Pré-Vestibular Social
Física
6ª edição
revisada
Módulo 1
2015
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Governador
Luiz Fernando de Souza Pezão
Fundação Cecierj
Presidente
Carlos Eduardo Bielschowsky
Vice-Presidente Científica
Mônica Damouche
Pré-Vestibular Social
Diretora
Celina M.S. Costa
Coordenadores de Física
Carlos Alberto Faria Leite
Eden Vieira Costa
Apresentação
5
Capítulo 1
Grandezas Físicas :: Vetores :: O Sistema Internacional de Unidades
7
Capítulo 2
Introdução ao estudo da Cinemática :: Movimento Retilíneo Uniforme (MRU)
13
Capítulo 3
O Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV)
19
Capítulo 4
O movimento de queda livre
25
Capítulo 5
Lançamento de projéteis
29
Capítulo 6
Movimento Circular Uniforme 35
Capítulo 7
O Movimento Circular Uniformemente Variado (MCUV)
41
Capítulo 8
Composição vetorial de velocidades 45
Capítulo 9
A 1a Lei de Newton
49
Capítulo 10
A 2a Lei de Newton
57
Capítulo 11
A 3a Lei de Newton e as condições de equilíbrio
63
Capítulo 12
Gravitação
71
Capítulo 13
Trabalho, potência e rendimento
77
Capítulo 14
A energia cinética e sua relação com o trabalho
83
Capítulo 15
A energia potencial
87
Capítulo 16
A energia mecânica e a conservação da energia
93
Capítulo 17 99
Impulso e momento linear
Capítulo 18 103
Colisões
Capítulo 19 107
Atividades complementares
Gabaritos 111
Bibliografia 119
Apresentação
Caro Aluno,
Este conjunto de apostilas foi elaborado de acordo com as necessidades e a lógica do projeto do Pré-
Vestibular Social. Os conteúdos aqui apresentados foram desenvolvidos para embasar as aulas semanais
presenciais que ocorrem nos polos. O material impresso por si só não causará o efeito desejado,
portanto é imprescindível que você compareça regularmente às aulas e sessões de orientação acadêmica
para obter o melhor resultado possível. Procure, também, a ajuda do atendimento 0800 colocado à sua
disposição. A leitura antecipada dos capítulos permitirá que você participe mais ativamente das aulas
expondo suas dúvidas o que aumentará as chances de entendimento dos conteúdos. Lembre-se que o
aprendizado só acontece como via de mão dupla.
Aproveite este material da maneira adequada e terá mais chances de alcançar seus objetivos.
Bons estudos!
[ ]
:: Meta ::
Apresentar aos alunos os principais tipos de grandezas estudadas em Física, suas relações e o
modo de operar com elas.
:: Objetivos ::
• Distinguir grandezas escalares de grandezas vetoriais;
• Efetuar operações simples com vetores;
• Reconhecer as unidades mecânicas fundamentais do S.I.
8 :: Física :: Módulo 1
r
V
Capítulo 1 :: 9
r
A Adição
V de Vetores :: Método O Método do Paralelogramo
Gráfico para a Adição de Vetores
Consideremos a , b e c grandezas vetoriais quaisquer, de módulo 3, 2 e 1, É comum termos que somar apenas dois vetores, sendo conveniente
b b
respectivamente, representadas graficamente a seguir: utilizar o método descrito abaixo. Consideremos dois vetores quaisquer a e b ,
a
a representados por: c b
a
b
b b a
a c c
Para somá-los, colocamos os dois vetores com uma origem comum e
traçamos retas paralelas a cada um dos vetores, passando pela extremidade do
outro, respectivamente:
b
Para fazer a soma a + b + c , graficamente, escolhemos uma origem, e
colocamos os vetores um em seguida do outro. A soma é obtida ligando-se a
c b
origem do primeiro à extremidade do último:Este é o vetor resultante e seu a
comprimento representa o módulo.
c
R
a b
Este é o vetor resultante e seu
b comprimento representa o módulo.
R = a + b + c
O vetor resultante é obtido ligando-se a origem comum à interseção das retas
R a o paralelogramo.
auxiliares, que formam
b
R = a + b + c
a
b Este é o vetor resultante.
a R
b Este é o vetor resultante.
a R
A ordem dos vetores não altera
asuasoma (a soma vetorial é comutativa).
Vamos somar na seguinte ordem: b + c + a : a Este é o vetor resultante.
b
c a R
A Subtração de Vetores
a
c a
Para subtrairmos um vetor de outro podemos proceder como na soma, mas
b
invertendo-se o sentido do vetor a subtrair. Assim, para efetuarmos a – b , com os
R mesmos vetores dados anteriormente, faremos:
b
Resultante
R
a
Veja que o vetor resultante R é igual ao anterior (tem o mesmo módulo, Resultante
direção e sentido). b a
R
Atividade 2 b R
Utilize uma régua e faça você a soma dos vetores na ordem c + b + a , a
partir da origem O indicada a seguir. Verifique se o vetor resultante é o mesmo Observe que o vetor – b tem o mesmo módulo e direção, mas sentido
dos casos anteriores. contrário ao vetor + b .
Um outro modo de se fazer a subtração graficamente consiste em colocar os
dois vetores com uma origemcomum. Para efetuarmos a diferença a – b , ligamos
a extremidade do segundo
b ( b) àorigem do primeiro (a ). Vejamos:
R
Veja que o vetor resultante R é o mesmo
O b
que o anterior. R
a
a b
a b
a
b b R R
Resultante
a b
10 :: Física :: Módulob 1 R
Casos Especiais y
b b
Podemos determinar facilmente o módulo
R doR vetor resultante em três casos
particulares: quando os vetores têm o mesmo sentido, quando têm sentidos
b F
opostos, e quando são perpendiculares. Vejamos a soma Rdos vetores a e b em Fy
cada caso. a a
α
a
Fx
x
1o caso: a e b têm o mesmo sentido. Em módulo, temos que R = a + b
como na soma algébrica comum.
Fx e Fy são as componentes de F .
a a b b
a b A seguir, vamos olhar emdetalhe o triângulo retângulo da figura anterior,
onde o cateto Fx é o módulo
de Fx ; o cateto Fy é o módulo de Fy e a hipotenusa é o
módulo do nosso vetor F (vamos representar os módulos dos vetores pela mesma
R R R
letra, mas sem a “setinha” superposta).
2o caso: a e b têm sentidos opostos. Neste caso, R = a – b, como na soma Esta é a hipotenusa. Este cateto é oposto ao ângulo α e
algébrica comum. tem o mesmo comprimento que Fy.
R a F
R R a a Fy
α
b Este cateto é um dos lados do ângulo α.
Fx Ele é adjacente ao ângulo α.
b b
Lembrando as definições de seno e cosseno de um ângulo agudo (menor que
3o caso: a e b são perpendiculares. Aqui aplicamos o teorema de o ângulo reto), num triângulo retângulo, temos:
Pitágoras: R = a2 + b2 . Podemos escrever, também, em termos dos módulos ˆ
cateto oposto a esse angulo
dos vetores: ˆ
seno (de um angulo)
e =
hipotenusa
2 2 R
R = a +b cateto adjacente a esse ˆangulo
ˆ
cosseno (de um angulo) =
a hipotenusa
Fx x
Transformação
F F
de Unidades
Assim, a força na direção do movimento (x) será: y
m/s km/h
d
12 :: Física :: Módulo 1
Exercícios F 5) Uma força de 100 newtons faz um ângulode 30º com o eixo horizontal.
Calcular os módulos das componentes horizontal Fx e vertical Fy (consulte a tabela
1) Como podemos distinguir entre uma grandeza escalar e uma grandeza das funções trigonométricas dada anteriormente).
vetorial? 45˚
caixa direção e sentido do movimento
3) Citem/s
algumas unidades práticas (usuais) que não se encontramkm/h
no S.I. para o
comprimento e a velocidade. 8) Um ônibus viaja a 108 km/h. Expresse sua velocidade em unidades do sistema
Dividir por 3,6 internacional.
a–b
a+b
4) Dados os vetores c e d representados, encontre, graficamente, os vetores
resultantes das operações que se pede: 9) A grandeza trabalho (τ) pode ser definida como o produto da força pelo
b
deslocamento, sendo sua unidade SI (no sistema internacional de unidades)
chamada de J (joule). A grandeza força é definida como o produto da massa pela
aceleração. Escreva o J em termos das unidades
a fundamentais (também chamadas
d
c primárias) do SI .
a) c + d
b) c – d
1
c) d – c B
3
2
2
Introdução ao Estudo da Cinemática:
movimento retilíneo uniforme (mru)
[ ]
:: Meta ::
Definir os prinicipais conceitos físicos necessários para o estudo dos movimentos dos corpos.
:: Objetivos ::
• Conhecer os conceitos de movimento, repouso, deslocamento, posição, trajetória e referencial;
• Caracterizar a velocidade de um móvel;
• Resolver problemas e analisar gráficos do movimento uniforme.
Dividir por 3,6
14 :: Física :: Módulo 1
d
c
Introdução Exemplo
Consideremos o movimento de uma formiguinha que caminha do ponto A ao
A Mecânica é a parte da Física que estuda o movimento dos corpos, ponto B. Ela pode fazer o percurso através de inúmeras trajetórias. Por exemplo,
abrangendo, por exemplo, desde o movimento de um carrinho de brinquedo as trajetórias 1, 2 ou 3.
descendo uma rampa, uma pedra lançada para o alto, um caixote puxado 1
por meio de uma corda ou mesmo o movimento dos planetas e das estrelas
B
distantes. Através das leis, definições e equações que regem os movimentos, 3
podemos prever onde um móvel irá chegar, e quando chegará em um outro
lugar do espaço, desde que conheçamos sua posição e sua velocidade em um A
determinado instante inicial.
Estudaremos em primeiro lugar, nos capítulos de número 2 a 8 apenas os 2
principais tipos de movimentos, sem nos preocupar com suas causas e efeitos.
A essa parte da Mecânica chamamos de Cinemática. Nos capítulos seguintes,
estudaremos as leis que regem o movimento dos corpos assim como as causas e Um Sistema de Referência:
efeitos desses movimentos. A essa parte do estudo chamamos de Dinâmica (ou os Eixos Cartesianos
Mecânica propriamente dita).
Estudaremos também um caso particular do movimento, que é a situação (ou É importante sabermos localizar o móvel na trajetória. Para isto, vamos
“estado”) de repouso, e suas condições. A essa parte da mecânica chamamos de utilizar um sistema de referência chamado de eixos cartesianos, idealizado por
Estática. René Descartes.
Para iniciar os nossos estudos de cinemática é necessário conhecer alguns
conceitos relativos aos movimentos bastantes gerais e importantes, que
definiremos a seguir. René Descartes (1596–1650)
Grande filósofo e matemático
francês criador do sistema de
eixos coordenados, responsável
Referencial e Trajetória
por grande avanço no estudo da
geometria.
Imagine que você está viajando em um ônibus. Se olhar pela janela verá
as casas, os postes de luz, as pessoas lá fora se movendo para trás em relação
a você. Caso olhe o passageiro sentado no banco a seu lado, dirá que ele está
em repouso (parado). Assim, para caracterizarmos um movimento, é necessário
Podemos representar as coordenadas da posição, por exemplo, em um
especificar em relação a que ou a quem o móvel está se movendo (ou está em
sistema de dois eixos perpendiculares, x e y, onde cada “par ordenado” (x, y)
repouso).
indica uma posição. Veja a figura a seguir:
y
Este é o ponto (–2, 3)
Chamamos de referencial a qualquer corpo, objeto, ou 3
Este é o ponto (3, 2)
conjunto de objetos em relação aos quais verificamos se o 2
corpo está em movimento ou em repouso.
–2 3 x
Tomamos uma reta orientada, onde estabelecemos uma origem (a posição zero) No nosso exemplo, temos:
e dividimos a reta em distâncias igualmente espaçadas, por exemplo, em metros e
∆S S f − S i 100 − 20 80
orientamos a reta para a direita, indicando seu sentido positivo. Vm = = = = =4 m/s
∆t t f − t i 20 − 0 20
(metros)
–3 –2 –1 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10 Obs.: A velocidade real que o móvel possui em cada instante de tempo e em
cada ponto da trajetória chamamos de velocidade instantânea. Vamos estudar esse
Desse modo, se dizemos que um móvel se encontra na posição 8 significa que conceito mais adiante.
ele está 8 m à direita da origem. Se dissermos que está na posição -2, significa ∆S
Veja que V m = é apenas uma velocidade média, não é necessariamente
que o móvel está 2 m à esquerda da origem. Não é comum, mas perfeitamente ∆t y
possível, orientarmos a reta para a esquerda, isto é, definirmos o sentido esquerdo a velocidade do móvel Esteem qualquer
é o ponto instante. Esta definição vale para qualquer
(–2, 3)
3
como negativo se isto puder nos facilitar de alguma forma os cálculos. tipo de movimento. Dessa forma, o caminho percorrido por um móvel Este ΔSé em
o ponto (3, 2)
y 2 .
um intervalo de tempo Δt pode ser sempre calculado por ΔS = Vm Δt desde que
Este é o ponto (–2, 3)
3 consigamos calcular ou conheçamos a velocidade média Vm do móvel.
Este é o ponto (3, 2)
2 –2 3 x
O Deslocamento (ΔS) eo
Intervalo de Tempo (Δt)
–2 3 x O Movimento Retilíneo Uniforme
Sempre usamos a letra grega Δ (delta maiúsculo) para indicar um intervalo (MRU)
de uma grandeza qualquer. Vamos chamar as posições sobre a trajetória,
genericamente de S. Chamaremos a posição inicial Si e a posição final Sf . O movimento uniforme se caracteriza pela velocidade uniforme,
isto é, a velocidade é constante durante todo o trajeto. Nesse caso, a (metros)
Analogamente, para o tempo, chamaremos ti para o instante inicial e tf o instante
final. ΔS representará o intervalo entre duas posições e Δt entre dois instantes velocidade
–3 – 2média
– 1é a própria
0 velocidade
+1 +2do móvel
+3 em qualquer
+4 instante.
+5 +6 +7 +8 +9 +10
(metros)
de tempo.
– 3Consideremos
–2 –um
1 móvel 0 que +1
se encontra
+2 na +3posição+4Si = 20+5m, no+6instante+7 +8 +9 +10
ti = 0 s e que no instante tf = 20 s passa pela posição Sf = 100 m, conforme A EquaçãoS do Movimento i Sf
ilustrado no sistema de referência dado a seguir:
Consideremos um móvel que está numa posição qualquer S0 da trajetória,
Si Sf – 30 – 20 – 10 0 10 +20 +30 +40 +50 +60 +70 +80 +90 +100
no instante em que começamos a contar o tempo, isto é, em tinicial = 0, e
(metros)
que num instante posterior, t, chega à posição S, conforme representado no
– 30 – 20 – 10 0 10 +20 +30 +40 +50 +60 +70 +80 +90 +100
referencial a seguir.
(metros)
S 0 (t = 0) S (instante t)
O deslocamento é calculado do seguinte modo: ΔS = Sfinal – Sinicial
S 0 (t = 0) S (instante t) 0 (origem) ∆S
Assim, no caso, temos o deslocamento: ΔS = Sf – Si = 100 – 20 = 80 m.
0 (origem) ∆S
Durante todo o movimento temos:
S
Do mesmo modo, o intervalo de tempo é calculado como: Δt = tfinal – tinicial ∆S S−S 0
= V ou =V (onde, nesse caso, V é uma constante)
S
S0
∆t t −0
Assim, no nosso exemplo, Δt = tf – ti = 20 – 0 = 20 s.
Passando primeiro o t, e depois o S0 para o segundo membro da equação,
t
S0 teremos: S = S0 + Vt que é a equação horária do MRU. Tanto a velocidade V
A Velocidade Média Vm quanto a posição inicial S0 são constantes.
t S
16 :: Física :: Módulo 1
Si Sf
Si Sf
A posição do móvel em t = 2,5 h será: S (m)
80
– S30= –30 10× 2,5
20+–10 0 = 10
30 ++2025 +30
= 55+40
km. +50 +60 +70 +80 +90 +100
– 30 – 20 – 10 0 10 +20 +30 +40 +50 +60 +70 +80 +90 (metros)
+100
(metros)
60
Gráficos do MRU
S 0 (t = 0) S (instante t)
S 0 (t = 0) S (instante t)
40
Gráfico da Posição em Função do Tempo S × t
0 (origem) ∆S
De um modo geral, temos:
0 (origem) ∆S
Se a velocidade V é positiva, S aumenta linearmente com o tempo. 20
S
S 0 1 2 3 4 5 t (s)
Representação da reta
S0
S0 S = S0 + vt Calculando a velocidade através do gráfico.
t Como nesse caso a velocidade é constante, podemos escolher qualquer
V (m/s)
t
intervalo 50
de tempo para o cálculo, por exemplo, entre t = 1s e t = 5 s, teremos:
Se a velocidade V é negativa, S diminui linearmente com o tempo. ∆S 80 − 40 40
S V =40 =
= = 10 m , como já sabíamos, pois a equação
S ∆t 5 −1 4 s
S0 30
S0 do movimento
20
é S = 30 + 10t.
Representação da reta Logo:10S0 = 30 m e V = 10 m/s
S = S0 – vt (em S = S0 + Vt, equação horária do MRU).
t
t 0 da velocidade.
O gráfico 1 2 3 4 5 t (s)
Como no caso V = constante e igual a 10 m/s temos:
Gráfico de V × t para o MRU
V (m/s)
Como a velocidade é constante, temos: S (m)
V
15
10
v 60
5
40
0 1 2 3 4 5 t (s)
20
t
0 2 4 6 8 10 t (s)
Vejamos um exemplo numérico: Exercícios
S (m) 1) Um corredor olímpico, disputando a prova dos 100 metros rasos, fez o percurso
80
Exemplo em 10 segundos. Calcule a velocidade média do atleta.
Vamos rever o exemplo anterior onde o móvel tem equação horária S = 30 +
10t no S.I.
60 Calculando-se as posições do móvel para os instantes t = 0, t = 1, t = 2,
t = 3, t = 4 e t = 5 segundos, podemos preencher a tabela:
2) Você observa o clarão de um raio numa noite chuvosa e, 3 segundos depois,
40
tempo (s) 0 1 2 3 4 5 escuta o barulho do trovão. Sabendo que o som se propaga a aproximadamente
posição (m) 30 40 50 60 70 80 340 m/s no ar, calcule a que distância de você caiu o raio.
20
e construir os gráficos da posição e da velocidade em função do tempo para
0 1 2 3 4 5 t (s)
este móvel:
Para fazer o gráfico de S = 30 + 10t, primeiro marcamos as posições para 3) Um motorista de um ônibus levou 2,0 h para ir de Niterói a Nova Friburgo,
cada par ordenado (t, S): (0, 30); (1, 40); (2, 50) etc. Depois ligamos os percorrendo uma distância aproximada de 130 km, tendo parado 30 min para
pontos.
V (m/s)
fazer um lanche. Determine a velocidade escalar média do ônibus em km/h e em
50
m/s, ao final da viagem.
40
30
20
10
0 1 2 3 4 5 t (s)
V
Capítulo 2 :: 17
t
4) Um carro percorre 20 km com velocidade constante e igual a 60 km/h e, a 8) (UEL/2001) Um pequeno animal desloca-se com velocidade média igual a 0,5
seguir, 60 km também com velocidade constante e igual a 90 km/h, na mesma m/s. A velocidade desse animal em km/dia é:
direção e sentido. Determine sua velocidade média nos 80 km assim percorridos. (A) 13,8
S (m) (B) 48,3
80
(C) 43,2
(D) 1,80
5) A equação horária
60 para o movimento de um móvel é S = 2,0 + 4,0t, sendo S (E) 4,30.
expresso em metro e t em segundo.
a) Determine a posição escalar inicial. 9) (UFPE/2001) Um velocista percorre uma distância de 100 m em 10 s.
40
Quantos quilômetros ele percorre em 10 min, supondo que ele mantenha essa
mesma velocidade média?
b) Determine
20 a velocidade escalar. (A) 6,0 km
(B) 5,0 km
0 1 2 3 4 5 t (s) (C) 7,0 km
c) Determine a posição escalar no instante 1,5 s. (D) 4,0 km
(E) 3,0 km.
V (m/s)
6) Dois móveis, 50A e B, descrevem a mesma trajetória retilínea, com equações 10) (UFPE/2002) A equação horária para o movimento de uma partícula é
horárias SA = 2040+ 5t e SB = 50 – 10t, sendo S expresso em metro e t em x(t) = 15 – 2t, onde x é dado em metros e t em segundos. Calcule o tempo, em
segundo. Sabendo que os móveis partiram ao mesmo tempo de suas posições segundos, para que a partícula percorra uma distância que é o dobro da distância
30
iniciais, calcule a 20
posição e o instante em que os dois móveis se encontram. à origem no instante t = 0 s.
10
(A) 10 s
(B) 20 s
0 1 2 3 4 5 t (s) (C) 30 s
7) O gráfico de S × t para o movimento de um móvel está representado na figura (D) 15 s
a seguir. (E) 12 s.
S (m)
11) (Cederj/2007) Um ônibus e um caminhão partem simultaneamente da
cidade A com destino à cidade B, distante 120 km de A. O ônibus faz a viagem
60 com uma velocidade escalar média de 80 km/h e o caminhão, com velocidade
escalar média de 75 km/h. Sendo assim, o ônibus chegou à cidade B:
40
(A) 4 minutos antes do caminhão;
20 (B) 6 minutos antes do caminhão;
(C) 8 minutos antes do caminhão;
0 2 4 6 8 10 t (s) (D) 10 minutos antes do caminhão;
Pede-se: (E) 12 minutos antes do caminhão.
a) a posição inicial S0 do móvel.
12) (ESFA0-RJ/1999) Um carro de bombeiros, para atender um chamado, sai
do quartel às 14h 32min, percorrendo 10,0 km até o local do sinistro. Tendo
b) A posição do móvel no instante t = 5 s. chegado a esse local às 14h 40min, e gasto 2,5 litros de combustível, calcule,
para o trajeto de ida:
a) a velocidade média da viatura, em km/ h;
c) Calcular a velocidade do móvel.
13) (Cederj/2004) Um atleta corre durante duas horas seguidas com um 15) (Unificado-RJ/2000) Na figura temos uma “malha” formada por 16
aparelho que registra o número de seus batimentos cardíacos por minuto, mas sem retângulos iguais.
registrar a distância percorrida. O aparelho registrou 100 batimentos por minuto M
durante a primeira meia hora, 120 batimentos por minuto na hora seguinte e,
finalmente, 145 batimentos por minuto na meia hora final. A relação entre a
frequência cardíaca e a velocidade desse atleta é conhecida e dada no gráfico
seguinte.
o
P
N de batimentos por unidade de tempo (min –1)
145 Uma partícula deve ir do ponto P ao ponto M percorrendo a menor distância
possível, deslocando-se somente por sobre as linhas da figura e com velocidade
120 média de 2 cm/s. Como exemplo, temos a seguir, uma representação de um
100 desses caminhos.
90 M
V (km/h)
1 2 3 4 5 6 7 8
Determine a distância percorrida pelo atleta durante as duas horas de P
treinamento.
Dica: durante a meia hora inicial, como diz o enunciado, os batimentos Se a partícula leva 16 segundos para completar o percurso, pode-se concluir
P
cardíacos do atleta permaneceram na marca de 100 batimentos por minuto. que o perímetro de cada retângulo, em cm, mede:
De acordo com o gráfico a sua velocidade era de 6 km/h. Portanto a distância (A) 32
o
de batimentos
Npercorrida por unidade
nesse intervalo foi Dm1de= tempo (min. 1/2
6 (km/h)
–1
) (h) = 3 km. Siga esse raciocínio (B) 24
40 40 m
145 e calcule as respectivas distâncias na hora seguinte e na meia hora final... (C) 16
(D) 8
120 J G (E) 4
100
90 14) (UERJ/2000 – modificado) Um juiz, que está na posição J da figura a seguir,
apita uma falta num instante t0 . Um goleiro, na posição G, leva um intervalo de
tempo Δt1 = t1 – t0 para ouvir o som do apito, propagado ao longo do segmento
JG. Decorrido um intervalo de tempo Δt2V=(km/h)
t2 – t1 , o goleiro houve o eco dessa
onda 2 3através
1 sonora, 4 de5 sua6reflexão
7 num
8 ponto P da parede. Considerando que a
velocidade do som no ar é 340 m/s e que a distância entre o goleiro e o juiz é de
60 m, determine o valor, em segundos, de:
40 m 40 m
J G
a) Δt1
b) Δt2
3
O Movimento Retilíneo
Uniformemente Variado (MRUV)
[ ]
:: Meta ::
Definir aceleração e estudar os movimentos com aceleração constante através de suas equações.
:: Objetivos ::
• Caracterizar a aceleração de um móvel;
• Resolver problemas simples através da utilização das equações do MRUV;
• Construir e analisar gráficos do MRUV.
20 :: Física :: Módulo 1
V0 (t = 0) V (instante t)
A aceleração
o tempo, do mesmo modo que a velocidade mede como a posição varia com o vem: V = V0 + at que é a equação da velocidade para o MRUV onde V0 e a são
30
tempo. Quando um motorista aperta o acelerador do automóvel ao chegar em uma constantes.
subida íngreme, mas o carro não aumenta a velocidade, não há aceleração, ela só 20
40
30
Unidade S.I. de Aceleração
20
No Sistema Internacional de Unidades a velocidade é medida em m/s e o
10
tempo em segundos. Assim, a unidade S.I. De aceleração é o m/s2 pois:
m/s m 1 m
= = 2 0 1 2 3 4 5 t (s)
s s s s
Assim, uma aceleração de um metro por segundo ao quadrado, significa que c) Determinar a velocidade do móvel em t = 3,0 s.
a velocidade varia de um metro por segundo em cada segundo. Solução:
Podemos ver diretamente no gráfico (veja você!) onde t = 3,0 s ⇒ V = 25 m/s.
Ou calculamos analiticamente, usando a equação da velocidade V = 10 + 5t onde
A Equação da Velocidade t = 3,0 s ⇒ V = 10 + 5 × 3, 0 = 10 + 15 = 25 m/s .
tt tt tt tt
Capítulo 3 :: 21
do caminho, é igual à média das velocidades entre esses pontos. Isto é, para um Gráficos da Velocidade e da
MRUV temos: Aceleração no MRUV
V + V0
Vm =
2 V + V0 V = V0 + at
Assim, a equação ΔS = Vm . t se torna ∆S = ⋅t Se V aumenta ... a aceleração é positiva
2
VV VV aa aa
Como no MUV, V = V0 + at, escrevemos:
V 0 + at + V 0 2V t + at 2
∆S = ⋅t = 0 VV0 VV0
2 2 0 0
at 2 0 tt00 tt 00 tt 00 tt
∆S = V 0 t +
Finalmente: é a equação horária do MUV onde V00 e a são
2
constantes.
S0 S0
A “Área” Sob a Curva V × T
V (m/s) V (m/s)
t t t t
Veja que ao calcularmos a “área” sobre a curva da velocidade em função do
Movimento retardado: Movimento acelerado: 100 tempo até100o eixo dos tempos t, na verdade fazemos o produto de velocidades por
at 2 at 2 tempos, e o resultado não é uma “área” mas sim um deslocamento, ou caminho
S = S 0 + V0t − S = S 0 + V0t +
2 2 percorrido, ΔS.
50 50
Exemplo
O gráfico da velocidade em função do tempo para o movimento de um móvel
1,0 2,0 3,0
está representado na4,0
1,0
seguir.t (s)Pede-se
figura a2,0 3,0 4,0
calcular t (s)
o caminho percorrido pelo
móvel entre os instantes t = 0 e t = 4,0 s.
V V a a V (m/s) V (m/s)
V0 V0 100 100
7,0
V (m/s) a (m/s2) 2,0
5,0
7,0
2,0
1,0 t (s) t (s)
5,0
22 :: Física :: Módulo 1
1,0 t (s) t (s)
V (m/s) Solução:
Podemos calcular o tempo gasto para chegar à posição 20 m:
V (m/s) 100 at 2 4t 2
∆S = V 0 t + ⇒ 20 = 6, 0t + ⇒ 20 = 6, 0t + 2t 2 ⇒ t = 2 s
2 2
E depois a velocidade do móvel neste instante de tempo:
100
50 V = V0 + at ⇒ V = 6,0 + 4,0 × 2 ⇒ V = 14 m/s.
Como não é dado o tempo, em vez dos cálculos acima podemos usar
50 diretamente a equação de Torricelli:
1,0 2,0 3,0 4,0 t (s) V 2 = V 20 + 2a∆S ⇒ V 2 = 6, 02 + 2, 0 × 4, 0 × 20 = 196 ⇒ V = 196 ⇒ V = 14 m/s
V 2 = V 20 + 2a∆S ⇒ V 2 = 6, 02 + 2, 0 × 4, 0 × 20 = 196 ⇒ V = 196 ⇒ V = 14 m/s
Solução: 1,0 2,0 3,0 4,0 t (s)
V (m/s) percorrido, ΔS, é a “área” sobre a curva. Para facilitar o cálculo
O caminho
vamos dividir a “área” do seguinte modo: Exercícios
V (m/s)
100
1) Um carro com uma velocidade de 25 m/s freia com aceleração constante e
percorre 60 m até parar. Calcule o valor da aceleração.
