucleotídeos passam
I Gada didesoxi- pelo detector
I
NTP é marcado
II com um Íluoro-
cromo diÍerente, (c) A impressão de um seqüenciamento automático
lFisura 10.10
O princípio do seqüencia de forma que os
f
polinucleotídeos
|mento em ciclos térmicc.
com cadeias ter-
[Uma PCR é realizada rninadas são dis- TT C TTiìC GTT 'GCTTGG
]mm somente um dos inF ünguidos à me-
lciadores e um dos dide.
dida que pas-
lsoxi-NTPs. Uma das Íitas
sam pelo detec-
[Oo motOe é copiada, orii tor. (c) Um
fnando uma Íamília de f
exemplo de uma
hnucleotídeos com ca-
ldeias terminadas. ddA = seqüência im-
]didesoxi-ATp pressa.
t
I
I
I podem ser localizadas, tanto pela inspeção visual quanto pela utilização de um computador, e
I a seqüência principal ou conüg (uma abreviação de seqüência contínua, do inglês contiguous
I s e quenc e) é gradualmente construída.
hrcedimentos manuais fr- Existem viírias formas de produzir fragmentos sobrepostos. Previamente à clonagem, a
molécula de DNA deveria ser clivada com duas endonucleases de restrição diferentes, produ-
Sa conida em um seqüen-
zindo um conjunto de fragmentos com, digamos, Saa3A e outro comAlul (Figura 10.13). Es-
lmaioria dos genes é muito
b pode ser obtida? se era um método popular de produção de seqüências sobrepostas, mas apresentava a desvan-
bNA com um coniunto dc tagem de que os síúos de restrição poderiam estar inconvenientemente distribuídos e fragmen-
bs a partir de uma únicac tos individuais poderiam ser muito extensos para seqüenciamento completo. Freqüentemente
Ho sobrepor-se. de forme quatro ou cinco endonucleases de restrição diferentes tinham que ser utilizadas para o preen-
far sobreposições, as qu*i* chimento de lacunas na seqüência principal.
-"l
222 T. A. Bnowr.r
Uma alterna
de uma forma r
resultantes irão
da. Os fragmen
Molécula de DNA extensa
sobressalentes. r
to com enzimas
Clivagem em
fragmentos sobrepostos
10.2.6 As realizaE
A primeira mol
7-77 cleotídeos do h
4 o-- seqüências do r
vamente, o seqi
_ç- , tnserçao em um seqüência do gr
vetor M13
/ em 1982. Atualr
/ de pesquisa ten
/ Os projetos
:K
do a obtenção d
/ â--'
o
primeira seqüêr
Seqüências de diÍerentes
r-+ Íragmentos de Sarr3A
Figura 10.13
g---
Montando uma seqüência de
Fragmentos individuais DNA extensa por meio da de-
LJ podem ser muito extensos para
pb
200 seqüenciamento completo
terminação das seqüências
de Íragmentos de restrição
sobrepostos.
ft
Ct-orueceu GÊucn e ANÁLrsE oe DNA 223
Uma alternativa é quebrar a molécula de DNA por meio de sonicação, a qual cliva o DNA
de uma forma mais aleatóna e, assim; fornece possibilidades maiores de que os fragmentos
resultantes irão apresentar sobreposição e de que uma seqüência principal contínua será obti-
da. Os fragmentos resultantes da sonicação possuem uma variedade de extremidades 3' e 5'
sobressalentes, mas essas podem ser convertidas em extremidades cegas seguindo o tratamen-
to com enzimas apropriadas, antes da clonagem pelos métodos convencionais.
Leituras adicionais
Carle, G.E. & Olson, M.V. (1985) An electrophoretic karyotype for yeast. Proceedings of the National Academy of
Sciences of the USA,82,3156-60. [Uma aplicação de OFAGE.]
10.12 Heiskanen, M., Peltonen, L. & Palotie, A. (1996) Visual mapping by high resolutionFISH. Trends in Genetics, 12,
uma seqüência de Dì|fl 379-82.
Maxam,A.&GilbeÍ,W.(1977)Anewmethodof sequencingDNA. ProceedingsoftheNationalAcademyofScien-
a partir de um conjunto
ces of the USA,74, 560-64.
ias sobrepostas
Oliver, S.G., van der Hart, O.J.M., Agostine Carbone, M.T. et aL (1992)The complete DNA sequence of yeast chro-
mosome lll. Nature, 357 ,38-46.
Prober, J.M., Trainoq G.L., Dam, R.J. et al. (1987) A system for rapid DNA sequencing with fluorescent chain-ter-
minating dideoxynucleotides. Science, 238, 336-41.
Sanger, F., Nicklen, S. & Coulson, A.R. (1977) DNA sequencing with chain-terminating inhibitors. Proceedings of
the National Academy of Sciences of the USA, 74, 5463-7 .
Southem, E.M. (1975) Detection of specific sequences among DNA fragments separated by gel electrophoresis.
Journal of Molecular Biology, 98,503-7 . [Hibridização de Southern.l
The Arabidopsis Genome Initiative (2000) Analysis of the genome sequence of the flowering plant Árabidopsis tha-
liana. Nature. 408. 796-8 I 5.
10.13
uma seqüência de
eldensa por meio da de-
das seqüências
Íragmentos de restrição
i
Cnpírulo 11
Estudando a Expressão
e a Função dos Genes
Todos os genes devem ser expressados para que tenham funcionalidade. O primeiro passo na
expressão é a transcrição do gene em uma fita de RNA complementar (Figura I I . I a). Para al-
guns genes - por exemplo, aqueles que codificam moléculas de RNA transportador (IRNA) e
de RNA ribossômico (rRNA) - o próprio transcrito é a molécula funcionalmente impoÍante.
Para outros, o transcrito é traduzido em uma molécula de proteína.
Para entender como é a expressão de um gene, o RNA transcrito deve ser estudado. Em es-
!
I pecial, o biologista molecular irá querer saber se o transcrito é uma cópia fiel do gene, ou se
t
segmentos do gene não estão presentes no transcrito (Figura I I .1b). Tais pedaços que faltam
' são chamados de íntrons e um interesse considerável está centralizado em suas estruturas e
ii
possíveis funções. Além dos íntrons, as localizações exatas dos pontos inicial e final do trans-
crito são importantes. A maioria dos transcritos é cópia, não apenas do próprio gene, mas tam-
bém de ambos os lados de suas regiões nucleotídicas (Figura 11.1c). Os sinais que determi-
nam o início e o término do processo de transcrição são apenas parcialmente entendidos, em-
boram devam ser localizados, caso a expressão de um gene esteja para ser estudada.
Neste capítulo, serão examinados os métodos utilizados para a análise dos transcritos.
Tais métodos podem ser utilizados para determinar se um gene contém íntrons e para mapear
as posições dos pontos inicial e final de transcrição. Depois, serão consideradas brevemente
algumas das numerosas técnicas desenvolvidas nos últimos anos para examinar como a ex-
pressão de um gene é regulada. Essas técnicas são importantes, pois aberrações na regulação
gênica constituem a base para muitos problemas clínicos. Finalmente, será tratado o difícil
problema de como identificar o produto da tradução de um gene.
226 T. A. Bnowr.r
Transcrição sualizar.
I Normalmente,
RNA + TRNA, IRNA
mo c, a qual se lig
rraoueao do mRNA léculas encobertas
I denso para aumen
Proteína
,W tanto espetacularq
No passado, a
zação entre moléc
(b) Alguns genes contêm íntrons
progressivamente
íntrons
,/\ ra determinar se u
/\ ta de DNA, contel
Ç7-'---------'-7T.--'- da fita de DNA nã
Molécula de DNA
I
lizar um pareamel
I Transcrição tura característica
Primário do RNA
:l:T:::l:
ainda contém íntrons
e as Posições dessi
ne. Informações a
,/l pela procura das I
-r--r,.-.-
- -.t I Processamento
cDNA possui a su
------\__+__-------_F _ mRNA maduro _ não compÍÌrada com a
contém íntrons
II rraouçao
.'tr
è ë' Proteína
t
Ct-oruneeu GÊr'rrcr e ANÁLrsE op DNA 227
Figura 11.1
Alguns princípios da
são gênica.
mRNA = RNA mensaç;drqç
IRNA = RNA transportadq,
rFìNA = RNA ribossômirn
hado
I
lhibridização entre o
ts€. A hibridização dos áci Figura 11.2
fplementares de RNA e Preparando uma molécula de DNA o
|RNA resultante pode serr para a observação com o microscópio eletrônico
[ecíficas para fitas simples. eletrônico.
h
228 T. A. Bnowlt
Infelizmente, ar
lntrons tamanhos dos fragl
mas o procedimenl
das. No entanto, m(
Figura 11.3 cial e final do transr
A visualização por microscopia ele- seqüência de DNA.
trônica de um híbrido DNA-RNA, No exemplo mo
formado entre um gene contendo codificadora, juntar
um íntron e seu transcrito proces- um vetorMl3 e ob
sado. é adicionada e pern
do, de fita simples,
O restante, com ex(
11.1.2 A análise dos híbridos DNA-RNA por meio do tratamento dado com rálcali, re
com nuclease
O segundo método para o estudo de um híbrido DNA-RNA envolve uma nuclease específica
para fita simples, tal como a S1 (p. 65). Essa enzima digere DNA de fita simples ou polinu-
cleotídeos de RNA, inclusive regiões de fita simples na extremidade de moléculas predomi-
nantemente de fitas duplas, mas não possui qualquer efeito em DNA de fita duplaou sobre hí-
bridos DNA-RNA. Se uma molécula de DNA contendo um gene é hibridizada com seu RNA
transcrito, e, então, tratada com a nuclease Sl, as regiões de DNA de fita simples não-hibridi-
zadas em cada extremidade do híbrido são digeridas, juntamente com qualquer alça de íntron
(Figura 11.4). O resultado é um híbrido completamente de fita dupla. Os fragmentos de DNA
de fita simples protegidos da digestão pela nuclease Sl podem ser recuperados se a fita de
RNA for degradada em um tratamento com álcali.
HíbridoDNArìNA
,@
\*''
Alcali para
degradar o RNA
rt
\L
\r._-___-__çfl-...-.-
Região de fita duPla
DNA ,, / _-./
ffi
-/ Nuclease 51
l'**o
RNA Ábdi
\
\ r DNA
\
150 pb
Figura 11.5 a
Localizando um ponto
\
Hgura 11.4 de iniciação de transcri- Ponto de iniciação
D efeito da nuclease 51 ção pelo mapeamento de transcrição
le um híbrido DNA-RÌ.|^, com a nuclease 51.
23O T. A. Bnowlr
tos são examinados detalhadamente se tornará claro que o tamanho desse fragmento
de fita
simples corresponde à distância entre o ponto de iniciação de transcrição o rítio de
Sau3A
" por eletrofore-
do lado direito. O tamanho do fragmento de fita simples é, então, determinado
se em gel e essa informação é utllizada para localizar o ponto de iniciação
deìranscrição na
seqüência de DNA. Exatamente a mesma estratégia poderia localizar o ponto de terminação
da transcrição e os pontos dejunção entre íntrons e éxons. A única diferença seria posição
a
do sítio de restrição escolhido para delimitar uma extremidade do fragmento de DNA
de frta
simples protegido.
I iniciaçao de transcrição na
icalizar o ponto de terminação Anelamento do iniciador
fnica
diferença seria a posição
ldo fragmento de DNA de fita
g
- _/
lniciador
Extensão com transcriptase reversa
------ DNA
F.
T. A. Bnowr.r
Gel de RNA
11.2 Estuda
Figura Í 1.7
A hibridização de northern.Très extrações de RNA de tecidos diÍerentes Íoram submetidas à Poucos g
eletroÍorese em um gel de agarose. As extrações possuem muitas moléculas de RNA de tam+ ativados r
nhos diÍerentes, de forma que cada uma Íornece um arraste de RNA, mas duas bandas distin- de regula
tas são visualizadas, uma para cada um dos RNAs ribossômicos mais abundantes. Os tama- gular a el
nhos desses rRNAs são conhecidos (por exemplo,4.718 e 1.874 nucleotídeos em mamÍÍeros), produtos
de forma que eles podem ser utilizados como marcadores de tamanho internos. O gel é trans- as enzim:
ferido para uma membrana, sondado com um gene clonado e os resultados visualiiados por quantidar
meio de auto-radíografia. Somente na canaleta 1 aparece uma banda, mostrando que o gene
triptofanc
clonado é expressado somente no tecido do qual essa extração de RNA foi obtida.
tose, são I
Nos orga
(RACE, do inglês rapid amplification of cDNA ends), pode ser utilizada para identificar as to maior r
I
I
i RNA
Ib RNA
\ Transcriptasereversa
\ ,--<rr-r-rT Hí
tnrthern
-t---.---\
Agora sabe-se que um gene sujeito à regulação possui uma ou mais seqüências contrç
ladoras na sua região a montante (Figura 11.9) e que o gene é ativado e inativado pela liga-
ção de proteínas reguladoras a tais seqüências. Uma proteína reguladora pode reprimir a ex-
pressão gênica, nesse caso, o gene é inativado quando a proteína está ligada às seqüênciar
controladoras, ou, alternativamente, a proteína pode ter um papel positivo ou reforçador"
ativando ou aumentando a expressão do seu gene-alvo. Nesta seção serão examinados os
métodos paralocalizar seqüências reguladoras e determinar seus papéis na regulação da ex-
pressão gênica.
Realizando um experit
Seqüências controladoras
l\ \ Gene
Promotor Footprint
Figura 11.9
Posições possíveis para seqüências O procedim
200 pb
controladoras na região a montante de controlador
um gene. retardação r
Cr-oruneeu GÊrlrcn e AruÁ-rse oe DNA 235
ls na
I
do DNA a montante 1
)
Á
restrição e, então, mi í--4 2
4
unda identifrcada, com uE 3
lação gênica ocorïe no ú-
formam um complexo { Mi"tur"do.
como DNA "descober*
"or "
otot"inu reguladora
pelo posicionamento, \
em gel. A
deoquãodetalhadoéon
n-z- 1
4
5
dentro do fragmenü!ì I
I
/
Figura 11.11 Determinação das mobilidades dos fragmentos
Bealizando um experimento de retarda- por meio de eletroforese em gel
ção em gel.
com uma proteína reguladora protege o DNA da região de uma seqüência controladora da
ação degradante de uma endonuclease, tal como a desoxirribonuclease (DNase) I (Figmr
Il'12). Esse fenômeno pode ser utilizado paralocalizar o sítio de ligação da proteína na rno-
lécula de DNA.
O fragmento de DNA em estudo é primeiramente marcado em uma extremidade com utrr
marcador radioativo e, então, complexado com a proteína reguladora (Figura l1.l3a). Entã\
DNase I é adicionada, mas a quantidade utilizada é limitada, de forma que não ocorre a do-
gradação completa do fragmento de DNA. Ao contriírio, o objetivo é clivar cada molécula em
uma única ligação fosfodiéster (Figura 1 1. l3b). Se o fragmento de DNA não possui uma pru
teína ligada a ele, o resultado desse tratamento é uma famflia de fragmentos marcados, dife-
rindo em tamanho em apenas um nucleotídeo cada.
Após a separação em um gel de poliacrilamida, a famflia de fragmentos aparece corm
uma escada de bandas em uma auto-radiografia (Figura 1 I . 13c). No entanto, a proteína ligan.
te evita que determinadas ligações fosfodiéster sejam clivadas pela DNase I. Conseqüento-
mente, nesse caso, a família de fragmentos não estará completa, pois os fragmentos resultan-
tes da clivagem dentro da região da seqüência controladora não estarão presentes. Essa ausên-
cia é notada na auto-radiografia como uma "pegada", claramente visualizada na Figun
I 1.13c. A região da molécula de DNA contendo a seqüência controladora pode, agora, sor
analisada a partir dos tamanhos dos fragmentos em ambos os lados da pegada.
Proteína reguladora
Par de base
I Figura 11.13
Footprinting com
DNase l.
Molécula de DNA
\ ol.t"." r
Os nucle
ficados por
fotri:o
r
extrato protr
a DNase l.
Clonnceu GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 237
h seqüência controladora dr
lmuclease (DNase) I (Figun
Ëe Ìigação da proteína na mr' '/..-t
'/ ,--
fu uma extremidade com üm
/t, (a) Marcação da extremidade,
bdora (Figura 11.13a). Entfu Moléculas de DNA adição da proteína reguladora
lc forma que não ocoÍre a &' \
Fvo é clivar cada molécula eri \
lde nNe não possui uma Fnr"
fc fragmentos marcados, difu'
2' --a-
-a-
fragmentos aparece cotrrl marcada --t'-r.*ína
Extremidade
No entanto, a proteína ---;- rigada
pela DNase I. C l
I
pois os fragmentos
/ tul Limitada degradação
*::-
presentes. Essa aufu com DNase
visualizada na Fi I
pode, agora,
da pegada.
F {- ru:l:riruHËà::"
protegida pela proteína
"Ëtá"
as seqüências control
a-
\
interações entre a \ (c) EletroÍorese em gel, auto-radiograÍia
- o footprinting - \
proteínas são relati Tamanhos dos Auto-radiograÍia
fragmentos de DNA
proteger viírias dezenm ++
possua somente uns ++ a---------------
+ "e"ouou'
não delimita a ++
zada.
++ .-
+r
)
+
+ --l
- +
t-t
I
.<
-
I
+
-t I
-t
'-J
Os nucleotídeos que realmente formam ligações com a proteína ligante podem ser identi-
ficados por meio do ensaio de inteúerência por modificação. Como no footprinting, os
Figura 11.12 fragmentos de DNA devem ser primeiramente marcados em uma das extremidades. Então,
Uma proteína ligada eles são tratados com um reagente químico que modifica nucleotídeos específicos, um exem-
protege uma regiãoür plo sendo o dimetil-sulfato, que se liga nos grupos metila de nucleotídeos de guanina (Figura
uma molécula de Dl{fi 11.15). Essa modificaçáo ércalizada sob certas condições limitantes, de forma que apenas um
da sua degradação nucleotídeo por fragmento de DNA seja modihcado. Em seguida, o DNA é misturado com o
uma nuclease, tal extrato protéico. O ponto-chave do experimento é que a proteína ligante provavelmente não
a DNase l.
238 T.A.Bnowru
Figura 11.14
Proteína ligante Uma proteína li-
gada pode pro-
teger uma região
de DNA que é
muito mais ex-
tensa do que a
seqüência con-
troladora.
irá se ligar ao DNA se um dos nucleotídeos de guanina dentro da região controladora estiver
modificado, pois a metilação de um nucleotídeo interfere na reação química específica qm
possibilita que ele forme uma ligação com a proteína.
Como a ausência da proteína é monitorada? Se a mistura de DNA e proteína for examina
da por eletroforese em gel de agarose, duas bandas serão visualizadas, uma correspondendo
ao complexo DNA-proteína e, a outra, ao DNA não-ligado à proteína - em essência, essa paÍ-
te do experimento constitui-se em um ensaio de retardação em gel (Figura I 1.15). A bande
correspondente ao DNA não-ligado é purificada do gel e tratada com piperidina, um reager
te químico que cliva moléculas de DNA nos seus nucleotídeos metilados (p.216). Os produ-
tos do tratamento com piperidina são, agora, separados em um gel de poliacrilamida e o resul-
tado é visualizado em auto-radiografia. O tamanho da banda ou das bandas que aparecem na
auto-radiografia indica a posição no fragmento de DNA das guaninas, cujas metilações imp+
Figura 11.15
diram a ligação da proteína. Essas guaninas localizam-se dentro da seqüência controladora 0
Um ensaio de in-
ensaio de modihcação pode, agora, ser repetido com reagentes químicos que possuam corm terferência por
alvos os nucleotídeos A, T ou C para determinar a posição precisa da seqüência controladora modificação.
./ \-- Dimetil-sulfato
\
Figura 11.1t1
Uma proteína Í"
Gs modificadas
?àr
/r do extrato nuclear
gada pode pro. \Oieao
teger uma Proteínas
de DNA que é t'o au"
muito mais ex- è- ){
tensa do que a
seqüência cur Eletroforese em gel -tY < Nenhuma
troladora. de agarose - proteína ligada
(sítio bloqueado)
região controladora
química específica Purificacão do DNA
ìJ
e proteína for
P
uma
)
- em essencla, essa
/ Pipendina
I (Figura I1.15). A ú
piperidina, um
( p. 216). Os
de poliacrilamida e o
bandas que aparecem
Determinação do tamanho
cujas metilações por meio de eletroÍorese em
seqüência Figura 11.15 gel de poliacrilamida
que possuÍìm
llm ensaio de in-
. terferência por
da seqüência
modiÍicação.
de
por modificação são A técnica baseia-se na suposição de que a deleção da seqüência controladora irá resultar
um gene, mas não em uma modificação na maneira pela qual a expressão de um gene clonado é regulada (Figu-
de deleção é uma ra 1 1.16). Por exemplo, a deleção de uma seqüência que reprime a expressão de um gene de-
adoras (embora veria resultar naquele gene sendo expressado em um nível mais elevado. Similarmente, se-
, pode também qüências controladoras tecido-específicas podem ser identificadas, uma vez que as suas dele-
ções resultam na expressão do gene-alvo em tecidos outros que o tecido correto.
