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IDOSAS
ÍNDICE
1
01-Introdução..........................................................................................................................05
1.1-Apresentação
1.2-Objetivos do curso
1.3-Conceitos iniciais (Cuidado, cuidador e funções)
07- Institucionalização..........................................................................................................27
08- Atitudes facilitadoras no contato com o idoso............................................................30
8.1- Comunicação
8.2- O que pode dificultar a comunicação com o idoso
8.3- Alterações de linguagem
2
12.1- Incontinência urinária e fecal
12.2- Afecções Pulmonares (Gripe, Pneumonias, Asma, Bronquite e Enfisema)
12.3- Afecções Endócrinas (Diabetes)
12.4- Afecções Circulatórias (Hipertensão Arterial e Acidente Vascular Encefálico)
12.5- Afecções Neuropsicológicas (Depressão, Demência e Parkinson)
12.6- Afecções Osteomusculares (Fraturas de quadril/ fêmur e Imobilidade)
3
AUTORES
Cristiana Ferreira Assis Xavier
Assistente Social
Especialista em Gerontologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais/CIAPE
Revisão 2008:
Letícia Tertuliano Melo
Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional
Especialização em saúde do idoso pela Faculdade de Ciências Médicas, em curso
E Luciana de Moura Ribeiro
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1.1- APRESENTAÇÃO
Para trabalharmos com idosos é importante,
primeiramente, refletirmos sobre os motivos que nos
levam a fazê-lo. O que move o nosso desejo?
É necessário estarmos conscientes de que iremos
conviver diretamente e, muitas vezes, diariamente,
com limitações, frustrações, dúvidas e desesperanças. Também, poderemos
aprender lições que não estão escritas nos livros, lições que nascem da arte na
convivência e da experiência de vida.
A velhice não pode ser tratada em tempo que anuncia tempestade. Para
compreendê-la, precisamos, antes de construir conhecimentos, desconstruir
preconceitos. Ao lidar com idosos, devemos ultrapassar os limites técnicos e
cultivarmos a humanização!
5
Objetivos específicos:
1. Conhecer informações básicas sobre o fenômeno do envelhecimento;
2. Aumentar o conhecimento, percepção, sabedoria e as aptidões no cuidado
aos idosos;
3. Capacitar os cuidadores para que possam compreender as necessidades
físicas, emocionais e sociais dos idosos;
4. Desenvolver conhecimentos para que possam colher dados, informações e
repassa-las para a equipe multiprofissional , com clareza e segurança;
5. Reconhecer o próprio envelhecimento e repensar condutas pessoais.
O CUIDADO
Alguns estudiosos derivam a palavra cuidado do latim “coera”, isto é, cura, sendo
usado para traduzir relações de amor e de amizade que inspiram desvelo e
preocupação com o objeto de carinho.
CUIDADOR
É importante ressaltar que o cuidado faz parte da vida do homem, uma vez que
o homem nunca deixará de amar e de se preocupar com alguém!
QUEM É O CUIDADOR?
6
Definições de cuidador formal e de cuidador informal:
Funções de um cuidador:
IMPORTANTE
Ser verdadeiro ao transmitir todas as informações percebidas sobre o idoso a
equipe multiprofissional e/ou aos familiares.
7
ENVELHECIMENTO
É um processo de mudanças universais pautado geneticamente para cada espécie e
para cada indivíduo, que se traduz em uma diminuição da plasticidade
comportamental, em aumento da vulnerabilidade , em acumulação de perdas
evolutivas e no aumento da probabilidade de morte.
O ritmo, a duração e os efeitos desse processo comportam diferenças individuais e
de grupos etários, dependentes de eventos de natureza genético biológica, sócio-
histórica e psicológica.
(Referência: Neri, A.L.Palavras-chave em gerontologia. Campinas, SP: Editora Alínea, 2001.)
DEMOGRAFIA
Hoje, o Brasil já pode ser considerado um País envelhecido,
segundo padrões estabelecidos pela Organização Mundial de
Saúde. Portanto, é fundamental que todas as pessoas, e, em especial, os
profissionais de saúde , compreendam o processo de envelhecimento e suas
peculiaridades de forma a direcionar os esforços na construção de um futuro digno
e humano a todos.
Ora, apenas não ficará idoso ou velho, o indivíduo que morrer jovem, o que, sem
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dúvida, não é anseio das pessoas e tampouco da ciência, que há muito vem
trabalhando para prolongar a existência do ser humano.
GERONTOLOGIA
O termo “gerontologia” foi criado em 1908 por Élie Metchinikoff, (médico russo
radicado em Paris) e significa
O estudo do envelhecimento
Geras: velho, logia: estudo, descrição
GERIATRIA
Este termo foi criado por Nascher médico austríaco erradicado nos EUA.
Geras: velho, latrikos: tratamento
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mostra o perfil geral dos anos de 1940 a 2025 e o marco do envelhecimento a partir
de 1960 quando o número de jovens até 14 anos começa a diminuir e o número de
idosos acima de 60 anos começa a aumentar.
Gráfico: 1
BRASIL PERÍODO: 1900 A 1940
Gráfico da percentagem da população de jovens e
idosos, no Brasil , entre os anos de 1900 a 1940.
50
Legenda:
1- Jovens, menores de 15 anos 2- Idosos
Fonte: Flávio Chaimowicz - A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: problemas,
projeções e alternativas, Rev. Saúde Pública, 31 (2): 184-200, 1997
Gráfico: 2
BRASIL PERÍODO: 1940 A 1970
50
Legenda:
40 45% 1- Jovens
30 menores que 15
(%) anos
20 2- Idosos
2.5%
10
0
1 2
Fonte: Flávio Chaimowicz - A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: problemas,
projeções e alternativas, Rev. Saúde Pública, 31 (2): 184-200, 1997
Gráfico: 3
BRASIL PERÍODO: 1970 A 1991
Legenda:
40 1- Jovens abaixo de 15 anos
34.77% 2- Idosos
20
% 4.8%
0
1 2
Fonte: Flávio Chaimowicz - A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI:
10
problemas, projeções e alternativas, Rev. Saúde Pública, 31 (2): 184-200, 1997
Gráfico: 4
BRASIL ANO DE 2025
Legenda:
30
1- Jovens abaixo de 15 anos
23.5% 2- Idosos
20
(%)
10
7.7%
0
1 2
Gráfico: 5
BRASIL ANO DE 2080
20
20%
15 Legenda:
15%
(%) 1- Jovens abaixo de 15 anos
10
2- Idosos
5
0
1 2
Fonte: Flávio Chaimowicz - A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI:
problemas, projeções e alternativas, Rev. Saúde Pública, 31 (2): 184-200, 1997
Gráfico: 6
11
A principal característica do crescimento da população de idosos do Brasil é a
rapidez com que ela se dará!
Entre os anos de 1960 a 2025, O Brasil deverá passar de 16° para 6 ° posição
mundial em termos de números absolutos de indivíduos com mais de 60 anos!
De certa forma podemos dizer que em algum setor houve uma melhora, mas a
dificuldade que enfrentamos atualmente com envelhecimento brasileiro ocorre
devido ao fato de que nos países desenvolvidos, o envelhecimento foi acompanhado
pela ampliação da cobertura dos sistemas de proteção social e melhorias das
condições de habitação, alimentação, trabalho e saneamento básico. Enquanto, no
Brasil, o declínio da mortalidade foi determinado mais pela ação médico-sanitária do
Estado que por transformações estruturais que pudessem se traduzir em melhoria
da qualidade de vida
12
O idoso tem a tendência a apresentar proporcionalmente mais episódios de doenças
que a população em geral, episódios estes em sua maioria crônicos. Estes fatos
oneram o sistema de saúde, já que o custo médio do cuidado para com o idoso é
bem maior do que em qualquer outra idade.
13
À medida que a população aumenta e envelhece, o número de inativos (pessoas
que não trabalham) também cresce, levando á diminuição dos recursos do Estado
destinados ao amparo à velhice. Assim, se aposentar em países subdesenvolvidos
passou a significar sofrimento, pobreza e desesperança, como observa B.L Strehler:
No Brasil, o suporte de apoio informal provido pela família parece, ao nosso ver, ser
a base principal do apoio potencialmente oferecido ao idoso formando assim um
tripé de apoio: família-comunidade-Estado.
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enquanto trabalhavam.
Este aspecto tem influência direta sobre a vida social do aposentado, pois, se seus
recursos financeiros diminuírem sensivelmente, diminuirão também as possibilidades
de freqüentar os mesmos grupos sociais, as chamadas “rodas de amigos”. O
aposentado não terá recursos para manter os relacionamentos que lhes eram
assegurados na participação no mesmo ambiente social. Assim, o momento da
aposentadoria significa o definitivo afastamento de um grupo freqüentado durante
longos anos. A aposentadoria, entendida como um direito conquistado pelo
trabalhador pode se apresentar como um período de desvalorização pessoal.
Além disso, o indivíduo perde o seu referencial de trabalho, ou até sua própria
identidade. Passa, então, a se sentir deslocado e tem forte propensão á depressão,
ao abatimento moral, trazendo conseqüências sérias para sua saúde física e mental.
Outro motivo pelo qual a aposentadoria aparece sob forma pouco atraente está no
sentimento, por parte do idoso, de ela constituir obrigatoriamente a última etapa da
vida. Quando este sentimento se apodera dos aposentados, a aposentadoria se
transforma em castigo ou punição, que pode apressar o fim deste período da vida.
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O Idoso precisa, portanto, encontrar algo que o ocupe e o interesse. Alguma coisa a
que se entregue com alegria e entusiasmo. Algo em que sinta útil e que reverta em
seu próprio benefício.
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4.1 – AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA
A autonomia é meta primordial do desenvolvimento humano.
Depender dos outros na vida adulta é algo rejeitado e temido pela
maioria das pessoas, principalmente quando a dependência física
é acompanhada por perda da capacidade de decidir por e para si
próprio, que configura incapacidade cognitivo-emocional.
AUTONOMIA
Autonomia: capacidade de decisão, de comando.
INDEPENDÊNCIA
Independência: capacidade de realizar algo com os seus próprios meios.
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Exemplo dessas práticas:
Recusar emprego ou demitir;
Tratar como incapaz;
Restringir salários e benefícios;
Tratar de modo desrespeitoso ou infantilizante;
Dificultar o acesso a serviços de saúde.
necessidade de um cuidador
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É importante o idoso realizar atividades que
tenham significado para ele, satisfazendo suas
necessidades como: afeto, carinho, realização pessoal,
lazer dentre outras. Seria também importante que essas
atividades, sejam, além de significativas para o idoso,
proporcionadoras de estimulação física, cognitiva e
social, estimulando vários aspectos da saúde.
O lazer é muito importante para o idoso porque este é justamente a pessoa que
ultrapassou a fase em que o trabalho ocupava grande parte ou a maior parte de seu
tempo.
ATIVIDADES:
Auxiliam na manutenção e melhora das capacidades físicas, mental,
social e melhora a qualidade de vida do idoso.
As atividades possuem
como características: Ócio:
Estabelecimento de rotina, Leva ao tédio
Expressão e comunicação Pode ter uma causa de medo da frustração
(desenho, pintura), por várias tentativas sem resultado
Interação social, Esquecimento
Proporciona prazer, Imobilidade
Bem-estar físico, Doenças
Acalma, Perdas das habilidades
Organiza o mental, Dependência
Preenche o tempo livre. Perda da autonomia
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Tipos de atividades:
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A compreensão da política a respeito dos problemas dos idosos é relativamente
tardia. No início dos anos 70 profissionais da área de envelhecimento começaram a
se mobilizar e conscientizar as áreas governamentais nos Estados e em Brasília.
Estes atos culminaram em 1976 ao primeiro seminário Nacional de Estratégias de
Política Social do Idoso , com inúmeras contribuições de profissionais que atuavam
na área. Infelizmente, nos governos de Geisel, Figueiredo e Collor, não foram dados
passos para nenhuma implementação e continuação dessas discussões sobre o
idoso. Somente após a saída do Collor e sua substituição pelo vice-presidente
Itamar Franco começaram a estabelecer diretrizes. Em 4 de Janeiro de 1994, se
estabeleceu a Lei 8.842 da Política Nacional do Idoso – e, pela primeira vez, se
viram efetivamente contemplados os direitos dos idosos de forma abrangente. Esta
lei envolveu todos os segmentos das esferas federal, estadual e municipal com o
objetivo de garantir o bem-estar físico, emocional e social dos idosos em todo
território nacional, também estabelecendo como pessoa idosa aquela acima de 60
anos de idade
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Política Nacional do Idoso – Lei nº 8842/1994
Envolve as esferas: federal, estadual e municipal, garantindo o bem estar físico,
emocional e social do idoso em todo território nacional.
Estatuto do idoso:
O estatuto do Idoso foi fruto da organização e mobilização dos aposentados no país,
resultando de uma grande conquista para a população idosa e a sociedade. Ele é o
reconhecimento jurídico e formal dos direitos individuais, políticos, civis, sociais e
econômicos dos idosos brasileiros.“
O Estatuto foi à demonstração de uma grande vitória, em um país que pouco se faz
em termo de idosos. Agora temos um desafio maior, que é colocar em prática essa
lei.
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Atualmente, as instituições que abrigam os idosos sofrem mudanças positivas
asseguradas pelo Estatuto do Idoso com o apoio de órgãos públicos competentes.
Contamos com várias modalidades de atendimento aos idosos, levando-se em conta
cada caso e necessidades específicas. A saber:
CENTRO DE CONVIVÊNCIA:
O atendimento em centros de convivência consiste no fortalecimento de atividades
associativas, produtivas e promocionais, contribuindo para autonomia,
envelhecimento ativo e saudável, prevenção do isolamento social, socialização e
aumento da renda própria. É o espaço destinado à freqüência dos idosos e de seus
familiares, onde são desenvolvidas, planejadas e sistematizadas ações de atenção
ao idoso, de forma a elevar a qualidade de vida, promover a participação, a
convivência social, a cidadania e a integração intergeracional.