100
50 A1
A3
A A4
50 A1 2
A3 2) Um avião, partindo do repouso, tem aceleração uniforme na pista e percorre
1,0 2,0 3,0 4,0 t (s)
A2 A4 a distância de 800 m até levantar voo com velocidade de 100 m/s. Calcule o
intervalo de tempo gasto nesse processo.
1,0 2,0 3,0 4,0 t (s)
v
Logo,
A
∆S = A 1 + A 2 + A 3 + A 4 B
(100 − 25) × 2, 0 1000 × 1, 0 3) Um carro leva 12 s para atingir a velocidade 100 km/h, partindo do repouso.
∆S = + 25 × 2, 0 + 100 × 1, 0 + A
V0 = 0 2 2 Supondo que sua Baceleração seja constante, quanto ele se desloca até atingir essa
∆S = 75 + 50 + 100 + 50 velocidade?
∆SV=0 =275
0 m
0 t1 t2 t
a = g
A Equação
a = g de Torricelli 4) O gráfico da figura representa como varia a posição (S) de um homem em
função do tempo (t). Determine a velocidade do homem nos instantes:
y
Podemos resolver todos os problemas numéricos de MRUV por meio das
S(m)
equações da velocidade V = V0 + at e da equação horária:
y
at 2
∆S = V 0 t + 40
2
Entretanto, são muito comuns os problemas onde não é dado o tempo e,
nesses casos, torna-se muito útil uma terceira equação, a equação de Torricelli, que 20
é obtida pala eliminação do tempo nas duas equações citadas acima.
V 2 = V 20 + 2a∆S
10 20 30 t(s)
Esta equação relaciona a velocidade com o deslocamento. Tente você encontrá-
la, como exercício, pela eliminação do tempo nas outras duas equações do MUV. a) 5,0 s
Exemplo
Suponha um móvel em MRUV com velocidade inicial V0 = 6,0 m/s e b) 20 s Posição V2
aceleração a = 4,0 m/s2. Deseja-se calcular a velocidade do móvel ao chegar à
V1
posição 20 m.
40
20
Capítulo 3 :: 23
10 20 30 t(s)
5) O movimento de dois carros são descritos pelo gráfico da figura a seguir. Com 9) A equação horária de um movimento uniformemente variado é
respeito às velocidades dos dois móveis podemos afirmar corretamente que: s = 5t2 + 20t + 8. A posição e o tempo estão expressos no SI. Determine:
a) a aceleração
Posição V2
V1 b) a velocidade inicial
c) a posição inicial
5,0 t(s)
– 1,0
– 2,0
24 :: Física :: Módulo 1
14) A velocidade média de um móvel durante a metade de um percurso é 30 20) (Cederj/2005) Uma partícula move-se ao longo do eixo OX, sempre no
km/h e esse mesmo móvel tem velocidade média de 10 km/h na metade sentido positivo, em movimento retilíneo e uniformemente acelerado (MRUV). Ela
restante desse mesmo percurso. Determine a velocidade média do móvel no passa pela origem no instante t = 0. No instante t = 2,0 s ela se encontra a 6,0 m
percurso total. da origem e no instante t = 4,0 s, a 20,0 m dessa mesma origem.
Calcule:
a) a aceleração da partícula.
15) Você dirige seu automóvel por 8,3 km em uma rodovia reta com velocidade
igual a 70 km/h. Ao final desse trecho pára por falta de combustível. Você então b) a sua velocidade no instante inicial.
caminha 1,9 km durante 27 min, até encontrar um posto de gasolina. Qual a
sua velocidade média desde o instante que o carro começou a se mover até você
chegar ao posto de gasolina? (Dica: escreva a equação horária da partícula (MRUV) para as duas posições
dadas no enunciado)
Posição V2
4
O Movimento de Queda Livre
[ :: Meta ::
Utilizar as equações do MUV em situações do cotidiano.
:: Objetivos ::
• Resolver problemas de um corpo lançado verticalmente no vácuo (queda livre).
]
a = g
V (m/s)
y
100
26 :: Física :: Módulo 1
50
2 y
Introdução . O deslocamento
∆S = V 0 t +
at
se torna
2 2
gt
Um exemplo de movimento retilíneo uniformemente variado é o movimento1,0 y = V0t −
2,0 3,0 4,0
2 t (s)
a = g
de queda livre. Na realidade quando um corpo cai de grandes alturas seu . A velocidade V = V0 + at será dada por V = V0 – gt
movimento é prejudicado pela resistência do ar. Este não permite que a velocidade
aumente indefinidamente. Ao falarmos de queda livre, estamos supondo uma . E a equação de Torricelli V0
V (m/s) V 2 = V 20 + 2a∆S será
queda de pequena altura, ou estamos simplesmente desprezando a resistência
V 2 = V 20 − 2gy
do ar. Nesse caso, todos os corpos caem com a mesma aceleração, chamada de
aceleração da gravidade. 100
Exemplo
Próximo ao nível do mar e próximo do equador terrestre, a aceleração da Imagine que uma pedra é lançada para cima, na vertical, com velocidade de
gravidade (que chamaremos de g) vale 9,81 m/s2. Essa é a chamada aceleração
50 30 m/s. Vamos calcular (vamos usar g = 10m/s2 para facilitar os cálculos):
A1
normal da gravidade. Nos exercícios, é comum utilizarmos o valor aproximado de A
a)3a posição da pedra após decorridos 2 s.
10 m/s2, para facilitar as contas. A2 Solução:A 4 V1
Vamos estudar três casos bastantes comuns:
1,0 2,0 Temos3,0que: 4,0 t (s)
gt 2 10 × 22
i) Um corpo é abandonado a partir do repouso y = V 0 t − ⇒ y = 30 × 2 − = 60 − 20 = 40 ⇒ y = 40 m
2 2 R1
Vamos imaginar uma pedra que é abandonada a partir do repouso. Como o b) a velocidade da pedra também em t = 2 s.
movimento é vertical, vamos orientar nosso sistema de referência para baixo e Solução:
C1
chamar as sucessivas posições simplesmente de y. Veja com atenção os sistemas Temos que:
de referência desenhados ao lado de cada caso. V = V0 – gt ⇒ V = 30 – 10 × 2 = 30 – 20 = 10 ⇒ V =Trajetória
10 m/s
Com V0 = 0 e a = g teremos: V0 = 0
2 2 c) a altura máxima que a pedra atinge.
. O deslocamento ∆S = V 0 t + at se torna y = gt
2 2 Solução:
a = g Veja que ao atingir a altura máxima, a pedra para de subir. Sua velocidade
. A velocidade V = V0 + at será dada por V = gt V
se torna momentaneamente nula, mas continua com aceleração, pois
imediatamente após atingir a altura máxima a pedra continua seu movimento, V
. E podemos também utilizar a equação de Torricelli
y agora aumentando a velocidade, na descida.
V 2 = V 20 + 2a∆S que no caso se torna V2 = 2gy Logo temos que V 2 = V 20 − 2gv com V = 0 e y = ymáximo
R
Isto é, 02 = 302 – 2 × 10 . ym ⇒ 02 = 302 – 2 × 10 . Vym
e) o intervalo de tempo necessário para o corpo cair 3,0 x 102 m. 7) Deixa-se cair um saco de lastro de um balão que está a 3,0 x 102 m acima do
chão, subindo com uma velocidade de 13 m/s. Para o saco de lastro, determine:
a) A máxima altura alcançada.
2) Uma pedra, deixada cair de uma ponte, atinge a água em 5,0 s. Calcule:
a) a velocidade com que a pedra atinge a água.
b) Sua posição e velocidade 5,0 s após ter sido solto.
4) Uma pedra é atirada verticalmente para cima, com uma velocidade de 20 m/s.
Ela é apanhada em seu caminho de volta, em um ponto 5,0 m acima de onde ela
foi lançada. Determine: 9) Um corpo em queda livre, a partir do repouso, percorre uma certa distância
a) A velocidade da pedra quando ela foi apanhada. nos primeiros 2,0 s de queda. Logo, a distância percorrida nos primeiros 6,0 s
de queda será:
(A) dupla
b) A duração de todo o percurso. Despreze a resistência do ar e considere (B) tripla
g = 10 m/s2. (C) seis vezes maior
(D) nove vezes maior
(E) doze vezes maior
5) Uma bola é arremessada verticalmente para cima e retorna ao ponto de partida
em 4,0 s. Determine a velocidade inicial. Despreze a resistência do ar e considere 10) Um corpo cai livremente de uma altura de 200 m. Dividindo esta altura em
g = 10 m/s2. duas partes que possam ser percorridas em tempos iguais, teremos:
(A) 100 m e 100 m
(B) 50 m e 150 m
(C) 75 m e 125 m
6) Um míssil é disparado verticalmente para cima com uma velocidade inicial de (D) 40 m e 160 m
5,0 x 102 m/s. Calcule: (E) 20 m e 180 m
a) A altura máxima alcançada.
11) Lançou-se um corpo verticalmente para cima, no vácuo, com velocidade inicial
igual a 30 m/s, num lugar onde g = 10 m/s2. A altura máxima atingida pelo
b) O tempo gasto para atingir a altura máxima. corpo e o tempo decorrido para atingi-la valem, respectivamente:
(A) 45 m e 3,0 s
(B) 80 m 4,0 s
c) A velocidade instantânea ao final de 60 s. (C) 90 m e 3,0 s
(D) 90 m e 6,0 s
(E) 90 m e 5,0 s
d) Quando ele estará a uma altura de 10 km. Despreze a resistência do ar e
considere g = 10 m/s2. 12) Um corpo é lançado verticalmente para cima, no vácuo, com velocidade inicial
igual a 40 m/s. Decorridos 7,0 s do lançamento, podemos afirmar que:
(A) a velocidade mudou de sentido e a aceleração também.
(B) a aceleração mudou de sentido e a velocidade não.
(C) o movimento é ascendente e a velocidade é 30 m/s.
28 :: Física :: Módulo 1
(D) o movimento é descendente e a velocidade é 30 m/s. 17) (Cederj/2006) Uma pedra é lançada, de uma altura de 15 m do solo,
(E) a velocidade e a aceleração são constantes. verticalmente para cima, e atinge uma altura máxima de 20 m acima do solo.
Considere a resistência do ar desprezível e g = 10 m/s2.
13) De um mesmo ponto situado acima do solo lançam-se simultaneamente, a) Calcule com que velocidade a pedra foi lançada.
segundo uma mesma vertical, dois corpos (A e B). O corpo A para cima e o corpo
B para baixo. Ambos com a mesma velocidade inicial. Desprezando a resistência
do ar, podemos concluir que: b) Calcule o tempo decorrido desde o instante em que atinge a altura máxima
(A) A chega ao solo antes de B e com velocidade maior. até o instante em que atinge o solo.
(B) A chega ao solo depois de B e com velocidade maior.
(C) A e B chegam ao solo simultaneamente e com a mesma velocidade.
(D) A chega ao solo depois de B e com a mesma velocidade. 18) Para a mesma pedra do exercício anterior, calcule o tempo para a pedra
(E) A chega ao solo antes de B e com a mesma velocidade. chegar ao chão.
15) Deixa-se cair uma pedra em um poço e ouve-se o choque da pedra contra
o fundo 9,0 s depois. Desprezando-se a resistência do ar, considerando-se a
velocidade do som igual a 320 m/s e g = 10 m/s2, podemos concluir que a
profundidade do poço é:
(A) 80 m
(B) 160 m
(C) 320 m
(D) 40 m
(E) 20 m
[ ]
:: Meta ::
Introduzir o princípio da decomposição de movimentos de Galileu Galilei na análise do movi-
mento dos projéteis.
:: Objetivos ::
• Reconhecer as trajetórias nos diversos tipos de lançamento de projéteis;
• Calcular a velocidade em um instante qualquer do movimento;
• Calcular o alcance;
• Resolver problemas simples de lançamento de projéteis.
Vy
V0
Movimento uniforme
Vy
30 :: Física :: Módulo 1
Movimento uniformemente variado
2h
O primeiro cientista a estudar com detalhes o movimento dos projéteis foi A = Vo
g
Galileu Galilei, sua grande contribuição foi ter demonstrado que esses tipos de h
movimento podem ser decompostos em dois movimentos distintos, um horizontal
e outro vertical, o que permite seu estudo com grande facilidade.
alcance A x
V
C
Lançamento Horizontal y
V
C
Quando um corpo é lançado horizontalmente, no vácuo, seu movimento Na direção horizontal x = V0t, assim, o alcance é dado
é composto de um movimento horizontal uniforme e de um movimento por A = V0tq onde tq é o tempo gasto na queda podendo
gt 2
descendente, naturalmente acelerado, descrevendo uma trajetória parabólica. ser calculado por y = (movimento vertical). Utilize
Podemos simplesmente usar as equações do movimento uniforme na horizontal 2
essas equações para mostrar que o alcance, no caso, é
e as equações do movimento uniformemente acelerado (com aceleração da 2h
gravidade g) para o movimento vertical, como estudamos na “queda livre”. dado por A = V o .
g
Vamos trabalhar com dois eixos, x e y, como na figura a seguir.
V0
x
V0 Exemplo
Trajetória
x parabólica
Uma pedra é lançada horizontalmente do alto de um edifício, com uma
Trajetória parabólica velocidade inicial de 5 m/s. Desprezando a resistência do ar e supondo g =
10m/s2, calcule:
y a) a posição da pedra 2 segundos após o lançamento;
A velocidade b) a velocidade da pedra nesse instante.
y em cada ponto é tangente à trajetória sendo que a componente
horizontal, V0, permanece constante enquanto a componente vertical Vy aumenta Solução:
de acordo com a aceleração
V0 g, conforme ilustrado na figura a seguir. a) A posição é dada pelas coordenadas horizontal x, e vertical y.
Vy = 0 x = V o t = 5 × 2 = 10 m
V0 V0
Vy = 0
gt 2 10 × 22
Vy V0 y= = = 20 m
2 2
Vy V0 b) Para calcular a velocidade precisamos calcular suas componentes Vx e Vy.
V0 V0
Movimento uniforme t=0 x
Vy
Movimento uniforme
Movimento uniformemente variado Vx = V0
Vy t = 2s
Movimento uniformemente variado
V0 Vy
Na horizontal temos um movimento uniforme onde a velocidade é Vx = V0 =
V0
constante e a coordenada x é dada por x = V0t. V
y
Na vertical temos um movimento de queda livre, assim a velocidade varia de
h
gt 2
acordo com Vy = gt e a coordenada y é dada por y = . Vx = Vo ⇒ Vx = 5 m / s
h 2
V y = gt = 10 2 ⇒ V y = 20 m/s
alcance A x
O Alcance V = 52 + 20 2
v0 = 20, 6 m/s x
v0
y alcance A x
Exemplo vy v0
Quando um corpo é lançado horizontalmente a partir de uma altura h do solo
y Um avião de salvamento, voando horizontalmente a 720 m de altitude com
uma equação bastante útil é a do alcance, que nos dá a coordenada x de onde o
velocidade constante de 50 m/s, deixa cair um pacotevy com medicamentos e
corpo cairá. v0
víveres para um grupo de pessoas no solo. A que distância, medida na horizontal,
vy solo
y
Capítulo 5 :: 31
o pacote deve ser abandonado do avião para alcançar as pessoas? (O alcance). Da mesma forma que no lançamento horizontal vamos descrever o
Desprezar a resistência do ar. movimento da bola decompondo-o em um movimento horizontal, onde não há
aceleração (nosso velho conhecido MU) e num movimento vertical, um MUV com
v0 x aceleração – g, que também já conhecemos. Vamos então escrever as equações
v0
vy v0 correspondentes aos dois movimentos.
As velocidades iniciais agora são V0x = V0 cos α (em x) e V0y = V0 sen α (em
vy y). Assim as equações da velocidade se tornam: Vx = V0 cos α que é constante no
v0
MU e Vy = V0 sen α – gt (o movimento é MUV retardado pois V0y é “para cima”
e g é “para baixo”).
Para as coordenadas x e y temos: x = V0 cos αt como no MU,
vy solo
y gt 2
e
y = V o senαt − como no MUV retardado.
2
Solução: No movimento vertical, em y, onde temos MUV, podemos também usar a
A distância horizontal que o pacote irá percorrer é dada por x = A = V0t (MU) equação de Torricelli. Do seguinte modo: V 2 = V 20 + 2a∆S com V → Vy ;
onde o tempo é igual ao tempo que o pacote leva para cair. Calculemos então o V0 → V0 sen α ; a → – g e ΔS → y .
tempo de queda. Escrevemos, então: V 2y = (V o senα)2 − 2gy
Na direção Vvertical temos “queda livre” (MUV) com aceleração g. Assim:
0
t=0 x
2
gt 2h 2 720 O Tempo de Subida
h= ⇒t = = = 144 = 12 s
2 g 10Vx = V0 e o Tempo de Descida
t = 2s
Logo, para esse tempo, o pacote andará na horizontal uma distância de: A =
V0t = 50 × 12 ⇒ A = 600 m. Vy Temos que o tempo de subida é igual ao tempo de descida, pois tanto as
E o pacote deve ser abandonado a 600V m antes do grupo de pessoas, na distâncias como as acelerações são as mesmas. O tempo total do lançamento é a
direção horizontal.
y
soma dos dois. Temos:
Obs.: Poderíamos também ter utilizado a equação do alcance. Verifique você
esta possibilidade! Tempo de Subida (para atingir a altura máxima)
Temos que Vy = V0sen α – gt. Na altura máxima t = tsubida e Vy = 0 logo:
Atividade 1 V o senα
t subida =
Pense você: vistov0 da Terra a trajetória do
v0 pacote é uma linha parabólica. Qual
x
g
é o tipo de trajetória obervada por alguém dentro do avião? v
vy 0
O Tempo Total (para subir e descer)
Temos:
vy
v0 V senα
t total = 2 o
Lançamento Oblíquo g
No caso do lançamento oblíquo temos que considerar que, desde o início Altura Máxima
vy
do lançamento,
y a velocidade tem componente vertical e horizontal. A trajetória Na altura máxima aplicamos Torricelli com Vy
solo
máx
= 0 e ymáx = hmáx
também é parabólica como, por exemplo, podemos observar numa bola chutada 2
Logo, V = (V − 0senα) − 2gy ⇒ 0 = (V o senα)2 − 2gh m a x
2
y
por um goleiro ao bater o “tiro de meta”. Vejamos a figura a seguir onde a bola é
(V o senα)2
lançada com velocidade inicial V0 fazendo um ângulo α com a horizontal Assim, h max =
y
2g
Aqui Vy = 0 Exemplo
Um projétil é lançado do solo para cima, segundo um ângulo de 60º com a
V0 P posição (x, y) qualquer horizontal, com velocidade de 400 m/s. Calcule o que se pede:
h máx 3
V0y Dados: aceleração da gravidade g = 10 m/s2, sen 60º = e cos 60º = 0,5
α 2
V0x x
Alcance A
Vx
V
y
32 :: Física :: Módulo 1
v x
a) O tempo0 para o corpo atingir a altura
v0 máxima. Exercícios
b) A altura máxima.
vy v0
c) O tempo para voltar ao solo. 1) Uma esfera rola com velocidade constante de 10 m/s sobre uma mesa
d) O alcance. horizontal. Ao abandonar a mesa, ela fica exclusivamente sob ação da gravidade
e) A velocidade no instante t = 8 s. vy (g = 10 m/s2), atingindo o solo em um ponto situado a 5,0 m da borda da mesa.
f) A posição do corpo também em t = 8 s. v0
Determine:
Solução: a) O tempo de queda.
a) O tempo para o corpo atingir a altura máxima:
3
400
V o senα 2 400 3 vy b) A altura da mesa.
solo
y t subida = g = 10
=
2 × 10
= 34, 6 s
Vy
b) A altura máxima atingida pelo corpo.
V c) O alcance máximo.
Resp. a) v0x = 60 m/s e v0y = 80 m/s; b) 320 m; c) 960 m.
f) A posição em t = 8 s. Temos que calcular x e y em t = 8 s.
4) Um projétil lançado obliquamente a partir do solo descreve uma trajetória
x = V o cos αt = 400 × 0, 5 × 8 = 1600 m
parabólica tocando o solo novamente num ponto situado 10 m do ponto
gt 2 3 10 × 82 de lançamento. Sendo 10 m/s o menor valor da velocidade durante o
Y = V o senαt − = 400 × × 8− = 2451 m
2 2 2 trajeto, determine a duração do movimento. Despreze a ação do ar e adote
g = 10 m/s2.
Resp. 1,0 s
Capítulo 5 :: 33
5) De um ponto situado a 125 m acima do solo, lança-se um corpo, 9) Um objeto é lançado de um avião. A partir desse instante são registrados os
horizontalmente, com velocidade inicial igual a 20 m/s. Determine: seguintes dados:
a) O módulo da velocidade do corpo 3,0 s após o lançamento.
tempo (s) 0 1 2 3
distância horizontal (m) 0 30 60 90
b) A posição do corpo neste instante. distância vertical (m) 0 5 20 45
d) O alcance.
b) A equação da trajetória.
d) A altura máxima.
b) o alcance.
12) Um avião voa horizontalmente com velocidade de 80 m/s à altura de 180m
acima de uma planície horizontal. Um projétil é atirado com destino ao avião, de
8) Lança-se um projétil com velocidade inicial de 100 m/s, formando um ângulo uma arma junto ao solo, no instante quando o avião e a arma se situam na mesma
de 30º acima da horizontal. Considere g = 10 m/s2 e despreze a resistência do vertical. Admita g = 10 m/s2 e despreze a resistência do ar. Qual deve ser o
ar. Depois de quanto tempo ele passará por um ponto da sua trajetória situado a ângulo de tiro, admitindo que o projétil seja lançado com velocidade de 160 m/s?
80 m (distância vertical) acima do ponto de lançamento?
34 :: Física :: Módulo 1
13) Uma bola é lançada horizontalmente com velocidade inicial igual a 2,0 m/s. (D) IV
A bola leva 2,0 s para atingir o solo que é horizontal. Despreze a resistência do (E) V
ar e considere g = 10 m/s2. A bola atinge o solo a que distância da vertical de
lançamento? 18) (UFV/2001) Duas bolas encontram-se a uma mesma altura H em relação ao
chão. No mesmo instante em que a bola 1 é solta com velocidade inicial nula, a
bola 2 é lançada horizontalmente. Desconsiderando a resistência do ar, podemos
afirmar que:
14) Um projétil é atirado horizontalmente do alto de uma torre de 125 m de (A) as duas bolas só chegam juntas ao chão caso a massa da bola 2 seja
altura, com velocidade inicial de 80 m/s. Suponha g = 10 m/s2 e calcule: maior que a massa da bola 1.
a) O tempo de queda. (B) a bola 1 chega primeiro ao chão já que sua trajetória linear é mais curta
que a trajetória parabólica da bola 2.
(C) a bola 2 chega primeiro ao chão já que, como possui uma velocidade
b) A velocidade do projétil ao atingir o solo. inicial diferente de zero, gasta menos tempo do que a bola 1 para percorrer a
distância vertical H.
(D) as duas bolas chegam juntas ao chão já que, nas duas situações, além da
15) Um corpo é lançado, a partir do solo, para cima, segundo um ângulo de 30º altura H ser a mesma, são iguais as componentes verticais das velocidades iniciais,
com a horizontal, com velocidade de 300 m/s. Suponha g = 10 m/s2 e calcule: bem como as acelerações.
a) A altura máxima atingida pelo corpo. (E) as duas bolas só chegam juntas ao chão caso a bola 2 seja mais pesada
que a bola 1.
b) O alcance. 19) (UFPE/2002) Numa partida de futebol, uma falta é cobrada de modo que
a bola é lançada segundo um ângulo de 30º com o gramado. A bola alcança uma
altura máxima de 5,0 m. Qual é o módulo da velocidade inicial da bola em km/h?
16) (UFF/2004) Recentemente o PAM (Programa Alimentar Mundial) efetuou Despreze a resistência do ar.
lançamentos aéreos de 87 t de alimentos (sem uso de paraquedas) na localidade (A) 36 km/h
de Luvemba, em Angola. Os produtos foram ensacados e amarrados sobre placas (B) 18 km/h
de madeira para resistirem ao impacto da queda. www.angola.org (C) 72 km/h
A figura ilustra o instante em que um desses pacotes é abandonado do avião. (D) 80 km/h
Para um observador em repouso na Terra, o diagrama que melhor representa a (E) 54 km/h
trajetória do pacote depois de abandonado, é:
20) (UFPE/2002) Um projétil é lançado do solo, segundo um ângulo de 15º com
a horizontal. Ele atinge um alvo no solo que se encontra a uma distância igual ao
alcance máximo que o projétil teria se fosse lançado com uma velocidade inicial de
I II III IV V 15 m/s e ângulo de lançamento de 45º. Qual foi a velocidade de lançamento do
projétil, em m/s? Despreze a resistência do ar.
(A) 21,2 m/s
(B) 40 m/s
(C) 36,4 m/s
(A) I (D) 12 m/s
(B) II (E) 26,3 m/s
(C) III
F1 Forças perpendiculares
(D) IV 21) Um corpo é lançado verticalmente para cima. Com respeito à aceleração (a)
R
(E) V F1 e à velocidade (V) do corpo ao atingir o ponto mais alto da trajetória podemos
Rafirmar corretamente que:
17) Com respeito à mesma situação da questão anterior, como estará melhor (A) V < 0 e a = 0
F2 F2
representada a trajetória do pacote visto por um observador dentro do avião? (B) V > 0 e a > 0
(A) I (C) V = 0 e a = 0
Ângulo qualquer
(B) II (D) V ≠ 0 e a = 0
(C) III (E) V = 0 e a ≠ 0
Forças paralelas
F1 F1 F2
R
F2 R
_
6
Movimento Circular Uniforme
[ ]
:: Meta ::
Introduzir os conceitos de ângulo central, de velocidade angular e de período e frequência dos
movimentos periódicos.
:: Objetivos ::
• Identificar e distinguir as grandezas envolvidas no estudo dos movimentos circulares;
• Conhecer e identificar as relações entre as grandezas angulares e as grandezas lineares
correspondentes;
• Resolver problemas simples de movimento circular uniforme.
y y
a = g a = g
36 :: Física :: Módulo 1
V0 V0
Exemplo
R2
Observe na figura a seguir, que quando θ corresponder a uma volta completa,
R2
R1 R1 isto é, quando θ = 360º, teremos um arco de comprimento 2πR (o perímetro da
C2 A
C2 circunferência). Assim:
C1 C1 V2 V2
R arco AB (onde θ está em radianos)
2πR
360º= = 2π radianos (rad) , isto é, uma volta corresponde o ângulo
Trajetória R θ
Trajetória de 2π radianos.
1
No movimento circular uniforme a trajetória é uma circunferência de círculo. O Da mesma forma o ângulo de 90º subentendeB um arco de do perímetro
4
movimento é dito uniforme porque a velocidade é constante em módulo, embora (2πR) do círculo. Assim:
sua direção varie em cada ponto da trajetória (veja na figura a seguir). 1
( 2πR ) 2πR π
90º= 4 = = (rad)
V V R 4R 2
V V
R R R
V V 90°
V V 360°
V V
a um ângulo usaremos uma letra grega, sendo muito utilizadas as letras α (alfa),
∆S = AB
β (beta), θ (teta) ou γ (gama). ∆θ
Você se lembra quanto vale o número π, e como se obtém o
seu valor? A
AB ∆S
Relação Entre Velocidade
Podemos escrever: ∆θ =
R
=
R
onde ∆S = ∆θR Angular ω e Período T
Dividindo ambos os membros por Δt vem: Veja que, por definição, o período é o tempo para o móvel completar uma volta.
∆S ∆θ ∆S ∆θ Como uma volta corresponde a um deslocamento angular de 2π radianos, teremos
= R mas V = e ω =a c V = ωR
entao
∆t ∆t ∆t ∆t V
Δθ = 2π e Δt = T. Assim:
Ou seja, a velocidade escalar é igual ao produto da velocidade angular pelo ∆θ 2π 2π
R ac ω= = Ø, ω =
, isto é,
raio da circunferência. ∆t T T
V
38 :: Física :: Módulo 1
V2
Lembrando que V = ωR, vamos substituir o V em a c = :
R 2) Uma correia passa por uma polia com 25 cm de raios (veja a figura a
V 2 (ωR )2 ω2R 2
ac = = = e′, a c = ω2R
, isto é, seguir). Sabendo que um ponto da correia tem velocidade 5,0 m/s, determine a
R R R
velocidade angular da roda em rotações pos segundo (rps).