24O T.A.Bnowru
Silenciador Promotor
Expressão
\
Expressão menos
Tabela I
\ Figura 11.16 em organ
Expressão mais elevada O princípio subjacente à
análise de deleção Geneo
lacZ
neo
cat
Genes-repórteres dhïr
Antes de realizar-se o ensaio de deleção, uma maneira deve ser encontrada para analisar o aphN
efeito de uma deleção sobre a expressão do gene clonado. Provavelmente, o efeito será ape- lux
nas observado quando o gene for clonado nas espécies de onde ele foi originalmente obtidoç uidA
em nada resultará a análise de um gene vegetal, envolvido na regulação pela luz, se esse gene
" Todos er
for clonado em uma bactéia.
minescen
Existem, atualmente, vetores de clonagem desenvolvidos para a maioria dos organismm
(Capítulo 7), de forma que a clonagem do gene em estudo de volta ao seu hospedeiro não d+
veria constituir-se em um problema. A dificuldade é que, na maioria dos casos, o hospedeiro
já possui uma cópia do gene em seus cromossomos. Como poderão as mudanças no padrão
de expressão de um gene clonado ser distinguidas do padrão normal de expressão exibido pe- Realiz
la cópia cromossômica do gene? A resposta é uttllizar um gene-repórter. Trata-se de um ge-
Umavs
ne-teste, que é fusionado à região a montante do gene clonado (Figura II.l7), substituindo es-
ensaio d
se gene. Quando clonado dentro do organismo hospedeiro, o padrão de expressão do gene-re-
constru(
pórter deverá mimetizar exatamente o do gene original, pois o gene-repórter estará sob a in-
fluência de exatamente as mesmas seqüências controladoras do gene original.
gura ll,
organisr
O gene-repórter deve ser escolhido com cuidado. O primeiro critério é que ele deve codi-
pórter. I
ficar um fenótipo que não é ainda exibido pelo organismo hospedeiro. O fenótipo de um ge-
remoúr
ne-repórter deve ser relativamente fácil de detectar após o gene haver sido clonado no hospe-
na esps
deiro, e, idealmente, deverá ser possível de submetê-lo a um experimento de quantificação fe-
ladora t
notípica. Tais critérios não têm demonstrado dificuldade de serem satisfeitos e uma varieda-
Osr
de de genes-repórteres diferentes é utilizada nos estudos de regulação gênica. Alguns exem-
cuidadc
plos estão listados na Tabela I 1.1.
Clorureer,r GÊNrcA E Ar.rÁlrse oe DNA 241
ladoras bastante pÍóximas ou, como é bastante comum, duas seqüências controladoras distin-
tas cooperam para a produção de uma única resposta. A despeito dessas potenciais dificulda-
des, ensaios de deleção, em combinação com estudos dos sítios de ligação de proteínas, fr-
necem informações importantes a respeito de como a expressão de genes individuais é regu
lada, tendo complementado e ampliado as análises genéticas mais gerais sobre a diferencir
ção e o desenvolvimento.
Tradução lM
Crorunoev GÊNrcA E ANÁLrsÊ oe DNA 243
nado. Ambas dependem da capacidade de um mRNA purificado conduzir a síntese das pro-
teínas em sistemas de tradução livres de células. Esses são extratos celulares, normalmente
preparados a partir de sementes de trigo na fase germinativa ou de células de reticulócitos de
coelho (ambas extremamente ativas na síntese protéica), contendo ribossomos, tRNAs e todas
figura 11.18 as demais moléculas necessárias para a síntese protéica. A amostra de mRNA é adicionada ao
Ensaio de deleção. Um gere
sistema de tradução livre de células, juntamente com uma mistura dos 20 aminoácidos encon-
Fpórter Íoi ligado à região a 3sS-metionina
trados nas proteínas, um dos quais é marcado (freqüentemente é utilizado). As
de um gene espe
para a semente de unrr moléculas de mRNA são traduzidas em uma mistura de proteínas radioativas (Figura 11.19),
. A remoção do Írag- a qual pode ser separada por eletroforese em gel e visualizada por auto-radiografia. Cada ban-
de restrição, situado da representa uma única proteína, codificada por uma das moléculas de mRNA presentes na
os sítios R, deleta a se. amostra.
controladora, a qual Tanto a HRT quanto a HART funcionam melhor quando um clone de cDNA, preparado
a expressão gêni:r diretamente da amostra de mRNA, está disponível. Para a HRT, o cDNA é desnaturado, imo-
para a semente,
bilizado em uma membrana de nitrocelulose ou náilon, e incubado com a amostra de mRNA
Íorma que o gene-rePórt (Figura 11.20). O mRNA específico, correspondente ao cDNA, hibridiza com esse e perma-
agora, expressado em te
nece ligado à membrana. Após a remoção das moléculas não-ligadas, o mRNA hibridizado é
os tecidos da planta.
recuperado e traduzido em um sistema livre de células, o que fornece uma amostra pura da
proteína codificada pelo cDNA.
as controladoras
dessas potenciais di
de ligação de proteínas,
de genes individuais é
is gerais sobre a dife
a\q
\\t ^' *?q*.
.lôï:..
\..\\
\ ?
\\ sistemade
\
purificados \ / '."o+ traduçãolivre
tradução mRNAs o" tu'''"'
/r,or*oo".o,n
\
tut-t"'
I
útil no estudo, não
pelos genes clonado* -{ Proteína marcada
enormemente do \'j=l
em pontos t mRNA
da proteína codificada
/
I
focalizado o
\ Eletroforese em gel,
rnado. Em muitos casos \ auto-radiograÍia
muito antes d" o
"*p"#
já se encontram \
de um gene clonado \
necessário.
tradução Produtos
de tradução Marcadores de
peso molecular
marcados
(HRT, do inglês /t para proteínas
RT, do inglês hybrid
codificado por um Figura 11.19
Tradução livre de células.
244 T. A. Bnowlr
cDNA específico
/\
Membrana
Proteína
codiÍicada
pelo cDNA Figura 11.21
Figura 11.20
Tradução com re-
Tradução com liberação do
tenção do híbrido.
híbrido.
Ìïq(
I \ i \\^
., Adição do cDNA
es'ecíÍico
N...ì
preparação de mRNA \
aï\ Ct
ü\s
\\
Hibridização do
cDNAcomo mRNA
correspondente
-9.,./
rQlt
(\_-/)r
I
// EletroÍorese em gel,
mRNA hibridizado auto-radiograf ia
não pode ser
traduzido
F-
246 T. A. Bnowr.r
Embora potenc
Mutação, p. ex., T + A de restrição na
Gene
7-7777---71
* gonucleotídeo
v--.----a-7-7-71
cal do gene.
Utilizando r
em um gen
Existem inúrnr
# Proteína
\
\
*
Mutação, por
exemplo, ile -) leu
mos considera
forma de fita s
ples é purifica
Um oligonucl
contendo a alü
to, o oligonucl
Figura11.22 da fita compl
\ \t Uma mutação pode alterara 11.24b). Essa r
O potencia
I Bdst ?-
I alï:fiã'"*, A mutagênes
tencial extrac
Por exemplo,
qgsd{;:",lï"ï" Proteína com uma ^t"?g maneira cornt
deleção pequena
sível, por meì
(c) lnserção de um oligonuclêotídeo
cidos que det
lnserÇão zimática. As t
EcoRl
EcoRl_ ú rioâcão , tirem que o p
"-+-
I at/!l alternativo e
A
r
I /l
Oligonucleotíde. Figura 11.23
capacid
ráveis, segun
"sôs' Ur-?
( Diversas téc-
engenharie r
Proteína vimento de nr
Proteína
normal
C d""""- nicas de mu-
( tabitizada tagênese rn
vitro.
Cr-orueceu GÊNrcA E ANÁLrsE DE DNA 247
(phage disph,
bilitam que e
(a) Oligonucleotídeo
Õ
Oligonucleotídeo
Fila complementar é
totalmente sintetizada
(c) lsolamento dos Íagos contendo a mutação
Fagos contendo
Hibridização
em placa,
Placa de mbro
sas na seqüência de aminoácidos da subtilisina, uma enzima utilizada no sabão em pó, resnl. Lr
taram em versões manipuladas com maior resistência aos desgastes térmico e de branqu*
mento (oxidativos) que ocorrem nas máquinas de lavar roupas. L
11.3.3 Estudando as interações proteína-proteína
Nas células vivas, poucas, se é que existem, proteínas funcionam em total isolamento. Ao c*
trário, as proteínas trabalham juntas em rotâs bioquímicas e em complexos multiprotéicos. In-
formações a respeito da função de uma proteína que não tenha sido previamente estudada p Figura 11.25
dem, freqüentemente, ser obtidas por meio da determinação de quais outras proteínas trab* Apresentação por fagr
nante. (b) O gene Íusit
lham juntamente com ela na célula. Duas técnicas importantes, a apresentação por fagl terações entre a Prote
i
I
Clorunoeu GÊrurcr e ANÁLrsÊ oe DNA 249
Qthage display) e o sistema de dois híbridos de levedura $teast two hybrid systen), possi-
bilitam que essas interações proteína-proteína sejam examinadas.
Expressao I
dogene \\
\ ^A
ffirffi,
j\)v6'ò' .-,,
Apresenraçáo
da proteÍna
Proteína do
Figura 11.24 capsídeo )
Um método panaa do Íago
mutagênese
nada por oligonu (c) Utilizando uma biblioteca de apresentação por íago
cleotídeo.
Biblioteca de
apresentação
por Íago
Placa de microtitulação
t
!
I
*
)
l
ffi Lavagens
Fagos retidos
I
ProteÍna-teste
Fm total isolamento. Ao
firplexos multiprotéicoe.
Figura 11.25
ho previamente esfudade
Apresentação por Íago. (a) Apresentação de proteínas na superÍície de um Íago filamentoso recombi-
lquais outras proteínas mnte. (b) O gene Íusionado é utilizado para apresentar a proteína. (c) Uma maneira de detectar as in-
g, a apresentação por
brações entre a proteína-teste e um Íago de uma biblioteca de apresentação.
F
Ì
F
250 T. A. Bnowlr
F
Cr-ounceu GÊrurcn e ANÁLrsE oe DNA 251
capsídeo e parcialmente
inserida dentro do capsí- (a) Interações entre Íatores de transcrição
na superficie das par-
(ò ooit fatores de transcrição
-o
dois híbridos de
levedura. (a) Um @
par de Íatores de
por fago. Esse pu transcrição que
Fator de transcrição
híbrido
levedura Saccharom devem interagir, Ausência de interação
@
(Figura 11.26a). No
pela expressão de um
aÍim de um genê
da levedura ser
o<pressado. (b) A
o \
parcialmente composta
substituição do
idade desse par de
tator de transcri-
ção 1 pela proteÊ Não ocorre a
devem serreali
na híbrida 1* in- expressão do gene
protéico está sendo terrompe a ex- -
pressão do gene, (c) O resultado do segundo experimento de clonagem
idas não são capazes *
uma vez que 1
pode interagir com o
parceiro é construída e
não pode intera-
gir com o fator de
nanscrição 2. (c)
@@
indica que os dois A substituição do
Íator de transcri- lnteração
de tal maneira quei
ção 2 pela proteÊ
@
componentes das
na híbrida 2* res- {
(Figura II.26c).
taura a expres-
ificados. O segundo
são do gene, ca-
que representam
so as partes hÊ
bridas de 1* e 2* Expressão
do gene
sejam capazes
de interagir.
F
I
!' ,
-_:::::j=:::=.=€;i
ì
I
CnpíruLo 12
Á. fnna, in Biotechnology, llL
No início do século XXI, a ênfase da biologia molecular passou do estudo de genes indivi-
in phage and host biologffl.
duais para o estudo de genomas inteiros. Essa mudança foi possível graças ao desenvolvimen-
to, durante adécadade 1990, de métodos para o seqüenciamento de grandes genomas. O se-
qüenciamento de genomas começou antes da década de 1990 - vimos, no Capítulo 10, como
o primeiro genoma, aquele do fago QXl74, foi completado em 1975 -, mas somente 20 anos
depois, em 1995, o primeiro genoma de um organismo de vida livre, o dabacténa Haemophi-
lus influenzae,teve seu seqüenciamento concluído. Os cinco anos seguintes constituíram-se
em um divisor de águas, com as seqüências dos genomas de quase 50 outras bactérias sendo
publicadas, juntamente com as seqüências completas de genomas muito maiores, como o de
levedura, o da mosca-das-frutas, o de Caenorhabditis elegans (um verme nematódeo), o da
Arabidopsis thaliana (uma planta) e o humano. Em 2001, o seqüenciamento de genomas bac-
terianos já havia se tornado uma rotina e a execução de projetos dirigidos a genomas eucarió-
ticos, passado a ser encarada com uma confiança muito maior do que a possível apenas uns
poucos anos antes.
Para o entendimento de um genoma, três tipos distintos de análise devem ser executados:
(1) A genômica é a aquisição dos dados de seqüência. Os dados são adquiridos na forma de
muitas seqüências individuais de 500 a 800 pb, que devem ser montadas na seqüência ge-
nômica contínua. É necessário, portanto, ser elaborada uma estratégia para a montagem
correta das seqüências.
(2) A pós-genômica ou a análise funcional é a análise da seqüência de um genoma para lo-
calizar os genes, as seqüências controladoras e outros elementos interessantes, seguida de
vários experimentos para determinar as funções de quaisquer genes desconhecidos que te-
nham sido descobertos.
I
254 T. A. Bnowlr
(1) A aboi
Tabela 12.1 Tamanhos de genomas representativos aleator
busca r
Espécie Tipo de organismo Tamanho do genoma (Mb) (2) A abor
rante a
Mycoplasma genitalium Bactéria 0,58
todel
H ae mop hilu s infl ue nzae Bactéria 1,83
mente
Escherichia coli Bactéria 4,64
a parti
S ac charomy ce s ce iae
rev is Levedura t2,t
C aenorhab ditis e le g ans Verme nematódeo 91
12.1.1 A aborda
D ro s op hil a me lano g a s t e r Inseto 180
Arabidopsis thaliana Planta t25 A exigência
Homo sapiens Mamífero 3.200 breposições
Triticum aestivum Planta (trigo) 17.000 ra que seja t
rado e não 1
b
Cr-oruncev GÊrurca e ANÁLrsE oe DNA 255
nrxiliar as pesquisas
imputadorizad ontip
a de c
genil
t-*"*-" -l F;"^Ã;ã Ë"-Ã;;l
henca de senes. a orevisfu Figura 12.1 I - I
lExeculamlllll
lnurouÁrrcosl I I
I
t
I I
i.
seqüenciamento
I
i
de DNA em lseqüenciamentol I I
grande escala.
I
hrt"t executado
puma única corrida em Molécula de DNA
Frgura12.2
12.1). Nos
(a) A abor-
dagem alea-
seqüenciador é, capaz tória (shoÈ
[iência a cada duas h gun ap-
Montasem da seqüência
iadores automáticos proach) e
a de 50.000.000 pb. (b) a abor- /
efa tão assustadora dagem de
contigs de Seqüência de DNA
aspectos mais rotinei
real que surge é a na dones para
individuais de 750 pb a montagem
da seqüên- (b) A abordagem de contigs
desenvolvidas pmr (a) A abordagem aleatória
cia de um de clones
genoma.
(1) A abordagem aleatória (do inglês shotgun approach), na qual o genoma é quebrado
aleatoriamente em fragmentos curtos. As seqüências resultantes são examinadas em
busca de sobreposições, utilizadas para a montagem da seqüência contínua do genoma.
(2) Aabordagem decontigs declones, queenvolveumafasedepré-seqüenciamento, du-
rante a qual é identificada uma série de clones parcialmente sobrepostos. Cada segmen-
iI o,sS
1,83
to de DNA clonado é, então, seqüenciado e as seqüências são posicionadas adequada-
mente no mapa de contigs, para ordenar e gradualmente montar a seqüência genômica
. 4,64
', l2'r a partir das sobreposições.
,97
' 12.1.1 A abordagem aleatória para o seqüenciamento de genomas
180
r25 A exigência fundamental para a abordagem aleatória é a viabilidade da identificação de so-
I3.200 breposições parciais entre todas as seqüências individuais que forem geradas. Além disso, pa-
.000 ra que seja obtida a seqüência genômica correta, esse processo de identihcação deve ser acu-
rado e não pode ser ambíguo. Um erro na identificação de um par de seqüências sobrepostas
F
256 T. A. Bnowr'r
parcialmente poderia levar à montagem da seqüência genômica em uma ordem incorreta ouà ram executa
perda completa de algumas partes dela. Como a probabilidade de ocorrência desse tipo de er- rejeitadas, p,
ro aumenta para genomas maiores, a abordagem aleatória tem sido utilizada principalmenÍc ram entrada
com os genomas bacterianos menores. conjunto de
genoma de,l
O projeto de seqüenciamento do genomade H. influenzae
Poderia I
A abordagem aleatória foi utilizada com sucesso pela primeira vez com abacténa H. influen- acabassem s
zae,pnmeiro organismo de vida livre que teve seu genoma completamente seqiienciado, com de seqüêncii
os resultados publicados em 1995. A primeira etapa foi quebrar o genoma de 1.830 kb da bac- grande quan
téria em fragmentos curtos, que serviriam de molde para os experimentos de seqüenciamento sem, por aci
(Figura 12.3). Poderia ter sido utilizada uma endonuclease de restrição, mas a sonicação (p- mos de tenrl
223) for escolhida por ser mais aleatória e, portanto, capaz de reduzir a possibilidade de ap lacunas indi
recimento de lacunas na seqüência do genoma. a mais bem-
Foi decidido que o projeto concentrar-se-ia nos fragmentos de 1,6 a 2,0 kb, pois eles po- preparada er
deriam gerar duas seqüências de DNA, uma a partir de cada extremidade, reduzindo a quarF gonucleotíd
tidade de clonagens e de preparações de DNA que seriam necessárias. O DNA sonicado fo( mentos. Em
portanto, fracionado por eletroforese em gel de agarose e os fragmentos de tamanho deseja dicando que
do, purificados a partir do gel. Após a clonagem, 28.643 experimentos de seqüenciamento fe estavam adj
chada pelo r
GENOMA
(1.830 kb)
FRAGMENTOS ALEATORIOS
/ cronaoem
/
Figura í2.4
BIBLIOTECA DE CLONES
LJtilizando hibridiza-
ção com oligonu-
cleotídeos para fe-
/ chamento das lacu-
Seqüenciamento
nas na seqüência do
/a genoma de H. in-
fluenzae. Os oligo-
24.304 SEOÜÊNCtAS
nucleotídeos 2 e 5
hibridizam com o
Figura 12.3 mesmo clone de À,
Montajem de seqüências Uma representa- indicando que os
ção esquemática oütigs I e lll são ad-
das principais eta- jacentes. A lacuna
140 CONTTGS pas do projeto de entre eles pode ser
seqüenciamento Íechada a partir do
do genoma de H. seqüenciamento de
influenzae. parte do clone de 1..
Cr-onecev GÊrutcn e ANÁltse oe DNA 257
Contigl l----------
12
1ã Sondas de
Contigll !-----------: oligonucleotídeos
34
Contiglll
ão
Figura 12.4
(b)Triagem de uma biblioteca genômica
Utilizando hibridiza-
ção com oligonu-
cleotídeos Para Íe- Sonda com o Sonda com o
chamento das lacu- oligonucleotídeo 2 oligonucleotídeo 5
nas na seqüência do
genoma de H. in- ê*&€ô**4*& 6&&&&a****
&&ê*èêeer& ô&&ss&&*64
fluenzae. Os oligo- S9&A&**a6e S*9&8Aea*A
eaa$ê*ô*s* âessg&êaô?
nucleotídeos 2 e 5
**ssss&*&ô 9Sé**s*&ss
hibridizam com o 48sêô*4*S* **a6*?*ç**
Figura 12.3 mesmo clone de ?r,
Uma representa- indicando que os
ção esquemática
antigs I e lll são ad-
das principais eF jacentes. A lacuna Gonclusão:
entre eles Pode ser Oscontgslelll
pas do projeto dê tlll estão adiacentes
seqüenciamento Íechada a Partir do |_--_-.:|-_-_-_-:l no genoma
do genoma de H. seqüenciamento de 1256
influenzae. parte do clone de L.
Ë
258 T. A. Bnowlr
Figura 12.5
Seqüências repetidas Um problema da
idênticas abordagem der
( \ tória. Uma so-
Molécula de DNA breposição in-
correta de duas
Seqüência 1 Seqüência 2 seqüências é lei-
ta devido ao Íab
de ambas termÈ
Sobreposição das seqüências 1 e 2 narem em uma
região interna&
um elemenlo r+
2 petido. lsso re.
I
sulta na ausên-
I
I
Montagem da seqüência cia de um segr
Figura 12.6
Y mento da molê
Caminhada cro-
----- cula de DNA na
Seqüência de DNA deduzida mossômica
seqüência morr
(chromosome
tada.
walking).
