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Instituto Superior da Maia

Tecnologias de Informação e Comunicação


Evolução das Memórias RAM

Evolução das Memórias RAM

José Pedro Meireles Cerqueira


Aluno do Curso de Redes de Comunicação e Telecomunicações
RCT21082@alunos.ismai.pt

Resumo
Se o processador é o principal componente de qualquer computador, a memória RAM é a
sua principal ferramenta de trabalho. Desde uma calculadora, até a um grande computador
da actualidade, não existe nenhum que não utilize memória RAM. O processador utiliza a
memória RAM para armazenar programas e dados que estão em uso podendo serem lidos,
escritos e apagados pelo processador. Este fica impossibilitado de trabalhar sem ter pelo
menos uma quantidade mínima dela. Aliás, nos computadores de hoje, a velocidade de
acesso à memória RAM é um determinante da performance, daí que seja vital a importância
do uso da memória cache.
Desde as primeiras memórias no início da década de 80, até as produzidas actualmente,
houve uma grande evolução na forma de organização física no formato dos módulos e na
forma de desenvolver um conjunto de novas tecnologias, a fim de optimizar o acesso aos
dados, que permitiram melhorar consideravelmente a velocidade de acesso.

Palavras-chave: Memória; RAM; Volátil; Módulos; Cache; Condensar.

1. Introdução
A memória de acesso aleatório (proveniente do inglês Random Access Memory), chamada no
nosso quotidiano frequentemente por RAM, constitui uma das partes mais importantes dos
computadores, pois é nela que o processador armazena os dados com que esta a trabalhar. É
também esta que fornece os dados anteriormente gravados, com um tempo de resposta e uma
velocidade de transferência estonteante, muito superior à dos dispositivos de memória
secundária, tal como o disco rígido.

Uma das características da memória RAM é o facto de ela ser volátil, isto é, são perdidos todos
os dados quando não existe mais energia eléctrica, como exemplo, quando estamos a trabalhar
no computador a usar um programa de texto, se estivermos a escrever uma carta e por acaso
houver um pico de tensão, iremos perder todo o trabalho (Scrib, 2009).

Existem também, memorias RAM não voláteis, como por exemplo as memorias flash, que são
utilizadas em computadores de mão, como telemóveis, temos também as pen drive, cartões de
memória, entre outros. Um grande problema em algumas memórias deste tipo é o preço, e
também é necessário ter em conta o facto de serem bem mais lentas (Gdhpress, 2009).

Noutros tempos os computadores estavam equipados com pequenas quantidades de memória


RAM de 64 KB, 256 KB, 512 KB até que se chegou a 1 MB. Mais tarde com o aparecimento
dos sistemas operativos mais avançados como o Windows, os computadores começaram a
necessitar de cada vez mais memória. As primeiras “máquinas” com Windows podiam

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endereçar 2 MB, mas 4 MB rapidamente vem a tornar-se o padrão. Na década de 90 aumenta a
corrida às memórias quando os preços descem drasticamente.

Hoje em dia com esta evolução, já existe muito pouca gente com um computador que tenha
menos de 2 GB de memoria, e não é exagero nenhum para utilizadores mais avançados
quererem as suas slots todas ocupadas com o máximo de memória.

2. Preço e Quantidade
Se recuarmos um pouco no tempo, podemos ver que os módulos da memória RAM eram
extremamente caros, consequentemente era compreensível ver a grande maioria dos
computadores virem equipados com muita pouca memória.

Assistimos, nestes últimos anos, a uma queda vertiginosa no preço das memórias. Com os
processadores a evoluírem, contendo mais transístores, fazendo operações com maior frequência
e custando cada vez menos. Com o passar do tempo os fabricantes de memórias conseguem
produzir chips de memória com transístores cada vez menores. Devido a este factor, foi possível
aumentar a quantidade de memória em cada chip, e com um aumento da sua produção, o preço
dispara e fica muito mais acessível ao consumidor adquirir mais memória para a sua máquina.

Na memória RAM, cada transístor representa um bit de dados. Um módulo de memória com
128 MB é formado por cerca de 1024 milhões de transístores. Conforme os fabricantes
desenvolvem novas tecnologias, começa a ser possível produzir transístores mais pequenos.
Com isto fica possível introduzir mais transístores, e consequentemente mais memória em cada
chip. Os primeiros chips de memória vinham apenas com 1 Kb, existindo actualmente chips
produzidos com 128 Mb. Se formos juntar 8 chips temos um pente de memória com 128 MB,
juntando 16 temos um módulo de 256 MB, e assim sucessivamente foi possível aumentar em
muito a sua capacidade (Scrib, 2009).

