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Reflexos condicionados

Vejamos, pois, em seus aspectos positivos e negativos, relativos aos Reflexos


Condicionados. Quer se deixar patente aos estudiosos e entendidos em
neurofisiologia e mesmo em biopsicobiologia humana que muitas vezes usaremos
o termo Reflexo Condicionado como uma condição aprendida e memorizada e que
mnemonicamente induz o indivíduo a se predispor a determinados estados
passivos ou receptivos, como também induzi-lo a esta ou aquela ação.

Em geral, nas Cabanas Umbandistas, em seu aspecto físico, há em seus Congás


ou Pêjis uma profusão de imagens. Umas representam os 7 Orixás (Santos
Católicos, no sincretismo religioso), outras várias, representam cablocos, pretos-
velhos e crianças.

Os médiuns e os consulentes, ao adentrarem no Congá, visualizam muito


especificamente esta ou aquela imagem, que os predispoem a certos estados
conscencionais.

Podemos dizer que, ao fixarem suas vistas e atenção ao dito ponto fixador
(imagens de gesso e madeira), despertam correntes mentais que os condicionam
a uma atitude automática, dependendo do estado vibratório do médium e dos
consulentes.

No caso da pessoa ser um médium, o predispôe a sintonia vibracional com o seu


mentor, fazendo-o sentir certos detalhes que indicam-lhe a presença ou a
aproximação da Entidade, seu Protetor.

Sentem determinadas sensações, tais como bocejos, arrepios, um certo torpor ou


mesmo uma leve excitação, Os Mentores do Movimento Umbandista, usam muito
desses reflexos positivos para ajustar médiuns que ainda não conseguem uma
abstração psíquica, pois ainda distanciados se encontram dos bons costumes
psíquicos, tais como boas leituras, boas músicas, o hábito da meditação e, muito
principalmente, da prece edificante.

O que citamos acima sobre imagens e ritualística se atém a dita umbanda popular,
não ao Movimento Umbandista que queremos propor. Todavia, as imagens que
em geral representam os 7 Orixás que comandam as 7 linhas, são imagens de
Santos Católicos, estando aí um ponto de ligação muito interessante e sutil
(sincretismo) para aqueles que saíram da sistemática ritualística católica, não
sentindo-se, a priori, tão deslocados quando adentram à Cabana.

Não podemos olvidar o efeito positivíssimo de defumações naturais, estas que não
são adquiridas em balcões, onde não se levam em conta a qualidade e muito
menos a quantidade adequada: se colhidas nesta ou naquela lua, ou mesmo em
horas exatas, se diurna ou noturna, em que estejam carregadas de prana ou
energia vital.
Não podemos deixar de citar os Pontos Cantados, verdadeiras preces, quando
bem cantados, e em cujas letras há realmente imagens positivas, que elevam o
tônus vibracional de todos, facilitando a atuação dos Mentores em determinados
médiuns e consulentes.

Devemos ter em mente que a música é um conjunto harmonioso de sons. Todo


som tem uma freqüência peculiar, tendo cor, emitindo e atraindo energias. A
música é um elemento alquímico possante, sendo que entre todas as artes, é a
que mais ao fundo da alma, principalmente quando vocalizada pela voz humana.
Portanto, em sentido hierático, a música dos Pontos Cantados, sem atabaques ou
outros instrumentos, na ritualística de Umbanda, se refere a movimentação
mágica, ou seja, movimenta forças sutis da Natureza, atraindo ou afastando essa
ou aquela força e, por contingência, essa ou aquela Entidade Astralizada.

Dente os fatores desencadeantes ou indutivos nos médiuns, citamos também as


guias ou colares que os mesmos usam. Muitas dessas guias, a maioria, são
apenas sugestivas. São compostas de materiais inertes eletromagneticamente
falando. Não captam, não conduzem e nem condensam, mas prestam-se única e
exclusivamente para predispor o médium, sugestivamente, a um contato mais
estreito com o seu mentor, que se utiliza da guia como um elo de ligação
mnemônico, abrindo nesse instante centros perispitituais ou de ordem astral,
propiciando uma recepção ou passividade medianímica.

Embora esses médiuns sejam bons, simples em suas maneiras de pensar, a ótica
com que veêm a Umbanda ainda se encontra muito distante da realidade,
obrigando a seus mentores constante vigilância em suas condutas medianímicas,
que, como não são consistentes, podem se interceptadas por espíritos ignorantes,
cruéis, frios e calculistas, que os vampirizam. Mais tarde citaremos o verdadeiro
poder das guias naturais...

Quanto aos atabaques, são completamente dispensável. De forma nenhuma


criticamos aqueles que sentem-se bem com os atabaques, que não produz sons
musicais e sim ruídos. E por que? Porque das 4 propriedades do som- duração,
intensidade, timbre, altura – o som dos atabaques é destituído da propriedade
altura. Essa altura refere-se aos som ser mais grave ou agudo.

Do atabaque que também influencia o médium em seu reflexo condicionado,


queremos ressaltar que o mesmo, juntamente com instrumentos esdrúxulos, não
são usados nos Templos mais genuínos da Corrente Astral de Umbanda.

Quanto aos adereços: você não terá um Caboclo mais forte se usar um cocar em
sua cabeça. Seu Preto-Velho não será inferior se seu pescoço deixar de ostentar
dezenas de guias. Não há necessidade de usar turbantes e vestir-se com roupas
caríssimas, com balandraus, etc. A vestimenta consagrada é a roupa branca.
Os ditos cocares, que muitos dizem servir para acobertar a Coroa do médium,
também são dispensáveis, visto a Coroa não estar na cabeça física e sim na do
Corpo Astral.
Podemos aproveitar o ensejo para prestar um serviço aos nossos Exus Guardiões,
pois eles também não necessitam de tantos e tantos adereços, que infelizmente
embalam em seus aspectos o tão pernicioso fetichismo. Exu de Lei não usa
vestimenta ou roupagem preta e vermelha. Não usa capas de veludo ou de
qualquer outro tecido. Não usa garfos e tridentes, tal qual o Netuno romano ou o
Poseidon Negro. Talvez seja o atavismo que muitos médiuns despertam, atraindo,
é claro, espíritos inferiores que querem se passar pelos Exus Guardiões.

Reafirma-se que não se precisa desses adereços a nossos médiuns da Corrente


Astral de Umbanda, a não ser aqueles que desejam suprir um dom inexistente,
isto por serem, como veremos mais tarde, anímicos!

Esses são os aspectos mais importantes no que tange aos reflexos condicionados
que ferem a susceptibilidade de médiuns e consulentes, e fazem de uma gira um
aporte para espíritos de necessidades vãs.

Repetimos: os médiuns que batalham na verdadeira Corrente Astral de Umbanda


não necessitam nada do que foi explanado, tão apenas de poucas necessidades,
como a necessidade de se visitar os sítios vibracionais e alguns poucos elementos
que representem as forças da natureza.

Próximos assuntos: Hipnose e Auto-Mediunismo.

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