Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS......................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
SENSORES COM SAÍDA TIPO ANALÓGICA PADRÃO.................................................................... 9
CAPÍTULO 2
SENSORES COM SAÍDA TIPO DIGITALIZADA.............................................................................. 22
CAPÍTULO 3
SENSORES COM SAÍDA TIPO DIGITAL....................................................................................... 28
CAPÍTULO 4
CONEXÕES ELÉTRICAS............................................................................................................ 32
CAPÍTULO 5
SENSORES COM SAÍDA NÃO PADRÃO..................................................................................... 43
CAPÍTULO 6
CIRCUITOS PADRONIZADORES................................................................................................. 49
UNIDADE II
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE.............................................................................................. 53
CAPÍTULO 1
SENSORES INDUTIVOS.............................................................................................................. 53
CAPÍTULO 2
SENSORES CAPACITIVOS......................................................................................................... 59
CAPÍTULO 3
SENSORES MAGNÉTICOS......................................................................................................... 63
CAPÍTULO 4
SENSORES FOTOELÉTRICOS..................................................................................................... 67
CAPÍTULO 5
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA.................................................................................................... 71
CAPÍTULO 6
SENSORES ULTRASSÔNICOS..................................................................................................... 74
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 86
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
6
Introdução
Instrumentação pode ser definida como “a ciência que estuda, desenvolve e aplica
instrumentos de medição e controle de processos”. A instrumentação industrial é uma
subárea, talvez a principal, do estudo da Automação Industrial.
Toda planta industrial possui os chamados elementos sensores. Esses dispositivos são
capazes de perceber determinado estímulo gerado por um fenômeno físico e transformar
esses estímulos em sinais elétricos, analógicos ou digitais, de maneira direta ou indireta.
Quando operam de forma direta, convertendo uma forma de energia na mesma forma,
são chamados transdutores.
A partir do sinal gerado pelos sensores por meio dos estímulos dos fenômenos físicos,
é possível efetuar o controle de uma máquina ou planta industrial. Bons exemplos são
o sensoriamento para monitoração de níveis de fluidos, controle de movimento de
robôs ou sistemas de controle de esteira para enchimento de garrafas de cerveja. Todo
processo industrial moderno tem um ou mais sensores.
É impossível listar todas as aplicações dos sensores na indústria, mas sempre existe
um sensor específico que se adéqua melhor a cada aplicação. O grande objetivo desta
disciplina é fazer com que o aluno conheça os principais sensores industriais, a natureza
dos sinais elétricos de suas saídas, os tipos de saídas e a padronização elétrica destes
sensores.
Objetivos
»» Promover a efetiva especialização em fundamentos de instrumentação
industrial que possibilite ao aluno adquirir o know-how necessário para
aplicação destes conceitos em ambiente industrial.
7
8
TIPOS DE SAÍDAS
DOS SENSORES UNIDADE I
INDUSTRIAIS
CAPÍTULO 1
Sensores com saída tipo analógica
padrão
9
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
T.
Fonte: Figura editada e disponível em http://lh3.ggpht.com/lnjydQojYpQ/UlM2WppFDMI/AAAAAAAAlD8/1ElIqqeI4ho/Henry-Ford-
1913-inicio-linha-montag<em-T_thumb.jpg?imgmax=800>. Acesso em 2/11/2014.
Contudo, o ser humano não é uma boa máquina para executar tarefas
extremamente repetitivas, visto que, é humanamente impossível, por exemplo,
apertar parafusos por 9 horas seguidas, 365 dias por ano, com a mesma
eficiência. Tão impossível quanto apertar, seria verificar se todos os parafusos
estão realmente apertados com o mesmo torque.
10
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Introdução
Nos sistemas modernos de automação industrial, a interação entre todas estas grandezas
é normalmente controlada por um Controlador Lógico Programável (CLP) (PLC em
inglês).
O dispositivo CLP trabalha apenas com dados digitais (binários). Contudo, as grandezas
referidas acima (pressão, nível, umidade etc.) são de origem analógica e dessa forma,
geralmente, necessita-se de uma conversão A/D (analógico para digital) ou D/A (digital
para analógico). Vale ressaltar que essas conversões nunca são perfeitas e sempre
inserem erros ao sinal original. A figura a seguir ilustra sinais analógicos e digitais
hipotéticos referentes à temperatura medida em uma estufa.
Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>
Tomando como base a tecnologia atual, na maioria dos casos, os sinais analógicos
são convertidos utilizando-se 4 bits, ou seja, temos 16 subníveis para representar a
informação analógica previamente digitalizada. Porém, em sistemas de precisão temos
conversões analógicas de até 12 bits, o que propicia 4096 subníveis para representação
do sinal analógico.
11
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
»» sinal elétrico;
»» sinal pneumático.
12
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Temos tipicamente para instrumentos de controle, o sinal pneumático padrão 3-15 psi
(0.2-1 kgf/cm²).
13
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
O processo para se utilizar esses sinais padrões, consiste em especificar sensores que
enviam, para um sistema de controle, os sinais já padronizados.
Contudo, temos que ter ciência que em algumas aplicações, sinais espúrios (não
desejados) chegam ao sistema de controle, por meio da fiação dos sensores e atuadores,
afetando seu funcionamento.
Dessa forma, é crucial a utilização de um dispositivo que possa isolar estes sinais
padrões do sistema de controle de tal forma a evitar a interferência. Essa isolação pode
ser feita por um elemento chamado de isolação galvânica.
Por fim, temos que destacar a existência de uma equivalência entre os sinais 4-20mA,
1-5V e 3-15psi (pode-se realizar conversões entre esses sinais).