A quantidade e velocidade das memórias são mais importantes que a própria velocidade do
processador, principalmente para quem costuma trabalhar com varias aplicações em simultâneo,
ou com arquivos pesados.

Qualquer programa ou arquivo em funcionamento precisa de ser armazenado em memória. O


processador começa a usar a memória RAM que é razoavelmente rápida, o suficiente para que
(com a ajuda da cache) o processador possa usar todo o seu potencial. Mas existe um problema,
que é quando a memória se esgota, aí foi criada a memória virtual que permite que o
processador simule mais memória RAM criando um arquivo no disco rígido e armazenando
nele os dados que não foi possível colocar na memória (Gdhpress, 2009).

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O preço dos módulos de memória tem vindo a descer, é certo com algumas subidas pelo meio,
causadas por falência das empresas, como a nossa conhecida e tão falada germânica Qimonda.
Na altura pensava-se que iria diminuir a produção de memórias, e então o mercado reagiu e
aumentou os preços, coisa que não durou muito tempo, pois mais tarde a PC World cita um
estudo da IDC na revista online “Wintech”, onde mostra que mesmo que a Qimonda acabasse
de produzir memórias, o mercado continuaria a ter excesso de oferta durante bastante tempo
(Wintech, 2009). E assim com o tempo os preços voltaram a decrescer.

3. O Seu Funcionamento
Os chips de memória RAM possuem uma estrutura extremamente simples. Para cada bit 1 ou 0
a ser armazenado, temos um minúsculo condensador (componente electrónico que armazena
corrente eléctrica), quando este está electricamente carregado temos um bit 1 e quando ele está
descarregado temos um bit 0. Para cada condensador existe um transístor, encarregado de ler o
bit armazenado no seu interior e de o transmitir ao controlador de memória. A memória RAM é
volátil justamente devido ao condensador perder a sua carga rapidamente, depois de poucos
milésimos de segundos. Os chips de memória são nada mais que um composto de
condensador/transístor que é repetido alguns milhões de vezes (Scribd, 2009).

Os dados e as instruções que são processadas pela CPU têm de vir da memória principal –
RAM. Sempre que o processador solicita um bloco de informação á RAM, é colocada uma
cópia dessa informação na memória cache. Esta irá conter as informações e os dados usados
mais recentemente ou mais frequentemente pela CPU.

Quanto a CPU requer uma determinada instrução, pode acontecer uma de duas coisas:

 A instrução requerida está na cache, pelo que passa imediatamente ao processamento;


 A instrução requerida não esta na cache e então, nesse caso, tem de ser requerida à
RAM (Infosite, 2003).

Figura 1 – Papel compensador da memória cache e da RAM

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4. Formatos Físicos

 Módulos DIP (Dual in Parallel)

Os módulos DIP eram a memória RAM usada na época do XT, utilizada também em alguns
computadores 286, e os primeiros 386. Estes eram soldados directamente na motherboard. A
instalação destes módulos era muito trabalhosa e trazia várias desvantagens, por dificultar
upgrades de memória ou a substituição de módulos com defeito, mas de maneira a facilitar a
vida dos utilizadores e também para aumentar as vendas os fabricantes desenvolveram placas de
circuito impresso, onde os circuitos integrados de memória já se encontravam soldados
(Gdhpress, 2009).

Figura 2 – A remover um chip de memória do socket

 Módulos SIPP (Single in Line Pin Package)

Módulos SIPP, foram os primeiros módulos de memória usados em computadores como os 286
e os primeiros 386, sendo constituídos por módulos de 8 ou 9 bits. Este tipo de memória foi
fabricado com velocidades de acesso entre 100 e 120 nanossegundos (Gdhpress, 2009).

Figura 3 – Módulo SIPP

 Módulos SIMM de 30 e 72 vias (Single in Line Memory Module)

Os módulos SIMM eram electronicamente idênticos aos módulos SIPP. A única diferença era
não ter as “perninhas” de encaixe, que existiam mas memórias SIPP. Ambos tinham 30
contactos, portanto os módulos SIPP, eram também chamados de SIPP/30, pois continham 30
pinos, enquanto os módulos SIMM eram chamados também de SIMM/30, que também eram 30
pinos, importante é dizer, que neste já não existiam aquelas “perninhas” mas sim pinos
(Gdhpress, 2009).

