1 – Definindo a peça
eia sua prova com calma, e determine qual a solução processual adequada:
é uma inicial? Um recurso?
Mas não basta só elencar a peça, seria simples demais e praticamente inútil
como esqueleto. Delimite também os demais elementos constitutivos da
qualificação da peça de forma a tornar a compreensão do todo bem clara:
Recorrente: Fulano
Recorrido: Ciclano
2 – Delimitando os tópicos
Tópico 1: Preliminar Q
Tese a ser combatida: Um tapa na cara não gera direito a indenização por
danos morais (ao descrever a tese a ser combatida seja ultra, hiper, mega
sucinto. É só uma orientação para si mesmo, nada além disso)
Fundamentos contra a tese a ser combatida: Art. 123 da Lei C, art. 321
da Lei U e Art. 231 da Lei Y + Súmula 123 do STF.
Fundamentos contra a tese a ser combatida: Art. 123 da Lei S, art. 321 da
Lei E + Súmula 321 do STJ.
Se o juiz disse “A”, tal como você mostrou no 1º parágrafo, no segundo você
vai dizer “Não A” declinando as razões legais para o “Não A”.
3 – Considerações finais
Aliás, não existe um modelo certo para elaborá-lo: cada candidato pode e
deve fazer ao seu estilo, se assim achar adequado. O importante é fazê-lo
de forma sintética, com as informações relevantes e com uma boa
celeridade, computando aí o tempo para a leitura do problema, a pesquisa
das leis e da jurisprudência no vade mecum e o tempo para sua construção
em si mesmo.
PENAL
PREÂMBULO
Por isso, para acalmar o coração dos mais aflitos, iniciarei o nosso estudo
pela correta identificação da peça cabível. Em seguida, nos próximos posts,
veremos as principais peças, uma a uma. Procure não memorizar a
explicação a seguir, pois veremos as peças individualmente, e, com o
tempo, o cabimento de cada uma estará enraizado em sua mente. Por
enquanto, preocupe-se apenas em entender as fases processuais. São o
ponto principal de estudo deste resumo de hoje.
AS FASES PROCESSUAIS
FASE PRÉ-PROCESSUAL
1º. Defesa Prévia da Lei de Drogas (Lei 11.343/06): “Art. 55. Oferecida a
denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa
prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.”.
2º. Resposta à Acusação (CPP, art. 396): “Art. 396. Nos procedimentos
ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar
liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder
à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.”.
d) Defesa Preliminar (Crimes Funcionais): o art. 514 do CPP diz assim: “Art.
514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida
forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para
responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias.”. Trata-se de peça
do rito especial dos crimes funcionais (crimes cometidos por funcionários
públicos). Perceba que o dispositivo não fala, em momento algum, que a
denúncia foi recebida. Embora tenha havido manifestação do juiz, não
houve o recebimento da petição inicial. Logo, mais uma peça pré-
processual. Dica: antes do recebimento, o juiz manda notificar; após o
recebimento, o juiz manda citar. Se o dispositivo legal disser “notificar”, você
já sabe que a peça é pré-processual. Exemplo: “João foi preso em flagrante
pela prática do crime de peculato (CP, art. 312). Concluído o inquérito, o
promotor de justiça o denunciou pela prática delituosa. O juiz da comarca o
notificou a respeito da denúncia, para que ofereça a peça cabível. Como
advogado de João, ofereça a peça adequada”.
FASE PROCESSUAL
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É claro, há outras peças – HC, MS, carta testemunhável etc. Todas elas serão
estudadas. No entanto, a FGV não é de inovar no que vem pedindo. Por
isso, o seu foco deve estar voltado às peças vistas neste resumo. Uma delas
cairá na próxima segunda fase. No próximo post, começaremos com o
estudo individualizado das peças. A primeira será o relaxamento da prisão
em flagrante. Por ora, tenho uma sugestão: leia os enunciados das provas
passadas e tente identificar quais foram as peças cobradas.