Croueceu GÊNtcA E AruÁlrsr oe DNA 259
139), com o contig resultante incluindo 29 clones. Contudo, o cromossomo III é relativamen-
bacterianos. Isso se te curto e o tamanho médio dos fragmentos era de apenas 10,8 kb. O seqüenciamento do ge-
noma humano, muito mais longo, exigiu 300.000 clones de cromossomos bacterianos artifi-
as exigências com
muito grandes. ciais (BAC, de bacterial artificial chromosome) (p. lal). A montagem de todos esses clones
em contigs cromossomo-específicos foi uma tarefa gigantesca.
de poucos pares de
Tais seqüências Montagem de contigs de clones por caminhada cromossômica
aquelas que se (chromosome walkingl
podem ser alinhadas.
elemento de repetição
Uma das técnicas que pode ser utilizada para montar um contig de clones é a caminhada cro-
a perdas de parte ou de
mossômica (do inglês chromosome walking). Para iniciar uma caminhada cromossômica,
um clone é selecionado aleatoriamente a partir da biblioteca, marcado e utilizado como uma
o seqüenciamento
sonda de hibridização contra todos os outros clones da biblioteca (Figura 12.6a).Aqueles clo-
possuem muitos
nes que geram sinais de hibridização são os que se sobrepõem à sonda. Um desses clones par-
limitação pode ser
cialmente sobrepostos é, então, marcado e utilizado em uma segunda etapa de triagem da bi-
obtidas pela
blioteca. Mais sinais de hibridização são, então, identificados, alguns deles indicando sobre-
posições adicionais (Figura 12.6b). Assim, o contig de clones é construído gradualmente, em
um procedimento passo a passo. Entretanto, esse processo é laborioso, sendo utilizado somen-
te quando o contig corresponde a um cromossomo curto, de modo a envolver um número re-
to aleatório e, lativamente pequeno de clones, ou quando o objetivo é o fechamento de uma ou mais lacunas
com DNA repetifivo- entre contigs, que foram montados por métodos mais rápidos.
is demorada e cara. O
de fragmentos de Métodos rápidos para a montagem de contigsde clones
ito, cada fragmento c O ponto fraco da caminhada cromossômica é começar em um ponto de partida fixo e cons-
é montada passo a passo truir, a partir dali, o contig de clones em um lento processo passo a passo. As técnicas mais rá-
pidas para a montagem de contigs de clones não utilizam um ponto de partida fixo e têm por
l, de modo a mini objetivo a identificação de pares de clones parcialmente sobrepostos: quando um número su-
vetor de alta
- o cromossomo
vetor do tipo cosmídeo
f.
94
Ë
b
260 T. A. Bnowr.r
ficiente desses pares for identificado, o contig é revelado (Figura 12.7). As várias técnicas que
podem ser utilizadas para a identificação das sobreposições são conhecidas coletivamente por
datiloscopia de clones (do inglês cloneftngerprinting).
A datiloscopia de clones é baseada na identificação de características da seqüência que são
compaÍtilhadas por um par de clones. A abordagem mais simples consiste em digerir cada
clone com uma ou mais endonucleases de restrição e buscar pares de clones que comparti-
lham fragmentos do mesmo tamanho, excluindo aqueles derivados do vetor e não do DNA ne-
le inserido. Essa técnica pode parecer de simples execução, mas, na práti ca, ela é bastante de-
morada na parte de análise dos géis de agarose resultantes, em busca dos fragmentos compar-
tilhados. Existe também uma possibilidade relativamente elevada de que dois clones que não
se sobrepõem gerem, por acaso, fragmentos de restrição distintos, mas com tamanhos indis-
tinguíveis por eletroforese em gel de agarose.
Resultados mais acurados podem ser obtidos por PCR de DNA repetitivo, também conhe-
cido como PCR de elemento repetido disperso (IRE-PCR, do inglês interspersed repeat
element PCR). Esse tipo de PCR utiliza iniciadores projetados para anelar com seqüências de
DNA repetitivo e para dirigir a amplificação de DNA entre repetições adjacentes (Figura
12.8). Repetições de um tipo determinado estão distribuídas essencialmente de maneira alea-
tória em genomas eucarióticos, com distâncias variáveis entre elas, de modo que produtos de
diferentes tamanhos são obtidos quando tais iniciadores são utilizados com clones de DNA
eucariótico. Se um par de clones gera produtos de PCR de mesmo tamanho, eles devem con-
ter repetições espaçadas de maneira idêntica, possivelmente porque os fragmentos de DNA
sobrepõem-se parcialmente.
F2 t4
: trb tz
H7 Sobreposições identif icadas
por datiloscopia de clones
A1 B4
A1
Figura 12.7
Montagem de Figura 12.9
um contig de A base do ma-
clones pela tec- peamento por
H7 A1 F2
nica de datilos- conteúdo de
Dedução do conÍrg de clones
u 14 G6 copia de clones
(clone finger-
STS.
printingl.
z
b
Ë
t
::
Clorueeeu GÊrurcr e ANÁLtsE oe DNA 261
lrepetitivo, também
i inglês interspersed rqs
I anelar com seqüências O produto da PCR inclui a região
letições adjacentes (Fi entre repetições adjacentes
fcialmente de maneira
I, de modo que produtos
pados com clones de (b) lnterpretação dos resultados
Itamanho, eles devem cc*
pe os fraementos de Clone I Clone ll
Marcadores Clone lll
ì ì ( ,
ht".ioo
I
Coleção de
clones ilt -Éil
o Sítio-alvo
IV V seqúência-específ ico
Figura12.7 -.l
F
262 T. A. Bnowrrr
segmento curto de DNA obtido a partir do genoma, desde que ele não seja oriundo de um
elemento repetitivo.
lt,lt
cujos padrões de herança são acompanhados pelo monitoramento dos fenótipos da progênie
tio de restrição.
produzida após um cruzamento entre pais com características contrastantes (por exemplo,
plantas altas e baixas, piÌra os pés de ervilha estudados por Mendel). Mais recentemente, fo-
ram elaboradas técnicas pÍÌra o mapeamento de seqüências de DNA que não são genes, mas
que apresentam variabilidade na população humana. Dentre esses marcadores genéticos, os
mais importantes são:
Fode
ser determinado a prrfo
Fda lado da STR, seguida ôr
iro.. gel de agarose ou F
bTRs no genoma humano-
)g)ês single nucleotide pafir Figura 12.11
Tipificação de uma STR por PCR. O produto da PCR na trilha direita é um pouco mais longo
luer um de dois ou mais nr-
do que o da trilha central, porque o DNA-molde, a partir do qual ele Íoi gerado, contém uma
ltações pontuais são tipifi*
unidade CA a mais.
lpais hibridizam com form
n ainda permanece desconho
Mapas Íísicos
Um mapa físico é gerado por métodos que localizam diretamente as posições de seqüências
pto, em duas ou mais form específicas em uma molécula de DNA cromossômico. Como no mapeamento genético, os ló-
i:us é acompanhada pela anir
cus estudados podem ser genes ou marcadores de DNA. Estes últimos podem incluir marca-
Éticos.
dores de seqüências expressadas (ESTs, do inglês expressed sequence /ags), que são se-
264 T.A.Bnowru
A impor
ATAGACCRTGGcAA
É possível
ATAGACTATGGCAA co. Essa p
na256,ep
xflio de ur
[,*, Figura12.12 maior esú
Duas versões de uma SNp. car se als
cias curtas
meios gen
qüências curtas obtidas a partir das extremidades de DNAs complementares (cDNAs)
(p. passa-se a
172). Os marcadores de seqüências expressadas são, pois, seqüências parciais
de genes, que" Mapas
quando utilizadas na construção de um mapa, permitem o rrápido posiiionamento
dos geneu no e tamhx
correspondentes, mesmo que a identidade de cada gene não seja aparente a partir
aa seqtiên- elegans e t
cias dos ESTs. Dois tipos de técnica são utilizados no mapeÍìmento físico:
pas tambér
am a aborc
(1) Exame direto de moléculas de DNA cromossômico, como, por exemplo, pela hibridiza_
cação do s
ção de fluorescência ,/r silu (FISH, do inglôs/a orescence in situ hyuìiaization) (p. 2rr')t
das, o que
Se a FISH é executada simultaneamente com duas sondas de DNA, cada
uma delas mar_ de modo a
cada com um fluorocromo diferente, as posições relevantes de ambos os marcadores
re- dem ser el
presentados pelas sondas podem ser visualizadas no cromossomo. Técnicas
especiai* ma. Essa'
para o trabalho com cromossomos descompactados, cujas moléculas de DNA
são esten_ promisson
didas, em oposição à compactação normal, permitem que os marcadores sejam posicio
nados com um elevado grau de precisão.
(2) Mapeamento físico com um reagente mapeador é uma coleção de fragmentos
parcialmente sobrepostos que cobre o cromossomo ou o genoma em estudo.
de DNA 12.2 Pós-ger
os pares de
marcadores que estão em um mesmo fragmento devem estar próximos um
do outro no
deuml
cromossomo: a distância entre ambos pode ser determinada pela medição
da freqüência
com a qual o par ocorre junto em diferentes fragmentos do reagente mapeador (pigu,a Depois de
12.13). Hfuridos de radiação constituem-se em um dos tipos de reagente calizar tod
mapeadr
que tem sido de importância para o Projeto Genoma Humano. Esses ser trivial,
híbridos de radia-
ção são linhagens celulares de hamster que contêm fragmentos de cromossomos huma- e por técni
nos, preparadas por um tratamento envolvendo irradiação (daí o qüência dr
4ome). o mapeamento
é executado por hibridização de sondas marcadas com um painel contém ce
de linhagens celulares"
cada uma contendo uma parte diferente do genoma humano. base em er
similar à d
ções descc
Apesar
completad
fãos. É ner
tá provand
12.2.1 ldentific
A localizar
nhecida, o
corTespon(
Figura 12.13
qualquer ir
O princípio por trás do uso de um reagente mapeador. Pode-se deduzir que
os marcadores Sob tais cir
1 e 2 estão relativamente próximos, pois aparecem juntos
em quatro Íragmentos de DNA. Ao ja dispoúr
contrário, os marcadores 3 e 4 devem estar relativamente distantes, pois
aparecem juntos
apenas em um fragmento.
Cloruneeu GÊNrcA E ANÁLrsE DE DNA 265
t
266 T. A. Bnowlr
de de ela con
A identifi
1 GAC--* Essa busca, e
2 T GA -* Figura 12.14 gênicas pres
3 ATG ---* .Buscando fases
mente com g
5'_A TGACCAA TGACA TGCAA TAA _3' de leitura aber-
ìtttllttttttttltttttt todas as dem
3'_T AC TGGT TAC TG TACGT TA T T _5' tas. (a) Cada se-
--ATT 4
qüência de DNA
--TAT 5
possui seis Íases
--TTA 6
de leitura e qual-
quer uma delas
pode conter um
gene. (b) O re-
sultado típico de
(b) o resultado típico de uma busca por oRFs em um genoma bacteriano
uma busca por
ORFs em um
genoma bacte-
Genes riano. As setas
+++
_- ORFs espúrias indicam as dire-
ções nas quais
os genes e as Figura 12.11
tt
ORFs espúrias As seqüênci
100 pb
estão orienta- vertebrados.
dos. cam as posir
Crorunoeu GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 267
ou mesmo cente- não podem ser descartadas, pois não se sobrepõem a qualquer gene real. A análise do genoma
disso, muitos genes nfu de levedura, por exemplo, identificou mais de 400 ORFs que foram colocadas nessa catego-
iada. Como esses ge- ria "questionável". Possivelmente, algumas delas são genes reais, mas é provável que a maio-
ria não corresponda a seqüências codificadoras
No homem e em outros eucariotos, a busca de genes é ainda mais complicada pelo fato de
que muitos deles são interrompidos, estando divididos em éxons e íntrons (Figura 11.1). De-
', do inglês open reading terminadas seqüências nucleotídicas sempre ocorrem nos limites entre éxons e íntrons (Figu-
de iniciação (g"d- ra 12.15), mas tais seqüências também são encontradas tanto no interior de éxons quanto no
inação (TAA, TAG ou interior de íntrons. A definição de quais dessas seqüências marcam verdadeiros limites entre
ica em busca de ORFs, éxons e íntrons pode ser bastante difícil.
; é, portanto, o primeiro
feita em todas as seis f+. DiÍerenciando genes reais de ORFs casuais
s ao longo da héli- Alguns genomas apresentam indicadores bastante úteis da presença de um gene. Nesse aspec-
típico desse tipo dc to, o genoma humano e os de outros vertebrados são particularmente acessíveis ao biólogo
a genes, e dc molecular, pois 50 a607o dos seus genes são acompanhados por uma ilha de CpG, uma se-
mas presentes em fases qüência distinta, rica em CG, cuja posição indica aproximadamente o local de início de um
te são combina. gene. Mas características como essa são mais exceção do que regra, o que determina a neces-
m genes. Se uma des- sidade de métodos de uso mais geral para a identificação de genes.
possibilidade de que el;r Para muitos genomas, o viés de códons (do inglês codon bias) constitui-se em uma ma-
ioria dos genomas bac- neira útil de conferir um certo grau de ceÍtezaà identificação de um possível gene. Todos os
problema não é muito aminoácidos, exceto a metionina e o triptofano, são especificados por dois ou mais códons. A
alanina, por exemplo, possui quatro códons - GCA, GCC, GCG e GCT. Na maioria dos ge-
eucarióticos não nomas, nem todos os membros de uma família de códons são utilizados com a mesma fre-
muito mais lon- qüência. O homem é típico em relação a esse aspecto, apresentando um viés distinto para cer-
muìtas ORFs cwtas qw tos códons: por exemplo, para a família de códons da alanina, o homem utiliza GCC quatro
vezes mais freqüentemente do que GCG. Se uma ORF contém uma alta freqüência de códons
raros, então, provavelmente, ela não corresponde a um gene. Considerando o viés de códons
apresentado por uma ORF, pode então ser feita uma avaliação mais confiável da probabilida-
de de ela corresponder ou não a um gene.
A identificação de um provável gene é em geral seguida por uma busca por homologia.
Essa busca, executada por computador, compÍÌra a seqüência do gene com todas as seqüências
Figura 12.14 gênicas presentes nas bases internacionais de dados de DNA. Tal comparação é feita não so-
Buscando Íases mente com genes conhecidos do organismo em estudo, mas também com todos os genes de
de leitura aber-
todas as demais espécies disponíveis. Arazáo disso é que dois genes de diferentes organismos
tas. (a) Cada se.
qüência de DNA
possui seis Íases
de leitura e qual-
quer uma delas Exon íntron Exon
pode conter um 5 3'
gene. (b) O re- LI LI
sultado típico de
uma busca por
/\
,t/ \
ORFs em um /\
genoma bacte-
riano. As setas
AG{GTAAGT PYPYPYPYPYPYNCAGü
hs indicam as dire-
I ções nas quais
I os genes e as Figura Í2.15
i ORFs espúrias As seqüências de consenso para os limites éxon-íntron a montante e a jusante de íntrons de
estão orienta- vertebrados. Py = nucleotídeo pirimidínico (C ou T), N = qualquer nucleotídeo. As setas indi-
dos. cam as posições dos limites.
268 T. A. Bnowlr
que possuem funções similares também apresentam seqüências similares, refletindo suas serão alcançz
tórias evolutivas comuns (Figura 12.16). nas e as suÍÌs
Para a execução de uma busca por homologia, a seqüência nucleotídica de um possível go- mente de exp
ne é geralmente traduzida em uma seqüência de aminoácidos, pois isso torna a busca rnaïs Várias té<
sensível. Isso ocorre porque existem 20 aminoácidos, mas apenas quatro nucleotídeos, o das elas podt
Tç
determina que a chance de duas seqüências de aminoácidos parecerem similares por puro ÍEr- caute gênico
so é menor. são funciona
A análise é executada através da Internet, a partir da conexão com a página (web site) lh ção entre o g
um dos bancos de dados de DNA e da utilização de um programa de busca, como o BLAST resultar na sr
(Basic ktcal Alignment SearchTool, ou ferramenta básica para a busca de alinhamento localil- tipo do orgar
Se a seqüência-teste tiver uma extensão maior que 200 aminoácidos e uma identidade de ïIffi ção do gene.
ou mais com uma seqüência no banco de dados (isto é, em 30 de 100 posições o mesmo aai- - mundongo-l
noácido ocoffe em ambas as seqüências), então as duas são quasé com certeza homólogas ee no estabeleci
ORF estudada pode ser confirmada como um gene real. Uma confirmação adicional, se m- problemas. I
cessária, pode ser obtida com autllização de uma análise de transcrito (p.226), que permin qualquer efe
demonstrar que o gene é transcrito em RNA. fica que, apó
teração fenor
12.2.2 Determinação da função de um gene desconhecido
A busca por homologia serve a dois propósitos. Além de testar a veracidade da identif,rca@
do provável gene, ela também fornece uma indicação a respeito da sua função, presumindo- 12.3 Estudos
se que a função do gene homólogo é conhecida. Quase 2.000 genes do genoma de levedurati-
veram suas funções estabelecidas desse modo. Muitas vezes, contudo, as homologias encon- Até agora, c
tradas nas buscas são com outros genes cujas funções ainda não foram determinadas. Tais ge- de genes ind
nes não-caracterizados são chamados de órfãos e a identificação de suas funções é um dm to de novos I
maiores desafios da ciência pós-genômica. noma como
Em anos futuros, provavelmente será possível utilizar a bioinformática para a obtenção de
pelo menos uma indicação da função de um gene 6rfão. Jâ é possível utilizar-se a seqüêncie
(1) Otrar
teopa
nucleotídica de um gene para prever as posições das hélices c e iolhas na proteína por ele
B
codificada, apesar da precisão limitada, e a informação estrutural resultante daí pode, às ve-
(2) O prot
quími<
zes, ser utilizada para inferências a respeito da função da proteína. Proteínas que se ligam a
membranas podem freqüentemente ser identificadas por possuírem arranjos de hélices a quc
atravessam a membrana, e motivos de ligação a DNA, como dedos de zinco, também podem
ser reconhecidos. Uma abrangência e uma precisão maiores desse aspecto da bioinformáúca
Lares, refletindo suas his- serão alcançadas quando mais informações a respeito da relação entre a estrutura das proteí-
nas e as suas funções forem obtidas. Até lá, a análise funcional de órftos depende principal-
lúdica de um possível ge. mente de experimentos convencionais.
3 isso torna a busca mafu Viárias técnicas pÍÌra o estudo das funções dos genes foram descritas no Capítulo 11 e to-
latro nucleotídeos, o qtr das elas podem ser aplicadas a órfãos. Uma estratégia não-descrita no Capítulo I I é a do no-
h similares por puro Írc&. caute gênico. Nessa técnica, uma versão deletada do gene é utilizada para "nocauteaÍ" a ver-
são funcional presente nos cromossomos do organismo. Isso é possível porque a recombina-
h a página (web site) lh ção entre o gene deletado, presente em um vetor de clonagem, e a cópia cromossômica pode
bbusca, como o BLAST resultar na substituição desta por aquela (Figura 12.17). O efeito do nocaute gênico no fenó-
ba de alinhamento locall, tipo do organismo é, então, analisado para a obtenção de alguma indicação a respeito da fun-
p uma identidade de ï)fr . ção do gene. O efeito de um nocaute de gene humano é inferido a partir do estudo de um ca-
b posições o mesmo ami- . mundongo-nocaute, portador da versão deletada do gene homólogo. Os nocautes auxiliaram
h."tt"ru homólogas ea no estabelecimento das funções de diversos genes, mas nem sempre tal abordagem é livre de
hmação adicional, se m. problemas. Particularmente problemático é o fato de que alguns nocautes não apresentam
ftto (p.226), que permin qualquer efeito óbvio no fenótipo do organismo, ou porque o gene é dispensável, o que signi-
I fica que, após a sua inativação, outros genes podem compensar a sua ausência, ou porque a al-
Ì teração fenotípica é muito sutil para ser detectada.
lido
facidade da identi fi cação 12.3 Estudos do transcritoma e do proteoma
pra função, presuminb
b genoma de levedura ti-
Até agora, consideramos aqueles aspectos da pesquisa pós-genômica que tratam de estudos
fo, as homologias encoo-
de genes individuais. A mudança de ênfase de genes para genomas levou ao desenvolvimen-
h determinadas. Tais ee-
b suas funções é um dm to de novos tipos de análise, os quais são direcionados para a compreensão da atividade do ge-
noma como um todo. Esse trabalho levou à invenção de dois novos temos:
:
Figura 12.16
Homologia entre Gene deletado
duas seqüências
que compartilham - I DNA plasmidial
\
um ancestral e Figura 12.17
-
mum. As duas se Nocaute gênico
qüências adquirÈ por recombina-
ram mutações úr ção entre uma Recombinação
rante suas histo- cópia cromossô-
rias evolutivas, mica de um ge-
mas as similarid+ ne e uma versão
deletada presen-
I
des entre suas sÈ
qüências indicam te em um vetor
Nocaute gênico
que elas são ho- de clonagem
mólogas. plasmidial.