Segue abaixo a folha de dados desta família de sensores analógicos com saída padrão.
Observe todos os parâmetros contidos nesta folha de dados.
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TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Figura 4. Folha de dados da família indutiva analógica Sense. O menor valor indicado na linha referente a
distância sensora nominal (Sn) corresponde a distância com que o alvo, neste caso, um objeto metálico, irá
apresentar 4mA em sua saída. O valor maior de (Sn) nesta mesma linha indica quando o sensor irá apresentar
Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>
15
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Figura 5. Folha de dados da família indutiva analógica Sense. Na parte superior, o tópico “Configuração de
Saída” demonstra a tensão de alimentação deste sensor (15 a 30 Vcc) além de informar que a saída deverá ser
Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>
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TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Podemos ter os mais diversos tipos de sensores com saída analógica padrão, que
trabalham com os mais diversos métodos e grandezas físicas para detecção. Nesse caso,
foi citado um dos milhares de tipos existentes, que é um sensor indutivo (detecta metal).
Para que possamos compreender melhor o método de aplicação prático dos sensores,
observe o exemplo a seguir.
a. 0,5mm.
b. 1mm.
d. 8mm.
e. 15mm.
RESOLVENDO:
Este sensor apresenta em sua saída o valor de 4mA para o alvo em 1mm e 20mA
para o alvo em 8mm.
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UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Figura 6.
Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>
18
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Agora que você já compreendeu o básico sobre esse sensor, iremos estudar o manual de
instalação. Todos os fabricantes disponibilizam tanto a folha de dados quanto o manual
de instalação.
Para saber sobre as nuanças de cada tipo de sensor para utilização no dia a dia, estes
documentos costumam suprir todas as dúvidas.
Figura 7. Manual de instalação da linha indutiva analógica Sense. Este documento costuma apresentar
Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>
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UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Figura 8. Manual de instalação da linha indutiva analógica Sense. Este documento costuma apresentar
Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>
20
»» NPN: a carga é acionada por meio do negativo (transistor NPN) da fonte
de alimentação.
21
CAPÍTULO 2
Sensores com saída tipo digitalizada
Entre toda gama de saídas padrão, os sensores com saídas digitalizadas são os mais
incomuns.
A aplicação desses sensores se dá onde é preciso mensurar uma grandeza física analógica,
mas não há como efetuar o tratamento dessa informação pelo dispositivo de controle
industrial (normalmente um CLP) por falta de entradas analógicas para este fim.
Esse problema costuma ocorrer frequentemente com dispositivos CLP de baixo custo,
onde estes, não costumam apresentar slots para conexão de cartões analógicos de
controle.
Para que possamos utilizar sensores analógicos para medição neste contexto, temos
como solução a digitalização da informação, expressando o dado analógico em sub
faixas binárias por meio de um código, sendo este normalmente binary coded decimal
(BCD).
22
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Quadro 1.
Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>
Essa técnica de digitalização faz com que passemos a utilizar entradas digitais para
realizar medidas que não são digitais.
É obvio que o erro inserido é grande e está diretamente ligado ao número de bits que o
sensor digitalizado possui em sua saída. Quanto mais bits, maior a precisão, contudo,
mais entradas digitais teriam que ser para medição.
Para estudar as características desse tipo de sensor, tomaremos como base um sensor
indutivo que possui tanto saída analógica quanto digitalizada e codificada pelo código
BCD.
23
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Figura 9. Trecho editado da folha de dados de um sensor indutivo da marca Balluff que possui saída digitalizada.
Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>
Observe na folha de dados acima que este sensor possui uma distância sensora de 3mm.
Podemos perceber na curva característica que para valores de distância do alvo inferiores
a 1mm o sensor indica nas saídas digitalizadas D0, D1, D2 e D3 o valor correspondente
a 0000. Isso quer dizer que ele está fora de faixa de operação, considerando o limite
inferior de distância.
Para valores de distância superiores a 3mm, teremos nas saídas digitalizadas D0,D1,D2
e D3 o valor correspondente a 1111, o que indica que o sensor está fora de faixa de
operação, considerando o limite superior de distância do alvo.
Dessa forma, esse sensor é capaz de realizar a medida de forma digitalizada, em uma
gama de variação de distância do alvo de 2mm (limite superior – inferior, ou seja, 3mm
– 1mm).
24
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Como temos 4 bits, são possíveis 16 combinações. Como as combinações 0000 e 1111
são utilizadas como sinalização para o sensor fora de faixa, temos 14 subníveis possíveis
para mensurar 2mm, o que da uma resolução de 0,142857mm por passo (2mm / 14).
Para que possamos compreender melhor o método de aplicação prático dos sensores
digitalizados, observe o exemplo a seguir.
Determine de forma ideal o valor da saída digitalizada composta pelos bits D3, D2,
D1e D0, do sensor BAW M12MP-UAZ50B-BV_ _-508 estudado na folha de dados
apresentada anteriormente para o alvo padrão (objeto metálico com dimensões
estipuladas por norma e informado pelo fabricante) em uma distância de:
a. 0,5mm.
b. 1mm.
d. 3mm.
e. 5mm.
RESOLVENDO:
Esse sensor apresenta em sua saída o valor BCD 0000 (D3, D2, D1 e D0) para o
alvo em distâncias menores que 1mm. Para distâncias do alvo superior a 3mm
temos os código BCD 1111 (D3, D2, D1 e D0).
25
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Figura 10.
