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5. A relação entre o querer particular (do bebê) e o dever particular (destes pais)
engendra um novo complexo de questões que organizam a construção da
autonomia daqui para frente. A criança descobre que o verdadeiro
reconhecimento se dá fora da família, entra em guerra com as formas normativas
pelas quais sua autonomia está delimitada.
a. A criança descobre a diferença entre público e privado dividindo-a em
três dimensões: a lei jurídica, a lei moral e a lei ética.
b. Ela descobre a forma impessoal e universal da lei: “Aja como se a
máxima que rege sua ação pudesse ser elevada em lei universal” (Kant)
c. Os sentimentos sociais: nojo, vergonha e culpa.
i. Duas fases:
1. Orientação legalista-contratual. O valor moral da
“desobediência”.
2. Orientação por princípios (pós-convencional).
a. Conclusão: ela descobre que a auto-realização, o
reconhecimento intersubjetivo e a formação são
um sistema de contradições. O interesse jurídico, a
vontade moral e o desejo ético são as vertentes da
construção de sua autonomia, que como tal só será
se for de todos. A liberação (moral e jurídica)
fornece um modelo negativo de liberdade, a ele
deve se acrescentar o modelo positivo
representado pela capacidade de afirmar a
singularidade de seu desejo. De se fazer
reconhecer através dele.
6. Agora podemos voltar ao nosso ponto de partida: Desejamos que eles “cresçam”
e que sejam “felizes”. Desejamos que eles sejam capazes de “cuidar de si” e que
eles se “auto-realizem”. Desejamos que eles sejam “livres” e que sejam pessoas
“iguais ou melhores” do que nós mesmos fomos capazes de ser.