Você está na página 1de 60

FACULDADE PITÁGORAS IPATINGA

ENGENHARIA QUÍMICA
MARIANA MÁRCIA DE MELO SILVA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM


ENGENHARIA QUÍMICA

IPATINGA
2018
MARIANA MÁRCIA DE MELO SILVA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM


ENGENHARIA QUÍMICA

Relatório de Estágio apresentado ao Curso de


Engenharia Química da Faculdae Pitágoras
Ipatinga, para a disciplina de Estágio Curricular
Obrigatório em Engenharia Química.
Coordenador de Curso: Carmos Antônio Gandra

IPATINGA
2018
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Cinzas da Caldeira de Biomassa ............................................................... 11


Figura 2: Moinha de Carvão ...................................................................................... 11
Figura 3: Cinza Precipitador Eletrostático ................................................................. 12
Figura 4: Lodo Biológico ............................................................................................ 13
Figura 5: Estação de Tratamento Biológico de Efluentes (ETB) ............................... 13
Figura 6: Biomassa ................................................................................................... 14
Figura 7: Casca suja da madeira............................................................................... 14
Figura 8: Dreno de nós .............................................................................................. 15
Figura 9: Fundo de pátio ........................................................................................... 15
Figura 10: Resíduo de peneiramento ........................................................................ 16
Figura 11: Fibra UKP................................................................................................. 16
Figura 12: Fibra do tratamento primário .................................................................... 17
Figura 13: Dregs........................................................................................................ 18
Figura 14: Lama de cal .............................................................................................. 18
Figura 15: Grits.......................................................................................................... 19
Figura 16: Entulho ..................................................................................................... 20
Figura 17: Áreas de destinação de resíduos ............................................................. 23
Figura 18: Cronograma ............................................................................................. 29
Figura 19: Vale Balança ............................................................................................ 29
Figura 20: Etapas para lançamento na entrada de dados ......................................... 30
Figura 21: Indicador de hora extra ............................................................................ 30
Figura 22: Teclado eletrônico .................................................................................... 36
Figura 23: Teclado eletrônico instalado ..................................................................... 37
Figura 24: Atualizações no sistema SAP .................................................................. 39
Figura 25: Alterações no cadastro de destinos ......................................................... 42
Figura 26: Alterações no cadastro de origens ........................................................... 42
Figura 27: Alteração na descrição do resíduo ........................................................... 43
Figura 28: Alteração de nomenclatura ...................................................................... 44
Figura 29: Cadastro de novo resíduo ........................................................................ 44
Figura 30: Cadastro de novo resíduo ........................................................................ 45
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Quantidade de partes diárias utilizadas..................................................... 34


Tabela 2: Quantidade de lançamentos ...................................................................... 34
Tabela 3: Custos com blocos de partes diárias ......................................................... 35
Tabela 4: Novo cadastro de resíduos ........................................................................ 38
Tabela 5: Novo cadastro de destinos ........................................................................ 40
Tabela 6: Novo cadastro de origens .......................................................................... 41
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 7
2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 8
2.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 8
2.2 Objetivos específicos ............................................................................. 8
3 A EMPRESA .................................................................................................... 9
4 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR: TRANSPORTE DE RESÍDUOS .............. 10
4.1 Características dos resíduos transportados ......................................... 11
4.1.1 Cinzas da Caldeira de Biomassa / Moinha de carvão ................ 11
4.1.2 Cinzas do precipitador eletrostático ........................................... 12
4.1.3 Lodo Biológico ............................................................................ 12
4.1.4 Biomassa ................................................................................... 13
4.1.5 Casca Suja ................................................................................. 14
4.1.6 Dreno de nós .............................................................................. 15
4.1.7 Fundo de Pátio ........................................................................... 15
4.1.8 Resíduo do peneiramento de cavacos ....................................... 16
4.1.9 Fibra de celulose – UKP ............................................................. 16
4.1.10 Fibra do tratamento primário ...................................................... 17
4.1.11 Lodo desidratado da ETA ........................................................... 17
4.1.12 Dregs .......................................................................................... 17
4.1.13 Lama de Cal ............................................................................... 18
4.1.14 Grits ............................................................................................ 19
4.1.15 Entulho ....................................................................................... 19
4.2 Etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos ................................... 20
4.2.1 Áreas de estocagem e disposição final. ..................................... 21
4.3 A importância de um controle eficaz no gerenciamento dos resíduos
para o sistema de gestão ambiental ..................................................... 23
4.4 Cronograma das atividades.................................................................. 26
5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS................................................................... 27
5.1 Relato e análise das atividades desenvolvidas .................................... 27
5.2 Controle das partes diárias................................................................... 27
5.3 Gestão de pessoas .............................................................................. 31
5.4 Controle de boletim de apropriação ..................................................... 32
5.5 Lançamento de check list ..................................................................... 32
5.6 Projeto de estágio - Propostas para melhoria e modernização no
controle e lançamento de dados na gestão do transporte de resíduos 33
5.6.1 Partes diárias ............................................................................. 33
5.6.2 Atualização do cadastro de resíduos.......................................... 37
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 47
ANEXO 01 – FORMULÁRIO PARTE DIÁRIA..................................................... 49
ANEXO 02 – PLANILHA ENTRADA DE DADOS ............................................... 50
ANEXO 03 – SBAL (sistema de balança rodoviária) ....................................... 51
ANEXO 04 – ESCOPO DE SERVIÇO – PARTE DIÁRIA ELETRÔNICA ........... 52
APÊNDICE A – ATA DE REUNIÃO REFERENTE AO NOVO CADASTRO....... 53
ANEXO 5 – FORMULÁRIO BOLETIM DE APROPRIAÇÃO .............................. 54
ANEXO 6 – INDICADOR DE OPERAÇÃO DA PÁ CARREGADEIRA ............... 55
ANEXO 7 – FORMULÁRIO CHECK LIST CAMINHÕES .................................... 57
ANEXO 8 – FORMULÁRIO CHECK LIST PÁ CARREGADEIRA ...................... 58
ANEXO 9 – PLANILHA CHECK LIST CAMINHÃO ............................................ 59
ANEXO 10 – PLANILHA CHECK LIST PÁ CARREGADEIRA...........................60
1 INTRODUÇÃO

