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75-MISTÉRIO DOS CINCO SENTIDOS-Maio 2006

Todo mundo – a maioria, pelo menos - enxerga, ouve, cheira, toca as coisas e saboreia.
Assim, o interessante é parar para pensar sobre o processo mecânico desse incrível
conjunto de percepções que o ser vivo possui. São essas sensações corriqueiras para
qualquer um, ou seja, passam praticamente despercebidas, pois fazem parte do cotidiano
humano. Àqueles que “ultrapassam” a capacidade de seus cinco sentidos, dizem tratar-
se de um “paranormal”. Estariam certos nessa qualificação? Não é novidade para
ninguém saber como atua cada sentido quando conceituados no campo científico, ou
seja, material. Por isso, são taxados de “limitados”, isto é, só atingem um espectro – ou
amplitude – definido, fixo. Mas, por que tal extensão é pragmaticamente finita? Será
que se forem tratados tal qual a lâmina de uma faca, ou seja, afiá-los sempre que o corte
estiver cego, estes atingiriam outros “espaços” fora do alcance do sentido comum? A
prova de que tais sentidos podem ir muito mais além do que atualmente, acontece
quando uma pessoa perde uma determinada faculdade sensorial. O cego, seja de
nascença ou não, possui a audição e o tato muito mais sensíveis do que o normal. A falta
de um sentido quase sempre é suprida pelo aumento de sensibilidade de outro. É a
natureza, como sempre, agindo sabiamente. Pergunta-se: por que é necessário “perder”
um sentido para aguçar outro? O seu aprimoramento não poderia ser independente de
perdê-lo ou não? Portanto, ainda continua oculto para muitos a forma para aprimorar os
cinco sentidos sem ser preciso perder um deles. Se a constituição anatômica não muda,
como a oftalmologia explicaria os chamados “videntes”, quer dizer, aquele que vê
formas ou mesmo seres que não são captados normalmente? Será que ele “captaria” a
luz de uma maneira mais rápida (acima do 300 mil quilômetros por segundo) do que o
faz a visão comum? Detectaria e decodificaria as ondas e vibrações que pululam no
éter? O indivíduo dotado do poder da “visão remota” é aquele capaz de “viajar” com
seus olhos aonde desejar? O mesmo se diz para quem “ouve coisas”. Por quê sua
audição é mais apurada do que as demais se também a anatomia interna de seu ouvido é
semelhante à da maioria das pessoas? O que haveria de extraordinário que ainda não foi
classificado pela medicina? Como se não bastasse, dizem que o tato de uma pessoa em
projeção (”saída” do corpo de maneira consciente) é o mesmo quando ela está no
corpo. Por quê? Dentre as aves, por exemplo, que tipo de habilidade extra teria a águia
cujos olhos detectam a sua presa a quilômetros de distância? Desde que o cérebro
humano é pressupostamente superior (é o que dizem) do que o dos animais, por que
motivo seu grau de visão é tão restrito? E como se explica a audição do cachorro? Sem
contar com o seu apuradíssimo olfato. Os enólogos, por sua vez, seriam um bom
exemplo de como desenvolver um sentido específico. Eles “adestram” seu paladar para
poder diferenciar o bom vinho. Donde se deduz que os sentidos podem ser lapidados, o
que retira o rótulo de paranormal a uma pessoa que os tenha mais desenvolvidos. Em
outras palavras, todos são normais, mas podem se tornar mais evoluídos de acordo com
sua vontade e perseverança, logo, ser “mais normal” depende de si próprio. Uns,
porém, já nascem com as percepções mais aguçadas, outros as auto-aprimoram
conscienciosamente, desde que não estejam “contaminados” por dogmas ou exigências
que alteram seu comportamento, estagnando-se no tempo e no espaço. Isto posto, será
que se o homem conseguisse descobrir novos processos químicos e biológicos dessas
extraordinárias percepções - ainda adormecidas na maioria -, ele poderia se tornar um
autêntico super-homem? Todas essas conjecturas, ainda sem conclusões plausíveis, são
a mais pura realidade, caso contrário, não estariam sendo cogitadas no momento. Tudo
indica que, ao evoluir sua consciência, ou sua mente, o homem certamente atingirá os
“meandros” dos seus sentidos e os expandirá de forma até agora fora dos padrões
normais. Infelizmente, se ele ainda engatinha na parte material, o que dizer da mental...

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