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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE DIREITO DE RIBEIRÃO PRETO

ANDRÉ LUÍS VEDOVATO AMATO - Nº. USP: 7983431


LEONARDO HENRIQUE DOMINGOS ROSA – Nº. USP: 8059390
THALES RAMIRES ROSSETO RAMOS – Nº. USP: 7962181

ATIVIDADE FILME – INSIDE JOB

Ribeirão Preto/SP
14 de Agosto de 2015
(0,50) 1 – Qual a motivação central que levou à Crise de 2008?

A crise financeira de 2008, considerada por muitos economistas e pesquisadores


como a maior crise do sistema capitalista desde o “crash da bolsa de 1929”, teve início
após o colapso da bolha especulativa do mercado imobiliário, tendo sido alimentada por
enorme e irresponsável expansão de crédito bancário. Todavia, o evento exordial de
toda a crise foi a falência do Banco Lehman Brothers, e a consequente recusa de
salvamento por parte do F.E.D.
Referida recusa do F.E.D. causou um tremendo impacto na confiança que existia
no mercado financeiro, visto que era a crença no mercado que o F.E.D. salvaria a todos
que estivessem em necessidade. Porém, isto não ocorreu, causando alarde nas
instituições financeiras acarretando a preferência por um aumento de sua liquidez.
Tal postura, é duramente criticada durante o documentário, em especial, o
questionamento das decisões de desregulação que formaram a crise. O ponto chave está
demonstrado na tônica de todo o documentário caracterizada na interdependência e
ligação entre aqueles que estavam nos altos cargos do governo, o comando de grandes
grupos financeiros e as cátedras dos cursos de economia e negócios de renomadas
universidades, que forneceram a base teórica para o que viria a se transformar na
enfadonha crise.
Nota-se que a grande procura por esta liquidez por parte dos bancos deu origem
a um processo de venda de ativos financeiros em larga escala que, por sua vez, levou a
um processo de deflação de ativos com uma significativa queda nos seus preços e
consequente contração no crédito bancários relativos a transações comerciais e
industriais. Com isso, houve uma diminuição brusca e célere na distribuição do crédito
em todo o mundo, causando danos nos ramos comerciais e industriais.

(0,75) 2 – Por que a crise foi “sistêmica”?


Inicialmente, para se considerar uma crise sistêmica, o risco de colapso
de todo o sistema financeira ou mercado de acordo com alterações em taxas, preços e
mercados que venham afetar duramente a realidade econômica.
A partir desta perspectiva, pode-se concluir que a Crise de 2008 foi
sistêmica, pois com a implosão da bolha imobiliária e da falência do Banco Lehman
Brothers, geraram um efeito em cadeia, efeito cascata. Desta forma pode-se considerar
estes pontos o choque inicial e os mecanismos de propagação, sendo estes os seus
elementos básicos.
Na referida crise, o choque inicial atingiu uma Instituição Financeira que
por sua vez e a medida do efeito cascata acabou por atingir diversas instituições
financeiras devido à escassez do crédito que se deflagrou no mercado mundial,
colapsando, destarte, todo o sistema. Desta forma, até o resgate efetuado pelo F.E.D.,
interrompeu o colapso da cadeia de pagamentos da economia, que atingiu todo o
sistema financeiro.

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(0,75) 3 – Considerando que o mercado de capitais é regulado no Brasil, poderia
ter ocorrido algo semelhante em nosso país?

No Brasil o Sistema Financeiro Nacional apresenta mecanismos de segurança e


regulação especificas realizadas pelo Banco Central do Brasil (BCB), através do v.g.
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e a Transferência Eletrônica Disponível
(TED), impedindo que se lançam no mercado operações financeiras sem transferências
efetivas de recurso, ao final do dia. Impedindo que se deflagre uma crise como a de
2008, por colapso do crédito.
Cabe ressaltar que no Brasil este tipo de operação financeira não era tão
presente, pois a matriz das operações financeiras que provocaram essa crise se
encontravam no centro do sistema: ou seja, Estados Unidos e Mercado Europeu.
Desta forma, não poderia ter ocorrido algo semelhante no Brasil, e de fato, o que
ocorreu é aquilo que os economistas chamam de rebarba da crise.

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