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Instrumentação Industrial

Brasília-DF.
Elaboração

Reinaldo Borsato Rodrigues

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração


Sumário

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS......................................................................................... 9

CAPÍTULO 1
SENSORES COM SAÍDA TIPO ANALÓGICA PADRÃO.................................................................... 9

CAPÍTULO 2
SENSORES COM SAÍDA TIPO DIGITALIZADA.............................................................................. 22

CAPÍTULO 3
SENSORES COM SAÍDA TIPO DIGITAL....................................................................................... 28

CAPÍTULO 4
CONEXÕES ELÉTRICAS............................................................................................................ 32

CAPÍTULO 5
SENSORES COM SAÍDA NÃO PADRÃO..................................................................................... 43

CAPÍTULO 6
CIRCUITOS PADRONIZADORES................................................................................................. 49

UNIDADE II
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE.............................................................................................. 53

CAPÍTULO 1
SENSORES INDUTIVOS.............................................................................................................. 53

CAPÍTULO 2
SENSORES CAPACITIVOS......................................................................................................... 59

CAPÍTULO 3
SENSORES MAGNÉTICOS......................................................................................................... 63

CAPÍTULO 4
SENSORES FOTOELÉTRICOS..................................................................................................... 67

CAPÍTULO 5
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA.................................................................................................... 71

CAPÍTULO 6
SENSORES ULTRASSÔNICOS..................................................................................................... 74

PARA (NÃO) FINALIZAR...................................................................................................................... 85

REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 86
Apresentação

Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se


entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade.
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da
Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos


conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos
da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional
que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-
tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo


a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa

Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em


capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.

A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.

Provocação

Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.

Para refletir

Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.

Sugestão de estudo complementar

Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,


discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.

Praticando

Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer


o processo de aprendizagem do aluno.

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Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a


síntese/conclusão do assunto abordado.

Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões


sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o


entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Exercício de fixação

Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).

Avaliação Final

Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso,


que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber
se pode ou não receber a certificação.

Para (não) finalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem


ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

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Introdução
Instrumentação pode ser definida como “a ciência que estuda, desenvolve e aplica
instrumentos de medição e controle de processos”. A instrumentação industrial é uma
subárea, talvez a principal, do estudo da Automação Industrial.

Toda planta industrial possui os chamados elementos sensores. Esses dispositivos são
capazes de perceber determinado estímulo gerado por um fenômeno físico e transformar
esses estímulos em sinais elétricos, analógicos ou digitais, de maneira direta ou indireta.
Quando operam de forma direta, convertendo uma forma de energia na mesma forma,
são chamados transdutores.

A partir do sinal gerado pelos sensores por meio dos estímulos dos fenômenos físicos,
é possível efetuar o controle de uma máquina ou planta industrial. Bons exemplos são
o sensoriamento para monitoração de níveis de fluidos, controle de movimento de
robôs ou sistemas de controle de esteira para enchimento de garrafas de cerveja. Todo
processo industrial moderno tem um ou mais sensores.

É impossível listar todas as aplicações dos sensores na indústria, mas sempre existe
um sensor específico que se adéqua melhor a cada aplicação. O grande objetivo desta
disciplina é fazer com que o aluno conheça os principais sensores industriais, a natureza
dos sinais elétricos de suas saídas, os tipos de saídas e a padronização elétrica destes
sensores.

Com essas informações, independentemente da aplicação, será possível especificar


o elemento sensor correto para cada aplicação, ou ainda, realizar a manutenção
preventiva, preditiva ou corretiva de maneira otimizada, seja em uma planta industrial
ou em uma máquina.

Objetivos
»» Promover a efetiva especialização em fundamentos de instrumentação
industrial que possibilite ao aluno adquirir o know-how necessário para
aplicação destes conceitos em ambiente industrial.

»» Analisar os conceitos relativos à instrumentação eletrônica focada


em sensoriamento de modo a solucionar problemas utilizando os
conhecimentos adquiridos como ferramenta.

»» Compreender o papel e a importância da instrumentação industrial para


manutenção e projeto de plantas industriais.

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8
TIPOS DE SAÍDAS
DOS SENSORES UNIDADE I
INDUSTRIAIS

CAPÍTULO 1
Sensores com saída tipo analógica
padrão

Figura 1. Linha de montagem moderna dos veículos Ford Fusion.

Fonte: Figura editada e disponível em <http://www.abla.com.br/wp-content/uploads/2013/09/Montadora-linha-de-


montagem-3.jpg>. Acesso em: 2/11/2014>.

9
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 2. Linha de montagem antiquada dos veículos Ford Modelo

T.
Fonte: Figura editada e disponível em http://lh3.ggpht.com/lnjydQojYpQ/UlM2WppFDMI/AAAAAAAAlD8/1ElIqqeI4ho/Henry-Ford-
1913-inicio-linha-montag<em-T_thumb.jpg?imgmax=800>. Acesso em 2/11/2014.

Henry Ford foi o mestre na aplicação do conceito de linha de montagem. Antes


dele, veículos automotores eram artigos de luxo, disponíveis somente para uma
pequena elite. Esse conceito de montagem em série foi sendo gradativamente
aplicado em diversas áreas da produção industrial após o sucesso de Ford.

Contudo, o ser humano não é uma boa máquina para executar tarefas
extremamente repetitivas, visto que, é humanamente impossível, por exemplo,
apertar parafusos por 9 horas seguidas, 365 dias por ano, com a mesma
eficiência. Tão impossível quanto apertar, seria verificar se todos os parafusos
estão realmente apertados com o mesmo torque.

A automação industrial trouxe eficiência para linhas de montagens dos mais


diversos produtos e graças a ela, temos a chance de ter todos os bens de
consumo que nos circundam.

Instrumentação industrial é a chave para a eficiência quantitativa e qualitativa


dos processos industriais.

Sem “a ciência que estuda, desenvolve e aplica instrumentos de medição e


controle de processos”, poderíamos ter a chance de adquirir um Ford Fusion,
caso ele fosse construído nos padrões de montagem do modelo T? Será que
esse modelo de veículo, ou qualquer outro carro moderno existiria nos padrões
atuais? Com certeza, não.

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TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Sensores com saída tipo analógico padrão

Introdução

Em sistemas de automação industrial, a manipulação de grandezas físicas como pressão,


nível, umidade, entre outras, são comuns e corriqueiras.

Nos sistemas modernos de automação industrial, a interação entre todas estas grandezas
é normalmente controlada por um Controlador Lógico Programável (CLP) (PLC em
inglês).

O dispositivo CLP trabalha apenas com dados digitais (binários). Contudo, as grandezas
referidas acima (pressão, nível, umidade etc.) são de origem analógica e dessa forma,
geralmente, necessita-se de uma conversão A/D (analógico para digital) ou D/A (digital
para analógico). Vale ressaltar que essas conversões nunca são perfeitas e sempre
inserem erros ao sinal original. A figura a seguir ilustra sinais analógicos e digitais
hipotéticos referentes à temperatura medida em uma estufa.

Figura 3. Comparativo entre um sinal analógico e um digital em um sistema de controle de

temperatura de uma estufa.

Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>

Em sistemas analógicos, temos que um sinal elétrico é representado de maneira


proporcional à grandeza medida, compondo assim, uma faixa contínua com infinitos
de valores.

Tomando como base a tecnologia atual, na maioria dos casos, os sinais analógicos
são convertidos utilizando-se 4 bits, ou seja, temos 16 subníveis para representar a
informação analógica previamente digitalizada. Porém, em sistemas de precisão temos
conversões analógicas de até 12 bits, o que propicia 4096 subníveis para representação
do sinal analógico.

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UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

“Em um sistema de automação industrial podemos ter sinais analógicos ou digitais


(também chamados de sinais discretos), dependendo da grandeza de que se trata a
medida, porém no PLC (internamente) os dados são digitais, sendo que a conversão pode
ser realizada conforme técnica mostrada acima.” Trecho retirado da apostila “Variáveis de
processo e sinais padrão” – Professor Alexandre Lugli – INATEL.

Sinal padrão analógico

No estudo da instrumentação industrial temos basicamente a existência de dois tipos


de sinais que podem ter um padrão pré-estabelecido. São eles:

»» sinal elétrico;

»» sinal pneumático.

Iremos compreender as características de cada um deles.

Sinal elétrico padrão analógico

Os sinais elétricos analógicos denominados padrão podem ser mensurados tanto na


forma de tensão quanto de corrente. Tipicamente temos:

»» 4 a 20 m[A]: sinal elétrico padrão analógico de corrente. O valor mínimo


de uma determinada variável sobre análise pode ser dada, por exemplo,
pelo valor de 4m[A] (miliampère) e valor máximo de uma variável sobre
análise pode ser dada, por exemplo, pelo valor de 20m[A].

»» 1 a 5 [V]: sinal elétrico padrão analógico de tensão. O valor mínimo de


uma determinada variável sobre análise pode ser dada, por exemplo, pelo
valor de 1[V] (Volt) e valor máximo de uma variável sobre análise pode
ser dada, por exemplo, pelo valor de 5[V].

»» 0 a 20 m[A]: sinal elétrico padrão analógico de corrente. O valor mínimo


de uma determinada variável sobre análise pode ser dada, por exemplo,
pelo valor de 0m[A] (miliampère) e valor máximo de uma variável
sobre análise pode ser dada, por exemplo, pelo valor de 20m[A]. Esse
padrão está caindo em desuso e praticamente não é mais usado. O nível
0m[A] é mais suscetível a sofrer interferências devido a ruídos externos
transitórios e por isto esse padrão esta sendo deixado de lado.

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TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

»» 0 a 5 [V]: sinal elétrico padrão analógico de tensão. O valor mínimo de


uma determinada variável sobre análise pode ser dada, por exemplo, pelo
valor de 0[V] (Volt) e valor máximo de uma variável sobre análise pode
ser dada, por exemplo, pelo valor de 5[V]. Esse padrão está caindo em
desuso e praticamente não é mais usado. O nível 0[V] é mais suscetível a
sofrer interferências devido a ruídos externos transitórios e por isto esse
padrão esta sendo deixado de lado.

»» 0 a 10 [V]: sinal elétrico padrão analógico de tensão. O valor mínimo de


uma determinada variável sobre análise pode ser dada, por exemplo, pelo
valor de 0[V] (Volt) e valor máximo de uma variável sobre análise pode
ser dada, por exemplo, pelo valor de 10[V]. Esse padrão também está
caindo em desuso, contudo é possível encontrá-lo em plantas industriais
com mais frequência. O nível 0[V] é mais suscetível a sofrer interferências
devido a ruídos externos transitórios e por isto esse padrão esta sendo
deixado de lado.

Sinal pneumático padrão analógico

Temos tipicamente para instrumentos de controle, o sinal pneumático padrão 3-15 psi
(0.2-1 kgf/cm²).

Isso quer dizer que para um determinado instrumento de medição ou controle


pneumático, o valor de 3 psi pode indicar uma válvula totalmente aberta enquanto o
valor de 15 psi pode indicar uma válvula totalmente fechada.

Imaginando uma excursão de 0º (fechada) a 90°(aberta) dessa válvula, ângulos


intermediários entre aberto e fechado traduziriam pressões intermediárias entre 3-15
psi o que caracteriza a natureza analógica desse padrão.

O estudo da parte pneumática de instrumentação não faz parte do escopo desta


disciplina, visto que teremos uma disciplina específica neste curso sobre pneumática e
eletropneumática.

Fundamentos de aplicação dos sensores


A aplicação e utilização destes padrões dependem basicamente dos valores dessas
grandezas representadas por sinais elétricos padronizados de corrente (0-20mA ou
4-20mA), ou tensão (0-10V ou 1-5V).

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UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

O processo para se utilizar esses sinais padrões, consiste em especificar sensores que
enviam, para um sistema de controle, os sinais já padronizados.

O sistema de controle (normalmente um CPL) retorna os sinais para os atuadores


(saídas) utilizando-se normalmente dos mesmos padrões de tensão e corrente.

Contudo, temos que ter ciência que em algumas aplicações, sinais espúrios (não
desejados) chegam ao sistema de controle, por meio da fiação dos sensores e atuadores,
afetando seu funcionamento.

Dessa forma, é crucial a utilização de um dispositivo que possa isolar estes sinais
padrões do sistema de controle de tal forma a evitar a interferência. Essa isolação pode
ser feita por um elemento chamado de isolação galvânica.

Por fim, temos que destacar a existência de uma equivalência entre os sinais 4-20mA,
1-5V e 3-15psi (pode-se realizar conversões entre esses sinais).

