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net/publication/265291538
Bacia do Amazonas
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The Malvinokaffric Realm in the Devonian of Brazil (MSc dissertation research) View project
All content following this page was uploaded by José Henrique G Melo on 03 September 2014.
Paulo Roberto da Cruz Cunha1, José Henrique Gonçalves de Melo2, Osvaldo Braga da Silva1
1
E&P Exploração/Interpretação e Avaliação das Bacias da Costa Sudeste/Pólo Norte
e-mail: pcunha@petrobras.com.br
2
Centro de Pesquisas da Petrobras/P&D de Exploração/Bioestratigrafia e Paleoecologia
CORDANI, U. G.; SATO, K.; TEIXEIRA, W.; EIRAS, J. F.; BECKER, C. R.; SOUZA, E. M.; GONZAGA,
TASSINARI, C. C. G.; BASEI, M. A. S. Crustal F. G.; SILVA, J. G. F.; DANIEL, L. M. F.; MATSUDA, N.
evolution of the South American Plataform. In: S.; FEIJÓ, F. J. Bacia do Solimões. Boletim de
CORDANI, U. G.; MILANI, E. J.; THOMAZ FILHO, Geociências da Petrobrás. Rio de Janeiro, v. 8, n. 1,
A., CAMPOS, D. A. (Ed.). Tectonic Evolution of p. 17-45. jan./mar. 1994
South America. Rio de Janeiro: [s.n.]: 2000. p.
19-40. International Geological Congress, 31., 2000, GALVÃO, M. V. G. Bacias sedimentares brasileiras:
Rio de Janeiro. Bacia de Marajó. Aracajú: Fundação Paleontológica
Phoenix, 2004. (Série Bacias Sedimentares, ano 6, n. 67).
COSTA, A. R. A. Tectônica cenozóica e movimen-
tação salífera na Bacia do Amazonas e suas re- GRADSTEIN, F.; OGG, J.; SMITH, A. A geologic time
lações com a geodinâmica das placas da Améri- scale. Cambridge: University Cambridge, 2004. 589 p.
ca do Sul, Caribe, Cocos e Nazca. 2002. 238 p.
Tese (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, GRAHN, Y. Silurian and Lower Devonian chitinozoan
Belém, 2002. taxonomy and biostratigraphy of the Trombetas Group,
Amazonas Basin, northern Brazil. Bulletin of
COSTA, M. G. F. Fácies deposicionais e ambien- Geosciences, Prague, v. 80, n. 4, p. 245-276, 2005.
tes de sedimentação da Formação Monte Alegre
(neocarbonífero) na área de Autás Mirim e HORBE, A. M. C.; NOGUEIRA, A. C. R.; HORBE, M. A.;
adjacências, Bacia do Médio Amazonas. 1984. 90 COSTA, M. L.; SUGUIO, K. A laterização na gênese
p., il. Tese (Mestrado) – Universidade Federal de Per- das superficies de aplainamento da região de Presiden-
nambuco, Recife, 1984. te Figueiredo-Balbina, nordeste do Amazonas. In: REIS,
Grupo Urupadi/Formação
Maecuru
O Grupo Urupadi, inicialmente proposto e de-
nominado por Santos et al. (1975) in Caputo (1984),
abrangendo as formações Trombetas, Maecuru e
Ererê, foi redefinido por Caputo (1984) constituído
pelas formações Maecuru e Ererê. A Formação
Figura 2 – Perfil-tipo da Formação Jatapu. Figure 2 – Jatapu Formation reference
Maecuru era dividida nos Membros Jatapu e Lontra. section.
Neste trabalho, é redefinido mais uma vez este
grupo, considerando as formações Maecuru e Ererê,
Tapajós
bioestratigráficos e de correlações estratigrá-
Gr.
ficas regionais, esta unidade pode ser correla- 3176
Fm. Faro
cionada com as formações Jandiatuba/Uerê –
3200
porção inferior (Bacia do Solimões), Itaim – 3209
Fm. Oriximiná
porção superior /Pimenteira – porção inferior
(Bacia do Parnaíba), Huamampampa
(Subandina Boliviana e Ponta Grossa – porção 3250
á
03o 17’ 06" S e 59º 52’ 24" W) perfurado em
1959 (fig. 3);
u
3350
r
lhelhos fossilíferos bioturbados, comumente apre-
u
sentando estruturas wavy-linsen e hummocky nos 3400
C
3407
psamitos. Pelitos predominam na porção meso- Fm. Barreirinha
Mb. Urariá
inferior e os psamitos na porção superior;
G r.
3450
• distribuição: ocorre em toda a bacia, inclusive 3463
Gr. Urupadi
cordante com a Formação Barreirinha, salvo Fm. Ererê
Grupo Curuá/Formação
Barreirinha/Membro Abacaxis
Figura 4 – Perfil-tipo do Grupo Curuá. Figure 4 – Curuá Group reference section.