Público Alvo: idosos autônomos, com 60 anos ou mais e seus familiares.
CENTROS–DIA:
Criados para o grupo de pessoas que não apresentam incapacidades severas, os
centros-dia garantem apoio às famílias assumindo os
cuidados durante 8 a 10 horas por dia, com propostas de
atividades e práticas que constituem em um estímulo e
socialização, evitando a solidão, a depressão e o isolamento
comunitário. O atendimento em centro-dia é uma estratégia
de atenção integral às pessoas idosas que, por suas
carências familiares e funcionais, não podem ser atendidas em seus próprios
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domicílios ou por serviços comunitários. Proporcionando o atendimento das
necessidades básicas, o atendimento mantém o idoso junto à família, reforça o
aspecto de segurança, autonomia, bem-estar e a própria socialização do idoso.
O atendimento é caracterizado por ser um espaço para atender idosos que possuem
limitações para a realização das Atividades de Vida Diária (AVD) e que convivem
com suas famílias, mas, porém, não dispõem de atendimento de tempo integral, no
domicílio.
CASA-TRANSITÓRIA:
Trata-se de um serviço em regime temporário, público ou privado, de atendimento ao
idoso dependente e semi-dependente, que necessite de cuidados biopsicosociais
sistematizados, no período máximo de 60 dias.
Objetivos:
Oferecer ao idoso dependente ou semi-dependente local de moradia provisória
adequada às suas condições funcionais.
Oferecer cuidados de saúde segundo a necessidade específica apresentada pelo
idoso.
Prestar serviço especializado de reabilitação a este idoso, incluindo a preparação
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para o retorno a seu domicílio ou outro encaminhamento.
Oferecer a família, que cuida do idoso dependente ou semi-dependente, a
oportunidade de suspensão temporária dessa sobrecarga face á situação de
vulnerabilidade do idoso.
Orientar e preparar a família ou o cuidador do idoso para recebê-lo, assim que este
obtiver alta na residência temporária e após prestar-lhe os cuidados necessários,
bem como estudar a possibilidade de adaptação da casa onde reside o idoso
recuperado.
Público Alvo: o idoso que recebeu alta hospitalar, mas não atende aos critérios de
elegibilidade para a assistência domiciliar e o idoso que pertence a uma família que
se encontre em situações de vulnerabilidade e de sobrecarga física, problemas
financeiros ou ainda emocionais como: situações de doença, estresse e falecimento
do cuidador, em que nestes casos deverá ser identificada necessidade da
internação em casa transitória e também a possibilidade de suspensão temporária
dos cuidados ao idoso no próprio domicílio.
HOSPITAL:
Presta atendimentos em diversas especialidades médicas
e é referência para atendimentos de urgência e emergência.
POSTO DE SAÚDE:
Conjunto de unidades de atendimento do SUS, (Serviço Único de Saúde),
subdivididas por regionais. Realiza atividades específicas de vigilância à saúde em
seu território e de atenção à demanda espontânea, através de consultas agendadas
somente para os pacientes cadastrados naquela região e também da marcação de
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exames e encaminhamentos a outros estabelecimentos de saúde quando
necessário. Atendendo aos princípios do S.U.S, a rede básica responde pela
prevenção de agravos, principalmente através de visitas em domicílio e de ações
coletivas.
ATENDIMENTO DOMICILIAR:
O atendimento domiciliar, é aquele prestado à pessoa idosa com algum nível de
dependência, com objetivo de promoção da autonomia, permanência no próprio
domicílio, reforço dos vínculos familiares e de vizinhança. Caracteriza-se em ser um
serviço de atendimento público ou privado em domicílio às pessoas idosas através
de um programa individualizado, de caráter preventivo e reabilitador, no qual se
articulam uma rede de serviços e técnicas de intervenção profissional focada na
saúde pessoal, saúde doméstica, de apoio psicossocial e familiar e interação com a
comunidade. Pode ser de natureza permanente ou provisória, diurno e/ou noturna,
para atendimento de idosos com ou sem recursos, e mantendo ou não vínculo
familiar.
Objetivos:
Prestar, no próprio domicílio, atendimento ao idoso dependente e
semi-dependente, otimizando recursos humanos e materiais da
rede de serviços locais.
Reforçar a capacidade do idoso para a sua integração em
atividades culturais, vocacionais e lúdicas, preservando o vínculo
familiar e integração comunitária.
Aumentar a autonomia do idoso para que este possa permanecer vivendo em sua
residência por maior tempo possível.
Manter a individualidade do idoso adaptando com flexibilidade as peculiaridades
concretas do ambiente onde será dada a intervenção.
Respeitar a memória física e afetiva da pessoa idosa, buscando sua autonomia.
Prevenir situações de carência que aprofundam o risco da perda de
independência. - Criar ou aprimorar hábitos saudáveis relativos á higiene e
alimentação e prevenção de quedas e acidentes.
Reforçar os vínculos familiares e sociais.
Recuperar capacidades funcionais perdidas para as atividades de vida diária.
Prestar atendimento especializado de saúde.
O asilo tem uma função social importante, que é a de acolher idosos que não têm a
quem recorrer. Não se trata simplesmente de “exorcizar” o asilo, mas, de supri-lo da
melhor maneira possível para que este possa cumprir de forma digna e humana, o
seu papel.
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As instituições tendem a priorizar o atendimento às necessidades de alimentação,
higiene e acomodação, cuidados, obviamente, imprescindíveis, mas que são
insuficientes para aplacar a fome de contato, o desejo de “pertencimento”.
Os idosos podem chegar ao asilo pelas “próprias pernas” (o que não é tão raro), ou
podem ser conduzidos (muitas vezes, sem saber para onde estão indo). A
adaptação a essa nova realidade poderá ou não ocorrer dependendo do papel que a
instituição representará em sua vida: segurança? Apoio? Tensão? Medo? O
ambiente é acolhedor, ou repressor? O idoso é criticado, ou valorizado? Sua voz
pode ser ouvida, ou é silenciada?
A chegada de um idoso à instituição não pode ser meramente contabilizada, mas ela
deve apontar para o fato de que mais um idoso necessita ser escutado, de que mais
um idoso necessita ser respeitado e que este “mais um”, é único em relação à
construção de sua história. Existe, pois, o desafio de se conciliar regras, rotinas e
regulamentos institucionais sem uniformizar-se o sujeito, sem violar identidades.
Afinal, não se pode padronizar o desejo. É necessário flexibilizar condutas,
balancear limites e restrições, preservar e resguardar a liberdade.
Tudo isso exige um processo de reestruturação, que deve ser amplo, abrangendo
diversas instâncias. Na verdade, esse processo já foi iniciado, porém, precisa
avançar bastante.
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As instituições além de oferecerem abrigo para corpos cansados, precisam
apaziguar corações desencantados. Precisam constituir-se em espaços que
promovam a convivência, a integração e a inclusão social.
É preciso demolir a idéia de que idosos asilados “vivem” devido à benevolência das
instituições filantrópicas. Na verdade, eles sobrevivem, fortalecidos pelos resquícios
de dignidade que ainda carregam dentro de si.
Quem quer que assuma a tarefa de cuidar de idosos, tem de estar ciente do
tamanho desta empreitada: promover o bem estar físico, psíquico e social dos
idosos, ou seja, “há que se cuidar da vida”.
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Imagine como seria a vida se não houvesse a
comunicação? A comunicação é essencial para a nossa
vida, e, é a partir da linguagem que nos relacionamos
com o mundo, sendo capazes de transmitir informações,
opiniões e partilhar sentimentos, desejos.
CONCEITO DE COMUNICAÇÃO:
A palavra Comunicar, vem do latim comunicare, isto é, tornar comum, fazer saber.
Informação
F D
FORMAS DE COMUNICAÇÃO:
Falas;
Gestos;
Sinais (desenho, escrita);
Olhares;
30
Toques;
Expressão facial;
Linguagem corporal.
31
A maneira como nos posicionarmos frente ao idoso irá determinar a
construção (ou não ) , de um vínculo que possibilite intervenções realmente
afetivas.
ATITUDES FACILITADORAS:
Preservar a identidade.
Saber ouvir.
Observar.
Acolher.
Motivar.
Conhecer a história pessoal.
Respeitar a privacidade.
Preservar a dignidade.
Ter empatia.
Ter autocontrole.
Transmitir tranqüilidade e confiança.
Informar, orientar e esclarecer.
Estimular a expressão dos sentimentos.
Desenvolver potencialidades.
Valorizar esforços e tentativas.
Ter afetividade, bom humor, paciência.
Não julgar
Infantilização
Superproteção
Paternalismo
Compaixão
Automatismo
Autoritarismo
Devemos estar atentos para que estas condutas não façam parte do dia-a-dia dos
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idosos, dificultando o crescimento pessoal dos mesmos.
FISICAMENTE : O QUE PODE DIFICULTAR A COMUNICAÇÃO DO IDOSO?
PRESBIFONIA
A Presbifonia são as alterações fisiológicas vocais normais que ocorrem com o
envelhecimento.
Fatores que influenciam a presbifonia
Saúde física e psicológica.
Tipo de profissão.
Cuidados tidos com a voz durante toda vida.
Diagnóstico diferencial
Diante de um quadro de alterações vocais em um idoso, não devemos apenas
pensar na presbifonia mas devemos pesquisar a causa do distúrbio. As alterações
vocais podem ser sinais de:
Psicopatologia - questões de ordem emocionais.
Doenças neurológicas como: Doença de Parkinson. Esclerose Lateral
Amiotrófica (ELA), Doença de Alzheimer(DA), A.V.E. e etc.
Câncer na região cervical.
Refluxo gastroesofágico.
Distúrbios vocais.
33
PRESBIACUSIA
A presbiacusia é o decréscimo fisiológico da audição com o aumento da idade.
ALTERAÇÕES DE LINGUAGEM
AFASIA
De acordo com Regina Cupello - doutora em Fonoaudiologia - a afasia é uma perda
na capacidade lingüítisca, em diferentes graus de severidade, em conseqüência de
uma lesão cerebral comprovada.
Causas:
Principal causa: A.V.E
Tumores.
Traumatismos.
Doenças degenerativas.
Doenças metabólicas, tóxicas ou infecciosas.
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Principais manifestações na linguagem oral:
Alterações nos aspectos expressivos e receptivos da linguagem.
Alterações na percepção, compreensão, memória e no processo de
repetição.
Dificuldades em reconhecer vocabulários.
Substituição de uma palavra por outra.
Inabilidade para nomear objetos.
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A importância da família, tanto em relação aos êxitos como às dificuldades da vida, é
reconhecida em muitas épocas e lugares. Ao longo da História, a estrutura familiar
para o idoso lhe foi fundamental em muitos sentidos: do mando e da influência, do
cuidado e da proteção, da aceitação e da valorização social e da sua experiência
acumulada.
As relações familiares são as que o velho vive com mais assiduidade e intensidade!
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Contudo, quando a inversão de papéis familiares torna-se inadiável, pode ocorrer ou
não o surgimento de um conflito. Uma estrutura familiar equilibrada e sólida inclui
incondicionalmente o idoso em sua configuração, assumindo cuidados sendo um
suporte afetivo, oferecendo segurança, apoio e confiança .
No entanto, existem famílias que não podem assumir os cuidados com os idosos,
não porque os rejeitem, mas por impossibilidade de conciliar o próprio trabalho com
os cuidados intensivos para com os idosos. Neste caso, a família busca a
institucionalização como último recurso. A decisão é impregnada de culpa e dolorosa
para ambos, familiares e idosos. É um momento muito difícil, delicado e
extremamente triste.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
Idoso frágil, família frágil.
Observar os acontecimentos e as relações dos familiares.
Nunca utilizar julgamento pessoal.
Procurar distinguir seus desejos das necessidades reais do idoso.Também
verificar o desejo da família e o desejo do idoso.
Eleger um familiar para os contatos, esclarecer dúvidas (geralmente é a
pessoa que contratou seu serviço).
Negociar com a família suas funções e horários de suas atividades,
mostrando a importância de um descanso diário e evitando assumir funções
extras.
É importante o cuidador cuidar de sua aparência e bem-estar físico: higiene,
vestimenta, hábitos alimentares, preparo físico, sono satisfatório.
Preparar-se emocionalmente para enfrentar os problemas e mudanças de
humor e comportamento do idoso, sabendo entender seus próprios
37
sentimentos e separar seus problemas dos problemas do idoso e da família.
HABILIDADES INTERPESSOAIS
38
O CUIDADOR TAMBÉM NECESSITA DE CUIDADOS.
Quanto mais se cuidar, melhor cuidador o indivíduo será.
NECESSIDADES SOCIAIS:
Não se afaste dos amigos.
Tente manter as atividades que são importantes para você (trabalho, esporte,
lazer).
Saia de casa para atividades sociais, (visitas, cinema, clube, etc.), pelo menos
uma vez por semana.
NECESSIDADES ESPIRITUAIS:
Reserve tempo para orar, meditar ou relaxar.
Converse com um líder religioso para falar sobre seus sentimentos.
39
O ESTRESSE DO CUIDADOR
A função de cuidador de idosos é árdua e requer muita paciência, dedicação e
informação. Além de exigir força física, demanda também equilíbrio emocional. Para
se tornar um cuidador é necessário manter os cuidados com a própria saúde física e
mental. O estresse ocorre com freqüência e pode ser gerado por diversos fatores.
FATORES ESTRESSANTES :
Contato freqüente com o sofrimento.
Plantão noturno.
Falta de orientação.
Vigilância constante.
Atendimento a pacientes terminais.
Lidar com pacientes queixosos, hostis, deprimidos.
Lidar com a intimidade corporal e emocional.
Sobrecarga.
INDICADORES DE ESGOTAMENTO:
Irritabilidade, agressividade e hiper-atividade.
Fadiga, insônia, cefaléia, (dor de cabeça).
Diminuição do controle emocional e depressão.
Isolamento social.
Mau humor, aumento dos problemas conjugais.
CUIDADOR FAMILIAR:
1.Parentesco;
2.Gênero;
3.Proximidade física;
4.Proximidade afetiva.