Fonte: <http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense>
No mercado existem diversos sensores que utilizam esse princípio de saída. Caso queira,
pesquise outros sensores que lidam com grandezas físicas diferentes e expressam o
sinal em sua saída de forma digitalizada.
26
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
27
CAPÍTULO 3
Sensores com saída tipo digital
A faixa de valores que uma determinada variável pode assumir depende da característica
do problema a ser resolvido e do tipo de grandeza ou fenômeno físico a ser tratado.
Desse modo, seguem abaixo as características das variáveis lógicas.
No caso dos sensores industriais, as variáveis de entrada podem não estar bem definidas
do ponto de vista lógico, visto que grandezas físicas normalmente não são discretas,
mas as variáveis de saída sempre deverão apresentar o valor “1” ou “0”, verdadeiro ou
falso.
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TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Mesmo que as variáveis de entrada não sejam discretas (temperatura, pressão, vazão
etc.), existe dentro dos sensores digitais uma função que é chamada de limiar de
comutação.
Por exemplo, imagine um sensor de temperatura digital (dois estados lógicos para a
saída, “1” ou “0”). O sensor irá apresentar em sua saída nível “1” quando a temperatura
for maior que 27°C e nível lógico “0”, quando a temperatura for menor ou igual a 27°C.
Esta lógica se repete para a grande maioria das aplicações industriais, pois em todos
os casos que se necessita detectar um evento qualquer, a condição lógica verdadeira ou
falsa é utilizada.
Assim, os sensores com saída digital são os mais comuns do mercado, visto que são
capazes de atender todas as aplicações onde não se necessita efetuar uma medida de
valores e sim, efetuar a detecção de um evento.
Dadas essas características, os sensores com saídas digitais são utilizados frequentemente
em substituição às chaves de fim de curso convencionais, com a vantagem de não ter
contato físico e consequentemente não sofrer desgaste mecânico.
Conforme já explicitado temos que uma variável lógica X pode assumir dois valores,
tais como, Verdadeiro ou Falso, ou, “1” ou “0”.
29
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Os sensores capacitivos detectam qualquer tipo de massa, logo, são aplicados onde
existe a necessidade de detecção de materiais não metálicos como plásticos, madeiras e
resinas. São utilizados, também, para detecção do nível de líquidos e sólidos.
30
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Figura 11. Trecho editado da folha de dados de um sensor capacitivo da marca Sense que possui saída digital.
Fonte: http://pt.slideshare.net/paulovitorcostacintra/tabela-sensores-da-sense
31
CAPÍTULO 4
Conexões elétricas
Saídas de contatos
Podemos definir que existem três tipos de saídas de contato. As saídas são: Normalmente
Aberta (NA), Normalmente Fechada (NF) e Reversível (R, ou NA + NF).
Figura 12.
Figura 13.
32
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Figura 14.
As figuras a seguir ilustram ambos os padrões. É importante ressaltar que mesmo caindo
em desuso, o padrão convencional ainda pode ser encontrado em plantas industriais e
máquinas antigas, por isso ter conhecimento desse padrão é fundamental para alguma
possível manutenção.
Figura 15. Ilustra o sistema convencional para conexões elétricas. Os fios são compostos por
33
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Figura 16. Ilustra o sistema DIN para conexões elétricas. Os fios são compostos por
Observe que os dois padrões não são compatíveis. A ligação de forma errada pode por
ventura, queimar tanto o sensor quanto os dispositivos de controle. Fique atento.
Saídas NPN
34
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Onde T1 é o transistor de saída, Ra é a resistência de saída, D1 é o diodo de proteção contra quebra do cabo e Z1 é o zener
de proteção contra cargas indutivas.
Quando utilizarmos uma carga indutiva com corrente de consumo superior a 100mA
é recomendável a inclusão do diodo D2 ligado reversamente em paralelo com a carga.
Esta é uma proteção adicional contra cargas indutivas.
Observe as figuras a seguir. Elas retratam todas as possibilidades para a saída NPN.
35
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Saídas PNP
Figura 21.
Onde T1 é o transistor de saída, Ra é a resistência de saída, D1 é o diodo de proteção contra quebra do cabo e Z1 é o Zener
de proteção contra cargas indutivas.
Quando utilizarmos uma carga indutiva com corrente de consumo superior a 100mA
é recomendável a inclusão do diodo D2 ligado reversamente em paralelo com a carga.
Essa é uma proteção adicional contra cargas indutivas.
Observe as figuras a seguir. Elas retratam todas as possibilidades para a saída NPN.
36
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Associação série
37
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Figura 25.
Associação paralela
38
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Figura 26.
Esses sensores possuem um tiristor (SCR) que efetua o chaveamento da carga ligada
em série com ele. Quando a saída do sensor está desacionada, o tiristor fica cortado e a
carga desenergizada.
Caso a saída do sensor esteja acionada, o tiristor satura, passando a conduzir energia
para a carga.
39
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Figura 27. Configuração normalmente aberta dois fios (NA) e normalmente fechada (NF) dois fios.
Figura 28. Configuração normalmente aberta três fios (NA) e normalmente fechada (NF) três fios.
Associação série
Para sensores dois fios é recomendável que se ligue somente dois sensores em série,
devido à questão da queda de tensão nos sensores (Vdrop).
40
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Figura 30.
Já para sensores três fios, não existem restrições para a ligação, visto que a queda de
tensão é praticamente desprezível. Observe a ligação da figura a seguir.
Figura 31.
Associação paralelo
41
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Figura 32.
42
CAPÍTULO 5
Sensores com saída não padrão
Diante desta variedade, iremos elucidar neste capítulo, os principais sensores aplicados
em automação industrial que possuem característica de saída não padrão de tal forma
a formar um alicerce para a busca do conhecimento.
