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1. Leitura – compreensão
Lê o texto A.
A ILHA DO TESOURO
O papel fora lacrado em vários sítios, com um dedal em lugar de sinete. Talvez o dedal que eu encontrara nos bolsos do
capitão. O doutor quebrou o lacre com todo o cuidado e surgiu o mapa de uma ilha, com indicações de latitude e longitude,
sondagens, nomes de montanhas, baías, angras e toda a cópia de pormenores necessários e suficientes para que um barco
pudesse ancorar com segurança naquelas costas. A ilha tinha cerca de quinze quilómetros de comprimento por oito de largura.
A forma era a de um dragão gordo, de pé. Pelo mapa podia ver-se que dispunha de portos bem abrigados. Ao centro da ilha
um monte, ao lado do qual havia a designação: "O Telescópio". Várias anotações mais recentes tinham sido anexadas ao mapa.
Mas, o que atraía mais a atenção eram três cruzes a tinta vermelha: duas ao norte da ilha e uma a sudoeste. Ao lado desta
última, também a vermelho, em letra miudinha mas clara, bastante diferente da caligrafia hesitante do capitão, as palavras: "É
aqui que está o grosso do tesouro."
Nas costas do mapa, a mão mais firme escrevera o seguinte:
Dez pés.
As barras de prata estão no esconderijo norte. Pode ser encontrado por quem
segue na direção da colina de leste, dez braças ao sul do penhasco negro, olhando-o
de frente.
Era tudo. Todavia, esta mensagem, por resumida que fosse, e para mim sem pés nem cabeça, encheu o fidalgo e o Dr.
Livesey de alegria.
- Livesey - disse o fidalgo. - O senhor vai já pôr de lado a sua profissão que não lhe dá um chavo. Amanhã, meto os pés
a caminho de Bristol. Dentro de três semanas... três semanas! Quem é que disse três semanas?...
duas semanas...; dez dias, côa breca!... terei escolhido o melhor navio e a mais afinada tripulação deste reino! Vamos levar
aqui o Hawkins, como grumete2. E que extraordinário grumete não vais tu dar, Jim! O senhor, Livesey, vai ser o médico de
bordo; eu, o almirante. Levaremos, também, Redruth, Joyce e Hunter. Teremos ventos favoráveis. Faremos uma traves sia
rápida e daremos, sem mais demora, com o sítio onde está o dinheiro; daí em diante, poderemos nadar e folgar como patinhos,
além de comer à farta à custa dele!
- Trelawney - declarou o médico -, irei consigo e com Jim sem o menor receio, crente no êxito do empreendimento.
Todavia, há um homem a quem tenho medo.
-- Quem? - espantou-se o castelão. - Diga já o nome desse cachorro!
- E o senhor - respondeu o médico. - E o senhor, porque não sabe ter tento na língua! Para já, somos os únicos a ter
conhecimento do conteúdo deste papel. Mas os patifes que atacaram hoje a hospedaria... sem dúvida homens dispostos a
tudo..., os que ficaram a bordo do lugre, e ainda outros, que, atrevo-me a afirmar, não devem andar longe, todos devem estar
decididos, seja por que meio for, a apoderarem-se do tesouro. Por isso, sugiro que nenhum de nós ande só até se fazer ao mar.
Eu e Jim poderemos ficar juntos. Quando for a Bristol, leve consigo Joyce e Hunter. E, de 50 qualquer modo, é preciso que
nenhum de nós dê com a língua nos dentes. - Livesey - respondeu o castelão -, você tem sempre razão. Serei tão mudo como
uma tumba!
Robert Louis Stevenson, A Ilha do Tesouro
Responde às questões de forma estruturada. Sempre que necessário, volta a ler o texto.
a. Dimensões e. Rios
b. Coordenadas geográficas f. Lagoas
c. Curvas de nível g. Enseadas
d. Elevações montanhosas h. Portos
3. A mensagem presente nas costas do mapa suscita diferentes reações no narrador e nos seus companheiros.
3.1. !ndica-as, justificando a tua resposta com expressões do texto.
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4.Depois de observar o mapa, o fidalgo começa, desde logo, a planear a viagem.
4.1Indica o seu primeiro passo.
