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TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO: FERRAMENTA SOCIAL PARA

PORTADORES DO ESPECTRO AUTISTA

Edilaine Cristina Galhardo

Resumo

Cada vez mais é possível percebermos a necessidade de recursos tecnológicos


como aplicativos e softwares que estejam voltados para inclusão. Inclusão esta não
apenas digital, como também social, de pessoas com incapacidades ou mobilidades
reduzidas. É com este foco que a Tecnologia Assistiva trabalha. O estudo dessas
tecnologias e de reflexões acerca da necessidade de aplicativos específicos para
indivíduos com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), principalmente
autistas de Língua Portuguesa, está tomando cada vez mais espaço, já que vem dando
resultados significantes. Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento dentro da
Tecnologia da Informação e Comunicação, de característica interdisciplinar, que
engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam
promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com
TGDs. Acredita-se que a partir de atividades que unam tecnologia e diverção, quando
bem direcionadas e variadas, possam ajudar o autista na conquista da comunicação,
resultando numa maior autonomia nas situações cotidianas, complementando o trabalho
educacional e ajudando em sua reabilitação.

PALAVRAS-CHAVE: Autismo; Tecnologia Assistiva; Educação Inclusiva;


Transtornos Globais do Desenvolvimento; Tecnologias da Informação e Comunicação

O Autismo
No final dos anos 60 surge o conceito de Transtornos Globais de
Desenvolvimento (TGD) que não só diz respeito somente ao autismo, como também aos
transtornos que têm em comum as funções do desenvolvimento afetadas
qualitativamente como: Síndrome de Rett, Transtorno ou Síndrome de Asperger,
Transtorno Desintegrativo da Infância e Transtorno Global do Desenvolvimento sem
outra especificação. Como o nosso foco é o autismo, é preciso salientar o conceito de
TGD, importante pois traduziu a compreensão do autismo como um transtorno do
desenvolvimento e não mais como transtorno emocional, como antes era visto. Assim,
deixando de ser entendido como uma psicose infantil para ser entendido como um
Transtorno Global (ou Invasivo) do Desenvolvimento.
“O termo autismo vem do grego autos que significa em si mesmo. Faz referência
a um sujeito retraído que evita qualquer contato com o mundo exterior e que pode
chegar inclusive ao mutismo” (ROUDINESCO; PLON, 1998, p. 57). É caracterizado
pela presença de um desenvolvimento acentuadamente prejudicado no que diz respeito a
interação social e comunicação. Também é marcado pela presença de um repertório
restrito de atividades e interesses. As manifestações desse transtorno dependem do nível
de desenvolvimento e idade, portanto são variáveis. Há prejuízos na comunicação que
podem afetar as habilidades verbais e não verbais, como atraso ou falta de
desenvolvimento da linguagem falada. Com frequência também observamos um intenso
interesse por rotinas ou rituais, além de movimentos corporais estereotipados como
bater palmas, estalar os dedos, caminhar na ponta dos pés, e outras anormalidades de
postura.
Todas essas questões contribuem para que os prejuízos sociais sejam muitos. Os
reguladores socias como comportamentos não verbais (contato visual, expressão facial,
gestos corporais) faz com que pessoas autistas não tenham muitos interlocutores
interessados em uma conversa ou atividade. Além disso, o autista pode também
simplesmente ignorar as outras pessoas de seu convívio social ou não e não
compreender as necessidades delas. Percebendo essas questões, vemos como são
importantes iniciativas (tecnológicas, por exemplo) no auxílio de socialização de
autistas quanto no contexto educacional, como no mais amplo.
Há também o conceito de Espectro Autista, advindo dos estudos de Wing e Gould
em 1979.
Ao estudarem a incidência de dificuldades na reciprocidade social,
perceberam que as crianças afetadas por essas dificuldades também
apresentavam os sintomas principais do autismo. A incidência foi
praticamente cinco vezes maior do que a incidência nuclear do
autismo. Portanto, são crianças afetadas por dificuldades na
reciprocidade social, na comunicação e por um padrão restrito de
conduta, sem que sejam autistas, propriamente ditas, o que permitiu
atenção e ajuda a um número maior de crianças.
O Espectro Autista é um contínuo, não uma categoria única, e
apresenta-se em diferentes graus. Há, nesse contínuo, os Transtornos
Globais do Desenvolvimento e outros que não podem ser
considerados como Autismo, ou outro TGD, mas que apresentam
características nos desenvolvimentos correspondentes a traços
presentes no autismo. São as crianças com Espectro Autista. (FILHO,
B. e FERREIRA, J, 2010, p. 17)