A REALIDADE….
O assumir a tarefa de responsável pelo cuidado não é uma opção, porque em geral,
o cuidador não toma a decisão de cuidar, mas esta se define na indisponibilidade de
outros possíveis cuidadores ...
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DEFINIR O CUIDADOR FAMILIAR…
Definir quem será o cuidador familiar de um idoso doente no domicílio constitui-se
numa situação em que a família, na maioria das vezes, necessita reorganizar-se e
negociar possibilidades, que incluem identificar, conforme o parentesco, a
disponibilidade de tempo e o desejo pessoal, quem poderá assumir essa tarefa.
42
Sentindo-se “fraco mentalmente”, referindo-se ao cansaço emocional causado
pelo estresse da responsabilidade de cuidar diariamente do idoso doente;
Acúmulo de preocupações;
Além das tarefas caseiras aumentarem, o idoso normalmente precisa ser
auxiliado nos cuidados pessoais ;
Cansaço ;
Reestruturação da sua vida, alterando costumes, rotinas, hábitos e até
mesmo a natureza de sua relação com o idoso (NERI, 1993) ;
Compromisso de administrar medicamentos nos horários corretos ;
Jornada de trabalho que, muitas vezes, estende-se ao longo do dia e para a
qual não contam com ajuda de outras pessoas .
BENEFÍCIOS DO CUIDADO....
43
Revisa relações, redesenhando e fortalecendo seus novos e velhos papéis
Resgata o carinho, o amor, as desavenças do cotidiano e possibilita a
retribuição de valores
Dedicar um tempo a si, para que possa manter sua saúde física e mental .
44
Colaborar para que o familiar em vez da inexperiência, possa desenvolver
conhecimentos e habilidades para lidar com a demanda de cuidados que a
doença do idoso exige
Apoiar os cuidadores para sentirem que cuidar não é viver na solidão, nem
perder a liberdade, compreendendo que existe uma equipe de saúde
colaborativa e envolvida nesse processo cuidador - família.
Apoiar os cuidadores para sentirem que cuidar não é viver na solidão, nem
perder a liberdade, compreendendo que existe uma equipe de saúde
colaborativa e envolvida nesse processo cuidador - família.
45
O envelhecimento representa a conseqüência ou os efeitos da passagem do tempo.
Todas as pessoas, animais e plantas passam por transformações com o passar dos
anos. Essas modificações podem ser consideradas como uma involução (evolução)
que leva a um gradual declínio da performance dos indivíduos, culminando com a
morte.
46
familiar é rica em doenças com caráter hereditário como as doenças
cardiovasculares, diabetes mellitus, câncer, depressão, doença de Alzheimer, dentre
outras, a qualidade do envelhecimento dependerá de um esforço maior na
incorporação de hábitos de vida mais saudáveis.
Por outro lado, se a herança é favorável, o estilo da vida saudável otimizará mais
ainda a qualidade do envelhecimento.
ALTERAÇÕES ORGÂNICAS :
47
Peso – Tendência a diminuir após os 60 anos, em virtude da diminuição da massa
muscular e do peso dos órgãos.
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS:
ALTERAÇÕES TEGUMENTARES:
Pele
Menor renovação da pele.
Pele mais fina.
Diminuição da elasticidade (surgimento de rugas).
Diminuição da oleosidade da pele.
Pele mais ressecada (diminuição da produção de suor).
Surgimento mais freqüente de manchas na pele
Pêlos e unhas
Diminuição dos pêlos em geral.
Pêlos em regiões que antes não haviam, principalmente em mulheres (devido
a alterações hormonais).
Pêlos menos grossos e mais fracos.
Perda gradativa da cor dos pêlos e cabelos.
48
Boca
Boca mais seca (diminuição na produção de saliva).
Diminuição do paladar ( em especial para doces e salgados).
Diminuição da superfície das gengivas tornando-as mais frágeis e
dificultando a fixação da dentadura.
Tendência a perda progressiva dos dentes que se tornam mais escuros.
Diminuição do reflexo de vômito, o que aumenta a possibilidade de
engasgamento.
Língua: redução das papilas gustativas: comprometento o paladar.
Alteração das papilas e diminuição nas conduções neurosensoriais: aumenta
o limiar de percepção dos sabores doce e salgado, levando à sensação de
que os alimentos estão amargos e azedos
Olhos
Mais fundos: diminuição da gordura em volta do olho.
Surgimento do arco senil ( acumulação de gordura na íris dos olhos formando
um círculo claro na parte externa da íris).
Diminuição da elasticidade do cristalino, (uma lente do olho), com
conseqüente diminuição da capacidade de focar objetos próximos.
Diminuição do tamanho da pupila e diminuição da velocidade de resposta à
luz (maior dificuldade de adaptação à diferentes luminosidades)
Ouvidos
O tímpano torna-se mais espesso.
Tendência à formação de tampões de cerume (rolha de cera).
Degeneração do ouvido interno e do nervo auditivo levando a diminuição da
capacidade de ouvir.
Nariz
Aumento de tamanho (crescimento contínuo).
Diminuição da capacidade de sentir e diferenciar cheiros.
Aumento da quantidade e da grossura dos pelos internos.
49
SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO :
Diminuição da massa corporal total:
movimentos).
Aumento da base de sustentação, (a pessoa idosa tende a andar com as
pernas mais abertas).
Diminuição dos movimentos dos braços ao se movimentar.
Diminuição da massa óssea, (osteopenia). Esta diminuição aumenta com a
menopausa, (diminuição dos hormônios femininos), podendo chegar á
osteoporose, aumentando a possibilidade de fraturas e deformação das
vértebras (tendência à cifose acentuada).
SISTEMA RESPIRATÓRIO:
50
SISTEMA CARDIOVASCULAR :
SISTEMA GASTROINTESTINAL :
51
SISTEMA RENAL E URINÁRIO :
SISTEMA GENITAL:
Nas mulheres:
Com a menopausa:
Diminuição na produção hormonal.
Diminuição dos pêlos na região genital.
Distrofia dos grandes lábios, colo uterino e vagina.
Diminuição dos ovários, trompas e útero.
Alterações na vagina (mais curta, menos elástica e menos lubrificada)
Relação sexual tende a ser mais dolorosa para as mulheres.
Nos Homens:
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REGULAÇÃO DA TEMPERATURA DO CORPO :
Diminuição dos sensores para frio – a pessoa idosa sente menos frio, mas
isso não significa que o frio não esteja sendo prejudicial para ela.
O corpo da pessoa idosa tem menor capacidade de produzir calor, o que
diminui a resposta do corpo ao frio.
Hipertermia: alta temperatura corpórea.
Diminuição da capacidade do corpo da pessoa idosa de transpirar e assim
perder calor.
Tendência a sentir mais o calor do ambiente e maior risco de desidratação.
Informação importante:
Temperatura axilar maior ou igual a 37,2 graus C ou elevações de 1,1grau C na
temperatura basal independente do local de medição, merecem investigação.
Obs: O processo de febre pode estar ausente em processo infeccioso.
Por outro lado: não é raro o desenvolvimento de hopotermia (temperatura axilar
menor que 35grausC) em resposta à infecção.
SONO E REPOUSO:
Diminuição do número de horas de sono dormidas.
Diminuição de 50 % do sono profundo, (o sono que relaxa).
As pessoas idosas acordam com mais facilidade e demoram mais para
adormecer.
53
OBSERVAÇÃO:
O envelhecimento aumenta a vulnerabilidade do organismo às agressões do meio
interno e externo, predispondo às doenças. Praticamente todo idoso apresenta uma
ou mais doenças/ disfunções. O paciente pode conviver bem com suas doenças,
sem que elas afetem a sua qualidade de vida.
Daí o conceito de saúde como algo mais amplo do que simplesmente a ausência de
doenças (OMS, 1947):
“Saúde representa o mais completo estado de bem-estar físico, psíquico e social e
não meramente ausência de doença ou enfermidade ”.
ENVELHECIMENTO PSÍQUICO
Independe do biológico e da idade.
A busca da maturidade psíquica exige esforço pessoal contínuo, não sendo,
portanto, naturalmente progressivo. O auto-conhecimento, e estudo da estrutura e
dinâmica do psiquismo e os conflitos do cotidiano são indispensáveis para
atingirmos a independência psíquica (sabedoria).
O indivíduo que adquiriu o envelhecimento psíquico, quando se depara com o
aumento da vulnerabilidade biológica e funcional se encontra suficientemente sábio
para aceitar a realidade, tolerar a dor e a perda da independência biológica, pois
seus dispositivos de segurança são cada vez mais eficazes na relação com o
mundo.
O envelhecimento psíquico é a liberdade plena , pois há a compreeção do sentido
da vida (para quê). Os valores que regem a sua vida (filosofia de vida) são cada vez
mais elevados, racionais, enfim inteligentes.
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Algumas doenças acometem preferencialmente as pessoas idosas e são agravadas
com o processo de envelhecimento. Nos próximos capítulos desta apostila, essas
doenças serão abordadas.
É diária ou esporádica?
Ocorre quando tosse, sorri ou aperta a barriga?
55
A pessoa idosa sente vontade, mas não consegue chegar a tempo no
banheiro?
Tem dificuldade de tirar a roupa para urinar?
A urina sai em grande volume ou fica pingando na roupa?
O idoso tem dificuldades em chegar ao banheiro?
A perda de urina e/ou fezes ocorre só de dia ou só de noite?
O idoso toma algum medicamento que pode causar a incontinência, como
diuréticos (aumentam a eliminação de urina), antidepressivos, antialérgicos,
etc.?
O idoso relata dor ao urinar, urina várias vezes ao dia ou a urina tem cheiro
forte? E ao evacuar?
INCONTINÊNCIA URINÁRIA:
o Incontinência de urgência;
Mais da metade das pessoas idosas com incontinência urinária tem uma causa
reversível ou seja, é possível tratar e curar. Uma vez que o tipo e a causa da
incontinência urinária sejam conhecidos, pode-se iniciar o tratamento.
Tratamentos:
57
DICAS PARA O CUIDADOR
Em primeiro lugar, nunca se deve ficar com raiva do idoso ou fazê-lo sentir-se
constrangindo, pois além de não ser culpa dele, essas atitudes podem deixá-
lo também muito triste, pouco cooperativo e até muito mais agitado.
Faça um diário da incontinência: anote os horários em que o idoso
normalmente urina ou em que ocorrem a incontinência. Veja qual é o padrão
de diurese do idoso, isto pode ajudar muito.
Se o idoso se perde por não saber onde fica o banheiro e não chega a tempo,
acontecendo assim a incontinência, uma das dicas é sinalizar bem a porta do
banheiro com palavras grandes e chamativas (rosa-choque, verde e azul
exuberantes, vermelho e etc.) ou colocar nela a própria figura de um vaso
sanitário. À noite, deixe a luz do banheiro acesa. Se possível, deixe o quarto
do idoso mais perto do banheiro. Em alguns casos, o ideal seria deixar o
periquito ou comadre junto à cama.
É CONTRA-INDICADO restringir a ingestão de líquidos para que o idoso
urine menos. Essa atitude do cuidador ou familiar pode causar desidratação
no idoso e piorar ainda mais seu quadro clínico. Uma boa hidratação (com
água, sucos, leite e etc.) é vital para a saúde do idoso!
Durante o dia, procure levar o idoso ao banheiro em intervalos regulares. O
diário pode ser útil para identificar os melhores horários.
Procure não vestir o idoso com roupas difíceis de retirar ou abrir. Velcro é
uma ótima opção no lugar do zíper ou dos botões.
O uso de fralda descartável geriátrica pode ser útil à noite, apesar do
constrangimento e da vergonha que o idoso pode sentir. Quando bem
explicado e feito de maneira carinhosa pelo cuidador ou familiar, sempre há
boa aceitação. É importante observar se a fralda não amanhece muito cheia
ou vazando, pois talvez seja necessária uma troca no meio da madrugada.
Se o idoso não consegue ir até ao banheiro para urinar ou evacuar por
problemas diversos e a incontinência é mais severa, o uso de fralda geriátrica
é imperativo (SUG: Obrigatório) dia e noite. Deve-se atentar, entretanto, para
alguns cuidados como a troca das fraldas em intervalos regulares. Nunca se
deve deixar fraldas molhadas no corpo por muito tempo, evitando assim
assaduras e feridas na pele. Uma boa higiene, a cada troca, é muito
importante, e deve ser feita com o uso de água e sabonete para retirar
58
resíduos de fezes e de urina. Desta maneira evita-se a ocorrência de
infecções, especialmente as urinárias. Nas mulheres é preciso sempre limpar
a região anal de frente para trás, isto é, da vagina para o ânus, evitando levar
fezes para o canal da uretra, contaminando-a.
Lembrar que a agitação pode ser um sinal de que o idoso quer urinar ou
evacuar. Se já usa a fralda, pode ser um sinal para trocá-la.
Não deixar o ambiente inadequado (como os perigos de ordem estrutural
como pisos escorregadios, banheiros sem adaptações, longas caminhadas
até o banheiro, iluminação insuficiente, dentre outros), nem o idoso com
assaduras e feridas.
INCONTINÊNCIA FECAL:
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL:
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Causas de constipação:
Dieta com baixo conteúdo de fibras, encontradas principalmente em
frutas, verduras e legumes, cereais e farelos.
Baixa ingestão de líquidos, tornando as fezes ressecadas.
Baixo nível de atividade física e imobilidade, provocando lentidão da
musculatura abdominal e do peristaltismo (movimento de empurrar as fezes
pelo intestino, até sua eliminação).
Medicações (para pressão, anemia, dor, depressão, etc.). Lembre-se: o
uso contínuo de laxantes “vicia” o intestino e prejudica sua movimentação.
Doenças como o diabetes, hipotireoidismo, Doença de Parkinson,
câncer, A.V.E., etc..
Tratamento:
Dicas ao cuidador:
60
AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS:
GRIPE E RESFRIADOS
Definição – São infecções causadas por vírus que atingem as vias aéreas
superiores (nariz, seios nasais, faringe e laringe – garganta).