Figura 4 – Módulo SIMM de 30 vias

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Os primeiros módulos SIMM eram capazes de transferir 8 bits por ciclo. Estes módulos foram
utilizados em computadores 386 e 486, e foram fabricados em várias capacidades, os mais
comuns foram os módulos de 512 KM, 1MB, e 4MB, apesar de terem existido módulos de até
16 MB, que eram raros e extremamente caros.

Como tanto o 386 quanto o 486 são processadores que acedem a memória usando palavras de
32 bits, é preciso combinar 4 módulos de 30 vias para formar os 32 bits. Basicamente, o
processador acede os 4 módulos como se fosse um só, obtendo os 32 bits de que precisa por
acesso. Os módulos eram usados em quartetos: 4 módulos ou 8 módulos, mas nunca um número
partido.

Figura 5 – Módulos em quartetos

Para solucionar o problema, os fabricantes criaram um novo tipo de módulo de memória SIMM,
que possuía 72 vias. Estes substituíram rapidamente os antigos nas placas para 486 e vem a
tornar-se o padrão para os computadores Pentium, sendo em seguida substituídos pelos módulos
de 168 vias.

Em vez de quatro módulos, é preciso apenas um módulo SIMM de 72 vias para formar cada
espaço de memória nos computadores 486. Como o Pentium acede à memória usando palavras
de 64 bits, são necessários 2 módulos em cada espaço. É por isso que nos computadores
Pentium 1 é preciso sempre usar os módulos de memória em pares:

Figura 6 – Pares de Memória

O acesso de 64 bits à memória foi introduzido para permitir que o processador conseguisse
aceder a grandes quantidades de dados mais rapidamente (Gdhpress, 2009).

 Módulos DIMM ( Double in Line Memory Module)

Finalmente, temos os módulos DIMM, já mais usados nos nossos dias. Ao contrário dos
módulos SIMM de 30 e 72 vias, os módulos DIMM possuem contactos em ambos os lados do
módulo, tal como diz o nome módulo de memória com dupla linha de contacto.

Todos os módulos DIMM são módulos de 64 bits, o que eliminou a necessidade de usar 2 ou 4
módulos para formar a relação nas memórias. Muitas motherboards oferecem a opção de usar

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dois módulos (ligados simultaneamente) para melhorar a velocidade de acesso. Esse recurso é
chamado de dual-channel e melhora consideravelmente o desempenho, pode-se também usar
somente um único módulo, mas neste caso o suporte a dual-channel fica desactivado.

Existem três formatos de memória DIMM. Os mais antigos são os módulos de memória SDR,
de 168 vias, que eram utilizados há muito pouco tempo. Em seguida, temos os módulos de
memória DDR, que possuem 184 contactos e os módulos DDR2, que possuem 240.

Apesar do maior número de contactos, os módulos DDR e DDR2 são exactamente do mesmo
tamanho que os módulos SDR de 168 vias, por isso foram introduzidas mudanças na posição
dos encaixes, para que não se consiga encaixar os módulos em placas incompatíveis.

Os módulos SDR possuem dois encaixes, enquanto os DDR possuem apenas um encaixe, que
ainda por cima é colocado numa posição diferente:

Figura 7 – Módulos DIMM/168 e DIMM/184

Os módulos DDR2 também utilizam um único encaixe, mas ele está posicionado mais próximo
do canto do módulo, comparando com os módulos DDR, o que torna novamente impossível
encaixar um módulo DDR2 numa placa antiga.

Com os módulos DDR2 a trabalhar a frequências muito altas, o uso de dissipadores tornou-se
fulcral. Estes permitem que o módulo trabalhe a frequências mais altas, e assim eles começam a
ser usados por utilizadores mais exigentes. Alguns fabricantes chegaram a utilizar heat-pipes ou
a oferecer coolers activos, que podem ser instalados sobre os módulos (Gdhpress, 2009).

Figura 8 - Módulos DDR2 com dissipadores

5. Evolução nas Tecnologias


 Memórias FPM (Fast Page Mode)

É um tipo de RAM muito antigo e pouco sofisticado, foi usado em computadores 486 e
Pentiums mais antigos, este tipo de memória é encontrado em velocidade entre os 60 e os 80
nanossegundos. Funciona enviando-se o endereço de linha da matriz de células de memória –

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RAS, que corresponde à linha, e o sinal de – CAS, que corresponde à coluna. Isto vem facilitar
o acesso a dados, dividindo os módulos de memória em linhas e colunas.