Percebemos que a ramificação e as semelhanças de comportamento entre os


Transtornos de Desenvolvimento tem como consequência a dificuldade do diagnóstico.
É difícil encontrarmos pessoas que sabem tal diferença entre o autista e o espectro
autista. Dessa forma, ambos acabam sendo visto como apenas uma coisa. O que reforça
também a importância da tecnologia para disseminar informações acerca do assunto.
O autismo vem sendo estudado pela ciência há quase seis décadas, mas ainda é
visto como um campo rico já que permanecem muitas dúvidas da sociedade (como por
exemplo as diferenças nos possíveis diagnósticos acima discutidos), além de
divergências e grandes questões a serem respondidas pela ciência. Um exemplo é a
descoberta da maior tendência do fator genético em pessoas técnicas que se casam de ter
um filho com autismo.
O Vale do Silício e outras comunidades de apreciadores de tecnologia
apresentam índices excepcionalmente altos de autismo. Essa tendência
pode refletir uma associação entre genes que contribuem para o
autismo e genes por trás de aptidões técnicas. Quando dois indivíduos
com mente técnica se casam, seus filhos podem herdar genes para
habilidades cognitivas úteis, além de genes envolvidos no
desenvolvimento do autismo. Além disso, altos níveis de testosterona
no útero podem desempenhar um papel no desenvolvimento de
mentes técnicas e autistas (BARON-COHEN, 2013, p.42)

Estes são exemplos para vermos que a ciência não para de descobrir novas
questões sobre o autismo, e, com certeza, ainda há muito a ser descoberto. As demais,
os exemplos citados acima permite com que a sociedade perceba que autistas não
devem ser menosprezados ou tratados como parte de uma parcela “menos inteligente”
ou “coitadinhos” da sociedade, muito pelo contrário. Os autistas são, de fato,
constituintes da sociedade, ocupam espaços e papéis, exercendo atividades laborais
também no Vale do Silício, portanto, não há porque não pensar em tecnologias
específicas e melhoramentos educacionais para este público tão vitima da ignorância da
sociedade.
A Tecnologia
De acordo com pesquisas, softwares (como jogos eletrônicos, players de músicas,
etc.) e hardware (como celulares, smartphones, tabletes, etc.) são ferramentas comuns
no dia a dia da chamada geração digital das quais crianças e jovens autistas também
fazem parte, portanto, um instrumento de acesso, que além de ser rapidamente
assimilado pelas pessoas neurotípicas, pode auxiliar a comunicação de pessoas com
autismo visto que elas, também, são consideradas nativas digitais. Dessa forma, a
abordagem de crianças com autismo com intermédio de um dispositivo digital é um
importante elemento para iniciativa comunicativa.
É nesse contexto que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) passam
a ter importância fundamental na educação, aprendizagem e treinamento de habilidades
no processo reabilitador, se apresentada como Tecnologia de apoio. Dessa forma, pode
contribuir, de forma significativa, para uma melhor qualidade comunicativa das pessoas
com necessidades educacionais especiais e, no caso, as crianças autistas.
Como forma de auxiliar no desenvolvimento da capacidade de comunicação, interação
social e cognitiva do indivíduo autista, bem como de indivíduos com diversas outras
necessidades especiais, surgiu a Tecnologia Assistiva que tem o papel de trazer o
mundo, o que é papel da tecnologia, só que de forma acessível para todos os públicos,
seja ele surdo, mudo, cego, autista etc. A tecnologia não é mais uma área específica. Ao
permear por todos os universos, se faz necessário aprender a usar as ferramentas digitais
à disposição – e, por isso, é fundamental que não seja excludente. Pelo contrário.
A tecnologia assistiva coloca o deficiente em pé de igualdade, aumentando suas
oportunidades também no mercado de trabalho. Essa tecnologia muda para melhor a
vida de muitas pessoas.
Analisando este conceito de forma a entender minuciosamente seu significado,
vê-se que o mesmo pode ser dividido em duas partes: uma delas está mais relacionada à
primeira palavra do termo, Tecnologia, enquanto a outra se relaciona à segunda,
Assistiva.
Nesta linha de raciocínio, faz parte do conjunto da primeira palavra do termo,
Tecnologia, os vários produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços
que podem ser criados ou aperfeiçoados, e que possuem um objetivo definido, suprindo
alguma necessidade. Todo este conceito pode ser resumido em duas palavras principais:
recursos e serviços. Isso, porque, para que um recurso seja desenvolvido, ou para que
um serviço seja prestado, é necessário que haja produtos disponíveis, metodologias
apropriadas, estratégias claras e específicas e práticas adequadas. Assim, recursos e
serviços só existirão e funcionar, se todo este conjunto de palavras se fizer real na
preparação dos mesmos.
No que diz respeito aos usuários, a Tecnologia Assistiva vem para somar, na
medida em que suscita a utilização de todo o tipo de Tecnologia na implementação de
dispositivos que facilitem o acesso e desenvolvimento de pessoas com necessidades
especiais. Com olhar voltado às pessoas com autismo, é possível percebermos que,
mesmo já existindo ferramentas de apoio, ainda há muito o que se produzir para que seu
desenvolvimento comunicativo seja facilitado.
O governo Britânico através do site da BECTA (2007) declara, acerca do impacto
das TICs nas escolas, que é avassaladora a mensagem passada por estudantes e
professores de que a introdução das TICs na sala de aula produziu desenvolvimentos
positivos, motivando alunos e professores de igual modo e modificando as experiências
de ambos. Ainda declaram pelo site, em 2008, que estas constatações, quando
associadas à flexibilidade permitida e à maior possibilidade de escolhas e de redução de
esforço, permitem-nos atestar facilmente que quando se utilizam as TIC verifica-se para
além de um incremento da motivação, um maior envolvimento na aprendizagem e
consequente satisfação que se repercutem na aceleração da aprendizagem, bem como
num progresso mais evidente.