Sintomas – Os mais comuns são: mal estar, dores no corpo, febre baixa ou alta,
obstrução e coriza nasal, podendo durar até 10 dias. Não possuem tratamento
específico, portanto não adianta usar antibiótico. O paciente deve ingerir grande
quantidade de líquido para ajudar as secreções a ficarem mais líquidas e facilitar a
expectoração através da tosse.
PNEUMONIA
Definição – Infecção das vias aéreas inferiores (pulmão) em conseqüência da
agressão por um microorganismo (bactérias, fungos e ou vírus) ou por substâncias
(alimentos, secreção do estômago, entre outras). É mais comum em pacientes que
já têm uma doença de base (bronquite, enfisema, osteoporose) ou naqueles que são
restritos ao leito.
Transmissão – Como ocorre devido a um
microorganismo, é, portanto, uma doença infecto-
contagiosa que o indivíduo transmite através do espirro ou
tosse para outras pessoas.
Tratamento – quando a pneumonia é causada por
bactérias ou fungos, existem medicamentos para o tratamento (antibióticos) que
serão indicados pelo médico.
61
Pneumonia por Aspiração:
Acontece em alguns pacientes quando não se consegue tossir direito ou engolir de
forma adequada. A saliva, a água ou os alimentos não vão da boca para o estômago
quando o paciente engole, mas para o pulmão, causando pneumonia química.
Portanto, se você notar que o paciente está engasgando, durante a alimentação ou
não, comunique a um familiar para que seja chamado um Fonoaudiólogo. Este
profissional irá avaliar a deglutição do paciente e se este pode continuar se
alimentando pela boca. Em alguns casos isso pode não ser mais possível e, em
outros os alimentos podem precisar de uma consistência mais pastosa para evitar a
aspiração. Caso surjam dúvidas quanto às orientações do Fonoaudiólogo, evite
suspende-las por conta própria, recorra ao profissional e converse com ele. Lembre-
se de que estamos todos trabalhando visando o bem estar do idoso.
Curiosidades
62
Qual é a vacina contra a Gripe?
ASMA
63
Definição – é uma reação inflamatória crônica que provoca contrações
(broncoespasmos) nos brônquios (tubulação que conduz ar para o pulmão),
dificultando a passagem do ar para as vias respiratórias inferiores. As crises
comprometem a respiração, tornando-a difícil. Quando os bronquíolos inflamam,
produzem mais muco (secreção), aumentando o problema respiratório. Os sintomas
mais freqüentes são: falta de ar, tosse seca, chiado e pressão no peito.
Brônquio
aberto
Brônquio contraído
com inflamação
Traquéia e brônquios
Definição – caracteriza-se por uma obstrução progressiva das vias aéreas com
períodos de exacerbação ou crises (aumento da falta de ar, da tosse com catarro –
produtiva) e, às vezes, levando o paciente à insuficiência respiratória aguda. Essas
crises são devidas às infecções e irritações das vias aéreas.
Causas- A principal causa é o fumo. Dependendo de quanto os pulmões já estejam
afetados, parar de fumar poderá reduzir, ou mesmo eliminar, os sintomas da
bronquite crônica e impedir a progressão do enfisema, mas não reverterá as lesões
que já foram feitas ao pulmão.
Classificação:
Bronquite crônica: inflamação dos brônquios que ocorre
quando seus minúsculos 64
cílios param de eliminar o muco
presente nas vias respiratórias inferiores. O acúmulo de
Enfisema: é uma irritação respiratória crônica, de lenta
evolução, quase sempre causada pelo fumo. Algumas
heranças genéticas também podem contribuir para o
aparecimento do enfisema. Os alvéolos (figura ao lado)
Bronquíolos e alvéolos
ficam no final dos brônquios (bronquíolos). Normalmente
parecem cachos de uva e são responsáveis pela
capacidade de fornecer oxigênio que vem pelo ar ao sangue e dele retirar o gás
carbônico. No enfisema, transformam-se em grandes sacos, com destruição do
tecido por onde passavam os vasos, diminuindo assim as trocas gasosas.
Fisioterapia respiratória:
65
Promove o relaxamento.
Melhora a efetividade da tosse e, consequentemente, a limpeza e
ventilação das vias aéreas.
Previne a obstrução e o acúmulo de secreção nas vias aéreas, que
interfere na respiração normal.
Mantém, ou até melhora, a mobilidade torácica. (nada falando da
diminuição da mobilidade torácica).
Previne, ou até corrige, deformidades posturais relacionadas aos
distúrbios respiratórios. (na verdade a deformidade postural é que pode
provocar o distúrbio).
Reduz os gastos de energia durante a respiração.
Melhora a resistência à fadiga e promove maior tolerância aos exercícios
gerais.
AFECÇÕES ENDÓCRINAS
Classificação:
D.M. tipo 1: é o resultado de uma destruição das células beta do pâncreas , com
conseqüente deficiência da produção de insulina. Por motivos desconhecidos, o
organismo acha que essas células são corpos estranhos (agentes agressores do
organismo) e promove sua destruição. Isto é chamado de resposta auto-imune.
Geralmente é descoberto em crianças e adolescentes e o tratamento é feito com
dieta balanceada, exercícios e uso de insulina.
D.M. tipo 2:
as células beta do pâncreas não produzem a quantidade adequada de insulina ou a
insulina produzida é defeituosa. Nela pode ocorrer uma incapacidade de ação da
insulina devida á um defeito nos receptores (local de ação do hormônio), das células
musculares e adiposas . O fator hereditário é um dos mais importantes. Além disso,
há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. O aparecimento da
doença é mais freqüente após os 40 anos e mais comum que a D.M. tipo 1. Os
pacientes podem responder ao tratamento somente com dieta e exercícios físicos,
mas, por outras vezes, será necessário associar medicamentos orais e, por fim, a
combinação destes com a insulina.
Atividade física: a maneira mais eficiente de ativar a insulina é através da
atividade física.
Dieta: as pessoas que apresentam glicose elevada devem reduzir ou eliminar
o consumo de alimentos ricos em glicoses, como o açúcar, massas e
67
tubérculos (batata e mandioca).
Uso de medicamentos: em casos específicos.
68
tremores finos ou grosseiros de extremidades, bocejamento, sonolência, visão dupla
e confusão, que podem caminhar para a perda total da consciência, ou seja, o coma.
69
HIPERTENSÃO ARTERIAL – HA
70
Fatores de risco:
Curiosidade:
Existem os hipertensos “do avental branco”: pessoas que só apresentam pressão
alta quando esta é medida em consultório médico, mas fora do consultório, a
pressão é normal.
Sintomas - A maioria das pessoas que têm pressão alta não se queixa de nada. Por
71
isso a hipertensão é chamada de "assassina silenciosa". Às vezes, dor de cabeça,
tontura e mal-estar podem acontecer como conseqüência da pressão alta, mas a
única maneira de saber se a pressão está normal é medindo-a. O ideal é medir a
pressão pelo menos a cada seis meses ou com um intervalo máximo de um ano.
Assim, quando a doença aparece, logo se faz o diagnóstico.
Conseqüências - A pressão alta ataca a parede dos vasos e, com isso, os vasos se
tornam endurecidos e estreitados e podem, com o passar dos anos, entupirem ou
romperem-se. Podem ser vasos do coração (angina e infarto), do cérebro (A.V.E.),
dos rins (insuficiência renal até hemodiálise) e dos olhos (diminuição da visão).
Tratamento
A pressão alta é uma doença crônica e persiste por toda a vida. Ela pode ser
controlada, mas não curada, portanto o tratamento dura a vida toda e deve ser
feito com remédios que ajudam a controlar a pressão e com hábitos de vida
saudáveis, como: diminuir a ingestão de sal e bebidas alcoólicas, controlar o peso,
fazer exercícios físicos, evitar o fumo e controlar o estresse. O uso dos remédios
deve ser contínuo e diário, nas doses e nos horários recomendados pelo médico.
Não se deve deixar de tomar os remédios, mesmo que a pressão esteja controlada.
O ideal é manter a pressão abaixo de 13 por 8.
72
Classificação:
A.V.E. ISQUÊMICO
Provocado por obstrução de uma ou mais artérias por ateromas (colesterol),
trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, pessoas com
diabetes, colesterol elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes.
O paciente pode apresentar perda repentina da força muscular e/ou da visão,
dificuldade de comunicação oral, tonturas, formigamento num dos lados do corpo e
alterações da memória.
A.V.E. HEMORRÁGICO
Provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso
sangüíneo, em virtude de hipertensão arterial,
problemas na coagulação do sangue ou
traumatismos. O sangue sai do vaso e vai
comprimindo o cérebro. Pode ocorrer em pessoas
mais jovens e a evolução é mais grave. O paciente
pode apresentar: dor de cabeça, náuseas, vômitos e
déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico.
73
o risco de doenças do coração e do cérebro. O uso de drogas ilícitas
(maconha, cocaína, heroína, etc.) também aumenta o risco de A.V.E..
74
as que produzem arritmias (alterações da condução elétrica do coração),
pode ocasionar um A.V.E.. Pessoas que já tiveram A.V.E., “ameaça de
derrame”, infarto do coração, ou doença vascular de membros (trombose e
etc.) têm maior probabilidade de serem acometidas de um A.V.E.. A
presença de aneurisma cerebral congênito (dilatação da parede de vasos cuja
pessoa nasce com ela) ou a presença de aneurisma cerebral adquirido,
também pode favorecer o A.V.E..
Sangue muito concentrado – Quando o sangue fica mais “grosso”, ele tende a
coagular (torna-se sólido causando obstrução). Isso ocorre quando a pessoa
fica desidratada gravemente e também quando existe um aumento
considerável dos glóbulos vermelhos (por exemplo: pessoas que apresentam
D.P.O.C. por muitos anos e que para compensar a baixa quantidade de
oxigênio no sangue produzem mais células que transportam oxigênio para
não deixar “escapar” qualquer molécula de oxigênio que chega aos pulmões).
Tratamento - O A.V.E. é uma emergência médica, por isso paciente deve ser
encaminhado imediatamente para atendimento hospitalar. O tempo é o principal
fator para a recuperação do paciente, pois infelizmente as células cerebrais não se
regeneram e nem há tratamento que possa recuperá-las.
Medicamentos podem diminuir a extensão dos danos, mas ainda pode ser
necessária a realização de cirurgia para retirar a obstrução do vaso e aliviar a
pressão cerebral ou até mesmo para revascularizar veias ou artérias
comprometidas.
75
Hemiplegia – paralisia (perda do
movimento) total ou parcial em
apenas um lado do corpo,
podendo ocorrer no lado
esquerdo ou direito.
Hemiparesia – alteração da
força muscular de um lado do
corpo, podendo ocorrer no lado
esquerdo ou direito.
Alterações sensoriais e de percepção
– negligência, ou seja, “esquecimento” do lado afetado e alteração da
sensibilidade (diminui ou aumenta).
Outras – alterações da fala, podendo o paciente: não verbalizar, não
compreender o que escuta, ou ainda falar corretamente e entender o que
escuta, mas não conseguir elaborar mentalmente (SUG) as palavras para
responder. Também podem ocorrer alterações visuais, alterações de
memória e perda do controle da urina e das fezes.
Complicações - Pacientes que ficam acamados após o A.V.E. e que não recebem os
cuidados adequados podem desenvolver:
76
posicionamento adequado do paciente para que isto seja evitado. Peça
orientação a um fisioterapeuta ou a um enfermeiro sobre quais são as
posições corretas de se colocar o paciente. O ideal é iniciar um programa
imediato de Fisioterapia.
Úlceras de pressão – evitáveis com algumas medidas simples:
posicionamento apropriado do paciente no leito ou em uma cadeira e
mudança de posição de 2 em 2 horas.
Fecaloma – acúmulo de fezes no final do intestino, que, por não serem
eliminadas, podem virar pedras. Em casos extremos é necessário realizar
cirurgia para retirá-las. Deve-se acompanhar o intervalo das evacuações
do paciente e informar ao familiar o seu prolongamento, além de observar
outras alterações como a presença de sangue ao defecar.
AFECÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS
DEPRESSÃO
Definição - A depressão é uma doença do organismo como um
todo, pois compromete o físico, o humor e, em conseqüência, o
pensamento. Não é simplesmente estar na "fossa" ou com um
"baixo astral" passageiro. Também não é sinal de fraqueza, de falta de
pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força
de vontade. Depressão é diferente de tristeza ou luto e não é natural do
envelhecimento, pelo contrário, a depressão leva ao idoso á uma situação de
tristeza extrema que atrapalha todas as atividades de sua vida.
Fisiopatologia - Não se sabe ao certo o que desencadeia a doença, mas sabe-se
que é a interação de vários fatores (genéticos, ambientais, psicológicos e orgânicos)
que provoca alteração de algumas substâncias no cérebro.
Causas:
Mudanças na vida como: divórcio, aposentadoria,
perda de emprego e morte de uma pessoa amada.
Preocupações financeiras.
Doenças crônicas ou agudas.
Uso abusivo de álcool, drogas ou outras medicações, como os
"calmantes".
Em algumas pessoas sensíveis, a falta de exposição à luz solar.
Efeito colateral de medicamentos, como alguns utilizados no tratamento da
hipertensão arterial.
“Depressão dos feriados”.
77
Diagnóstico - O diagnóstico é difícil, pois não existe exame de sangue ou de
imagem (radiografia ou tomografia) que possa definir o quadro depressivo. O
diagnóstico é feito pelo preenchimento de sintomas específicos baseados em
parâmetros conseguidos através da análise de um grande número de pessoas.
Características (subjetivas)
Alteração psicomotora Sensação de fracasso
Tipos de depressão:
A depressão pode ser de vários tipos de acordo com as características principais
apresentadas pelo paciente.
Depressão Maior – caracteriza-se principalmente por sintomas de
instrospecção pessoal e tristeza.