Neste trabalho, é proposta a redefinição do Gru-
po Curuá, com a exclusão formal da Formação Faro
desse grupo estratigráfico, que passa a ser constituído
Grupo Curuá/Formação
Barreirinha/Membro Urubu
• nome: o nome do Membro Urubu (da Forma-
ção Barreirinha) que está sendo proposto for-
malmente, aqui, neste trabalho, deriva do Rio
Urubu, no Estado do Amazonas;
• equivalência regional: com base em dados
bioestratigráficos e de correlações estratigráfi-
cas regionais, esta unidade pode ser
correlacionada com as formações Jandiatuba –
porção mediana (Bacia do Solimões), Pimentei-
ra – porção superior (Bacia do Parnaíba), Iquiri –
porção mediana (Suabandina Boliviana) e Mem-
bro São Domingos da Fm. Ponta Grossa – por-
ção superior (Bacia do Paraná);
• seção tipo: como perfil-tipo para o Membro
Urubu, indica-se, aqui, o intervalo entre 1.895
m/1.965 m do poço Rio Urubu no. 1 (1-UR-1-
AM; 03º 05’ 53" S e 58º 51’ 47" W) perfura-
do em 1958 (fig. 6);
• litologia: é constituída por folhelhos escuros,
pouco físseis, menos radioativos e menos ri-
cos em matéria orgânica que o Membro Aba-
caxis, com níveis subordinados de siltitos;
• distribuição: ocorre em quase toda a bacia,
inclusive aflorando nas bordas norte e sul, se-
melhante ao membro subjacente, sendo depo-
sitado sob regime de sedimentação em ambi-
ente marinho distal passando para raso, no topo;
• contato e relações estratais: os sedimentos
dessa unidade assentam-se concordantemente
aos da unidade subjacente, o Membro Abacaxis
da mesma Formação Barreirinha. O contato su- Figura 6 – Perfil-tipo do Membro Urubu. Figure 6 – Urubu Member reference section.
perior apresenta-se também concordante com o
Membro Urariá da mesma Formação Barreirinha;
Grupo Curuá/Formação
Barreirinha/Membro Urariá
Essa unidade, correspondente ao terço supe-
rior da Formação Barreirinha, era antes atribuída à
parte inferior da Formação Curiri, e que vinha sendo
referida por alguns autores como “Curiri inferior” (Lo-
boziak et al. 1997a, 1997b; Melo e Loboziak, 2003).
É aqui proposta como novo membro (terço superior)
da Formação Barreirinha.
Com a exclusão da antiga seção considera- GR (gr API) RILD (ohm.m) Dt (us/ft)
da por vários estudiosos como “Curiri-inferior”, ago- Prof. (m) 0 150 0 20 140 40
3150
Fm. Monte Alegre
Tapajós
ra denominada como Membro Urariá da Formação
Gr.
Barreirinha, torna-se necessária a redefinição da For- 3176
Fm. Faro
mação Curiri, separada da unidade subjacente por
3200
uma discordância temporal de curta duração, relacio- 3209
Fm. Oriximiná
nada à brusca queda glácio-eustática do nível do mar
àquela época.
3250
• nome: o nome Curiri deriva do Igarapé Curiri,
afluente do Rio Urupadi, no Estado do Pará e 3285
foi proposto por Lange (1967); Fm. Curiri
3300
á
correlacionada com as formações Uerê – por-
u
ção superior (Bacia do Solimões) e Longá (Ba-
r
cia do Parnaíba);
u
3400 3407
C
• perfil de referência: como perfil de referên- Fm. Barreirinha
Mb. Urariá
cia para a Formação Curiri, indica-se aqui o
G r.
intervalo entre 3.285 m/3.407 m do poço Aba- 3450
3463
caxis no. 1 (1-AX-1-AM; 04º 16’ 25" S e 58º Fm. Barreirinha
Mb. Urubu
42’ 46" W) perfurado em 1973 (fig. 8);
• litologia: é constituída essencialmente por dia- 3500
Gr. Urupadi
Fm. Ererê
tação em ambiente glácio-marinho com fácies
pelíticas e fácies de leques deltaicos com for-
te influência glacial junto às margens, devido 3650
Diamictito Arenito
à regressão máxima do final do Devoniano; Folhelho Siltito
Formação Faro
Após a deposição da Seqüência Devono-
Tournaisiana, uma intensa atividade tectônica
atuou nas margens da Placa Sul-Americana: a
orogenia Acadiana ou Chanica, ocasionando soer-
guimento e erosão dessa seqüência, e originando
a discordância que a separa da unidade sobrepos-
ta, a Formação Faro. Conforme já mencionado, a
duração desse hiato pode atingir 14 Ma, segundo
recentes datações palinológicas (Melo e Loboziak,
2003). A Formação Faro, isoladamente, constitui
a ora chamada Seqüência Neoviseana.