Um exemplo prático de aplicativo usado nesse sentido é o “Go Sequencing”.


Que está disponível no Itunes e é uma boa forma para desenvolver linguagem e os
passos necessários para completar atividades diárias em situações do mundo real.
Aprender a fazer sequencias é fundamental para o desenvolvimento de habilidades de
leitura e de narrativa, bem como a linguagem cotidiana. O aplicativo, como afirma
Puly (2015) tem o objetivo de estimular habilidade de sequência, leitura e
interpretação de texto e ainda auxilia na interação social, pois pode ser jogado em
grupo incentivando a melhoria da compreensão da linguagem.

A tecnologia pode ajudar as crianças com Asperger a aprender


linguagem social, alertá-los para os sinais sociais e ajudá-los a praticar
as habilidades de conversação importantes, ajudando na interação
social e aprendizado no ambiente escolar. Os dispositivos portáteis
podem estar repletos de informações sobre as sutilezas da linguagem
usual das pessoas no dia a dia, facilitando a aprendizagem através da
mediação de um profissional habilitado para que a criança não perca o
foco na hora da aula no ambiente escolar. A tecnologia é fundamental
e excitante, mas, sozinha, não identifica e nem desenvolve habilidades
(Alves Mesquita; Macedo, 2012).

A Educação, a tecnologia e o autismo


No âmbito educacional, os modelos explicativos sobre o autismo tiveram grande
influência ao longo da história e determinou as primeiras iniciativas de intervenção no
ensino, que entretanto, foram muito específicas e distanciadas daquelas desenvolvidas
no meio social inerente à escola como hoje conhecemos. Isso implica na surpresa e no
desafios vivenciados até hoje pelos professores nas diversas áreas de ensino que se
veem diante uma criança autista em sua turma pela primeira vez. Apesar disso, as
práticas desenvolvidas por esses professores se tornam uma importante contribuição na
construção do conhecimento a respeito do autismo e das potencialidades da educação
escolar na vida dessas crianças.
Depois da década de 60, e do conceito de Transtornos Globais de
Desenvolvimento, os estudos engajados conseguiram explicações plausíveis para as
características de comunicação, linguagem, interação social e pensamento presentes no
autismo. Foi nesse período que surgiram escolas específicas para pessoas com autismo e
desde então muito se tem feito e pensado para melhor auxiliar a educação de crianças e
jovens com transtornos de desenvolvimento.
A implementação de modelos e recursos tecnológicos podem gerar obstáculos
diante das condições de cada escola. Porém, na era da comunicação e informatização,
torna-se necessário. Além disso, há a promessa de que o uso das tecnologias pela
educação venha a potencializar a aprendizagem do estudante com autismo, bem como a
sua inclusão digital, educacional e até social.
Na perspectiva da abordagem histórico-cultural, o aluno é sujeito ativo
de seu processo de formação e desenvolvimento intelectual, social e
afetivo. O professor cumpre o papel de mediador desse processo [...].
Nesse processo de mediação, o saber do aluno, enquanto sujeito ativo
é muito importante na formação de seu conhecimento. O ensino é
compreendido como uma intervenção repleta de intencionalidade,
inferindo nos processos intelectuais, sociais e afetivos do aluno,
visando à construção do conhecimento (ORRÚ, 2012, p. 09)
Ao educador cabe a investigação da problemática, sem preconceitos para receber
os estudantes autistas, acreditando na capacidade individual, fazendo um trabalho
voltado para seu desenvolvimento e, principalmente, correr riscos, aprendendo e