Caso você utilize ou precise de um sensor diferente dos estudados, saiba que o site
referenciado acima é uma boa fonte de pesquisa e, as teorias de padronização das saídas
que serão estudadas no capítulo seguinte, poderão ser aplicadas em quaisquer sensores
a serem utilizados.
Sensores de temperatura
43
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
PTC e NTC
O Negative Temperature Coeficient (NTC) é um sensor que sua resistência elétrica varia
com valor inversamente proporcional à temperatura. Sua composição físico-química se
dá pela junção de elementos semicondutores com óxido de ferro, magnésio e cromo. A
seguinte equação representa este sensor.
R = A.e-B/T [Ω]
Onde:
Devido a seu comportamento não linear, o NTC é utilizado numa faixa pequena de
temperatura, em que a curva é próxima de uma reta, ou com uma rede de linearização.
Seu uso mais frequente se dá em sistemas de proteção, atuando como sensor sobre
temperatura ou sobre corrente. Funciona como um fusível térmico que pode ser
rearmável.
Termopar
Os dois fios são soldados em um dos extremos. Esta junção é chamada de junta quente
ou junta de medição.
44
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
A outra extremidade, que não foi soldada, apresenta os dois condutores que são ligados
no instrumento de medição. Essa junção, desses condutores com o equipamento de
medição é chamada de junta fria ou junta de referência.
A diferença de temperatura entre essas juntas gera uma tensão, que será utilizada para
a medição da temperatura. A variação da temperatura muda a tensão que é lida pelo
instrumento de medição. A equação abaixo demonstra esse comportamento.
V = K.T m[V]
Onde:
V é a tensão gerada na junta quente que será medida pelo instrumento de medição,
dado em milivolts.
K é uma constante que é dada para cada par de metais, sendo utilizável até seu limite
térmico.
Quadro 2.
Os termopares são conhecidos no mercado por meio do seu tipo. Eles podem ser dos
tipos T, K, R, S, J, E, B e N. Iremos estudar os tipos de termopar no Capitulo 5 – Medição
de temperatura.
PT 100
45
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Esse sensor possui uma curva característica padronizada e não linear, conforme norma
DIN-IEC 751-1985.
A informação mais importante deste sensor é que ele tem como característica uma
resistência de 100 ohms a 0ºC (PT 100).
O desvio de linearidade pode ser desprezível para algumas aplicações, mas em processos
industriais mais refinados, esse desvio deve ser levado em consideração.
Uma opção que pode ser estudada é o LM335, componente fabricado pela Texas
Instruments, que mede de -40 a 100°C em modo contínuo.
Outra opção é o AD592, componente fabricado pela Analog Devices, que mede de -25 a
105°C e com excelente linearidade, de 0 a 70°C.
46
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
Sensores de luz
LDR
O sensor Light Dependent Resistor (LDR) é um dispositivo que tem sua resistência
elétrica diminuída em função da iluminação sobre sua face sensora.
A resistência desse dispositivo varia de alguns mega Ohms (total escuridão), a até
centenas de Ohms, sobre a exposição de luz intensa.
Foto diodo
O foto diodo nada mais é que um diodo com sua região de junção exposto à luz. A
incidência da energia luminosa faz com que os elétrons sejam deslocados da banda
de valência para a de condução, reduzindo a barreira potencial devido ao número de
elétrons que podem vir a circular em polarização reversa.
47
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
A corrente que circula pelos fotos diodos normalmente varia de alguns miliampères a
dezenas de miliampères, para grande luminosidade incidente sobre o dispositivo.
Diferentemente dos LDR, os foto diodos podem ter resposta espectral de comprimento
de onda ajustados pelos fabricantes para trabalhar do infravermelho, passando pelo
espectro visível, ao ultravioleta, dependendo dos materiais de construção empregados
no sensor.
Esse componente pode ser utilizado em uma enorme gama de funções tais como,
sistemas de telecomunicação por fibra óptica, controles remotos, leitores de CDs,
sensores de posição e velocidade etc. Esse dispositivo possui excelente tempo de
resposta ao estímulo luminoso.
Foto transistor
O foto transistor nada mais é que um transistor com sua região de junção base-coletor
exposta à luz, funcionando como um foto diodo. Suas aplicações são as mesmas dos
fotos diodos, mas, normalmente os fotos transistores são mais lentos, o que limita
sua aplicação em sistema de fibra óptica e sistemas de comunicação de alta taxa de
transmissão de dados.
48
CAPÍTULO 6
Circuitos padronizadores
Então, os sensores não padrão, para serem aplicados em ambiente industrial, necessitam
de um circuito padronizador que converta sua saída (tensão, corrente, resistência) em
um valor padronizado de grandeza para que os instrumentos de medição consigam
interpretar essa medida.
A fim de compor sua biblioteca pessoal, o link a seguir lista uma série de instrumentos
padronizadores fabricados pela empresa Sense Eletrônica que podem ser aplicados em
atmosferas potencialmente explosivas.
<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Seguran%C3%A7a_
Intr%C3%ADnseca_Folheto_Rev_C.pdf>. Acesso em: 2/11/2014.
49
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Caso deseje saber mais sobre as informações iniciais sobre esse produto, sua folha de
dados pode ser acessada no link abaixo.
<http://w w w.sense.com.br/produtos/detalhes/121021/por/9/121/
instrumentos/linha-kd-ex/KD-45T/Ex>. Acesso em: 2/11/2014.
