Mais um assunto misterioso e, por isso mesmo, complicado de se abordar. Trata-se de
um “aditivo” que mata aos poucos quem o ingere com exacerbação: é a droga. Afinal, por que o ser humano é atraído por ela? Para fugir da realidade? Necessidade de aventura? Pesquisa? Motivos que ele próprio desconhece? A verdade, é que ninguém sabe exatamente. A ânsia pelo desconhecido, pela aventura, talvez, possa ser o passo inicial que leva a pessoa a experimentar a droga. O tema é, pois, exaustivamente debatido sob todas as formas e óticas. Há os que prescrevem antídotos, outros, tratamentos de ordem psíquica ou de caráter puramente medicinal. Os resultados podem ser positivos, mas nem sempre a cura total advém. O que acontece, na maioria das vezes, é a implacável morte. A droga é destruidora e impiedosa. O relato de seus efeitos é lido em inúmeras obras e estudos. Mas, e o que acontece “depois”? Eis uma questão capciosa. Verdade seja dita: ninguém sabe. Porém, em respeito ao tom desta série de artigos, ouso adentrar numa seara perigosa, não obstante, respeitando as crenças e aos cientistas especialistas no assunto. Em suma, o que será aventado a seguir, poderá mexer com susceptibilidades. Contudo e, guardando a precaução devida, é bom prevenir aos consumidores, que o “aqui-agora” pode até ser fantástico (pelo menos enquanto o efeito alucinógeno durar), mas o porvir (sem contar a fase de tratamento, se for o caso), não é nada venturoso... Antes de adentrar no cerne deste ensaio, é bom alvitre recordar que a palavra "droga" está associada tanto ao conceito de narcótico ou entorpecente quanto ao conceito de medicamento. Em outras palavras, "droga é qualquer substância, química ou a mistura delas (à exceção daquelas necessárias para a manutenção da saúde, como, por exemplo, água e oxigênio), que altera a função biológica e possivelmente a sua estrutura". Portanto, toda substância, natural ou sintética, que tem a capacidade de alterar as funções fisiológicas ou de comportamento da pessoa, é considerada “droga” que, no mais, pode ser: álcool; anabolizantes; anfetaminas; ayahuasca; cocaína; cogumelos; “crack”; “ecstasy”; haxixe; heroína; inalantes; “LSD”; maconha; ópio e tabaco. Assim, quando a ingestão de quaisquer dessas drogas ultrapassa o limite tolerado, a morte acontece irremediavelmente. E o que viria depois dela? Eis o maior mistério de todos. O que será descrito a seguir, repita-se, poderá desagradar, e até afrontar, além, claro, de fazer com que se duvide de sua veracidade. É o direito de cada um, questionar. Que se evite, todavia, de comprovar tal “autenticidade”... Ressalte-se, de novo, que tudo não passa de mera especulação, não custa, contudo, exercitar a imaginação. Verdade, ou fantasia, no mínimo servirá de sobreaviso. Pelo menos, que fiquem “atentos” os contumazes usuários de drogas... Dizem, que logo após a morte, o espírito do viciado continua se debatendo até que dele se aproximam sedentas entidades do mal que, então, passam a "vampirizá-lo", isto é, começam a sugar tudo o que lhe resta em termos de energia vital. Esse ato macabro é efetuado de forma cruel e desrespeitosa, como não podia deixar de ser. Metaforicamente, seria como glutões estivessem em volta de uma mesa, saboreando um prato suculento. Cada um, portando um canudinho. O “festim” prosseguiria, depois, com o chamado “cordão de prata” (elo imaginário que une o corpo ao espírito e é rompido, aos poucos, após a morte, segundo os espiritistas) que seria impiedosa e abruptamente partido. Ainda assim, o viciado, morto por “overdose” continuaria com a sensação do corpo físico. Isto é, ele continuaria “sentindo” a sua alma sendo vorazmente consumida pelos famintos algozes, bem como vermes reais devorando o corpo em estado de putrefação. Como se não bastasse, o infeliz “presenciaria”, ainda, o retalhamento de sua carne durante a autópsia. Ao final do banquete, os “sugadores” buscariam uma substância semelhante ao líquido semiótico. Seria esse, o momento mais doloroso do sombrio ritual. Pelo visto, o sofrimento continua no “outro lado”. Cuidado!