27O T. A. Bnowr.r
As técnicas para o estudo do transcritoma foram inicialmente desenvolvidas como paÍte do Uma a
projeto pós-genômico de levedura. Essencialmente, essas técnicas envolvem um tipo sofistica- lício capa
do de análise por hibridização. Todos os 6.000 genes de levedura foram obtidos como clones sintetizadr
individuais e, a partir deles, produziram-se amostras que foram aplicadas sobre lâminas de vi I milhão 1
dro, em arranjos de 80 x 80 pontos (cada ponto correspondendo à aplicação de uma amostra), cional. A I
o que é chamado de microarranjo. Para a determinação de quais genes estão ativos sob deter- mo os olil
minadas condições de cultivo, mRNA foi extraído das células e convertido em cDNA (p. 112), especiais,
que, depois de marcado, foi hibridizado com os microarranjos (Figura 12.18). Foram utiliza- jas seqüên
dos márcadores fluorescentes, e a hibridi zação foi detectada pelo exame dos microarranjos por
microscopia confocal. Os pontos que geraram um sinal indicaram os genes ativos sob as con- 12.3.2 Estudat
dições que estavam sendo estudadas. Alterações na expressão gênica quando a levedura era
O proteon
transferida para diferentes condições de cultivo (por exemplo, depleção de oxigênio) puderam
informaçõ
ser monitoradas a partir da repetição do experimento com uma segunda preparação de cDNA.
pois um ú
Os microarranjos estão agora sendo utilizados para a monitoração de alterações nos trans-
teína, devi
critomas de muitos organismos. Em alguns casos, a estratégia é a mesma utilizada para a le-
lipeptídeo
vedura, com o microarranjo representando todos os genes do genoma. Mas isso é possível so-
pos quími
mente para aqueles organismos que possuem relativamente poucos genes. Um microarranjo
forilação,
de todos os genes humanos poderia ser executado utilizando-se apenas l0 lâminas de vidro de
nas.
18 x I 8 mm, mas a preparação dos clones para cada um dos 30.000 a 40.000 genes humanos
Para er
seria uma tarefa gigantesca. Felizmente, isso não é necessário. Por exemplo, para estudar as
separado
alterações no transcritoma decorrentes de um câncer, poderia ser preparado um microarranjo I
canaleta d
com uma biblioteca de cDNA de tecido normal. A hibridização com cDNA marcado do teci-
culares. O
dessa vez
sional de
Figura 12.18
Análise por mi-
croarranjo. O mi-
Microarranjo
croarranjo mos-
trado aquiÍoi hi-
bridizado com
/rtoriai. çao.o. \ duas prepara-
( amostras de cDNA ções de cDNA dF
\ Íerentes, cada
uma delas mar-
cada com um
marcador Íluoreg Fl(
cente. Os clones Um chipde DNA. Uì
que hibridizam conteria um núr
Hibridização detectada com os cDNAs maior de oligonucle
por microscopia confocal são identificados que aqueles mostra
por microscopia cada oligonucleotíd
conÍocal. a 30 nucleotídeos de
Ct-oruncev GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 271
do canceroso então revelaria quais genes têm a transcrição estimulada ou inibida em resposta
ao estado canceroso.
penvolvidas como parte ô Uma alternativa para os microarranjos são os chips de DNA, isto é, pastilhas finas de si-
pvolvem um tipo sofisti*
lício capazes de carregar muitos oligonucleotídeos diferentes (Figura 12.19), os quais são
foram obtidos como clom sintetizados diretamente na superfície do chip e podem ser preparados em uma densidade de
ifuadas sobre lâminas de vt I milhão por cm', substancialmente maior do que a possível com um microarranjo conven-
[rplicaçao de uma amostnfu
cional. A hibridização entre um oligonucleotídeo e a sonda é detectada eletronicamente. Co-
pnes estão ativos sob deE-
mo os oligonucleotídeos são sintetizados de novo, utilizando procedimentos automatizados
i"e.tiao em cDNA (p. 172fr.
especiais, é relativamente simples a preparação deum chip portador de oligonucleotídeos cu-
iura l2.l 8). Foram uriliz* jas seqüências são específicas para cada gene humano.
lrame
dos microarranjos pu
ios genes ativos sob as oÍF 12.3.2 Estudando o proteoma
lica quando a levedura cnr
pao Oe oxigênio) puderur O proteoma é a coleção completa de proteínas de uma célula. Estudos proteômicos fornecem
pda preparação de cDli.L informações adicionais que não podem ser obtidas simplesmente pelo exame do transcritoma,
po de alterações nos trrc pois um único mRNA (e, conseqüentemente, um gene) pode dar origem a mais de uma pro-
b" teína, devido ao processamento pós-tradução (Figura 12.20). Em eucariotos, a maioria dos po-
[mesma utilizada para a
ina.
Mas isso é possível n. lipeptídeos que são sintetizados por tradução é adicionalmente processada pela adição de gru-
!s genes. Um microarranfu pos químicos. As adições específicas feitas determinam a função precisa da proteína. A fos-
pas 10lâminas de ü forilação, por exemplo, é uma modificação importante, utilizada para ativar algumas proteí-
p a 40.000 genes hur nas.
Para estudar o proteoma, todo o conteúdo protéico de uma célula ou tecido é inicialmente
f exemplo, para estudrr
separado por eletroforese bidimensional. Nessa técnica, as proteínas são aplicadas em uma
|reparado um microarrmi
h cDNA marcado do tqi canaleta de um gel de poliacrilamida quadrado e separadas de acordo com seus pesos mole-
culares. O gel quadrado é então girado em 90o e uma segunda eletroforese é levada a efeito,
È
dessa vez separando as proteínas com base em suas cargas. O resultado é um padrão bidimen-
sional de manchas de diferentes tamanhos, formas e intensidades, cada uma delas represen-
Figura 12.18
Análise por mi-
croarranjo. O n*. C CTA
croarranjo mc- G CTC , Oligonucleotídeos
trado aqui Írci t* A A CAG
bridizado com c T GCA
duas prepana- G T AGA
C A A TGA
ções de cDNA G T
Íerentes, cada c T
uma delas nrar- c
cada com um T
marcador Figura 12.19 A
Cente. Os Clorn Um chipde DNA. Um chipreal
+ Pastilha de silício
que hibridizam conteria um número muito
com os cDNÂs maior de oligonucleotídeos do
são identificadc que aqueles mostrados aqui e
por microscoçia cada oligonucleotídeo teria 20
conÍocal. a 30 nucleotídeos de extensão.
272 T. A. Bnowlr
tando uma diferente proteína ou grupo de proteínas relacionadas (Figura lL.2la).As diferen-
ças entre dois proteomas são aparentes a partir de diferenças no padrão de manchas quando
os dois géis são comparados. Para a identificação da proteína em uma determinada mancha,
uma amostra da mesma é purificada a partir do gel e tratada com uma protease que cliva o po
lipeptídeo em uma seqüência de aminoácidos específica (de uma maneira similar à atividade
de uma endonuclease de restrição). Os peptídeos resultantes são então examinados por espec-
trometria de massa (Figura 12.21b). O espectrômetro de massa determina a composição de
aminoácidos {e cada pepídeo. Essa informação é geralmente suficiente para permitir que o
gene que codifica a proteína seja identificado a partir da seqüência genômica.
Um gene
ïranscrição
- Um mRNA
Tradução
Figura 12.20
Um gene individual pode
dar origem a duas proteÊ
a+ Novos grupos químicos adicionados
nas, cada uma com uma Figura122
por processamento pós{radução Íunção distinta, se o produ- Análise prol
to inicial de tradução puder (b) ldentifrc
ser modificado de duas ma- se seguido
neiras diferentes por pro-
cessamento pós-tradução.
CLoNAGEM GÊNtcA E ANÁLlsE DE DNA 273
l2.2la).As difer*
(a) EletroÍorese bidimensional das proteínas
de manchas quando
uma determinada mancht,
protease que cliva o po Amostra de proteínas
ira similar à ativida&
l"
ru______]ru__-__l|___--:r-___--
l, Ë-l
;)tl= ltl
examinados por espsc-
ina a composição &
para permitir qrc o l:1",',, I
Gel de poliacrilamida
1. Separaçáo de acordo com o tamanho
2. Rotação do gel
3. Separação de acordo com a carga
PuriÍicação da proteína,
tratamento com Protease,
exame por espectrometria de massa
\
I
I
I
coMPosrçoES
oos pepríoeos
Comparação dos
peptídeos com as
seqüências de genes
of DNA microarrays il ,t
of the human
t
Cnpírulo 13
Produção de Proteínas a Partir
de Genes Clonados
Vetores especiais para a expressão de genes Produção de proteínas recombinantes por células
exógenos em E. coli,2'79 eucarióticas. 29 I
Problemas gerais para a produção de proteínas
recombinantes em E. coli-288
Agora que foram cobertas as técnicas básicas envolvidas na clonagem gênica e na análise
de DNA e examinada a maneira como essas técnicas são utilizadas na pesquisa científica,
pode-se seguir adiante e considerar como a tecnologia de DNA recombinante está sendo
aplicada na biotecnologia. Esse não é um assunto novo, embora a biotecnologia venha re-
cebendo muito mais atenção agora do que no passado. A biotecnologia pode ser definida
como o uso de processos biológicos na indústria e na tecnologia. De acordo com os arqueo-
logistas, a indústria biotecnológica britânica data de 4.000 anos, no final do período neolí-
tico, quando os processos fermentativos que fazem uso de células vivas de levedura para a
produção de cerveja e hidromel foram inicialmente introduzidos no Reino Unido. Com cer-
teza, a fabricação de bebidas fermentadas, como a cerveja, já estava bem-estabelecida quan-
do da invasão da Grã-Bretanha pelos romanos.
Durante o século XX, a biotecnologia expandiu-se com o desenvolvimento de diversos
usos industriais para os microrganismos. A descoberta por Alexander Fleming, em 1929, de
que o fungo Penicillium sintetiza um potente agente antibacteriano levou à utilização em
grande escala de fungos e bactérias para a produção de antibióticos. Inicialmente, os mi-
crorganismos eram multiplicados em grandes recipientes de cultura, a partir dos quais os
antibióticos eram purificados depois da remoção das células (Figura 13.1a). Mais recente-
mente, contudo, esse método de cultivo estanque (batch culture) foi amplamente suplan-
tado por técnicas de cultivo contínuo, que fazem uso de um fermentador. A partir do culti-
vo em fermentador, amostras do meio podem ser continuamente removidas, suprindo inin-
terruptamente a demanda pelo produto (Figura 13.1b). Esse tipo de processo não está limi-
tado à produção de antibióticos, tendo sido também utilizado para a obtenção de grandes
quantidades de outros compostos produzidos por microrganismos (Tabela 13.1).
Uma das razões pelas quais a biotecnologia vem recebendo tanta atenção desde a últi-
ma década é a clonagem gênica. Embora muitos produtos úteis possam ser obtidos de cul-
278 T. A. Bnowr.r
turas microt
(a) Gultivo estanque (batch culturel
mente sinter
produzidos I
dos dessa m
capacidade,
CentriÍugação - -= L-.., Preparação do um animal c
produto a partir:
|--- tor de clona
l- - --)-- do meio executadas
l- _--- _-l_t
I ,
ou
das células bacteriana. l
í4- É claro c
Recipiente de cultura fechado \\ mo pode pa
Sedimento de células mento satisl
(b) Cutivo contínuo tulo, tratare
minaremos
Entradade +
meio Íresco Saída de meio + células
13.1 Vetores
-il
I
I
Figura Í3.1 exógen(
-- il i
_ tt Dois diÍerentes sis-
il Preparação do produto
--lJt temas para a multi- Se um gene
plicação de micror- clonado em
ganismos: (a) culti-
vo estanque e (b)
cultivo contínuo.
Composto Microrganismo
Antibióticos
Penicilinas Penicillium spp.
Cefalosporinas Cephalosporium spp.
Gramicidinas, polimixinas Bacillus spp.
Cloranfenicol, estreptomicina streptomyces spp.
Enzimas
Invertase Saccharomyc e s c e rev isiae
Proteases, amilases Bacillusssp., Aspergillus spp.
;.
F
F
Cloruneeu GÊrurcn e ANÁLrsE oe DNA 279
turas microbianas, a lista dos mesmos limitava-se, no passado, àqueles compostos natural-
mente sintetizados por microrganismos. Muitos medicamentos importantes que não são
produzidos por micróbios, mas sim por organismos mais complexos, não podiam ser obti-
dos dessa maneira. Isso mudou a pafrir da aplicação da clonagem gênica à biotecnologia. A
capacidade de clonar genes implica que um gene que codifica uma proteína importante de
um animal ou planta pode agora ser retirado de seu hospedeiro normal, inserido em um ve-
tor de clonagem e introduzido em uma bactéria (Figura 13.2). Se as manipulações forem
executadas corretamente, o gene será expressado e a proteína será sintetizada pela célula
bacteriana. Pode, então, ser possível a obtenção de grandes quantidades da proteína.
É claro que, na prática, a produção de uma proteína recombinante não é tão simples co-
mo pode parecer à primeira vista. Tipos especiais de vetores são necessários e um rendi-
mento satisfatório da produção da proteína é muitas vezes difícil de ser obtido. Neste capí-
tulo, trataremos dos vetores de clonagem para a síntese de proteínas recombinantes e exa-
minaremos alguns dos problemas associados ao uso dos mesmos.
de microrganismos
a9\
Vetor portador
do gene animal
spp
@
Figura 13.2 mRNA
yces carlsbergensis
Um possível es-
quema para a
produção de Bactéria modificada
uma proteína por engenharia
[de aciao burírico animal em uma genética sintetizando
I
Proteína animal
I bactéria. mRNA a proteína animal
t
= RNA mensa-
geiro.
280 T. A. Bnowlr
combinante venha a ser sintetizada. Isso ocoÍre porque a expressão do gene depende de ele Existem ser
paz de liga
estar cercado por uma coleção de sinais que podem ser reconhecidos pela bactéria. Esses si-
nais, que são seqüências curtas de nucleotídeos, informam da presença do gene e fornecem
simplesmer
Uma sol
instruções para os aparatos de transcrição e tradução da célula. Os três sinais mais impor-
do a colocá
tantes para genes de E. coli são os seguintes (Figura 13.3):
possível, o
(1) O promotor, que marca o ponto no qual a transcrição do gene deve iniciar. Em E. co' suprem a fa
/i, o promotor é reconhecido pela subunidade o da enzima RNA-polimerase, respon- combinantt
sável pela transcrição. t
(2) O terminador, que marca o ponto no final do gene onde a transcrição deve parar. Um 13.1.1 O prom<
terminador é geralmente uma seqüência nucleotídic a capaz de parear com ela mesma' O promoto
formando uma estrutura de alça com haste (stem loop)' controla o ;
(3) O sítio de ligação do ribossomo, uma seqüência nucleotídica curta reconhecida pelo se ao DNA
ribossomo como o ponto no qual ele deve ligar-se à molécula de RNA mensageiro de de prote
(pRNA). O códon de iniciação do gene está sempre uns poucos nucleotídeos a jusan- ponibilizad
te desse sítio.
Os genes de organismos superiores também estão cercados por sinais de expressão, mas
as suas seqüências nucleotídicas não são as mesmas das versões de E. coli' Esse aspecto é
ilustrado pela comparação entre promotores de E. coli e de genes humanos (Figura 13'4)'
Sítio de ligação
PÍomotor ribossomo
rtt'-'
llGene+
. do , Terminador
_--t_t--DNA
Òt TranscÍito de RNA
Figura 13.3
\ Ponto no qual o ribossomo Os três sinais mais importantes
liga-se ao mRNA
para a expressão gênica em
E. coli.
(a) E. coli
$'
Crorurceu GÊrutcn e ANÁLlsE oe DNA 281
Existem semelhanças, mas seria improvável que uma RNA-polimerase de E' coli fosse
ca-
gene depende de ele E' coli
paz de ligar-se a um promotor humano. Um gene exógeno permanece inativo em
[a bactéria. Esses si-
ldo gene e fornecem iimplesmente porque a bactéria não reconhece os seus sinais de expressão.
úma solução pàru problema seria a inserção do gene exógeno em um vetor de mo-
h sinais mais imPor- "rr"
do a colocá-lo sob o controle de um conjunto de sinais de expressão de E. coli. Se isso for
que
possível, o gene deverá ser transcrito e traduzido (Figura 13.5). Veículos de clonagem
podem usados na produção de proteínas re-
rye iniciar. Em E' co- ,upr"- a falta desses sinais e que, por isso, ser
I
Fis mais importantes
ressão gênica em
_- Gene exógeno
\
Figura 13.5
A utilização de um
O gene exógeno
vetor de expressão
Figura 13.4 para a produção de
é expressado
Seqüências Promotorõ em E. coli
uma proteína a Par-
lípicas de genes de
tir de um gene exó-
.E.colie de células geno em E. coli.
'animais.
282 T.A.Bnowr
bém ca
Gene impoú
,..-F- :._ Transcrição binantr
- -' | _.\ _,- dosamr
\
Promotor
/ -ra /J
.-- -r .t1
,
4 ,,,? seguidr
Íorte
transcritos
Tradução rf3
gs
gene cl
te não
te alto
eventü
r
Numerosas
Exem
--1' ^*-
/
\ Transcrição
:i!ïï:ï" Viírios
deder
-=-- í
/ J .--
..-)
tados a
Promotor r ã
Íraco -/
Retativamenre Tradução çí (1) c
poucos transcritos q
Número u",Sno o"
moléculas de proteína Figura 13.6 v
Promotores fortes lz
e fracos.
Íi-
L
Cloucer',1 GÊNtcA E ANÁLlsE oe DNA 283
, médias de to-
(a) Um gene induzível
ioria dos promotores
TTTACA ao invés Composto químico regulador.'
Gene normalmente A
na eficiência com inativo ...ativa o gene
são aqueles capazes
/|/
Gene I
mente controlam ge- I
na célula (Figura Promotor X -\-/"=\---
# Transcritos
tesedirigematrans- Sem transcrição
7-
quantidades (Figura
um promotor forte, para
vel.
(b) Um gene rePrimível
declonageméapossi-
is de regulação gêni-
Composto químico regulador...
induzível é aquele cuja
Gene normalmente
de cultura; muitas ve- ativo ...inativa o gene
pelo gene induzível Figura 13.7
Exemplos dos dois
adição de um composto
maiores tipos de re- I
I
I
i
X
gulação gênica que 4-...*_
apenas indireta- #
ocorrem em bacté-
ou a repressão estão em ria: (a) um gene in-
#
em um vetor de expres- duzível, e (b) um ge-
de modo que o com- ne rePrimível.
promotor é tam-
posto químico que induz ou reprime o gene normalmente controlado pelo
do gene clonado. Isso pode representar uma vantagem
bém câpaz de rãgular a expressão
proteínas recombinantes. Por exemplo, se a proteína recom-
importante para a produçãó de
sobre bactéria, a sua síntese pode ser cuida-
binante a seì produzida iem urnefeito danoso a
acumulaçáo níveis tóxicos: isso pode ser con-
dosamente mãnitorada para impedir a sua até
químico regulador para controlar a expressão do
seguido pelo uso criterioso do composto
geïe ctonaao. A regulação do gene ólonado é desejável mesmo que a proteína recombinan-
ie não seja prejudiõial para a célula hospedeira, pois um nível de transcrição continuamen-
à sua
te alto póde atetar a capacidade de replicação do plasmídeo recombinante, levando
eventual perda na cultura.
È
!
È
G
g.
Ì
E
ê
284 T.A.BRowN
nes que codificam viírias das enzimas envolvidas na biossíntese bém uma s
do arninoácido tripìo-
fano. o promotor trp érep/.mido pelo triptofano, mas é mais facilmente maioria dc
induzido pe_
lo ácido 3-B-indolacrflico. o gene ex(
(3) o promotor tac (Figwa 13.8c) é um híbrido entre os promotores trp e lac.Ele é mais to de sinair
forte do que qualquer um deles, mas ainda é induzívei por IpTG. tanto, na p
(4) o promotor l,P" (Figura 13.sd) é um dos promotores responsáveis pera transcrição Em alg
da molécula de DNA de 1,. o promotor l.p, é muito forte eiambém sítio de lig
é ieconhecido pe_
la RNA-polimerase de E. coli, que é levadã por À a transcrever o DNA gene de E
do bacteriófa_
go. o promotor é reprimido pelo produto do gene l,cl. vetores de executada
expressão portado-
res do promotor l,P. são utilizados em uma linhagem de E. coli com o seg
hospedeira que sinte_
tiza numa forma termossensível da proteína cI (p. 56). A uma baixaiemperatura produto dr
(me_
nor que 30"c), essa proteína mutante é capazde reprimir o promotor l,pr; deo curto,
em tempe-
raturas elevadas, a proteína é inativada, resultando na transc;ição do gene proteína e;
clonado.
