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38-O MISTÉRIO DA MENTE-01/Abril/2005

De todos os mistérios da vida, nenhum deles é mais complexo, porquanto desconhecido,


do que a parte subjetiva que “repousa” nas entranhas do chamado corpo, exatamente no
interior da caixa craniana: a mente. Se a mente é eminentemente humana, então dela
surgem os mistérios, pois é ela quem os gera e é ela quem os raramente resolve.
Na verdade, a mente poderia ser considerada como a matéria-prima do todo, seja este
oculto, ou não. Em suma, nada é mais desconhecido e obscuro do que a mente. O que
seria a mente, afinal? Deus? Não seria esta poderosa Divindade, tão idolatrada e
adorada pela humanidade, uma espécie de congregação formada por várias mentes que
alcançaram a harmonia cósmica, isto é, a chamada “Mente Suprema”?
A mente do ser humano comum, enfim, deve ser simplesmente o pensamento ou a sua
alma que está em constante e ininterrupta evolução. Um dia, portanto, ela poderá se unir
a outras mentes e reger o Universo. Será possível? O fato é que todos sabem que a
mente, apesar de intangível é real. Ninguém a vê, mas a sente e por seu intermédio,
vive. Não importa se bem ou mal, mas, a máxima, “penso, logo existo”, corrobora a sua
existência inequívoca. No mais, a mente é o instrumento que aciona a vida de todos os
seres viventes. Todas as mentes são fortes em potencial e iguais em essência, mas
poucas são verdadeiramente desenvolvidas. Poucas atingiram seu ápice. São aqueles
que realmente souberam tirar proveito da sua força mental, ajudando não somente a si
próprio, como aos outros, menos cientes dessa possibilidade infinita. São os heróis da
humanidade, os “Iluminados” que tiveram missões diversas e as cumpriram com louvor
e sacrifício. Nem sempre, infelizmente (na maioria das vezes, talvez) foram
compreendidos e, uns tiveram finais trágicos quando passaram pela Terra. De qualquer
forma, legaram suas ações e até hoje, os mais sensatos os reconhecem e lhes dão o
devido valor, talvez recusado na época em que por aqui viveram. É assim que se deve
utilizar a potencialidade da mente: em benefício, sobretudo do próximo, pois em assim
sendo, a própria pessoa também irá se beneficiar. Este é o caminho para o almejado e,
aparentemente, inalcançável domínio da vida que significa estar ciente da própria força,
mas sem dela utilizar em prol de si mesmo, tampouco exibir tal força para alimentar à
vaidade. Humildade é a estratégia.
A mente forte não precisa se mostrar. Basta agir com, discrição, consciência e sapiência.
Ao final de tudo, quando da matéria se “desprender”, a pessoa bem afinada com sua
mente colherá os frutos que plantou. Essa é a lei do retorno. Implacável e soberana.
Por outro lado, uma mente instável vai gerar a sua doença e principalmente do corpo
que habita. Portanto, as emoções dominadas regem o coração e apuram a razão.
Este é o óbvio resultado de quem está em franca evolução e aperfeiçoamento.
A mente é tão forte que, dependendo do teor e da potência de suas emissões – que
seriam os pensamentos – poderá não somente mover coisas (“telecinese”) e curar, como
até mesmo gerar formas diversas no éter. A essas “montagens” dá-se o nome de
“pensamentos-forma”, cuja função primordial seria também prejudicar seu criador,
através de temores e outras modalidades de negativismos. Eis um motivo cabal para que
os indivíduos “aprendam a pensar” com consciência, procurando controlá-lo de modo
sóbrio e coerente. Tal maestria mental é, na verdade, a ante-sala da prosperidade e do
sucesso, pré-requisitos básicos para uma vida plena, cujo propósito é servir e usufruir.
Este ensaio não tem intenção, muito menos pretensão, de ser um texto de auto-ajuda.
Seu objetivo é martelar na mesma tecla: conscientização do poder infinito da mente.
O poder advindo de quem obteve a maestria, redundará na capacidade e habilidade de
ultrapassar a barreira do tempo, do espaço e da vida, fatores precípuos para adquirir o
conhecimento e, em conseqüência, desvendar os mistérios da existência.
Somente assim, é que o ser humano “conhecerá Deus”... E a perfeição, um dia chegará.

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