ensinando a cada dia, com cada gesto, a cada movimento e a cada etapa vencida.
Buscando, dessa maneira, uma postura acolhedora, respeitando as necessidades e
valorizando as diferenças, empenhando-se sempre em entender todo o processo de
ensino-aprendizagem dos estudantes, auxiliando no progresso deles, além de fazer a
diferença utilizando a informática para melhoria da qualidade do ensino especial. Não é
uma tarefa fácil, mas necessária.
O computador significa para o deficiente físico um caderno eletrônico;
para o deficiente auditivo, a ponte entre o concreto e o abstrato; para o
deficiente visual, o integrador de conhecimento; para o autista, o
mediador da interação com a realidade; e, para o deficiente mental,
um objeto desafiador de suas capacidades intelectuais.
(VALENTE,1997, p.19)

O autista é um pensador visual, seus pensamentos acontecem em ordem concreta


e se transformam em imagens e objetos mentais, por isso têm tanta dificuldade em se
adaptar ao método de ensino tradicional. É por isso que é tão importante “o mediador da
interação com a realidade” por meio do computador. A educação juntamente à
tecnologia só tem a ganhar. Para tanto vê-se necessário que a escola esteja preparada. É
importante que junto ao corpo docente estejam pessoas especializadas ou com
entendimentos multidisciplinares que reúna também tecnologia, educação e psicologia.
Seabra e Mendes (2009), também destacam a importância da acessibilidade dos
estudantes com necessidades especiais aos recursos tecnológicos da escola e os
benefícios que trazem à autonomia desses sujeitos. Mas, ao fazer referência à inclusão
escolar, elas reconhecem que “colocar um aluno com deficiência numa sala de aula sem
oferecer recursos que possibilitem que ele enfrente as diferentes situações de forma
funcionalmente competente pode não ser suficiente. (p.1)”. Neste sentido, é preciso que
pensemos em todo o processo de inclusão de modo a fornecer meios, criando condições
para que os com autismo, por exemplo, possam se desenvolver e aprender de maneira
justa equiparada com os demais pares. Concluímos, a partir disso, que o acesso às
tecnologias no contexto da educação inclusiva é algo imprescindível, pois favorece a
participação do estudante ao currículo sem discriminação.
Atualmente, o Plano Tecnológico para a Educação (PTE), igualmente sob a alçada
do Ministério da Educação, ainda ativo, constitui o mais recente esforço para o
desenvolvimento das competências de alunos e professores e, pessoal não docentes das
escolas.
É essencial valorizar e modernizar a escola, criar as condições físicas
que favoreçam o sucesso escolar dos alunos e consolidar o papel das
tecnologias da informação e da comunicação (TIC) enquanto
ferramenta básica para aprender e ensinar nesta nova era. […] A
integração das TIC nos processos de ensino e de aprendizagem e nos
sistemas de gestão da escola é condição essencial para a construção da
escola do futuro e para o sucesso escolar das novas gerações de
Portugueses.” (Resolução do Conselho de Ministros n.º 137/2007) e
almejava “…colocar Portugal entre os cinco países europeus mais
avançados na modernização tecnológica do ensino 2010. (Plano
Tecnológico da Educação, 2008)

Com os esforços da Tecnologia ser cada vez mais inclusiva, assim como as
escolas e as políticas públicas, pessoas com todos os tipos de dificuldades poderão ter
acesso à educação de qualidade. O cenário da educação atual se mostra otimista quanto
a isso. O mundo está finalmente reconhecendo o autista também como um cidadão.