A fim de demonstrar estes conceitos e conhecer demais características ligadas aos


sensores com saída padrão analógicos, iremos estudar a folha de dados e o manual
de instalação da família do sensor indutivo analógico padrão 4-20mA fabricado pela
empresa brasileira Sense Eletrônica.

Para acessar a folha de dados completa desta família de sensores, visite o


endereço eletrônico <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/
Sensor_%20Indutivo_Analogico_Folheto_Rev_B.pdf>. Acesso em: 2/11/2014.

Segue abaixo a folha de dados desta família de sensores analógicos com saída padrão.
Observe todos os parâmetros contidos nesta folha de dados.

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TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Figura 4. Folha de dados da família indutiva analógica Sense. O menor valor indicado na linha referente a

distância sensora nominal (Sn) corresponde a distância com que o alvo, neste caso, um objeto metálico, irá

apresentar 4mA em sua saída. O valor maior de (Sn) nesta mesma linha indica quando o sensor irá apresentar

20mA em sua saída.

Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>

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UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 5. Folha de dados da família indutiva analógica Sense. Na parte superior, o tópico “Configuração de

Saída” demonstra a tensão de alimentação deste sensor (15 a 30 Vcc) além de informar que a saída deverá ser

referenciada ao potencial negativo para que o sensor funcione.

Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>

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TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Podemos ter os mais diversos tipos de sensores com saída analógica padrão, que
trabalham com os mais diversos métodos e grandezas físicas para detecção. Nesse caso,
foi citado um dos milhares de tipos existentes, que é um sensor indutivo (detecta metal).

Para que possamos compreender melhor o método de aplicação prático dos sensores,
observe o exemplo a seguir.

Determine de forma ideal o valor da corrente de saída do sensor PA8-30GI50-


AN, estudado na folha de dados acima para o alvo padrão (objeto metálico
com dimensões estipuladas por norma e informado pelo fabricante) em uma
distância de:

a. 0,5mm.

b. 1mm.

c. Ponto médio de distância sensora.

d. 8mm.

e. 15mm.

f. Considerando o desvio de linearidade máximo informado pelo


fabricante, dado o alvo em 8mm de distância, qual é a maior e a menor
corrente que podemos obter em uma aplicação prática nesse caso?

RESOLVENDO:

Este sensor apresenta em sua saída o valor de 4mA para o alvo em 1mm e 20mA
para o alvo em 8mm.

a. O valor de distância do alvo em 0,5mm está fora da faixa especificada


de trabalho deste sensor. Desse modo teremos um valor de corrente
menor ou igual a 4mA para esse ponto.

b. O valor de distância do alvo em 1mm está no limite inferior da faixa


especificada de trabalho deste sensor. De forma ideal, sem levar em
conta os desvios ligados a linearidade e temperatura, teremos 4mA
para esse ponto.

c. A figura ajuda a resolver esta questão.

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UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 6.

Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>

»» O valor de distância 4,5mm equivale exatamente ao meio da faixa


de distância. Como a faixa de valores de distância varia de 1 a 8mm,
temos uma variação de distância de 7mm, (8mm-1mm = 7mm).

»» O ponto mediano deste valor de forma absoluta seria 3,5mm (7mm/2


= 3,5mm). Contudo, nosso referencial começa em 1mm e não em
0mm. Dessa forma, nosso ponto médio é dado pelo valor absoluto
adicionado ao valor inicial, ((7mm/2) + 1mm) = 4,5mm.

»» Na mesma analogia, o valor de corrente varia de 4 a 20mA e desse


modo temos uma variação de corrente de 16mA, (20mA – 4mA =
16mA).

»» O ponto mediano desse valor de forma absoluta seria de 8mA


(16mA/2 = 8mA). Contudo, nosso referencial começa em 4mA e não
em 0mA. Dessa forma nosso ponto médio é dado pelo valor absoluto
adicionado ao valor inicial, ((16mA/2)+4mA)) = 12mA.

»» Dessa forma, para o valor de corrente para o ponto médio de distância


sensora (4,5mm) é de 12mA.

a. O valor de distância do alvo em 8mm está no limite superior da faixa


especificada de trabalho deste sensor. De forma ideal, sem levar em
conta os desvios ligados à linearidade e à temperatura, teremos 20mA
para este ponto.

b. O valor de distância do alvo em 15mm está extrapolando o limite


superior da faixa especificada de trabalho desse sensor. De forma ideal,
sem levar em conta os desvios ligados à linearidade e à temperatura,
teremos uma corrente maior ou igual 20mA para esse ponto.

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TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

c. Segundo o fabricante, o desvio de linearidade máximo que podemos


ter nesse sensor é de +-10%. Dessa forma, para 8mm podemos ter no
pior caso os extremos de 18mA a 22mA.

Agora que você já compreendeu o básico sobre esse sensor, iremos estudar o manual de
instalação. Todos os fabricantes disponibilizam tanto a folha de dados quanto o manual
de instalação.

Para saber sobre as nuanças de cada tipo de sensor para utilização no dia a dia, estes
documentos costumam suprir todas as dúvidas.

Realize a leitura deste material e faça um paralelo do conhecimento já adquirido e


demais parâmetros presentes neste documento.

Para acessar o manual de instalação completo dessa família de sensores, visite


o endereço eletrônico <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq2/
Sensor_Indutivo_Analogico_Manual_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_Rev_B.
pdf>. Acesso em: 2/11/2014.

Figura 7. Manual de instalação da linha indutiva analógica Sense. Este documento costuma apresentar

informações completas (eletrônica/mecânica) que possibilitem a instalação do sensor.

Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>

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UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 8. Manual de instalação da linha indutiva analógica Sense. Este documento costuma apresentar

informações completas (eletrônica/mecânica) que possibilitem a instalação do sensor.

Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>

Características gerais dos sensores analógicos


Algumas características são gerais a todos os sensores Analógicos. As definições de cada
um dos parâmetros foram obtidas na apostila Sensores Industriais, professor Alexandre
Baratella Lugli, INATEL.

»» Linearidade: é o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado


e a grandeza física. Quanto maior, mais fiel é a resposta do sensor ao
estímulo. Os sensores mais usados são os mais lineares, conferindo mais
precisão ao seu controlador. Os sensores não lineares são usados em
faixas limitadas, em que os desvios são aceitáveis, ou com adaptadores
especiais, que corrigem o sinal.

»» Faixa de atuação: é o intervalo de valores da grandeza em que pode ser


usado o sensor, sem destruição ou imprecisão.

»» Sensores DC ou AC: sensores podem ser alimentados em corrente


contínua (geralmente entre 10Vcc à 30Vcc) ou corrente alternada
(geralmente 110Vac ou 220Vac).

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»» NPN: a carga é acionada por meio do negativo (transistor NPN) da fonte
de alimentação.

»» PNP: a carga é acionada por meio do positivo (transistor PNP) da fonte


de alimentação.

»» Distância Sensora: é a distância entre a cabeça do sensor (onde é feita


a detecção do material) até o alvo (material a ser detectado).

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CAPÍTULO 2
Sensores com saída tipo digitalizada

Características das saídas digitalizadas

Entre toda gama de saídas padrão, os sensores com saídas digitalizadas são os mais
incomuns.

A aplicação desses sensores se dá onde é preciso mensurar uma grandeza física analógica,
mas não há como efetuar o tratamento dessa informação pelo dispositivo de controle
industrial (normalmente um CLP) por falta de entradas analógicas para este fim.

Esse problema costuma ocorrer frequentemente com dispositivos CLP de baixo custo,
onde estes, não costumam apresentar slots para conexão de cartões analógicos de
controle.

Normalmente, os controladores lógicos programáveis são compostos de uma central de


processamento e as demais características de entradas e saídas (I/O – input/output),
são personalizáveis de acordo com a aplicação. Essas placas de I/O, também chamados
de cartões, são conectadas em slots que servem para interligação entre estas placas e a
central de processamento.

Em dispositivos de baixo custo, os I/Os estão ligados no mesmo hardware (parte


física) da própria central de processamento e não existe a possibilidade de mudança ou
inclusão de cartões.

Para que possamos utilizar sensores analógicos para medição neste contexto, temos
como solução a digitalização da informação, expressando o dado analógico em sub
faixas binárias por meio de um código, sendo este normalmente binary coded decimal
(BCD).

O quadro a seguir ajuda a compreender o código BCD.

22
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Quadro 1.

Valor Decimal Código BCD de 4 BITS


0 0000
1 0001
2 0010
3 0011
4 0100
5 0101
6 0110
7 0111
8 1000
9 1001
10 1010
11 1011
12 1100
13 1101
14 1110
15 1111

Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>

O quadro representa o código BCD e seu correspondente decimal. O valor mais a


direita da palavra binária é o bit menos significativo e o bit mais a esquerda é o mais
significativo.

Essa técnica de digitalização faz com que passemos a utilizar entradas digitais para
realizar medidas que não são digitais.

É obvio que o erro inserido é grande e está diretamente ligado ao número de bits que o
sensor digitalizado possui em sua saída. Quanto mais bits, maior a precisão, contudo,
mais entradas digitais teriam que ser para medição.

Para estudar as características desse tipo de sensor, tomaremos como base um sensor
indutivo que possui tanto saída analógica quanto digitalizada e codificada pelo código
BCD.

Esse sensor é fabricado pela empresa Balluff e podemos acessar a sua


folha de dados completa acessando o link <http://www.balluff.co.za/Weg-
Abstandmessung/en/PDF/FL_841144_EN.pdf>. Acesso em: 2/11/2014.

23
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 9. Trecho editado da folha de dados de um sensor indutivo da marca Balluff que possui saída digitalizada.

Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>

Observe na folha de dados acima que este sensor possui uma distância sensora de 3mm.
Podemos perceber na curva característica que para valores de distância do alvo inferiores
a 1mm o sensor indica nas saídas digitalizadas D0, D1, D2 e D3 o valor correspondente
a 0000. Isso quer dizer que ele está fora de faixa de operação, considerando o limite
inferior de distância.

Para valores de distância superiores a 3mm, teremos nas saídas digitalizadas D0,D1,D2
e D3 o valor correspondente a 1111, o que indica que o sensor está fora de faixa de
operação, considerando o limite superior de distância do alvo.

Dessa forma, esse sensor é capaz de realizar a medida de forma digitalizada, em uma
gama de variação de distância do alvo de 2mm (limite superior – inferior, ou seja, 3mm
– 1mm).

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TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Como temos 4 bits, são possíveis 16 combinações. Como as combinações 0000 e 1111
são utilizadas como sinalização para o sensor fora de faixa, temos 14 subníveis possíveis
para mensurar 2mm, o que da uma resolução de 0,142857mm por passo (2mm / 14).

Variações de distância inferiores a 0,142857mm não serão percebidas pelo sensor e


consequentemente pelo sistema de controle. Desse modo podemos dizer que o erro
máximo desse sensor é dado pela sua resolução, ou seja, 0142857mm.

Para que possamos compreender melhor o método de aplicação prático dos sensores
digitalizados, observe o exemplo a seguir.

Determine de forma ideal o valor da saída digitalizada composta pelos bits D3, D2,
D1e D0, do sensor BAW M12MP-UAZ50B-BV_ _-508 estudado na folha de dados
apresentada anteriormente para o alvo padrão (objeto metálico com dimensões
estipuladas por norma e informado pelo fabricante) em uma distância de:

a. 0,5mm.

b. 1mm.

c. Ponto médio de distância sensora.

d. 3mm.

e. 5mm.

RESOLVENDO:

Esse sensor apresenta em sua saída o valor BCD 0000 (D3, D2, D1 e D0) para o
alvo em distâncias menores que 1mm. Para distâncias do alvo superior a 3mm
temos os código BCD 1111 (D3, D2, D1 e D0).

a. O valor de distância do alvo em 0,5mm está fora da faixa especificada


de trabalho deste sensor. Desse modo teremos um valor BCD 0000.

b. O valor de distância do alvo em 1mm está no limite inferior da faixa


especificada de trabalho desse sensor. De forma ideal, sem levar em
conta os desvios ligados à linearidade e à temperatura, teremos um
valor BCD 0001 para esse ponto.

c. A figura a seguir ajuda a resolver esta questão.

25
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 10.

Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>

»» O valor de distância 2mm equivale exatamente ao meio da faixa de


distância. Como a faixa de valores de distância varia de 1 a 3mm, temos
uma variação de distância de 2mm, (3mm-1mm = 2mm).