(1) Atra
nÍìs c
cia n
estru
rir ni
(a) O promotor lac lidad
IPTG râme
(2) A pr
molé
-35 -10 Transcrição
não 1
-10
rr ' 3o"c
- s", transcriçãol > 3o.c
Figura 13.!
Transcrição
Um vetor de cassete
típicoeamaneiraco
mo ele é utilizado
Figura 13.8 P-promotor,R=sí.
tio de ligação do ri
Quatro promotores utilizados Íreqüentemente em vetores de
expressão. os promotores /ac e bossomo, T = termi
Írp são apresentados a montante dos genes que eles
normalmente controlam em E. coli. nador
Ct-orunceu GÊrurca e ANÁLrsE oe DNA 285
(1) A tradução eficiente do mRNA produzido a partir do gene clonado não depende ape-
nas da presença do sítio de ligação do ribossomo, sendo também afetada pela seqüên-
cia nucleotídica no início da região codificadora. Isso provavelmente ocorre porque
estruturas secundárias resultantes de pareamentos de bases intracadeia podem interfe-
rir na interação do ribossomo com o seu sítio de ligação (Figura I 3. I 1). Essa possibi-
lidade pode ser descartada se a região pertinente for constituída por seqüências intei-
ramente naturais de E. coli.
(2\ A presença do peptídeo bacteriano no início da proteína de fusão pode estabilizar a
molécula e impedir a sua degradação pela célula hospedeira. Proteínas exógenas que
não possuem o segmento bacteriano, ao contrário, são muitas vezes destruídas pela
hospedeira.
(3) O segmento bacteriano pode ser um peptídeo-sinal, responsável pelo direcionamento
da proteína de E. coli para a sua posição correta na célula. Se o peptídeo-sinal for de-
rivado de uma proteína que é exportada pela célula (por exemplo, os produtos dos ge-
nes ompA e malU), a própria proteína recombinante poderá ser exportada. Essa expor-
ta
ÍtI
lnício de um
gene de E. coll o
Sítio de restrição único
(4) o
\
PFì \ T
ni
L'J vl
s(
Ad
segmetr
lnserção de um
gene exógeno portantr
lo trata
Gene exógeno
polipep
PR exempl
bromet
(FiguÍa
em sítir
\
Fusão correta
tue). É
clivage
......GGA GCT ATA TT4......
E. coli O gene exógeno
será traduzido
Fusão incorreta
Figura 13.10
,;ï""0"'0" A construção de um
genehíbridoeasínte-
Extremidade C
se de uma proteína de
Íusão.
Pareamento de bases
Figura 13.12
A utilização de
Figura 13.í1 cromatograÍia de
Um problema causado aÍinidade para
O sítio de ligação do
pela Íormação de es- purificar uma
ribossomo fica encoberto
trutura secundária no proteína de Íu-
início de um mRNA. são com a gluta-
tiona-S-transfe-
rase.
F
r
{
É
f
Ê
F
lo
E
Ë
Cr-orueeeu GÊNtcA E ANÁLtsE oe DNA 287
tação poderá ser para o meio de cultura ou para o espaço periplásmico, que fica entre
as membranas interna e externa da célula. A exportação é desejável porque simplifica
o problema da purificação da proteína recombinante a partir da cultura.
(4) O segmento bacteriano também pode auxiliar na purificação, permitindo que a proteí-
na de fusão seja recuperada por cromatografia de afinidade. Por exemplo, fusões en-
volvendo a proteína glutationa-S-transferase de E. coli podem ser purificadas por ad-
sorção a partículas de agarose com glutationa ligada a sua superfície (Figura 13.12).
A desvantagem dos sistemas de fusão decorre das possíveis alterações que a presença do
segmento de E. colipode causar nas propriedades da proteína recombinante. São necessiírios,
portanto, métodos para a remoção do segmento bacteriano. Geralmente isso é conseguido pe-
lo tratamento da proteína de fusão com um composto químico ou enzima que cliva a cadeia
polipeptídica na junção entre os seus dois componentes ou em um sítio próximo a ela. Por
exemplo, se uma metionina está presente na junção, a proteína de fusão pode ser clivada com
brometo de cianogênio, que cliva polipeptídeos especificamente em resíduos de metionina
(Figura 13.13). Alternativamente, podem ser utilizadas enzimas como a trombina (que cliva
em sítios adjacentes a resíduos de arginina) ou o fator Xa (que cliva após a arginina de Gly-
Arg). É importante considerar-se sempre que as seqüências de reconhecimentó do agente áe
clivagem não devem ocoÍrer no interior da proteína recombinante.
lura 13.10
pnstrução de um Matriz de ebsee_99f
glutationa-
frefrfOriOoeasínte glutationa
agarose
f
de uma proteína de
po.
Proteína de
fusão pura
lura 13.11
Figura 13.12
A utilização de
cromatografia de
Partícula de
agarose
da matriz
r
'";.: Proteína de fusão ligada à glutationa
lr problema causado afinidade para - pelo seu componente de
fa Íormação de es- glutationa- S{ransferase
purificar uma
iura secundária no proteína de Íu-
---------
bo de um mRNA.
são com a gluta- Moléculas de glutationa
tiona-S-transÍe- ligadas à superfície da partícula
rase.
$-
288 T.A.BRowN
(2) Ost
coli
Pept ídeo de E. coli fa nl
são
I
\
Tratamento com brometo de cianogênio
\ Figura 13.13
Um dos métodos Para a
\ recuperação de um Po-
lipeptídeo exógeno a
partir de uma Proteína
,, Clivagem esPecif icamente
no resíduo de metionina
de fusão. O resíduo de
/t metionina na junção
dos dois componentes
da fusão deve ser o úni-
co presente em todo o
polipeptídeo: se outros
estiverem presentes, o
brometo de cianogênio
clivará a proteína de Íu-
são em mais de dois
Íragmentos.
(2) O gene exógeno pode conter seqüências que atuam como sinais de terminação em E
coli (Figuta 13.14b). Essas seqüências são perfeitamente inócuas na célula hospedei-
ra normal, mas, na bactéria, resultam em terminação prematura e na perda da expres-
são gênica.
a
(al E. coli não é capaz de remover íntÍons
I
íntron
Í
/
I
pra 13.13
n dos métodos para a I
I
Transcrição
-r-------- I
pperação de um po
futioeo exógeno a - íntron presente no mBNA
$r de uma proteína
lfusão. O resíduo de \\
iÉionina na junção
rradução \ fà
\ Um polipeptídeo incorreto
b dois componentes /- f \ \ é sintetizado
!fusão deve ser o únF
lpresente em todo o \
heptídeo: se outros (b)Terminação prematura da transcrição
lnerem presentes, o
[neto de cianogênio PR
Lará a proteína de Íu-
b em mais de dois
l
gmentos.
l\l. Seqüência semelhante a um terminador
de E. coli no interior do gene exógeno
r
i: Somente parte do
gene é transcrita
t
t-
Hnas
i
(c) Viés de códons
Gene humano
ì
(3) O viés de códons do gene pode não ser o ideal para a tradução em E. coli. Como des-
crito na página267, apesar de virtualmente todos os organismos utilizarem o mesmo
código genético, cada um possui um viés associado à tendência de utilizar preferen-
cialmente determinados códons. Esse viés reflete a eficiência com a qual as molécu-
las de RNA de transferência (tRNA) são capazes de reconhecer os diferentes códons
no organismo. Se um gene clonado contém uma proporção elevada de códons desfa-
voráveis, os tRNAs da célula hospedeira podem encontrar dificuldades na tradução do
gene, reduzindo a quantidade de proteína que é sintetizada (Figura 13.14c).
corretamente enovelada é difícil ou impossível in vitro. Obviamente, sob tais circuns- binantes t
tâncias a proteína é inativa. em cultivr
(3) E. coli pode degradar a proteína recombinante. Não se sabe exatamente, entretanto, a partir d€
como E coli é capaz de reconhecer a proteína exógena e fazer dela um alvo preferen- milar àqu
cial para reciclagem.
13.3.1 Proteín
Esses problemas são mais difíceis de serem resolvidos do que os problemas de seqüên- Íungos
cia descritos na seção anterior. A degradação de proteínas recombinantes pode ser reduzida
O potenc
com a utilização, como hospedeira, de uma linhagem de E. coli deficiente em uma ou mais
mente re(
proteases responsáveis por esse processo. O enovelamento correto de proteínas recombi-
versas pr
Ct-ouneev GÊNtcA E ANÁLtsE oe DNA 291
anipulações necessárias
I importante em um pro-
nantes também pode ser promovido pela escolha de uma linhagem hospedeira especial, nes-
pli como se caso' uma que sintetize grandes quantidades de proteínas chaperonas, que se acredita
hospedeira pa- se-
rem responsáveis pelo enovelamento de proteínas na célula. Porém, o principal problema é
Entes à própria bactéria-
a ausência de glicosilação. Até o momento, esse problema não teve solução, o que limita
a
utilização de E. coli à síntese de proteínas animais que não precisam ser modificadas dessa
mente. As proteínas da maneira.
modificação química de
FYentos de processamen-
m. Infelizmente. as pro- 13.3 Produção de proteínas recombinantes por células
Esadas de maneira idên- eucarióticas
das, o que significa que
r A glicosilação é extre- Os problemas associados com a obtenção de um alto rendimento na produção
de proteínas
r sintetizadas em E. coli recombinantes ativas a partir de genes clonados em E. coli levou ao desenvolvimenio
de sis-
temas de expressão para outros organismos. Houve algumas tentativas de utilização
E é incapaz de sintetizar de ou-
tras bactérias como hospedeiras para a síntese de proteínas recombinantes e
.Se a proteína não adota algum progres-
so foi alcançado com Bacillus subtilis, mas as principais alternativas
à utilização Ãe n. co-
hnenteé insolúvel e for- /i são eucariotos microbianos. o argumento para a utilização desses organismos é que um
). A recuperação da pro. eucarioto microbiano, como uma levedura ou um fungo filamentoso, ? um parente mais
I sua conversão na forma
próximo de um animal e, por isso, pode ser capaz delidar com a síntese de proteínas
mente, sob tais circuns- recom-
binantes mais eficientemente do que E. coti. Leveduras e fungos podem ser multiplicados
em cultivos contínuos tão facilmente quanto bactérias e podem expressar um gene
exatamente, entretanto" clonado
a partir de um organismo superior e processar a proteína resultante
de uma maneira mais si-
r dela um alvo preferen- milar àquela que ocorïe naturalmente.
produzidas por P. pastorls induzam uma reação antigênica se injetadas na corrente sangüí- Comparação entre
estrutura de glicosil
nea, um problema freqüentemente encontrado com proteínas glicosiladas em excesso sin-
típica encontrada em
tetizadas por S. cerevisiae. Vetores de expressão para P. pastoris utilizam o promotor da ál- proteína animal e a
cool-oxidase (AOX) (Figura 13.16b), que é induzido por metanol. O único problema signi- truturas sintetizada
ficativo com P pastoris é a degradação eventual das proteínas recombinantes antes de elas P. pastoris e S. cerev,
Clonnoev GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 293
p GAL 10 ..\
síntese de Transcrição
-a
iano mais popular (b) O promotor
-ll ÁOX
freqüentemente colo'
Metanol
mente a montante Gene da
no metabolismo da ga álcool-oxidase
,
por isso, em um siste- Transcrição
Outros promote -a,------tr
cultivo, eCUPL,queê
tambémpossui uma s (c) O promotor da glicoamilase
de terminação de genes oÏoo Xilose
Gene da
p glicoamilase
é relativamenE tr ..+\- lrâÍìSCÍlQâO +\ Sem transcnçao
is corretamente. Muim
icosilação"), er -a'---=-
Figura 13.16
tlrzaçáo de uma linh* Quatro promotores (d) O promotor da celobioidrolase
para a secreção de pro- utilizados freqüente- Celulose
inantes ficam retidas n mêntê êm vetores de daGene \
de códons (p. 290) tan' expressão de euca- p celobioidrolase \
lranscÍlçao
riotos microbianos.
P - promotor. -a!-----.-D
o eucarioto microbiam,
. Isso se deve,
de proteínas prr
irida ao longo dos
e da genética dc t,
muitos biólogos
/
Vr
Açúcares
glicosilações feitas
de açúcar que ela
13.17), mas as
ivo na atividade
YI
I
as proteínas glicosi
as na corrente
ilizam o promotor da
Figura 13.17
Comparação entre uma
estrutura de glicosilação
típica encontrada em uma
t
-Asn-
I
-Asn- -Asn-
proteína animal e as es-
O único problema si Homem P pastoris S. cerevisiae
truturas sintetizadas por
inantes antes de P pastoris e S. cerevisiae.
294 T. A. Bnowr.r
poderem ser purificadas, mas isso pode ser controlado pelo uso de um meio de cultrvo es- sadas corn
pecial. Outras leveduras que vêm sendo utilizadas para a síntese de proteínas recombinan- a abordagt
tes são Hansenula polymorpha, Yarrowia lipolytica e Kluveromyces lactis. Esta última tem a possibili,
o atrativo especial de poder ser cultivada em meio derivado de resíduos da indústria de ali- procedime
mentos. Produçã
Os dois fungos filamentosos mais populares são Aspergillus nidulans e Trichoderma
reesei. As vantagens desses organismos são as suas boas propriedades de glicosilação e a
Células dt
capaci<lade de secretarem proteínas para o meio de cultivo. Esta última vantagem é uma ca-
cultura, a:
racterística particularmente forte do fungo T. reesei, que, em seu hábitat natural, secreta en- têm como
produzirer
zimas celulolíticas que degradam a madeira em decomposição sobre a qual ele vive. As ca-
O siste
racterísticas secretórias implicam que esses fungos são capazes de produzir proteínas re-
em inseto:
combinantes em uma forma que auxilia na purificação das mesmas. Vetores de expressão
paraA. nidulans geralmente possuem o promotor da glicoamilase (Figura 13.16c), induzi- o gene da
corpos de
do por amido e reprimido por xilose; aqueles paraT. reesei uÍilìzamo promotor da celobioi-
único gen
drolase (Figura 13.16d), que é induzido por celulose.
lares de pi
13.3.2 Utilizando células animais para a produção de proteínas ne exóger
rias protet
recombinantes
corretam(
As dificuldades inerentes à síntese de proteínas animais inteiramente ativas em um hospe- vantagem
deiro microbiano levaram os biotecnólogos a explorarem a possibilidade de utilizar células
animais para a síntese de proteínas recombinantes. Para proteínas com estruturas de glico- Pharmi
silação complexas e essenciais, uma célula animal pode ser o único tipo de célula hospedei- de anin
ra na qual a proteína ativa pode ser sintetizada. Uma inor
nantes é i
Produção de proteínas em células de mamíÍeros
em todas
Os sistemas de cultivo para células animais já estão disponíveis desde o início da década de (p. 160).
1960, mas somente durante os dez últimos anos foram desenvolvidos métodos para a cultu- rável, por
ra contínua e em larga escala dessas células. Um dos problemas de algumas linhagens de ne clonat
células animais decorre do fato de elas exigirem uma superfície sólida para sua multiplica-
ção, o que complica a concepção dos recipientes utilizados no cultivo. Uma das soluções
encontradas foi o preenchimento do interior do recipiente com placas, que suprem a deman-
da por uma grande área plana. Isso, contudo, tem a desvantagem de tornar bastante difícil a
mistura completa e contínua do meio no interior do recipiente. Uma segunda possibilidade
é a de uilizar um recipiente comum, mas colocar no seu interior pequenas partículas iner-
tes (por exemplo, partículas de celulose) sobre as quais as células podem se multiplicar. Em
comparação com microrganismos, a velocidade de multiplicação e as densidades celulares
máximas que podem ser atingidas são muito menores para as células animais, limitando o
rendimento da produção de proteínas recombinantes. Isso, contudo, pode ser tolerado, se
essa for a única maneira para a obtenção da proteína ativa.
Obviamente, a clonagem gênica pode não ser necessáriapara a obtenção de uma proteí-
na animal a partir de um cultivo de células animais. Apesar disso, vetores de expressão e ge-
nes clonados são ainda utilizados para a maximizaçáo do rendimento, colocando o gene sob
controle de um promotor que é mais forte do que aquele ao qual ele está normalmente liga-
do. Esse promotor é freqüentemente obtido de um vírus, como SV40 (p. 160). Linhagens de
Corpos de inclusi
células de mamíferos derivadas de tecidos humanos ou de hamster vêm sendo utilizadas na
cleos de células
síntese de várias proteínas recombinantes e, em todos os casos, essas proteínas são proces- (
Cr-oruneeu GÊNrcA E ANÁLlsE DE DNA 295
;meio de cultivo es- sadas corretamente e são indistinguíveis das versões não-recombinantes. Entretanto, essa é
fteínas recombinan- a abordagem mais cara para a produção de proteínas recombinantes, especialmente porque
rni. Esta última tem a possibilidade de co-purificação de vírus com as proteínas implica o emprego de rigorosos
p da indústria de ali- procedimentos de controle de qualidade para a garantia de que o produto é seguro.
ra
!
296 T. A. Bnowlr
recombinantes
lx)rcos, com o gene
promotor é ativo
no leite (Figu-
do animal, resultan-
a proteína é se
é o fato de ove-
Promotor da p-lactoglobulina
dessa maneira
em animais de
xfarming). Apasar Clonagem em uma
ovelha transgênica
para a síntese dc
is
recombinar
ínas similares e I
ificações pós-tra&
células vegetais é
síntese comercial dc
ser cultivadas a caÍh
Figura 13.19
Produção de uma
Proteína recombinante
em órgãos como proteína recombi-
secretada no leite
nante no leite de
meios baratos e dc uma ovelha transgê-
Uma ampla gama& nica.
farmacêuticos ir
intensa no momcr
que estão próxi-
programas de vaci.
.
Cnpíruloí 4 )
hion in Biotechnology, 10,
5
Ì
F
n
[.'
300 T. A. Bnowr.r
L.
?
E
)
Ct-orueeeu GÊNtcA E AlrÁr-sì-õí DNA
ideiasAeBseguidape-
[usadas na produção dc
t Clivagem
I'
t
f Figura 14.1
I A estrutura da mo-
p extremamente inov+ lécula de insulina
B
-
302 T. A. Bnowr.r
.a
ma descrir
Promotor /ac
Gene A Gene B tor lacZ' I
nogênio.
A sínt
() tem uma Í
ficial corr
fícil, pois
Vetor carregando o
\_/ Por isso, I
Vetor carregando o
gene A artificial gene B artiÍicial mentar (c
(b) Síntese da proteína insulina mensageir
po human
írq fina conú
T,4 Células de E coll va em doi
/\ /{ transformadas
l9l, foi n
Á_ \ /\ sintetizam as
proteínas de nor foi su
1-- - ---\ 1-. - - --\ fusão A e B
A B
somatotÍo
Segmento da I
modificad
B-galactosidase I I .
I
cadeia A
-)-, "^o"ru,
met rã-
I
tt
Brometo de I
cranogenro
I i
Proteínas de Íusão
clivadas
tË
*
k
#
E-t
a\
E
F
É
F
Ct-orunceu GÊnrcn e ANÁLtsE or DNA 303
A somatostatina foi a primeira proteína humana a ser sintetizada em E coli.por ser uma
proteína muito pequena, com uma extensão de apenas 14 aminoácidos, elaeç particularmen-
te adequada para a síntese do gene artificial correspondente. A estratégia utitr iàadafoia mes-
ma descrita para a insulina recombinante, envolvendo a inserção do genà artificial em um ve-
tor lacZ'(Figura 14.3), a síntese de uma proteína de fusão e a clivagem com brometo de cia-
nogênio.
A síntese de somatotrofïna foi um problema de solução mais complexa. Essa proteína
tem uma extensão de 191 aminoácidos, equivalente a quase 600 pb, e a síntese do gene arti-
ficial correspondente representava, no final da década de l97},uma tarefa extremamente di-
fícil, pois seria um desafio até mesmo para a capacidade de síntese de DNA dos dias atuais.
Por isso, foi utilizada uma combinação de síntese artificial e de clonagem de DNA comple-
mentar (cDNA) para a obtenção da linhagem de E. coli produtora de somatotrofina. RNA
mensageiro (mRNA) foi obtido da pituitária, a glândula que produz a somatotrofina no cor-
po humano, e, a partir dele, foi preparada uma biblioteca de cDNA. O cDNA da somatotro-
fina continha um sítio único para a endonuclease de restrição HaeIlI, que, portanto, o cliva-
va em dois segmentos (Figura 14.4a). O segmento mais longo, incluindo os códons de 24 a
191, foi mantido para utilização na construção do plasmídeo recombinante. O fragmento me-
nor foi substituído por uma molécula de DNA artificial, que reproduzia o início do gene da
somatotroÍina e incluía os sinais corretos para a tradução em E coli (Figura 14.4b). O gene
modificado foi então ligado a um vetor de expressão portador do promotor /ac.
lacZ'
Promotor /ac Gene artificial da somatostatina
- L.
>.Rí.