<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq2/KD-45TA_Manual_de_
Instala%C3%A7%C3%A3o_Rev_F.pdf>. Acesso em: 2/11/2014.
50
TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS│ UNIDADE I
»» Programação: por meio de chave tipo DIP switch para seleção de saída
de tensão ou corrente e tipo do termopar.
Observe a figura a seguir. Nela é possível verificar todo esquema de ligação e ajuste do
instrumento.
51
UNIDADE I │TIPOS DE SAÍDAS DOS SENSORES INDUSTRIAIS
Figura 34.
Figura 35.
52
SENSORES
INDUSTRIAIS DE UNIDADE II
PROXIMIDADE
CAPÍTULO 1
Sensores indutivos
53
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
A interação das linhas de força geradas por esse indutor com um objeto metálico
posicionado próximo à frente do sensor faz com que essas linhas de força sejam
modificadas, sendo esse o princípio de detecção do objeto metálico, esse princípio é
chamado de Eddy Current.
Podemos dizer que de modo geral, este é o sensor mais comum na indústria e em
máquinas e equipamentos.
Fonte: Figura editada de artigo “Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial – Conferência Brazil
Automation 2013”.
54
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
Fonte: Figura editada de artigo “Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial – Conferência Brazil
Automation 2013”.
Esse princípio é chamado Eddy Current Killed Oscillator (ECKO) sendo essa a base de
detecção do objeto metálico conforme a figura a seguir.
55
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Fonte: Figura editada de artigo “Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial – Conferência Brazil
Automation 2013”.
Analisando o método de construção do sensor, podemos observar que eles podem ter
seu campo eletromagnético blindado ou não blindado. Tais métodos de construção são
importantes para definir a detecção lateral do sensor.
Figura 39. Campo eletromagnético gerado pelas bobinas blindadas e não blindadas.
Fonte: Figura editada de artigo “Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial – Conferência Brazil
Automation 2013”.
Por fim, para analisar a distância máxima de detecção do sensor, é importante observar
a máxima distância no qual o campo eletromagnético é percebido ao redor da bobina
conforme a figura a seguir.
56
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
Fonte: Figura editada de artigo “Nova tecnologia de sensoriamento indutivo para automação industrial – Conferência Brazil
Automation 2013”.
Essa norma diz que a distância efetiva do sensor (Sr) pode variar 10% para cima ou para
baixo em função da distância sensora. Isso quer dizer que, dado um sensor que possui
distância sensora nominal de 10mm (Sn), ele pode sair de fábrica com qualquer valor
entre 9mm e 11mm.
Esses sensores podem variar sua distância de até 10% para cima ou para baixo em
função da variação da temperatura dentro de uma faixa estabelecida, normalmente
entre -25°C e +70°C.
Assim sendo, chamamos de distância usual (Su) a distância com a qual o sensor poderá
detectar o alvo mediante a variação de temperatura. Essa variação de distância ocorre
em função da distância efetiva (Sr), e a fim de garantir o bom funcionamento do
parâmetro a distância garantida (Sa) determina que o sensor deve detectar um alvo de
0mm até 81% de Sn, independentemente da temperatura.
57
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Quadro 3. Síntese de análise dos sensores no que diz respeito a distância segundo a norma IEC-60947-5-2.
Hoje o mercado vem sendo infestado de produtos de baixa qualidade que não
atendem às normas vigentes. Ao se especificar um sensor, verifique a procedência
e os requisitos de atendimento de normas internacionais.
Por fim, temos que compreender que a distância sensora operacional está
diretamente ligada ao alvo.
58
CAPÍTULO 2
Sensores capacitivos
É possível efetuar a detecção em uma vasta gama de materiais, tais como madeira,
papelão, vidro, plásticos, concreto, placas de silício e até mesmo líquidos contidos
dentro de uma embalagem ou por meio de uma janela de vidro.
Conforme dito, apesar das distâncias de detecção do alvo serem similares para todos
os tipos de metal, o que dispensaria o fator de correção que se aplica para os sensores
indutivos em função do tipo de material, as distâncias sensoras nominais (Sn) para
materiais não metálicos podem ser significativamente menores, normalmente entre
50% e 80%, conforme o material.
59
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
A amplitude dessa oscilação é avaliada por um circuito detector de pico que ativa a
saída, caso o circuito perceba essa modificação. A figura a seguir demonstra a construção
interna e o funcionamento desse sensor.
É importante salientar que a distância sensora varia com o tipo de material a ser
detectado.
Para o caso dos sensores capacitivos a constante dielétrica, representada pela letra ε,
indica o grau de condutibilidade do material, e é por meio dessa constante que o sensor
consegue perceber se ocorre maior ou menor variação do dielétrico do capacitor frontal
do sensor, o que impacta na detecção ou não de determinado objeto.
Quadro 5. Constante dielétrica dos materiais, aplicada para os ajustes de sensores proximidade capacitivos em
função do material.
εr em relação ao ε0
Material
(Vácuo e Ar)
Ar, vácuo 1
Óleo fino, papel, petróleo, poliuretano, parafina, silicone. 2a3
Araldite, baquelite, quartzo, madeiras. 3a4
Vidro, papel grosso, borracha, porcelana. 4a5
Mármore, pedras, madeiras pesadas. 6a8
Água, álcoois, soda cáustica. 9 a 80
60
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
Essa norma diz que a distância efetiva do sensor (Sr) pode variar 10% para cima ou para
baixo em função da distância sensora. Isso quer dizer que, dado um sensor que possui
distância sensora nominal de 10mm (Sn), ele pode sair de fábrica com qualquer valor
entre 9mm e 11mm.