Figura 9 – Bit a ser acedido

 Memórias EDO (Extended Data Output)

As memórias EDO foram criadas em 94, e trouxeram mais uma melhoria significativa no modo
de acesso a dados. Além de ser mantido o “modo de acesso rápido” das memórias FPM, foram
feitas algumas modificações para permitir mais um pequeno truque, através do qual um acesso
aos dados pode ser iniciado antes que o anterior termine, permitindo aumentar perceptivelmente
a velocidade dos acessos.

Todos os módulos de 30 vias são de memórias FPM, enquanto (com excepção de alguns
módulos antigos) todos os de 168 vias são de memórias SDRAM. A confusão existe apenas nos
módulos de 72 vias, que podem ser tanto de memórias EDO quanto de memórias FPM. Para
saber quem é quem, basta verificar o tempo de acesso. Todos os módulos de memórias trazem
os seus dados estampados nos chips, na forma de alguns códigos. O tempo de acesso é indicado
no final da primeira linha. Se ela terminar com -7, -70, ou apenas 7, ou 70, o módulo possui
tempo de acesso de 70 nanossegundos. Se por outro lado a primeira linha terminar com 6, -60, 6
ou 60 o módulo é de 60 nanossegundos (Gdhpress, 2009).

Figura 10 – Módulo com tempo de 70 nanossegundos

 Memórias BEDO (Burst Extended Data Out)

As memórias BEDO utilizam uma espécie de Pipeline para permitir acessos mais rápidos. Num
processador a 66 MHz, as memórias BEDO são capazes de funcionar quase 30% mais rápido
que as memórias EDO convencionais. O mais interessante é que o custo de produção das
memórias BEDO é praticamente o mesmo das memórias EDO e FPM.

O maior impedimento à utilização das memórias BEDO foi a falta de suporte por parte dos
chipsets Intel, que suportavam apenas memórias EDO e SDRAM. No final, as sucessoras das
memórias EDO acabaram sendo as memórias SDRAM, que apesar de um pouco mais caras,

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oferecem uma performance levemente superior às BEDO e desfrutam de compatibilidade com
todos os chipsets modernos (Gdhpress, 2009).

 Memórias SDRAM (Synchronous Dynamic RAM)

Tanto as memórias FPM quanto as memórias EDO são assíncronas, isto significa que elas
trabalham no seu próprio ritmo, independentemente dos ciclos da placa mãe. Isso explica por
que memórias FPM que foram projectadas para funcionar em placas para processadores 386 ou
486 (que trabalham a 25, 30, 33 ou 40 MHz), funcionam sem problemas em placas para
processadores Pentium, que funcionam a 66 MHz. Na verdade, as memórias continuam
trabalhando na mesma velocidade, o que muda são os tempos de espera que passam a ser mais
altos. Assim, ao invés de responder a cada 2 ciclos da placa mãe, por exemplo, elas podem
passar a responder a cada 3 ou 4 ciclos, funcionando normalmente.

As memórias SDRAM, por sua vez, são capazes de trabalhar sincronizadas com os ciclos da
placa mãe, sem tempos de espera. Isto significa, que a temporização das memórias SDRAM é
sempre de uma leitura por ciclo. Independentemente da velocidade de barramento utilizada.

Pelo facto de trabalharem sincronizadas com os ciclos da placa mãe torna as memórias SDRAM
muito mais rápidas que suas antecessoras (Gdhpress, 2009).

 Memórias PC-100 (ou memórias de 100 MHz)

São memórias SDRAM com vários aperfeiçoamentos, o que as permite funcionar estavelmente
com bus de 100 MHz. A maioria das motherboards com chipset LX (que suportam BUS de 100
MHz) só aceitam funcionar com memórias PC-100, recusando memórias SDRAM comuns
(Gdhpress, 2009).

 Memórias PC-133

Com a evolução das técnicas de fabricação, foi sendo possível produzir módulos de memória
SDRAM com tempos de acesso cada vez menores. Apesar do processo de evolução ser bastante
lento quando comparados a outros componentes, actualmente já é possível produzir memórias
SDRAM capazes de funcionar muito acima de 133 MHz.

Estas novas memórias, chamadas PC-133 são utilizadas pelas versões de 133 MHz do Pentium
III e do AMD Athlon, e por permitirem um acesso a dados mais rápido, contribuem para o
aumento da performance global do computador (Gdhpress, 2009).

 Memórias DDR-SDRAM II

Um tipo de SDRAM que suporta transferências de dados duas vezes por ciclo de clock,
dobrando a velocidade de acesso. Este tipo de memória consegue suportar velocidades de

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barramento de cerca de 200 MHz. A transferência de dados entre o processador e esse tipo de
memórias é de cerca de 2.4 GB por segundo (Gdhpress, 2009).