»» Para essa variação absoluta de 2mm teremos uma variação de 14


passos BCD. Assim cada passo equivale a 0,142857m. O valor 1mm é
representado pelo BCD 0001. Se temos 14 passos, o passo intermediário
equivale ao passo 7. Como o primeiro passo é dado por BCD 0001, ao
se somar 7 (binário 0111), temos que o valor da saída BCD é dado por
1000.

d. O valor de distância do alvo em 3mm está no limite superior da faixa


especificada de trabalho desse sensor. Assim, teremos na saída BCD
1110.

e. O valor de distância do alvo em 5mm está extrapolando o limite


superior da faixa especificada de trabalho deste sensor. Assim, teremos
na saída BCD 1111.

No mercado existem diversos sensores que utilizam esse princípio de saída. Caso queira,
pesquise outros sensores que lidam com grandezas físicas diferentes e expressam o
sinal em sua saída de forma digitalizada.

26
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Características gerais dos sensores


digitalizados
Algumas características são gerais a todos os sensores Digitalizados. As definições de
cada um dos parâmetros foram obtidas na apostila Sensores Industriais, professor
Alexandre Baratella Lugli, INATEL.

»» Linearidade: é o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado


e a grandeza física. Quanto maior, mais fiel é a resposta do sensor ao
estímulo. Os sensores mais usados são os mais lineares, conferindo mais
precisão ao seu controlador. Os sensores não lineares são usados em
faixas limitadas, em que os desvios são aceitáveis, ou com adaptadores
especiais, que corrigem o sinal.

»» Faixa de atuação: é o intervalo de valores da grandeza em que pode ser


usado o sensor, sem destruição ou imprecisão.

»» Sensores DC ou AC: sensores podem ser alimentados em corrente


contínua (geralmente entre 10Vcc à 30Vcc) ou corrente alternada
(geralmente 110Vac ou 220Vac).

»» NPN: a carga é acionada por meio do negativo (transistor NPN) da fonte


de alimentação.

»» PNP: a carga é acionada por meio do positivo (transistor PNP) da fonte


de alimentação.

»» Distância Sensora: é a distância entre a cabeça do sensor (onde é feita


a detecção do material) até o alvo (material a ser detectado).

27
CAPÍTULO 3
Sensores com saída tipo digital

Definições iniciais de eletrônica digital


aplicadas na instrumentação industrial
Por definição, um circuito digital utiliza um conjunto de funções lógicas, onde podemos
relacionar diversas variáveis de entrada de modo a se obter um resultado lógico em
uma ou mais saídas.

No caso da instrumentação industrial estas variáveis de entrada podem estar relacionadas


com grandezas e fenômenos físicos tais como, pressão (presença ou ausência), detecção
de um material qualquer (presença ou ausência), detecção de uma determinada cor
(presença ou ausência) etc.

A faixa de valores que uma determinada variável pode assumir depende da característica
do problema a ser resolvido e do tipo de grandeza ou fenômeno físico a ser tratado.
Desse modo, seguem abaixo as características das variáveis lógicas.

»» uma variável lógica pode assumir somente um de dois valores possíveis


em um determinado instante de tempo. (Verdadeiro ou Falso, “1” ou “0”,
“-1” ou “+1”, no instante de análise);

»» cada valor de uma variável lógica está ligado a um significado. (Se a


variável X for igual a “1”, o motor deve ligar, se a variável X for igual a
“0”, o motor deve desligar);

»» os dois valores possíveis de uma variável lógica são mutuamente


exclusivos. (Se a variável X for igual “1” o motor deve ligar, logo não
podemos ter ao mesmo tempo a variável X igual a “0”. O motor deve estar
ligado ou desligado).

No caso dos sensores industriais, as variáveis de entrada podem não estar bem definidas
do ponto de vista lógico, visto que grandezas físicas normalmente não são discretas,
mas as variáveis de saída sempre deverão apresentar o valor “1” ou “0”, verdadeiro ou
falso.

28
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Mesmo que as variáveis de entrada não sejam discretas (temperatura, pressão, vazão
etc.), existe dentro dos sensores digitais uma função que é chamada de limiar de
comutação.

Por exemplo, imagine um sensor de temperatura digital (dois estados lógicos para a
saída, “1” ou “0”). O sensor irá apresentar em sua saída nível “1” quando a temperatura
for maior que 27°C e nível lógico “0”, quando a temperatura for menor ou igual a 27°C.

A variável de entrada temperatura pode mudar indefinidamente por toda faixa de


valores, contudo o sensor só irá detectar a variação ao redor de 27°C (saída digital).

Outro exemplo é a presença da mão de um operador de uma prensa hidráulica sob


a região onde a prensa atua. Se a mão do operador estiver em uma região proibida
(sensor de presença acionado) a prensa não pode atuar por questões de segurança,
mas, se a mão do operador não estiver nessa região (sensor de presença desacionado),
a prensa pode trabalhar normalmente.

Esta lógica se repete para a grande maioria das aplicações industriais, pois em todos
os casos que se necessita detectar um evento qualquer, a condição lógica verdadeira ou
falsa é utilizada.

Assim, os sensores com saída digital são os mais comuns do mercado, visto que são
capazes de atender todas as aplicações onde não se necessita efetuar uma medida de
valores e sim, efetuar a detecção de um evento.

Dadas essas características, os sensores com saídas digitais são utilizados frequentemente
em substituição às chaves de fim de curso convencionais, com a vantagem de não ter
contato físico e consequentemente não sofrer desgaste mecânico.

Definições lógicas aplicadas na instrumentação


industrial

Conforme já explicitado temos que uma variável lógica X pode assumir dois valores,
tais como, Verdadeiro ou Falso, ou, “1” ou “0”.

Em eletrônica digital é convencional a utilização de uma faixa de valores de tensão


compatíveis com o padrão lógico. Isso se dá, pois é necessário padronizar e definir se
uma variável lógica representa o resultado verdadeiro ou falso.

Desse modo, podemos definir:

29
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

»» lógica positiva: a tensão mais positiva representa o valor verdadeiro/


“1” e a tensão mais negativa representa o valor falso / “0”. No caso
dos sensores costuma-se dizer que esse sensor, nesse caso, é do tipo
Normalmente Aberto (NA), ou Normally Open (NO). Isso quer dizer que
a saída será acionada quando ocorrer o evento a ser detectado.

»» lógica negativa: a tensão mais negativa representa o valor verdadeiro


/ “1” e a tensão mais positiva representa o valor falso / “0”. No caso
dos sensores, costuma-se dizer que esse sensor, nesse caso, é do tipo
Normalmente Fechado (NF) ou Normally Close (NC). Isso quer dizer que
a saída será desacionada quando ocorrer o evento a ser detectado.

Fundamentos de aplicação dos sensores


digitais
Nos capítulos seguintes iremos estudar os fundamentos no que diz respeito à construção
de cada um dos principais sensores industriais utilizados. Nesse momento, iremos
tomar como base um sensor de proximidade capacitivo para análise de dados relevantes
sobre os sensores com saídas digitais.

Os sensores capacitivos detectam qualquer tipo de massa, logo, são aplicados onde
existe a necessidade de detecção de materiais não metálicos como plásticos, madeiras e
resinas. São utilizados, também, para detecção do nível de líquidos e sólidos.

Iremos tomar como base o sensor CS10-30GI70-A-J fabricado pela empresa


Sense Eletrônica. É possível acessar a sua folha de dados completa acessando
o link <http://www.sense.com.br/produtos/detalhes/85025/por/1/85/sensores/
capacitivos-tubulares/CS10-30GI70-AJ>. Acesso em: 2/11/2014.

Esse documento costuma suprir todas as dúvidas sobre a instalação, operação e


utilização desse tipo de sensor no dia a dia.

30
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Figura 11. Trecho editado da folha de dados de um sensor capacitivo da marca Sense que possui saída digital.

Fonte: http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense

Realize a leitura deste material e faça um paralelo do conhecimento já adquirido e


demais parâmetros presentes neste documento. Não se esqueça de observar o diagrama
de conexões.

Características gerais dos sensores digitais


Algumas características são gerais a todos os sensores Digitais. As definições de cada
um dos parâmetros foram obtidas na apostila Sensores Industriais, professor Alexandre
Baratella Lugli, INATEL.

»» Faixa de atuação: é o intervalo de valores da grandeza em que pode ser


usado o sensor, sem destruição ou imprecisão.
»» Histerese: é a distância entre o ponto de acionamento e desacionamento
de um sensor.
»» Sensores DC ou AC: sensores podem ser alimentados em corrente
contínua (geralmente entre 10Vcc à 30Vcc) ou corrente alternada
(geralmente 110Vac ou 220Vac).
»» NPN: a carga é acionada por meio do negativo (transistor NPN) da fonte
de alimentação.
»» PNP: a carga é acionada por meio do positivo (transistor PNP) da fonte
de alimentação.
»» Distância Sensora: é a distância entre a cabeça do sensor (onde é feita
a detecção do material) até o alvo (material a ser detectado).

31
CAPÍTULO 4
Conexões elétricas

Saídas de contatos
Podemos definir que existem três tipos de saídas de contato. As saídas são: Normalmente
Aberta (NA), Normalmente Fechada (NF) e Reversível (R, ou NA + NF).

»» Saída Normalmente Aberta: é o tipo de saída que se encontra


desacionada quando o sensor não está atuado, ou seja, sem que o sensor
detecte algo, a carga está desenergizada. A função se inverte ao se atuar
o sensor.

Figura 12.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

»» Saída Normalmente Fechada: é o tipo de saída que se encontra


acionada quando o sensor não está atuado, ou seja, sem que o sensor
detecte algo a carga está energizada. A função se inverte ao se atuar o
sensor.

Figura 13.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

»» Saída Reversível: é o tipo de saída que possui dupla função. Se a saída A


está desacionada, a saída B está acionada ou vice-versa. Também é conhecida
como saída dois fios NA+NF.

32
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Figura 14.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Padrões de conexões elétricas


Em um sensor ou instrumento industrial, os terminais de saída são marcados a partir
das cores dos cabos de conexão. Existem dois padrões, o convencional (caiu em desuso)
e o sistema adotado pela norma DIN.

As figuras a seguir ilustram ambos os padrões. É importante ressaltar que mesmo caindo
em desuso, o padrão convencional ainda pode ser encontrado em plantas industriais e
máquinas antigas, por isso ter conhecimento desse padrão é fundamental para alguma
possível manutenção.

Figura 15. Ilustra o sistema convencional para conexões elétricas. Os fios são compostos por

1 - Preto (negativo), 2 - Azul (NF), 3 – Vermelho (positivo) e 4- Branco (NA).

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

33
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 16. Ilustra o sistema DIN para conexões elétricas. Os fios são compostos por

1- Marrom (positivo), 2 - Branco (NF), 3 - Azul(negativo) e 4 – Preto (NA).

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Observe que os dois padrões não são compatíveis. A ligação de forma errada pode por
ventura, queimar tanto o sensor quanto os dispositivos de controle. Fique atento.

Sensores em corrente contínua


Os chamados sensores em corrente contínua tem a capacidade de chavear cargas ligadas
em suas saídas. Essas saídas podem ser do tipo NPN ou PNP. Os termos NPN e PNP
dizem respeito ao tipo de transistor que está presente na saída do sensor.

Saídas NPN

Nessa configuração, o transistor de saída chaveia o negativo da fonte. Existem algumas


possibilidades para as saídas NPN conforme podemos ver nas figuras abaixo.

34
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Figura 17. Saída NPN convencional.

Onde T1 é o transistor de saída, Ra é a resistência de saída, D1 é o diodo de proteção contra quebra do cabo e Z1 é o zener
de proteção contra cargas indutivas.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Quando utilizarmos uma carga indutiva com corrente de consumo superior a 100mA
é recomendável a inclusão do diodo D2 ligado reversamente em paralelo com a carga.
Esta é uma proteção adicional contra cargas indutivas.

Possibilidades da saída NPN

Observe as figuras a seguir. Elas retratam todas as possibilidades para a saída NPN.

Figura 18. Configuração NPN normalmente aberta (NA).

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Figura 19. Configuração NPN normalmente fechada (NF).

Fonte: Figura editada apostila Sensores- Professor Alexandre Lugli-INATEL.

35
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 20. Configuração NPN reversível (NA + NF).

Fonte: Figura editada apostila Sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Saídas PNP

Nessa configuração, o transistor de saída chaveia o positivo da fonte. Existem algumas


possibilidades para as saídas PNP conforme podemos ver nas figuras a seguir.

Figura 21.