Exemplos
1) Vamos calcular a frequência, o período e a velocidade angular de um 5,0 m/s
25 cm
móvel que executa um MCU, com 100 rotações por segundo.
Solução:
A frequência é f = 100 rps ou 100 Hz, assim, o período será:
1 1
T= = = 0, 01 s
f 100
4) Um satélite para observação de queimadas na Amazônia circunda a Terra 11) Um trem viaja numa curva de raio igual a 1,0 km com velocidade escalar
numa altitude de 6,0 x 102 km, onde a aceleração da gravidade vale 8,2 m/s2. constante igual a 20 km/h. Qual ângulo central que o arco percorrido pelo trem
Determine o período da órbita do satélite. Dado: o raio da Terra vale 6,37 x subtenderá num intervalo de tempo igual a 15 s?
103 km.
c) 60º
15) Uma roda de raio 60 cm percorre uma trajetória retilínea com velocidade
de 86,4 km/h, sem deslizar. Determine os valores da velocidade angular e da
d) 80º frequência dessa roda.
17) Determine a velocidade de um projétil disparado contra um alvo rotativo Dica: a velocidade angular da Terra é de (uma volta/dia) = (360º/24 h).
colocado a 15 m de distância. O alvo executa 300 rpm, e, o arco medido entre Assim, em duas horas...
o ponto visado no momento do disparo e o ponto de impacto do projétil no
alvo é 180º. 23) Considere os três ponteiros de um relógio, dos segundos, dos minutos e das
horas, nessa ordem. Determine:
a) O período do movimento de rotação.
18) Duas polias são ligadas por uma correia. Uma tem 40 cm de raio e realiza
120 rps. A outra, que tem 60 cm de raio, deverá realizar: b) A frequência de cada um deles, respectivamente.
(A) 180 rps
(B) 120 rps
(C) 60 rps 24) (PUC-Rio/2000) Um disco está girando com rotação constante em torno
(D) 80 rps de um eixo vertical que passa pelo seu centro. Um certo ponto Q está duas vezes
(E) 20 rps mais afastado desse centro do que um outro ponto P. A velocidade angular de Q,
num certo instante, é:
19) Uma partícula executa um movimento circular uniforme. Responda o que (A) a mesma que a de P.
se pede: (B) duas vezes maior que a de P.
a) descreva a trajetória da partícula; (C) a metade da de P.
(D) quatro vezes maior que a de P.
(E) um quarto da de P.
b) descreva o que ocorre com a velocidade da partícula;
25) (PUC-MG/1999) Na figura, 1, 2 e 3 são partículas de massa m. A partícula 1
está presa ao ponto O pelo fio a. Equador
As partículas 2 e 3 estão presas, respectivamente,
θ
c) o movimento circular uniforme tem aceleração? à partículaA 2 pelos b e c. Todos os fios são inextensíveis e de massa desprezível.
B
Cada partícula realiza um movimento circular uniforme com centro em O. Sobre as
frequências angulares ω e as velocidades lineares V para cada partícula é correto
20) A roda de um motor gira a 240 rpm. Determine as velocidades angular e afirmar que:
linear de um ponto situado 10 cm do eixo de rotação, no S.I.
3
2
1 c
O b
a
21) A Lua gira uniformemente em torno da Terra levando 28 dias para efetuar
uma volta completa. Sabendo-se que a distância média Terra-Lua é de 3,4 ×
105km, calcule a velocidade linear (tangencial) e a aceleração centrípeta da Lua,
relativas ao movimento de translação da Lua em torno da Terra. (A) ω1 < ω2 < ω3 e V1 = V2 = V3
(B) ω1 > ω2 > ω3 e V1 = V2 = V3
(C) ω1 < ω2 < ω3 e V1 < V2 < V3
(D) ω1 = ω2 = ω3 e V1 > V2 > V3
22) (Cederj/2005) Considere duas cidades A e B situadas sobre o equador (E) ω1 = ω2 = ω3 e V1 < V2 < V3
terrestre, conforme indica a figura. Os habitantes da cidade A observam 2 horas
5,0 m/s
depois o mesmo céu estrelado que foi visto na cidade B. Com essas observações 25 cm
é possível dizer que o ângulo θ entre os meridianos que passam pelas cidades
A e B é:
(A) 20º
(B) 90º
(C) 360º Equador
θ
(D) 30º A B
(E) 60º
3
2
1 c
O b
a
7
O Movimento Circular
Uniformemente Variado (MCUV)
[ ]
:: Meta ::
Introduzir os conceitos de aceleração angular, aceleração centrípeta e aceleração tangencial,
definir as relações entre as grandezas angulares e lineares e aplicar esses conceitos nos proble-
mas de MCUV.
:: Objetivos ::
• Identificar as grandezas envolvidas no estudo do MCUV;
• Reconhecer e diferenciar a aceleração centrípeta, aceleração tangencial e a relação entre elas;
• Reconhecer quando o movimento é uniformemente acelerado ou retardado;
• Resolver problemas de MCUV;
• Aplicar os conceitos e as equações na solução de problemas de MCUV.
V2 2
V 2 (instante t2 )
42 :: Física :: Módulo 1
ac at
Introdução A Aceleração Total
a a no MCUV t
R c V
R V
Dizemos que um móvel executa um movimento circular uniformemente variado A aceleração total é a soma vetorial da aceleração centrípeta com a
quando sua trajetória é uma circunferência e o módulo de sua velocidade varia aceleração tangencial. Como a c e a t são perpendiculares, o módulo de a total é
uniformemente no tempo. Nesse movimento a velocidade varia tanto em direção dado por Pitágoras:
quanto em módulo. Veja na figura uma ilustração do que acabamos de dizer.
a total = a = a2c + a2t
V 1 (instante t1 )
Quando a velocidade V aumenta, a aceleração tangencial tem a mesma
R
direção e sentido de V, conforme ilustrado na figura a seguir:
V 1 (instante t1 )
V 2 (instante t2 ) at
ac
R at V
ac
C a total V
C a total
No MCUV aaceleração é responsável pela variação tanto do
V 2 (instante t2 ) módulo quanto
da direção de V . Isto significa que a aceleração tem uma parte centrípeta,
responsável pela variação da direção da velocidade, e uma parte na mesma direção
da velocidade (tangencial à trajetória), responsável pela variação de módulo da
ac a V | V | aumenta
velocidade chamada de aceleração tangencial at. Vejat a ilustração a seguir: V | V | aumenta
R V
ac at Se o movimento é retardado, então a t é contrária ao V e |V | diminui com
o tempo.
R V
at
a total at
a total V
ac
ac V
C
Para ilustrar o que estamos dizendo, imagine uma bicicleta que entra numa
a C
curva de 50 metros de raio com velocidadea c de 4 m/st e sai da curva, 5,0 segundos
V
depois, com velocidade de 10 m/s. Como V aumenta de 4 para 10 m/s , temos
C V | V | diminui
uma aceleração tangencial: a total
V | V | diminui
∆V 10 − 4 6 2 at Repare na direção e sentido de a total nos dois casos anteriores.
at = = = = 1, 5 m/s
ac
∆t 4 4 V
Teremos também uma aceleração
C
centrípeta, pois a direção da velocidade
a total
muda à medida que o ciclista faz a curva. Como o módulo da velocidade está A Aceleração Angular
V | V | aumenta
variando, a aceleração centrípeta também varia, para manter o raio da trajetória,
2
V No MCUV a velocidade angular ω está variando com o tempo, assim teremos
pois a c = . Vejamos.
R uma aceleração angular, que chamaremos de α (alfa), definida pela razão entre a
V 2 42 16 variação da velocidade angular e o tempo gasto para ocorrer esta variação:
No início da curva temos: a c = i V= =| V | aumenta = 0, 8 m/s2
R 20 20
V 2 102 100 ∆ω
Ao sair da curva, temos: a c = f = = = 5, 0 m/s2 α= onde Δω = ωf – ωi e Δt é o intervalo de tempo.
R 20 20 ∆t
at
A unidade S.I. de α é dada por:
a total
∆θ rad
∆ω ∆ = s = rad / s2
ac V t
unidade de α = unidade de = unidade de
C ∆t ∆t s
at
a total
ac V
V | V | diminui
C
V | V | diminui
Capítulo 7 :: 43
Exemplo 7
ω = ω 0 + αt ⇒ 10 = 3 + α 3 ⇒ α = rad / s2
Um disco que atinge uma velocidade angular de 50 rad/s, a partir do 20
repouso, em 10 s, tem uma aceleração angular de: O deslocamento angular será:
∆ω 50 − 0 7
α= = = 5, 0 rad / s2 202
αt 2 20 7 400
∆t 10 ∆θ = ω 0 t + = 3 20 + = 60 + = 60 + 70 = 130 rad
7 2
2 2 40
20
αt 2 7 400
∆θ = ω 0 t + = 3 20 + 20 = 60 + = 60 + 70 = 130 rad
Relação entre a Aceleração 2 2 40
Angular α e o Raio da Cada rotação corresponde a uma volta completa, isto é, 2π rad. Assim, para
Trajetória R 130 rad teremos:
1 (rotaçãoo) x (rotações) 130
= ⇒x= ≅ 20, 7 rotações
Vamos supor um movimento circular onde no instante inicial t0, as velocidades 2π 130 2π
tangencial e angular sejam V0 e ω0 e que num instante posterior sejam V1 e ω1.
Assim, lembrando que V = ωR, teremos: Exemplo
V0 = ω0 . R e V1 = ω1 . R Um automóvel com velocidade de 18 km/h encontra-se numa pista de
Assim (V1 – V0) = (ω1 – ω0) . R ⇒ ΔV = Δω . R. corrida, circular, de 30 m de raio. Em determinado instante o motorista imprime
Dividindo ambos os membros pelo mesmo Δt teremos: uma aceleração constante de modo que decorridos 10 segundos a velocidade
∆V ∆ω passa a ser de 25 m/s. Pede-se calcular:
= ⋅R
∆t ∆t a) a aceleração tangencial;
at α b) a distância percorrida nos 10 primeiros segundos;
Logo at = α . R isto é, no MCUV a aceleração é o produto da aceleração c) a velocidade angular após 9,5 s de aceleração;
angular pelo raio da trajetória. d) o deslocamento angular nos primeiros 5 s do movimento;
Vamos resumir nosso estudo relacionando o que estudamos no movimento e) a aceleração centrípeta em t = 5 s.
retilíneo uniformemente variado com o estudo do MCUV. Solução:
No MCUV, tanto a velocidade linear quanto a velocidade angular, variam Os dados do problema são:
uniformemente. Desse modo, podemos relacionar diretamente as equações do 18000 m
V 0 = 18 km/h = = 5 m/s, R = 30 m
MCUV com as do movimento retilíneo uniformemente variado, com apenas uma 3600 s
diferença, pois no movimento circular existe também uma aceleração centrípeta, e para t = 10 s temos V = 25 m/s
V2
ac = ou a c = ω2R .
R a) Cálculo da aceleração tangencial:
Podemos aplicar as equações tanto na forma linear quanto na forma angular, V = V0 + att ⇒ 25 = 5 + at10 ⇒ at = 2,0 m/s2
conforme resumido no quadro a seguir:
Equações do MRUV (lineares), Equações do MCUV b) A distância percorrida em 10 s:
a = atangencial (angulares) Nos dez primeiros segundos, o móvel percorre um arco de circunferência de
at 2
αt 2 comprimento:
∆S = V 0 t + ∆θ = ω 0 t +
2 2 1 1
∆S = V 0 t + at 2 = 5 10 + 2 102 ⇒ ∆S = 50 + 100 = 150 m
V = V0 + at ω = ω0 + αt 2 2
d) Para calcular o deslocamento angular vamos aplicar a forma angular da 4) Uma partícula parte do repouso e desloca-se sobre uma circunferência de raio
equação horária: R = 10 cm, com aceleração angular constante de 6,28 rad/s2. Após 5 segundos
αt 2 0, 066 52 de movimento, calcule o que se pede:
∆θ = ω 0 t + = 0,166 5 +
2 2 a) o ângulo descrito;
Assim ∆θ = 0, 83 + 0, 835 = 1, 65 rad
e) Para a aceleração centrípeta temos ac = ωR. Precisamos calcular o ω b) o número de voltas executadas pela partícula;
em t = 5 s.
Então ω = ω0 + αt = 1,66 + 0,66 × 5 = 0,496 rad/s.
Assim, ac = ω2R = (0,496)2 × 30 = 7,38 m/s2 c) a aceleração centrípeta.
a
P
V
C
V0
x
8
Composição vetorial de velocidades
[ ]
:: Meta ::
Reforçar o conceito de velocidade como um vetor.
:: Objetivos ::
• Analisar um exemplo onde se faz necessária a utilização do conceito vetorial de velocidades;
• Resolver problemas envolvendo a grandeza velocidade como vetor.
Vbarco; rio
Vrio; Terra
Este é o vetor resultante = velocidade
Vbarco; Terra do barco em relação à Terra.
Margem
Vbarco; rio Vrio; Terra
46 :: Física :: Módulo 1
Vbarco; rio Vrio; Terra
Vamos imaginar como exemplo um pequeno barco navegando em um rio
Margem (Terra)
sereno, sem corredeiras. Considere que a correnteza é para a direita e que a
Vbarco; rio
velocidade do rio em relação à Terra é | V rio ;Terra | = +3 km/h (sentido escolhido Vrio; Terra
como positivo). Vamos analisar três situações distintas. Margem (Terra)
Vbarco; rio
Margem Vrio; Terra
A) Barco descendo o rio
Considere que o barco desce o rio (caminha para a direita) com velocidade
Vbarco; rioem relação ao rio também tem módulo
dada por | V barco ; rio | = + 4 km/h, em relação ao rio. Nesse caso a velocidade do barco
Margem de
Vrio; Terra
4 km/h, mas no
sentido da esquerda (contra Veja aquecorrenteza).
o vetor resultante = velocidade
Como as velocidades
Vrio; Terra Vbarco; Terra do barco em relação à Terra, tem o
têm a mesma direção elas se somam como sentido na soma algébrica comum, mas
Margem (Terra) contrário à velocidade do rio.
Margemum sinal negativo à velocidade
atribuímos V
Este é o vetor
barco por ter =sentido
; rio resultante velocidadecontrário a
Vbarco; rio V
do barco em relação à Terra.
V rio ;Terra que nós consideramos como positiva. Graficamente temos:
barco; Terra
Vbarco; rio Vbarco;
rio Vrio; Terra Veja que o vetor resultante = velocidade
Vrio; Terra MargemVrio;(Terra)
Terra
Vbarco; Terra do barco em relação à Terra, tem o
sentido contrário à velocidade do rio.
Vbarco; rio
Margem
Margem (Terra)
Margem (Terra)
V
Como uma pessoa que estiver na margem (na Terra) veria o barco descer o Nesse caso teremos (em módulo): rio; Terra
(Terra)
| V barco ; Terra | = | V barco ; rio | + | V rio ;Terra | = + 4 + 3 = +7 (km/h)
Lembre-se que para indicar apenas os módulos das velocidades, podemos Vrio; Terra
Veja que o vetor resultante = velocidade
Vrio; Terrasem colocar
escrever Vbarco;
asTerra“setinhas” e sem doasbarco barras
em laterais:
relação à Terra, tem o α Esta seria então a velocidade do barco
V
sentido contrário à velocidade do rio. em relação à Terra, perpendicularrio;àsTerramargens.
Vbarco; Terra = Vbarco; rio + Vrio; Terra = +barco;4 rio+ 3 = + 7 (km/h)
V Vbarco; rio
Vrio; Terra Vbarco; rio Vbarco; Terra
Vbarco; rio
Margem
B)Margem
Barco subindo o rio
E se o(Terra)
barco estiver virado para a esquerda, no sentido contrário à correnteza, Vamos calcular a velocidade do barco em relação à Terra.
Margem
com a mesma velocidade, em módulo, de 4 km/h em relação ao rio? O barco NesteVrio;caso temos também V barco ; Terra = V barco ; rio + V rio ;Terra mas a soma não
Terra
Esta é a velocidade Vbarco; Terra
desce ou sobe o rio? Pense um pouco antes de Vejaseguir adiante.
que o vetor A figura
resultante a seguir
= velocidade pode ser feitaαalgebricamente pois os Nós, vetores não são colineares, isto é não têm a
na Terra, veremos o barco andar
Vrio; Terra Vbarco; Terra do barco em relação à Terra, tem o
ilustra essa situação. Vmesma direção. Temos que efetuar a numa
somadiagonal
vetorialmente:
em relação às margens.
sentido contrário à velocidade do rio. barco; rio
Vbarco; Terra
Vrio; Terra
Vbarco; rio
Vbarco; rio
6m
Margem Vrio; Terra
Margem (Terra) α Esta seria então a velocidade do barco
em relação à Terra, perpendicular às margens.
Vbarco; rio Vbarco; Terra
Vrio; Terra
Esta é a velocidade Vbarco; Terra
6m
Margem (Terra)
Vbarco; rio Vrio; Terra
Vbarco; rio Vrio; Terra
Capítulo 8 :: 47
Margem
Margem
Solução gráfica: b) Se o piloto mantiver o eixo da embarcação inclinado, a fim de que a lancha
atravesse o rio perpendicularmente à correnteza, qual deverá ser o valor do ângulo
Vrio; Terra
Esta que
Veja é a velocidade Vbarco; Terra= velocidade
o vetor resultante de inclinação. Dado: sen(12º) = 0,20.
Vrio; Terra αVbarco; Terra do barco
Nós, em relação
na Terra, à Terra,
veremos o barco temandar
o
Vbarco; rio sentido contrárioem
numa diagonal à velocidade
relação às do rio.
margens.
Vbarco; Terra
Vbarco; rio
3) Um barco deve atravessar um rio em direção perpendicular à correnteza, cuja
velocidade é de 10 km/h. A velocidade do barco em relação à água é de 20
km/h. O barco deverá fazer com a correnteza um ângulo de :
Vrio; Terra
Margem
Cálculo(Terra) algébrico do módulo de V barco ; Terra (A) 120º
α Esta seria então a velocidade do barco
Como os vetores são perpendiculares, aplicamos Pitágoras.
em relação à Terra, perpendicular às margens. (B) 150º
(C) 90º
Vbarco; rio
(
Vbarco; Terra2
) ( )
2
Vbarco ; Terra = Vbarco / rio + Vrio / Terra = 42 + 32 = 16 + 9 = 25 = 5(km / h)
(D) 0º
(V ) ( ) (V )
2 2 2
rio / Terra = 42 + 32 = 16 + 9 V=barco ; Terra / h/)rio + Vrio / Terra = 42 + 32 = 16 + 9Vrio;=Terra 25 = 5(km / h) (E) 60º
25 = 5(kmVbarco
barco; rio
A direção
Margem da velocidade 4) Um barco sai do ponto A (fig. x) para atravessar um rio de 2,0 km de
Em relação à margem do rio a direção pode ser calculada pela tangente do largura. A velocidade da correnteza é de 3,0 km/h. A travessia é feita segundo
ângulo α, onde: a menor distância AB e dura (1/2) hora. A velocidade do barco em relação à
cateto oposto 4 correnteza é:
tgα =Vrio; Terra = = 1, 333
cateto adjacente 3 Esta é a velocidade Vbarco; Terra
α Nós, na Terra, veremos o barco andar 3,0 km/h
(isto corresponde a um ângulo α ≅ 53º)
Vbarco; rio numa diagonal em relação às margens. 2,0 km
Se desejarmosVbarco; queTerrao barco atravesse o rio perpendicularmente às margens,
temos que virar o leme de modo que a velocidade do barco em relação ao rio faça
A
um ângulo α = 53º (à esquerda) em relação à margem.
(A) 2,0 km/h
Vrio; Terra A
α 6m Esta seria então a velocidade do barco
(B) 3,0 km/h
em relação à Terra, perpendicular às margens. (C) 4,0 km/h
Vbarco; rio Vbarco; Terra (D) 5,0 km/h O v
B
(E) 6,0 km/h
5) Num dia de chuva sem vento, a chuva cai verticalmente em relação ao solo
8m
com velocidade de 10 m/s.CUm carro se desloca horizontalmente com 20 m/s
Exercícios em relação ao solo. Determine o módulo da velocidade da chuva em relação ao
carro.
A
1) Um barco está com o motor funcionando
V = 2 m/s em regime constante. Sua velocidade
em relação ao rio tem módulo 5,0 m/s. A correnteza do rio se movimenta em
relação às margens com 2,0 m/s. Determine o módulo da velocidade do barco 3,0 km/h
B
em relação às margens: 6) Um disco rola sem deslizar sobre um 2,0
solokmhorizontal, mantendo-se na vertical.
V = 2 m/s
a) O barco se move paralelo à correnteza e no mesmo sentido. A velocidade do centro O, em relação ao solo tem módulo v. Determine os
módulos das velocidades dos pontos A, B, C e D, em relação ao solo, no instante
A
representado na figura.
b) O barco
6 m se move paralelo à correnteza e em sentido contrário. A
O v
2) O piloto de uma lancha atravessa um rio de 60 m de largura. A velocidade B
da lancha em relação ao rio é vLR = 10 m/s e a velocidade do rio em relação às
margens é vRM = 2,0 m/s.
8m
a) Se o piloto mantiver o eixo da embarcação perpendicular à direção da C
correnteza, a que distancia, abaixo do ponto de partida, a lancha atracará na
outra margem?
A
V= 2 m/s
B
V= 2 m/s
6m
Veja que o vetor resultante = velocidade
Vrio; Terra Vbarco; Terra do barco em relação à Terra, tem o
sentido contrário à velocidade do rio.
Vbarco; rio:: Física :: Módulo 1
48
8m
7) Sob a chuva que cai verticalmente, uma pessoa caminha horizontalmente com 10) (PUC–MG) Um objeto em movimento circular uniforme passa pelo ponto A e,
Margem (Terra)
velocidade de 1,0 m/s inclinando o guarda-chuva de 30º em relação à vertical. 1 segundo após passa pelo ponto B:
Determine a velocidade da chuva em relação ao solo. Dado: tg (60º) = 1,7. A
V= 2 m/s
Vrio; Terra
B
Vbarco; rio
8) (UFRS) A velocidade de um barco navegando rio abaixo é de 10 km/h V= 2 m/s
paraMargem um observador parado na margem do rio. A velocidade do mesmo barco
navegando rio acima é de 6 km/h. Supondo que a diferença de velocidade se deve
exclusivamente à velocidade da correnteza do rio, qual é essa velocidade? A aceleração média nesse intervalo de tempo é, em m/s:
( A) 2V km/h (A) 12
rio; Terra
Esta é a velocidade Vbarco; Terra
(B) 3 km/h (B) 2
α Nós, na Terra, veremos o barco andar
(C)4 km/h (C) 4
Vbarco; rio numa diagonal em relação às margens.
(D) 5 km/hVbarco; Terra (D) zero
(E) 8 km/h (E) 0,5
9) (Cederj/2008)VArio; figura mostra uma águia perseguindo uma presa. No instante Dica:
Terra
∆V VFinal − VInicial
inicial ti ,αa presa se encontra a 6 m verticalmente abaixo
Esta seria então da águia.do Desse
a velocidade barco instante Faça o cálculo: aMédia = = vetorialmente.
em relaçãoaàpresa,
Terra, perpendicular às margens. ∆t ∆t
até
o instante final
f, t em que a águia captura o movimento da presa
Vébarco;
horizontal,
rio V
retilíneo e uniforme, tendo ela percorrido uma distância de 8m, e o
barco; Terra Use o método gráfico para a subtração de vetores e o teorema de Pitágoras,
movimento da águia é curvilíneo e não uniforme, conforme indicado na figura. dado no capítulo 1.
VA e VP são as velocidades vetoriais da águia e da presa, respectivamente, no
intervalo que vai de ti até tf . 11) (ENQ–RJ) Subindo um rio, a velocidade de um barco é 6,0 m/s. Descendo,
é de 10,0 m/s. Qual a velocidade da correnteza?
(A) 1,0 m/s
(B) 1,5 m/s
(C) 2,0 m/s
(D) 2,5 m/s
(E) 8,0 m/s
B
V= 2 m/s
9
A 1a Lei de Newton
[ ]
:: Meta ::
Introduzir o conceito de força e estabelecer sua relação com o movimento dos corpos.
:: Objetivos ::
• Enunciar e aplicar a 1a Lei de Newton em situações práticas;
• Reconhecer e aplicar os conceitos de força e de inércia;
• Resolver problemas de equilíbrio.
I II III IV V
50 :: Física :: Módulo 1
F1 Forças perpendiculares
F1 Forças perpendiculares R
Introdução Forças perpendiculares F1
R
F1 R
Ângulo qualquer
Forças paralelas
F2 F2
Ângulo qualquer
Forças paralelas
Capítulo 9 :: 51
F1 F1 F
R Isso significa
2
que na ausência de forças, ou quando a soma das forças que
“A força é umF agente que modifica o estado de repouso R agem sobre um corpo for nula, ou o corpo fica em repouso (parado) ou em
2
ou de movimento dos corpos.” R = F2 _
movimento retilíneo uniforme. Isto é, resumidamente:
R = F + F 1 2
F1
Se R = 0 ⇔ REPOUSO OU MRU
Concluímos então que o estado de equilíbrio natural da matéria pode ser tanto
Mas se eu tentar empurrar um carro, engrenado, ou com o freio de mão o estado do repouso, e o corpo só abandona o repouso se alguma força agir sobre
Acelerado (força agindo) V = constante (força nula)
puxado, mesmo com muita força nada acontece; eu não consigo modificar seu ele, como também o estado de movimento retilíneo uniforme, e o corpo permanece
“estado
V0 = 0de repouso”. Como se explica esse fato? em MRU a não ser que algum agente externo (uma força) atue sobre ele.
v V V V
Pense bem. Nesse caso você realmente exerce uma força sobro o carro, mas
o próprio chão onde o carro está também faz uma força sobre ele de modo que a
força resultante sobre o carro é nula. O máximo que pode acontecer é você ficar Aplicações
com a mão doendo ou mesmo amassar um pouco a lataria do carro, mas ele
permanecerá no estado de repouso. Vamos ver agora algumas aplicações. Na maioria dos casos de equilíbrio,
Força feita por você onde a força resultante sobre o corpo é nula ( R = 0), teremos uma das situações
descritas abaixo.
Consideremos as forças F1 , F2 , F3 , F4 e F5 atuando sobre um corpo qualquer.
Vamos nos lembrar de que os módulosda forças podem representados por:
| F1 | = F1 ; | F2 | = F2 ; | F3 | = F3 ; |F4 | = F4 ; | F5 | = F5
Chão
Força de atrito Força de atrito a) As forças que atuam no corpo são paralelas, isto é, têm a mesma direção.
A esse tipo de força, feita pelo chão sobre as rodas do carro, chamamos força Veja que o sentido positivo está indicado na figura.
de atrito. Nesse caso as forças de atrito anulam a força feita por você, tornado a F3 F1
resultante nula, e o carro permanece em equilíbrio estático (parado). F4
x (+)
Voltemos à nossa bola de bilhar.
Imagine uma mesa muito lisa e comprida e que você empurrou a bola sobre F5 F2
ela. Mesmo depois de você ter largado a bola ela permanecerá em movimento,
F F
assim você poderia dizer: “Então a força que eu fiz sobre a bola continua agindo A resultante pode ser obtida pela Fsoma algébrica
3
(com números1 positivos e
4
x
sobre ela.” Correto? A reposta de Newton é: não, não é necessário força alguma ynegativos). No equilíbrio R = 0 e, em módulo, R = F1 + F2 – F3 – F4 – F5 = 0
para que a bola permaneça em movimento. F5 F2
Galileu também já havia verificado esse fato, mas foi Newton que o expressou F1
sob a forma de um novo conceito, o conceito de inércia. b) As forçasF3são perpendiculares.
y
F2 x
F5
Inércia é a propriedade dos corpos de permanecerem em F4
F1
seu estado, seja de repouso ou de movimento retilíneo F3
uniforme.