14.2
/ \ ---.-
síntese da insulina
( ) \ rransrormação
te a paíÍ \ / \oee.cori
genes artiÍiciais
cadeias A e B.
\--./ \
Segmento da
p-galactosidase
'1,"\-
'
Proteína
met \\ oe Ìusao
Somatostatina
E. coli
Brometo de
a insulina recm.
cianogênio
similares envolven
Essas duas proteí- \
hUmanO e O ÍÍtil
Figura 14.3 Somatostatina
como a acrorln-
Produção de somatostatina re-
-
combinante.
Cloruaoeu GÊrurca e ANÁLtsE oe DNA 303
A somatostatina foi a primeira proteína hur{ana a ser sintetizada em E coli.Por ser uma
proteína muito pequena, com uma extensão de a[gna$ 14 aminoácidos, ela era particularmen-
te adequada para a síntese do gene artificial correspondente. A estratégia utilizada foi a mes-
ma descrita para a insulina recombinante, envolvendo a inserção do gene artificial em um ve-
tor lacZ' (Figura I4.3), a síntese de uma proteína de fusão e a clivagem com brometo de cia-
nogênio.
A síntese de somatotrofina foi um problema de solução mais complexa. Essa proteína
tem uma extensão de 191 aminoácidos, equivalente a quase 600 pb, e a síntese do gene arti-
ficial correspondente representava, no final da década de 1970, uma tarefa extremamente di-
fícil, pois seria um desafio até mesmo para a capacidade de síntese de DNA dos dias atuais.
Por isso, foi utilizada uma combinação de síntese artificial e de clonagem de DNA comple-
mentar (cDNA) para a obtenção da linhagem de E. coli produtora de somatotrofina. RNA
mensageiro (mRNA) foi obtido da pituitária, a glândula que produz a somatotrofina no cor-
po humano, e, a partir dele, foi preparada uma biblioteca de cDNA. O cDNA da somatotro-
fina continha um sítio único para a endonuclease de restrição HaeIII, que, portanto, o cliva-
va em dois segmentos (Figura 14.4a). O segmento mais longo, incluindo os códons de 24 a
191, foi mantido para utilização na construção do plasmídeo recombinante. O fragmento me-
nor foi substituído por uma molécula de DNA artificial, que reproduzia o início do gene da
somatotrofina e incluía os sinais corretos para a tradução em E. coli (Figwa I4.4b). O gene
modificado foi então ligado a um vetor de expressão poÍador do promotor /ac.
lacZ'
Promotor /ac Gene artificial da somatostatina
- L,
).4
/ \ --..-
Figura14.2 (
 síntese da insulina ) \ rransÍormação
a partir \ / \deeco/r
de genes artiÍiciais \_-,' \
dascadeiasAeB.
Segmento da
p-galactosidase .af\_ Proteína
' \ Oe lusao
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Somatostatina
E. coli
Brometo de
vez a insulina recom- cianogênio
similares envolven- tl)
. Essas duasproteí-
humano o mau
e
Figura 14.3 -- Somatostatina
como a acrome- Produção de somatostatina re-
combinante.
t
F_
r
h
F
t,
F
É,
E-
T
3
t
304 T. A. Bnowlt
7
191
nor, derivada d
17 pontes & d
-
Descartado -"' teína tÍio grand
coli.
Por isso, as
lulas de marní
(b) Expressão em células de I
baixo. Issogo
o24 191 retamente nõ I
va, compro{nÉí
,/I
separados obtÍ
Líder sintético / CDNA
tro codificanü
/ Pressão, ajnse
/ lnserçáo em um globina de cod
vetorde expressão
/ Os plasmídec
Promotor /ac
TransÍormação
Síntese da
em E. coti somatotrofina
Figura 14.4
Produção da somatotroÍina
recombinante.
Ë
F
È
F
Ë
F
E
È
i:t
f
F.
Ë
I
Cr-oruaeeu GÊrrce e ANÁLtsE oe DNA 305
cedimento complexo e, por isso, o tratamento é bastante caro. Para piorar a situação, o pro-
cesso de purificação é problemático, especialmente no que diz respeito à remoção
de partícu-
las virais presentes no sangue. A hepatite e a AIDS podem ser, e já foram, transmitidas
a he-
mofilicos por injeções de fator VIII. Assim, o fator VIII recombinante, livre de problemas de
contaminação, seria uma conquista importante para a biotecnologia.
O gene do fator VIII é muito grande. Ele tem uma extensão de mais de 186 kb e está divi-
dido em 26 éxons e 25 íntrons (Figura 14.5a). O seu mRNA codifica um grande polipeptídeo
(com 2.351 aminoácidos), que passa por uma série complexa de eventos de procesiamento
pós-tradução, acabando por resultgr-eq uma proteína dimérica, que consiste em uma subuni-
dade maior, derivada da região a Érontjünte do polipeptídeo inicial, e em uma subunidade me-
nor, derivada do segmento a jusante (Figura 14.5b). As duas subunidades contêm um total de
17 pontes de dissulfeto e vários sítios glicosilados. Como pode ser antecipado para uma pro-
teína tão grande e complexa, é impossível a síntese da sua versão recombinarúe ativa em E
coli.
Por isso, as tentativas iniciais para a obtenção do fator VIII recombinante envolveram cé-
lulas de mamíferos. Nos primeiros experimentos executados, o cDNA completo foi clonado
em células de hamster, mas o rendimento da produção da proteína foi desapontadoramente
baixo. Isso provavelmente aconteceu porque os eventos pós-tradução, embora executados cor-
retamente nas células de hamster, não converteram todo o produto inicial em uma forma ati-
va, comprometendo o rendimento final. Como alternativa, foram utilizados dois segmentos
separados obtidos a partir do cDNA, um codificando a subunidade polipeptídica maior e ou-
tro codificando a subunidade menor. Cada fragmento de cDNA foi ligado a um vetor de ex-
pressão, a jusante do promotor Ag (um híbrido entre seqüências de p-actina de galinha
e B-
globina de coelho) e a montante de um sinal de poliadenilação do vírus SV40
@ìgura la.6).
Os plasmídeos foram introduzidos em uma linhagem celular de hamstere obtidas as proteí-
20 kb
fumas associados a
\
i Figura 14.S \
bs da proteína fator
O gene do fator Vlll e o *c ProteÍna Íator Vlll madura
seu produto de tradu-
htor VIII é um pro-
ção.
-A
:.
I
306 T. A. Bnowr.r
Thbela 14.1 A
cDNA do Íator Vlll dos em bactéri:
:
i:
;
;
F
I
I
E
f
n
Clorunoeu GÊNtcA E Ar.rÁlrse oe DNA 907
:-D
a
308 T. A. Bnowlr
a
aa
a'a lnjeção na correntê sangüínea
a
Proteínas de capsídeo
viral isoladas
.C.t
r.
Anticorpos especíÍicos
contra a proteína de
ts . o)-- capsídeo
P o:= )-
/ lnlecçâo posterior por
/
um vírus completo
/
t/
>.Ì'3% '
-{.tcrn
// tF
a}- Figura 14.7
'l'$ :í
;'"' ËT[ï'"ï;ff."ffffiãi"
O princípio subjacente ao
uso de uma preparação
de proteínas de capsídeo
Figura t4-O
O princípio subja-
viral isoladas como uma cente ao uso poten-
vacina. cial de um vírus de
vacínia recombi-
nante.
Promotor de
z\
Gene do antígeno de superfÍcie
vacínia -- _ ,/- principal da hépatite B ---
-
/\
íl ---_\ tnjeção das partícutas de vacínia
\ / recombinates na corrente sangüínea
\
) Genoma de vacínia
recombinante
\
proteÍna da
hepatite B
O sistema imune
sintetiza anticorpos
tanto contra vacínia - Vírus de vacínia
como contra hepatite B
14.7
%.
ípio subjacente ao
de uma preparação Figura 14.8
O princípio subja-
ï= Antivacínia
proteínas de capsídeo
isoladas como uÍna cente ao uso poten-
cial de um vírus de
Y= Anti-hepatite B
vacínia recombi-
nante.
1t
I
ii
310 T. A. Bnowr.r
Tâbela 14.2 Alguns dos genes exógenos que foram expressados em vírus de quanto as do€q
vacínia recombinantes cam a segundar
pecialmente e4
Gene que seu início s
Posição 4 teis d
Antígeno de superfiçier\ Plasmodiumfalciparum (o parasito da malária)
cuidadosa reaÀ
Proteínas de capsídeo do |írus da gripe sencadeameúo
Proteína G do vírus daíaiva As doenças
Antígeno de superficie principal da hepatite B tância das mesr
vacinação, c a
Glicoproteínas do herpes simples
doenças infecci
Poteínas de envoltório do vírus da imunodeficiência humana (HIV) alta mortalidad
Proteínas de capsídeo do vírus da estomatite vesicular lação morre agt
Proteínas do vírus Sindbis nifestação taü
pesquisa médic
igualmente exí
Tabela 14.3 Algumas das doenças genéticas mais comuns no Reino Unido Existem inÉ
doenças genâ
Freqüência
Doença Sintomas (nascimentos por ano) (1) A identifi
permitid
Câncer de mama hereditiírio Câncer I a cada 300 mulheres
(2) Aidentif
Fibrose cística Doença pulmonar I em 2.000 nejaruml
Coréia de Huntington Neurodegeneração 1 em 2.000 diúôtm1
Distrofia muscular de Fraqaeza muscular I em 3.000 homens ber acoog
Duchenne progressiva . ncaçãog
a doença
HemofiliaA Hemopatia I em 4.000 homens
ção clínto
Anemia falciforme Hemopatia l em 10.000 (3) A id€ntifi
Fenilcetonúria Retardo mental l em 12.000
B-talassemia Hemopatia 1 em 20.000 14.2.1 Como iden
Retinoblastoma Câncer ocular I em 20.000 NãO existe ÌÌÍÍE
Hemofilia B Hemopatia I em 25.000 homens lhor abordagen
preender oa pri
Doença de Tay-Sachs Cegueira, perda de I em 200.000
difícil. Esse co
controle motor
mas pessoas so
dem levaràla
portadores do gene expressam os sintomas da doença; mulheres com um gene defectivo e um Localizandr
gene correto são saudáveis, mas podem transmitir a doença para a sua progênie do sexo mas-
Se não háinfu
culino. Genes de outras doenças estão presentes em autossomos e, na maioria dos casos, são
do genoma hu
recessivos, de modo que ambos os cromossomos do par devem portar a versão defectiva para
para que possa
a ocorrência da doença; algumas poucas doenças, inclusive a coréia de Huntington, são autos-
no. O mapeam
sômicas dominantes, de forma que uma única cópia do gene defectivo é suficiente para pro-
comparação &
vocar a manifestação da doença.
cos cujas pos(
Em algumas doenças genéticas, os sintomas manifestam-se precocemente durante a vida
estar muito prÍ
do indivíduo afetado. Em outras, os sintomas podem não ser expressados antes que o indiví-
recombinação
duo atinja a meia-idade ou a velhice. A fibrose cística é um exemplo do primeiro caso, en-
Ct-oruaoeu GÊNrcA E Ar.rÁlrse oe DNA 31 1
por ano) (1) A identificação do gene pode fornecer uma indicação da base bioquímica da doença,
permitindo a elaboração de estratégias terapêuticas.
cada 300 mulheres
(2) A identificação da mutação presente em um gene defectivo pode ser utilizada para pla-
2.000 nejar um programa de triagem, de modo a identificar a presença do gene mutante em in-
2.000 divíduos poÍadores que ainda não desenvolveram a doença. Os portadores podem rece-
3.000 homens ber aconselhamento a respeito das chances de seus filhos herdarem a doença. A identi-
ficação precoce da forma mutante do gene em indivíduos que ainda não desenvolveram
a doença permite que sejam adotadas precauções para reduzir o risco de sua manifesta-
4.000 homens
ção clínica.
10.000 (3) A identificação do gene é um pré-requisito para a terapia gênica (p. 31a).
12.000
20.000 14.2.1 Como identiÍicar um gene responsável por uma doença genética
20.000 Não existe uma estratégia única para a identificação de genes que causÍÌm doenças, pois a me-
25.000 homens lhor abordagem depende das informações disponíveis a respeito de cada patologia. Para com-
preender os princípios desse tipo de trabalho, será considerado o cenário mais comum e mais
200.000
difícil. Esse ceniário ocoffe quando tudo o que sabemos a respeito de uma doença é que algu-
mas pessoas sofrem dela. Mesmo com um ponto de partida tão vago, as técnicas de DNA po-
dem levar à localização do gene relevante.
cus que apresentÍìm diferentes padrões de herança (Figura 14.9). A demonstração de ligação sendo possível
com um ou mais lócus genéticos mapeados é, portanto, a base para a determinação da posi- marcadores de
ção cromossômica de um gene não-mapeado. Para ilustra
Com a espécie huma2a-n(o é possível a realização de programas de cruzamentos dirigi- nes relacionad
dos, visando à determiíação $h posiÇão de mapa de um gene desejado. Em vez disso, o ma- ocorreu em 19
peamento de genes associadós a doenças deve utilizar os dados disponíveis a partir de aná- fragmentos&
lises depedigree, nas quais a herança do geneé examinada em famílias com uma alta inci- Berkeley. O es
dência da doença que está sendo estudada. E importante que seja viável a obtenção de mero significa
amostras de DNA de pelo menos três gerações de cada família - e quanto maior for o nú- chamadaDITS
mero de membros de uma famflia estudados a cada geração, melhor. Via de regra, é possí- mo 17 (Figura
vel encontrar pedigrees adequados, a menos que a doença seja muito incomum. A ligação no braço longo
entre a presença/ausência da doença e a herança de outros genes pode ser estudada, mas, tremamente im
ne do câncer dl
to, acredita-se
Portanto, o pró
nar BRCAI w
(a) Os genes estão ligados Isso foi cor
petições cuÍtas
la mais precisa
alelos possívei
em um mesmo
mapeamento d
BRCAI de 20 I
um gene é deo
Figura 14.9
lÊ âl ât l3
Padrões de herança
para genes ligados e
não-ligados. Três ÍamÊ
lias são mostradas,
com os círculos repre-
sentando indivíduos do
sexo Íeminino e os
(b) Os genes estão em (c) Os genes estão no mesmo quadrados represen-
cromossomos diÍerentes cÍomossomo, mas distantes tando indivíduos do se-
um do outro xo masculino. (a) Dois
genes com ligação es-
treita são quase sem-
pre herdados em con- Mapeamento do gen
junto. (b) Dois genes mama. lnicialmente, o g
em diÍerentes cromos- do em um segmento de
somos apresentam se- mossomo 17 (região real
gregação aleatória. (c) nho à esquerda). Experil
Dois genes em um peamento adicionais res
ollo
"llo ollo "ll, ât l; olo
t; mesmo cromossomo,
mas distantes um do
segmento a uma região r
queada por dois lócus pn
peados, D1751321 e D|,
outro, são Íreqüente-
mente herdados jun- nho central). Após o r
Produto de tos, mas eventos de re- qüências expressadas,
recombinação combinação podem se- um Íorte candidato a ser
pará-los.
Cloruroeu GÊNrcA E ANÁLtsE oe DNA 313
pnstração de ligação sendo possível a análise de amostras de DNA, é geralmente preferida a análise de ligação a
bterminação da posi- marcadores de DNA (p.262).
Para ilustrar como a aniílise de ligação éatilizada, será visto brevemente como um dos ge-
Ècruzamentos dirigi- nes relacionados ao câncer de mama humano foi mapeado. O primeiro avanço desse projeto
,Em vez disso, o ma- ocorreu em 1990, como resultado de análises de ligação de polimorfismos de tamanho de
úveis a partir de aná- fragmentos de restrição (RFLP) executadas por um grupo da Universidade da Califórnia em
ìs com uma alta inci- Berkeley. O estudo mostrou que, em famflias com alta incidência de câncer de mama, um nú-
riável a obtenção de mero significativo de mulheres que sofriam da doença possuía a mesma versão de uma RFLP,
tanto maior for o nú- chamada Dl7574.Essa RFLP havia sido previamente mapeada no braço longo do cromosso-
Via de regra, é possí- mo 17 (Figura 14.10): o gene buscado - BRCAL - deveria, portanto, também estar localizado
,incomum. A ligação no braço longo do cromossomo 17. Esse resultado inicial da análise de ligação mostrou-se ex-
le ser estudada, mas, tremamente importante, pois indicou em qual região do genoma poderia ser encontrado o ge-
ne do câncer de mama, embora ainda estivesse longe de indicar a sua localização exata. De fa-
to, acredita-se que mais de 1.000 genes estejam nessa porção de 20 Mb do cromossomo 17.
Portanto, o próximo objetivo era arealização de mais estudos de ligação para tentar posicio-
nar BRCA| com maior precisão.
Isso foi conseguido inicialmente pelo exame da região contendo BRCAI em busca de re-
petições curtas em tandem (STRs) (p.262).As STRs são úteis para o mapeÍÌmento em esca-
la mais precisa porque muitas delas existem em três ou mais formas alélicas, em vez dos dois
alelos possíveis para uma RFLP. Portanto, vários alelos de uma STR podem estar presentes
em um mesmo pedigree, o q\e viabiliza a execução de um mapeamento mais detalhado. O
mapeamento de ligações de repetições curtas em tandem reduziu o tamanho da região de
BRCAI de 20 Mb para apenas 600 kb (Figura 14.10). Essa abordagem para a localização de
um gene é denominada clonagem posicional.
lura 14.9
hrões de herança
hÍa genes ligados e
lo-ligados. Três famÊ
b são mostradas,
iln os círculos repre-
bntando indivíduos do
Ero Íeminino e os
padrados represen-
I
lrdo indivíduos do se-
b masculino. (a) Dois
pres com ligação es-
Eita são quase sem- Figura 14.10
ire herdados em con- Mapeamento do gene do câncer de D17s74-[,.. |""",
nto. (b) Dois genes mama. lnicialmente, o gene Íoi mapea-
do em um segmento de 20 Mb do cro-
;n diÍerentes cromos-
DÍÍìos apresentam se-
pegação aleatória. (c)
mossomo 17 (região realçada no dese-
nho à esquerda). Experimentos de ma-
peamento adicionais restringiram esse
I
lois genes em um
nesmo cromossomo, segmento a uma região de 600 kb Ílan-
queada por dois lócus previamente ma-
ms distantes um do
[tro, são Íreqüente-
nente herdados jun-
peados, D1751321 e D1751325(dese-
nho central). Após o exame das se-
qüências expressadas, foi identiÍicado
I
DS, mas eventos de re- Cromossomo 17
DÍnbinação podem s+ um forte candidato a ser BBCÁí (dese- (80 Mb)
nrá-los. nho à direita).
314 T. A. Bnowr,r
[oenças reta do gene defectivo. O conceito de terapia gênica foi agora estendido para incluir a
cura
de qualquer doença pela introdução de um gene clonado no paciente. Primeiramente,
Ique a próxima etapa serão
I procurado. Infeliz- examinadas as técnicas utilizadas na terapia gênica e depois serão tratadas as questões éti-
cas envolvidas.
Imapeamento genéti-
hda da localizacão do
14.3.1 Terapia gênica para doenças hereditárias
fsegui, reduzir a rírea
bu mais de. seqüência Existem duas abordagens básicas para a terapia gênica: a terapia de linhagens germinais e a
ponter murtos genes: terapia de células somáticas. Na terapia de linhagens germinais, um óvulofecundudo recebe
Suer um deles pode-
I
uma cópia da versão correta do gene relevante e é reiLptantado na mãe. Se o procedimento
for bem-sucedido, o gene estará presente e será expressado em todas as células do indivíduo
da região ma- resultante. A terapia de linhagens germinais é geralmente feita pela microinjeção de DNA na
Is"n",
célula-ovo isolada (p. 11 1) e, teoricamente, poderia ser utilizada para ftatar qualquer doença
I
hereditária.
ir por análise de hibri- A terapia de células somáticas envolve a manipulação de células comuns, em geral aque-
knr-pcn) (p.230) de las que podem ser removidas do organismo, transfectadas e depois colocadas de volta no cor-
[emplo, hibridizasse po. Essa técnica é mais promissora para hemopatias hereditiírias (por exemplo, hemofilias e
[A de tecido ovariano, talassemias), com o tratamento sendo feito pela introdução de genes em células-tronco da me-
h*u. dula óssea, que dão origem a todos os tipos celulares especializados no sangue. A estratégia
hdu.o- DNA de di- consiste em preprÌrar um extrato de medula óssea contendo viírios bilhões de células, transfec-
[gene
humano impor- tar essas células com um vetor de tipo retroviral e depois reimplantáJas no paciente. A subse-
I e esses homólogos, qüente replicação e diferenciação de transfectantes faz com que o gene adicionado esteja pre-
detectáveis por sente em todas as células sangüíneas maduras (Figura 14. I 1). A vantagem de um vetor retro-
frão viral é que tal tipo de veículo tem uma freqüência de transfecção extremamente alta, o que
in ,"* a doença, pa- permite que uma grande proporção das células-tronco em um extrato de medula óssea receba
"
pzes de explicar por o novo gene.