78
Distúrbios bipolares – apresentam ciclos de mania (euforia exagerada,
irritabilidade inadequada, insônia grave, aumento do discurso, ‘tagarelice’,
aumento do interesse sexual, redução do senso crítico, comportamento
social inadequado e outros) e ciclos de depressão.
Tratamento:
CONSELHOS ÚTEIS
DEMÊNCIA
79
Fatores de risco (multifatorial)
Idade avançada.
Doenças cerebrais – A.V.E..
Polifarmácia (uso de muitos medicamentos).
Síndrome da imobilidade.
Alteração da visão e da audição.
Fatores Psicossociais.
Conseqüências
Prejuízo cognitivo: perda das habilidades verbais, da capacidade para leitura
e do conhecimento e utilização das palavras.
Diminuição da capacidade funcional.
Perda da memória recente: a pessoa idosa lembra de fatos que aconteceram
há 20 anos atrás, mas não se lembra do que comeu no almoço!
Tratamento
Prevenção dos fatores de risco.
Medicamentos sintomáticos ou estabilizadores (não são curativos).
Reabilitação cognitiva e funcional.
80
Estratégias para melhora do paciente
Ambiente favorável.
Importância do elogio para todas as respostas.
Importância da combinação de impulsos auditivos e visuais.
Importância do aprendizado ativo.
As tarefas a serem aprendidas devem ser significativas.
Sempre levar ao médico para o correto diagnóstico.
Encaminhamento a outros profissionais da equipe multidisciplinar.
Principais manifestações
Memória.
Distúrbios cognitivos.
Desorientação espaço-temporal.
Déficits nas habilidades comunicativas.
Mudanças no comportamento, no humor e
na personalidade.
81
Manifestações lingüísticas da demência
Estágio inicial Estágio intermediário Estágio final
Pouca anomia Anomia Linguagem reduzida
Gramática preservada Desvios gramaticais Declínio severo da
compreensão
Pouca atenção Atenção débil Incoerência no discurso
Desorganização do Fala mais acelerada e Fala vazia
discurso menos coerente
Expressões imprecisas Compreensão mais difícil Jargão
Circunlocuções Jargão
Consciência e percepção Ecolalia
das dificuldades (repetição automática das
palavras ouvidas; hábito
ou mania de aconsoantar
palavras.)
82
TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO
Os principais objetivos do tratamento fonoaudiológico são:
Melhorar a comunicação.
Favorecer as funções cognitivas no cotidiano.
Minimizar a angústia do idoso e de sua família.
Evitar o isolamento do idoso.
Informar à família.
Promover a independência e autonomia do
idoso.
Melhorar a qualidade de vida do idoso e de sua
família.
83
podendo até mesmo ajudar o cuidador na execução destas rotinas.
3- ESTRUTURE O AMBIENTE:
Faça com que a casa do idoso seja a mais segura e simples possível. Isto pode ser
feito das seguintes maneiras:
O quarto da pessoa idosa pode ser arrumado
de maneira que se ajuste às suas
necessidades, tornando-se um local de
extrema simplicidade e de boa orientação. É importante que seja um quarto
fácil de localizar e reconhecer, que a pessoa idosa identifique que é seu e
goste dele.
Neste quarto, deixe à mostra um quadro na parede onde ele possa pendurar
suas chaves, seus óculos, seu agasalho. Uma gaveta onde possa guardar
seus documentos e carteira, seus pertences e objetos pessoais. Uma maleta
diferente, de cor viva, ou ainda uma caixa de sapatos encapada de papel
colorido, pode ser um bom lugar para que o idoso guarde seus objetos
pessoais.
Tenha sempre pendurado na parede deste quarto: um relógio e uma folha de
calendário grandes, de forma que a pessoa idosa possa facilmente identificar-
se no tempo. É sempre bom o cuidador repetir, todos os dias pela manhã, à
tarde e à noite, a hora, o dia, o mês e o ano.
Estipule um horário para tudo. Para as refeições, o acordar e dormir, para o
banho, para passear e tomar sol, para assistir a televisão, etc.
Sinalize a casa: escreva em cartazes os nomes dos quartos, do banheiro, da
sala e da cozinha. Como o idoso sempre vai ao banheiro à noite, mantenha a
luz do banheiro acesa para facilitar seu acesso. O ideal seria que o quarto da
pessoa idosa possuísse banheiro, ou que este fosse perto.
Evite mudar as mobílias de lugar, assim como as reformas radicais.
Exponha retratos dos familiares e amigos. Sempre que lembrar, procure
exercitar a memória da pessoa idosa relembrando juntos os nomes das
pessoas nos retratos.
4- SEGURANÇA É FUNDAMENTAL:
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problema sério. Para prevení-las, evite tapetes, móveis no meio do caminho,
degraus escorregadios ou escadas sem corrimão.
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6- SENSO DE HUMOR:
DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO
Este tipo de comportamento no idoso demente preocupa muito aos cuidadores, pelo
potencial de perigo que pode existir, inclusive relacionados a acidentes sérios e até
fatais.
Setenta e cinco por cento dos idosos dementes passarão por esse tipo de
comportamento em alguma fase de sua doença. Isso não acontece sempre, porém
há fases em que ocorre com freqüência.
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As causas são difíceis de serem determinadas: pode ocorrer de repente, como
também parar subitamente de acontecer. Por isso, o cuidador poderá se ver em uma
posição de conflito sério e até insustentável, gerando grave crise no relacionamento
entre cuidador e idoso. Para lidar com essa situação, inicialmente deve-se procurar
reconhecer as possíveis causas da inquietação, mantendo sempre a segurança
pessoal e ambiental.
87
paciente se perca, sinalize bem a sua casa, deixando o ambiente o mais familiar
possível: retratos de toda a família pela casa e objetos pessoais de estima à mostra.
Sinalize o banheiro, o quarto e a cozinha. Evite que o seu ambiente seja confuso,
barulhento, agitado e com excesso de pessoas.
11- Faça identificações em suas roupas, escrevendo em um cartão ou na própria
roupa o nome do idoso, seu endereço, telefone e um agradecimento pela ajuda.
Também podem ser utilizados um bracelete ou um colar de identificação.
12- Mantenha o paciente ocupado durante o dia com atividades e exercícios físicos
adaptados às suas limitações (se houverem), fazendo parte de sua rotina.
13- Atividades domésticas simples serão de grande valor. Embora o idoso muitas
vezes não consiga terminar uma atividade, ele estará gastando energia e
possivelmente terá um sono mais tranqüilo.
14 - Caso a paciente saia do seu local de morada e se perca, inicie a procura em
locais que habitualmente ele freqüentava, locais familiares a ele.
15 - Lembre-se: o paciente não pode sentir-se perseguido pelo cuidador, por isso
observe-o e supervisione suas atividades com sutileza.
16 - Converse com o idoso falando pausada e calmamente, sorrindo, em tom de
ajuda e orientando-o. Mostre o seu quarto, suas coisas, o banheiro e a cozinha. Diga
que gosta dele e que não quer vê-lo saindo sozinho.
ALUCINAÇÕES
São várias as causas que geram crises de alucinação. O paciente deve passar por
uma avaliação médica para determiná-las com segurança.
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É preciso estar atento à presença de doenças do sistema urinário, infecções,
dependência de álcool, efeitos colaterais das medicações utilizadas, desidratação,
dores severas e presença de fecaloma (fezes em consistência de pedra). Quanto
aos efeitos colaterais dos medicamentos utilizados pelo paciente, cabe ao cuidador
observar a presença de qualquer reação adversa (efeito indesejado e não esperado
com a medicação), como: mudanças comportamentais, tremores, etc.. Nesses
casos, o médico deve ser avisado imediatamente.
1- Não se deve discutir com o paciente a respeito daquilo que ele afirma ver ou
ouvir, tampouco concordar com a alucinação. Frases como: "sei que você viu, mas
eu não vi", costumam acalmar e transmitem confiança.
2- Tente conduzir o paciente para outro lugar da casa, convidando-o a passar por
áreas mais claras, quando acontecer a alucinação.
3- Busque atividades interessantes que agradem e distraiam o idoso, como observar
fotos de paisagens bonitas e álbuns de família.
4-Tente trabalhar sempre na tentativa de trazer o paciente à realidade. Observe
quais os possíveis ruídos, objetos ou outros estímulos que são responsáveis pela
alucinação e providencie para que sejam removidos.
5- Cortinas, papéis de parede ou louças estampadas podem gerar confusão mental
e crises. Sendo assim, pode ser conveniente substituí-los por padrões de cores lisos
e claros.
6- Sombras na janela podem ser provocadas por folhas de árvores que balançam ao
vento. Para evitar qualquer transtorno ao idoso, estas folhas devem ser podadas.
7- Em certos momentos da evolução da doença, é preciso evitar os espelhos, pois
eles podem desencadear uma crise alucinatória se, por exemplo, o paciente perder a
capacidade de reconhecer sua própria imagem refletida no espelho. Cobri-los ou
removê-los é o ideal.
8- Saiba respeitar o paciente em crise de alucinação, pois, para ele, é bastante real.
Com palavras calmas, tom de voz suave e um toque carinhoso, traga o idoso de
volta à realidade, transmitindo-Ihe confiança.
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DELÍRIOS
“ELE ESTÁ ME ACUSANDO DE TÊ-LO ROUBADO...”
Alteração conhecida por delírio, trata-se da falsa crença que o
paciente tem de estar sendo roubado ou perseguido por pessoas
estranhas ou membros da própria família.
Em alguns casos, o idoso acredita que não está em sua casa e freqüentemente
pede para ir embora ou desconhece as pessoas que convivem com ele, dizendo que
há estranhos em casa. Delírios como esses são muito comuns em pacientes com
demência.
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PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO SEXUAL
Por isso, em fases mais avançadas, pode-se também perder a referência guardada
em seu cérebro sobre as normas de conduta sexual que foram aprendidas pelo
idoso juntamente com toda sua família.
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DICAS PARA O CUIDADOR
Não tente adivinhar o que está acontecendo com o idoso do qual você cuida.
Procure se informar e se orientar: estude, dedique-se a conhecer o processo do
envelhecimento e as doenças mais comuns nessa faixa etária.
1. Procure encarar com naturalidade esses problemas, não gerando confrontos
com o idoso. Não grite com ele, nem seja intolerante, ríspido e rígido.
2. Procure distrair a pessoa idosa. Dê-lhe ocupação, como dar uma volta para
que se esqueça (e esquece mesmo!) de seu comportamento inadequado.
Com calma e paciência é possível dominar a situação.
3. Evite expor o idoso às situações ridículas. Não reaja de forma exagerada e
histérica, ainda mais na presença de crianças.
4. Seja gentil, paciente e, se necessário, aja com firmeza. Procure não elevar o
tom de voz.
5. Novamente, lembre-se: o contato pessoal, o carinho, o toque e a atenção são
primordiais e importantes para contornar estas situações.
6. Evite brincadeiras de mau gosto, piadas e gracejos de caráter sexuais que
estimulem o idoso na área sexual. Não exceda o relacionamento além do
limite entre cuidador e paciente. Amor, carinho e o toque são importantes,
mas devem ser realizados com respeito e sem deixar dúvidas quanto a
natureza do contato.
7. O aparecimento súbito de um comportamento inadequado, que foge à regra,
também pode ser um indício de que algo está errado com o idoso. Procure
um médico e peça esclarecimentos.
AGITAÇÃO
O QUE É O EFEITO CREPÚSCULO OU LUSCO FUSCO?
Pessoas com confusão aguda ou crônica ficam mais confusas, agitadas e inseguras
no fim da tarde, especialmente depois que escurece. Isso
acontece quando vivem em suas próprias casas ou em casas
especializadas, e às vezes piora quando se altera a rotina do
paciente, tornando-o mais exigente, agitado, desconfiado,
desorientado, podendo desencadear alucinações, especialmente à noite. O período
de atenção e a capacidade de concentração tornam-se ainda mais limitados. O
idoso fica mais impulsivo, sendo levado por suas próprias idéias de realidade.
92
DICAS PARA O CUIDADOR
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uma criança, ou como um doente, mesmo que o seja. Agir assim pode evitar mal-
entendidos e conflitos. Lembre-se de que o idoso tem e pode perceber sentimentos
como nós.
15- Ocupações, como atividades e tarefas domésticas ou sociais, ajudam a
preencher o tempo e valorizam o idoso. Mas respeite a vontade dele. O não querer
fazer alguma coisa às vezes é positivo e deve ser respeitado. Ficar sem fazer nada
em alguns momentos é necessário.
16- Como cuidador familiar, não tenha muitas expectativas de que o idoso irá
melhorar ou de que seja possível controlar bem todos os sintomas da doença.
Estamos lidando como uma enfermidade que AINDA não tem cura ou controle
efetivo.
17- Evite discutir com o idoso, pois a maneira dele reagir e entender os fatos está
alterada. Tentar convencer ou discutir, com muitos argumentos, pode piorar a
agitação.
18- Um ambiente adequado, bem iluminado, calmo, tranqüilo, bem sinalizado e sem
muitas alterações em sua rotina diária, deixa o idoso mais calmo e com melhores
condições de se lembrar de seu lugar, de sua casa. Evite o excesso de pessoas,
bem como a confusão no ambiente e a realização de muitas festas.
19- A agitação pode ser resultado de fome ou sede. Procure supervisionar a
alimentação do idoso e pergunte a ele se falta alguma coisa.
20- A agitação pode ser sinal de dor ou de outro desconforto físico. Pergunte com
calma e clareza o que ele está sentindo. Procure em seu corpo algum sinal de
problemas de saúde.
21- Evite tarefas cansativas e difíceis. Não dê à pessoa idosa responsabilidades
além de suas possibilidades.
22- Paciência, paciência e muita paciência!
23- Mesmo com todas as dicas acima, ainda pode ser difícil lidar com uma agitação
freqüente do idoso. Este tipo de situação causa grande estresse em familiares e
cuidadores. Converse com o médico do idoso sobre o problema, pois em casos
como estes, juntamente com todas essas dicas, será necessário o uso de
medicamentos para controlar a agitação e o comportamento. Mas lembre-se de
nunca usar medicamentos sem a orientação de um médico!