F2 x
F5
y F4
y F3
F1 sen α
y
F1
F1 F3
F3
x
52 :: FísicaF F2:: Módulo 1 F5 x
2
F4 F5
F4 F3 F1
c) As forças têm qualquer direção. NesseF4 caso temos que nos lembrar a 2) Em cada caso representado abaixo, várias forças atuam sobre um corpo. Analise
x (+)
decomposição de vetores conforme estudado no capítulo 1, projetando as forças cada um verificando se o corpo permanece ou não em equilíbrio. Justifique suas
F5 proceder como no exemplo anterior.
nos eixos x e y, quando for o caso, e depois F2
respostas.
y
y a) F1 = 4 N
F1
y F1 F3 = 8 N F = 6N
F1 = 4 N2
F3 = 8 N F1 = F24 =N 6 N
F1 y
α F3
α
x F3 = 8 N F2 = 6 N
F2 x
F2 20 N
x y
F2
F5
b) 10 N
F4 F3 8 20
N N
F3 y 12 N F1 = 4 N
10 N x
4N
8 N 20F3N = 8 N 12 N
F2 = 6 N
que substituimos por 10 N x
48 NN
yy 30 N 12 N
y
F1 sen α y
F1 sen α x
F1 4N
2030 NN
y 10 N
8N 30 N
12 N
α
x
F2 x x 10 N 4y N 10 N
F2 F1 cos α x
F2 F1 cos α x
F3 c) y
F3F 10 N 10 N
3 30 N
x
10 N 10 N 10 N
Assim, x
no eixo x: R x = 0 ⇒ F1 cos α – F2 = 0 ⇒ F2 = F1 cos α 10 N y
F1
no eixo y: R y =F 0 ⇒ F1 ysen α – F3 = 0 ⇒ F3 = F1 sen F1 α F2
F F1 sen α F2
Faça agora esses exercícios para aplicar seus conhecimentos. 10 N
10 N y 10 N
x
F1
Atividades y
10 N α
A unidade de medida
F2 de força no sistema
F1 cosinternacional
α
x unidades (SI) é o
de 3) Um anel se encontra sobrey uma mesa muito F1 lisa (sem atrito) sendo puxado
x
newton e sua abreviação é N. Mais tarde veremos a definição dessa unidade de pelas forçasF3F1 , F2 e F3 , conforme mostra a figura abaixo. O módulo de | F1| vale
F3 α F
medida de força. F1 = 100 N. Sabendo que sen α = 0,60 e cos 1α = 0,80 calcule os valores de
x
1) Você e um colega puxam juntos
um carrinho
com rodas, sobre uma superfície F2 e F3 paraF3que o anel fiqueF2 em equilíbrio.
α
bem lisa exercendo as forças F1 = 5 N e F2 = 6 N sobre ele, conforme ilustra a y x
F3
figura. F2
F1 F1
F F2 F2
α
x
F3
Calcule a força F deve ser feita sobre o carrinho para que o mesmo fique em
equilíbrio. F2
Corpo 2 P
P
Corpo 1
P
N Corpo 3 C apítulo 9 :: 53
P Corpo 1 N
objeto P
Corpo 3
objeto ob
Algumas forças muito comuns . Forças de tração (como as forças feitas por meio de fios ou cordas): P
Corpo 2 P
na Natureza quando puxamos um carrinho ou uma caixa por meio de uma corda, ou penduramos N1
uma roupa no varal, dizemos que Corpo
a corda
2 ou o Pvaral fica “tracionado”, estamos
Todos os corpos ao nosso redor, e nós mesmos, somos submetidos a algumas exercendo sobre eles uma força de tração. Note que por meio de um fio ou uma Corpo 3
corda podemos apenas “puxar” alguma coisa, não podemos “empurrar” ou P
forças muito comuns na Natureza. Vamos conhecê-las com mais detalhes para Varal
que possamos continuar nossos estudos e aplicar os conhecimentos adquiridos em “comprimir”. Vejamos alguns exemplos: T T
N
situações práticas de nosso cotidiano. N Corpo 2
Arado P
objeto N
objeto objeto N objeto
. A força peso: o peso P é a força de atração da gravidade, exercida pela T objeto Roupa
N1 N2 objeto o
Terra sobre todos os corpos ao seu redor. Ela é sempre na direção vertical e com N2
N1
sentido de cima para baixo, apontando para o centro da Terra. Terra
N1
N
Corpo 1 N
P Varal objeto
T T objeto
caixa Varal
Arado T T N
mesa
T Arado Roupa
Corpo 3
Corpo 1 P Roupa
T
P Terra Varal
T T
Corpo 2 Terra
P Exemplo Arado N
Uma caixa pesando 20 newtons se encontra em repouso sobre uma mesa,
Roupa
caixa conforme mostra a figura abaixo. RespondaT o que se pede a seguir.
P P . As forças de apoio: sempre que colocamos um objeto sobre alguma Corpo 3
P mesa Terra caixa
coisa, uma mesa, por exemplo, essa, por ser um corpo rígido cujas moléculas
N P
estão fortemente ligadas, impede que o objeto N desça ao encontro do chão (da mesa
Corpo 2 P
Terra) exercendo
objeto uma força sobre o objeto com uma direção que é perpendicular
objeto objeto objeto
(normal) à superfície de contato entre o objeto e a mesa. Chamamos a esse tipo
Corpo Corpo
3 3 caixa
P P de força de força normal N. Vejamos alguns exemplos de objetos apoiadosNNsobre N2 a) Representar as forças que estão atuando sobre a caixa;
1
N2
uma superfície rígida: b) O valor da força
N1 normal.
mesa
Solução: N
N
N a) Apenas duas forças externas atuam sobre a caixa: a força peso P exercida
Varal
objeto pela Terra, e a força de contato feita pela mesa sobre a caixa, chamada de força
T
objeto
T
P normal
objetoN. objeto
Arado
N1 N2 N
P N2
Roupa N1
T
N N
objetoobjeto Terra
objetoobjeto objetoobjeto Varal
T T P
N1 N1 N2 N2
N2 N2
Arado N1 N1 b) A caixa se encontra em repouso, logo a força resultante sobre ela deve ser
nula, assim, vetorialmente temos: R = P + N = 0
caixa
T Roupa
. As forças de atrito ( fat): as forças de atrito aparecem quando tentamos Como P e N são paralelas (têm a mesma direção) mas têm sentidos opostos,
Varal Varal mesa
arrastar umT objeto
T sobre fazemos, algebricamente: N – P = 0 onde N = P = 20 newtons.
T T Terra uma superfície, ela é sempre contrária à direção na qual
estamos tentando arrastar ou estamos arrastando o objeto. É uma força que
depende muito dos tipos de superfícies que estão em contato e principalmente das
irregularidades
RoupaRoupa que existem nessas superfícies.
N caixa
mesa
P
F
F
f
fatat
P
P
54 :: Física :: Módulo 1
Um pouco
θ
mais
f sobre a força N
de atrito
F
O atrito é uma força bastante familiar. Ela aparece sempre quando arrastamos fat
um corpo sólido sobre outro. A figura a seguir representa um bloco em equilíbrio P
apoiado sobre uma superfície plana A caixa não se move nem para a esquerda nem para a direita, assim na
e horizontal. Ao tentarmos puxar um bloco
para a direita com uma força F , como representado, surge sempre uma força direção horizontal (eixo x) temos:
contrária à tendência do movimento chamada força de atrito, fat . R x = 0 ⇒ F − f at = 0 ⇒ F = f at
A caixa não “sobe” nem “desce”, assim, na direção vertical (eixo y) temos:
y
R y = 0 ⇒ N−P = 0 ⇒ N = P
N F1
F N
Note que no exemplo Fanterior
1
tomamos os sentidos “para a direita” e “para
Fat Fat F cima” como positivos. F2
F2
x
P=m.g P=m.g 2) Uma caixa de peso igual a 100 newtons está em repouso sobre um
plano inclinado que faz um ângulo P α com a horizontal, conforme ilustra a
P
figura. Sabendo-se que sen α = 0,60 e cos α = 0,80, pede-se representar
Como o bloco está em equilíbrio, a força resultante sobre o bloco deve ser adequadamente as forças que atuam na caixa, discutir as condições de equilíbrio,
nula. Isso nos permite concluir que, em módulo: e calcular a força normal,N , a força de atritofat e o coeficiente de atrito estático.
N = P =m . g (∑ Fy = 0) e F = fat (∑ Fx = 0) F1
A força (fat ) que age sobre um corpo em repouso, quando tentamos arrastá-lo,
F2
é chamada de força de atrito estático. A experiência mostra que se fizermos a força
F aumentar, a partir de zero, o corpo entrará em movimento quando o módulo de
F ultrapassar um certo valor limite. Isto nos leva a concluir que a força de atrito α
α
P
estático é variável, podendo variar desde zero até um valor máximo. Solução:
A experiência também nos mostra que a força de atrito estático máxima é diretamente Vamos traçar dois eixos cartesianos x e y convenientes e representar as forças
proporcional à força normal à superfície de contato. Assim podemos escrever: que atuam na caixa. y
y
fat ∝ N
(a força de atrito é proporcional à força normal N)
Podemos então afirmar que: fat ≤ µE . N f N
N
fatat
O coeficiente de proporcionalidade µE é chamado de coeficiente de atrito
estático. É uma grandeza adimensional, característica das superfícies em contato. P sen α
Pα sen α
Se por outro lado o corpo se encontra em movimento, o atrito é diferente,
P cos α α
normalmente é menor que o atrito estático e é chamado atrito cinético. Em P cos α α
x
uma boa aproximação o seu valor é dado por: P α x
P α
fat = µC . N y
O coeficiente de proporcionalidade µC é chamado de coeficiente de atrito Haverá equilíbrio se houver uma força de atrito pelo menos igual a P sen α
cinético. Para um mesmo par de superfícies em contato, a experiência nos mostra caso contrário o corpo descerá o plano inclinado acelerado, como veremos no
próximo capítulo. N
que a força de atrito cinético é menor do que a força de atrito estático máxima. fat
Assim: µC < µE No equilíbriotemos que ter R = 0. Logo, no eixo x temos:
R x = 0 ⇒ fat + Psenα = 0 ou −Pf atsen+ Psen
α α = 0 ⇒ f at = Psenα = 100 × 0,6
60 ⇒ f at = 60 N
R x = 0 ⇒ fat + Psenα = 0 ou − f at + Psen α α= 0 ⇒
P cos α f at = Psenα = 100 × 0,6
60 ⇒ f at = 60 N
Exemplos No
eixo y temos:
x
1) Vamos supor que a mesma caixa do exemplo anterior é puxada para a R y = 0 ⇒ N + P cosα = 0 P α
direita com uma força F = 4 N, mas mesmo assim ela permanece em repouso. ou N – P cos α = 0 ⇒ N = P cos α = 100 × 0,80 ⇒ N = 80 N
Pede-se descrever as forças que atuam sobre a caixa e calcular a força de atrito. Coeficiente de atrito:
Solução: N 80
fat = µ ⋅ N ⇒ µ = = = 0, 75
A caixa não se move, isso se deve ao fato de surgir uma força de atrito, fat , fat 60
contrária à força que tenta puxar a caixa para a direita. Assim as forças que agem
sobre a caixa são:
Capítulo 9 :: 55
N N
3) Duas pessoas estão segurando um bujão de gás de 150 newtons de peso, A situação é de equilíbrio dinâmico (equilíbrio com movimento). O avião se
por meio de um cabo de vassoura de peso desprezível, F
se comparado
F
ao peso do move em linha reta com velocidade constante. Assim, a força resultante sobre o
bujão. O bujãofat está maisfat perto da pessoa da esquerda de tal maneira que esta avião tem que sernula. Temos, então:
faz uma força que é o dobro da força P feita pela
P pessoa da direita. A figura abaixo Na vertical: R y = 0 logo Peso = Força de sustentação.
ilustra a situação. Vamos calcular a força que cada pessoa está fazendo para Na horizontal: R x = 0 assim Força de resistência do ar = Força dos motores
segurar o bujão, supondo que tudo está em repouso. (empuxo), isto é, FResistência = empuxo = 2.800 N.
Exercícios
2) Em cada caso abaixo uma partícula está submetida a várias forças. Calcule
Solução: a força (em módulo direção e sentido) que é capaz de manter a partícula em
As forças que atuam sobre o bujão são: equilíbrio em cada um deles. (Observação: chamamos de partícula a um corpo
F1 F1
cujas dimensões são desprezíveis, no sentido de que não são importantes para ay
solução do problema)
F2 F2
a) F2 = 10 N
F3 = 8 N F1 = 20 N x
F2 = 4 N
P P
F1 = 3 N
Como o bujão está em equilíbrio temos que ter uma força resultante nula,
assim: b) y
R = 0 ⇒ F1 + F2 + P = 0 onde F1 + F2 − P = 0 ⇒ F1 + F2 = P (*)
F2 = 10 N
y
Temos duas incógnitas para calcular,
F1e FF23,=mas
8 N como sabemos que umaF1das
= 20 N x
F2 = 4 N
forças é o dobro da outra, fazemos F1 = 2 F2 e substituimos em (*) assim, F2 = 10 N
α α F1 = 3 N
P 150
2 F2 + F2 = P ⇒ 3 F2 = P ⇒ F2 = = ⇒ F2 = 50 N F3 = 8 N F1 = 20 N x
3 3 F2 = 4 N
Logo F1 = 2 F2 = 2 × 50 = 100 N F1 = 3 N
y y
4) Um avião viajando na horizontal, em “velocidade de cruzeiro”, constante, 3) Um corpo de peso igual a 50 N está suspenso por uma corda presa em uma
de 600 km/h, mantém seus motores ligados exercendo uma força de “propulsão” parede e, ao mesmo tempo, é puxado para a direita por uma pessoa, de modo
N
fat N. Pede-se N
também constante
fat de 2.800 esboçar as forças que atuam sobre o avião que permanece em equilíbrio na situação mostrada na figura. Calcule a força feita
durante o voo e calcular a força de resistência do ar. pela pessoa e a tração na corda presa na parede. (Dados: sen 30º = 0,50 e cos
Solução: P sen α P sen α 30º = 0,86)
As forças queαatuam
P cos P αcossobre
α oαavião são:
Força de sustentação
x
sob as asas x
P P α α
Reação à
força dos Força de
motores resistência
do ar
Peso do avião
56 :: Física :: Módulo 1
4) Um pequeno carrinho de brinquedo, de peso P = 2,0 N, encontra-se sobre um 7) (UFF/1996) Na figura, o fio mantém o bloco A encaixado entre os blocos B
plano inclinado sem atrito, conforme indica a figura. Responda o que se segue. e C, fixos. Os atritos nas superfícies de contato entre os blocos são desprezíveis.
(Dados: sen 30º = 0,50 e cos 30º = 0,86) O diagrama de vetores que melhor representa as forças que atuam no bloco A é:
30º
A
a) O carrinho ficará em equilíbrio? fio
C
b) Calcule a força F , paralela ao plano, que deve ser aplicada ao carrinho para
que ele permaneça em equilíbrio.
(a) (b)
5) A Locomotiva de um trem puxa vários vagões carregados de30º minério de ferro (c) (d)
30º
exercendo sobre os mesmos uma força de 78.000 N. Sabendo-se que todo o
sistema se move com velocidade constante de 20 km/h, analise cada afirmativa
abaixo indicando se é falsa (F) ou verdadeira (V).
a) ( ) A força 30º
30º de atrito sobre os vagões é nula.
b) ( ) A força de atrito sobre os vagões é de 3.900 N. (e)
c) ( ) O sistema, locomotiva mais vagões, está em equilíbrio estático.
d) ( ) O sistema, locomotiva mais vagões, está em equilíbrio dinâmico.
30º
6) (UFF/2001) Um cubo se encontra30º em equilíbrio apoiado em um plano 8) (UFSCAR/2001) Os módulos das componentes ortogonais do peso P de um
V=0 e R=0
inclinado, conforme mostra a figura. Identifique a melhor representação da força corpo Vvalem
=0 e R=0
120 N e 160 N. Pode-se afirmar que o módulo de P é:
que o plano exerce sobre o cubo. (A) 140 N
(B) 200 N
(C) 280 N
(D) 40 N
V = 0 Ve aumenta V = 0 Ve aumenta
R=0
(E) 340 NR = 0
F F
(A) (B) 9) (Cederj/2008) Uma carga de peso P, suspensa em uma roldana móvel, é
mantida em repouso pela ação de uma força f como ilustra a figura. Só é vantajoso
usar a roldana móvel para sustentar a carga em repouso se | f | < | P |. Considere
V=0 e R=0
os fios e aVroldana
≠ 0 =ideais.
V0 aumenta VV0 na
Sabe-se ainda que,
constante 0 = constante
aumenta
≠ posição de equilíbrio, a vertical é
F F
a bissetriz do ângulo θ entre os fios.
B
(C) (D)
θ f
A
fio V aumenta V0 ≠ 0 = constante
V0 ≠ 0 = constante
V0 ≠ 0 e V aumenta F V0 ≠ 0 e V aumenta
F F
(E) C Calcular o valor do ângulo θ entre os fios, com o sistema em repousa, abaixo
do qual é vantajoso usar a roldana móvel para sustentar a carga.
(Dica: usando a figura, escreva a condição necessária para o repouso;
encontre P/fV0 e≠veja
0 = oconstante
que é preciso para que | f | < | P |.
V0 ≠ 0 e V aumenta V0 ≠ 0 e V aumenta y
F N F
F N
B
Fat Fat F
B
x
P=m.g P=m.g
10
A 2a Lei de Newton
[ ]
:: Meta ::
Introduzir a relação entre a força resultante e a aceleração adquirida por um corpo e o conceito
de massa inercial.
:: Objetivos ::
• Resolver problemas fora do equilíbrio, onde a força resultante é não nula;
• Reconhecer e diferenciar peso e massa.
V0 ≠ 0 = constante
58 :: Física :: Módulo 1
sentido da força.” N
F = 80 N
Vamos verificar as implicações daVelocidade 2a leidiminui fat = 20 N
em alguns casos A velocidade chega a se anular A velocidade aumenta e tem sentido contrário
concretos. t=0 t=1s t=2s
Imagine um carrinho inicialmente em repouso. Teremos velocidade nula e, Esse é um caso semelhanteV ao de um corpo lançado verticalmente Vpara
= 0 V = 2 m/s
cima
= 4 m/s
sendo também nula a resultante das forças sobre o carrinho, ele permanecerá onde a força peso atua
P continuamente e o corpo vai diminuindo a velocidade até
parado. N atingir a altura máxima, onde a velocidade se anula. Em seguida o corpo começa
a cair, aumentando a velocidade sempre com a mesma aceleração, a aceleração
V=0 e R=0 F = 80 N 0 1 2 3 4 5 6 7
fat = 20 N
t=0
da gravidade.
t=1s t=2s t=3s
V=0 e R=0 V= 0 V = 2 m/s V = 4 m/s V = 6 m/s
V=0 e R=0 P
Se em determinado instante aplicarmos uma força F sobre o carrinho que O significado da massa na
estava em repouso, ele começará a andar, com movimento acelerado, na mesma 0
mecânica
1 2
Newtoniana
3 4 5 6 7 8 9
V aumenta
direção da força.
F
V aumentat = 0 t=1s t=2s Um outro conceito muito importante na mecânica
t=3s newtoniana deriva do fato
V = 0 F V = 2 m/s de a
V = 4 m/saceleração ser inversamente proporcional V = 6 m/s do corpo, isto é,
à massa
V aumenta
FR
F a= F F'
m
Imagine V0 ≠ 0 = constante Imagine que você pegue uma pedra8e a jogue9com bastante força. Mesmo que
agora um carrinho que já está em0movimento, 1
com velocidade
2 3 4 5 6 7
constante V . Neste caso também temosV R≠=00= mas com V ≠ 0.
constante
ela esteja inicialmente em repouso é fácil acelerar a pedra, que pode atingir uma
0
grande velocidade e cair bem longe. Imagine agora que você pega um balde cheio de
V0 ≠ 0 = constante pedras e tenta fazer o mesmo. A dificuldade para fazer o balde atingir a velocidade
F
da pedra única será muito grande, F'
isto porque a sua massa é muitas vezes maior.
Força da caixa sobre a mesa
Veja também como é difícil fazer grandes objetos, como um navio cargueiro
V0 ≠ 0 e V aumenta
por exemplo, atingir uma certa velocidade a partir do repouso, ou a enorme força
F
V0 ≠
Se aplicarmos uma força, no0mesmo
e V aumenta
sentido da velocidade, em um carrinho necessária para fazê-lo parar quando se encontra em movimento. Por esses
que já está se movendo, o efeito será o de F velocidade.
aumentar sua motivos os motores dos navios são máquinas muito grandes e mesmo assim eles
V ≠0 e V aumenta
0
aceleram bem devagar.
F F F' Força da caixa sobre a mesa
Força da mesa sobre a caixa (Normal)
Capítulo 10 :: 59
Quanto maior a massa do corpo maior a sua “inércia”. A massa, nesse Exemplo 1
contexto, segundo Newton, tem o sentido de uma “resistência” ao movimento. Um automóvel com 1.200 kg de massa encontra-se em repouso.
a) Calcule a força resultante capaz de imprimir-lhe uma aceleração de 2,0
2
m/s .
A massa é uma medida da inércia do corpo. b) Calcule a velocidade do automóvel 10 s após a partida.
c) Calcule a distância percorrida durante os 10 primeiros segundos do
movimento.
É muito importante a aplicação da 2a lei na análise dos movimentos. Solução:
Conhecendo-se a aceleração do corpo (e sua massa) podemos calcular a a) Os dados são: m = 1.200 kg, a = 2,0 m/s2 , e V0 = 0 pois o móvel se
força que causou essa aceleração, ou, conhecida a força que atua sobre o corpo, encontra inicialmente em repouso. Pela 2a lei de Newton, FR = ma, teremos:
podemos calcular sua aceleração e, em seguida, utilizando as equações dos F = 1200 × 2, 0 ⇒ F = 2.400N
movimentos acelerados, resolver inúmeros problemas de dinâmica dos corpos.
b) O móvel tem aceleração constante, logo podemos utilizar as equações
do MUV.
As unidades de medida de força V = V0 + at ⇒ V = 0 + 2,0 × 10 ⇒ V = 20 m/s
Antes de começarmos a resolução de problemas, vamos primeiro nos c) no MUV também temos:
familiarizar com as unidades de medida de força mais usadas. at 2 2 × 102
∆S = V 0 t + ⇒ 0 + ⇒ ∆S = 100 m
2 2
FR
É comum escrevermos a 2 lei, a = , na forma FR = ma
a
m
Exemplo 2
Lembremos que as unidades mecânicas fundamentais do Sistema Uma força constante de módulo igual a 80 N arrasta uma caixa de 10 kg
Internacional são: de massa sobre uma superfície
V0 horizontal inicialmente em repouso. Sabendo que V
. o comprimento, expresso em metros (m); entre o bloco e a superfície existe uma F força de atrito de 20 N, calcule: F
. a massa, expressa em quilogramas (kg); a) a aceleração do bloco;
. o tempo, expresso em segundos (s). b) a velocidade do bloco 10 s depois de iniciado o movimento;
Velocidade diminui A velocidade chega a se anular A velocidade aumenta e tem sentid
Todas as outras unidades da mecânica são derivadas dessas três unidades c) a distância percorrida pela caixa depois de decorrido esse tempo.
fundamentais. Nós já vimos, por exemplo, que a unidade de aceleração é o m/s2. Solução:
Assim podemos obter a unidade SI de força, o newton (N): A normal equilibra o peso e só teremos força na direção horizontal.
F = ma ⇒ Unidade de força = unidade de massa × unidade de aceleração N
ou seja, 1 N = 1 kg . 1 m/s2
F = 80 N
Isto é: fat = 20 N
F F'
V | V | aumenta
60 :: Física :: Módulo 1
1 2 30 N
Vamos passar os dados para o SI:
Ft A velocidade angular:
33 × 2π (rad)
( )
Fc
V ω = 33 rpm = ≈ 3, 5 rad
60 ( s ) s
C O raio r = 15 cm = 0,15 m
Ftotal
E g = 10 m/s2 M
Solução
Temos: a
.
Fc = m ac
FAT = m . ac m
V | V | aumenta µ E . N = m . ω2 . r 30º
µ E . P = m . ω2 . r
1 2 30 N
a
Ftotal
Fc V
disco
C FC
C objeto
• Capítulo 10 :: 61
r
V | V | diminui
µE . m . g = m . ω . r 2
4) Um corpo de massa M = 9,2 Kg encontra-se sobre uma mesa horizontal
ω 2 ⋅ r (3, 5) ⋅ 0,15 sem atrito. Um outro corpo de massa m = 800 gramas é preso ao primeiro,
2
µE = = = 0,18 através de um fio muito leve e inextensível que passa por uma roldana de massa
g 10
Com um coeficiente de atrito menor que esse, a força de atrito não seria desprezível, conforme ilustra a figura ao lado. Supondo que a aceleração local da
suficiente para manter o objeto sobre o disco. Ele iria deslizar. gravidade vale 10 m/s2 podemos afirmar corretamente que a tração no fio (T) e
a aceleração (a) do sistema valemdisco
em unidades SI:
FC
M
Exercícios C
•
objeto
r
1) Uma força de 24 N arrasta uma caixa com 10 kg de massa sobre uma
superfície horizontal de modo que a mesma adquire uma aceleração de 2,0 m/s2.
Calcular: m
a) a força de atrito entre a caixa e a superfície;
V0 V
F F
(A) a = 9,20 e T = 80
F
(B) a = 10,0 e T = 9,2
b) a velocidade da caixa 6A velocidade
Velocidade diminui
segundos depois de iniciado
chega a se anular
o movimento;
A velocidade aumenta e tem sentido contrário
(C) a = 0,80 e T = 7,4
(D) a = 0,80 e T = 11,0 2 30 N
M
(E) a = 10,0 e T = 7,8
c) a distância percorrida
N pela caixa ao atingir a velocidade de 8m/s.
F = 80 N 5) (Cederj/2007) Um bloco de massa de 4 kg se encontra em repouso sobre
fat = 20 N
uma superfície plana e horizontal, como ilustra a figura 1. Nesse caso a superfície
2) Um carrinho com 10 kg de massa caminha sobre uma superfície horizontal. exerce sobre o bloco uma forçamigual a F. A figura 2 mostra o mesmo bloco
O desenho abaixo mostra
P as posições do carrinho e suas respectivas velocidades movendo-se em linha reta para a direita sobre a mesma superfície, com movimento
tomadas em intervalos de tempo iguais. uniforme, sob ação de uma força horizontal de módulo igual a 30 N. Nesse caso,
a
a superfície exerce sobre o bloco uma força F’.
t=0 t=1s t=2s t=3s
V= 0 V = 2 m/s V = 4 m/s V = 6 m/s
1 2 30 N
30º
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
a) Existe uma força resultante atuando sobre o carrinho? Justifique sua Considerando g = 10 m/s2, podemos afirmar que a razão F/F’é igual a:
resposta. (A) 4/5
(B) 3/4
a
(C) 3/5
b) Calcule a aceleração do carrinho supondo que ela é constante. (D)4/3
a
(E) 1
F F' 3m
c) Calcule a força resultante sobre o carrinho. 6) (UFRGS/2002) Um foguete é disparado verticalmente a partir de uma base
30º
de lançamentos, onde seu peso é P. Inicialmente, sua velocidade cresce por
θ
efeito de uma aceleração constante. Segue-se, então, um estágio durante o qual
3) Na vida cotidiana é comum ouvirmos frases do tipo: “Pedrinho está muito o movimento se faz com velocidade constante relativamente a um observador
Força da caixa sobre a mesa
gordo, ele está pesando 80 quilos.” Responda então: inercial. Durante esse estágio, do ponto de vista desse observador,
4m o módulo da
a) O que está errado nesta frase, de acordo com o que aprendemos da força resultante sobre o foguete é:
a
dinâmica newtoniana? (A) zero.
(B) maior do que zero, mas menor do que P.
Força da mesa sobre a caixa (Normal)
(C) igual a P.
3m
b) Supondo a aceleração da gravidade g = 10 m/s2, calcule o peso de (D) maior do que P, mas menorF do que 2P. F
4m
disco
FC 30º
C objeto
• a
r
M
62 :: Física :: Módulo 1
a 3m
7) (UFPE/2002) Uma partícula de massa m = 2,0 kg move-se, a partir do 10) (Cederj/2004) um bloco, em queda livre de certa altura, atinge uma
repouso, sobre uma superfície θ
m horizontal sem atrito, sob ação de uma força velocidade de módulo v ao atingir o chão. Agora, considere que ele cai da mesma
3m
constante cujas componentes nas direções X e Y são, respectivamente, FX = 40 N altura roçando duas tábuas verticais, conforme ilustra a figura, e atinge uma
e FY = 30 N. As direções X e Y são definidas sobre a superfície horizontal. Calcule velocidade v’ ao chegar ao chão. Cada uma das tábuas exerce sobre o bloco uma
4m
o módulo da
M velocidade da partícula, em m/s, decorridos 3,0 s de movimento. força de atrito vertical f, de módulo dado θpor f = 0,18P, sendo P o peso do bloco.
(A) 55 m/s A razão v’ / v entre as velocidades finais do bloco sob atrito e em queda livre,
1 (B) 80 m/s 2 30 N é igual a:
(C) 65 m/s (A) 0,18 4m
(D) 85 m/s (B) 0,36 F F
m
(E) 75 m/s. (C) 0,6
(D) 0,64
8) Um bloco de 2,0 kg desce um plano inclinado de 30º em relação à horizontal, (E) 0,8
F F
com aceleração constante e de módulo igual a 3,0 m/s2, como ilustra a figura.