I A terapia de células somáticas também tem potencial para o tratamento de doenças pul-
fel lr"p*ar-se um ca- monares, como a fibrose cística, pois DNA clonado em vetores adenovirais (p. 160) ou conti-
fe correspondente. Se do em lipossomos (p. 155) pode ser incorporado por células epiteliais pulmonares após intro-
Snça humana, então dução no trato respiratório por meio de um inalador. Entretanto, a expressão do gene ocorre
i apenas durante poucas semanas e, até agora, essa estratégia ainda não é considerada um meio
r eficiente para o tratrÌmento da fibrose cística.
huttou na identifica- Para aquelas doenças genéticas cuja patologia surge em função de o gene mutado não co-
I ,", BRCA\.Ele
u é dificar uma proteína funcional, é necessiírio fornecer à célula uma versão correta do gene: a
pnscritos do gene fo- remoção dos genes defectivos não é necessária. A situação é mais complicada para doenças
Jeestão presentes em genéticas dominantes (p. 31 l), pois, nelas, é o produto do gene defectivo que rãsponde pelo
I mais importaxte, os quadro patológico, de modo que a terapia deve incluir não somente a adição do gene
correto,
S de mudança de fa- mas também a remoção da versão defectiva. Isso requer um sistema de transferência
do gene
hd. Embora circuns- que promova a recombinação entre a cópia fornecida pelo vetor e a cópia cromossômica,
de
fonvincentes para que modo que a cópia cromossômica defectiva seja substituída pelo g"n" do vetor. Trata-se
de
uma técnica complexa e inconfiável, não tendo ainda sido desenvolvidos procedimentos
t de
aplicação mais amplos para ela.
l
t
14.3.2 Terapia gênica e câncer
A utilização clínica da terapia gênica não está limitada ao tratamento de doenças hereditiírias.
f" *.u aqui conside-
Já foram feitas tentativas de utilização da clonagem gênica para a interrupçãode ciclos de in-
ptodos que têm por
fecção de patógenos humanos, como o vírus da AIDS. Contudo, atualmente, a fuea depesqui-
l, de uma cópia cor- sa mais intensiva na terapia gênica está relacionada à sua utilização no tratamento do câncer.
316 T. A. Bnowlr
desenvolvim
Célula-tronco isolada
o
do seja incorl
Uma nova
matasse seleti
eeficiente pa
Novo gene compreensão
'ì TransÍecção
da. São conh
em um tunx)Í
O aspecto bás
às células ca
um sistema ú
expressado 4r
motor que é a
@ "u,,,", Umaoumr
Reimplante
temaimuneú
@ aasoriro nos teoricam
fortes, que sã
muitas outras
/..3 Eosinórito
ta contra o câ
\.t/
14.3.3 As questõ
NeutróÍilo A terapia g€ni
Figura 14.11
tões éticas, es
A diferenciação de
jeção justificá
uma célula-tronco
Monócito ne da fibrme I
transfectada faz
com que o novo dula são aceiti
gene esteja pre- mopatias porl
Todas as células maduras sente em todas as rível que a rc
contêm o novo gene células sangüÊ criticável com
neas maduras. Por outro I
quesüio. O prr
doenças hered
A maioria dos cânceres resulta da ativação de um oncogene que leva à formação ção, nessas m
de um tu- senvolvimenta
mor ou à inativação de um gene que normalmente suprime u roà fo.-ução.
Em ambos os ca- nética" mas, si
sos, pode-se considerar a terapia gênica para o tratamento do câncer. A
introdução de um ge- plo, alteraçõe
ne que codifica uma cópia de RNA anti-senso (p.32D de um oncogene
poderia, po.
plo, reduzir ou impedir a expressão do oncogene e reverter a sua atividadã "*Ã_ pulação, no ç
tumorogênica. Se ehereditiíri4 é
o câncer é causado pela inativação de um gene supressor de tumor,
a terapia gênica iria envol- dificil amaniF
ver a introdução de uma versão ativa daquele gene. O maior obstáculo no
momento não é a solucionafuso r
identificação dos genes apropriados parautilização na terapia gênica do
câncer, mas, sim, o dzds dg sansãr
Cr-oruacev GÊuca e ANÁLtsE oe DNA 317
li' t
r
t
Cnpírulo 15
Clonagem Gênica e Análise de
coli of a DNA sequence
l
DNA na Agricultura
synthesized genes
atual do desenvolvimen-
factorVIII in milk-
Oxford. [Contém
gênica.l (Publicado em
A estratégia de adição de um gene na engenharia Problemas com vegetais geneticamente modifi cados,
genética vegetal, 320 330
A subtração de genes, 324
Inúmeros projetos estão sendo realizados em todo o mundo, muitos por companhias bio-
tecnológicas, objetivando a exploração do potencial da adição ou da subtração gênica na me-
lhoria das culturas. Neste capítulo, será investigada uma seleção representativa desses proje-
tos, bem como analisados alguns dos problemas que devem ser resolvidos, caso a engenharia
genética vegetal seja amplamente aceita na agricultura.
32O T. A. Bnowlr
Tipo de &endr
A adição de um gene envolve a utilização de técnicas de clonagem para introduzir em uma
planta um ou mais genes novos, que codificam características úteis que a planta não possui. CryI
Um bom exemplo da técnica é fomecido pelo desenvolvimento de plantas que resisrcmão a12- CrytI
que de insetos por meio da síntese de inseticidas codificados pelos genes clonados.
CTyIII
15.1.1 Plantas que produzem os seus próprios inseticidas CryIV
As plantas estão sujeitas à predação por praticamente todos os demais tipos de organismos CryV
vírus, bactérias, fungos e animais -, mas, em termos de agricultura, os maiores prúlemas são
- CryVI
causados por insetos. Para reduzir as perdas, as culturas são regularmente vaporizadas com in-
seticidas. A maioria dos inseticidas convencionais (p. ex., piretróides e organofosfatos) é um
veneno relativamente não-específico, que mata uma ampla variedade de insetos, não apenas
aqueles que devoram as lavouras. Devido à sua elevada toxicidade, viírios desses inseticidas
também possuem efeitos colaterias extremamente perigosos pÍÌra os outros membros da bios- e danificando a
fera local, incluindo, em alguns casos, o homem. Tais problemas são intensificados pela ne- qüentemente, r
cessidade de aplicação de inseticidas convencionais nas superfícies das plantas por intermé- em diferentes 1
dio de vaporização, o que significa que os deslocamentos subseqüentes dos proãutos quími- dades apresenr
cos no ecossistema não podem ser controlados. Além disso, insetos que vivem dentio das As toxinas,
plantas, ou nas partes de baixo das folhas, podem, algumas vezes, escapa.r totalmente dos efei- ra a sua utilizr
tos tóxicos. ocorreram vári
Quais as características que um inseticida ideal deveria apresentar? Certamente ele deve- mas suas biode
rá ser tóxico aos insetos contra os quais é direcionado, mas, se possível, essa toxicidade deve- veriam ser rci{
ria ser altamente seletiva, de forma que o inseticida fosse inofensivo para os demais insetos e custos do agric
não venenoso aos animais e aos homens. O inseticida deveria ser biodegradável, de forma que tem de reaplic
qualquer resíduo que pennanecesse após a colheita da cultura, ou que fosse arrastado para 247), modifica
longe da plantação pela chuva, não permanecesse por um longo período para não prejudicar abordagem é n
o meio ambiente. Além disso, deveria ser possível aplicar o inseticida de tal maneiru qu"
to- Clonando u
das as partes da planta, não somente suas superfícies superiores, fossem protegidas
contra o
ataque dos insetos. O milho consti
O inseticida ideal não foi ainda descoberto. O mais próximo que se tem são as õ-endoto- convencionais.
xinas produzidas pela bactéria do solo Bacillus thuringiensis. dentro da plant
escapando dos
As ô-endotoxinas de Baciilus thuringiensis tenção dessa g
Os insetos não comem apenas plantas: as bactérias também constituem uma parte ocasional realizada pelos
da sua dieta. Em resposta, vírios tipos de bactérias desenvolveram mecanismos Eles trabalhara
de defesa con-
tra a predação dos insetos, um exemplo sendo B. thuringiensis, a qual, durante a esporulação, da serumapml
forma corpos cristalinos intracelulares que contêm uma proteína inseticida chamaàa to situado entrr
ô-enOo-
toxina' A proteína ativada é altamente venenosa aos insetos, algo 80.000 vezes mais tóxico ba-Geigy cons
que os inseticidas organofosfatos, e é relativamente seletiva. Diferentes linhagens síntese gênica a
de bactéria
sintetizam proteínas efetivas contra as larvas de diferentes grupos de insetos (Tabela 15.1). ra melhorar a s
A proteína ô-endotoxina que se acumula na bactéria é um piecursor inativo. Após a inges- artificial foram
tão pelo inseto, essa pró-toxina é clivada por proteases, resultando em versões pares GC do ge
mais curtas da
proteína que apresentam a atividade tóxica, ligando-se na parte interna do intestino são bacteriana I
do inseto
(p 285), entre !
Ct-onnceu GÊr.rrcr e ANÁLtsE DE DNA 321
haria Tabela 15.1 A abrangência de insetos envenenados pelos viírios tipos de ô-endotoxinas de
B. thuringiensis
I
322 T. A. Bnowr.r
Gene da &endotoxina
Expressão - na
bactéria
Toxina ativa
{a
il,:
I'
t"
E*
ê*
b
ft
F
Ë
E
E
b
P
b.
F.
Crorueeeu GÊrurcn E ANÁLtsE oe DNA 323
Gene de B. thuringiensis
Gene artificial
29 607
-
(b) Ligação de um promotor e sinal de poliadenilação
-
Seqüência promotora
Seqüência de poliadenilação
de uma plante
de proteína total-
úvel de expressão dc
iado pela localização \----..-...- Gene inserido
na posição A -
fracamente expressado
do milho? Isso fci
e normais foram r-
te um período de
Cromossomo \ o"n" inserido na posição B -
altamente expressado
apresentada pela fo-
larvas que penetra-
Figura 15.3
melhores re-
EÍeitos de posição.
324 T. A. Bnowr.r
sultados dos que as normais. Em especial, o comprimento médio dos túneis das larvas foi re- Tabela 15.i
duzido de 40,7 cm nos controles para apenas 6,3 cm nas plantas modificadas. Em termos
reais, esse é um nível de resistência muito significativo.
Gene de
15.1.2 Outros proietos de adição de genes
ô-endotoxin
O milho não é a única planta que foi modificada para produzir a ô-endotoxina. Projetos seme- Inibidores d
lhantes foram realizados com anoz, algodáo, batata, tomate e outras culturas. Tampouco a re- Chitinase
sistência a insetos é a única abordagem. Resultados igualmente bem-sucedidos foram obtidos Glucanase
com genes que codificam inibidores de proteinases, pequenos polipeptídeos que interrompem Proteína in"a
a atividade de enzimas no intestino do inseto, impedindo ou retardando o crescimento. Inibi- Omitinoca
dores de proteinases são produzidos naturalmente por viírios tipos de plantas, principalmente RNA-polim
legumes, tais como ervilhas e o feijão comum, e seus genes têm sido, de forma exitosa, trans-
feridos para outras culturas, as quais normalmente não produzem quantidades significativas RNAs sarél
dessas proteínas. Os inibidores são eficientes sobretudo contra larvas de besouros que se ali- Proteínas d
mentam de sementes e, assim, podem ser uma alternativa melhor do que as õ-endotoxinas pa- 2'-5'-oligoa
ra plantas, cujas sementes são estocadas por longos peíodos. Acetolacta!
Exemplos de outros projetos de adição de genes estão listados na Tabela l1.Z.Emmuitos Enolpiruvil
casos, o objetivo é melhorar a capacidade da planta de resistir a pestes, tais como insetos, fun- fosfatosi
gos, bactérias e vírus, ou de torná-lacapaz de resistir aos efeitos tóxicos dos herbicidas utili- Glifosato-o
zados para controlar ervas daninhas. Outros projetos estão começando a explorar a utilização Nitrilase
da modificação genética para melhorar a qualidade nutricional das plantas cultiváveis, por
Fosfinorict
Inibidor da
exemplo, pelo aumento do conteúdo de aminoácidos essenciais e pela alteração da bioquími-
ribonucle
ca da planta, de forma que uma maior quantidade de nutrientes fique disponível para ser uti-
DNA-adeni
lizada durante a digestão nos seres humanos ou animais.
Proteína ri<
Aminocick
15.2 A subtração de genes ácido carì
S-Adenosil
A subtração de genes é uma denominação imprópria, pois a modificação não envolve a remo-
ção real de um gene, simplesmente a sua inativação. Existem várias maneiras pelas quais um Monelina
único gene escolhido pode ser inativado em uma planta viva, a mais bem-sucedida até o mo- Taumatina
mento, em termos práticos, vem sendo a utilização da tecnologia do anti-senso. O exemplo Proteína ú
que será analisado é um dos mais importantes, uma vez que resultou emum dos primeiros gê- degnpo
neros alimentícios geneticamente modificados a ser aprovado para a venda ao público geral. Delta-12ì
it
c
t
Ë.
b
Crorunesu GÊNtcA E ANÁLtsE oe DNA gàs
dos tomales i
Gene na orientação
correta esE
antes de
freqüentem
Duas compa
do - utilizra
de tomateq d
ao produtrd
no qual o sd
mRNA transpoÍte e r
O papel dr
Gene na orientação O espaçodel
inversa semanas4ú
desde o iníci
o-_ o amaúuecir
I merodeger
Promotor le que codifi
poligalacnrú
amolecimen
\',," rnúto teryo
A inativr
# RNAanti-senso
senvolviffi
(complemento reverso
do mRNA) Figura 15.4 hzadzpaal-
RNA anti-senso. A clonag:
Oexperiro
tas daICIS.
décadade lg
dapotigala
""-" dora (Figura
RNA anti-senso co da cmrs
ì-"''"'* s;.."""
Ribossomos não
podem se ligar?
Figura 15.5 Fqlr
Possíveis mecanis- A elevação da erçresd
mos para a inibição gene da poligalacün
da expressão gêni- vista durante os esüí(i
Degradado por
ca por meio do RNA nais do amadurecinsr
ribonucleases?
anti-senso. E
Croruaeeu GÊwrcn e ANÁLrsE oe DNA 327
dos tomates imaturos não desenvolve totalmente seu sabor, caso sejam removidos da planta
antes de estarem totalmente amadurecidos. O resultado é que a produção massiva de tomates
freqüentemente possui um sabor brando, o que os torna menos atraentes aos consumidores.
Duas companhias biotecnológicas - Calgene, nos Estados Unidos, e ICI Seeds no Reino Uni-
do - utilizaram a tecnologia do anti-senso como forma de modificar geneticamente as plantas
de tomates, de maneira que o seu processo de amadurecimento foi retardado. Isso possibilita
ao produtor deixar as frutas na planta para que elas amadureçam até um determinado esúgio,
no qual o sabor tenha sido completamente desenvolvido, com tempo ainda suf,rciente para o
transporte e a comercialização da cultura antes que ela se estrague.
oo
(ú
'ãg
E.6 Expressão do gene
s3
(ú ì(ú
Éo
50 da poligalacturonase
-Eo
c6)
(Ú:
õõ
lura 15.5 Figura 15.6
hsíveis mecanis- A elevação da expressão do
$ para a inibição gene da poligalacturonase
I expressão gêni- vista durante os estágios Íi-
I por meio do RNA nais do amadurecimento do
ili-senso. tomate.
Ë
F
F
328 T. A. Bnowr.r
calos, co
Gene da poligalacturonase crescime
que confi
ficados e
Os re
Clivagem, ligação a seqüências
(1) A1
controladoras na orientação inversa
me
(2) Ar
(p.
RÀ
promotor Sinal de poliadenilação (3) Ot
\/ \ -=- t
nÍu
col
Figura Í5.7
"Gene" anti-senso Tai
Construção de um "gêne"
da poligalacturonase m2
anti-senso da poligalacturo-
- nase. R = sítio de restrição. pla
- (4) As
pla
plantas tendo sido ligado no seu final. A construção foi, então, inserida no vetor plasmidial Ti ap
binário, pBINl9 (p. 152). Uma vez dentro da planta, a transcrição a partir do promotor do ví- da
rus do mosaico da couve-flor deveria resultar na síntese de um RNA anti-senso, complemen- rat
tar à primeira metade do mRNA do gene da poligalacturonase. Experimentos anteriores com gu
RNA anti-senso haviam sugerido que isso deveria ser o suficiente para reduzir, ou mesmo im-
pedir, a tradução do mRNA-alvo. Mait
A transformação foi realizada por intermédio da introdução das moléculas de pBINl9 re- dual, po
combinantes na bactéria Á grobacterium tumefaciens e, depois, permitindo que a bactéria in- rem. Iss
fectasse segmentos do caule do tomate (Figura 15.8). Quantidades pequenas de material dos galacnr
ra Íetart
sesmentodocaure í;t'íff5tffi3iïïli,lïlt"
do tomate
-----'--<---ì -"3'z"o
-l------- : | .
tl- -'t' ''
,.,/i :.\-)i:'
./.-)-2 zZ . lncubação
_ --_
Cloruneeu GÊrurcn e ANÁLtsE oe DNA 329
calos, coletadas das superfícies desses segmentos; foram testadas para a sua capacidade de
crescimento em meio ágar contendo canamicina (lembre-se de que pBINl9 contém um gene
que confere resistência à canamicina; Figura 7.14). Transformantes resistentes foram identi-
ficados e deixados para se desenvolverem em plantas maduras.
Os resultados do experimento foram analisados das seguintes maneiras:
(1) A presença do "gene" anti-senso no DNA das plantas transformadas foi verificada por
meio de hibridização de Souúern (p.206).
(2) A expressão do gene anti-senso foi medida de acordo com a hibridização de northern
(p.230), com uma sonda de DNA de fita simples que deveria hibridizar somente com o
RNA anti-senso.
(3) O efeito da síntese do RNA anti-senso sobre a quantidade de mRNA de poligalacturo-
nase nas células de frutas amadurecidas foi determinado por hibridização de northern,
com uma segunda sonda de DNA de fita simples, essa específica para o mRNA senso.
de um "gene" Tais experimentos mostraram que as frutas amadurecidas, a partir das plantas transfor-
da poligalacturo- madas, continham menos mRNA de poligalacturonase do que as frutas originadas de
sítio de restrição. plantas normais.
(4) As quantidades de enzima poligalacturonase produzidas nas frutas amadurecidas de
plantas transformadas foram estimadas, a partir da intensidade das bandas relevantes,
vetor plasmidial Ti após a separação das proteínas da fruta por meio da eletroforese em gel de poliacrilami-
promotor do ví- da, e da medição direta das atividades enzimáticas nas frutas. Os resultados demonstra-
complemen- rÍrm que uma menor quantidade de enzima foi sintetizada nas frutas transformadas (Fi-
anteriores com gura 15.9).
, oumesmo im-
Mais importante, as frutas transformadas, embora apresentassem um amolecimento gra-
de pBINl9 re- dual, poderiam ser estocadas por um peíodo de tempo mais prolongado, antes de se estraga-
que a bactéria in- rem. Isso indicava que o RNA anti-senso não havia inativado completamente o gene da poli-
de material dos galacturonase, mas, apesar de tudo, produzido uma redução suficiente na expressão gênica pa-
ra retardar o processo de amadurecimento, conforme desejado.
o
a
(ú
c
I
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go-
fura 1s.8 €€
(Ú0)
fendo plantas ttE
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fsiormadas por Figura 15.9 EË
fo Ca intecçao As diÍerenças na atividade da oË
pegmentos do poligalacturonase em tomates 0
Ie com A. tume- normais e em Írutas expressan-
Frs recombi- do o "gene" anti-senso da poli-
ps. galacturonase.
I
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5.