 Memórias Rambus

Estas memórias são caracterizadas por serem extremamente rápidas, no entanto requererem
grandes mudanças no controlador de memória e na interface memória/sistema. RDRAM usa um
canal estreito com grande largura de banda, para transmitir dados até 10 vezes mais rápido que
as memórias DRAM padrão. Visa diminuir a falha de página na cache integrada, diminuindo o
tempo de espera do sistema. Ela pode trabalhar a 500 MHz, porém para diminuir as
interferências causadas pelas altas frequências, ela trabalha a 2V apenas, e com sinais digitais
em 300 mV. Actualmente ainda são utilizadas em algumas máquinas de jogos e em aplicações
gráficas muito intensivas (Gdhpress, 2009).

 Memórias DDR

A sigla DDR vem de double data rate. Que indica a capacidade das memórias DDR,
transmitirem dados duas vezes por ciclo, uma transferência no início do ciclo de clock e uma
segunda transferência no final. Um módulo DDR de 266 MHz por exemplo, não trabalha a 266
MHz, mas sim a apenas 133 MHz, entretanto, como são feitas duas transferências por ciclo, o
desempenho é equivalente ao que seria alcançado por um módulo de 266 MHz.

O trunfo das memórias DDR é de ter um grande apoio da indústria, que veio a ganhar força
depois do lançamento dos chipsets DDR para o Athlon e para o Pentium III. A única
desvantagem é ao comprar uma motherboard com suporte DDR, só será possível usar memórias
DDR (Gdhpress, 2009).

 Memórias VC-SDRAM

As memórias VC-SDRAM são mais uma tecnologia falhada, assim como as memórias BEDO.

As memórias VC-SDRAM, ou Virtual Channel SDRAM, são uma tecnologia que consiste em
incluir um pequeno buffer de dados em módulos de memória SDRAM comuns, que passam a
ser módulos Virtual Channel (Gdhpress, 2009).

 Memórias DDR2 (Double Data Rate 2)

Como o próprio nome indica, a memória DDR2 é uma evolução da tão utilizada memória DDR.
Entre as suas principais características está o menor consumo de energia eléctrica, menor custo
de produção, maior largura de banda de dados e velocidades mais rápidas.

Trata-se de uma espécie de "substituto natural" das memórias DDR, uma vez que, em
comparação com esta última, a tecnologia DDR2 traz diversas melhorias (Gdhpress, 2009).

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 Memórias DDR3

Até há bem pouco tempo as DDR3 existiam só em placas de vídeo e eram memórias bem
diferentes das usadas nos slots de memória das motherboards.

Actualmente foram lançadas as DDR3 para motherboards que têm a mesma quantidade de pinos
que as DDR2, mas não se podem usar as DDR2 e DDR3 juntas porque as frequências e débitos
são diferentes.

Hoje já se podem encontrar no mercado as memórias DDR3 que são extremamente boas, mas as
DDR2 ganham no custo / benefício por serem compatíveis com a maioria das placas e terem
uma performance excelente, apesar de a DDR3 ter performance melhor, mas são muito caras
(Gdhpress, 2009).

6. Conclusão
Através desta pesquisa mais aprofundada relativamente à evolução das memórias RAM,
descobri que num futuro próximo, estas poderão vir a ser substituídas por um tipo de memória
não volátil. Constatei que existem varias empresas que tem vindo a desenvolver as memórias
MRAM, que armazenam dados na forma de sinais magnéticos, com o objectivo de serem
economicamente mais baratas e tão rápidas quando comparadas com as memórias actuais.

7. Referências
Francodigi - http://www.francodigi.com/hardware/ram.html (Evolução da Memória RAM – 12
de Outubro 2009)

GDH Press - http://www.scribd.com/doc/6589857/Revista-GDH-04-Especial-Memoria-RAM


(Memórias – 6 de Outubro de 2009)

How Stuff Works - http://informatica.hsw.uol.com.br/memoria-ram3.htm (Como funciona a


memória RAM – 6 de Outubro de 2009)

Infosite - http://infosite.no.sapo.pt/Unidade_1/u1_cont14.html (RAM - 12 de Outubro de 2009)

Scribd - http://www.scribd.com/doc/11619178/Aula-6-Bios-Setup (Explicação sobre o


funcionamento da RAM)

Scribd - http://www.scribd.com/doc/7047660/Memorias-Primarias (Memórias Primárias - 7 de


Outubro de 2009)

Wintech - http://www.wintech.com.pt/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=4356
(Noticia de uma revista online – 17 de Outubro de 2009)

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