11) Um corpo de massa igual a 50 kg deve ser elevado, verticalmente, com
1 2 30 N
a aceleração de 2,0 m/s2. Determine a força vertical que deve ser feita sobre o
corpo. Considere a aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
30º
Supondo que a aceleração da gravidade é g = 10 m/s2, calcule a intensidade 12) (PUC–Rio/1999) A força F de módulo igual a 150 N, desloca o corpo de
Sem atrito
da força de atrito que o plano inclinado exerce sobre o bloco. A de massa m1 =12 kg junto com o corpo B de massa m2 = 8 kg. A aceleração
a gravitacional local é g = 10 m/s2.
a F
Sem atrito A
B
9) (Cederj/2008) Um carrinho cujas dimensões estão indicadas na figura, está
30º
se movendo
3 m com aceleração a. Sobre o piso do carrinho, inclinado de um ângulo
F Sem atrito
A
θ com a horizontal, encontra-se um bloco em repouso em relação ao carrinho,
como ilustra a figura. Considere para o módulo da aceleração da gravidade o valor B
θ
g = 10 m/s2.
a
4m
a) Determine o valor numérico da aceleração do corpo B.
3m
b) Determine o valor numérico da intensidade da força resultante que atua
sobre o corpo B.
F F θ
Calcule quanto deve ser o módulo da aceleração do carrinho para que seja
nula a força de atrito estático exercida pelo piso inclinado do carrinho sobre o Dicas: item a) a segunda lei de Newton pode ser aplicada ao conjunto
bloco. dos corpos ou separadamente em cada corpo. Todo o conjunto tem a mesma
Dica: a aceleração
F
do bloco é horizontal.
F
Se a força de atrito estático é nula, componente de aceleração na direção de F (componente horizontal).
as únicas forças sobre o bloco serão seu peso P = mg e a normal N... b) Aplique a segunda lei apenas no corpo B, lembrando que a força F, dada,
atua nos dois corpos ao mesmo tempo. A força resultante (horizontal) sobre B é
FAB (força que A exerce sobre B) e não F.
Sem atrito c) como não há atrito entre A e B o corpo A está não apenas acelerado
horizontalmente, mas também “cai”, na vertical, com g e sua aceleração total será
a soma vetorial dessas duas componentes.
F Sem atrito
A
B
11
A 3a Lei de Newton
e as condições de equilíbrio
[ ]
:: Meta ::
Apresentar a 3 a Lei de Newton e as principais forças mecânicas de interação.
:: Objetivos ::
• Aplicar a 3 a lei de Newton em casos práticos;
• Reconhecer e diferenciar as forças de ação e reação dentre aquelas que estão agindo sobre
um corpo;
• Resolver problemas de equilíbrio.
F = 80 N
fat = 20 N
64 :: Física :: Módulo 1
As forças são sempre o resultado da interação entre os corpos. O peso, Podemos enunciar a 3a lei do seguinte modo:
por exemplo, é a força exercida pela Terra sobre o corpo, acontece que o corpo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
também exerce uma força de atração sobre a Terra. Sempre que um corpo
exerce uma força sobre um outro corpo, este reage e exerce também uma força “Sempre que um corpo A exerce uma força sobre um
sobre o primeiro. corpo B, esse reage, e exerce sobre o corpo A uma força
de mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário
Exemplo 1 à primeira.”
Vamos considerar Vo0 caso da interação gravitacional entre a Terra e a Lua e V
chamar FT,L a força que a Terra faz naF Lua e FL,T a força que a Lua faz naFTerra. F
Veja a figura a seguir: As forças de ação e reação agem sempre em corpos diferentes:
“você empurra a parede, a parede empurra você.” Note que as forças de ação e
F
Velocidade diminui A velocidade chega a se anular A velocidadereação
aumentanão
e temsesentido
somam.contrário
Cada uma, separadamente, causa oF'seu efeito, mas em
Lua corpos diferentes.
Consideremos uma caixa sobre uma mesa. A caixa exerce uma força de
N
contato sobre a mesa. A mesa reage, e exerce uma força sobre a caixa (a nossa
conhecida força normal N).
Terra F = 80 N
fat = 20
N Força da caixa sobre a mesa
Temos então: FT, L = FL, T isto é, em módulo, a força que a Terra faz na Lua
é igual à força que a Lua faz na Terra, mas têm sentidos contrários.
Mais alguns exemplos. P
Exemplo 2
Força da mesa sobre a caixa (Normal)
Imagine que você está de patins e empurra com força uma parede. O
t=0 t=1s t=2s t=3s
resultado é vocêV =sair0 andando na direção contrária àquela
V = 2 m/s
que você empurrou
V = 4 m/s
Obs. 1: VNesse caso, a força que a caixa exerce sobre a mesa é igual em
= 6 m/s
a parede. Isso acontece porque ao empurrar a parede esta reage e empurra módulo, direção e sentido, à força peso, mas não é o peso. O peso da caixa atua
você também. na caixa e não na mesa. A força normal não é reação ao peso.
Então onde está a reação ao peso da caixa?
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Exemplo 3 Lembremos que o peso da caixa é a força que a Terra exerce sobre a caixa,
A hélice de um navio também causa esse efeito: a hélice, girando, empurra a portanto, a reação a seu peso é a força que a caixa exerce sobre Terra.
água para trás e então a água empurra o navio para frente.
Caixa
P = Peso da caixa
P P' = Força que a caixa faz na Terra
P'
Terra
F F'
Cabo
Força da mesa sobre a caixa (Normal)
1
2 Balança
3
P'
P'
Terra
Terra
Capítulo 11 :: 65
T
O problema do elevador Como o elevador está subindo acelerado temos: Ta > P
Pela 2a lei de Newton:
g
Uma balança de mola está presa ao teto de um elevador e sustenta um corpo FR = ma ⇒ T − P = ma ⇒ T = ma + P = ma + mg = m(a + g) = 20 × (2, 0 + 10) ⇒ T = 240 N
2
de 20 kg de massa. Supondo FR =que
maa ⇒
aceleração
T − P =da
magravidade
⇒ T = ma vale+ gP = 10
ma m/s
+ mg.= m(a + g) = 20 × (2, 0 + 10) ⇒ T = 240 N
Analisar cada caso, respondendo o que se pede:
P
c) O elevador desce com aceleração de 3,0 m/s2. Calcule a nova leitura
na balança.
Cabo
Cabo Solução:
As forças que agem sobre o corpo são:
T
1 a
1
2 Balança
2 Balança 3
3 g
4
4
Elevador
Elevador P
↓ g (g é sempre para baixo)
Como o elevador
está descendo aceleradotemos que P >a T
a) O elevador está parado. Calcular a leitura na balança. O módulo de P é maior que o módulo de T e temos pela 2 lei de Newton:
Solução: FR = ma
As forças que agem sobre o corpo são: P – T = ma
T = P – ma
T = Força que a mola faz sobre o corpo = leitura na balança
T = Força que a mola faz sobre o corpo = leitura na balança T = mg – ma
T = m(g – a)
T = 20 × (10 – 3,0)
T = 140 N .
b) O elevador sobe com aceleração de 2,0 m/s2. Calcule a nova leitura Momento de uma força:
na balança. nova condição de equilíbrio
Solução:
g a
As forças que agem sobre o corpo são: Você já deve ter notado que para abrir ou fechar uma porta, é muito mais fácil
fazê-lo perto da maçaneta do que empurrando em algum ponto próximo do eixo
T
de rotação, onde estão as dobradiças. (Faça você essa experiência e verifique).
a
Porta
g Eixo de rotação
40º
F
P
f ∫
T
a d
g barra
O A
60º c
Porta
66 :: Física :: Módulo 1 Porta Eixo de rotação
Eixo de rotação
40º F N
35º O barra A
O F barra A
f ∫ Barra
Porta PB
Eixo de rotação Parede F
25 N F
F N PM
40º A nova condição de equilíbrio
O momento da força F F em relação ao ponto O é dado por: MO = d . F
O momento nos indica a maiorf ou menor ∫ tendência da barra girar em torno do d’ (para a barra não girar) é necessário que o momento
Para haver equilíbrio teto Fio
teto PB
ponto considerado. Quanto maior a distância d ou quanto maior a força, maior será a total sobre ela seja nulo. Assim, o momento
α dos doisA pesinhos da esquerda (que
O PM
fio barra
tendência de afiobarra girar2,0emkg torno de O. barra vamos considerar negativo) somado ao da direita53º (que vamos considerar positivo)
37º
O barra A α
deverá resultar zero. d
2,0 m/s 2 A B Barra
Exemplo Temos: c Parede F
Fio
c F N
d
Vamos imaginar uma barra, de madeira, por exemplo, homogênea, com 20 cm A condição de equilíbrio é: ∑M = 0
de comprimento, e que nós a penduramos ao teto por meio de um fio preso no A definição de momento é MO = d . F e cada pesinho C pesa p.
O barra A
centro da barra. Assim, em relação
O ao ponto c, usando as distâncias
A em centímetros:
Fx
. . x Barra
teto ∑Mc = 10 2p – d 4p = 0 Parede bloco
F α
10 . 2p = d . 4p d
fio barra F53º F 37º
d = 20p/4p = 5,0 cm y
60º c A B
c y
tetoc Observações: N
Como a barra é homogênea e o fio está preso em seu centro, ela ficará em • A unidade de momento no Sistema Internacional é o N . m (Newton .
fio 53º C 37º
equilíbrio, na horizontal (faça a experiência com uma régua,barra
ou coisa parecida, metro). F
e verifique). • Devemos sempre escolher um sentido FP de
A rotação, horário ou anti-horário,
B
C bloco
Imagine agora que dispomos de seisc pesinhos iguais, cada um com peso p. como positivo, assim, é claro, o outro sentido
– F seráNnegativo.
Vamos supor que penduremos 10 cm d
10 cmpoliadois desses dpesinhos na extremidade esquerda
C
da barra.
c
c Ampliando o conceito
c de momento
A bloco F1
B
F2
Consideremos uma barra onde aplicamos uma força F em Fuma V de suas
c
extremidades (ponto A). Vamos calcular o momento P de F em relação aoB ponto O,
A FP
35º c sendo d a distância do ponto ao suporte
C da força. Faremosθ isso de dois modos. É
6,0 m 4,0 m
claro que o valor do momento tem que ser o mesmo. F3 Veja as duas figuras a seguir:
F
10 cm d B A at
c Capítulo o11 :: 67
d’ F
O α A
Outra maneira de calcular o momento é decompor a força F em suas Exemplo R T
Fat– F
componentes cartesianas e calcular α
o momento de cada componente. Na figura 2, A barra da figura a seguir está em equilíbrioFPsob a ação das três forças
d C
a seguir, vemos que o momento da componente FX é nula, poisFseu suporte passa conforme indicado. Sendo dado F3 = 50 N, calcular
N as intensidades de F1 e F2 .
P
por O, sendo nula a distância de O 10
ao cm
suporte de FX .Temos
d
apenas o momento da
F1
componente y de F, (FY = F . senα).
F2
o
O Ac Fx c
x A B
α FV T
d 6,0 m 4,0 m
Fy F Fat R P
F3
θ
y N P
Solução Fat
B A
Veja que temos duas incógnitas, vamos ter que encontrar duas equações.
Assim: MFO = d . FY onde MO = d . F . senα Vamos aplicar as condições de equilíbrio: ∑F = 0 e ∑M = 0
Se o momento total é nulo em relação a um ponto, ele será nulo em relação
Veja que o resultado é idêntico
d’ – F ao anterior, pois a ordem dos fatores não a qualquer outro ponto. Vamos escolher como positivo o sentido anti-horárioo e
altera o produto. Assim, para calcularmos o momento, podemos fazer: escolher o ponto A para calcular os momentos.
α
[(distância ⊥ força) O. (força)] ou [(distância) . (força ⊥A distância)] Temos: R T
Fat
O símbolo ⊥ significa perpendicular a. d α ∑MA = 0
F1
F
M1 + M2 + M3 = 0 N
F2 P
(AB . F1) + (0 . F2) – (AC . F3) = 0
c
O binário
A
de forças B
Fazendo as substituições: o
O A F
Chamamos binário6,0a mum par de forçasF de mesmo
4,0 m
módulo e de sentidos
x
x (6,0 + 4,0) . F1 – 50 . 6,0 = 0
10 . F1 = 300 ⇒ F1= 30 N
3
contrários, aplicadas em pontos distintos de um α
d corpo. Imagine um corpo qualquer T
sob a ação de um binário. Veja que a força resultante é nulaFy e assim o corpo Fnão Agora ∑F = 0 Fat R
terá nenhuma aceleração linear. Mas temos certamente um momento não nulo e F1 + F2 + F3 = 0
y a girar. N
o corpo não estará em equilíbrio pois irá, certamente, começar F1 + F2 – 50 = 0 P
F1 + F2 = 50
Como F1 = 30 N temos F2 = 20 N
F
–F
Exercícios
Temos ∑F = 0 mas o corpo não está em equilíbrio. 1) Um sistema com três cordas sustenta uma esfera, como mostra a figura a
F1 seguir. A tensão na corda horizontal vale 30 N. Determine o peso da esfera.
F2 Dados: sen(40º) = 0,64, cos(40º) = 0,77.
Para que um corpo esteja em equilíbrio c não basta
A B
apenas que a resultante das forças seja nula, pois o corpo
40º
6,0 m de um binário.
pode estar girando sob a ação 4,0 m
F3
Para haver equilíbrio é necessário que a resultante das forças seja nula e que
o momento resultante seja nulo. Resumindo:
Equilíbrio ⇔ ∑F = 0 e ∑M = 0
25 N
40º
F
f ∫
Porta
Eixo de rotação
Porta
Eixo de rotação Porta
40º Eixo de rotação
::40ºFísica :: Módulo 1
68 40º
F
F
F
f ∫
f ∫ ∫ para cima com movimento uniforme. Qual
d
2) Uma caixa de peso 50 N é puxada por uma força de 25 N conforme é mostrado 6) Um foguete se desloca verticalmente
f
na figura a seguir de modo que desliza sobre a superfície horizontal com velocidade a orientação da resultante
O de todas as forças
barraque agem sobre o foguete?A
constante. Dados: sen(40º) = 0,64; cos(40º) = 0,77. Determine:
25 N F
d
40º
7) Um corpo de peso igual a 100d N,d desce um plano inclinado de 53º em relação
à horizontal barra e uniforme.
O com movimento retilíneo A
O barra teto A
O barra A
25 N F
fio
F barra
a) o valor da força de atrito que se opõe25aoN25movimento
N
40º da caixa. F
40º
40º
c
teto
b) o valor da força normal. teto
teto
fio barra
53º
fio barra
fio barra
3) Um bloco de peso igual a 10 N está em equilíbrio sobre um plano inclinado Dados: sen(53º) = 0,80; cos(53º)c = 0,60.
(veja a figura). Determine o valor da força normal ao plano inclinado. Determine: c
c
60º a) o módulo da força de atrito. c
60º c
60º c
60º 8) Uma esfera é mantida em repouso c por dois fios (fig. x). Represente um vetor
polia 10 cm d
capaz de representar a resultante das forças exercidas pelos fios sobre a esfera.
4) Num plano inclinado perfeitamente liso o sistema da figura está em equilíbrio. α β
c
O peso do bloco A é 2,0
A
x 102 N. Determine o peso do bloco B. Dados: sen(35º)
B
= 0,57, cos(35º) = 0,82.
α β
polia 10 cm d
polia 10 cm d
35º polia 10 cm d
α β
c
A c
9) A partícula da figura y está em cequilíbrio. Determine o módulo da força F e a
B
A B F = 72 N
A B direção do ângulo θ. Dados: sen(53º) = 0,80; cos(53º) = 0,60. 1
35º F2 = 54 N
d’ F1 = 72 N
35º θ
35º
O α A
F1 = 72 N F2 = 54 N
2,0 kg F
5) Um plano inclinado em forma de cunha move-se com aceleração constante de θ α
2
d
2,0 m/s e mantém sobre
2,0 m/s2 ele um bloco, sem deslizar, conforme ilustra a figura a F2 = 54 N F
seguir. Sabendo-se que a massa do bloco vale 2,0 kg, determine o valor da força d’ F
θ
d’
resultante aplicada ao bloco. O
d’
α A
10) Dois dinamômetros
O α como mostra
AF e B ligados A a figura z fornecem as
α
2,0 kg O
O
A αAA Fx
B
F
2,0 kg leituras FA e FB quando se aplica
d a força F na extremidade livre
α do dinamômetroxB.
2,0 kg d α
2,0 m/s 2
Considere desprezíveis os pesosd dos dinamômetros e dos fios deF ligação.
α Qual das
2,0 m/s2 d F
2,0 m/s2 relações a seguir é correta? A F B
Fy F F
A B y
O A FFx
Fx x
O A
O A α Fx x
x
d α
F d Fy α F
d
Fy F
Fy A F B
–y F
y
y
A θ B
F
F1 = 72 N
P T
F1 = 72 N a
F2 = 54 N
θ F2 = 54 N T g
a
θ
F Capítulo 11 :: 69
T g
a
F
(A) F = FA + FB 15) Uma esfera maciça está em repouso, apoiada sobre um suporte P em forma g
(B) F = FA – FB de V, conforme ilustra a figura. Indique, por meio de um desenho, as forças que
(C) F ≠ 0, FA = FB = 0 A B atuam sobre a esfera identificando cada uma delas.
P
(D) F = FA = FB F
A B
(E) FA = FB + F F
P
θ a
θ
a
g a
b) a componente horizontal da força
que o eixo A exerce sobre a barra. A 37º B
A 37º B
c) a componente vertical da força 18) Na figuraQ a seguir estão representados um bloco apoiado sobre uma mesa,
que o eixo A exerce sobre a barra. e as forças: PM = peso da mesa; PB = peso do bloco; F = força que o bloco exerce
Porta sobre a mesa e N a força normal exercida pela mesa sobre o bloco.
Eixo de rotação
F N
13) ParaFcomeçar a andar temos que exercer uma força. Explique como fazemos
essa força (em que direção
f ∫e sentido) e que força nos impele para frente ao
PB
caminharmos.
PM
teto
70 :: Físicateto:: Módulo 1
20) (Unesp/2001)
10 cm
Turistasd que visitam Moscou podem experimentar a ausência
de gravidade voando em aviões de treinamento de cosmonauta. Uma das maneiras
de dar aos passageiros desses voos a sensação de ausência de gravidade, durante
c
um intervalo de tempo, é fazer um desses aviões:
(A) voar em círculos, num plano vertical, com velocidade escalar constante. FV
(B) voar em círculos, num plano horizontal, com velocidade escalar P
θ
constante.
(C) voar verticalmente para cima, com aceleração igual a g. Fat
B A
(D) voar horizontalmente, emF qualquerNdireção, com aceleração igual a g.
(E) cair verticalmente de grande altura, em queda livre. a) a força que a parede exerce na escada.
F N
F
Fio c) a ação horizontal do solo contra
N
a escada (força de atrito).
P
Fio
Barra o
O A Fx
Parede x
α Barra
Parede d
Dica: temos equilíbrio, então devemos fazer: T
Fy F ∑ FX = 0, ∑ FFYat = 0 eR ∑ M = 0
22) A estrutura representada na figura a seguir está em equilíbrio suportando um Tome o momento em relação ao ponto C e lembre-se que:
N
bloco de peso = 50 N. Determiney as trações nas cordas A, B e C. (BC/AB) = tgθ = 2/3. P
Dados: sen53º = 0,8 e sen37º = 0,6
53º 37º
F 53º A37º B
A B N
–F
N C
C
bloco
F1
F2 bloco
c
A B
6,0 m 4,0 m
F3
FP
C
FP
C
12
Gravitação
[ ]
:: Meta ::
Apresentar as leis de Newton e de Kleper para a gravitação.
:: Objetivos ::
• Conhecer e enunciar as leis de Newton e Kepler para a gravitação;
• Aplicar as leis em casos simples de órbitas circulares;
• Distinguir corretamente os conceitos de massa gravitacional e massa inercial.
72 :: Física :: Módulo 1
5, 0 × 10 × 10 3 4
33, 4 × 10 −11+3+4
A força da gravidade
F = 6, 67 × 10 11 × ≈ ≈ 8, 3 × 10 −11+3+4−2 ≈ 8, 3 × 10 −6 N
(20)2 4 × 102
A força da gravidade se deve à atração entre massas. Ela é Note que a força vale 0,0000083 N (8,3 milionésimos de newtons). Uma
responsável pelo movimento harmonioso que podemos observar nos planetas força tão pequena não é perceptível para nós quando estamos nas proximidades
gravitando em torno do Sol e nos satélites em torno dos seus planetas, como a de uma massa como a de um ônibus, de um caminhão, ou mesmo de uma enorme
Lua em torno da Terra. montanha. A força gravitacional passa a ser significativa para massas muito grandes
Vamos considerar dois corpos de massas m1 e m2 , separadas pela distância r. como, por exemplo, a massa da Terra que vale, aproximadamente, 6,0 x 1024 kg
Eles se atraem, e cada um exerce uma força sobre o outro de mesmo módulo e ou a massa do Sol, 333.400 vezes maior.
sentidos contrários. Como na terceira lei de Newton, são forças de ação e reação.
Elas têm características muito importantes: embora sejam muito fracas, podem
atuar em distâncias muitíssimo grandes. Veja a ilustração a seguir: A força peso e a aceleração
m2 da gravidade terrestre
F A força com que a Terra atrai um corpo é chamada de peso
m1
(força da gravidade). Evidentemente, o peso é um caso particular da força
F
gravitacional e podemos escrever:
r M ⋅m
P=G
r2
Onde P é o peso do corpo, M a massa da Terra, m a massa do corpo e r a
distância do corpo ao centro da Terra. Igualando as equações:
A lei da gravitação universal de Newton pode ser enunciada como segue: M ⋅m
P = mg e P = G
r2
Encontramos o valor da aceleração da gravidade a uma distância r do centro
tempo ∆t
A força F com que dois corpos se atraem é diretamente da Terra:
tempo ∆t área
Sol suas massas M
proporcional ao produto das e inversamente
planeta g=G 2
área
proporcional ao quadrado da distância entre eles. r
O valor de g no nível do mar, à latitude de 45º, é chamado de “aceleração
normal da gravidade” e seu valor é:
m1 .m2
Em linguagem matemática: F = G ⋅ Órbita elíptica g = 9,80665 m/s2
r2
Para pequenas alturas, nas proximidades da Terra, varia muito pouco e
A constante de proporcionalidade, G, é chamada de constante de gravitação podemos considerá-la praticamente constante. Em muitos exercícios adotamos o
universal. O seu valor, independentemente Eixo
do demeio onde se encontram os dois
rotação valor de g =10 m/s2 para simplificar os cálculos.
Eixo de rotação
corpos, é:
G = 6,67 x 10–11 N . m2/kg2 Exemplo 1
Como conhecemos a constante de gravitação G = 6,67 x 10–11 m3/s2 kg,
Raios solares
Raios solares
Exemplo
plano de órbita plano2 dee órbita
a aceleração da gravidade na superfície terrestre, g = 9,81 m/s supondo
Vamos calcular a força de atração gravitacional entre um ônibus com que a Terra é uma esfera de 6.370 km de raio, vamos calcular sua massa,
massa MO = 5,0 toneladas e um caminhão carregado com massa total MC = 10 aproximadamente.
toneladas, quando seus centros de massa estão separados de 20 m.
Inverno no hemisfério sul e verão no hemisfério norte Verão no hemisfério sul e inverno no hemisfério norte
Capítulo 12 :: 73
Atividade 1
Calcule você o valor de g a 20 km de altitude e compare com o valor
normal. Órbita elíptica
Observações:
• Os planetas conhecidos na épocaEixodedeKepler rotaçãoeram apenas os que são visíveis
Massa inercial e massa a olho nu: Mercúrio; Vênus; Terra; Marte; Júpiter e Saturno.
gravitacional • Na realidade as órbitas dos planetas têm excentricidade bem menor que a
da figura, sendo bem próximas de circunferências, à exceção dos “planetas anões”
Raios solares
Raios solares
verão inverno
m2
F
m1
F
74 :: Física :: Módulo r1
O inverno e o verão
3a Lei de Kepler (lei dos períodos)
A ocorrência do inverno e do verão não é devido ao fato de a Terra se afastar O quadrado do período de revolução de um planeta
ou se aproximar do Sol. Quando o planeta está mais próximo do Sol sua velocidade em torno do Sol é proporcional ao cubo do raio de suas
é maior, desse modo, em média, a radiação solar recebida por unidade tempode∆ttempo órbitas.
m2
é praticamentetempo
a mesma
∆t (o planeta não
Sol fica mais quente
área ou mais frio por causa T2
planeta Ou seja: constante (para todos os planetas)
disso). A existência do inverno
área e do verão é devido ao fato do eixo de rotação r3
da terra ser inclinado cerca de 23º em relação ao plano da órbita (eclíptica). Observação: esta lei é válida não apenas para o Sol,
Durante nosso inverno, a taxa de radiação solar por unidade de área é menor no mas para qualquer astro que tenha satélites girando sob
hemisfério sul e maior no hemisfério norte (fig. 1). Quando é verão no Brasil, a ação de sua força gravitacional.
Órbita elíptica
ocorre o contrário, e é inverno no hemisfério norte (fig.2). m2
1 F
Eixo de rotação Exemplo Eixo de rotação
m1
F
Considerando um satélite em órbita circular ao redor de um planeta de massa
M, mostrar que a razão entre o quadrado do período (T) de revolução e o cubo
r do raio (r) da órbita é:
Raios solares
Raios solares
tempo ∆t plano de órbita 4π 2 plano de órbita
GM
planeta
Solução:
Temos que: FGravitacional= FCentrípeta = m . aC = m . (v2/r). Assim:
Mm v2 G⋅M GM
G = m ⇒ v2 = ⇒v=
Inverno no hemisfério sul e verão no hemisfério norte r 2 Verãor no hemisfério sul re inverno no hemisfério
r norte
tempo ∆t 2π
Lembrando que no movimento circular, v = ω ⋅ r = ⋅ r , vem:
tempo ∆t Sol área T
planeta 2
2
área 2⋅ π ⋅r M 4 ⋅ π2r 2 M r3 M T2 4 ⋅ π2
= G ⇒ = G ⇒ = G , logo: =
Eixo de rotação T r T2 r T2 4π 2 r3 G ⋅ M
Aqui T é o período de revolução do planeta, r é o raio da órbita e M a massa
Órbita elíptica do astro em torno do qual o planeta está orbitando.
Raios solares
verão inverno
Raios solares
plano de órbita
planeta 1) Dois corpos, A e B, de dimensões desprezíveis têm massas tais que mA = 2mB. Eles
foram levados para o espaço, longe da influência de qualquer outro corpo, e colocados
Raios solares
e F
A Verão no hemisfério sul e inverno no hemisfério norte
Raios solares
plano de órbita a uma certa distância um do outro, estando ambos inicialmente em repouso. As
plano de órbita
A3
Sol E acelerações de A e de B em qualquer instante, antes da colisão, são tais que:
A1
(A) aA = aB
Repare que próximo dos polos a incidência dos raios solares é muito mais (B) aA = 2aB
A2
inclinada em relação
B à superfície terrestre do que nasD regiões próximas do equador, (C) aA = aB/2
Inverno nopolares
por isso as regiões hemisfério
sãosultão
e verão
friasnoC ehemisfério norte são tórridas (quentes). A
as equatoriais Verão
(D) aA no= hemisfério
4aB sul e inverno no hemisfério norte
taxa de energia solar por unidade de área é bem menor nos polos. Veja a ilustração (E) aA = aB/4
a seguir.
2) Tendo em vista a questão anterior, os dois corpos vão se aproximar um do
outro com movimentos que em relação a um referencial inercial, podem ser
considerados:
(A) retilíneo uniforme.
verão inverno
(B) retilíneo acelerado.
(C) retilíneo retardado.
(D) curvilíneo.
planeta
A F
A3
Sol E
r r
F
Capítulo 12 :: 75
r
3) Considere a massa da Terra 81 vezes maior do que a da Lua, e, chamando de 7) Três esferas idênticas (A, B e C) estão fixas sobre uma superfície horizontal. A
D a distância entre o centro da Terra e o centro da Lua, calcule a que distância do esfera B é equidistante de A e de C. O módulo da força de atração gravitacional
centro da Terra um corpo situado entre a Terra e a Lua seria igualmente atraído entre A e B é igual a F. Qual é o módulo da resultante das forças de atração
pelos dois astros. gravitacional que A e B exercem sobre C?
A B C
d d
4) Um satélite artificial cuja altura de sua órbita, contada a partir do nível do
mar, fosse igual ao raio da Terra, estaria sujeito a uma aceleração centrípeta de
módulo igual a: (A) (5/4)F
(A) g/2 (B) 4/5F
(B) g/4 (C) 2F
(C) 2g (D) F/2
(D) g (E) 3/2F
(E) 4g
8) A altura, em relação à superfície da Terra, na qual a aceleração da gravidade é
5) Uma nave espacial pousa na Lua. Considere: o raio da Lua 1/4 do raio da 1/9 (um nono) do seu valor na superfície, em função do raio da Terra (RT) é:
Terra; a massa da Lua 1/80 da massa da Terra. Sendo P o peso da nave na Terra, (A) 2RT
qual é o peso da nave na Lua? (B) 3RT
(A) P/20 (C) RT/9
(B) P/80 (D) 9RT
(C) P/5 (E) 81RT
(D) 5P
(E) 20P 9) Suponha a Terra com a mesma massa porém com o dobro do raio. O nosso
peso seria:
6) Indique qual dos gráficos melhor representa a variação da intensidade da força (A) a metade.
de atração gravitacional F entre dois corpos pontuais, suficientementes distantes (B) o dobro.
de qualquer outro corpo, e separados de uma distância r. (C) o mesmo.