Onde T1 é o transistor de saída, Ra é a resistência de saída, D1 é o diodo de proteção contra quebra do cabo e Z1 é o Zener
de proteção contra cargas indutivas.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Quando utilizarmos uma carga indutiva com corrente de consumo superior a 100mA
é recomendável a inclusão do diodo D2 ligado reversamente em paralelo com a carga.
Essa é uma proteção adicional contra cargas indutivas.

Possibilidades da saída PNP

Observe as figuras a seguir. Elas retratam todas as possibilidades para a saída NPN.

36
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Figura 22. Configuração PNP normalmente aberta (NA).

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Figura 23. Configuração PNP normalmente fechada (NF).

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Figura 24. Configuração PNP reversível (NA + NF).

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Associação de saídas em corrente contínua

Associação série

Nesse tipo de associação problemas podem acontecer devido ao parâmetro chamado


Vdrop ou queda de tensão no sensor. Normalmente, cada saída apresenta uma queda

37
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

de tensão de aproximadamente 1V, ou seja, se estivermos alimentando esse sensor com


24VDC teremos somente 23VDC em sua saída.

Normalmente, a faixa de tensão de alimentação desses sensores é de 10 a 30 VDC. Se


estivermos alimentando um sensor com 24 VDC, poderemos ligar até 14 sensores em
série (14VDC de Vdrop). Dessa forma o último sensor seria alimentado com 10 VDC que
é seu limite inferior de tensão de funcionamento.

Figura 25.

Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Associação paralela

Nesse tipo de associação não ocorrem problemas do ponto de vista de alimentação,


mas podem ocorrer problemas de realimentação negativa. Devemos tomar o cuidado
de instalar um diodo em cada saída dos sensores para eliminar a ocorrência desse
problema.

38
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Figura 26.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Sensores em corrente alternada


Os chamados sensores em corrente alternada foram construídos com a finalidade de
substituição direta das chaves de fim de curso mecânicas. Esses sensores podem operar
em faixas de tensão de 20 a 250 VCA ou 90 a 250 VCA, sendo também aplicados para
cargas indutivas.

Esses sensores possuem um tiristor (SCR) que efetua o chaveamento da carga ligada
em série com ele. Quando a saída do sensor está desacionada, o tiristor fica cortado e a
carga desenergizada.

Caso a saída do sensor esteja acionada, o tiristor satura, passando a conduzir energia
para a carga.

Ligação dos sensores alternados

Nesse tipo de saída, dependendo do modelo do sensor, o sensor é ligado diretamente


na fonte alternada de alimentação com a carga em série. Cuidado! Ligar o sensor sem
carga irá queimá-lo e é perigoso. Um bom aterramento é fundamental para evitar riscos
de choque elétrico. Observe as figuras a seguir para conhecer todos os tipos de saídas
alternadas.

39
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 27. Configuração normalmente aberta dois fios (NA) e normalmente fechada (NF) dois fios.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Figura 28. Configuração normalmente aberta três fios (NA) e normalmente fechada (NF) três fios.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Figura 29. Configuração reversível (NA+NF) quatro fios.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Associação de saídas em corrente alternada

Associação série

Para sensores dois fios é recomendável que se ligue somente dois sensores em série,
devido à questão da queda de tensão nos sensores (Vdrop).

40
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Figura 30.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Já para sensores três fios, não existem restrições para a ligação, visto que a queda de
tensão é praticamente desprezível. Observe a ligação da figura a seguir.

Figura 31.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

Normalmente, a faixa de tensão de alimentação destes sensores é de 10 a 30 VDC. Se


estivermos alimentando um sensor com 24 VDC, poderemos ligar até 14 sensores em
série (14VDC de Vdrop). Dessa forma, o último sensor seria alimentado com 10 VDC
que é seu limite inferior de tensão de funcionamento.

Associação paralelo

Não é aconselhada a ligação de sensores de corrente alternada dois fios em paralelo


devido a particularidades internas de construção. Para ligações de sensores com três e
quatro fios, observe as figuras a seguir.

41
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 32.

Fonte: Figura editada apostila sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

42
CAPÍTULO 5
Sensores com saída não padrão

Introdução aos sensores com saída não


padrão
Atualmente, no mercado, existe uma infinidade de sensores cuja saída pode ser definida
como não padrão. Esses sensores podem ser das famílias de áudio, biomédicos, de
capacitância, de fluxo, magnéticos, de pressão, de temperatura, de luz etc.

A fim de conhecer um pouco sobre os sensores, acesse o link: <http://br.mouser.


com/Search/Refine.aspx?N=254539>. Acesso em: 2/11/2014. Este link é do site
da distribuidora de componentes eletrônica Mouser, com o filtro aplicado para
a palavra sensor. Observe que são mais de 20000 tipos de sensores diferentes.

Diante desta variedade, iremos elucidar neste capítulo, os principais sensores aplicados
em automação industrial que possuem característica de saída não padrão de tal forma
a formar um alicerce para a busca do conhecimento.

Caso você utilize ou precise de um sensor diferente dos estudados, saiba que o site
referenciado acima é uma boa fonte de pesquisa e, as teorias de padronização das saídas
que serão estudadas no capítulo seguinte, poderão ser aplicadas em quaisquer sensores
a serem utilizados.

Alguns sensores com saída não padrão


Conforme já explicitado, tendo em vista a grande quantidade de sensores e famílias
disponíveis, iremos estudar neste capítulo alguns sensores com saída não padrão que
trabalham com as temperatura e luz.

Sensores de temperatura

O controle de temperatura se faz necessário em diversos processos industriais e


equipamentos. Podemos citar as aplicações de refrigeração de alimentos e compostos
químicos, produção de ligas metálicas ou termoplásticas, destilação de derivados do
petróleo e bebidas, aquecedores e refrigeradores, usinas térmicas e nucleares etc.

43
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Estudaremos a introdução a alguns sensores de temperatura utilizados em aplicações


industriais e comerciais.

PTC e NTC

O Negative Temperature Coeficient (NTC) é um sensor que sua resistência elétrica varia
com valor inversamente proporcional à temperatura. Sua composição físico-química se
dá pela junção de elementos semicondutores com óxido de ferro, magnésio e cromo. A
seguinte equação representa este sensor.

R = A.e-B/T [Ω]

Onde:

R é a resistência dada em Ohm.

A e B são componentes da composição química, devem ser consultados para NTC


utilizado.

e é o número de Neper (2.718).

T é a temperatura em graus Celsius. Para obter em Kelvin basta subtrair 273 da


temperatura em Celsius.

Devido a seu comportamento não linear, o NTC é utilizado numa faixa pequena de
temperatura, em que a curva é próxima de uma reta, ou com uma rede de linearização.

Por fim, o NTC é empregado em temperaturas de até aproximadamente 150º C.

Já o Positive Temperature Coeficient (PTC) é um sensor onde sua resistência elétrica


varia com valor diretamente proporcional à temperatura.

Seu uso mais frequente se dá em sistemas de proteção, atuando como sensor sobre
temperatura ou sobre corrente. Funciona como um fusível térmico que pode ser
rearmável.

Termopar

O termopar é um sensor que é construído a partir da junção de dois condutores metálicos


de natureza distinta, na forma de ligas puras e homogêneas.

Os dois fios são soldados em um dos extremos. Esta junção é chamada de junta quente
ou junta de medição.

44
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

A outra extremidade, que não foi soldada, apresenta os dois condutores que são ligados
no instrumento de medição. Essa junção, desses condutores com o equipamento de
medição é chamada de junta fria ou junta de referência.

A diferença de temperatura entre essas juntas gera uma tensão, que será utilizada para
a medição da temperatura. A variação da temperatura muda a tensão que é lida pelo
instrumento de medição. A equação abaixo demonstra esse comportamento.

V = K.T m[V]

Onde:

V é a tensão gerada na junta quente que será medida pelo instrumento de medição,
dado em milivolts.

K é uma constante que é dada para cada par de metais, sendo utilizável até seu limite
térmico.

T é a temperatura em graus Celsius.

O quadro a seguir ilustra dois termopares comerciais de ligas distintas e suas


características de temperatura de operação e fator K.

Quadro 2.

Ligas Metálicas Faixa de temperatura Constante K


Cobre – Constantán -184°C a 370°C 0.1mV/°C
Ferro – Constantán 0 a 760°C 0.0514mV/°C
Fonte: Próprio autor.

Os termopares são conhecidos no mercado por meio do seu tipo. Eles podem ser dos
tipos T, K, R, S, J, E, B e N. Iremos estudar os tipos de termopar no Capitulo 5 – Medição
de temperatura.

Faça uma pesquisa e levante qual a faixa de temperatura de trabalho de cada um


dos tipos de termopares citados anteriormente.

PT 100

O PT 100 é um dispositivo onde a variação da temperatura provoca a variação de sua


resistência. Os materiais mais utilizados para a construção desse tipo de sensor são a
Platina, Níquel ou o Cobre.

45
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

O sensor baseado em platina é o mais utilizado industrialmente devido a sua grande


estabilidade e precisão.

Esse sensor possui uma curva característica padronizada e não linear, conforme norma
DIN-IEC 751-1985.

A informação mais importante deste sensor é que ele tem como característica uma
resistência de 100 ohms a 0ºC (PT 100).

A variação do coeficiente de temperatura é positiva, assim, quanto maior a temperatura,


maior será o valor da resistência. Tomando como base o sensor de platina pura, temos
um erro na medida da temperatura que pode variar entre 0,2% e 0,1%, para uma faixa
de temperatura trabalho de -200ºC a 600ºC.

Podemos ressaltar também que esse dispositivo é mecanicamente frágil levando-se em


conta ambientes que demandam robustez.

O desvio de linearidade pode ser desprezível para algumas aplicações, mas em processos
industriais mais refinados, esse desvio deve ser levado em consideração.

Sensores de temperatura integrados

Existem circuitos integrados no mercado que desempenham o papel de medição de


temperatura com grande precisão e linearidade.

Uma opção que pode ser estudada é o LM335, componente fabricado pela Texas
Instruments, que mede de -40 a 100°C em modo contínuo.

Podemos conferir as características deste circuito integrado no link: <http://


www.ti.com.cn/cn/lit/ds/symlink/lm335.pdf>. Acesso em: 2/11/2014.

Outra opção é o AD592, componente fabricado pela Analog Devices, que mede de -25 a
105°C e com excelente linearidade, de 0 a 70°C.

Podemos conferir as características desse circuito integrado no link a seguir:


<http://www.analog.com/static/imported-files/data_sheets/AD592.pdf>.
Acesso em 2/11/2014.

46
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Faça um estudo completo de ambas as folhas de dados, tendo como foco as


características elétricas e de aplicação de cada um dos dispositivos.

Sensores de luz

Os sensores de luz podem ser utilizados em diversas aplicações como fotometria


(incluindo analisadores de algumas substâncias químicas), sistemas de controle baseados
em luminosidade do ambiente (como postes de iluminação pública) ou sensores de fim
de curso e posição. Vamos estudar a introdução a alguns destes dispositivos em questão
com saída não padrão.

LDR

O sensor Light Dependent Resistor (LDR) é um dispositivo que tem sua resistência
elétrica diminuída em função da iluminação sobre sua face sensora.

Sua composição físico-química é baseada em ligas semicondutoras e no sulfeto de


cádmio.

Seu funcionamento se dá devido à energia luminosa reagir com o substrato de sulfeto


de cádmio de tal forma que os elétrons são deslocados da camada de valência (mais
próxima do núcleo atômico) para a camada de condução (mais externa ao núcleo, com
mais elétrons livres). Com o aumento de elétrons na banda de condução a resistência
diminui.

A resistência desse dispositivo varia de alguns mega Ohms (total escuridão), a até
centenas de Ohms, sobre a exposição de luz intensa.

Os LDR são comumente utilizados em relés fotoelétricos (como as fotocélulas de poste),


fotômetros e alguns sistemas de equalização de luminosidade ambiente. Suas aplicações
são um pouco restritas, pois esse sensor possui um tempo de resposta lento em função
de variações de luminosidade.

Foto diodo

O foto diodo nada mais é que um diodo com sua região de junção exposto à luz. A
incidência da energia luminosa faz com que os elétrons sejam deslocados da banda
de valência para a de condução, reduzindo a barreira potencial devido ao número de
elétrons que podem vir a circular em polarização reversa.

47
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

A corrente que circula pelos fotos diodos normalmente varia de alguns miliampères a
dezenas de miliampères, para grande luminosidade incidente sobre o dispositivo.

