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47-MISTÉRIO DO MAGNETISMO-Junho/2005

Será que as pessoas se espantariam ao descobrir que suas mãos são potentes
instrumentos de cura? Como se comportariam sabendo que têm dentro de si uma
energia tão forte quanto um raio? Certamente, sua maneira de lidar com a vida se
alteraria substancialmente. É que foi descoberto há muito tempo (e até hoje a maioria
ignora esta realidade) que todo ser humano possui um magnetismo altamente
regenerativo. Oficialmente, o primeiro indivíduo que descobriu esse autêntico poder,
chamava-se Mesmer, um médico austríaco nascido no século 18. Certa feita, um padre
jesuíta lhe presenteou alguns imãs. O religioso tratava os necessitados com metais
magnetizados. Mesmer ficou impressionado com os resultados e passou a utilizar o
mesmo recurso com seus pacientes. Porém, um dia ele percebeu que não eram os imãs
que curavam, mas o próprio magnetismo humano emanado através dos dedos e das
mãos. Então, ele passou a magnetizar árvores, água, instrumentos musicais, espelhos,
roupas e outros objetos. Entusiasmado com seu achado, Mesmer construiu
equipamentos e criou métodos no intuito de facilitar a captação da energia humana, que
denominou de “fluido”. A sua conclusão fora óbvia: as pessoas ficavam doentes por
causa da desarmonia na sua organização psíquica, causada por situações diversas, tais
como depressão e outros distúrbios mentais. E elas poderiam não somente se auto-curar,
mas curar os outros, através dos recursos de seu magnetismo.
Essa força afloraria mais abundantemente com o auxílio das orações, mentalizações,
relaxamento, técnicas de respiração e meditações. O sintoma da captação se daria
quando as mãos ficavam quentes. Era quando se tornavam aptas para emanar a energia
curativa que os leigos qualificariam de miraculosa. A partir da imposição das mãos
sobre a região afetada da pessoa a ser tratada, o alívio seria obtido. Surge, contudo, a
pergunta: por quê poucos estariam cientes desse poder? Caso contrário, seria o fim das
intermináveis mazelas físicas e espirituais? O fim dos sofrimentos humanos? Estaria o
Homem habilitado a se curar e a fazer o mesmo com quem ainda não se conscientizou
de sua força interior tão física quanto a força de seus músculos? Os feiticeiros, xamãs
ou curandeiros conheciam o poder que tinham e os usavam positivamente quando eram
bem-intencionados. Como sempre, havia aqueles que agiam de forma negativa, visando
obter lucros e explorar a ingenuidade alheia. Por isso, eram combatidos não somente
pelos religiosos mais ortodoxos, como também pelos cientistas, certos de que tudo não
passava de crendice e enganação, fruto de uma ilusão coletiva. Por outro lado, a
sociedade sempre teve muito respeito para com as famosas benzedeiras, cuja origem era
dos pagés das tribos de índios. Geralmente, eram mulheres mais humildes que
repassavam o “ofício de benzer, ou curar” às suas filhas e, assim sucessivamente. Por
isso, a benzeção se tornou uma tradição que ainda perdura, principalmente em locais
onde os recursos médicos são mais difíceis. Para os pesquisadores, as benzedeiras
seriam sucessoras do “xamanismo matriarcal. Contudo, os mais céticos sustentavam
que tal poder era fruto da auto-sugestão do paciente. Ainda assim, o respeito que se tem
pelas benzedeiras é indiscutível. Por causa disso, talvez elas ainda existam.
Finalmente, como bem disse um estudioso acerca do assunto: “As benzederias mesclam
conhecimentos de medicina popular, religião e magia para tratar os diferentes tipos de
males humanos.”. Como elas, existem os “passistas” no espiritismo, os “reikistas”, os
“terapeutas holísticos”, dentre outros, que fazem uso das mãos para canalizar a
chamada “energia vital” visando a cura e o iminente bem-estar de quem está sofrendo
ou está em desequilíbrio físico ou espiritual. No mais, o magnetismo humano poderia
deixar de ser um mistério, se fosse devidamente estudado e, conseqüentemente, mais
utilizado para o bem-comum.
Sem dúvida, o Homem passaria a se conhecer mais e o mundo padeceria menos.

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