Esses sensores podem variar sua distância de até 10% para cima ou para baixo em
função da viação da temperatura dentro de uma faixa estabelecida, normalmente entre
-25°C e +70°C.
Assim sendo, chamamos de distância usual (Su) a distância com qual o sensor poderá
detectar o alvo mediante a variação de temperatura. Essa variação de distância ocorre
em função da distância efetiva (Sr), e a fim de garantir o bom funcionamento do o
parâmetro distância garantida (Sa) determina que o sensor deve detectar um alvo de
0mm até 81% de Sn, independentemente da temperatura.
61
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Quadro 6. Síntese de análise dos sensores no que diz respeito a distância segundo a norma IEC-60947-5-2.
Hoje, o mercado vem sendo infestado de produtos de baixa qualidade que não
atendem as normas vigentes. Ao se especificar um sensor, verifique a procedência
e os requisitos de atendimento de normas internacionais.
62
CAPÍTULO 3
Sensores magnéticos
Sensores magnéticos
Podemos definir como sensor magnético um elemento capaz de acionar uma saída
mediante a presença de um campo magnético externo, proveniente de um imã
permanente.
Fonte: <http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Sensores-Industriais/Sensores-Magneticos>.
Acesso em: 16/11/2014.
63
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
O princípio de detecção se dá por uma chave magnética conhecida como reed switch.
Essa chave é composta por dois condutores ferromagnéticos metálicos encapsulados
dentro de uma ampola de vidro.
Fonte: <http://www.chicagosensor.com>
Esse componente (reed switch) é encapsulado pelo fabricante do sensor industrial que
simplesmente adiciona o tipo de saída desejada (NPN, PNP etc.).
64
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
Para o caso dos sensores industriais, um componente eletrônico é o responsável por entregar
em sua saída uma variação de resistência elétrica em função da aproximação de um campo
magnético, ou na maioria dos casos, já é entregue um valor discreto (0 ou 1).
Figura 45.
Fonte: <http://www.ic-on-line.com/view_download.php?id=1067628&file=0021%5Ca3210eua-tl_183582.pdf>.
65
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Caso queira conhecer um circuito integrado de efeito hall, acesse o link <http://
pdf1.alldatasheet.com/datasheet-pdf/view/55092/ALLEGRO/A3210-LH.html> e
faça um estudo sobre o tema.
Sensores magnéticos industriais com saída analógica são construídos com componentes
desse tipo.
66
CAPÍTULO 4
Sensores fotoelétricos
Sensores fotoelétricos
Os sensores ópticos de efeito fotoelétrico ou simplesmente sensores fotoelétricos são
dispositivos que utilizam os conceitos de transmissão e recepção de luz para prover o
acionamento ou desacionamento de uma saída na presença de um acionador.
A recepção dessa luz é feita por um sistema composto de um foto diodo ou foto transistor
em conjunto com um circuito demodulador.
»» essa interação entre o acionador e o sensor deve fazer com que a mudança
de nível luminoso gerada pela presença do acionador seja suficiente para
ser percebida pelo sensor. Dessa percepção do sensor pode causar uma
mudança de estado lógico da saída sem o contato físico entre o acionador
e o sensor;
»» as saídas dos sensores industriais de efeito foto elétrico podem ser do tipo
padrão ou não padrão, dependendo do tipo do sensor.
67
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Fonte: <file:///C:/Users/karen.porolik/Downloads/SensoresProximidade.pdf>.
Para esse tipo de sensor, a distância nominal de funcionamento (Sn) é a distância máxima
que os sensores (transmissor e receptor) podem estar separados. Esses sensores podem
operar em distâncias menores que a especificada pelo fabricante.
Esses sensores podem apresentar distância sensora nominal de até 150m (sensores
especiais), contudo é convencional trabalhar com sensores de até 20m.
68
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
O valor de distância sensora nominal (Sn) depende do tipo de material a ser detectado.
Como acionador padrão, para determinação da distância sensora nominal é utilizado
uma folha de papel fotográfico liso com refletividade de 90%.
Fonte: <file:///C:/Users/karen.porolik/Downloads/SensoresProximidade.pdf>
Nesse sistema emissor e receptor estão compostos no mesmo conjunto e o feixe de luz
emitida pelo emissor, reflete em um espelho prismático que retorna a luz até o receptor.
69
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Fonte: <file:///C:/Users/karen.porolik/Downloads/SensoresProximidade.pdf>.
Para esse tipo de sensor, o espelho prismático possui características próprias de reflexão,
onde a luz incidente é desviada a 45o na primeira incidência e novamente é desviada a 45o
da segunda incidência, retornando ao sensor, paralelamente a luz emitida inicialmente.
Para detecção de materiais transparentes como garrafas de vidro, vidro plano e acrílico
deve-se angular o feixe de luz em relação ao objeto ou por meio do ajuste de sensibilidade
disponível no corpo do sensor, reduzindo assim, a emissão e adequando a detecção
conforme o tipo de material.
Para evitar que isso ocorra, pode-se angular a montagem entre sensor, espelho e objeto
entre 10o e 20o em relação ao eixo do objeto.
70
CAPÍTULO 5
Medição de temperatura
Os dois fios são soldados em um dos extremos. Essa junção é chamada de junta quente
ou junta de medição.
A outra extremidade, que não foi soldada, apresenta os dois condutores que são ligados
no instrumento de medição. Essa junção, desses condutores com o equipamento de
medição é chamada de junta fria ou junta de referência.