Diferentemente dos LDR, os foto diodos podem ter resposta espectral de comprimento
de onda ajustados pelos fabricantes para trabalhar do infravermelho, passando pelo
espectro visível, ao ultravioleta, dependendo dos materiais de construção empregados
no sensor.

Esse componente pode ser utilizado em uma enorme gama de funções tais como,
sistemas de telecomunicação por fibra óptica, controles remotos, leitores de CDs,
sensores de posição e velocidade etc. Esse dispositivo possui excelente tempo de
resposta ao estímulo luminoso.

Foto transistor

O foto transistor nada mais é que um transistor com sua região de junção base-coletor
exposta à luz, funcionando como um foto diodo. Suas aplicações são as mesmas dos
fotos diodos, mas, normalmente os fotos transistores são mais lentos, o que limita
sua aplicação em sistema de fibra óptica e sistemas de comunicação de alta taxa de
transmissão de dados.

As nuanças de projeto (capacitância de entrada, tempo de resposta, circulação de


corrente sobre escuridão) fazem com que os projetistas de circuitos eletrônicos optem
por um foto diodo ou foto transistor.

48
CAPÍTULO 6
Circuitos padronizadores

Por que padronizar?


Conforme estudamos nos capítulos anteriores, existem alguns padrões industriais do
ponto de vista elétrico e pneumático.

Se cada empresa que desenvolve equipamentos para instrumentação industrial


simplesmente resolvesse utilizar um padrão proprietário para todo tipo de instrumento,
essa empresa deveria desenvolver obrigatoriamente toda gama de instrumentos que se
poderia aplicar em uma planta industrial, e é óbvio que isso não é viável. Além do mais,
seus clientes ficaram “amarrados” não tendo a possibilidade de buscar alternativas em
outros fabricantes.

Então, os sensores não padrão, para serem aplicados em ambiente industrial, necessitam
de um circuito padronizador que converta sua saída (tensão, corrente, resistência) em
um valor padronizado de grandeza para que os instrumentos de medição consigam
interpretar essa medida.

Nesse capítulo o intuito é compreender o que é um dispositivo padronizador e não


trabalhar com análise de circuitos, pois não é o foco do curso. Faremos a análise desse
equipamento para que seja possível a familiarização com esse tipo de equipamento que
é comumente encontrado em campo.

Iremos conhecer um instrumento padronizador que se aplica em converter o sinal de


um termopar para o padrão de corrente 4 a 20 mA ou 1 a 5 V.

A fim de compor sua biblioteca pessoal, o link a seguir lista uma série de instrumentos
padronizadores fabricados pela empresa Sense Eletrônica que podem ser aplicados em
atmosferas potencialmente explosivas.

<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Seguran%C3%A7a_
Intr%C3%ADnseca_Folheto_Rev_C.pdf>. Acesso em: 2/11/2014.

49
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Exemplo de instrumento padronizador para


termopar
O instrumento que iremos estudar se chama KD-45TA/EX. Esse equipamento tem por
finalidade converter o sinal do termopar, em sinal analógico de corrente (padronizado),
permitindo que o termopar possa ser instalado em áreas potencialmente explosivas
livrando-as do risco de explosão, que por efeito térmico ou faísca elétrica.

Caso deseje saber mais sobre as informações iniciais sobre esse produto, sua folha de
dados pode ser acessada no link abaixo.

<http://w w w.sense.com.br/produtos/detalhes/121021/por/9/121/
instrumentos/linha-kd-ex/KD-45T/Ex>. Acesso em: 2/11/2014.

Para um estudo completo sobre esse instrumento, é recomendável o estudo


complementar do manual de instalação desse dispositivo no link abaixo. Alguns trechos
dos textos descritivos foram retirados desse documento.

<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq2/KD-45TA_Manual_de_
Instala%C3%A7%C3%A3o_Rev_F.pdf>. Acesso em: 2/11/2014.

A foto desse produto pode ser verificada a seguir:

Figura 33. Conversor para termopar KD-45TA/EX.

Fonte: Figura acessada e disponível em <www.sense.com.br>. Acesso em: 2/11/2014.

50
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I

Características gerais do instrumento

Vejamos a seguir a relação das principais características gerais deste instrumento


conversor.

»» Tensão de alimentação: 24V+-10%.

»» Corrente de consumo: <110mA.

»» Saída analógica: configurável nos padrões de 4-20mA ou 1-5 mA.

»» Programação: por meio de chave tipo DIP switch para seleção de saída
de tensão ou corrente e tipo do termopar.

»» Proteção dos dados: de entrada, com indicação de curto circuito ou


quebra do cabo.

»» Elemento de Campo (Sensor): Termopar, tipo ajustável no


instrumento.

»» Ajuste de Zero (valor medido pelo termopar que irá equivaler


a 4mA): por meio de trimpot multi voltas.

»» Ajuste de Span (valor medido pelo termopar que irá equivaler


a 20mA): por meio de trimpot multi voltas.

»» Impedância de entrada: <10 Ohms.

»» Precisão de conversão: <10 uA.

»» Sinalização de alimentação: Led verde.

»» Sinalização de falha: Led vermelho.

De posse desses dados é possível compreender o diagrama de ligação desse instrumento


com a alimentação e o sensor termopar.

Diagrama de ligações e ajuste do instrumento

Observe a figura a seguir. Nela é possível verificar todo esquema de ligação e ajuste do
instrumento.

51
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS

Figura 34.

Fonte: Figura acessada e disponível em <www.sense.com.br>. Acesso em: 2/11/2014.

Características de ligação desse conversor são facilmente encontrados nessa figura,


contudo, vale ressaltar que os ajustes do tipo do termopar bem como as condições de
zero, spam e falha devem ser feitos antes do startup da planta industrial. Durante os
ajustes condições indesejáveis de saída podem surgir. Certifique-se que a peça esta
devidamente ajustada antes de aplicá-la em suas funções.

A figura a seguir visa auxiliar o instrumentista para a correta ligação do instrumento.


Seguido as informações, o instrumentista não terá dificuldade para instalação e
utilização do equipamento.

Figura 35.

Fonte: Figura acessada e disponível em <www.sense.com.br> – acessado e disponível em 2/11/2014.

Neste capítulo vimos um instrumento industrial específico para conversão de


temperatura (termopar) para tensão ou corrente. Existe uma infinidade de instrumentos
para as mais variadas aplicações, contudo, compreendendo quais as características de
funcionamento e instalação, é possível operar quaisquer instrumentos sem maiores
complicações.

52
SENSORES
INDUSTRIAIS DE UNIDADE II
PROXIMIDADE

CAPÍTULO 1
Sensores indutivos

Sensores de proximidade indutivos


Para tratar dos sensores de proximidade indutivos iremos tomar como base o artigo
escrito pelos professores Reinaldo Borsato Rodrigues e Alexandre Baratella Lugli
“Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial”. Esse artigo foi
apresentado no congresso internacional de automação industrial da Brazil Automation
2013 e boa parte deste conteúdo será transcrito.

Introdução aos sensores indutivos


Os sensores indutivos ou sensores de proximidade indutivos são dispositivos utilizados
em processos industriais, tendo grande importância na fabricação e operação de
máquinas e equipamentos onde se deseja detectar objetos metálicos. Sua introdução
no mercado aconteceu em substituição às chaves fim de curso, pois esses dispositivos
são capazes de realizar a comutação de um contato sem a necessidade do contato físico
o que, na grande maioria das aplicações, é uma considerável vantagem, devido a fatores
como desgaste, vida útil e repetibilidade.

Hoje, no mercado, é possível verificar a existência de uma gama de sensores indutivos,


os quais possuem características diversificadas. Pode-se averiguar que as principais
diferenças entre os sensores de proximidade são referentes às dimensões, as quais são
normalmente tubulares de diversos diâmetros, à distância sensora, à tecnologia de
detecção, ao tipo de saída, que pode ser analógica, digitalizada ou, mais comumente,
digital (on/off) em corrente contínua ou alternada, entre outros parâmetros.

53
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Para os sensores indutivos digitais (on/off) alimentados em corrente contínua (CC), as


saídas normalmente possuem a opção de serem NPN ou PNP, onde esta nomenclatura
diz respeito ao tipo de transistor que se encontra em sua saída. Em dispositivos NPN
a carga deve ser ligada da saída para o positivo enquanto em saídas PNP a carga deve
estar ligada ao negativo.

Existem opções de saídas normalmente abertas (NA) e normalmente fechadas (NF)


além de sensores dois fios, onde a carga é ligada em série com o sensor. Sensores
alimentados em corrente alternada (CA) normalmente possuem a carga ligada em série
com a alimentação (dois fios) ou com três fios, ou seja, existem todas as gamas possíveis
para ligações elétricas desses sensores.

Quanto à tecnologia de construção desses dispositivos, tem-se, fundamentalmente, um


oscilador que gera um campo eletromagnético de alta frequência (de centenas de quilo-
hertz até dezenas de mega-hertz) por meio de uma bobina ou indutor.

A interação das linhas de força geradas por esse indutor com um objeto metálico
posicionado próximo à frente do sensor faz com que essas linhas de força sejam
modificadas, sendo esse o princípio de detecção do objeto metálico, esse princípio é
chamado de Eddy Current.

Podemos dizer que de modo geral, este é o sensor mais comum na indústria e em
máquinas e equipamentos.

Conceitos dos sensores indutivos


Os sensores indutivos são dispositivos eletrônicos capazes de realizar a comutação ou
mensurar determinada distância de um objeto metálico informando seu estado por
meio de uma saída. Tal função ocorre desde que, uma parte metálica, conhecida como
alvo, se aproxime da face do sensor de acordo com a figura a seguir.

Figura 36. Sensor de proximidade indutivo.

Fonte: Figura editada de artigo “Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial – Conferência Brazil
Automation 2013”.

54
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

Tomando como base o sensor digital ou discreto, pode-se subdividi-lo em quatro


elementos principais que são bobina ou indutor, que irão compor a frente sensora,
oscilador, circuito comparador ou trigger, e saída, conforme a figura a seguir.

Figura 37. Diagrama de blocos internos.

Fonte: Figura editada de artigo “Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial – Conferência Brazil
Automation 2013”.

Quanto à tecnologia de construção desses dispositivos, temos fundamentalmente um


oscilador LC (Indutor/Capacitor) que gera um campo eletromagnético por meio de
uma bobina ou indutor. A interação das linhas de força geradas por esse indutor com
um objeto metálico posicionado próximo à frente do sensor faz com que estas linhas de
força sejam modificadas.

Quando as linhas de força são perturbadas, o campo eletromagnético gerado pela


bobina tende a diminuir o quão mais próximo estiver o alvo metálico. As correntes
parasitas que circulam no objeto metálico propiciam uma interação que carregam o
circuito oscilador.

Esse princípio é chamado Eddy Current Killed Oscillator (ECKO) sendo essa a base de
detecção do objeto metálico conforme a figura a seguir.

55
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Figura 38. Resposta ao objeto metálico no oscilador.

Fonte: Figura editada de artigo “Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial – Conferência Brazil
Automation 2013”.

Analisando o método de construção do sensor, podemos observar que eles podem ter
seu campo eletromagnético blindado ou não blindado. Tais métodos de construção são
importantes para definir a detecção lateral do sensor.

As bobinas blindadas são montadas de forma embutida no sensor e as não blindadas


são montadas de forma não embutida. Podemos observar por meio da figura a seguir
a forma do campo eletromagnético em bobinas embutidas blindadas e não blindadas.

Figura 39. Campo eletromagnético gerado pelas bobinas blindadas e não blindadas.

Fonte: Figura editada de artigo “Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial – Conferência Brazil
Automation 2013”.

Normalmente, os sensores não blindados possuem distância sensora nominal (Sn)


maior que os sensores blindados, e alvos metálicos podem ser detectados lateralmente.

Por fim, para analisar a distância máxima de detecção do sensor, é importante observar
a máxima distância no qual o campo eletromagnético é percebido ao redor da bobina
conforme a figura a seguir.

56
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

Figura 40. Distância máxima de acionamento.

Fonte: Figura editada de artigo “Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial – Conferência Brazil
Automation 2013”.

Medidas de distância sensora dos sensores


indutivos
Quando falamos em sensores industriais, um importante parâmetro é a distância
sensora nominal (Sn), ou seja, a distância teórica que o fabricante informa que seu
sensor irá atuar na melhor perspectiva.

Contudo, existem variações no processo produtivo de fabricação desses dispositivos


que podem fazer os sensores atuarem em valores de distância diferente do teórico. A
norma IEC-60947-5-2 é delimitar esses valores de conformidade.