Neste relatório serão apresentadas as atividades realizadas na empresa


Cenibra Logística Ltda pela aluna do curso de Engenharia Química da Faculdade
Pitágoras Ipatinga, durante o período curricular de estágio supervisionado,
compreendido de agosto a dezembro de 2018.
As atividades foram supervisionadas e orientadas pelo empregado Felipe
Cacique Barbosa, da Gerência Operacional – GEOPE, engenheiro responsável pelo
gerenciamento do setor logístico industrial, que compreende os setores de
Transporte de Resíduos e Recebimento de Madeira.
As operações Logísticas em uma empresa ocorrem de acordo com
processos estabelecidos para, basicamente, mover, estocar e entregar materiais e
produtos a quem deles necessita, em conformidade com suas especificações. Na
atualidade, o processo logístico tem se tornado um desafio cada vez maior, à
medida que cresce as exigências pela agilidade e eficiência na prestação de
serviços. Dessa forma, podemos citar o transporte como um dos pontos cruciais em
que a gestão estratégica da logística precisa considerar, para a eficácia da empresa.
Através da gestão adequada do transporte a empresa pode alcançar maior
competitividade e minimizar seus custos.
O Serviço de movimentação de resíduo na Cenibra Logística implica na
tomada de decisões sobre como movimentar esses materiais entre diferentes pontos
da fábrica, sendo o setor de transporte de resíduos o responsável pela
movimentação interna e externa dos resíduos industriais resultantes do processo de
produção de celulose. Para isso, é de fundamental importância que a gestão dos
resíduos sólidos tenha como objetivo a redução dos impactos causados pela
destinação incorreta destes, por meio de técnicas adequadas de armazenamento,
coleta, separação, transporte e destinação final. Os resíduos devem ser segregados
conforme orientações de procedimentos internos baseados na norma da ABNT NBR
10004:2004 e acondicionadas corretamente para que não ocorra nenhum tipo de
contaminação, tanto ambiental quanto em relação à saúde.

7
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral

Apresentar o desenvolvimento e atividades realizadas no estágio no setor


transporte de resíduos.

2.2 Objetivos específicos

 Identificar a importância das informações geradas pela Cenibra logística, que


são a principal fonte de informação para as áreas geradoras, sobre a geração
de resíduos no processo industrial.

 Acompanhamento da elaboração e revisão dos procedimentos operacionais


CNBLOG.
 Acompanhar o tratamento de não conformidades do sistema de gestão.
 Acompanhar e propor formas de padronização e melhorias nos indicadores
de gestão.
 Promover o projeto de estágio através de uma proposta de modernização no
setor a partir da atualização do cadastro de resíduos nos sistemas de gestão
SAP e balança rodoviária SBAL, que viabilizará o uso de um teclado
eletrônico em alguns veículos da frota. Esse sistema servirá como base para
melhoria no controle do transporte de resíduos e lançamento de dados.