(A) (B)
FF FF FF (D) o quádruplo. F F
(E) um quarto.
76 :: Física :: Módulo 1
verão inverno
12) (PUC-MG/1999) É fato bem conhecido que a aceleração da gravidade 16) (UERJ/2000) A figura ilustra o movimento de um planeta em torno do Sol.
na superfície de um planeta é diretamente proporcional à massa do planeta Se os tempos gastos para o planeta se deslocar de A para B, de C para D e de E
e inversamente proporcional ao quadrado do seu raio. Seja g a aceleração da para F são iguais, então as áreas A1, A2 e A3 apresentam a seguinte relação:
gravidade na superfície da Terra. Em um planeta fictício cuja massa é o triplo planeta
da massa da Terra e cujo raio também seja o triplo do raio terrestre, o valor da
A F
aceleração da gravidade na sua superfície será:
(A) g Sol
A3
E
(B) g/2 A1
(C) g/3
(D) 2g A2
B D
(E) 3g
C
[ ]
:: Meta ::
Introduzir o conceito de trabalho e de potência e utilizá-los em casos práticos do cotidiano.
:: Objetivos ::
• Definir trabalho e calcular o trabalho de uma força constante;
• Calcular a potência de um sistema;
• Calcular o rendimento em casos simples.
78 :: Física :: Módulo 1
Trabalho de uma Força Constante (kW h), muito utilizado no estudo da energia elétrica. Temos: 1 cal = 4, 18 J e
1 kW h = 3,6 × 106 J.
Em nosso cotidiano chamamos de trabalho as diversas atividades que
realizamos para nos manter, e às nossas famílias. Normalmente tratam-se de
atividades físicas ou intelectuais (ou ambas) podendo ser remuneradas ou não. Vejamos o caso em que a
Em nosso estudo de Física, o termo trabalho tem um sentido bem definido e diz força não tem a mesma
respeito à força e ao efeito por ela produzido ao deslocar um corpo: direção do deslocamento
F
Exemplos
1) Supondo que a força F é de 100 N, que o ângulo α tem 30º e o deslocamento
A d B S
d é de 5,0 m. O trabalho realizado pela força será de:
Nesse caso temos: Trabalho = força . deslocamento. Isto é, τ = F . d τ = F cos α . d ⇒ 100 . cos 30º . 5,0 = 100(N) × 0,86 × 5,0(m) =
433 N . m. Ou seja, 433 J
O trabalho, assim definido, é uma grandeza escalar. Ela é o produto dos
módulos de F e d .
Para lembrar: forças perpendiculares ao deslocamento
não realizam trabalho.
Unidade SI de trabalho
Pela definição de trabalho vemos que: unidade de trabalho = unidade de força Estude com carinho os exemplos abaixo, pois eles contêm um grande número
. unidade de deslocamento. de informações úteis para a solução de vários outros problemas de mecânica.
Assim, unidade de trabalho = N . m (Newton . metro) que chamamos As soluções são feitas passo a passo de modo a facilitar ao máximo a sua
de joule (leia-se jaule) e abreviamos por J. compreensão.
Resumindo: 1 J = 1 N . 1 m
Uma força de 1 N ao deslocar um corpo de 1 m realiza um trabalho de 1 J. 2) A figura a seguir representa um corpo com 18 kg de massa que é
Repare que para você realizar trabalho ao mover um corpo aplicando uma deslocado sobre uma superfície horizontal, entre os pontos A e B distando 20 m
força sobre ele, você despende (gasta) energia. Ao estudarmos o conceito de um do outro, por meio de uma força F de módulo 200 N. A força faz um ângulo
energia, mais adiante, veremos melhor a relação entre trabalho e energia. θ com a horizontal, tal que cos θ = 0,80 e sen θ = 0,60. Entre o corpo e a
Podemos adiantar que: realizar trabalho sobre um corpo é transferir superfície, existe uma força de atrito de módulo 50 N. Supor a aceleração da
energia para o mesmo. gravidade g = 10 m/s2
F
θ
Unidades práticas de trabalho
A B S
Duas outras unidades de trabalho são bastante utilizadas no cotidiano. São Pede-se:
elas a caloria (cal), que será muito usada ao estudarmos calor, e o quilowatt-hora a) representar esquematicamente todas as forças que atuam sobre o corpo;
F
N
θ
Capítulo 13 :: 79
b) calcular a força normal; d) o trabalho resultante é a soma algébrica dos trabalhos realizados por cada
c) calcular o trabalho realizado por cada uma das forças durante o movimento; força.
d) calcular o trabalho resultante; τR = τN + τF + τP + τ f ⇒ τR = 0 + 3200 + 0 − 1000 ⇒ τR = 2200 J
at
F
e) calcular a força resultante.
θ e) Só há força resultante na direção x:
Solução: Em x temos: FR = F cos θ – fat = 200 . 0,80 – 50 = 160 – 50 = 110 N
x
A B S
Os dados do problema são: m = 18 kg; F = 200 N; d = 20m; sen θ =0,60; Podemos também calcular o trabalho resultante sabendo a força resultante:
cos θ =0,80; fat = 50 N; g = 10 m/s2 τR = FR . d = 110 × 20 ⇒ τR = 2200 J
x
a) As forças que agem sobre o corpo são: a força F ; a força de atrito fat , a No próximo exemplo veremos um caso bastante geral, onde em cada instante
normal N e o peso do corpo P . do movimento a força tem uma direção diferente em relação à trajetória. Veja que
F
solução interessante.
N
θ 3) Um corpo de massa m = 62 kg desliza sobre uma rampa com inclinação
variável sob a ação de seu peso, desde A até B, descendo uma altura total
f at h = 2,0 m, sendo d o seu deslocamento vetorial total. Supondo a aceleração da
gravidade g = 10 m/s2, calcule o trabalho realizado pela força peso.
P
A trajetória
b) Veja que nesse caso a normal não é igual ao peso. Na realidade, ela é
menor que o peso, pois a componente vertical de F “ajuda” a superfície a equilibrá- h d
lo. Para calcular a normal, vamos fazer um desenho dos eixos x e y e projetar as
forças sobre eles. A trajetória
y B
h y d
encher o tanque bem mais rápido, em 2 minutos por exemplo. O que diferencia a A força de atrito entre a superfície e a caixa é de 50 N. Calcular a potência
bomba de gasolina de cada um dos postos? desenvolvida pela força F .
Estamos tratando aqui da rapidez com que a bomba consegue realizar o N
trabalho de bombear gasolina para o tanque. A diferença entre as duas bombas,
f at
no caso acima, é a potência. F
S
P
A potência mede a rapidez com que o trabalho é
realizado.
Solução:
A velocidade é constante.
Trata-se de um caso de equilíbrio, portanto, a resultante
Trabalho τ
Por definição temos: Potência = ou P = das forças deve ser nula ( R = 0). Na vertical não há movimento, assim, em x:
Tempo ∆t
Rx = F − fat = 0 ⇒ F = fat = 50 N.
Veja que a potência relaciona o trabalho e o tempo, duas grandezas escalares, O trabalho para deslocar a caixa será τ = F . ∆S e a potência se torna:
desse modo, a potência também é uma grandeza escalar. τ F ∆S
P= =
Vejamos um exemplo. ∆t ∆t
∆S
Exemplos Como é a velocidade da caixa, podemos escrever:
∆t
1) Suponha que um trabalho de 340 J é realizado em 10 segundos por uma
máquina. Calcular a potência que isso representa. P = F . V = 50 × 4 = 200 W
Solução:
τ 340 4) A caixa d’água de uma residência tem capacidade para 2.000 litros e está
P = ⇒P = ⇒ P = 34 J / s
∆t 10 situada a uma altura h = 3,0 metros do solo, onde se encontra a cisterna. Calcule
O J/s é a unidade de potência no Sistema Internacional. Ela recebe o nome a potência necessária para que a bomba encha a caixa em 5 minutos, em watts e
especial de watts em homenagem James Watt (Escócia, 1736–1819) inventor em cavalo-vapor. Supor g = 10 m/s2.
da moderna máquina a vapor. Assim: 1W =1 Joule/1 segundo Solução:
Outras unidades de potência bastante utilizadas são: Cada litro de água tem massa de 1 kg, assim, 2.000 litros correspondem a
• quilowatt (kW ) onde 1 kW = 1000 W = 103 W; 2.000 kg. Dessa forma o peso total de água que deve ser erguido até a caixa será:
• cavalo-vapor (cv) onde 1 cv = 736 W P = m . g = 2.000 × 10 = 20.000 N = 2 × 104 N
• “horse-power” (hp) onde 1 hp = 746 W Supondo que a tubulação e a própria bomba não oferecem resistência à
Vamos fazer mais alguns exemplos: passagem da água (não há atrito) e que a água sobe com velocidade constante,
podemos supor que a bomba também faz uma força total de 2 × 104 N sobre a
2) Uma força F de módulo igual 600 N faz um ângulo de 45º com a direção água. Assim o trabalho realizado será: τ = F . h = 2 × 104 × 3,0 = 6,0 × 104 J.
do deslocamento e move um corpo por uma distância de 100 m em 6 segundos. Como o trabalho é realizado em 5 min = 5 × 60 s = 300 s. A potência será:
Calcular a potência desenvolvida. (Dados: cos 45º = 0,70 – não há atrito) τ 6, 0 × 104 6, 0 × 104
F P= = = = 200 W
∆t 300 3 × 102
45° 200
Em cv : P = = 0, 27 cv
736
0 ∆S 100 S
f at
Capítulo 13 :: 81
Na realidade sempre ocorrem perdas por atrito na passagem do líquido pelas 3) Um carro de massa 1,0 x 103 kg move-se em trajetória retilínea, a partir do
tubulações e a potência total das bombas não é efetivamente utilizada no seu repouso. O gráfico da força resultante aplicada ao carro em função do espaço
transporte. Sempre existem perdas no caminho. Por esse motivo torna-se útil o percorrido está representado na figura. Determine o trabalho realizado pela força
conceito de rendimento de uma máquina qualquer. resultante no deslocamento entre 0 e 1,0 x 103 m.
F(N) x 103
1,0
Rendimento
tipos de trabalho. Vamos supor que a bomba d’água do exemplo anterior tenha 2,0 6,0 10
b) o rendimento do motor.
2) Um comercial diz que um certo carro de massa 1,2 x 103 kg pode acelerar
do repouso a uma velocidade de 25 m/s, num intervalo de tempo de 8,0 s. 8) Um projétil, de massa 40 g e velocidade 600 m/s, penetra em um bloco fixo e
Desprezando as perdas e sabendo que hp = 746 W, determine a potência do o atravessa numa extensão de 32 cm, saindo com velocidade de 200 m/s.
motor do carro. a) Qual o trabalho utilizado na perfuração?
82 :: Física :: Módulo 1
b) Qual o módulo da força, suposta constante, que se opõe ao movimento do b) o trabalho realizado pela pessoa.
projétil dentro do bloco?
F
11) Uma queda d’água de 30 m de altura tem uma vazão de 7,5 x 104 litros d) F
F
por hora. Supondo que toda energia potencial se transforme em trabalho útil, F
determine a potência desta queda. Dado: um litro de água tem massa igual a um A B S
quilograma; g = 10 m/s2. A B S
A B S
A B S
e) F
F
F
F A B S
12) Um móvel de potência 60 cv desloca-se com velocidade constante e igual a A B S
A B S
72 km/h. Determine a força produzida pelo motor. A B S
16) Um motor com 22 cv é utilizado para realizar um trabalho, mas existe uma
força resistiva de 6 cv no sistema. Qual o rendimento desse motor?
[ ]
:: Meta ::
Definir energia cinética e estabelecer sua relação com o trabalho.
:: Objetivos ::
• Reconhecer e conceituar a energia cinética e sua relação com o trabalho;
• Calcular a energia cinética de um corpo em movimento;
• Aplicar o teorema do trabalho-energia em casos simples.
84 :: Física :: Módulo 1
O conceito de energia
∆S
O conceito de energia está diretamente ligado ao conceito do trabalho Temos:
realizado por uma força, que estudamos anteriormente. Uma maneira bastante O trabalho: τ = F . ∆S (1)
simples e útil de conceituar energia é a definição de Ostwald: e a Força: F = m . a (2)
Como F é constante, temos aceleração constante, logo o movimento é do tipo
MUV e podemos aplicar Torricelli:
“Energia é trabalho, tudo aquilo que pode ser obtido do V 2 − Vi2
Vf2 = Vi2 + 2 ⋅ a ⋅ ∆S onde ∆S = f (3)
trabalho ou nele se transformar.” 2⋅ a
Substituindo (3) e (2) em (1) obtemos:
V 2 − Vi2
τ = m⋅a⋅ f
Assim podemos considerar que quando uma força atua sobre um corpo, 2⋅ a
realizando um trabalho sobre ele, o resultado é um aumento (ou uma diminuição) Eliminando o (a) e fatorando-se, o trabalho se transforma em:
da energia desse corpo. A energia que os corpos possuem devido ao seu 1 1
τ = mVf2 − mVi2 (energia do movimento)
movimento é chamada de “Energia Cinética”. 2 2
1 2
à grandeza mV chamamos de energia cinética (Ec)
A palavra cinética deriva da palavra grega kinetike, relativa a movimento, 2
a velocidade. Energia cinética = energia do movimento. Assim, podemos escrever τ = Ec − Ec ou τ = ∆Ec
f i
Ou seja:
Obs.: pela própria definição de energia cinética vemos que ela é um produto Solução:
de grandezas escalares (a massa e o módulo da velocidade ao quadrado), portanto Temos:
a energia cinética é também uma grandeza escalar. τ f = ∆Ec = Ec − Ec
at f i
4) Uma força horizontal de 1,5 N atua em um carrinho de 0,20 kg para acelerá-lo 9) Use o teorema do trabalho-energia para calcular a força necessária para fazer
ao longo de uma pista horizontal. Qual a velocidade do carrinho depois de partir do um automóvel de 800 kg de massa aumentar sua velocidade para 20 m/s, a
repouso e percorrer 30 cm? Considere o atrito desprezível. partir do repouso, sabendo que ele percorreu 200 m.
5) Um bloco de 0,50 kg é lançado sobre uma mesa com velocidade inicial de 10) Duas partículas (1) e (2), de massas m1 e m2 = 2m1 , movimentam-se com
0,20 m/s. Ele desliza até parar. A distância percorrida pelo bloco é igual a 0,70 m. a mesma energia cinética. Aplica-se à partícula (1) uma força F1 e à partícula 2
Determine a força de atrito existente entre o bloco e a mesa. uma força F2 , tal que F1 = F2 . As forças atuam, em cada caso, na mesma direção
e em sentido contrário à velocidade. Sejam d1 e d2 as distâncias percorridas
pelas partículas, a partir do instante que as forças foram aplicadas, até pararem.
Podemos afirmar corretamente que:
6) Em um bloco de massa igual a 5,0 kg, inicialmente em repouso, aplica-se uma (A) d1 = d2
força de intensidade 70 N, como mostra figura. (B) d1 = 2d2
70 N (C) d1 = d2/2
(D) d1 = 4d2
37º (E) d1 = d2/4
11) (PUC-Rio/1999) Um bloco cúbico cujas faces têm 25 cm2 cada uma desliza
Dados: sen(37º) = 0,60 e cos(37º) = 0,80. sobre uma mesa cuja superfície é plana. O coeficiente de atrito estático entre o
Determine a velocidade do bloco depois de percorrer 6,0 m: bloco e a mesa é 0,45, e o coeficiente de atrito cinético é de 0,40. O bloco cuja
a) o atrito é desprezível; massa é de 50 g é puxado por uma força de 2,0 N. Sabendo que a aceleração
gravitacional local é de 10 m/s2, o trabalho realizado pela força de atrito durante
um deslocamento de 20,0 cm é:
b) o coeficiente de atrito cinemático entre o bloco e a superfície é igual a 0,40. (A) 4,0 x 10–2 J
(B) 0,16 J
(C) 1 J
7) Em um comercial, afirma-se que um certo carro de 1,2 toneladas pode acelerar (D) 4,0 J
do repouso até uma velocidade de 25 m/s em apenas 8,0 s. Determine a potência (E) 4,5 x 10–2 J
do motor deste carro. Despreze as perdas por atrito.
[ ]
:: Meta ::
Introduzir os conceitos de energia potencial gravitacional e energia potencial elástica.
:: Objetivos ::
• Reconhecer e calcular a energia potencial gravitacional;
• Resolver problemas simples de elasticidade, em molas que obedeçam à lei de Hooke;
• Reconhecer e calcular a energia potencial elástica;
• Distinguir forças conservativas de forças dissipativas em casos simples.
88 :: Física :: Módulo 1
5m
Calçada
Rua 10 m
Terra
Energia Potencial Gravitacional Mar
Imagine que você está lançando uma pedra para cima com certa velocidade.
Durante o lançamento você imprime certa velocidade na pedra, ela adquire energia
cinética, e irá alcançar certa altura. Se você lança a pedra com mais força, (realiza Se tomarmos como referencial (como o “zero” de potencial) o nível do mar,
um trabalho maior sobre ela), a pedra terá uma energia cinética inicial maior e a energia potencial do corpo será:
alcançará uma altura também maior. Imagine agora que você deixa a pedra cair. EP(mar) = m . g . h(mar) = 4 × 10 × (20+5+10) = 1400 J
Quanto maior for a altura da queda, maior será a velocidade com que a pedra Se tomarmos como referencial o nível da rua, a energia potencial do corpo
irá atingir o chão e, portanto, maior será sua energia cinética. Veja que existe será:
uma relação direta entre a altura e a energia cinética que a pedra poderá adquirir EP(rua) = m . g . h(rua) = 4 × 10 × (20+5) = 1000 J
“se” você a deixar cair. Quando os corpos estão na proximidade da Terra e, Se tomarmos como referencial a calçada do edifício, a energia potencial do
portanto, sujeitas à força da gravidade, eles possuem uma energia potencial, isto corpo será:
é uma energia que pode (ou não) ser liberada caso você deixe o corpo se mover EP(calçada) = m . g . h(calçada) = 4 × 10 × 20 = 800 J
livremente (cair). A essa energia chamamos de energia potencial gravitacional que Mas então, afinal, qual é a energia potencial desse corpo? É isso mesmo
é dada pelo produto do peso do corpo (P) pela altura considerada (h). que você viu. A energia potencial gravitacional é definida, arbitrariamente, a partir
EP = P . h de um referencial que nós escolhemos! Em cada situação devemos escolher um
Repare que isso é exatamente o trabalho que a força peso poderá realizar se referencial que nos facilite os cálculos. Vamos resolver um caso concreto.
o corpo for deixado cair da altura h (trabalho força × deslocamento). Como o peso O corpo do exemplo que estamos estudando (no exemplo 1) é deixado cair
do corpo é produto de sua massa pela aceleração da gravidade, p = mg, podemos livremente, a partir do repouso, do alto do edifício. Calcular a energia cinética do
também escrever: corpo ao fim da queda.
EP = m . g . h Solução:
Assim, para um determinado corpo, quanto maior for a altura que ele estiver O corpo cai “livremente”, assim podemos desprezar a força de resistência
de um certo referencial, maior será sua energia em relação a esse referencial. do ar. Veja na figura anterior que o corpo, “abandonado” do repouso do alto do
Normalmente escolhemos como referencial o chão, ou a altura mais baixa onde edifício cairá, certamente, na calçada e não na rua ou muito menos no mar. Dessa
o corpo poderá cair, mas, em cada situação, podemos escolher o referencial que forma, tomaremos como referencial, isto é, como zero de potencial, o nível da
melhor nos convier para resolver o problema. calçada. Logo teremos:
EP = m . g . h = 4 × 10 × 20 = 800 J
Pelo teorema trabalho-energia, todo o trabalho realizado pela força peso será
Em resumo: a energia potencial é uma energia que transformado em energia cinética (quando não há perdas). Assim:
está “armazenada” com o corpo. Ela pode (ou não) ser τpeso = EP = EC − EC f i
a) a energia potencial inicial da jaca, em relação ao chão; A relação que existe entra a força aplicada e a deformação sofrida pela mola
b) a energia potencial da jaca depois de cair 3 m; é dada por F = k . x
c) a energia potencial da jaca ao atingir o chão; Essa expressão é conhecida como Lei de Hooke. Ela nos mostra qual será
d) a energia cinética da jaca ao atingir o chão. a deformação (x) para cada força (F) aplicada. A constante k é chamada de
Solução: “constante elástica” da mola. Cada mola tem seu k e quanto maior ele for, maior
Como a jaca cai do galho até o chão, usaremos como referencial o nível do a força que teremos que fazer para esticar ou comprimir a mola e produzir uma
chão onde a altura será zero e a energia potencial também. deformação.
a) Temos: EP = m . g . h = 2,0 × 10 × 4,0 = 80 J
b) EP = m . g . h mas, nesse caso, h = 4 – 3 = 1 m, logo:
EP = 2,0 × 10 × 1 = 20J Robert Hooke (1635–1703)
E a energia potencial é 60 J menor que no início da queda, pois a jaca já caiu O físico inglês foi contemporâneo
3 metros, diminuindo sua energia potencial EP. de Newton, de quem discordava, e
c) Ao atingir o chão, h = 0, logo EP = m . g . h = m . g . 0 = 0 com quem teve, até o fim da vida,
d) Como vimos, o trabalho da força peso é igual à energia potencial inúmeras e acirradas discussões.
gravitacional e, pelo teorema do trabalho-energia, é igual à variação da energia
cinética. Assim:
τpeso = ∆EC = EC − EC = 0
f i
O microscópio de Hooke:
80 = EC + 0 (pois EC = 0) ⇒ EC = 80 J
f i f
Além de seus estudos sobre a
elasticidade, Hooke publicou o
famoso livro Micrographia em
A Força Elástica que descreve inúmeros estudos
e a Lei de Hooke de microscopia e óptica.
A energia potencial elástica está associada aos corpos que têm elasticidade,
que podem ser deformados depois voltar à sua condição inicial, como uma mola
por exemplo. Consideremos uma mola, presa a uma parede, e que um agente Unidade de k
externo (você por exemplo) puxe a mola com uma força F.
Sendo F = k . x, vemos que k = F/x, assim a unidade de k, no SI, é N/m
mola livre (relaxada) (Newton / metro).
É comum utilizarmos também o N/cm já que molas comuns, usadas no
cotidiano, como a molinha de uma caneta esferográfica ou mesmo a mola da
suspensão de um automóvel, em seu funcionamento normal, não se deformam
x=0 mais que alguns centímetros.
x = 0 pela força FF
mola esticada Exemplo 1
Vamos calcular a força necessária para produzir uma elongação de 5 cm, a
x=0 F
partir da posição relaxada, em uma mola de constante elástica k = 20 N/cm.
x=0 x
F Solução:
x=0 x 2 F Temos k = 20 N/cm e x = 5 cm, assim aplicando a Lei de Hooke
F = k . x obtemos:
x = 0 comx uma força 2 F
Se você puxar F = 20 (N/cm) . 5(cm) = 100 N
2 F
x=0 x 2x
2 F
Exemplo 2
x=0 x 2x
Um automóvel de 800 kg de massa possui quatro molas idênticas na sua
x=0 x 2x suspensão, uma em cada roda. Suponha que o peso do automóvel está dividido
igualmente sobre cada roda e que com o automóvel parado, em equilíbrio, cada
Desde que você não estique demais a mola de modo a danificá-la, a força mola está comprimida em 5 cm. Calcular a constante elástica das molas no SI.
feita é proporcional à deformação (x). Se dobrarmos a força, a mola se distende o Supor g = 10 m/s2
dobro; se triplicarmos a força, a mola se distende o triplo e assim por diante.
a b x (posição)
Pequeno deslocamento dx
90 :: Física :: Módulo 1
O trabalho realizado pela força F ao
deslocar um corpo desde a até b é
Solução: F (força) dado pela “área” sobre o gráfico,
Aplicação para a entre os pontos a e b.
A força que está comprimindo as molas é igual ao peso do automóvel. Cada força elástica da mola
mola sustenta 1/4 do peso do automóvel, assim, para cada mola, temos:
P m g 800 As molas, como vimos anteriormente,
τ = “área” desde que não as estiquemos demais
F= = = × 10 = 2000 N
4 4 4 para não se deformarem, obedecem à lei de Hooke, isto é, a elongação (x)
Ainda para cada mola temos: causada em uma mola é proporcional
a à forçab aplicada à mola (F = k . x). Para
x (posição)
F 2000(N) calcularmos o trabalho realizado pela força para esticar (ou comprimir) uma mola
F=k x⇒k = = = 400 N / cm
x 5(cm) podemos fazer uso do gráfico da força F versus elongação x e determinar a “área”
Como 5 (cm) = 0,05 (m), teremos no SI: sobre o gráfico. Vejamos:
2000(N) 2000(N)
k =V=0 = = 40000 N / m V≠0 Força
5(cm) 0, 05(m) elástica
bloco I bloco II F
Posição de equilíbrio
Trabalho
V=0 ≠0
de uma força Vvariável
bloco I bloco II
Posição de equilíbrio
Nós já vimos que o trabalho de uma força constante é igual ao produto x (elongação)
da força pelo deslocamento (τ = F . d). No caso em que a força varia com O trabalho para esticar a mola é então:
o deslocamento, como no caso da força elástica, temos que fazer uso de um
raciocínio que é utilizado no chamado cálculo integral, estudado mais a fundo no F⋅ x k ⋅ x ⋅ x
P “área” = trabalho = τ = = (pois a força elástica é F = kx)
nível superior. Tomemos como exemplo uma força F que varia com a posição x de 2 2
acordo com o gráfico a seguir. 1
2m Logo: τ = kx 2
V Para um deslocamento muito pequeno (como o dx no gráfico) a força varia 2
P
tão pouco que é praticamente constante durante esse deslocamento, assim, Exemplo
o pequenino trabalho para o corpo se deslocar de dx pode ser escrito como 2 m Vamos calcular o trabalho realizado por uma força para esticar de 6,0 cm uma
d . τ = VF . dx. Veja que esse trabalho é igual à pequena “área” sombreada no mola cuja constante elástica é de 10 N/cm.
gráfico a seguir. Temos os dados: elongação x = 6,0 cm; constante elástica k = 10 N/cm.
Se o deslocamento dx é realmente muito
pequeno, podemos considerar que a força Passando para o SI, teremos:
N N
F (força) F é praticamente constante aqui nesse x = 6,0cm = 6,0 . 10–2 m e k = 10 = 10 −2 = 10 × 10+2 m N/m
trechinho do gráfico. cm 10 m
F Assim:
Se o deslocamento dx é realmente muito
pequeno, podemos considerar que a força
2
1 2 10 × 10 × 6, 0 × 10
τ = kx =
( −2 2
=
) 10 × 102 × 36 × 10 −4
= 18 × 101+2−4 = 18 × 10 −1 = 1, 8J
F (força) F é praticamente constante aqui nesse
Pequena “área” = Pequeno trabalho 2 2 2
F 1
τ = kx 2 =
(
2trechinho
)
do gráfico. 2
10 × 10 × 6dτ, 0=×F .10dx−2
=
10 × 10 × 36 × 10 −4
2
= 18 × 101+2−4 = 18 × 10 −1 = 1, 8J
a 2 b 2
x (posição) 2
Pequena “área” = Pequeno trabalho
Pequeno deslocamento dx dτ = F . dx
Para calcularmos
a
o trabalho de buma força variável F para um deslocamento
x (posição) A energia potencial elástica
desde uma posição (a) até uma posição (b), utilizando o raciocínio anterior, basta
Pequeno deslocamento dx
somar todos os pequeninos trabalhos (áreas) dτ desde a até b. O resultado é a Vimos anteriormente que o trabalho realizado para mover um corpo se
“área” toda. A esse tipo de soma chamamos de “integral”. Foi também Newton transforma em energia cinética. No caso da força elástica, o trabalho realizado
O trabalho realizado pela força F ao
quem desenvolveu esse método de cálculo,deslocar
na mesma
um corpoépoca
desde aque
até bdescobriu
é suas para “esticar” ou “comprimir” uma mola se transforma em energia potencial
F (força) dado pela “área” sobre o gráfico,
famosas leis da mecânica. elástica ficando armazenada na mola. Essa energia potencial pode posteriormente
entre os pontos a e b.
O trabalho realizado pela força F ao ser liberada e se transformar em energia cinética, como nos antigos relógios de
deslocar um corpo desde a até b é mola.
F (força) dado pela “área” sobre o gráfico,
τ = “área” entre os pontos a e b.