Essa norma diz que a distância efetiva do sensor (Sr) pode variar 10% para cima ou para
baixo em função da distância sensora. Isso quer dizer que, dado um sensor que possui
distância sensora nominal de 10mm (Sn), ele pode sair de fábrica com qualquer valor
entre 9mm e 11mm.

As distâncias nominais e efetivas sempre estão especificadas em temperatura ambiente


(23°C). Contudo, em processos industriais é extremamente comum a variação da
temperatura.

Esses sensores podem variar sua distância de até 10% para cima ou para baixo em
função da variação da temperatura dentro de uma faixa estabelecida, normalmente
entre -25°C e +70°C.

Assim sendo, chamamos de distância usual (Su) a distância com a qual o sensor poderá
detectar o alvo mediante a variação de temperatura. Essa variação de distância ocorre
em função da distância efetiva (Sr), e a fim de garantir o bom funcionamento do
parâmetro a distância garantida (Sa) determina que o sensor deve detectar um alvo de
0mm até 81% de Sn, independentemente da temperatura.

Outros parâmetros importantes são a repetibilidade e a histerese.

No caso da repetibilidade, após 8 horas de funcionamento, a distância usual não pode


se alterar mais que 10%.

57
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Já a histerese é a diferença de distância entre acionamento e desacionamento do sensor.


Esse parâmetro não pode ter valor absoluto maior que 20% de Sn.

A fim de auxiliar na compreensão desse conteúdo, a tabela a seguir pode ser


consultada.

Quadro 3. Síntese de análise dos sensores no que diz respeito a distância segundo a norma IEC-60947-5-2.

Distância Nominal (Sn): Dado do Fabricante


Distância Efetiva (Sr): 0.9*Sn ≤ Sr ≤ 1.1*Sn
Distância Usual (Su): 0.9*Sr ≤ Su ≤ 1.1*Sr
Distância Garantida (Sa): 0 ≤ Sa ≤ 0.81*Sn
Repetibilidade (R): R ≤ 0.1*Sr (após 8 horas)
Histerese (H): H ≤ 0.2*Sr

Fonte: Próprio autor.

Hoje o mercado vem sendo infestado de produtos de baixa qualidade que não
atendem às normas vigentes. Ao se especificar um sensor, verifique a procedência
e os requisitos de atendimento de normas internacionais.

Por fim, temos que compreender que a distância sensora operacional está
diretamente ligada ao alvo.

Para todos os testes de distância especificados pelo fabricante, o alvo padrão


(ferro ou aço) é determinado fazendo a seguinte relação:

»» alvo padrão deve possuir diâmetro 3X a distância sensora ou o mesmo


tamanho da face sensora do sensor, devendo se optar pelo que for
maior. Exemplo: Um sensor tubular de 30mm de diâmetro possui
Sn=15mm, logo o alvo padrão deve ser 45mm (3x15). Se esse mesmo
sensor tiver Sn=8mm, o alvo padrão deve ser de 30mm (maior que
8x3=24mm).

É importante salientar que a distância sensora também é influenciada pelo


material do alvo, assim o quadro de correção de distância a seguir deverá ser
utilizada para materiais diferentes do ferro ou aço.

Quadro 4. Fator de correção para sensores de proximidade indutivos em função do material.

Material Fator multiplicativo da distância Sn


Ferro ou aço 1,0
Cromo ou níquel 0,9
Aço Inox 0,85
Latão 0,5

Fonte: <www.sense.com.br>. Acesso em: 9/11/2014.

58
CAPÍTULO 2
Sensores capacitivos

Introdução aos sensores capacitivos


Os sensores capacitivos possuem a capacidade de detectar todos os metais com distâncias
semelhantes, contudo sua principal aplicação se dá nos materiais não metálicos.

É possível efetuar a detecção em uma vasta gama de materiais, tais como madeira,
papelão, vidro, plásticos, concreto, placas de silício e até mesmo líquidos contidos
dentro de uma embalagem ou por meio de uma janela de vidro.

Essa flexibilidade de materiais para detecção é uma vantagem em aplicações em que se


requer a detecção de variados tipos de materiais metálicos e não metálicos, assim como
em aplicações onde não se saiba de antemão que materiais serão sensoreados, contudo
o desempenho dos sensores capacitivos no que diz respeito à máxima frequência de
comutação e distância sensora para objetos metálicos é extremamente inferior aos
sensores indutivos.

Também temos de ter cuidado na especificação de sensores capacitivos para detecção


de objetos metálicos, pois existe a tendência de ocorrer acionamentos em falso, o que
pode gerar graves problemas na aplicação.

Conforme dito, apesar das distâncias de detecção do alvo serem similares para todos
os tipos de metal, o que dispensaria o fator de correção que se aplica para os sensores
indutivos em função do tipo de material, as distâncias sensoras nominais (Sn) para
materiais não metálicos podem ser significativamente menores, normalmente entre
50% e 80%, conforme o material.

Além disso, o preço de um sensor capacitivo normalmente é de 2 a 3,5 vezes superior ao


de um sensor de indutivo comum.

Conceitos dos sensores capacitivos


Para os sensores capacitivos a face sensora é construída por eletrodos posicionados
concentricamente, de forma semelhante a um capacitor aberto. Esses eletrodos irradiam
um campo elétrico de sensoriamento.

59
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Quando uma massa penetra este campo, a capacitância de acoplamento entre os


eletrodos aumenta o que faz o circuito oscilar.

A amplitude dessa oscilação é avaliada por um circuito detector de pico que ativa a
saída, caso o circuito perceba essa modificação. A figura a seguir demonstra a construção
interna e o funcionamento desse sensor.

Figura 41. Construção sensor capacitivo.

Fonte: Figura editada apostila Sensores – Professor Alexandre Lugli-INATEL.

É importante salientar que a distância sensora varia com o tipo de material a ser
detectado.

Para o caso dos sensores capacitivos a constante dielétrica, representada pela letra ε,
indica o grau de condutibilidade do material, e é por meio dessa constante que o sensor
consegue perceber se ocorre maior ou menor variação do dielétrico do capacitor frontal
do sensor, o que impacta na detecção ou não de determinado objeto.

Normalmente, os sensores capacitivos possuem um sistema de ajuste externo, onde é


possível selecionar o objeto que se deseja detectar em função de sua constante dielétrica,
ajustando o sensor por meio de um potenciômetro.

Quadro 5. Constante dielétrica dos materiais, aplicada para os ajustes de sensores proximidade capacitivos em

função do material.

εr em relação ao ε0
Material
(Vácuo e Ar)
Ar, vácuo 1
Óleo fino, papel, petróleo, poliuretano, parafina, silicone. 2a3
Araldite, baquelite, quartzo, madeiras. 3a4
Vidro, papel grosso, borracha, porcelana. 4a5
Mármore, pedras, madeiras pesadas. 6a8
Água, álcoois, soda cáustica. 9 a 80

Fonte: <www.sense.com.br>. Acesso em: 9/11/2014.

60
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

Medidas de distância sensora dos sensores


capacitivos
O critério é o mesmo dos sensores indutivos, contudo é conveniente revisitar o
conhecimento.

Quando falamos em sensores industriais, um importante parâmetro é a distância


sensora nominal (Sn), ou seja, a distância teórica que o fabricante informa que seu
sensor irá atuar na melhor perspectiva.

Contudo, existem variações no processo produtivo de fabricação desses dispositivos


que podem fazer os sensores atuarem em valores de distância diferente do teórico. A
norma IEC-60947-5-2 é delimita esses valores de conformidade.

Essa norma diz que a distância efetiva do sensor (Sr) pode variar 10% para cima ou para
baixo em função da distância sensora. Isso quer dizer que, dado um sensor que possui
distância sensora nominal de 10mm (Sn), ele pode sair de fábrica com qualquer valor
entre 9mm e 11mm.

As distâncias nominais e efetivas sempre estão especificadas em temperatura ambiente


(23°C). Contudo em processos industriais é extremamente comum a variação da
temperatura.

Esses sensores podem variar sua distância de até 10% para cima ou para baixo em
função da viação da temperatura dentro de uma faixa estabelecida, normalmente entre
-25°C e +70°C.

Assim sendo, chamamos de distância usual (Su) a distância com qual o sensor poderá
detectar o alvo mediante a variação de temperatura. Essa variação de distância ocorre
em função da distância efetiva (Sr), e a fim de garantir o bom funcionamento do o
parâmetro distância garantida (Sa) determina que o sensor deve detectar um alvo de
0mm até 81% de Sn, independentemente da temperatura.

Outros parâmetros importantes são a repetibilidade e a histerese.

No caso da repetibilidade, após 8 horas de funcionamento, a distância usual não pode


se alterar mais que 10%.

Já a histerese é a diferença de distância entre acionamento e desacionamento do sensor.


Esse parâmetro não pode ter valor absoluto maior que 20% de Sn.

61
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

A fim de auxiliar na compreensão deste conteúdo o quadro a seguir pode ser


consultada.

Quadro 6. Síntese de análise dos sensores no que diz respeito a distância segundo a norma IEC-60947-5-2.

Distância Nominal (Sn): Dado do Fabricante


Distância Efetiva (Sr): 0.9*Sn ≤ Sr ≤ 1.1*Sn
Distância Usual (Su): 0.9*Sr ≤ Su ≤ 1.1*Sr
Distância Garantida (Sa): 0 ≤ Sa ≤ 0.81*Sn
Repetibilidade (R): R ≤ 0.1*Sr (após 8 horas)
Histerese (H): H ≤ 0.2*Sr

Fonte: Próprio autor.

Hoje, o mercado vem sendo infestado de produtos de baixa qualidade que não
atendem as normas vigentes. Ao se especificar um sensor, verifique a procedência
e os requisitos de atendimento de normas internacionais.

62
CAPÍTULO 3
Sensores magnéticos

Sensores magnéticos
Podemos definir como sensor magnético um elemento capaz de acionar uma saída
mediante a presença de um campo magnético externo, proveniente de um imã
permanente.

Esses sensores podem possuir a característica de sensibilidade unipolar (somente polo


norte ou sul de um imã) ou bipolar, onde nesse caso qualquer polo magnético aciona o
sensor.

A figura a seguir ilustra alguns sensores magnéticos industriais.

Figura 42. Sensores magnéticos da marca WEG.

Fonte: <http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Sensores-Industriais/Sensores-Magneticos>.
Acesso em: 16/11/2014.

Existem algumas diferenças construtivas e de tecnologia entre os sensores magnéticos.


Neste capítulo iremos compreender de maneira direta, focado na aplicação, quais são
estas diferenças entre os tipos de sensores magnéticos.

63
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Sensores de embolo magnético (reed switch)


Esse tipo de sensor efetua um chaveamento de sua saída mediante a presença de um
campo magnético externo, desde que o sensor esteja próximo a esse campo e dentro de
sua área sensível.

O princípio de detecção se dá por uma chave magnética conhecida como reed switch.
Essa chave é composta por dois condutores ferromagnéticos metálicos encapsulados
dentro de uma ampola de vidro.

Esses dois condutores ficam ligeiramente separados e ao se aproximar o imã, o contato


físico entre eles acontece por meio a atração de ambas as partes metálicas.

Figura 43. Princípio de funcionamento sensor embolo magnético.

Fonte: <http://www.chicagosensor.com>

Esse componente (reed switch) é encapsulado pelo fabricante do sensor industrial que
simplesmente adiciona o tipo de saída desejada (NPN, PNP etc.).

Sensores magneto resistivo (efeito hall)


Esse tipo de sensor efetua um chaveamento de sua saída mediante a presença de um
campo magnético externo, desde que o sensor esteja próximo a esse campo e dentro de
sua área sensível, assim como o sensor de embolo magnético.

Contudo, o elemento responsável pela detecção do campo magnético é detector


eletrônico de efeito Hall.

64
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

O efeito Hall está relacionado ao surgimento de uma diferença de potencial em


um  condutor elétrico, transversal ao  fluxo de corrente e um campo
magnético perpendicular à corrente.

Esse fenômeno, descoberto em 1879 por Edwin H. Hall, é extremamente


importante no estudo da  condutividade,  pois, a partir do coeficiente
de Hall podemos determinar o sinal e a densidade de portadores de
carga em diferentes tipos de materiais. O efeito Hall é a base de diversos
métodos experimentais utilizados na caracterização de  metais  e
semicondutores.”

Para saber mais sobre o efeito Hall acesse o link <http://pt.wikipedia.org/wiki/


Efeito_Hall> e faça um estudo sobre o tema.