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É extremamente importante posicionar e transferir corretamente o idoso dependente
ou semidependente, prevenindo assim encurtamentos, contraturas e facilitando sua
mobilidade e contato com o meio-ambiente. O posicionamento é feito sempre
respeitando o conforto e buscando o benefício do paciente.
Também vale a pena salientar que o idoso deve ser orientado a ajudar sempre que
possível!
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DOENÇA DE PARKINSON X PARKINSONISMO
Conceito –
Parkisonismo: refere-se a uma ampla categoria de doenças que podem apresentar
manifestações semelhantes à Doença de Parkinson. Provoca distúrbios dos
movimentos em decorrência de lesão de Sistema Nervoso Central (SNC).
Etiologia (causas)
Causa desconhecida: é a mais comum entre os idosos.
Drogas (cocaína, medicamentos, etc.)
Infecções (encefalite)
Intoxicação - Envenenamento por monóxido de
carbono ou manganês.
Aterosclerose (entupimento dos vasos sanguíneos).
Distúrbio metabólico: o principal é a desidratação.
Tumor no cérebro.
Traumas cranianos.
Fatores hereditários : raro.
Sinais e sintomas
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Perda dos reflexos posturais: leva às quedas e à dificuldade de ficar de pé sem
auxílio.
Complicações secundárias
Diagnóstico
Baseia-se nas características clínicas do Parkinson (rigidez, bradicinesia, tremor de
repouso e instabilidade postural), sendo que ao menos três dos sinais e sintomas
clínicos devem estar presentes . Observam-se sintomas de início inesperado,
progressão lenta e ausência de outros achados semelhantes na história do paciente.
A tomografia cerebral e a ressonância magnética podem ou não mostrar
uma atrofia de estruturas cerebrais.
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Tratamento
O tratamento é sintomático, ou seja, não tem cura. Tratam-se os sintomas da
doença usando medicamentos prescritos pelo médico, além da reabilitação através
das áreas da Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Enfermagem e
Nutrição.
Alongamentos.
Fortalecimento muscular.
Atividades físicas: caminhada, natação, hidroginástica e etc..
Adaptação da casa e do ambiente em que a pessoa idosa vive.
Treinamento das atividades de vida diária, como: tomar banho, alimentar-se,
trocar de roupa, etc..
Prescrição de adaptações para facilitar o dia-a-dia.
Desenvolvimento de atividades significativas, que façam com que a pessoa
idosa se sinta útil.
Reinserção social.
Treino da escrita.
Exercícios para o treinamento da fala.
AFECÇÕES OSTEOMUSCULARES
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As dores envolvendo o sistema musculoesquelético são
uma das queixas mais comuns entre os idosos. As
principais causas dessas dores são as doenças
reumatológicas, consideradas os maiores responsáveis
pela perda funcional na velhice
Causas:
Osteoartrose:
Primária: fatores hereditários
Secundário: traumas
Artrite reumatóide:
“Um dos grandes mistérios da medicina”.
Tem provavelmente uma origem multifatorial, envolvendo associação entre
predisposição genética, com anormalidades na regulação do sistema imune,e um
fator ambiental. MAS ainda sem achados conclusivos.
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Fatores de risco para osteoartrose:
•Idade
•Sexo
•Obesidade
•História familiar
•Trauma articular
•Fraqueza muscular
Osteoartite: Leva ao uso crônico e indiscriminado de anti-inflamatórios (com todos os
seus malefícios), além de favorecer a ocorrência de quedas devido à redução da
mobilidade.
Osteoporose: caracterizada pela redução da massa
óssea, causando fragilidade nos ossos e aumento do
risco de fraturas. Doença óssea de grande prevalência
na geriatria. Os locais de maior ocorrência de fraturas
são: vértebras, punho e região proximal do fêmur. Os
fatores de risco estão associados ao tabagismo, baixo
peso corporal, menopausa, baixa ingestão de cálcio,
100
FRATURAS DE FÊMUR E QUADRIL
Tipos de cirurgia
101
As cirurgias de prótese de quadril, total ou parcial, exigem alguns cuidados com o
paciente:
OBSERVAÇÃO: Estes cuidados são tomados para que a prótese não saia do lugar.
102
PARA PENSAR….
Quais são os conjuntos de problemas de saúde que mais comprometem a
autonomia e independência das pessoas idosas?
Imobilidade
Instabilidade postural
Incontinência urinária
Insuficiência cerebral
Iatrogenia
IMOBILIDADE:
É quando a pessoa idosa está incapaz de se movimentar, até mesmo para realizar
as mais simples atividades de vida diária (AVDs).
Causas:
Doenças como fraturas, doenças ósseas, derrame cerebral (AVE), doenças
cardiovasculares, entre outras. Em conseqüência, podem levar a perda de força
muscular, à imobilidade, ao isolamento social , à depressão, escaras e
broncopneumonias.
INSTABILIDADE POSTURAL:
É uma dificuldade de ficar em pé, e de manter o equilíbrio .
Conseqüências:
pode levar a queda, fraturas e imobilidade. As quedas são encaradas como um
dos “sintomas” mais importantes na medicina geriátrica.
103
INCONTINÊNCIA URINÁRIA:
É quando a pessoa urina sem saber ou não tem controle,
Conseqüências:
Leva ao desconforto, constrangimento e embaraço, fazendo com que o
indivíduo se isole socialmente e se constitui umas das mais severas
ameaças à dignidade das pessoas idosas.
Quedas.
INCAPACIDADES COGNITIVAS:
É o funcionamento inadequado do cérebro.
Exemplos:
Onde temos a depressão, demências (antigamente chamadas de caduquices), o
delirium (alteração abrupta no comportamento) e muito particularmente a Doença de
Alzheimer constituindo uma enorme carga às famílias.
IATROGENIAS:
É o resultado inadequado de ações de qualquer profissional da saúde, nos
processos de avaliação, tratamento e reabilitação da qual resultam conseqüências
prejudiciais para a saúde da pessoa idosa.
Também se aplica a medidas medicamentosas.
IMOBILIDADE
A imobilidade tem gerado muitos danos à saúde dos idosos!
104
agrupadas sob o nome geral de descondicionamento, que pode ser definido como
uma capacidade diminuída de todos os sistemas corporais.
COMPLICAÇÕES:
SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO
No sistema músculo-esquelético, que compreende os músculos e os ossos, a
falta de movimentos pode levar a contraturas articulares, fraqueza muscular,
atrofia por desuso e osteoporose (ossos fracos).
Para que isso não aconteça, deve-se ter os seguintes cuidados: posicionar,
ou seja, colocar o paciente bem arrumado na cama, escolher o colchão certo
e estimular, o mais rápido possível, que ele volte a andar ou fique sentado por
algumas horas.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
O sistema cardiovascular compreende o coração e a circulação (sangue).
Quando o paciente fica muito tempo deitado na cama e levanta novamente,
pode sentir tonteira e até desmaiar.
O sangue pára de circular nas pernas e o paciente em repouso pode ter
trombose (o sangue fica muito parado e forma coágulos).
SISTEMA TEGUMENTAR
O sistema tegumentar compreende a pele do corpo.
Úlceras de pressão, escaras de leito, escaras por pressão, são nomes
diferentes dados para as feridas. Quando o paciente não se movimenta na
cama começam a aparecer feridas no corpo, principalmente nas regiões
próximas aos osso, que têm pouco tecido gorduroso. As proeminências
ósseas mais afetadas são: sacro, ísquios, trocanteres, calcanhares,
cotovelos. O programa de prevenção é modo mais barato e bem-sucedido de
tratamento e inclui uma abordagem de tratamento em equipe: cama com
colchão d’água e virar o paciente na cama de 2 em 2 horas (mudança de
decúbito).
SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração fica mais lenta, devagar, diminuindo os movimentos do
105
diafragma, que é um músculo importante para a entrada e a saída de ar nos
pulmões. A eliminação de secreções (catarro) é mais difícil, podendo levar à
pneumonia, pois a tosse é comprometida por causa da fraqueza dos
músculos.
SISTEMA GASTROINTESTINAL
O sistema gastrintestinal compreende o estômago e o intestino. Pode ocorrer,
pelo repouso demorado, a perda do apetite e a constipação intestinal
(intestino preso).
A prevenção ou o modo de evitar essas complicações é o fornecimento de
uma comida rica em fibras, incluindo verduras e frutas, e quantidades
liberadas de líquidos.
SISTEMA NERVOSO
As alterações no cérebro são um mal silencioso. Assim, podem surgir alterações
comportamentais como: agitação, ansiedade, insônia (perda sono) e depressão.
13.3- QUEDAS
Na maioria das vezes, os tombos restringem a mobilidade do idoso, pois ele tem
medo de cair novamente, gerando dificuldades em realizar atividades simples do
cotidiano prejudicando a sua independência.
106
CAUSAS DE QUEDAS
Internas ou Intrínsecas –
Conceito: Alterações próprias do processo de envelhecimento fisiológico e
patologias associadas, tais como:
Diminuição da visão.
Diminuição da audição.
Distúrbios de equilíbrio.
Demora no tempo de reação às situações de perigo.
Diminuição súbita da pressão arterial ao se levantar.
Deformidades dos pés.
Distúrbios cardiovasculares.
Doenças neurológicas.
Noctúria
Externas ou Extrínsecas:
Uso de medicamentos inadequados ou de maneira inadequada.
Via pública mal conservada, com buracos e irregularidades.
Maus tratos.
Calçados inadequados.
Roupas muito compridas,que se arrastam no chão.
Ambiente doméstico inadequado: piso escorregadio ou molhado, objetos no
chão, tapetes soltos ou com dobras e etc.
Ao lado, um exemplo de um
ambiente inadequado que
oferece vários fatores de
risco ás quedas.
107
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS NECESSÁRIAS PARA SE EVITAR AS
QUEDAS:
Uso de vasos sanitários mais altos, (sóculos), e com barras de apoio laterais.
Tapetes antiderrapantes no banheiro e cozinha.
Retirar fios soltos e objetos espalhados no chão.
Retirar ou prender tapetes.
Ter cuidado com os pisos escorregadios.
Escadas e rampas com antiderrapantes e corrimão nos dois lados.
Camas e poltronas com altura adequada, (elevar a altura, se possível).
Perigo: cadeiras de balanço, (risco de quedas).
Cadeira própria para banho, se necessário.
Ambiente com boa iluminação.
Uso de óculos quando necessário.
Perigo: calçado inadequado. Usar sapatos com sola de borracha e salto
baixo.
Encurtar o tamanho de cortinas e toalhas de mesa, impedindo que elas
arrastem no chão.
Perigo: cuidado com animais de estimação! O idoso pode tropeçar neles.
Na cozinha, coloque os objetos de uso mais freqüente nos locais de fácil
acesso e deixo os locais mais altos para os utensílios pouco utilizados. Dessa
forma, evita-se subir em banquinhos para alcançar objetos.
Ter sempre um interruptor de luz ou abajur ao lado da cama.
Deixe sempre seco o chão da cozinha, banheiro e quintal.
No banheiro, o porta-toalhas deve ser colocado ao lado do Box.
O uso de um telefone sem fio evita que o idoso tenha que correr para atender
ao telefone.
Só dê ao idoso as medicações prescritas pelo médico, e tenha certeza que o
médico saiba todos os remédios que o idoso usa.
108
Com o envelhecimento, o idoso apresenta uma série de
dificuldades para executar tarefas rotineiras e para manter um
comportamento social aceitável.
É comum ouvir familiares e cuidadores dizerem que o idoso não sabia que roupas
vestir, em qual ordem e para qual ocasião ou situação. Nesse caso, o melhor a fazer
é tentar orientar o idoso em relação à adequação da roupa a ser vestida, alertando-o
para o período do dia, o clima e a ocasião. Mas lembre-se que estimular a
independência é fundamental.
110
11. Para pacientes limitados às cadeiras de rodas ou poltronas, o critério para a
escolha do vestuário é ainda mais rigoroso. Deve-se optar por roupas confortáveis,
largas, especialmente nos quadris.
12. O uso de objetos pessoais (acessórios) pode ser mantido, porém, em casos de
demência ou confusão mental, as jóias deverão ser substituídas por bijuterias.
13. Na medida do possível, deve-se providenciar um roupão para
que o paciente possa se despir no quarto e, protegido, ser
conduzido ao banho.
14. Deve-se evitar o uso de chinelos, pois eles facilitam as quedas.
15. Todos os tipos de sapatos devem ser providos de solados
antiderrapantes - os mais indicados são aqueles que possuem
elástico na parte superior, pois além de serem fáceis de tirar e
colocar, evitam que o paciente tropece e caia, caso o cadarço se desamarre.
16- Em casos de confusão mental e déficit cognitivo, deve-se dividir a atividade em
etapas e ir orientando o idoso através da fala clara e pausada ou através de
demonstração. No caso de orientação verbal, dar indicações simples e precisas,
uma de cada vez e repeti-las se necessário.
17- As roupas devem ser organizadas e apresentadas ao idoso na ordem em que
ele irá vesti-las. Por exemplo: 1- cueca, 2- blusa, 3- calça, 4- cinto, 5- meia ,6-
sapato, 7- agasalho.
18- Encorajar os idosos a se vestirem ao invés de passarem o dia todo com pijama
ou roupa de dormir.
19- Manter sempre respeito pela intimidade dos idosos durante o vestir-se e o
despir-se, deixando-os em local adequado, com privacidade e livre de correntes de
vento.
20- Para pacientes com demência e déficits cognitivos é importante que se
estabeleça uma rotina relacionada com o vestir.
21- Estar sempre atento a sinais de cansaço.
111
14.2- BANHO E HIGIENE PESSOAL
O banho, uma atividade comum e que nos parece de fácil realização, pode ser
causa de momentos estressantes e perigosos para o idoso. As alterações que
ocorrem com o envelhecimento podem trazer dificuldades na realização dessa
tarefa, que exige coordenação, equilíbrio e capacidade neuromuscular e cognitiva
adequadas.