Javari
500 Fm. Alter do Chão
Gr.
mente, sais mais solúveis como silvita, impor-
590
tante mineral para a indústria de fertilizantes; 600
Fm. Andirá
• distribuição: ocorre em quase toda a bacia, 700
desde as proximidades dos afloramentos 780
800
permocarboníferos, nas bordas norte e sul da Fm. Nova Olinda
bacia, registrando uma contração de sua dis- 900 Mb. Arari
tribuição em área, para oeste, ao se subir na 1000
seção temporal, em subsuperfície. Esses se-
dimentos, essencialmente químico- 1100
evaporíticos, foram depositados em ambien- 1200
1181
tes: marinho raso, de planícies de sabkha e Fm. Nova Olinda
1300 Mb. Fazendinha
lagos hipersalinos;
s
• contato e relações estratais: os sedimen- 1400
ó
tos dessa unidade assentam-se concordante- 1500
mente aos da unidade subjacente, a Forma-
j
1600
ção Itaituba. O contato superior é também
a
concordante com o Membro Arari; 1700
p
• idade: o Membro Fazendinha tem idade 1800
a
desmoinesiana (Moscoviano), abrangendo as
1900
T
palinozonas Striatosporites heyleri e Raistrickia
cephalata de Playford e Dino (2000). 2000
G r.
2075
2100
Fm. Itaituba
Formação Nova Olinda/ 2200
2400 2418
• nome: o nome Arari deriva da área do Rio Arari, Fm. Monte Alegre
2500 Fm. Faro 2471
afluente do Rio Maués, no Estado do Amazo- Fm. Oriximiná 2494
nas, próximo à área de Fazendinha, onde ocor-
Gr. Curuá
2600
Fm. Curiri 2589
re grande jazida de sais de interesse econômi-
2700
co, conforme mencionado anteriormente;
2800 Fm. Barreirinha 2750
• equivalência regional: com base em dados
Siltito Calcário Halita Diamictito
bioestratigráficos e de correlações estratigrá-
Arenito Folhelho Anidrita Diabásio
ficas regionais, esta unidade pode ser corre-
lacionada com as formações Carauari – por-
ção mediana-superior (Bacia do Solimões) e
Piauí (Bacia do Parnaíba);
• perfil tipo: como perfil-tipo para o Membro Figura 11- Perfil de referência do Grupo Figure 11 – Tapajós Group reference section.
Arari, indica-se, aqui, o intervalo entre 940 m/ Tapajós.
1.710 m do poço Arari no. 1A (1-AR-1A-AM;
0
65
CONTINENTAL
ALTER DO CHÃO
CAM PAN IAN O
CRETÁCEA
NEO
JAVARI
SANTONIANO
1250
FLUVIAL
CRETÁCEO
TURONIANO
100
C E N O MA N IA N O LACUSTRE
AL B I AN O
M E S O Z Ó I C O
AP T IAN O
EO
BAR R E M IA N O
HAUT E R I V I AN O
VALAN G I AN O
B E R R I AS I AN O
T I T H O N I AN O
150
NEO
JURÁSSICO
O X F O R D IAN O
CALLOVIANO
MESO BATHONIANO
BAJOCIANO
AALENIANO
T OAR C I AN O
EO
S I N E M U R I AN O
HETTANGIANO
200 R HAE T I AN O
TRIÁSSICO
N O R I AN O
NEO
CAR N IAN O
LAD I N IAN O
MESO
AN ISIANO
OLENEKIANO
250 EO I NDUANO
CONTINENTAL
PENSILVANIANO -
LO PIN G IAN O
PERM IANO
ANDIRÁ
CAP I TA N IAN O
PERMIANA
700
TAPAJÓS
AR T I N S K IA N O
C I SU RAL I ANO
SAK MAR I AN O
AS SELIANO
300 G Z HE L I AN O LACUSTRE-PLAT. RASA ARARI 500
NOVA OLINDA
D EV O NIANO CARB O NÍ FE RO
PRÉ-PENSILVANIANA FARO
CONTINENTAL / MARINHO
V I S EAN O
350
TOURNAISIANA
T O UR NA I S I AN O FLUVIAL- EO - MISSISSIPIANA ORIXIMINÁ
150
DEVONO -
CURUÁ
GLACIAL URARIÁ
FAME N IAN O 100
NEO URUBU 100
BARREIRINHA
ABACAXIS 150
F RA S N IA N O PLATAFORMA DISTAL
G I VE TI AN O
MESO PLATAFORMA RASA ERERÊ
E I F E L IAN O URUPADI
400 E M S I AN O
EO P RAG U I AN O JATAPU
PLATAFORMA RASA
TROMBETAS
L O C H K O V I AN O
DELTAICO PITINGA SUP.
WENLOCK
PITINGA
LIANDOVERY TE LYC H IANO PLATAFORMA DISTAL INF.
G LAC I AL NHAMUNDÁ
PLATAFORMA RASA
450 NEO KAT I AN O
SAN D B IA N O
DAR R I W I L I AN O
MESO DAP I N G IA N O
EO
530
540 M PLATAFORMA
PURUS
C PROSPERANÇA
550
E MBASAMENTO