1
A energia potencial elástica é dada por: EP(elástica) = Kx 2
2
a b x (posição)
τ = “área”
a b x (posição)
Força
elástica
F
Força
Capítulo 15 :: 91
Unidade de Energia elástica 4) Quando uma mola é puxada pela ação de uma força de 10 N, ela se alonga
5,0 cm. Determine:
A energia elástica é dada em joules, no S.I. Para isso, devemos usar x em a) a constante elástica da mola.
metros e k em Newton/metro. Vamos fazer agora um exercício de aplicação.
Exercícios
7) Um elevador tem uma massa total de 1.400 kg. Suponha que ele suba do
1) Um bloco de massa igual a 2,0 kg, movendo-se inicialmente com velocidade térreo até o 7o andar de um edifício, percorrendo os cerca de 20 metros que os
4,0 m/s é freado por uma mola cuja constante elástica vale 8,0 x 102 N/m. separam. Pede-se: (Supor g = 10 m/s2)
Determine: a) calcular a energia potencial adquirida pelo elevador.
a) a compressão máxima xm da mola.
8) Uma mola é esticada por uma força de 200 N de modo que se distende de 10
2) Determine a variação da energia potencial de uma pequena esfera de peso cm da posição de equilíbrio. Pede-se:
igual a 10 N, suspensa na extremidade de um fio de comprimento igual a 50 cm a) calcular a constante elástica da mola em N/m.
(pêndulo simples), quando a deslocamos da posição de equilíbrio até uma nova
posição que forma com a vertical um ângulo de 60º.
b) calcular a energia necessária para esticar a mola.
3) Uma mola de constante elástica 16 N/m é esticada desde sua posição de 9) (Fuvest) Uma bolinha pendurada na extremidade de uma mola vertical executa
equilíbrio até uma nova posição em que seu comprimento aumenta 10 cm. A um movimento oscilatório. Na situação da figura, a mola
encontra-se comprimida e
energia potencial elástica da mola esticada é: a bolinha está subindo
com velocidade . V
(A) 5,0 x 10–2 J Indicando por F a força da mola e por P a força-peso aplicadas na bolinha, o
(B) 8,0 x 10–2 J único esquema que pode representar tais forças na situação descrita acima é:
(C) 16 x 10–2 J
(D) 5,0 x 10–1 J
(E) 5,0 x 10–3 J
g
V
P F P
g g
V V g g
V V
92 :: Física :: Módulo 1
(E) 35%.
(A) 0
12) (Cederj/2003) Duas molas idênticas, de massas desprezíveis, estão presas (B) 5
a um teto por uma de suas extremidades. Na extremidade livre de cada mola (C) 10
Se o deslocamento dx é realmente muito
são presos blocos, I e II, de mesma massa. As molas são colocadas a oscilar (D) 15 pequeno, podemos considerar que a força
verticalmente, com amplitudes diferentes, em relação à posição de equilíbrio. F (força) F é praticamente constante aqui nesse
trechinho do gráfico.
No instante em que o bloco I atinge sua altura máxima, o outro está acima F
da posição de equilíbrio, subindo com certa velocidade, conforme representado na
figura a seguir: Pequena “área” = Pequeno trabalho
dτ = F . dx
a b x (posição)
bloco I bloco II
Posição de equilíbrio
[ ]
:: Meta ::
Introduzir o conceito de energia mecânica e de energia térmica, realçando a importância do
princípio da conservação da energia.
:: Objetivos ::
• Aplicar o princípio da conservação da energia mecânica em sistemas conservativos;
• Aplicar o princípio geral da conservação da energia em situações nas quais parte da energia é
dissipada sob a forma de energia térmica.
94 :: Física :: Módulo 1
Vamos imaginar que não há atrito. Quando o carrinho está no ponto mais Solução:
alto da trajetória (em A) ele possui apenas energia potencial, pois, nesse caso, A energia cinética em A:
sua velocidade é nula e ele não possui energia cinética. À medida que o carrinho 1 1
EC = m VA 2 = × 50 × (2, 0)2 = 100 J
começa a descer, vai diminuindo a altura com respeito ao solo, por exemplo, A
2 2
e sua energia potencial vai diminuindo. Ao mesmo tempo sua velocidade vai A energia potencial em A, tomando como referencial o solo:
aumentando, logo sua energia cinética aumenta. EP = m . g . hA = 50 × 10 × 10 = 5000 J
A
A energia mecânica
b) Agora, supondo que não existem forças dissipativas, e que o carrinho se
Podemos interpretar esse movimento como uma transformação de energias: move até o ponto B, vamos calcular a energia mecânica, a energia potencial e a
a energia potencial se transformando em energia cinética, e considerar as duas energia cinética do carrinho na posição B.
energias como parcelas de uma energia mais geral, chamada “energia mecânica” Solução:
(EM). Assim: Não havendo forças dissipativas, a energia mecânica se conserva e:
EM = EC + EP , ou seja, energia mecânica = energia cinética + energia EM = EM = 5,1 × 103 J (já calculado anteriormente).
B A
e se a força de resistência do ar também for desprezível, não haverá perdas, e Assim, a energia cinética em B será:
a energia mecânica será conservada. A energia mecânica terá o mesmo valor Temos EM = EC + EP , onde EC = EM − EP
B B B B B B
durante todo o movimento. Logo EC = 5,1 × 103 – 3,0 × 103 = 2,1 × 103 J
B
Assim, para quaisquer dois pontos (A) (B) da trajetória podemos escrever:
EM = EM ou EC + EP = EC + EP c) Vamos supor agora que existem forças de atrito e que 400 J de energia
A B A A B B
Nos casos reais sempre existe alguma força que se opõe ao movimento, como sejam dissipados para o ambiente sob a forma de energia térmica. Vamos calcular
o atrito, e o resultado será uma diminuição da energia mecânica. As forças de atrito a energia mecânica, a energia potencial e a energia cinética em B.
normalmente são responsáveis por alguma forma de aquecimento. Solução:
Nesse caso não podemos escrever EM = EM , porque parte da energia
B A
de energia, a “energia térmica”, responsável pelo aquecimento de suas mãos A energia potencial em B, com respeito ao solo é mesma do caso anterior:
(vamos lá, já esfregou as mãos?). Essas forças de resistência ao movimento são EP = m . g . hB = 50 × 10 × 6 = 3000 = 3,0 × 103 J
B
vA A
v0 v0 16 :: 95
Capítulo
A energia cinética em B será então: 4) Uma esfera parte do repouso no ponto A e descreve a trajetória circular de raio
EM = EC + EP onde:
B B B
R de uma pista em looping (veja a figura). Determine o menor valor de h capaz
EC = EM − EP = 4,7 × 103 – 3,0 × 103
B B B
de tornar o fenômeno possível, em função de R. Considere os atritos desprezíveis.
EC = 1,7 × 103 J
B
A
De um modo geral, podemos escrever: EM = EM – Eperdida B
ECi ECf
vB
Como normalmente as perdas são devidas às forças de atrito, fazemos:
h
Ei = Ef – TFat onde TFat é o trabalho realizado pelas forças de atrito. R
Exercícios
1) Um corpo de massa 4,0 kg desliza sem atrito sobre uma superfície horizontal
com velocidade de 0,50 m/s. A seguir, o corpo choca-se com uma mola de
constante elástica 1,0 x 102 N/m. Determine a máxima deformação da mola.
A
5) Um corpo de massa 20 kg é solto no ar a partir do repouso. Depois de percorrer
uma distância vertical de 5,0 m, a velocidade do corpo é 9,0 m/s. Determine a
7,0 mdissipada pelo ar. Considere g = 10 m/s2.
energia
2) Uma esfera de massa 2,0 kg parte do repouso do ponto A de um plano
inclinado (veja a figura).
10 m B C
A
6) Uma esfera está presa à extremidade de um fio de comprimentovA 40 = 0 cm. A
outra extremidade do fio está fixa a um ponto no teto. Afasta-se a esfera da sua
h = 5,0 m posição de equilíbrio até que o fio forme um ângulo de 60ºA com a vertical. A
A
seguir, abandona-se a esfera a partir do repouso (pêndulo simples). Determine
hA C
B com que velocidade a esfera passará pelo ponto mais baixo da trajetória. Considere
2
os atritos desprezíveis e g = 10 m/s .
a) Determine a velocidade da esfera no ponto B. Considere os atritos 0,80 m 0,50 m
desprezíveis.
B
vA A
A 7) Um bloco de massa 2,0 kg cai no vácuo a partir do repouso, de uma altura
b) Determine com que velocidade a esfera passaria pelo ponto B, igual a 20 m do solo. Determine as energias cinética, potencial e gravitacional,vA =à 0
R
supondo que o atrito consome 64 J da energia mecânica da esfera. Considere metade da altura da queda.
A
Considere nula a energia potencial no solo, desprezível
A
g = 10 vm/s 2
0 h =. 5,0 m
v0
a resistência do ar e g = 10 m/s2.
hA
B
m R
R
A
A
vB B m
h
7,0 m θ
R
vA A
10 m B C
R
A
v0 v0 B
vB
h
96 :: Física :: Módulo 1 A θ
R
C
9) Um bloco passa pelo ponto A com uma velocidade de 2,0 m/s e percorre a 13) Uma esfera de massa m presa à extremidade de um fio de comprimento L é
trajetória ABC representada na figura. O plano inclinado AB é perfeitamente liso. No posta a girar num plano0,80 m conforme ilustra a figura a seguir. Quando amesfera
vertical R 0,50 m
plano horizontal BC há atrito com coeficiente cinético igual a 0,10. Determine: passa pelo ponto mais alto da trajetória, ponto A, a velocidade é tal que a tração
A B
no fio é nula. No instante em que a bola passa pelo ponto B, parte mais baixa
vB B R
da trajetória, a velocidade é duas vezes maior do que a do ponto A (VB = 2VA).
h A Pede-se determinar, em função de L, m e g:
θ
R
A m
7,0 m
m R
L
10 m B C
R
a) a velocidade do bloco ao atingir o ponto B.
A B v0
a) a velocidade da bola no ponto A. m
A 2
7,0 mb) a distância BC que o bloco percorre até parar. Considere g = 10 m/s .
C
15) Um carro de massa 1,2 x 103 kg está estacionado no alto de uma ladeira de
B
15 m de comprimento e inclinação 20º com a horizontal. Solta-se o freio de mão,
11) Considere aA figura do problema anterior. A massa da esfera vale 15 g, a e, então, o carro desce a ladeira. Determine com que velocidade o carro atinge a
velocidade no ponto A é 2,0 m/s e o comprimento do trajeto ABC é 2,5 m. A base da ladeira. Considere os atritos desprezíveis.
esfera para quando atinge o ponto C. Determine a intensidade da força de atrito. Dados: g = 10 m/s2; cos 20º = 0,94 e sen 20º = 0,34
L
12) Um motorista dirige um carro de massa 9,0 x 102 kg que percorre uma 16) Um avião com velocidade constante voa a 8,0 km de altitude paralelamente
B
estrada plana e horizontal com velocidade de 25 m/s. A seguir, percebe um a uma planície. A seguir, solta um objeto com 10 kg de massa, que atinge o solo
obstáculo a 41 m à sua frente. Imediatamente aciona os freios. O carro derrapa até com uma energia cinética de 20,5 x 105 J. Determine a velocidade do avião.
parar. O coeficiente de atrito cinético entre os pneus e o asfalto é 0,80. Responda Despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s2.
o que se segue.
a) Calcule a distância percorrida pelo carro a partir do instante que começa a
derrapar, até parar. 17) O que você entende por forças dissipativas?
18) Um carrinho de massa igual a 20 kg desce uma rampa de 15 m de altura. Considerando g = 10 m/s2 e sabendo que a criança deixa o tobo-água com
Inicialmente, no ponto A, o carrinho tem velocidade de 10 m/s conforme ilustra uma velocidade horizontal V, cai na água a 1,5 m da vertical que passa pela
a figura. extremidade mais baixa do tobo-água, determine:
a) a velocidade horizontal com que a criança deixa o tobo-água.
vA = 10 m /s
A
b) a perda de energia mecânica da criança durante a descida no tobo-água.
hA
vB
22) Um carrinho de massa igual a 20 kg desce uma rampa de 15 m de altura.
B Inicialmente, no ponto A, o carrinho tem velocidade nula, conforme ilustra a
Supondo desprezíveis as forças dissipativas, e, usando g = 10 m/s para o figura.
valor da aceleração da gravidade, pede-se calcular:
vA = 0
a) a energia mecânica em A, com respeito ao solo;
A
B
19) Para o mesmo exercício do problema anterior, suponha que as forças
dissipativas causem uma perda de 400 J durante o movimento entre os pontos A e Após descer a rampa, o carrinho, já na parte horizontal do percurso, se
A
A B. Calcule, então, a energia cinética do carrinho ao chegar em B. choca contra um batente preso a uma mola, ambos de massas desprezíveis,
empurrando-os por 10 cm, quando a mola atinge sua compressão máxima.
R Supondo desprezíveis as forças de atrito e g = 10 m/s2 pede-se calcular:
v0
a) a velocidade do carrinho ao passar na posição B.
20) Um carrinho tem massa de 4,0 kg e está inicialmente em repouso. Ele desce
uma rampa de uma altura h = 1,0 m. Ao chegar na parte mais baixa da rampa,
a trajetória se torna horizontal e, então, o carrinho se choca com uma mola de b) a energia cinética em B.
constante elástica k = 2000 N/m. Calcule a compressão máxima da mola,
supondo desprezíveis as forças de atrito (isto é, supondo um sistema conservativo).
Dica: ao chegar na parte mais baixa da trajetória, o carrinho terá toda sua c) a constante elástica da mola.
energia mecânica transformada em energia cinética. Essa energia vai então ser
vA = 0
toda
B
transformada em energia potencial elástica da mola quando esta atingir a
vB
compressão máxima, pois, neste instante, a velocidade do carrinho será nula e ele d) supondo que ao chegar em B a velocidade do carrinho era de 10 m/s
A
não terá
R
mais energia cinética. calcule o trabalho da força de atrito durante
θ a descida.
hA
B vB
23) (Cederj/2005)
m RDois garotos de mesmo peso, Clóvis e Luiz, se divertem nos
B
21) (UFF/1999) Um tobo-água de 4,0 m de altura é colocado à beira de uma escorregadores de um parque aquático. Em um dado instante, ambos começam
piscina com sua extremidade mais baixa a 1,25 m acima do nível da água. Uma a deslizar em dois escorregadores, a partir do repouso, conforme ilustra a figura.
vA A criança, de massa 50 kg, escorrega do topo do tobo-água a partir do repouso, R
conforme indicado na figura.
R v=0
m
v0
4,0 m
1,25 m
B C
1,5 m
Clóvis desce por um escorregador de atrito desprezível, enquanto Luiz desce
pelo outro no qual o atrito não é desprezível. Sejam KC , UC e EC , respectivamente,
hmax = 0,60 m
v0
vB B
C
θ
A
hA
B vB
98 :: Física :: Módulo 1
B
vA = 0
a energia cinética, a potencial gravitacional e mecânica de Clóvis, no instante em Ele oscila algumas vezes e sua velocidade no ponto mais baixo da trajetória
A A
que ele atinge o nível da água. Analogamente, KL , UL e EL são a energia cinética, é menor a cada oscilação, devido à existência de atrito. Ao passar pelo ponto mais
a potencial gravitacional e mecânica de Luiz, no instante em que ele atinge o nível baixo, num certo instante t1 , sua velocidade tem módulo v = 4,0 m/s.
hA
R
daA água. Marque a única afirmativa correta. vB vA = t00 até o
a) Calcule o trabalho realizado pelo atrito desde o instante inicial
v0 (A) UC = UL ; KC > KL e EC = EL. instante t1 .
h =(B)
5,0 UmC > UL ; KC > KL e EC > EL. B A
(C) UC = UL ; KC = KL e EC > EL.
(D) UC < UL ; KC > KL e EC = EL. hA a superfície do
b) Calcule a direção, o sentido e o módulo da força normal que
B
(E) UC = UL ; KC > KL e EC > EL. hemisfério exerce sobre o bloco no instante t1.
B
24) (Cederj/2005) Considere duas rampas ligadas no ponto mais alto e
formando entre si um ângulo reto, conforme mostra a figura. A rampa menos 26) (ITA/2001) Um bloco com massa de 0,20 kg, inicialmente em repouso,
A
B faz com o solovAhorizontal um ângulo θ e a outra, naturalmente, um
vinclinada
B
é solto de uma altura de h = 1,20 m sobre uma mola cuja constante de força é
ângulo (90 – θ). Dois blocos são abandonados no mesmo instante no ponto mais k = 19,6 N/m. Desprezando a massa da mola, a distância máxima que a mola
R θ
alto das rampas.
R Um desce por uma rampa e o outro pela outra. Considere os dois será comprimida é:
blocos vcom
0
dimensões desprezíveis e deslizando sem atrito.
v0 Considerando como (A) 0,24 m
dados θ e a aceleração da
v =0 gravidade g, calcule: (B)0,32 m
A m
(C) 0,48 m R
A (D) 0,54 m
(E) 0,60 m.
hA R
θ vB
27) (Cederj/2006) Uma partícula de 0,20 kg sobe um trilho vertical cujo perfil
Aa) a razão entre os tempos gastos pelos blocos para chegarem ao nível do está representadona figura. Elamparte da base do trilho com uma velocidade inicial
B
solo. m vB B horizontal , de módulo
Vo igual a 4,0 m/s, e consegue atingir, no máximo, a altura
R
h
de 0,60 m.
θ
R
B b)C a razão entre os módulos das velocidades com que os blocos chegam ao
R
nível do solo.
m R
hmax = 0,60 m
m v0
Dicas: temos MRUV nas duas rampas. Na rampa menos inclinada o corpo desce
com aceleração a = Cg.senθ (calcule você a aceleração na rampa mais inclinada). Considere g = 10 m/s2. Calcule o trabalho realizado pelos diversos atritos que R
Depois Adisso você pode aplicar as equações do MRUV para resolver os dois itens. se opõem ao movimento da partícula durante a subida.
Você pode também aplicar a conservação da energia mecânica nos dois blocos e m
0,50 m
encontrar rapidamente a solução para o item b e, em seguida, encontrar a solução
7,0 m P
B
para o item a. (Por que não tentar as duas maneiras de resolver o problema?).
h = 0,60 m A
max
v0 28) (Cederj/2003) Um pêndulo simples, constituído de uma esfera presa à
25) (Cederj/2004) 10 m Um pequeno B bloco de massa m = 1,0 kg C é abandonado no extremidade de um fio inextensível e de massa desprezível, está pendurado na
instante t0 , a partir do repouso, de um ponto naθ beirada da superfície interna de vertical. A esfera é deslocada de sua posição de equilíbrio e é, então, abandonada
um hemisfério de raio R = 1,0 m, como ilustra a figura. da posição A, assinalada na figura. A esfera movimenta-se ao longo da linha
pontilhada até que o fio alcança o pino P. No ponto inferior v0 da trajetória, a
m R velocidade da esfera é igual a 5,0 m/s. Considerando que os atritos são
P
A
A desprezíveis, determine a altura máxima alcançada pela esfera depois de o fio
C
tocar no pino.
R
0,80 m 0,50 m
P
m B A
hmax = 0,60 m
17
Impulso e momento linear
[ ]
:: Meta ::
Introduzir o conceito de impulso, o conceito de quantidade de momento linear e sua conserva-
ção, e estabelecer a relação entre esses conceitos.
:: Objetivos ::
• Conceituar quantidade de movimento;
• Conceituar impulso de uma força;
• Estabelecer a relação entre impulso e momento linear;
• Aplicar o princípio da conservação do momento linear.
100 :: Física :: Módulo 1
F vi vf
m
A lei da conservação da energia, estudada no capítulo anterior, nos ajuda a
resolver uma série de problemas envolvendo o movimento dos corpos. Nessa aula,
estudaremos mais alguns conceitos e uma nova lei de conservação, obedecida Aplicando a 2a lei de Newton ao movimento do corpo, teremos:
pelos corpos em geral, que nos permitirá abranger uma série ainda maior de ∆V
F= m a⇒F= m ⇒ F ∆t = m ∆V ou I = ∆Q
problemas, extremamente importantes para o estudo da mecânica. Trata-se da ∆t
lei da conservação da quantidade de movimento (chamaremos quantidade de Ou seja: “o impulso exercido pelas forças resultantes sobre um corpo é igual
movimento de Q). à variação da quantidade de movimento desse corpo.”
E fácil verificar que as unidades de impulso e de quantidade de movimento
são equivalentes. Vejamos:
O impulso I Unidade de I = N . s = kg . m/s2 . s = kg . m/s = unidade de Q
Vamos agora fazer um exemplo numérico.
Imagine que você está chutando uma bola de futebol ou dando uma
raquetada numa bola de pingue-pongue. Durante o tempo, normalmente muito Exemplo
curto, em que o pé está em contato com a bola de futebol ou a raquete com a Consideremos um carrinho de massa m = 6,0 que está se movendo com
bolinha de pingue-pongue, existe a ação de uma força, que atuando sobre a bola, velocidade Vi = 20 m/s, quando recebe um “empurrão”, por meio de uma força
a impulsiona, fazendo com que a mesma adquira uma grande velocidade. A essa constante de 20 N, durante um intervalo de tempo de 3,0 segundos, na mesma
ação, chamamos de impulso I, que é definido como: direção do movimento.
I = F i ∆t
Ou seja, Impulso = força . intervalo de tempo da ação da força F vi = 20 m/s v
Relação entre o impulso e o Aqui precisamos definir mais alguns conceitos novos: chamamos de
momento linear sistema a um corpo ou a um conjunto de corpos que queremos
considerar para estudarmos. Dizemos que um sistema está mecanicamente
Vamos considerar um corpo de massa m, que está se movendo com velocidade isolado quando não há forças externas atuando sobre ele ou quando a resultante
vi e que uma força constante, F, atua sobre o corpo durante um intervalo de tempo das forças externas é nula (ou desprezível). A lei de conservação da quantidade
∆t, de modo que o mesmo adquire uma velocidade v2. de movimento nos diz que:
Capítulo 17 :: 101
5) Um caixote aberto em cima, de massa 1,0 x 103 kg, se desloca com velocidade b) Calcule o impulso médio exercido sobre a bala.
constante de módulo igual a 1,0 m/s sobre um plano horizontal sem atrito. A
seguir, começa a cair uma chuva vertical. Determine a velocidade do caixote
quando tiver armazenado 1,0 x 103 kg de água. 11) (UFPE-UFRPE/1999) Um canhão dispara uma bala cuja velocidade
imediatamente após o disparo é igual a 84 m/s. Devido à conservação do
da quantidade de movimento, o canhão recua com velocidade de 1,0 m/s.
Calcule a razão entre a energia cinética da bala e a energia cinética do canhão
6) Um homem de massa 70 kg pula de um cais numa canoa de massa 30 kg, imediatamente após o disparo.
inicialmente em repouso. Ao pular, a componente horizontal da velocidade do
homem é 3,0 m/s. Determine a velocidade inicial com que o sistema homem-
canoa irá se mover.
12) Uma bola de massa 0,20 kg move-se com velocidade de módulo 30 m/s. A
seguir, choca-se frontalmente contra uma parede e volta na mesma direção, mas
em sentido contrário, com velocidade de módulo igual a 30 m/s. Determine o
7) (UFPE-UFRPE/1999) Um jogador de tênis pode sacar a bola com 40 m/s. módulo da variação do momento linear da bola.
A massa da bola de tênis é de 50 g. Qual o impulso fornecido à bola quando é
sacada, em N . s?
[ ]
:: Meta ::
Apresentar o estudo de colisões unidimensionais e fazer aplicações práticas das leis de conserva-
ção da quantidade de movimento e da conservação (ou não) da energia cinética.
:: Objetivo ::
• Resolver problemas de choques frontais, elásticos e plásticos.
104 :: Física :: Módulo 1
Introdução
Em resumo: num choque elástico, tanto a quantidade
Quando um corpo se choca com outro corpo, suas velocidades se modificam de movimento quanto a energia cinética se conservam e
e, assim, tanto a quantidade de movimento quanto a energia cinética de cada podemos resolver os problemas do choque elástico com
corpo também varia. No nosso estudo, vamos considerar apenas as colisões em as equações
uma dimensão, isto é, os movimentos que, antes e depois da colisão, se dão em mAVA + mBVB = mAVA + mBVB
i i f f
uma linha reta. Nesse caso o choque é dito frontal. Vamos considerar dois tipos de VA – VB = – (VA – VB )
i i f f
Exemplo 1
Colisões Elásticas Uma bola de boliche com massa m se movimenta com velocidade de 4 m/s
quando se choca frontalmente com uma outra bola, idêntica à primeira, mas que
As colisões são ditas elásticas quando nenhuma energia se perde durante o está inicialmente em repouso. Supondo o choque elástico, pede-se calcular a
choque, assim, temos conservação do momento (Qi = Qf) também da energia cinética velocidade final das duas bolinhas.
(EC = EC ). O choque entre bolas de bilhar, de boliche, esferas de aço ou mesmo Solução:
i f
bolinhas de gude são uma boa aproximação de uma colisão elástica, pois as perdas Antes do choque temos:
de energia durante o choque são bastante pequenas (embora existam perdas). A V = 4 m/s B V=0
m m
Vamos imaginar que dois corpos A e B de massas mA e mB e velocidades
iniciais VA e VB , respectivamente, sofrem uma colisão frontal elástica. Temos,
i i
2 2 i
2 2 i f f
4 – 0= −(VA – VB ) f f
m A VA + mB VB = m A VA + mB VB ou
i i f f
VA + VB = 4 (*)
Colocando-se mA e mB em evidência vem: f f
A V = 4 m/s B V=0
4 = VB – VA f
m f
m
mA (VA 2 – VA 2) = mB (VB 2 – VB 2) Igualando-se as duas equações: VA + VB = VB – VA ⇒ 2VA = 0 ⇒ VA =0
i f f i
f f f f f f
mA (VA – VA ) = mB (VB – VB )
i f f i Levando em (*) vem: VB = 4 m/s f
Dividindo-se a primeira equação pela segunda vem: E as bolinhas, como têm mesma massa, trocam de velocidade. Depois do
VA 2 − VA 2 VB 2 − VB 2 choque temos:
i f
= f i
V=0
VA − VA VB − VB V = 4 m/s
i f f i
A B
Sabendo-se que (a + b) (b – a) = a2 – b2 podemos escrever: m m
(V Ai + VA f
)(V Ai − VA f
) = (V Bf + VB i
)(VBf − VB i
)
(V Ai − VA f
) (V Bf − VB i
) Exemplo 2
Uma bola de boliche com massa 2m se movimenta com velocidade 4 m/s
Logo, (VA + VA ) = (VB + VB ) ou:
i f f i quando se choca frontalmente com uma outra bola de massa m, mas que está
Antes do choque Depois do choque inicialmente em repouso. Supondo o choque elástico, pede-se calcular a velocidade
(VA – VB ) = (VB – VA ) final das duas bolinhas.
i i f f
Solução:
ou ainda, (VA – VB ) = −(VA −VB ) i i f f Antes do choque temos:
A V = 4 m/s B V=0
A velocidade VA – VB é a velocidade relativa entre os corpos A e B, isto é, é a
i i 2m m
velocidade de um corpo em relação ao outro. Vimos, então, na equação anterior,
que as velocidades relativas se invertem após o choque, tendo em vista o sinal Usaremos
negativo em – (VA – VB ). f f mAVA + mBVB = mAVA + mBVB
i i f f
VA – VB = – (VA – VB )
i i f f V = 1,3 m/s
V = 5,3 m/s
A B
2m m
Capítulo 18 :: 105
4 = VB – VA ⇒ VB = VA +4 (**)
f f f f energia se perde na colisão e Ec ≠ Ec . Vamos resolver um exemplo interessante
f i
Substituindo (**) na
A primeira equação temos:
V = 4 m/s B onde ocorre um choque perfeitamente plástico.
V=0
2m 4 m
2VA + VA + 4 = 8 ⇒ 3VA = 8 − 4 = 4 ⇒ VA = = 1, 3 m / s
f f
3 f f
Exemplo
Levando em (**) vem: VB =1,3 × 4 = 5,3 m/s f Um corpo A de massa mA = 10 kg velocidade 8 m/s, se choca com um corpo B,
Assim, depois do choque temos: de massa mB = 30 kg, inicialmente em repouso. Após o choque, os corpos grudam
V = 1,3 m/s
V = 5,3 m/s um no outro de modo que movem-se juntos. Calcular a velocidade de ambos após
A B a colisão, e as energias cinéticas do sistema, antes e após a colisão.
2m m
Solução:
Aplicando a conservação da quantidade de movimento vem:
Exemplo 3 Qi = Qf ⇒ mAVA + mBVB = (mA + mB) VA,B onde:
i i f
A B V=0
m 2m Depois:
1 1
Usaremos: EC = (m A + mB ) VA ,B = (10 + 30) 22 ⇒ EC = 80 J
f
2 2 f f
mAVA + mBVB = mAVA + mBVB Vemos assim que houve uma perda de 240 J na energia cinética do sistema
i i f f
VA – VB = – (VA – VB )
i i
V = – 2 m/s f f durante a colisão.