Para o caso dos sensores industriais, um componente eletrônico é o responsável por entregar
em sua saída uma variação de resistência elétrica em função da aproximação de um campo
magnético, ou na maioria dos casos, já é entregue um valor discreto (0 ou 1).

A figura a seguir ilustra a primeira folha de um componente desse tipo.

Figura 45.

Fonte: <http://www.ic-on-line.com/view_download.php?id=1067628&file=0021%5Ca3210eua-tl_183582.pdf>.

65
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Caso queira conhecer um circuito integrado de efeito hall, acesse o link <http://
pdf1.alldatasheet.com/datasheet-pdf/view/55092/ALLEGRO/A3210-LH.html> e
faça um estudo sobre o tema.

Esse componente é encapsulado pelo fabricante do sensor industrial que adiciona


os circuitos de controle e escolhe o tipo de saída desejada (NPN, PNP etc.) para cada
produto.

Sensores magnéticos industriais com saída analógica são construídos com componentes
desse tipo.

Distância sensora nominal (Sn)


A distância sensora nominal para esse tipo de sensor, independentemente do tipo
de construção, é determinada pelo fabricante e deve seguir as mesmas regras dos
dispositivos indutivos e capacitivos previamente estudados.

66
CAPÍTULO 4
Sensores fotoelétricos

Sensores fotoelétricos
Os sensores ópticos de efeito fotoelétrico ou simplesmente sensores fotoelétricos são
dispositivos que utilizam os conceitos de transmissão e recepção de luz para prover o
acionamento ou desacionamento de uma saída na presença de um acionador.

Esses sensores transmitem luz modulada, normalmente vermelha ou infravermelha,


sendo essa fonte de luz um LED ou Laser especial.

A recepção dessa luz é feita por um sistema composto de um foto diodo ou foto transistor
em conjunto com um circuito demodulador.

Os sensores óticos possuem as seguintes características:

»» o sensor óptico pode ser capaz de detectar a presença de qualquer material


(acionador) que seja capaz de interromper (totalmente ou parcialmente)
ou refletir o sinal luminoso;

»» essa interação entre o acionador e o sensor deve fazer com que a mudança
de nível luminoso gerada pela presença do acionador seja suficiente para
ser percebida pelo sensor. Dessa percepção do sensor pode causar uma
mudança de estado lógico da saída sem o contato físico entre o acionador
e o sensor;

»» esse tipo de sensor opera sem nenhum tipo de esforço mecânico ou


contato físico entre o sensor e o acionador;

»» sensores óticos não utilizam nenhum elemento sensor físico. Possíveis


alavancas, roletes ou cursores presentes em chaves fim de curso poderão
ser eliminados;

»» as saídas dos sensores industriais de efeito foto elétrico podem ser do tipo
padrão ou não padrão, dependendo do tipo do sensor.

67
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Classificação dos sensores ópticos


Os sensores fotoelétricos podem ser classificados em três tipos:

»» sistema por barreira;

»» sistema por difusão direta no material;

»» sistema por reflexão em espelho prismático.

Iremos estudar cada um dos tipos desses sensores segundo apostila


“Sensores Industriais”, professor Alexandre Baratella Lugli, INATEL.
Partes convenientes das descrições e figuras foram transcritas desta
apostila.

Sistema por barreia

Nesse sistema, o elemento emissor é separado do elemento receptor e operam


direcionado um para o outro (alinhados frontalmente), formando um feixe unidirecional.
Na obstrução do feixe transmitido pelo emissor, cessa a recepção e o elemento receptor
muda seu estado inicial, ativando sua saída.

Figura 46. Topologia do sistema por barreira.

Fonte: <file:///C:/Users/karen.porolik/Downloads/SensoresProximidade.pdf>.

Para esse tipo de sensor, a distância nominal de funcionamento (Sn) é a distância máxima
que os sensores (transmissor e receptor) podem estar separados. Esses sensores podem
operar em distâncias menores que a especificada pelo fabricante.

Esses sensores podem apresentar distância sensora nominal de até 150m (sensores
especiais), contudo é convencional trabalhar com sensores de até 20m.

68
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

Sistema por difusão direta no material

Nesse sistema, emissor e receptor estão compostos em um mesmo conjunto e o feixe de


luz (vermelha ou infravermelha) emitido reflete sobre a superfície do objeto e retorna
ao elemento receptor, provocando o chaveamento eletrônico.

O valor de distância sensora nominal (Sn) depende do tipo de material a ser detectado.
Como acionador padrão, para determinação da distância sensora nominal é utilizado
uma folha de papel fotográfico liso com refletividade de 90%.

As características como cor, tonalidade e tipo de superfície influem na determinação


da distância nominal, sendo necessário, nesse caso, atentar às condições de aplicação
como distância mínima de detecção, ponto de detecção e grau de pureza do ambiente.

Figura 47. Topologia do sistema por difusão.

Fonte: <file:///C:/Users/karen.porolik/Downloads/SensoresProximidade.pdf>

Sistema por reflexão em espelho prismático

Nesse sistema emissor e receptor estão compostos no mesmo conjunto e o feixe de luz
emitida pelo emissor, reflete em um espelho prismático que retorna a luz até o receptor.

O chaveamento da saída ocorre quando o acionador interrompe a barreira de luz entre


sensor e espelho.

Nesse caso, a distância sensora nominal Sn é determinada como sendo a máxima


distância entre sensor e espelho prismático, sendo que o sensor poderá ser utilizado em
distâncias menores.

69
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Figura 48. Topologia do sistema por reflexão.

Fonte: <file:///C:/Users/karen.porolik/Downloads/SensoresProximidade.pdf>.

Para esse tipo de sensor, o espelho prismático possui características próprias de reflexão,
onde a luz incidente é desviada a 45o na primeira incidência e novamente é desviada a 45o
da segunda incidência, retornando ao sensor, paralelamente a luz emitida inicialmente.

Para detecção de materiais transparentes como garrafas de vidro, vidro plano e acrílico
deve-se angular o feixe de luz em relação ao objeto ou por meio do ajuste de sensibilidade
disponível no corpo do sensor, reduzindo assim, a emissão e adequando a detecção
conforme o tipo de material.

Para detecção de materiais brilhantes ou com superfícies polidas como plásticos e


etiquetas brilhantes, devem-se tomar alguns cuidados, pois estes materiais podem
refletir o feixe de luz para o sensor, fazendo o papel de espelho e não efetuando a
detecção do material.

Para evitar que isso ocorra, pode-se angular a montagem entre sensor, espelho e objeto
entre 10o e 20o em relação ao eixo do objeto.

70
CAPÍTULO 5
Medição de temperatura

Medição de temperatura utilizando o


termopar
Esse sensor é o dispositivo mais utilizado na indústria para medição de temperatura,
pois alia uma gama de faixa de temperaturas para medição e custo relativamente baixo.

Vamos relembrar os conceitos do termopar estudados no capítulo 5 da unidade I?

O termopar – revisando conceitos


O termopar é um sensor que é construído a partir da junção de dois condutores metálicos
de natureza distinta, na forma de ligas puras e homogêneas.

Os dois fios são soldados em um dos extremos. Essa junção é chamada de junta quente
ou junta de medição.

A outra extremidade, que não foi soldada, apresenta os dois condutores que são ligados
no instrumento de medição. Essa junção, desses condutores com o equipamento de
medição é chamada de junta fria ou junta de referência.

A diferença de temperatura entre essas juntas gera uma tensão, que será utilizada para
a medição da temperatura. A variação da temperatura muda a tensão que é lida pelo
instrumento de medição. A equação a seguir demonstra esse comportamento.

V = K.T m[V]

Onde:

V é a tensão gerada na junta quente que será medida pelo instrumento de medição,
dado em milivolts.

K é uma constante que é dada para cada par de metais, sendo utilizável até seu limite
térmico.

T é a temperatura em graus Celsius.

71
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

O quadro a seguir ilustra dois termopares comerciais de ligas distintas e suas


características de temperatura de operação e fator K.

Quadro 7.

Ligas Metálicas Faixa de temperatura Constante K


Cobre – Constantán -184°C a 370°C 0.1mV/°C
Ferro – Constantán 0 a 760°C 0.0514mV/°C

Fonte: Próprio autor.

Os termopares são conhecidos no mercado por meio do seu tipo. Eles podem ser dos
tipos T, K, R, S, J, E, B e N.

Características práticas dos termopares


A escolha de um termopar a ser utilizado em uma determinada aplicação deve ser feita
considerando todas as possíveis variáveis e normas exigidas pelo processo.

O quadro a seguir relaciona os tipos de termopares e a faixa de temperatura usual, com


as vantagens e restrições.

Quadro 8. Quadro de termopares.

FAIXA DE
ELEMENTO ELEMENTO
TIPO TEMPERATURA CARACTERÍSTICAS RESTRIÇÕES
POSITIVO NEGATIVO
USUAL
Podem ser usados em atmosferas
oxidantes, redutoras, inertes e no vácuo.
1) Oxidação do cobre
T Cobre (+) Constantan (-) -184 à 370ºC Adequados para medições abaixo de zero
acima de 310ºC.
grau. Apresenta boa precisão na sua faixa
de utilização.
1) Limite máximo de
utilização em atmosfera
Podem ser usados em atmosferas oxidantes, oxidante de 760ºC
redutoras, inertes, e no vácuo. Não devem devido à rápida oxidação
J Ferro (+) Constantan (-) 0 à 760ºC ser usados em atmosferas sulfurosas e do ferro.
não se recomenda o uso em temperaturas
abaixo de zero graus. Apresenta baixo custo. 2) Utilizar tubo de
proteção acima de
480ºC.
Podem ser usados em atmosferas oxidantes
e inertes. Em ambientes redutores ou
Níquel Cromo 1) Baixa estabilidade em
E Cobre Níquel (-) 0 à 870ºC vácuos perdem suas características
(+) atmosfera redutora.
termoelétricas. Adequado para o uso em
temperaturas abaixo de zero grau.

72
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

1) Vulnerável em
Recomendável em atmosferas oxidantes atmosfera sulfurosa
ou inertes. Ocasionalmente, podem ser e gases como SO2
K Chromel (+) Alumel (-) 0 à 1200ºC usados abaixo de zero grau. Não devem ser e H2S1, requerendo
utilizados em atmosferas sulfurosas. Seu uso substancial proteção
no vácuo é por curto período de tempo. quando utilizado nessas
condições.
1) Vulnerável à
Platina 90% Platina 100%
Recomendável em atmosferas oxidantes contaminação em
S 10% Rhódio
0 à 1600ºC ou inertes. Não devem ser usados abaixo atmosferas que não
(+)  (-)
de zero grau no vácuo, em atmosferas sejam oxidantes.
redutoras ou atmosferas com vapores 2) Para altas
Platina 87% Platina 100%
0 à 1600ºC metálicos. Apresenta boa precisão em temperaturas, utilizar
R 13% Rhódio
temperaturas elevadas. isoladores e tubos de
(+) (-)
proteção de alta alumina.
1) Vulnerável à
Recomendável em atmosferas oxidantes ou contaminação em
Platina 70% Platina 94% inertes. Não devem ser usados no vácuo, atmosferas que não
B 30%Rhódio 6% Rhódio 870 à 1795ºC em atmosferas com vapores metálicos. Mais sejam oxidantes.
(+) (-) adequados para altas temperaturas que os 2) Utilizar isoladores e
tipos S/R. tubos de proteção de alta
alumina.
Excelente resistência à oxidação até
1200ºC. Curva FEM x temp. similar ao 1) Melhor desempenho
N Nicrosil (+) Nisil (-) 0 à 1260ºC tipo K, porém possui menor potência na forma de termopar de
termoelétrica. Apresenta maior estabilidade isolação mineral.
e menor drift x tempo.

Fonte: <http://www.tjm.com.br/termopares.html>. Acesso em: 26/11/2014.

Instrumentos de padronização

O termopar é um sensor não padrão. Sempre necessitaremos de um circuito


conversor/padronizador para que esse sensor possa ser aplicado em campo.

73
CAPÍTULO 6
Sensores ultrassônicos

Aprendendo com um fabricante


Bem, esta disciplina está chegando ao fim e que tal fazermos um estudo de uma forma
diferente, aprendendo com um fabricante?

Para descrever as características desse tipo de sensor, iremos estudar neste capítulo as
características de um sensor ultrassônico baseado na folha de dados dos sensores da
família ECO fabricado pela empresa Sense Eletrônica.

