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Prezado (a),

A liberdade de consciência e de crença é um direito fundamental de todo ser


humano, previsto na legislação internacional e no ordenamento jurídico brasileiro. A Constituição
brasileira, promulgada em 1988, garante a liberdade de crença e culto (artigos 5º e 19). O artigo
210, §1º, estabelece a disciplina de educação religiosa como matéria opcional a ser administrada
em escolas públicas de nível básico.
O Estado Brasileiro é LAICO, não confessional. Isso significa que não há uma
religião oficial mantida e subvencionada pelo Estado. Assim, na perspectiva constitucional “é
inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” (Art. 5º,
inc. VI da Constituição Federal).
No entanto, apesar da proteção legislativa de combate a todas as formas de
discriminação, incluindo a discriminação religiosa, o Brasil tem conflitos a nível governamental
relativos ao conceito de laicismo e a sua aplicação nas políticas públicas.
Além disso, a discriminação e a intolerância religiosa estão presentes não só
em países estrangeiros, mas também em nossa sociedade local. O Disque 100 registrou 543
denúncias de violações de direitos por discriminação religiosa entre 2011 e 2014. Desse total, 216
casos tiveram informação sobre a religião da vítima: 35% candomblé e umbanda, 27%
evangélicos, 12% espíritas, 10% católicos.1
Mas as perspectivas, infelizmente, são bem maiores, considerando que a
discriminação e a intolerância religiosa, na maioria das vezes, não são denunciadas pelo ofendido,
que prefere não se expor a situações mais constrangedoras perante terceiros ou a um órgão
jurisdicional.
Há incidentes que ganharam destaques na mídia nacional, como o ocorrido em
2015, no Rio de Janeiro, contra a menina de 11 anos que seguia pela rua trajando roupas típicas
de candomblé e foi atingida na cabeça por uma pedra, lançada por pessoas que gritavam “Sai,
satanás, queima! Vocês vão para o inferno”. 2
Esse panorama precisa ser mudado! Nesse contexto, a cidade de
Fernandópolis, com apoio da Prefeitura Municipal e Câmara dos Vereadores, sedia o SIMPÓSIO
DE LIBERDADE RELIGIOSA promovido pela Associação Paulista Oeste da Igreja Adventista
do Sétimo dia, em parceria com a ABLIRC (Associação Brasileira de Liberdade Religiosa) e a
IRLA (International Religious Liberty Association), promovendo um debate sério e atual sobre o
direito fundamental de liberdade de crença religiosa para todas as pessoas.

Sua presença é indispensável.

1http://www.acn.org.br
2http://extra.globo.com/casos-de-policia/vitima-de-intolerancia-religiosa-menina-de-11-anos-apedrejada-na-cabeca-apos-festa-de-candomble-
16456208.html

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