Pode existir uma resistência ao ato de tomar banho ou de ser banhado. Esta
resistência se baseia fundamentalmente em alguns aspectos especiais como:
Perda ou diminuição da auto-estima.
Perda da rotina.
Traumas devidos à má condução desta atividade no passado (banho muito
quente, muito frio, vergonha e zombarias).
Desorientação no tempo e local, problemas de memória e esquecimento (o
idoso pode achar que já tomou banho).
Quedas no banheiro.
Sabonete nos olhos.
Cuidador sem paciência no manejo do banho (palavras bruscas ou
hematomas causados pela força ao segurar o idoso).
Fatores climáticos e culturais.
112
AMBIENTE ADEQUADO PARA O BANHO
Para que o idoso consiga alcançar seu nível máximo de independência e para evitar
as quedas e os acidentes durante a realização dessa atividade, é necessário que o
ambiente esteja adequado. Se for preciso, algumas adaptações poderão ser feitas
mediante o grau de dependência apresentado pela pessoa idosa:
Mantenha o piso seco. Dentro e fora do box utilize tapetes antiderrapantes
(emborrachados) para evitar quedas.
A colocação de barras de segurança na parede é de grande ajuda, pois
permite que o paciente se apóie nelas durante o banho, fazendo-o sentir-se
mais seguro.
Se for difícil para ele manter-se em pé por muito tempo, talvez uma cadeira de
banho vá auxiliá-lo, promovendo maior conforto e independência.
O box deve ser protegido com uma cortina de plástico, sem que esta
arrastaste-se no chão, bem fixada e transparente na parte superior.
O porta-toalhas deve ficar ao lado do box.
A mangueira do chuveirinho não deve encostar no chão.
O banheiro deve ter boa luminosidade.
É interessante criar uma rotina para aqueles que apresentam dependência severa,
pois isto facilita o trabalho do cuidador e cria um hábito para o paciente.
Mesmo os acamados devem ser levados ao banheiro sempre que possível para que
seja realizado o banho de chuveiro, pois esta é uma ótima oportunidade de
mobilização. Por isso, banhos no leito devem ser evitados, sendo indicados apenas
para aqueles pacientes com prescrição de repouso rigoroso no leito.
113
PREPARANDO O BANHO
114
9. As unhas devem ser cortadas semanalmente, de forma quadrada, evitando
encrave nos cantos.
10. O cuidado com a cavidade oral (boca) é importante. A limpeza de próteses
(dentaduras, roates) e dentes naturais, bem como as gengivas, deve ser
rigorosamente observada, principalmente após as refeições. Um bom artifício para
conseguir ajuda do idoso nesta tarefa, é o cuidador escovar os seus próprios dentes
e pedir ao idoso que o imite. Não se esqueça de pedir que o idoso escove a sua
própria língua.
11. Os cabelos devem ser lavados regularmente e revisados em busca de parasitas.
O corte dos cabelos e da barba deve ser feito periodicamente.
12. O uso de maquiagem é positivo para as senhoras idosas, mas deve obedecer ao
bom senso para que não haja exageros e que não as coloque em situações
ridículas.
13. A atitude a ser tomada em relação ao idoso que não quer fazer a sua higiene e
nem deixar o cuidador fazê-la deve ser a de manter uma postura determinada, mas
evitando o confronto e a discussão e conduzindo assim, com firmeza, passo-a-
passo, a execução de toda a tarefa.
14- Sempre respeite a intimidade do idoso. Mantenha-o em local adequado e vestido
enquanto se prepara o banho.
15- Após o banho, incentive o uso de um creme hidratante por todo o corpo para
evitar o ressecamento da pele.
16- Se o paciente faz o uso de óculos ou lentes corretivas, é importante lembrá-lo de
usá-los durante o banho.
17- Proporcione tempo adequado para que o idoso realize as atividades de banho e
higiene pessoal.
18- Garanta a acessibilidade do idoso a todo o material necessário durante o banho.
14.3- ALIMENTAÇÃO
A alimentação é muito importante para o idoso e deve ser
acompanhada de perto, para garantir uma dieta equilibrada e
adequada. Com o envelhecimento, ocorrem diversas alterações que
mudam o padrão alimentar e o interesse do idoso pela alimentação.
1- Lembre-se que sempre que possível o idoso deve ser responsável pela escolha
do alimento e do horário das refeições de acordo com seus hábitos e rotinas.
2- Estimule a independência do idoso na realização de todas as etapas da atividade
de alimentação.
3- Garanta um ambiente seguro, confortável e agradável durante as refeições.
4- Sempre que possível leve o idoso à mesa para que ele se alimente com toda a
família.
5- Cuidado ao servir a comida ao idoso. Certifique-se de que a temperatura está
adequada (nem muito quente, nem muito fria) de e que a quantidade é suficiente.
6- Se o idoso estiver com tremores ou déficits motores que dificultem a realização da
atividade de alimentação, adaptações podem ser providenciadas, como: inserir um
engrossador do cabo do talher, ventosas no prato e uso de um copo adaptado ao
idoso.
7- Em caso de confusão ou déficit cognitivo, uma boa opção é dividir a atividade em
etapas, orientando de forma simples, clara e pausada, uma a uma. Ex: “pegue a
colher” - “coloque a comida” - “leve-a à boca” - “mastigue” - “engula”.
8- Em alguns casos, o idoso pode se recusar a comer. É interessante a preocupação
com a aparência da comida, procurando colocar alimentos com cores bem alegres e
dispostos harmonicamente no prato.
9- Nunca alimente um idoso na posição horizontal (deitado)! Mesmo que não seja
possível levá-lo à mesa, coloque-o sentado na hora da alimentação.
10- Dê ao idoso o tempo que ele necessitar para se alimentar. Não o apresse e
lembre-se de que a alimentação deve ser um momento agradável e tranqüilo.
116
11- Esteja sempre atento às orientações do médico e do nutricionista e só dê à
pessoa idosa os alimentos adequados. Procure orientações com relação às doenças
que levam às restrições da alimentação, como o Diabetes e a Hipertensão.
12- Se o idoso se recusar a comer, não “force a barra”. Tente convencê-lo da
importância da alimentação e de que a comida está gostosa, mas nunca coloque a
comida na boca do paciente de maneira brusca.
13- Se não for possível convencê-lo a comer, procure a ajuda de um médico. Em
casos avançados da Doença de Alzheimer, por exemplo, pode ser necessário o uso
de sonda.
117
15.1- CUIDADOS COM A PELE
Todos nós sabemos da necessidade de cuidar da pele contra a radiação do sol, mas
também é importante verificarmos se outros fatores interferem na saúde da pele do
idoso. Abaixo citamos algumas dicas simples e importantes:
Água:
A água é fundamental para o bom funcionamento do organismo.
Para uma pele saudável os dermatologistas recomendam beber, pelo
menos, 2 litros de água por dia.
Se a pele estiver ressecada, é sinal que o corpo pede água. Mas
outros fatores podem contribuir para o ressecamento da pele, como
vento, poeira (poluição), sol em excesso, calor ou ar seco.
Assim, além de beber bastante água, para evitar o ressecamento da
pele é preciso usar pouco sabonete, evitar água muito quente e usar
cremes hidratantes adequados, sem muito perfume.
Fumo:
118
Álcool:
O álcool : o consumo de álcool influi no metabolismo, causando danos
ao organismo.
A exceção à regra é o vinho tinto, (consumindo moderadamente)
contém flavonóides, que possui ação anti-oxidante.
Higiene Oral
A higiene oral É a limpeza oral, ou seja, dentes, gengivas e língua.
Objetivos:
prevenir cáries dentárias
prevenir infecções bucais, digestivas e respiratórias
Hidratar língua, bochechas e palato
Diminuir e prevenir halitose
119
Materiais utilizados na higiene oral:
Escova de dente ou gaze, creme dental ou simplesmene água com bicabornato de
sódio, copo de água, vasilha (paciente acamando com prescrição de repouso),
toalha de rosto, papel toalha.
Procedimentos:
Lavar as mãos.
Observar as condições do paciente e da cavidade oral.
Retirar próteses e orientar ao idoso fazer a higiene oral.
Erguer a cabeceira da cama, caso o idoso esteja acamado.
Solicitar ao paciente que escove a face anterior e posterior dos dentes,
no sentido gengiva-dente e limpe toda a cavidade oral, incluindo
bochechas, língua (melhora a percepção do sabor), palato e
gengivas.
Proceder à limpeza da prótese.
Manter o idoso o mais independente possível.
Organize a tarefa em etapas, se o paciente for confuso… e
supervisione verbalmente.
Objetivos:
Remover resíduos na cavidade oral.
Detectar possível aftas, inflamações de gengiva.
Evitar ou detectar infecções, retração de gengivas .
Manter independência e autonomia.
120
15.3- ÚLCERAS DE PRESSÃO
As regiões com maior risco de úlceras de pressão são as áreas próximas de grandes
proeminências ósseas, como a região sacrococcígea (final da coluna), os
calcanhares, cotovelos, joelhos, nádegas, as orelhas, escápulas (asas), entre outras.
Uma úlcera de pressão pode aparecer em poucos dias e progredir rapidamente, mas
121
para cicatrizar pode levar meses e nem sempre cicatrizam, principalmente na
pessoa idosa. A principal complicação da ulcera de pressão é a infecção que
inicialmente é local, mas pode disseminar-se e matar.
FASES DE EVOLUÇÃO
1. Eritema - vermelhidão
2. Edema - inchaço
3. Isquemia - irrigação sangüínea deficiente
4. Necrose - morte dos tecidos
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
122
os seguintes critérios: efetividade clínica, custo do equipamento, facilidade de
manutenção e conforto do paciente.
Mantenha o idoso fora do leito sempre que possível.
Evite colocar um membro do paciente em cima do outro e, quando o fizer,
coloque um travesseiro entre eles.
Mantenha a cama sempre limpa e seca, com os lençóis bem esticados e
livres de migalhas.
Retire imediatamente do paciente qualquer roupa úmida.
Proteja a pele do idoso seguindo as orientações dos profissionais da equipe
multiprofissional.
Zele pela higiene pessoal do paciente.
Execute movimentos passivos (ou seja, o idoso não executa os movimentos,
alguém os faz por ele) nos membros do paciente.
Cuide do estado geral do paciente, oferecendo-lhe os alimentos prescritos
pela equipe.
Figuras: MUSSI, N.M. et al. Técnicas fundamentais de enfermagem. São Paulo: Editora Atheneu, 1995.Pág. 41
MEDIDAS TERAPÊUTICAS
123
executando as mudanças de posição e a troca de roupas, mantendo a equipe
sempre informada sobre quaisquer alterações como:
Desprendimento espontâneo da cobertura da ferida.
Excesso de secreção percebida externamente à cobertura.
Cheiro diferente.
Queixa por parte da pessoa idosa de dor ou coceira local.
IMPORTANTE: Nenhum colchão ou bóia ou qualquer outra medida, por mais cara
ou moderna que seja, é mais eficiente do que mudar o paciente de posição de 2 em
2 horas, inclusive durante a madrugada.
ATENÇÂO!
O CUIDADOR NÃO REALIZA TRATAMENTO DE FERIDAS, MAS É
RESPONSÁVEL PELA MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE DA PELE DO IDOSO.
15.4- COLOSTOMIA
124
ALGUNS CUIDADOS
Deve-se evitar:
Carregar peso excessivo;
Praticar esportes que exijam muito esforço;
Cintos, fivelas ou outros artigos que comprimam a
colostomia.
Hábitos alimentares:
Evitar alimentos que produzam gazes e/ou odores fortes;
Consumir legumes, frutas e beber muito líquido;
Mastigar bem os alimentos.
Higiene:
Lavar a pele ao redor do estoma (orifício) delicadamente, com um
sabonete neutro.
Observar a colostomia com regularidade: a pele em sua volta deve estar
úmida, lisa, de cor avermelhada e livre de coceiras e/ou feridas.
Caso o estoma não esteja em condições normais, deve-se comunicar ao
enfermeiro da equipe.
125
UROSTOMIA
É um procedimento cirúrgico que consiste em desviar o curso normal da urina,
ligando o canal da uretra a uma abertura no abdome por onde a urina será expelida.
A urostomia pode ser permanente ou temporária.
A urostomia não pode ser controlada voluntariamente. Por essa razão, o idoso
utilizará uma bolsa de coleta de urina. A urostomia exige os mesmos cuidados da
colostomia, citados anteriormente.
TIPOS DE SONDAS:
Sonda nasogástrica: consiste na introdução de uma sonda pelo nariz que vai até o
estômago.
Objetivos: alimentar o paciente, examinar o conteúdo gástrico, administrar
medicamentos, preparar cirurgias, aliviar distensão abdominal.
126
16-1- POSICIONAMENTO E TRANSFERÊNCIAS
Também vale a pena salientar, que o idoso deve ser orientado a ajudar sempre que
possível!
127
IMPORTANTE: A MASSAGEM, ALONGAMENTOS E EXERCÍCIOS
TERAPÊUTICOS SÃO REALIZADOS PELO FISIOTERAPEUTA! A MENOS QUE
ESTE ORIENTE E TREINE O CUIDADOR PARA A REALIZAÇÃO DE ALGUM
EXERCÍCIO.
EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS
Tipos de exercícios:
Ativos – realizados pelo paciente sem o auxílio de outra pessoa.
Ativos assistidos - realizados pelo paciente com a ajuda de um fisioterapeuta.
Ativos resistidos - realizados pelo próprio idoso, acrescidos de uma
resistência externa (objetos como caneleira ou resistência manual)
Passivos – exercícios feitos no paciente pelo fisioterapeuta.
16-2 - MASSAGEM:
128
Efeito distante ou fisiológico
Efeitos indiretos – efeitos que se manifestam no organismo. Quando feita
tendo em vista á circulação, provoca mudanças na distribuição do sangue,
pois, primeiro causa a vasoconstrição e depois vasodilatação, aumentando
assim, os batimentos cardíacos.
Ação da massagem:
Melhora e aumenta a circulação, facilita o retorno venoso e alivia o edema.
Alivia a prisão de ventre.