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5. Ao ouvir o fidalgo falar, um certo temor apodera-se do Dr. Livesey.
5.1 Transcreve do texto uma expressão que o comprove, explicitando-a.
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6.Face às palavras do Dr. Livesey, o castelão responde que será “tão mudo como uma tumba”. Explica o sentido da sua
resposta, identificando e comentando a expressividade da figura de retórica nela presente.
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Lê o texto B.
Já na Antiguidade, os homens tentavam recuperar as cargas perdidas em naufrágios mas só podiam contar com o seu
próprio fôlego. Sabe-se, no entanto, que conseguiam verdadeiras proezas, pois ainda hoje há quem mergulhe nas mesmas
circunstâncias. [...]
No século IX a. C, já havia mergulhadores especializados em recolher cargas de navios afundados. Aguentavam-se
debaixo de água bastante tempo graças a umas bolsas de pele que transportavam presas ao corpo. Enchiam-nas de ar recorrendo
a um fole, respiravam através de um tubo. [...]
Na época dos Descobrimentos - séculos XV/XVI - o tráfego marítimo cresceu 10 imenso e multiplicaram-se as riquezas
transportadas a bordo.
Os navios portugueses regressavam de Africa e do Oriente com os porões a abarrotar de ouro, marfim, pedras
preciosas, sedas, objetos de luxo. Quanto aos navios espanhóis, traziam da América quantidades impressionantes de ouro e
prata.
Acontece que nem todos chegavam a bom porto. Tempestades, incêndios, carga excessiva ou ataques de piratas
fizeram naufragar muitos navios que, ao afundarem, arrastavam para o fundo do mar tesouros incalculáveis! [...]
Os naufrágios despertaram cobiça de wreckers e de caçadores de tesouros. Os wreckers eram indivíduos que se
mantinham em terra, atentos à circulação de navios. Aproveitavam a escuridão, as noites de nevoeiro ou de tempestade para
provocarem naufrágios. O método mais comum era acenderem luzes numa zona bem recuada para iludir os marinheiros que,
julgando tratar-se de um farol, se aproximavam demasiado, levando o navio a espatifar-se de encontro às rochas. Enquanto as
tripulações e os passageiros lutavam para salvar a vida, os wreckers aplicavam-se a roubar. [...]
Os caçadores de tesouros limitavam-se a localizar navios afundados e organizavam expedições para se apoderarem da
carga. O primeiro de que há notícia era inglês, chamava-se William Phips e viveu no século XVII. A sua história é muito
simples: sabendo que o galeão espanhol Nossa Senhora da Conceição se afundara 3o com os porões a abarrotar de preciosidades
numa determinada zona de recifes da América Central, em 1641, decidiu tentar recuperar a carga. Para isso, apresentou o
projeto a nobres ingleses ricos, conseguiu convencê-los a financiarem uma expedição e, em 1687, retirou do fundo do mar 25
toneladas de prata e algum ouro! Depois desta experiência, sucederam-se outras, ora com êxito ora fracassadas. Mas a falta de
recursos técnicos era muito limitativa. Os caçadores de tesouros podiam saber notícias bastante seguras a respeito de um navio
afundado e não terem maneira de lá chegar.
Ana Maria Magalhães, Tesouros no fundo do Mar Português, Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos
Descobrimentos Portugueses, 1998(com supressões)
2. Assinala, para cada uma das alíneas seguintes (2.1. a 2.3.), a(s) opção(ões) correta(s), de acordo com o texto.
1.Todas as palavras das séries seguintes são preposições simples, exceto uma. Em cada série, coloca uma cruz sobre o
intruso.
Palavras Derivadas
Palavras Compostas
Conheceremos 2 b. Condicional
Escreve um texto narrativo, correto e bem estruturado, com um mínimo de 180 e um máximo de 220
palavras, selecionando uma das seguintes personagens para encarnares e que protagonizará a tua
narrativa:
a) pescador;
b) marinheiro de um navio mercante;
c) um capitão de um navio de guerra;
d) um faroleiro.
Na tua narrativa, deves descrever psicologicamente o protagonista da ação e incluir, pelo menos, um
momento de diálogo.
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Bom Trabalho!