No caso, V = 4 m/s
A B
m . 6 + 2m . 0 = mVA + 2mVB m 2m
f f
6 + 0 = VB – VA f f Exercícios
ou
VA + 2VB = 6 (*) 1) (UERJ) Um homem de 70 kg corre ao encontro de um carrinho de 30 kg, que
f f
VB = 6 + VA (**)
f f
se desloca livremente. Para um observador fixo no solo, o homem se desloca a
Substituindo VB de (**) em (*), temos: f
3,0 m/s e o carrinho a 1,0 m/s, no mesmo sentido. Após alcançar o carrinho, o
6
VA + 2(6 + VA ) = 6 ==> VA + 12 + 2VA = 6 ==> 3VA = 6 − 12 = −6 ==> VA homem
= − =salta −2para
m / cima
s dele, passando ambos a se deslocar, segundo o mesmo
f f
3 f f f f
Assim, depois do choque temos: 2) (Unitau–SP) Uma garota de massa m está sobre um carrinho de massa 4m
e segura em sua mão uma bola de massa m/10, todos em repouso em relação
V = – 2 m/s
V = 4 m/s ao solo. Ela atira a bola, horizontalmente, com velocidade de 21 m/s em relação
A B
m 2m ao carrinho. Desprezando-se qualquer atrito, o módulo da velocidade de recuo do
carrinho é de aproximadamente igual a:
(A) 1,0 m/s (B) 2,0 m/s
(C) 0,50 m/s (D) 0,41 m/s
(E) zero
106 :: Física :: Módulo 1
3) (MACK-SP) Na figura, o menino e o carrinho têm juntos 60 Kg. Quando o 6) Um corpo de massa 2 kg colide com um corpo parado, de massa 1 kg, que,
menino salta do carrinho em repouso, com velocidade horizontal de 2 m/s, o imediatamente após a colisão, passa a mover-se com energia cinética de 2 J.
carrinho vai para trás com velocidade de 3 m/s. Deste modo, podemos afirmar Considera-se o choque central e perfeitamente elástico. Calcule a velocidade do
que a massa do menino é de: primeiro corpo imediatamente antes da colisão.
(A) 12Kg
(B) 24Kg
(C) 36Kg
(D) 48Kg 7) (UFF/1999) Considere duas esferas idênticas E1 e E2. A esfera E1 se desliza
(E) 54Kg sobre uma calha horizontal, praticamente sem atrito, com velocidade V. Em dado
instante, se choca elasticamente com a esfera E2 , que se encontra em repouso no
ponto X conforme ilustra a figura a seguir.
4) (UECE) Oito esferas estão suspensas, sendo quatro de massa M = 150 g E1 E2
V
e quatro de massa m = 50 g, por fios flexíveis, inextensíveis e de massas
desprezíveis, conforme a figura. Se uma esfera de massa M for deslocada de
sua posição inicial e solta, ela colidirá frontalmente com o grupo de esferas
x
estacionadas. Considere o choque entre as esferas perfeitamente elástico. O
número n de esferas de massa m que se moverão é: Com respeito ao movimento das esferas, imediatamente após o choque,
pode-se afirmar:
(A) as duas esferas se movimentarão para a direita, ambas com velocidade
V/2.
M (B) a esfera E1 ficará em repouso e a esfera E2 se moverá com velocidade V
para a direita.
M M M m m m m
(C) as duas esferas se movimentarão em sentidos contrários, ambas com
velocidade de módulo V/2.
(A) um (D) as duas esferas se movimentarão para a direita, ambas com velocidade V.
(B) dois (E) a esfera E1 se movimentará para a esquerda com velocidade V e a esfera
(C) três E2 permanecerá em repouso.
(D) quatro
8) (Cederj/2002) Observa-se a colisão elástica unidimensional de uma partícula
5) (Fuvest–SP) Dois caixotes de mesma altura e mesma massa, A e B, podem X de massa m e velocidade 5,0 m/s com uma partícula Y de massa m/4 e,
movimentar-se sobre uma superfície plana sem atrito. Estando inicialmente A inicialmente em repouso.
parado próximo a uma parede, o caixote B aproxima-se perpendicularmente à Após a colisão os valores das velocidades das partículas X e Y são,
parede com velocidade V0 , provocando uma sucessão de colisões elásticas no respectivamente:
plano da figura. Após todas as colisões, é possível afirmar que os módulos das (A) 2,0 m/s e 12,0 m/s;
velocidades dos dois blocos serão aproximadamente: (B) 3,0 m/s e 8,0 m/s;
(A) VA = V0 e VB =0 g (C) 4,0 m/s e 6,0 m/s;
parede (D) 5,0 m/s e 5,0 m/s;
v0
V A B
(B) VA = 0 e VB = 2V0 (E) 6,0 m/s e 4,0 m/s.
2
(C) VA = 0 e VB =2V0
V0 V0
(D) VA = e VB =
2 2
(E) VA = 0 e VB = V0
19
Atividades complementares
a b c d
xx aa bb cc dd
a b c d
Fat lente
P f
N
V o
F lentef
Capítulo 19 :: 109
N
o f
o
f
(D) Fat
N F 6) Uma barra homogênea de peso 30N e comprimento 10mmapoiada em um
o
P suporte é mantida em equilíbrio na posição horizontal por meio de dois pesos:
F um de 40N (em A) e um outro de 50N (em C), ambos aplicados em suas
Fat N extremidades, como ilustra a figura a seguir. Pode-se afirmar corretamente que a
P F distância AB é aproximadamente: z
(A) 5,4m V
Fat
(B) 6,0m A B lente C
P f z
Fat (C) 4,4m o
f
P (D) 5,8m lente
A Bo C f
N
(E) (E) 7,0m o
F lente
f
f
N A o B C
7) Um sistema com três roldanas mantém em repouso um bloco de peso o
F f
N 1,0 x 102 N, como ilustra a figura a seguir. Desprezando as massas das roldanas e o
Fat
dos fios, podemos afirmar corretamente que o módulo da força F é igual a:
P
F (A) 50 N
Fat (B) 75 N
F lente
f
4) Duas esferas A e B, de mesma P massa, se chocam frontalmente de maneira (C) 33 N
o
perfeitamente Fat
elástica. Antes do choque elas se moviam no mesmo sentido com A (D) 85 N B C lentef
velocidades vA = 6,0 m/s e vB = 2,0 m/s.
P Podemos afirmar corretamente que as (E) 25 N F o f
o z
velocidades de cada uma das esferas, imediatamente
A após o choque são: f
(A) vA’ = 0,0 m/s e vB’ = 8,0 m/s. F lente
o
F f
(B) vA’ = 8,0 m/s e vB’ = 0,0 m/s.
A
B z
o
f
(C) vA’ = 2,0 m/s e vB’ = 6,0 m/s. F
o
N
(D) vA’ = 4,0 m/s e vB’ = 4,0 m/s.
B z
F y
(E) vA’ = 8,0 m/s e vB’ = 8,0 m/s.
lente
8) Uma bola de gude é posta a girar em um plano vertical, presa à extremidade
F z
5) Um bloco A de massa mA repousa sobre um bloco B de massa mB , que por de um fio inextensível, como mostra a figura a seguir. Sendo T a tração no fio e yo
Fat F afirmar corretamente que no ponto mais baixo lente f
sua vez está sobre um plano horizontal, conforme ilustra a figura a seguir. Um fio P o peso da bola, podemos o
da f
F
prende o bloco A à parede e uma força P F puxa o bloco B para a direita, mas, o trajetória: o
r0 r1 r2 r f
sistema permanece em repouso. O coeficiente de atrito estático entre as superfícies (A) T > P T2 T lente
o 1 f F
é μ. A aceleração da gravidade local é g. Podemos afirmar corretamente que a (B) T = P m m m f
r r1 r2 r o
tensão no fio no0 instante em que o bloco B estiver na iminência de deslizar, vale: (C) T < P f
(D) T = P/2 T2 o
T1
m m m
A (E) T = P/4 y
lente
F T1
T2
B 9) Três blocos idênticos estão ligados por meio de fios de massasmdesprezíveis. m o
y
lentef
+ – Cada um deles têm massa m e deslizam sobre uma superfície horizontal sem o
f
+ –
atrito, com a mesma aceleração puxados por uma força F como ilustrado na o z
3,0 x 103 N/C f
(A) μ.mA + figura a seguir. Pode-se afirmar corretamente que a tração T1 e a tração T2 são, y
– f
o lente
(B) mA.g + P – respectivamente, iguais a: z
+ 3,0 x 103 N/C –
(C) μ.mA.m+B.g F – o
T2 T1 F f
(D) μ.mA.g
+ P –
m m m f
o
15 cm
(E) μ.(mA+/mB).g –
r0 r1 r2 r lente
f
15 cm (A) T1 = (1/3)F e T2 = (2/3)F o
lente f x
(B) T1 = (3/2)F e T2 = (2/3)FB A o f
(C) T1 = (4/3)F e T2 = (1/3)F o
f x
(D) T1 = (5/3)F e T2 = (3/4)F
o lente
(E) T1 = (2/3)F e T2 = (1/3)F B A
o
f
+ – f
E B A o
B A
q q
60º 60º
Bateria
(ε, r)
reostato
Gabaritos
112 :: Física :: Módulo 1
b
d
Capítulo
c 1 de F são (em módulo):
As componentes
a
3 1, 73
1) Grandezas escalares são aquelas que ficam bem definidas apenas pelos Fx = F cos 30” = 100 = 100 = 86, 5 N
2 2
seus valores numéricos, seguidos das respectivas unidades de medida, já as 1
grandezas vetoriais necessitam também da direção e sentido. e Fy = F sen 30” = 100 = 50 N
2
d
c 2) Temos: a) Temperatura (E) b) Volume (E) c) Peso (V)
d) Massa (E) e) Força (V) f) Pressão (E) g) Comprimento (E) 6) a) F; b) F; c) V; d) F.
h) Voltagem (E) i) Tempo (E) j) Velocidade (V) k) Aceleração (V) 7)
a–b
l) Campo elétrico (V) m) Corrente elétrica (E) a+b
3) Para o comprimento: polegada, palmo, quilômetro, centímetro, ano-luz b
c c
(para distância
d astronômicas)ou etc.
d
Para a cvelocidade: cm/s, km/s, km/h, milhas/hora (nos países de língua
a
Ra Ra
inglesa). d
8) 108 km/h = 30 m/s
4) Os vetores c e d.
m m2
c c
9) τ = F . d = M . a . d logo 1 J = 1 kg × 1 2 × 1 m = 1 kg × 1 2
s s
d ou
d
Ra c
Ra
d Capítulo 2
a) c + d .
1) Vm = 10 m/s
c c 2) ΔS = 1020 m
d ou 3) Vm = 65 km/h ≅ 18 m/s
4) Vm = 80 km/h
Ra Ra
d 5) a) S0 = 2,0 m b) V = 4,0 m/s c) S = 8,0 m
d
6) te = 2,0 s
Rb
7) a) No gráfico em t = 0 temos S0 = 20 s
cR b ou c
b) c – d . d ou d b) Também no gráfico em t = 5 s temos S5 = 40 m
c c
∆S 60 − 20 40
Ra Ra c) V = = cons tan te = = = 4 m/s
d ∆t 10 10
d
d) S = S0 + V t ⇒ S = 20 + 4t
Rb
Rb ou
8) C
d 9) A
c c
10) D
c) d – c (Veja que d – c = – ( c – d )). 11) B
c 12) a) 75 km/h; b) 4,0 km/litro.
d
d d 13) 14 km
Rb
Rb ou Rc
14) a) 0,18 s e b) 0,12 s
Rc ou
d
c
15) C
c
c
c
d
d d Capítulo 3
Rb
5)R Temos: R b ou ou Rc
c
d 1) 5,2 m/s2
y c c
c 2) 16 s
3) 167 m
Fy F c 4) a) 4,0 m/s; b) zero
30˚ d d 5) E
x
Rc
Fx ou Rc 6) 5,0 m/s
c
d d
Rc ac at ou Rc
Gabarito :: 113
7) 125 m Capítulo 5
8) a) MUV b) 4,0 m/s c) 3,0 m/s2
9) a) 10 m/s2 b) 20 m/s c) 8 m d) v = 20 + 10t 1) a) 0,50 s; b) 1,25 m; c) 11,2 m/s.
10) a) Entre 0 s e 6 s b) a partir de 6 s. 2) a) 20 s; b) 5,0 x 103 m; c) 3,2 x 102 m/s.
11) a) t1 = 2 s e t2 = 5 s b) 3,5 s 3) a) v0x = 60 m/s e v0y = 80 m/s; b) 320 m; c) 960 m.
12) a) 61 s b) 36 m/s 4) 1,0 s
13) t = 1,2 h e sP = 108 km. 5) a) 36 m/s; b) x = 60 m e y = 45 m; c) 5,0 s; d) 100 m.
14) 15 km/h 6) a) 41 m/s; (b) x = 80 m e y = 40 m; c) 3,0 s; d) 45 m;
15) ∆x = 8,3 km + 1,9 km = 10,2 km e) 240 m.
∆t = (8,3 km/70km/h) + 27 min 7) a) 7,0 s; b) 280 m.
∆t = 7,1 min + 27 min = 34 min = 0,57 h 8) 2,0 s na subida e 8,0 s na descida.
vmédia = (10,2 km/0,57 h) = 17,9 km/h 9) a) x = 30t e y = 5t2; b) y = x2/180; c) 2,0 x 103 m;
16) Não, pois depende do tempo gasto para a velocidade variar. d) 6,0 x 103 m.
17) a = 1,8 km/h/s = 0,5 m/s2 10) Ao mesmo tempo.
18) Observe que a aceleração não varia. 11) a) iguais b) diferentes c) diferentes
a) a = 3 m/s2 b) V0 = 4 m/s (para t = 0 s) 12) 60º
19) B 13) 40 m.
20) a) 2,0 m/s2 b) 1,0 m/s 14) a) tqueda = 5 s b) Vx = V0 = 80 m/s, Vy = 50 m/s ⇒ V ≅ 94 m/s
21) O motorista não escapa da multa! Dica: use Torricelli para calcular a 15) a) hmáx = 1125 m b) 7794 m
velocidade do automóvel ao passar pelo radar (V = 72 km/h). 16) E
22) D 17) C
18) D
19) C
Capítulo 4 20) A
21) E
1) a) 9,8 m/s2; b) 44 m; c) 37 m/s; d) 2,6 s; e) 7,8 s
2) a) 50 m/s; b) 125 m
3) Supondo para cima positivo. 20 m/s Capítulo 6
4) Supondo para cima positivo. a) 17 m/s; b) 3,7 s
5) Supondo para cima positivo. 20 m/s Atividade 1: 180º = π rad e 60º = π/3 rad
6) Supondo para cima positivo. a) 13 km; b) 50 s; c) – 100 m/s; 1) a) 94 rad/s; b) 19 m/s
d) 28 s na subida e 72 s na descida. 2) 3,2 rps
7) Supondo para cima positivo. a) 308,5 m; b) 240 m e – 37 m/s; 3) 4,3 x 102 m/s
c) 9,2 s 4) 97 min
8) 45 m. 5) a) 8,9 m/s2; b) 8,9 m/s2
9) D 6) 6,0 x 10–3 m/s2
10) B 7) a) π b) π c) π d) 4π
11) A 6 4 3 9
12) D π
8) rad / s
13) D 30
14) E 9) 5π m (≅ 15,7 m)
15) C 10) V ≅ 1676 km/h
16) a) 2,4 s b) 29 m. 11) (1/12) rad
17) a)10 m/s b) 2,0s 12) B
18) 3,0 s 13) A
14) (π/12) rad/h
15) 40 rad/s e 6,4 Hz
16) a) 50 m/s2; b) 5,0 rad/s; c) 1,26 s e 0,81 Hz
17) 150 m/s
114 :: Física :: Módulo 1
y
18) D 10) B y
19) a) A trajetória é uma circunferência de círculo. b) Não varia o módulo, 11) C
mas sim a direção. Fy c) Sim, Ftem aceleração centrípeta. 12) a) 2 h b)1 km
20) ω = 8π rad/s e V ≅30˚2, 5 m/s Fy F
x
Fx é 3,4 × 105 km.
21) A distância média Terra-Lua 30˚
x
V = 3179 km/h ≅ 3,2 × 103 km/h ≅ 888 m/s Capítulo 9 Fx
α V
Capítulo 7 x
C
α
F3 F1 = cos α
x
1) a) 10,5 s b) 17,4 rotações F3 F1 = cos α
2) O movimento é retardado,
F2 o módulo da velocidade irá diminuir com o
passar do tempo. F2
3) Supondo que o movimento é acelerado (e não retardado) temos:
Assim, em x, F3 = F1 cos α = 100(0,8) = 80 N e em y, F2 = F1 sen α =
y
u y
ac
r F 100(0,60) = 60 N.
at y
Logo, F2 = 60 N e F3 = 80 N.F1 sen α F F1 = 100 N
F2 = 4 N α r
C v
α x F =4N
Exercícios 2 α
α
α x
F1 = 3 N 1) Inércia é a propriedade dos corpos de permanecerem em seu estado,
x seja
F3 F1 = cos α
4) a) 78,5 rad
R b) 12,5 voltas c) ac = 0, 628m/s2 de repouso ou de movimento retilíneo uniforme.
F1 = 3 N
5) Aplicando a equação de Torricelli, encontramos: α = 3,18 rad/s2 2) a) Temos RRx = 20 + 10 – 8 = 30 – 8 = 22 N (≠ 0). Logo temos que
exercer uma força F = – 22 N ou seja, uma F2 força com | F| = 22 N para a esquerda
y
T1 da figura.
Capítulo 8 T1 sen 30˚ b) ObservandoT a figura abaixo y
1
60˚ Ty1 sen 30˚
F
60˚
1) a) 7,0 m/s; b)30˚ 3,0 m/s.
T cos 30˚ T2 x F2 =30˚
4N
2) a) 12 m; b) 12º.
1 α
T1 cos 30˚ T2 xx
3) A α
P = Peso
4) D
P = Peso
F1 = 3 N
5) 22,4 m/s.
R
6) vA = 2v; vB = √2v; vC = 0; vD = √2v .
7) 1,7 m/s. Em módulo temos R = 42 + 32 = 16 + 9 = 25 = 5 N
8) A Assim, para haver equilíbrio ( FR = 0),
y temos que ter uma força F de módulo
T1 3
9) (VA / VP) = 5/4 | F| = 5 N fazendo um ângulo α com o eixoT xsen 30˚ tg α =
onde
1
4
60˚
30˚
T1 cos 30˚ T2 x
P = Peso
y
F
F2 = 4 N α
α x
F1 = 3 N Gabarito :: 115
R
3) As forças que agem sobre o corpo são T1 , T2 e P ∆v 4 − 2
a= = ⇒ a = 2, 0 m/s2
y ∆t 2 − 1
T1
T1 sen 30˚ c)20 N
60˚
30˚
3) a) Segundo a mecânica que estamos estudando 80 “quilos” é a massa
T1 cos 30˚ T2 x de Pedrinho e não seu peso.
b) Temos F = ma ou P = mg. Logo, P = 80(kg) . 10 (m/s2)⇒ P = 800 N
P = Peso 4) C
5) A
Para haver equilíbrio temos que ter R x = 0 e R y = 0. Logo: 6) A
P 50 7) E
Em y temos T 1 sen 30” = P ⇒ T 1 = = ⇒ T 1 = 100 N
sen 30” 0, 50 8) 4,0 N
Em x temos T2 = T1 cos 30º = 100 × 0,86 ⇒ T2 = 86 N 9) 7,5 m/s2
10) E
4) a) Não. Não havendo atrito, a componente do peso (P sen α) na direção 11) FV = 6,0 x 102 N.
da rampa para baixo fará o carrinho descê-la acelerado. 12) a) 7,5 m/s2; b) 60 N; c) 12,5 m/s2.
b) Agindo sobre o carrinho temos seu peso P e a normal N. Acrescentamos
F para equilibrar o sistema. Vejamos.
Capítulo 11
V0 (t = 0) V (instante t)
1) 25 N
O (origem) S0 ∆S S 2) a) 19 N; b) 34 N
3) 5,0 N
Temos que ter FR = 0 ou R x = 0 e R y = 0. 4) 115 N
Assim, no eixo x: F = P sen 30º = 2,0(0,50) ⇒ F = 1,0 N 5) 4,0 N
c) No eixo y: N = P cos 30º = 2,0(0,86) ⇒ N = 1,72 N ≈ 1,7 N 6) A resultante é nula, pois o movimento é retilíneo e uniforme.
5)Péa) (F) e b) (F) como o trem Bolacaminha com velocidade constante temos 7) a) 80 N; b) 60 N.
R
que ter = 0, logo deve haver uma força de atrito Fpé, (total) que equilibre a força da 8) Vetor vertical para cima, com módulo igual ao peso da esfera.
bola
e) (F) o sistema locomotiva mais vagões não está em equilíbrio. 12) a) 100 N; b) 80 N; c) 10 N.
6) E 13) Para começar a andar nós empurramos a Terra para trás. A Terra por sua
O (origem) S0 ∆S S
7) A vez empurra nosso pé para frente por meio da força de atrito.
8) B 14) Observe a figura:
9) Nθ2 <120o N1
Bola
Capítulo 10
p Pé
Fpé, bola
1) a) Temos que F R = ma ou F – fat = ma ⇒ fat = F – ma = 24 – 10(20)
Fbola, pé
⇒ fat = 4,0 N
b) No MUV V = V0 + atT = 0 + 2,0 × 6 ⇒ V = 12 m/s 15) Agindo sobre a esfera temos e , forças normais exercidas por
c) v2 = v02 + 2a∆s cada plano e = Peso, exercido pela Terra.
N1 N2
64 = 0 + 2a∆s P
∆s = 64/4 = 16 m
2) a) Sim, pois o movimento é acelerado. N2 N1
b) Sendo a = constante, teremos entre os instantes t = 1 s e t = 2 s, por exemplo:
P p
p
y p N P
p Barra
16) Temos FParede
= ma, no caso:
F
T – P = ma ⇒ T = ma + P = ma + mg = m . (a + g) = 8,0 × (2,0 + 10) 22) Diretamente obtemos TC = P = 50 N. Temos que calcular: TA = 40 N e
⇒ T = 96 N T
TB = 30 N.
T 23) FP = 30 N; FV = 40 N e FAT = 30 N
–F
T
53º 37º
Capítulo 12
A F1 B
F2
N Atividade 1
c A 20 km de altitude, g = 9,8011 m/s2. Veja que esse é muito próximo do
P
A C BP
valor “normal” da aceleração da gravidade, ao nível do mar, e à latitude de 45º:
6,0 m 4,0 m P
F3
g = 9,8066 m/s2.
bloco
17) As forças que atuam sobre a pessoa são:
F (feita pela balança)
F (feita pela balança) Exercícios
F (feita pela balança) 1) C
"pessoa" 2) B
"pessoa" 3) 0,9D
"pessoa"
4) B
FP 5) C
C P (peso) 6) E
P (peso) 7) A
P (peso)
Como o elevador desce com aceleração temos que | P| > | F | 8) A
Assim, P – F = ma ⇒ F = P – ma = mg – ma = m . (g – a) = 9) E
60 × (10 – 3,0) ⇒ F = 420 N 10) B
18) D 11) D
FV
19) E P 12) C
20) E θ 13) C
21) Solução: as forças externas são o peso, a tração e a força da parede. 14) A
Veja que os suportes
B do peso P, da tração Fat
A T, e da resultante das forças que a 15) C
parede exerce sobre a barra (R = FAT + N) devem ser concorrentes no ponto o, 16) A
2/3
onde os suportes de P e T se interceptam. r1 T1
17) =
o
r2 T2
18) B
R T
Fat
Capítulo 13
N P
1) 2,4 x 102 J.
Veja o que aconteceria se a força de atrito fosse menor do que aquela 2) 63 hp
representada acima. Nesse caso o peso e oa tração continuam concorrentes no 3) 7,0 x 105 J
ponto o, mas a resultante das forças que a parede faz sobre a barra (R) não. 4) a) 2,0 x 104 J; b) 1,0 x 103 W
T
Fat R
N P
Gabarito :: 117
A B S
τ = F cos 120º . AB = − F cos 60º . AB = − 60 × 0,5 × 10 ⇒ Capítulo 16
τ = − 300
J.
d) F ⊥ AB ⇒ não realiza trabalho τ = 0 1) 1,0 x 10 cm (10–1 m)
e) τ = −60 × 10 = − 600 J também é contra o movimento. 2) a) 10 m/s; b) 6,0 m/s
τ 3) Dica: no mínimo temos, em A, ECA = 0 e VA = 0. Note que hA = 2R.
16) r = v
τM Assim: v0 mínimo = 2 gR
Temos τM = 22 cv e τp = 6 cv (passivo). 4) hmínimo = 2 R
Como τM = τv + τp temos τv = τM − τp = 22 – 6 = 16 cv 5) 1,9 x 102 J
16 6) 2,0 m/s
Assim, r = = 0, 72 ou 72%
22 7) 200 J e 200 J
8) a) – 2,0 J; b) 0,20
17) 5,0 x 103 J
9) a) 12 m/s; b) 72 m
10) VB = 4,5 m/s e VC =3,2 m/s.
11) 2,96 x 10–2 N
Capítulo 14 12) a) 39 m; b) não
13) a) vB = (Lg)1/2 ; b) TB = 5 . m . g
1) 75 m
14) 8,1 x 102 N
2) zero
15) 10 m/s
3) a) – 6,0 x 103 J; b) 1,2 x 105 N.
16) 5,0 x 102 m/s
4) 2,1 m/s.
17) Forças dissipativas são aquelas que causam uma perda de energia do
5) 1,4 x 10–2 N.
sistema para o meio ambiente. Normalmente dissipam energia sob a forma de
6) a) 11,6 m/s; b) 9,3 m/s.
energia térmica.
7) 4,7 x 104 W.
18) a) EM(A) = EC(A) + EP(A) = 4,0 x 103 J b) VB = 400 = 20 m / s
8) a) Ec = 32 J b) τf = −32 J c) ∆S = 16 m
i at
19) Dica: Lembre-se que, como há perdas, teremos a seguinte equação:
9) F = 800 N
EM(B) = EM(A) − Eperdida. Assim, obtemos EC(B) = 3600 J = 3,6 × 103 J.
10) A
20) x = 0, 04 = 0, 2 m (ou 20 cm)
11) A A
21) a) Temos A =1,5 m e V = ? Então: A = vt ⇒ . v=
t
118 :: Física :: Módulo 1
1 9) D
Mas h = 1,25 m e h = gt 2 . Logo:
2 10) a) 5,0 x 104 m/s2
2h 2 1, 25 b) 4,0 Ns
t= ⇒t = ⇒ t = 0, 5 s
g 10 11) 84
1, 5 12) 12 kg.m/s.
Então V = = 3, 0 m / s
0, 50
sua energia cinética, depois use as equações válidas para colisões elásticas.
com que a criança chega no fim do tobo-água (imediatamente antes de cair) com
7) B
perda e sem perda. A diferença é a energia mecânica dissipada (perdida). Na
8) B
descida, não havendo perdas, temos a velocidade final.
v sem = 2gH = 2 10 4, 0 = 80 ⇒ v 2 = 80 m / s
Na realidade a criança chega com velocidade de 3,0 m/s como calculado no
item (A), assim a diferença nas energias será igual à perda de energia mecânica:
Capítulo 19
1 1
2
( )
Perda = m v com2 + v sem2 = 50 (3, 02 − 80) = −1775 ≅ −1, 8 103 J
2 1) A
1
2
) 2
= 50 (3, 0 − 80) = −1775 ≅ −1, 8 10 J
2
3 2) C
3) C
22) a) 10 3 m/s = 17,3 m/s
4) C
b) 3,0 kJ
5) D
c) 6,0 x 105 N/m
6) A
d) 2,0 x 103 J
7) E
23) E
8) A
24) a) (t1/ t2) = (cosθ /sen θ)
9) E
b) (V1/V2) = 1
10) D
25) a) –2,0 J
11) B
b) Força normal = 16 N, vertical para cima
26) E
27) – 0,40 J
28) 1,3 m.
Capítulo 17
1) D
2) 14 N.
3) 5v/3.
4) 0,75 J.
5) 0,50 m/s.
6) 2,1 m/s.
7) 2,0 N . s
8) B
Bibliografia
BLACKWOOD, Oswald; HERRON, Wilmer; KELLY, William. Física na escola secundária. São Paulo: Fundo de Cultura, 1969. v. 1
CENTRO EDUCACIONAL DE NITERÓI. Ensino individualizado: curso do 2o Grau. Niterói, RJ: GRAFCEN, 1995. p. 119.
GUIMARÃES, Luiz Alberto; FONTE BOA, Marcelo. Física mecânica ensino médio. Rio de Janeiro: Futura, 2001.