CONCLUSÃO
Como autistas podem ter dificuldades de comunicação em graus variados que
podem chegar ao severo ponto de alguns não conseguirem desenvolver habilidades de
comunicação, é preciso pensar em estratégias educacionais que os contemplem.
Levando em considerações tais necessidades, são estudadas diversas formas de
estimular a comunicação, com isso torna-se necessário ter equipes multidisciplinares
(tecnologia, educação e psicologia) com o intuito de transformar os paradigmas para
uma nova relação entre ensino e aprendizagem.
O ser humano é um inventor de símbolos que transmite ideias complexas sob
novas formas de linguagem. Sendo assim o estímulo a projetos de adaptação de
equipamentos e programas de informática é de grande importância neste processo.
Nesse sentido temos as Tecnologias da Informação e Comunicação, mais
especificamente a Tecnologia Assistiva como recurso ou ferramenta utilizado com a
finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa com
necessidades especiais.
O computador enquanto interface e os aplicativos, assim como os jogos virtuais
proporcionam um contexto repleto de mediações e significados, que dão sentido às
imagens-sons narrativas à medida que elas são imbricadas com suas práticas cotidianas.
Verifica-se que muitas das pessoas com necessidades educativas especiais podem
utilizar estes dispositivos sendo notório os interesses pelos mesmos, já que se
enquadram no grupo dos chamados “nativos digitais”.
É de extrema importância o ingresso das Tecnologias da Informação e
Comunicação e inovações na sala de aula. Não apenas utilizando os equipamentos, mas
também associando-os aos objetivos da saúde e da educação especial, assim, as
tecnologias assistivas, em intervenções pedagógicas proporcionar melhor qualidade de
vida em diversos contextos das pessoas Transtornos de Desenvolvimento.
O uso e a prática das tecnologias em contextos educativos são instrumentos
valiosos, tanto a nível formativo como educacional. Em adição, contribuem para centrar
o aluno em seu próprio processo de ensino-aprendizagem, desenvolvendo autonomia,
motivação, espírito crítico e a criatividade, e possibilitando uma fácil adequação aos
seus interesses e ritmos de aprendizagem, além de integrá-lo à sociedade.
REFERÊNCIAS:
ALVES, C. L; MESQUIRA, E; MACEDO, M. A atuação do psicólogo diante do uso
das novas tecnologias em educação no processo de ensino-aprendizagem de
crianças com deficiência intelectual do ensino fundamental. 2012. Disponivel em:
<http://micaellapsi.blogspot.com.br/>. acesso em 31 de janeiro de 2019.

BARON-COHEN, Simone. Autismo e a mente técnica. Revista Scientific American


Brasil. São Paulo. Nº 54. Ago-set. 2013.

ROUDINESCO, Elisabeth. Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

FILHO, B. FERREIRA, F. A educação especial na perspectiva da Inclusão Escolar:


transtornos globais do desenvolvimento/ José Ferreira Belsário Filho, Patrícia Cunha.
– Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]:
Universidade Federal do Ceará, 2010.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Plano Tecnológico da Educação. Brasil, 2008


Puly, Amanda. O autismo e a importância da rotina. Clube Materno, 2015.
Disponível em: http://clubematerno.net/2015/10/28/o-autismo-e-a-importancia-da-
rotina/ acesso em 31 de janeiro de 2019.

ORRÚ, Sílvia Ester. Autismo, linguagem e educação: interação social no cotidiano


escolar. Rio de Janeiro: Wak, 2012.

SEABRA, Mariana. MENDES, Enicéia, Gonçalvez. Escolha dos recursos de alta


tecnologia assistiva para a inclusão de crianças com paralisia cerebral in: Anais do
V Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Especial. Londrina 2009.
Disponível em <http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/
pages/arquivos/anais/2009/167.p df> acesso em 31 de janeiro de 2019.

VALENTE, José Armando. O uso inteligente do computador na educação. NIED –


UNICAMP – Texto publicado na: Pátio – revista pedagógica. Editora Artes Médicas
Sul. Ano 1, N°1, 1997, p.19-21.

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