Aumenta a contração dos músculos.
Estimula os receptores nervosos.
Limpa a pele deixando-a mais permeável.
Indicações da massagem:
Nos casos de tensão, estresse, fadiga.
No tratamento de contusões, (em caso de batidas), distensões, (estiramento
do músculo) e luxações (deslocamento de ligamentos e articulação).
Nos casos de fibrose, contraturas e diminuição da mobilidade e flexibilidade
das articulações.
Nos casos de acúmulo de secreção nas vias respiratórias.
Nos casos de insuficiência sanguínea e cardíaca.
129
16-3- ALONGAMENTOS
Indicações
Prevenção de lesões nos músculos e articulações - antes e após exercícios
físicos.
Prevenção de atrofia e imobilidade.
Melhorar a flexibilidade depois de uma lesão ou enfermidade.
Aquecimento muscular.
Ganho de força muscular.
Aumentar o metabolismo, (nutrição), dos músculos e tecidos adjacentes.
Contra indicações
Fratura recente.
Limitação do movimento por um bloqueio ósseo.
Inflamação das articulações.
Dor intensa e aguda com o movimento articular ou com o alongamento.
Hematoma ou traumas.
Contraturas.
130
corporal).
Benefício no idoso
Tempo de duração
131
Melhora o condicionamento cardio-respiratório diminuindo a aparecimento da
H.A.S. - Hipertensão Arterial Sistêmica - e doenças do coração e pulmão.
Melhora a força muscular e a flexibilidade,o fluxo sanguíneo para os
músculos, a coordenação motora, equilíbrio e conscientização corporal,
diminuindo assim o risco de quedas.
Fator de proteção contra o câncer.
Diminui a incidência de A.V.E. - Acidente Vascular Encefálico - e doenças do
coração .
Melhora a disposição geral (produz endorfinas), a alegria, o bem-estar
psicológico e o humor, o sono, contribuindo para o combate dos transtornos
psicoafetivos, tais como a ansiedade, o estresse, a depressão, e as tensões.
Aumenta a auto-estima e a auto-confiança.
Estimula o convívio social pois é uma maneira fácil de compartilhar momentos
com amigos e familiares, possibilita fazer novas amizades, evita o isolamento
social.
Aumenta a resistência física.
Controla o açúcar no sangue (auxilia na diabetes).
Controla o colesterol (aumenta o HDL/colesterol bom), a pressão arterial, o
apetite e a obesidade, reduzindo assim os riscos de doenças do coração.
Facilita a digestão e o funcionamento do intestino, da circulação, do coração
e da respiração.
Aumenta a massa muscular e a massa óssea, prevenindo a osteoporose, pois
o movimento ajuda na fixação do cálcio nos ossos.
Favorece o molejo das juntas, a força dos músculos, a rigidez dos ossos, a
postura corporal, o equilíbrio no andar, ajudando assim a prevenir as doenças
nos ossos e articulações, e as quedas.
Melhora o desempenho sexual.
Melhora da função renal.
Facilita a independência na realização das atividades diárias, prevenindo as
incapacidades.
Previne e combate os efeitos deteriorantes do sedentarismo, como as dores
nos músculos, causadas pela falta de movimentos.
Auxilia nas atividades imunológicas.
Reduz o risco de hipertrofia de próstrata.
Ajuda a controlar o uso do cigarro e do álcool.
Previne contra a demência, diminuindo o risco de 50% e 40% do declínio
132
cognitivo leve.
Manter a hidratação.
Estar atento à freqüência cardíaca e respiratória.
Em caso de dor, suspenda a atividade - dor = limite.
Se alongar antes e após os exercícios físicos.
Utilizar roupas e calçados adequados à atividade a ser desenvolvida.
Manter-se regular o ritmo da atividade física.
133
O que devo saber ao final da leitura deste capítulo?
INTRODUÇÃO
O envelhecimento é um processo normal e fisiológico que, no entanto, acarreta
alterações no organismo que podem modificar as necessidades nutricionais. Este
aspecto pode ser agravado pela presença de doenças, pela interferência de
medicamentos ou por problemas sociais e psicológicos.
A alimentação é um fator primordial para a promoção, manutenção e, ou,
recuperação da saúde em todas as fases da vida.
GRUPOS DE ALIMENTOS
134
Grupos alimentares:
NUTRIÇÃO E ENVELHECIMENTO
135
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS GERAIS PARA IDOSOS
136
Evite alimentos industrializados, ricos em sódio, como: enlatados, temperos,
caldo de carne e galinha, ketchup, mostarda, maionese, salame, salsicha,
lingüiça, presunto ou carne de sol.
Não use adoçantes à base de ciclamato de sódio.
Ainda, não faça uso de medicamentos sem a prescrição médica, pois eles
podem conter sódio em sua composição sem que você saiba.
Não fume e não ingira bebidas alcoólicas. Estes hábitos podem elevar a
pressão arterial.
DIABETES
CONSTIPAÇÃO DO INTESTINO:
Beba bastante líquido, aproximadamente de 2 a 3 litros por dia.
Dê preferência a alimentos ricos em fibras como:
o Arroz integral, aveia, germe e farelo de trigo.
o Verduras de folha cruas: alface, couve, almeirão, agrião, acelga e
espinafre.
o Legumes: tomate, beterraba crua, quiabo, jiló, chuchu, vagem e
berinjela.
o Frutas: mamão, ameixa e laranja com bagaço.
137
Consuma em menor quantidade os alimentos refinados: farinha de trigo, arroz
branco, farinha de mandioca, pão branco, tortas, bolos e macarrão.
Evite o consumo de: banana, pimentas, alimentos embutidos e goiabada.
DISLIPIDEMIAS - Aumento da quantidade de gordura, ou seja, colesterol, no
sangue.
A terapia de nutrição enteral é toda a dieta que é feita por meio de sondas para
alimentação, nos casos em que a pessoa se encontra impossibilitada de se
alimentar pela boca.
Orientações gerais
Siga rigorosamente os horários e volumes prescritos.
Lave a mão com água e sabão, cobrindo os cortes e arranhões com
curativo, antes do preparo das dietas.
Use sempre água filtrada e fervida.
138
Lave as vasilhas a serem utilizadas com sabão e água corrente.
Não fume durante o preparo da dieta.
Ao provar o alimento, utilize uma colher limpa, e nunca a leve diretamente
da boca para o recipiente com a dieta.
Guarde a dieta na geladeira e retire, 30 minutos antes do horário da
alimentação, apenas o volume a ser oferecido. Não forneça a dieta se ela
estiver quente ou fria, a temperatura para se ingerir a dieta preparada deve
ser a ambiente.
Não dê a dieta se o paciente estiver totalmente deitado. Sente-o, ou, no
caso de impossibilidade, eleve seu pescoço e parte do tronco com
travesseiros. Após o término da alimentação, mantenha o paciente nesta
posição por algum tempo.
Administre a dieta de forma que ela seja ingerida lentamente, gota a gota,
e, quando terminar, injete 50 ml de água na sonda através de uma seringa
descartável sem agulha, para lavar a sonda. Lembre-se que este
procedimento de lavagem da sonda deve ser feito toda vez que for
administrada a dieta ou medicamento.
Mantenha a sonda de nutrição fechada após a administração dos alimentos
para evitar a contaminação, o retorno do líquido e entrada de ar.
Caso o paciente esteja com diarréia, utilize alimentos como: sucos de
goiaba, de caju e limonada sem açúcar, e ainda a batata, cenoura, arroz e
maisena.
Em caso de intestino preso, introduza na dieta alimentos como: suco de
laranja, mamão e aveia.
Não utilize na dieta: pepino, melancia, couve-flor, repolho, mandioca,
pimenta do reino, molhos e temperos fortes.
139
PROBLEMAS COM A ALIMENTAÇÃO E A DEGLUTIÇÃO
INTRODUÇÃO
A alimentação é importante para manter os estados de nutrição e hidratação do
indivíduo, e a sua saúde geral. Na nossa cultura, a alimentação é um ato e um fator
importante de socialização.
Deglutir é um ato tão natural e rápido, que jamais pensamos conscientemente nele,
e não imaginamos que possa ocorrer alguma intervenção nessa atividade.
DEGLUTIÇÃO
DISFAGIA
O que é disfagia?
É uma dificuldade de deglutição, que ocorre durante o transporte do bolo alimentar
desde a boca até o estômago.
Que problemas a disfagia pode causar?
Desnutrição.
Desidratação.
Problemas respiratórios: pneumonia de aspiração.
Alteração do bem estar geral.
Quais as principais causas da disfagia?
Acidente vascular cerebral – derrame.
Traumatismo craniano.
Doenças neurológicas, como: Doença de Parkinson, demência, esclerose
lateral amiotrófica e distrofia muscular.
Paralisia Cerebral.
Câncer de cabeça e pescoço.
Longos períodos de entubação.
Medicamentas que interfiram na produção de saliva, tônus muscular e estado
de alerta.
A disfagia e o envelhecimento
O processo natural de envelhecimento traz alterações anátomo-fisiológicas das
estruturas envolvidas na deglutição, que podem ocasionar a disfagia. As principais
alterações são:
Problemas de mastigação - deficiências nas arcadas dentárias e próteses mal
adaptadas.
Diminuição da produção de saliva.
Diminuição da força da língua.
Diminuição da pressão orofaríngea.
Presença de penetração no vestíbulo laríngeo.
Diminuição dos reflexos protetivos.
141
Aumento da incidência de refluxo gastresofágico.
Denervação senil do esôfago.
Presença de patologias associadas.
Grande uso de medicamentos.
A disfagia na pessoa idosa é mais séria que em pacientes mais novos, porque na
maioria das vezes os pacientes idosos evoluem para pneumonia de aspiração e á
desnutrição, mas, não existe comprovação científica que a disfagia no idoso hígido,
(saudável), provoque alterações importantes de deglutição, bem como complicações
clínicas mais severas.
Durante a alimentação
Dificuldade de vedamento labial durante a mastigação do alimento.
Escape de alimento pela boca.
Falta de elevação laríngea.
Presença de movimentos descoordenados e repetitivos de língua e
mandíbula.
Deglutições múltiplas do mesmo alimento.
Dificuldade para iniciar a deglutição.
Pigarro.
Tosse e, ou, engasgo.
Alterações respiratórias.
Aumento dos batimentos cardíacos.
Sudorese em excesso.
Cianose nas extremidades.
Depois da alimentação
Cansaço.
Sonolência.
Restos de alimento na boca.
Pigarro.
Tosse e, ou, engasgo.
142
Alteração vocal: “voz molhada”.
Febre.
143
Os cuidados com a alimentação
Siga essas orientações para que a alimentação do idoso seja segura e eficaz.
144
Após a alimentação o paciente deve permanecer sentado por 20 minutos.
A alimentação deve ser bastante variada, com sabores, formas e texturas diferentes.
A aparência e cheiro dos alimentos são essenciais para que haja salivação e
vontade do paciente em se alimentar.
Dicas importantes
Ofereça alimentos com variados sabores, formas e texturas diferentes.
O cheiro dos alimentos é importante para provocar a salivação.
Cuide da aparência dos alimentos.
Ofereça alimentos quentes e gelados para estimular a percepção do alimento.
Higiene oral
A higiene oral é fundamental, em todas as idades, para manutenção da saúde bucal
e global do corpo. A higiene oral inadequada ou negligenciada resulta em grande
número de cáries e acúmulo de bactérias na cavidade oral.
145
Não deixe restos alimentares na boca do idoso, pois eles podem ser focos para a
proliferação de bactérias. O risco de aspiração em idosos é alto, que em geral,
aspiram à própria saliva, desenvolvendo assim um quadro de pneumonia por
aspiração.
Como realizar a higiene oral:
Tratando a disfagia
O idoso que apresentar os sinais de disfagia deve ser encaminhado para tratamento
com um fonoaudiólogo, que é o profissional responsável por avaliar o paciente,
realizar os procedimentos necessários e os encaminhamentos adequados ao
paciente.
146
ENGASGOS
Como vimos existem várias doenças que, por alteração anatômica ou alteração da
inervação da garganta, aumentam a possibilidade de engasgos, mas as pessoas
podem engasgar-se sem que haja qualquer comprometimento, somente por pressa
ao engolir, próteses dentárias inadequadas, excessos alimentares ou de líquidos na
boca ou ainda ansiedade.
MANOBRA DE HEIMLICH
147
No organismo do idoso, todos os seus órgãos funcionam mais lentamente, o que
pode contribuir para uma eliminação mais lenta da medicação.
Não podemos esquecer também dos efeitos colaterais que
estas drogas podem provocar, e, quanto mais medicamentos
tomados pelo idoso, maior a chance de ocorrerem os efeitos
colaterais.
A pessoa idosa deve ir rotineiramente ao seu médico,
acompanhada, sempre, de seu cuidador, que deverá estar atento às seguintes
informações:
Levar sempre a última receita ou as caixas dos remédios que a pessoa idosa
toma. Não confie em sua memória!
Fazer um cartão ou uma folha contendo informações sobre as doses e os
horários das medicações tomadas pelo idoso para facilitar a organização e,
assim se evitar erros.
Ao receber uma nova receita, verifique as informações juntamente com o
médico, e se preciso, peça delicadamente que ele escreva a parte as
informações com letra legível. Observe e siga corretamente a dosagem
receitada pelo médico.
Perguntar se os remédios podem ser dados juntos, no mesmo horário, ou
ainda se estes podem ser misturados.
Relatar para o médico se você notar que algum medicamento esteja
provocado algum efeito colateral no idoso.
Se a pessoa idosa não é capaz de entender as informações da receita do
remédio que está tomando, não a deixe tomar o remédio por conta própria,
pois ela poderá tomar doses erradas em horários errados, sendo muito
148
prejudicial para sua saúde e segurança. O cuidador é quem deve guardar o
remédio e dá-lo nas doses e nos horários certos.
Nunca tome remédio por conta própria, nunca tome remédio por indicação do
vizinho, parente ou amigo.
Em caso de dúvida, o cuidador não deve se envergonhar ao