É comum que tenhamos que buscar informações com os fabricantes para resolução
de problemas cotidianos em planta industrial, então, por se tratar do último capítulo
desta disciplina, adotaremos esta didática para lhe ajudar a se familiarizar com esta
metodologia tão presente no dia a dia de trabalho.

Este documento citado é uma excelente referência bibliográfica e seu estudo será
fundamental para o aprendizado das características dos sensores ultrassônicos.

A síntese deste material está sendo disponibilizada neste capítulo e o documento


completo pode ser acessado no link:

< h t t p : / / w w w. s e n s e . c o m . b r / a r q u i v o s / p r o d u t o s / a r q 1 / S e n s o r e s _
Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>. Acesso em: 19/11/2014.

Alguns trechos deste documento foram transcritos e complementados e outros, de


menor relevância, só estão disponíveis no documento original.

Introdução aos sensores ultrassônicos


Os sensores de proximidade ultrassônicos podem ser usados como dispositivos de
detecção ou medição sem contato físico em muitas áreas da indústria.

Esses dispositivos possuem características que fazem com que ele possa trabalhar
em aplicações de modo a detectar ou medir de forma precisa e confiável, objetos de
materiais, cores, texturas e formas diferentes.

74
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

Normalmente são aplicados onde os sensores ópticos não possuem desempenho


satisfatório.

Esse tipo de sensor é o que possui maior número de detalhes a serem observados
para uma aplicação funcional então é fundamental a boa compreensão de seu
funcionamento e demais características técnicas.

Funcionamento
O princípio de funcionamento dos sensores ultrassônicos está baseado na emissão de
uma onda sonora de alta frequência (na casa de quilo-hertz), e na medição do tempo
que leva para a recepção do eco, produzido quando a onda se encontra com um objeto
capaz de refletir o som.

Os sensores ultrassônicos funcionam medindo o tempo de propagação do eco, isto


é, o intervalo de tempo entre o impulso sonoro emitido e o eco recebido de volta. A
velocidade do som depende da densidade e da pressão do ar, contudo é possível
fazer uma aproximação para nossa análise da velocidade real do som em função da
temperatura.

O quadro a seguir ilustra a velocidade do som em função da temperatura, grandeza


física que pode influenciar na medição da distância desejada.

Quadro 9. Representa a variação da velocidade do som em função da variação de temperatura.

Temperatura em graus Velocidade do som aproximada em


Celsius (C°) Quilômetros por Hora (km/h)
-10 1171,40
-5 1182,60
0 1193,40
5 1204,20
10 1215
15 1226
20 1237
25 1246,70
30 1257,12

Fonte: Próprio autor.

Deve-se observar a faixa de temperatura de trabalho do sensor e a faixa de


valores de temperatura em campo (aplicação) que o sensor estará sujeito.

75
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Caso o sensor não possua um sistema de compensação de temperatura (sensores


de custo mais baixo), deve-se prever na aplicação os desvios de medição em
função da temperatura.

Para compreender o funcionamento desse dispositivo, temos que ter em mente que os
sensores ultrassônicos emitem os pulsos de ultrassom ciclicamente.

Quando um objeto reflete esses pulsos, o eco resultante é recebido e convertido em um


sinal elétrico. A detecção do eco incidente depende de sua intensidade e da distância
entre o objeto e o sensor ultrassônico.

A construção do sensor faz com que o feixe ultrassônico seja emitido em forma de um
cone e somente objetos dentro do raio do cone são detectados.

Os objetos a serem detectados podem ser sólidos, líquidos, granulares ou pós. O material
poderá ser transparente ou colorido, de qualquer formato, e com superfície polida ou
fosca.

Figura 49. Sintetiza a questão dos objetos que podem ser detectados.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.

Tipos de sensores e configurações de ajuste


Basicamente existem dois tipos de sensores ultrassônicos, os difusos com saída
analógica e os difusos com saída digital.

76
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

Nos sensores difusos o objeto funciona como refletor. Assim que o objeto entra na
região de detecção do sensor, seu eco pode promover a comutação da saída ou detecção
do objeto.

Figura 50.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf –
disponível em 19/11/2014>.

Para que possamos compreender como deve ser ajustado um sensor ultrassônico, iremos
tomar como referência os sensores da linha ECO da empresa Sense Eletrônica. Esses
sensores podem ser ajustados de maneira bastante simplificada, utilizando somente
trimpots para realizar as configurações.

Outros fabricantes como Microsonic e Pepperl+Fuchs também possuem sensores


ultrassônicos e o ajuste pode ser feito, dependendo da linha, por chaves tácteis, trimpots
ou computador.

O sensor com saída digital

Possuem duas saídas independentes (NA/NF), que podem ser ajustadas individualmente
por meio dos potenciômetros P1 e P2 onde:

»» P1: é utilizado para o ajuste da saída 1.

»» P2: é utilizado para o ajuste da saída 2.

77
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Figura 51.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.

O sensor com saída analógica

Os sensores dessa família possuem dois potenciômetros, sendo um destinado ao ajuste


de Zero e outro para o ajuste de SPAN.

Zero é o termo utilizado para determinar o ponto onde o sensor deverá apresentar a
corrente mínima de faixa, ou seja, 4mA.

SPAN é o termo utilizado para determinar o ponto onde o sensor deverá apresentar a
corrente máxima de faixa, ou seja, 20mA. Os potenciômetros P1 e P2 são os responsáveis
pelo ajuste onde:

»» P1: é utilizado para o ajuste de OFFSET.

»» P2: é utilizado para o ajuste de SPAN.

A figura a seguir demonstra como proceder para o ajuste desse sensor.

78
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

Figura 52.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.

Posição de montagem e distância entre


sensores
Os sensores ultrassônicos podem ser instalados em qualquer posição. Entretanto,
posições que facilitem a deposição de sólidos pesados na superfície do sensor, devem
ser evitadas.

O depósito de água no transdutor do sensor pode prejudicar seu funcionamento,


no entanto, pequenos depósitos de poeira ou salpicos de tinta não afetam seu
funcionamento.

Para objetos com superfícies planas e lisas, o sensor deve ser montado em um ângulo
de 90o ± 3o com a superfície.

Por outro lado, as superfícies irregulares podem lidar com um desvio angular muito
maior, porém a distância diminui em relação aos objetos planos.

79
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Figura 53.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.

Distância entre sensores

A figura a seguir ilustra a mínima distância com que os sensores devem estar separados
sem que se cause o fenômeno de interferência mútua.

Figura 54.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.

80
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

A montagem deve seguir rigorosamente os valores recomendados. Em caso de


objetos instalados em ângulo, o som pode ser refletido para um sensor próximo,
nesse caso a distância mínima deve ser determinada experimentalmente
conforme figura a seguir.

Figura 55.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.

Redirecionando o som

O feixe de som pode ser redirecionado, refletindo em uma superfície lisa, sem perdas
significativas.

Existem no mercado alguns acessórios para desviar o som em um ângulo de 90o. Esses
podem ser utilizados com vantagem em determinadas instalações confinadas, como
silos e tonéis.

Precisão e repetibilidade
A precisão é a discrepância entre a distância real entre o sensor e o objeto e a distância
medida pelo sensor. A precisão obtida depende das propriedades reflexivas do objeto e
as influências físicas que afetam a velocidade do som no ar.

Objetos com propriedade reflexiva baixa ou uma rugosidade maior do que o comprimento
de onda da frequência de ultrassom tem um efeito negativo sobre a precisão.

81
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Não é possível quantificar exatamente esse efeito, mas como regra geral, podemos
assumir uma imprecisão de vários comprimentos de onda da frequência de ultrassom.

Já a repetibilidade descreve o desvio em relação a distâncias medidas nas mesmas


condições durante um período definido. A repetibilidade dos sensores ultrassônicos é
de ±0,15%.

Diagramas representativos de faixa de


operação
Seguem abaixo os diagramas de especificação de faixa de operação de distância para
alguns dos sensores da família ECO. Os diagramas são válidos para 20ºC ±5%, umidade
relativa e pressão normais.

Ao selecionar um sensor ultrassônico, devemos ter em mente sua área de detecção.


Para as figuras abaixo temos:

»» área verde: é determinada com uma barra redonda com 10 ou 27mm


de diâmetro. Essa área indica a faixa de operação típica para o sensor
ultrassônico.

»» área roxa: é a maior área de detecção no qual o sensor pode trabalhar.


Essa área é obtida com uma placa de 500x500mm de superfície plana e
com ângulo ajustado para melhor reflexão do som.

Os objetos podem ser introduzidos dentro da zona de detecção em qualquer direção.

»» zona morta: determina o ponto de menor distância de detecção.


Nenhum objeto deve ser colocado nessa área, pois poderão surgir sinais
falsos na saída do sensor gerando medições e comutações indesejáveis.

82
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II

Figura 56. Diagrama de radiação de um sensor com distância sensora nominal SN = 350mm.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.

Figura 57. Diagrama de radiação de um sensor com distância sensora nominal SN = 1300mm.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.

83
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE

Figura 58. Diagrama de radiação de um sensor com distância sensora nominal SN = 3400mm.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.

Figura 59. Diagrama de radiação de um sensor com distância sensora nominal SN = 6000mm.

Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.

Demais características técnicas


Para ter ciência das características técnicas específicas dos sensores da família ECO,
realize um estudo sobre tensão de operação, corrente de consumo frequência de saída
e demais parâmetros técnicos desse sensor.

Acesse o link <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_


Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>

84
Para (não) Finalizar

Resolvendo os problemas de uma planta


industrial
Conforme estudamos na introdução desta disciplina,

toda planta industrial possui os chamados elementos sensores. Esses


dispositivos são capazes de perceber determinado estímulo gerado por
um fenômeno físico e transformar esses estímulos em sinais elétricos,
analógicos ou digitais, de maneira direta ou indireta.

Os sensores são a base da instrumentação industrial e o conhecimento adquirido do


funcionamento, construção e aplicação desses dispositivos, bem como os elementos
conversores/padronizadores além de conexões elétricas, leva você um passo adiante.

Tendo como base os conteúdos elucidados por esta disciplina, possivelmente você será
capaz de propor, ou ao menos saber buscar, as soluções para os problemas cotidianos
ligados à instrumentação industrial.

O intuito da elaboração dessa disciplina foi fornecer as ferramentas para que você possa
ser capaz de propor soluções para problemas comumente encontrados em nossa área.

Vá em frente.

85
Referências

CHARLES K. A.; MATTHEW, N. O. S. Fundamentos de circuitos elétricos.


Traduzido Editora ARTMED, Porto Alegre, 2003.

MORAES, C. C.; CASTRUCCI P. L. Engenharia de automação industrial. Rio de


Janeiro: LTC, 2007.

RODRIGUES, Reinaldo Borsato; LUGLI, Alexandre Baratella; SANTOS, Max Mauro


Dias. A new method of planar inductive sensor for industrial application.
In: 39th Annual Conference of the IEEE Industrial Electronics Society, Viena, Áustria,
2013.

THOMAZINI, D.; ALBUQUERQUE, P. U. B. Sensores industriais: fundamentos e


aplicações. São Paulo: Érica, 2010.

Sites
<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensor_%20Indutivo_
Analogico_Folheto_Rev_B.pdf >.

<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq2/Sensor_Indutivo_Analogico_
Manual_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_Rev_B.pdf>.

< http://www.balluff.co.za/Weg-Abstandmessung/en/PDF/FL_841144_EN.pdf>.

<http://www.sense.com.br/produtos/detalhes/85025/por/1/85/sensores/
capacitivos-tubulares/CS10-30GI70-A J>.

<http://br.mouser.com/Search/Refine.aspx?N=254539>.

<http://www.ti.com.cn/cn/lit/ds/symlink/lm335.pdf >.

< http://www.analog.com/static/imported-files/data_sheets/AD592.pdf>.

<http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/automacao-industrial/6354-art1140>.

<http://www.sense.com.br/produtos/detalhes/121021/por/9/121/instrumentos/
linha-kd-ex/KD-45T/Ex>.

86
REFERÊNCIAS

<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq2/KD45TA_Manual_de_
Instala%C3%A7%C3%A3o_Rev_F.pdf>.

<http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Sensores-Industriais/
Sensores-Magneticos >.

<http://www.tjm.com.br/termopares.html>.

<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_
Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.

<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Seguran%C3%A7a_
Intr%C3%ADnseca_Folheto_Rev_C.pdf >.

<http://www.chicagosensor.com>.

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Hall>.

<http://pdf1.alldatasheet.com/datasheet-pdf/view/55092/ALLEGRO/A3210-LH.
html>.

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidade_do_som>.

87

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