A diferença de temperatura entre essas juntas gera uma tensão, que será utilizada para
a medição da temperatura. A variação da temperatura muda a tensão que é lida pelo
instrumento de medição. A equação a seguir demonstra esse comportamento.
V = K.T m[V]
Onde:
V é a tensão gerada na junta quente que será medida pelo instrumento de medição,
dado em milivolts.
K é uma constante que é dada para cada par de metais, sendo utilizável até seu limite
térmico.
71
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Quadro 7.
Os termopares são conhecidos no mercado por meio do seu tipo. Eles podem ser dos
tipos T, K, R, S, J, E, B e N.
FAIXA DE
ELEMENTO ELEMENTO
TIPO TEMPERATURA CARACTERÍSTICAS RESTRIÇÕES
POSITIVO NEGATIVO
USUAL
Podem ser usados em atmosferas
oxidantes, redutoras, inertes e no vácuo.
1) Oxidação do cobre
T Cobre (+) Constantan (-) -184 à 370ºC Adequados para medições abaixo de zero
acima de 310ºC.
grau. Apresenta boa precisão na sua faixa
de utilização.
1) Limite máximo de
utilização em atmosfera
Podem ser usados em atmosferas oxidantes, oxidante de 760ºC
redutoras, inertes, e no vácuo. Não devem devido à rápida oxidação
J Ferro (+) Constantan (-) 0 à 760ºC ser usados em atmosferas sulfurosas e do ferro.
não se recomenda o uso em temperaturas
abaixo de zero graus. Apresenta baixo custo. 2) Utilizar tubo de
proteção acima de
480ºC.
Podem ser usados em atmosferas oxidantes
e inertes. Em ambientes redutores ou
Níquel Cromo 1) Baixa estabilidade em
E Cobre Níquel (-) 0 à 870ºC vácuos perdem suas características
(+) atmosfera redutora.
termoelétricas. Adequado para o uso em
temperaturas abaixo de zero grau.
72
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
1) Vulnerável em
Recomendável em atmosferas oxidantes atmosfera sulfurosa
ou inertes. Ocasionalmente, podem ser e gases como SO2
K Chromel (+) Alumel (-) 0 à 1200ºC usados abaixo de zero grau. Não devem ser e H2S1, requerendo
utilizados em atmosferas sulfurosas. Seu uso substancial proteção
no vácuo é por curto período de tempo. quando utilizado nessas
condições.
1) Vulnerável à
Platina 90% Platina 100%
Recomendável em atmosferas oxidantes contaminação em
S 10% Rhódio
0 à 1600ºC ou inertes. Não devem ser usados abaixo atmosferas que não
(+) (-)
de zero grau no vácuo, em atmosferas sejam oxidantes.
redutoras ou atmosferas com vapores 2) Para altas
Platina 87% Platina 100%
0 à 1600ºC metálicos. Apresenta boa precisão em temperaturas, utilizar
R 13% Rhódio
temperaturas elevadas. isoladores e tubos de
(+) (-)
proteção de alta alumina.
1) Vulnerável à
Recomendável em atmosferas oxidantes ou contaminação em
Platina 70% Platina 94% inertes. Não devem ser usados no vácuo, atmosferas que não
B 30%Rhódio 6% Rhódio 870 à 1795ºC em atmosferas com vapores metálicos. Mais sejam oxidantes.
(+) (-) adequados para altas temperaturas que os 2) Utilizar isoladores e
tipos S/R. tubos de proteção de alta
alumina.
Excelente resistência à oxidação até
1200ºC. Curva FEM x temp. similar ao 1) Melhor desempenho
N Nicrosil (+) Nisil (-) 0 à 1260ºC tipo K, porém possui menor potência na forma de termopar de
termoelétrica. Apresenta maior estabilidade isolação mineral.
e menor drift x tempo.
Instrumentos de padronização
73
CAPÍTULO 6
Sensores ultrassônicos
Para descrever as características desse tipo de sensor, iremos estudar neste capítulo as
características de um sensor ultrassônico baseado na folha de dados dos sensores da
família ECO fabricado pela empresa Sense Eletrônica.
É comum que tenhamos que buscar informações com os fabricantes para resolução
de problemas cotidianos em planta industrial, então, por se tratar do último capítulo
desta disciplina, adotaremos esta didática para lhe ajudar a se familiarizar com esta
metodologia tão presente no dia a dia de trabalho.
Este documento citado é uma excelente referência bibliográfica e seu estudo será
fundamental para o aprendizado das características dos sensores ultrassônicos.
< h t t p : / / w w w. s e n s e . c o m . b r / a r q u i v o s / p r o d u t o s / a r q 1 / S e n s o r e s _
Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>. Acesso em: 19/11/2014.
Esses dispositivos possuem características que fazem com que ele possa trabalhar
em aplicações de modo a detectar ou medir de forma precisa e confiável, objetos de
materiais, cores, texturas e formas diferentes.
74
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
Esse tipo de sensor é o que possui maior número de detalhes a serem observados
para uma aplicação funcional então é fundamental a boa compreensão de seu
funcionamento e demais características técnicas.
Funcionamento
O princípio de funcionamento dos sensores ultrassônicos está baseado na emissão de
uma onda sonora de alta frequência (na casa de quilo-hertz), e na medição do tempo
que leva para a recepção do eco, produzido quando a onda se encontra com um objeto
capaz de refletir o som.
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UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Para compreender o funcionamento desse dispositivo, temos que ter em mente que os
sensores ultrassônicos emitem os pulsos de ultrassom ciclicamente.