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il
e:
iD
E
330 T. A. Bnowr.r
retamente aos genes e tampouco os conhecimentos necessários para respondê-las serão en- cial não
contrados neste livro. Não podemos discutir de uma maneira confiável o possível impacto, Osn
bom ou mau, que as culturas geneticamente modificadas possam causar nas práticas agúco- do os bir
las locais nos países em desenvolvimento. Tampouco podemos comentar os motivos subja- após a o,
centes ao desenvolvimento de plantas resistentes a herbicidas por companhias que também mado h
comercializam o herbicida que os agricultores deverão utilizar com a cultura modificada. No sa fragn
entanto, podemos - e devemos - examinar os aspectos biológicos. (Figura
nageÍn I
engenharia cópia do gene que confere resistência à canamicina, possibilitando que as plantas transforma-
das sejam identificadas durante o processo de clonagem. O gene kanR, tambémchamado de
nptll,temorigem bacteriana e codifica a enzima neomicina-fosfotransferase IL Esse gene e o
vegetal são pro- seu produto enzimático estão presentes em todas as células da planta modificada. O receio de
is fácil pensar nas que a neomicina-fosfotransferase pudesse ser tóxica ao homem foi abrandado por testes com
uzidas pela adição animais-modelo, mas duas outras questões de segurança peÍnanecem:
possua e quais pode-
crescente de pro- (1) Poderia o gene kanR presenteem um alimento geneticamente modificado ser transmiti-
15.3) e a abordagem do para bactérias do intestino humano, tornando-as resistentes à canamicina e aos anti-
que circundam os bióticos relacionados?
resolvidas. (2) Poderia o gene knn* ser transmitido para outros organismos do meio ambiente, podendo
resultar em prejuízo ao ecossistema?
os Nenhuma dessas questões pode ser totalmente respondida com o nosso conhecimento
atual. Pode ser argumentado que o processo de digestÍio poderia destruir todos os genes kan*
de um alimento geneticamente modificado antes de que esse pudesse alcançar a flora bacte-
genes, foram os pri-
para a comer- riana do intestino, e que, mesmo se um gene escapasse da destruição, as chances de ele ser
transferido para uma bactéria seriam muito pequenas. No entanto, o fator de risco não é zero.
de campo de ba-
De forma semelhante, embora experimentos sugiram que o cultivo de plantas geneticamente
em relação à segu-
modificadas teria um efeito insigniÍicante no meio ambiente, uma vez que genes kanR já são
a constituição ge-
comuns em ecossistemas naturais, a futura ocorrência de algum evento indesejado e prejudi-
dizem respeito di-
las serão en- Çial não pode ser considerada uma impossibilidade absoluta.
Os receios que cercam a utilização de kanR e de outros genes marcadores têm estimula-
o possível impacto,
nas práticas agríco-
do os biotecnologistas a desenvolver maneiras de remover tais genes do DNA das plantas,
após a ocorrência do evento de transformação. Uma dessas estratégias faz uso de uma enzi-
os motivos subja-
que também ma do bacteriófago Pl, chamada Cre, a qual catalisa um evento de recombinação que exci-
sa fragmentos de DNA flanqueados por seqüências de reconhecimento de 34 pb específicas
modificada. No
(Figura 15.10). Para utilizar esse sistema, a planta é transformada com dois vetores de clo-
nagem, o primeiro contendo o gene a ser adicionado à planta, juntamente com a sua marca
de seleção kanR, flanqueada pelas seqüências-alvo de Cre, e o segundo contendo o gene
Cre. Após a transformação, a expressão do gene Cre resulta na excisão do gene kan* do
os tomates gene- DNA da planta.
seleção genética uti-
plantas possui uma
/\
--. Molécula de DNA
Recombinação
catalisada por Cre
vegetais
fe -_______________I___
Ftals
FOJA
lias plantas decorativas Figura 15.10 Fragmento flanqueado pelas
Excisão de DNA por meio da seqüências-alvo é excisado
enzima recombinase Cre.
ç
332 T. A. Bnowlr
E se o próprio gene Cre for de alguma forma prejudicial? Isso é impossível, uma vez que Leituras adicit
os dois vetores utilizados na transformação provavelmente irão integrar seus fragmentos de
DNA em cromossomos diferentes, de forma que a segregação aleatória durante a reprodução Bachem, C.WJ
sexual irá resultar em uma primeira geração de plantas que contém um dos fragmentos de genqs inlÌih
DNA integrado, mas não o outro. A planta que não contenha nem o gene Cre e nem a marca Courtney4rm
de seleção kan*, mas que contenha o gene de interesse, que se deseja adicionar no genoma da cation offl
genetics. B
planta, poderá, assim, ser obtida.
Feitelson J-S-I
talhes de &
15.3.2 A possibilidade de eÍeitos preiudiciais ao meio ambiente Fischhoff, D-A-
807-13. [A
Uma segunda área de preocupação, em relação às plantas geneticÍìmente modificadas, é que Flavell, R-B- D
as suas novas combinações genéticas possam prejudicar o meio ambiente de alguma manei- l4l4-l
10,
ra. Determinados problemas foram destacados com respeito às plantas modificadas serem re- neticam
sistentes à infecção viral. Uma estratégia aqui é transforïnar a planta com os genes que codi- Koziel, M-G- X
ficam as proteínas do capsídeo de um vírus patogênico. A expressão desses genes não resulta an insecrii
Shade, R.E- Sc
em sintomas de doença, mas fornece à planta um grau de proteção contra a infecção pelo ví- commmh
rus intacto. Um receio é que a planta que está sintetizando proteínas do capsídeo de um vírus resisenrcs
patogênico pode ser atacada por um segundo tipo de vírus, cuja replicação poderia originar Smith, CJS- \
uma progênie híbrida, contendo genomas de vírus infecciosos, empacotados nas proteínas do uansgsnb
Tepfer, M" (19!
capsídeo sintetizadas pela planta. Tais híbridos poderiam apresentarpropriedades inesperadas
lr2r3z I
e danosas, por exemplo, as novas proteínas do capsídeo poderiam ampliar a faixa de hospe-
Truve,E-Aq
deiro do segundo vírus, capacitando-o a infectar novas plantas, que norÍnalmente eram resis- lat€ sYÍÍrÉ
tentes, resultando em doenças. tUanipür
Há também a questão de se um novo gene, introduzido em uma planta geneticamente mo- Yoder, J.I. lk C
dificada, poderia "escapar" e colonizar plantas selvagens e, caso isso acontecesse, qual o im- tecffig
pacto que teria no meio ambiente. Pesquisas com plantas nativas e geneticamente modifica-
das estão gradualmente acumulando dados, a partir dos quais essas questões serão respondi-
das. Porém, é importante perceber que a determinação do efeito que plantas geneticamente
modificadas podem ter sobre o meio ambiente será possível somente se experimentos adequa-
dos forem realizados, em sistemas-modelos, antes que a liberação em larga escala das plantas
seja permitida. Tais experimentos serão incompletos se não envolverem testes com plantas ge-
neticamente modificadas cultivadas sob condições rigorosamente controladas no ambiente
natural. Se não for possível realizar esses testes corretamente, então efeitos prejudiciais pode-
rão ser perdidos.
^
CnpÍrulo 16
Clonagem Gênica e Análise de
DNA na Ciência Forense
i
Análise do DNA na identificação de suspeitos Identificação do sexo por meio da análise do DNA,
criminais, 335 340
Estudando o parentesco por meio do perfil do DNA,
339
A ciência forense é a última área da biotecnologia que será considerada neste volume. Dificil-
mente uma semana termina sem uma reportagem na imprensa sobre mais um crime hediondo
que tenha sido solucionado graças à aniílise do DNA. As aplicações da biologia molecular no
laboratório criminal centralizam-se, em grande parte, na capacidade da análise do DNA em
identificar um indivíduo a partir de cabelos, manchas de sangue e outros itens recuperados do
local do crime. Nos meios de comunicação populares, essas técnicas são conhecidas como
datiloscopia genética (genetic fingerprinting), embora o termo mais preciso paÍa os procedi-
mentos utilizados hoje em dia seja perfil do DNA. Este capítulo inicia com um exame dos
métodos utilizados na datiloscopia genética e no perfil do DNA, incluindo suas utilizações,
tanto na identificação de indivíduos quanto na confirmação se indivíduos são membros de
uma mesma famflia, o que nos levará a uma exploração das maneiras pelas quais as técnicas
genéticas estão sendo usadas em iíreas de criminalística e em outras, além da investigação po-
licial, como a arqueologia.
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l-
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336 T.A. Bnowru
com as mesmas seqüências de DNA de regiões intergênicas entre eles. Mas o genoma huma- A técn
no, bem como o dos demais organismos, contém muitos polimorfismos, posições onde cias polim
a se-
qüência de nucleotídeos não é a mesma em cada membro da população. Já havia sido cia curta,
desta- r
cada a principal importância desses sítios polimórficos anteriormente, pois as seqüências seqüencia
va-
riáveis são aquelas mesmas utilizadas como marcadores de DNA no .rrup"u-"nio genômico
lCAl,, na
(p.262). Elas incluem polimorfismos de comprimento de fragmentos dó restriçaolRFlps), O nún
repetições curtas em tandem (STRs) e polimorfismos de nucleotídeos individuaii (SNpO. 1'o- adicionad;
das essas três podem ocoffer dentro de genes, e em regiões intergênicas, existindo, no total,
ção do Dì
vários milhares desses sítios polimórficos no genoma humano, destacando-se os SNps como de uma de
os mais comuns. petições. Ì
terminado
16.1.1 A datiloscopia genética por meio da sondagem por hibridização meio de P
O primeiro método de utilização da análise do DNA para identificar indivíduos foi desenvol- uma repet
vido em meados da década de 1980 por SirAlec Jeffreys, da Universidade Leicester. Essa téc- gel de agz
nica não se baseou em qualquer um dos tipos de polimorfismos recém-listados, mas em um na ÍÌmosuì
tipo de variação no genoma humano chamada de seqüência repetitiva dispersa hipervariá- uma única
vel. Como o nome indica, trata-se de uma seqüência repetida que ocoÍïe em vários lugares mossomo
("dispersa") do genoma humano. A característica fundamental dessas seqüências é que Umarr
suas
posições genômicas são variáveis: elas estão localizadas em diferentes posições nos genomas de resulta
de diferentes pessoas (Figura 16.1a). tados são 1
A repetição específica que foi inicialmente utilizada na datiloscopia genética contém a se- cia em uu
qüência GGGCAGGANG (onde N é qualquer nucleotídeo). Para preparar uma datiloscopia,
uma amostra de DNA é clivada com uma endonuclease de restrição, os fragmentos são sepa-
rados por eletroforese em gel de agarose e é realizado um experimento de South em (p.207).
A hibridização da membrana com uma sonda marcada contendo a seqüência repetida revela
uma série de bandas, cada uma representando um fragmento de restrição que contém a repe-
tição (Figura 16.1b). Uma vez que os sítios de inserção da seqüência repetiãa são variáveis, o
mesmo procedimento, realizado com uma amostra de DNA de uma segunda pessoa, irá for-
necer um padrão diferente de bandas, as quais são datiloscopias genéticas para aqueles
indi-
víduos.
o genomahuma- A técnica mais poderosa do perfil do DNA evita tais problemas. perfis utilizam
seqüên-
ições onde a se- cias polimórficas chamadas STRs. Conforme descrito na página
262,umaSTR é uma ,"qticn-
havia sido desta- cia curta, de 1 a 13 nucleotídeos de comprimento, que é repetida várias
vezes em um arranjo
seqüências va- seqüencial. No genoma humano, o tipo mais comum ae SfR é
a repetição dinucleotídica
genômico [cA],, na qual "n", o número de repetições, está normalmente entre s Ë zo 6igur a 16.2a).
(RFLPs), O número de repetições em uma determinada STR é variável, pois repetições
podem ser
is (SNPs). To. adicionadas ou, menos freqüentemente, removidas por erros qu"
o"orr"- durante a replica-
istindo, no total, ção do DNA. Na população como um todo, devem existir emiorno de l0 versões diferentes
os SNPs como de uma determinada STR, cada um dos alelos caracterizados por
um número diferente de re-
petições. No perfil do DNA, os alelos de um número selecionado
de STRs diferentes são de-
terminados. Isso pode ser rapidamente obtido e com quantidades muito pequenas
de DNA por
meio de PCRs com iniciadores que se anelam às seqüências de DNA Ëm
ambos os lados de
foi desenvol- uma repetição (Figura l2.ll). Após a PCR, os produtos são examinados por
eletroforese em
Essa téc-
gel de agarose' com o tamanho da banda ou bandas indicando o alelo
ou os alelos presentes
mâs em um na amostra de DNA testada (Figura 16.2b). Dois alelos de uma STR podem
estar presentes em
hipervariá- uma única amostra de DNA, visto que existem duas cópias Oe caAa StR,
uma vinda do cro-
rários lugares mossomo herdado da mãe e a outra, do cromossomo herdado do pai.
ias é gue suas Uma vez que a PCR éutllizada, o perfil do DNA é muito sensível e possibilita
a obtenção
genoüras de resultados com cabelos e outros materiais que contenham apenas
EOS traços de DNA. Os resul-
tados são precisos e uma identidade entre perfis de DNA é normalmente
aceita como evidên-
contém a se- cia em um julgamento. É importante destacar que o perfil do DNA, quando
conduzido com
datiloscqia
são s€p&
$.w7).
repetida revela
çmfuaÍEpe- (a) Seqüências repetidas polimórficas no genoma humano
sfro vui:f;veis, o
Íiìsqsm, irá fü-
Primeira Pessoa
eryeles iudi-
DNAs cromossômicos
---------- Segunda pessoa
-----
Figura 16.1
A datiloscopia ge- o posições das seqüências
repetidas
nética. (a) As posi-
ções das repetições
polimórficas, tais (b) Duas datiloscopias genéticas
como as seqüên-
dlFìCrríL df cias repetitivas dis- Linhas 1 e 2:
persas hipervariá-
G veis, nos genomas
1
DNA de dois
indivíduos
de dois indivíduos.
rf ingr- Nos segmentos cro-
nil[F mossômicos mos-
surycimpo. trados, a segunda
pessoa possui uma
FriflürìUr seqüência repetida
hffim adicionat. (b) Uma
ffie- auto-radiograÍia exi-
be as datiloscopias
cesoéh-
genéticas de dois
indivíduos.
;
e
f-
h
338 T. A. Bnowrir
STRs com um grande número de alelos, fornece uma probabilidade estatística elevada de que os prod
uma identidade entre um perfil-teste e o de um suspeito seja significativa e não devida a um empmi
acaso de similaridade entre duas pessoas diferentes. É possível alcançar o grau necessiírio de são mer
ceÍteza pela análise de um painel de nove STRs, que pode ser estabelecido em uma única da dos I
PCR multiplex, na qual um conjunto de pares de iniciadores é utilizado em uma única rea-
ção. Os resultados podem ser interpretados, porque as PCRs são projetadas de tal maneira que
16.2 Estud
Assimr
(a) Os dois alelos de uma STR ra infer
doéch
dade.
....CACACACACA.. n=5
....cAcAcAcAcAcA n=6 16.2.1 lndiví
O peÍfl
sua mã
(b) Os resultados da PCR apaÍent
@guÍa
petiçft
criança
alelo ú
ceíe72
1. DNA marcador de tamanho
víduo's,
Figura 16.2
O perfit do DNA. (a) O perfil do DNA Íaz uso de STRs, as quais possuem unidades repetidas variáveis.
(b) Um gel obtido após o perfil do DNA. Nas linhas 2 e 3 a mesma STR foi examinada em dois indivÊ Figura 163
Padrão de he'
duos. Essas duas pessoas possuem perfis diÍerentes, mas uma banda em comum. A linha 4 mostra o
rança de alelos
resultado de uma PCR multiplex, na qual três STRs Íoram determinadas em uma única PCR. (c) Um
de STRs em
seqüenciador de DNA automático pode ser utilizado para determinar o tamanho dos produtos da PCR.
uma Íamília
Cloruneeu GÊrurcn e ANÁLtsE oe DNA 339
elevada de qrre os produtos obtidos, a partir de cada STR, possuem tamanhos diferentes e, assim, aparecem
não deüda a rrm em posições diferentes no gel de agarose (Figura 16.2b).Alternativamente, se os iniciadores
messário de são marcados com fluorocromos diferentes, os resultados podem ser visualizados pela corri-
em umâ unlca da dos produtos em um seqüenciador de DNA automático (Figura 16.2c).
uma rrntca IEa_
tal maneiraqre
16.2 Estudando o parentesco por meio do perfil do DNA
Assim como na identificação de criminosos, o perfil do DNA pode também ser utilizado pa-
ra inferir se dois ou mais indivíduos são membros de uma mesma famflia. Esse tipo de estu-
do é chamado de análise do parentesco e a sua aplicação dirária dá-se nos testes de paterni-
dade.
O uutn",.
I Homem
lf famanfro das repetições das STRs
ìranaYs-
ütisindìrí- Figura 16.3
Padrão de he-
4 ÍnÉao
FCR(c) tlm rança de alelos
de STRs em
daFCR
uma Íamília.
340 T. A. Bnowr.r
As crianças perdidas
Somente três crianças foram encontradas no túmulo dos Romanov. Alexei, o único menino, e
uma das quatro meninas estavÍÌm faltando. Na metade do século XX, vrírias mulheres reivin-
dicavam ser a princesa Romanov, porque, mesmo antes de os ossos serem descobertos, havia
boatos de que uma das meninas, Anastásia, teria escapado da crueldade dos bolchevistas e fu-
gido para o ocidente. Lamentavelmente, testes de DNA mostraram que nenhuma dessas re-
querentes poderia ter sido a filha do tsar e da tsarina e a história de Anastásia é, provavelmen-
te, apenas um romance. A explicação mais provável para a aparente ausência das duas crian-
ças na sepultura é que seus ossos estavam extremamente degradados para serem recuperados,
ou que elas foram enterradas em locais diferentes. De fato, os resquícios de um menino e de
uma menina, a última com jóias semelhantes àquelas usadas por Maria, foram recentemente
encontrados. Fig
Aa
ca(
16.3 ldentificação do sexo por meio da análise do DNA mel
osi
adt
A análise do DNA também pode ser utilizada para identificar o sexo de um indivíduo. A dife- nhr
rença genética entre os sexos é a presença de um cromossomo Y nos indivíduos do sexo mas- tr€s
culino, de forma que a detecção de DNA específico do cromossomo Y deve possibilitar que @n
homens e mulheres sejam distinguidos. Os cientistas criminalistas ocasionalmente têm que qu€
tratar com corpos que estão de tal forma gravemente danificados, que a análise do DNA é a me
única maneira de determinar o sexo. de'
l
Clorunoeu GÊuca e ANÁLtsE oe DNA 341
por
que o pal e
esses mes-
de pessoas
amostras
nitocon-
energia das
inferirpa- Anastásia
aqnele apre-
esndos de
mafa- (b) A análise de STR
mi{mte da
e
humçana- STRs
emÍo $€ndo THOl VWN?l
ryirudm
Criança 1 8,10
crdo 15,16
Criança 2 7,8 15,16
Criança 3 8,10 15,16
Figura 16.4
A análise de repetições curtas em tandem dos ossos dos Romanov. (a) A árvore genealógi-
ca da Íamília Romanov. (b) Os resultados das análises de STR. THO| e VWA/gl são os no-
mes dos dois lócus de srR. os números nas colunas (8, 10, etc.) são os de repetições para
os alelos determinados em cada indivíduo. O resultado com THOI mostra que a mulher
adulta 2 não pode ser a mãe das crianças, porque ela possui somente o alelo 6, o qual ne-
nhuma das crianças possui. A mulher adulta 1, no entanto, possui o alelo g, o qual todas as
três crianças aprêsentam, e, dessa maneira, ela é identiÍicada como a tsarina. O resultado
com THol exclui o homem adulto 4 de ser o possível pai das crianças, mas não permite
que os outros três homens adultos sejam distinguidos todos poderiam ser o pai de pelo
-
menos duas crianças. Entretanto, o resultado com VWNS| exclui os homens adultos 1 e 2,
de Íorma que o homem adulto 3 é identiÍicado como o tsar.
U2 T.A. Bnowr.r
Figura 16.5
A identiÍicação do sexo por
meio da PCR de uma se-
1. DNAs marcadores qüência de DNA especíÍica
- do cromossomo y. O DNA de Figr
- 2. DNA de homem
homem origina um produto
- 3. DNA de mulher de PCR (linha 2), mas o
A idr
gen(
DNA de muther, não (tinha origi
4. PCR fracassada
3). O problema é que uma Gae
PCR Íracassada (linha 4) ori- PCF
gina o mesmo resultado que pos
o DNA de mulher.
Ct-orunoeu GÊNrcA E ANÁLrsE oe DNA 343
4. PCR fracassada
L
F'
t
344 T.A.Bnowx
das, uma do cromossomo X e a outra do cromossomoY (Figura 16.6b). Se a amostra não con-
tiver DNA ou se a PCR fracassou por alguma oatÍarazão, nenhuma banda será obtida: não
Leituras adi
existe a confusão entre o fracasso e um resultado de homem ou mulher.
Brown, K-rl
O desenvolvimento do sistema da amelogenina para a identificação do sexo está tendo um Gill, P- Ívr
impacto importante na arqueologia. Não é mais necessário determinar o sexo de ossos enter- sirr&
rados com base nas diferenças sutis das estruturas dos mesmos. A grande confiabilidade que Jefteyr.f.
o teste do sexo baseado no DNA fornece esú resultando em algumas descoberias inesperadas. tDúÌo
Kravczet"
Em especial, os arqueologistas estão agora revendo suas opiniões prévias sobre o significado
NaLahLì
dos objetos enterrados em uma sepulturajunto com os cotpos. Imaginava-se que se um co{po X-YL
estava acompanhado por uma espada, então ele deveria ter sido de um homem, ou se a sepul-
tura contivesse colares, então o corpo era de uma mulher. O teste de DNA mostrou que esses
estereótipos não estão sempre corretos e que os arqueologistas devem possuir uma visão mais
ampla a respeito da conexão entre pertences na sepultura e sexo. De todos os resultados da re-
volução do DNA recombinante, esse foi, provavelmente, o menos esperado quando a clona-
gem gênica foi inventada no início da décadade 1970.