A construção do sensor faz com que o feixe ultrassônico seja emitido em forma de um
cone e somente objetos dentro do raio do cone são detectados.
Os objetos a serem detectados podem ser sólidos, líquidos, granulares ou pós. O material
poderá ser transparente ou colorido, de qualquer formato, e com superfície polida ou
fosca.
Figura 49. Sintetiza a questão dos objetos que podem ser detectados.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.
76
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
Nos sensores difusos o objeto funciona como refletor. Assim que o objeto entra na
região de detecção do sensor, seu eco pode promover a comutação da saída ou detecção
do objeto.
Figura 50.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf –
disponível em 19/11/2014>.
Para que possamos compreender como deve ser ajustado um sensor ultrassônico, iremos
tomar como referência os sensores da linha ECO da empresa Sense Eletrônica. Esses
sensores podem ser ajustados de maneira bastante simplificada, utilizando somente
trimpots para realizar as configurações.
Possuem duas saídas independentes (NA/NF), que podem ser ajustadas individualmente
por meio dos potenciômetros P1 e P2 onde:
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UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Figura 51.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.
Zero é o termo utilizado para determinar o ponto onde o sensor deverá apresentar a
corrente mínima de faixa, ou seja, 4mA.
SPAN é o termo utilizado para determinar o ponto onde o sensor deverá apresentar a
corrente máxima de faixa, ou seja, 20mA. Os potenciômetros P1 e P2 são os responsáveis
pelo ajuste onde:
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SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
Figura 52.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.
Para objetos com superfícies planas e lisas, o sensor deve ser montado em um ângulo
de 90o ± 3o com a superfície.
Por outro lado, as superfícies irregulares podem lidar com um desvio angular muito
maior, porém a distância diminui em relação aos objetos planos.
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UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Figura 53.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.
A figura a seguir ilustra a mínima distância com que os sensores devem estar separados
sem que se cause o fenômeno de interferência mútua.
Figura 54.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.
80
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
Figura 55.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.
Redirecionando o som
O feixe de som pode ser redirecionado, refletindo em uma superfície lisa, sem perdas
significativas.
Existem no mercado alguns acessórios para desviar o som em um ângulo de 90o. Esses
podem ser utilizados com vantagem em determinadas instalações confinadas, como
silos e tonéis.
Precisão e repetibilidade
A precisão é a discrepância entre a distância real entre o sensor e o objeto e a distância
medida pelo sensor. A precisão obtida depende das propriedades reflexivas do objeto e
as influências físicas que afetam a velocidade do som no ar.
Objetos com propriedade reflexiva baixa ou uma rugosidade maior do que o comprimento
de onda da frequência de ultrassom tem um efeito negativo sobre a precisão.
81
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Não é possível quantificar exatamente esse efeito, mas como regra geral, podemos
assumir uma imprecisão de vários comprimentos de onda da frequência de ultrassom.
82
SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE│ UNIDADE II
Figura 56. Diagrama de radiação de um sensor com distância sensora nominal SN = 350mm.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.
Figura 57. Diagrama de radiação de um sensor com distância sensora nominal SN = 1300mm.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.
83
UNIDADE II │SENSORES INDUSTRIAIS DE PROXIMIDADE
Figura 58. Diagrama de radiação de um sensor com distância sensora nominal SN = 3400mm.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.
Figura 59. Diagrama de radiação de um sensor com distância sensora nominal SN = 6000mm.
Fonte: <http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
Acesso em: 19/11/2014.
84
Para (não) Finalizar
Tendo como base os conteúdos elucidados por esta disciplina, possivelmente você será
capaz de propor, ou ao menos saber buscar, as soluções para os problemas cotidianos
ligados à instrumentação industrial.
O intuito da elaboração dessa disciplina foi fornecer as ferramentas para que você possa
ser capaz de propor soluções para problemas comumente encontrados em nossa área.
Vá em frente.
85
Referências
Sites
<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensor_%20Indutivo_
Analogico_Folheto_Rev_B.pdf >.
<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq2/Sensor_Indutivo_Analogico_
Manual_de_Instala%C3%A7%C3%A3o_Rev_B.pdf>.
< http://www.balluff.co.za/Weg-Abstandmessung/en/PDF/FL_841144_EN.pdf>.
<http://www.sense.com.br/produtos/detalhes/85025/por/1/85/sensores/
capacitivos-tubulares/CS10-30GI70-A J>.
<http://br.mouser.com/Search/Refine.aspx?N=254539>.
<http://www.ti.com.cn/cn/lit/ds/symlink/lm335.pdf >.
< http://www.analog.com/static/imported-files/data_sheets/AD592.pdf>.
<http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/automacao-industrial/6354-art1140>.
<http://www.sense.com.br/produtos/detalhes/121021/por/9/121/instrumentos/
linha-kd-ex/KD-45T/Ex>.
86
REFERÊNCIAS
<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq2/KD45TA_Manual_de_
Instala%C3%A7%C3%A3o_Rev_F.pdf>.
<http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Controls/Sensores-Industriais/
Sensores-Magneticos >.
<http://www.tjm.com.br/termopares.html>.
<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Sensores_
Ultrass%C3%B4nicos_Sense_Folheto_Rev_%20J.pdf>.
<http://www.sense.com.br/arquivos/produtos/arq1/Seguran%C3%A7a_
Intr%C3%ADnseca_Folheto_Rev_C.pdf >.
<http://www.chicagosensor.com>.
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Hall>.
<http://pdf1.alldatasheet.com/datasheet-pdf/view/55092/ALLEGRO/A3210-LH.
html>.
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidade_do_som>.
87