8
3 A EMPRESA

Fundada em maio de 2002, a Cenibra Logística surgiu para suprir a


necessidade de prestação de serviço para a Cenibra, empresa que atua no setor de
celulose. Localizada na cidade de Belo Oriente, em Minas Gerais, ela conta com
aproximadamente 650 empregados, sendo considerada, então, como empresa de
grande porte.
Inicialmente a empresa realizava atividades de movimentação,
carregamento de celulose e serviços de almoxarifado e, Com o passar dos anos foi
incluindo mais atividades, como serviços de movimentação de resíduos industriais,
transporte de materiais e pessoal nas regionais florestais, locação de veículos,
movimentação ferroviária e de madeira no pátio da Cenibra, gestão do posto de
combustível e dos almoxarifados das regionais. Dentre os serviços prestados, a
empresa também é encarregada de prestar a manutenção em veículos leves,
pesados, implementos, máquinas e equipamentos industriais.

9
4 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR: TRANSPORTE DE RESÍDUOS

O setor de transporte de resíduos é responsável pela movimentação de


matéria prima para o processo de produção da celulose e dos resíduos que são
gerados neste processo. Os resíduos gerados no processo industrial apresentam
características distintas, podendo ser classificados como resíduos lenhosos,
fibrosos, alcalinos, cinzas e lodo biológico. O transporte desses materiais é feito
através de caminhões basculantes, movimentando cada resíduo para uma área pré-
determinada para fins de estocagem intermediária ou de disposição final. Estas
movimentações ocorrem 24 horas por dia em áreas internas da unidade fabril ou
para áreas externas à fábrica tais como: Centro de triagem de resíduos – CTR,
Central de entulho, Área 400, Área 800, Aterro Industrial, Célula de resíduos classe
I, projetos florestais e fazendas de fomento florestal. Além disso, alguns resíduos
com características alcalinas são doados para a Intercement, fábrica de cimento,
para compor a seleção de matéria prima do cimento Portland, sendo cobrado
apenas o frete do transporte.
Todas as atividades de movimentação de resíduos realizadas devem ser
registradas em um formulário próprio denominado parte diária. Este documento
permite que a supervisão logística industrial mapear e controlar todos os dados de
quilometragem, número de viagens, tipo de resíduo transportado, massa
transportada, origem e destinação. Os dados gerados são encaminhados para a
coordenação gestora do contrato e por ela são lançadas as informações no sistema
de gestão que utiliza um software que em português significa Sistemas, Aplicativos e
Produtos para Processamento de Dados - SAP. Os dados inseridos são a principal
fonte de informação para as áreas geradoras, que se baseiam neles para controlar
as perdas de processo bem como as metas de redução de geração de resíduos no
portal corporativo, destacando assim a sua importância nos cálculos de eficiência
em determinados processos industriais.

10
4.1 Características dos resíduos transportados
4.1.1 Cinzas da Caldeira de Biomassa / Moinha de carvão

Corresponde ao subproduto gerado na combustão dos cavacos energéticos


e da biomassa nas caldeiras à biomassa de acordo com a figura 1 e 2. São
compostas de frações de areia, carvão não reagido e cinzas, em uma mistura
heterogênea que é comercializada pelo Centro de Triagem de Resíduos.

Figura 1: Cinzas da Caldeira de Biomassa

Fonte: CENIBRA

Figura 2: Moinha de Carvão

Fonte: CENIBRA

11
4.1.2 Cinzas do precipitador eletrostático

São as cinzas (talco) que ficam retidas no precipitador eletrostático, após


passagem dos gases de combustão provenientes das caldeiras como mostrado na
figura 3. É aplicada nas áreas florestais como fonte de Potássio (K), fósforo (P) e
nitrogênio (N) em substituição a parte dos insumos agrícolas.

Figura 3: Cinza Precipitador Eletrostático

Fonte: CENIBRA

4.1.3 Lodo Biológico

É formado pela mistura do lodo primário presente nos efluentes de alta carga
orgânica e do lodo resultante do processo biológico de estabilização da matéria
orgânica destes efluentes e do esgoto sanitário, que sedimentam nos decantadores
secundários da Estação de Tratamento Biológico de Efluentes (ETB) de acordo com
as figuras 4 e 5. São utilizados como fontes de Nitrogênio (N) no processo de
compostagem.

12
Figura 4: Lodo Biológico

Fonte: CENIBRA

Figura 5: Estação de Tratamento Biológico de Efluentes (ETB)

Fonte: CENIBRA

4.1.4 Biomassa

Constituem as cascas retiradas das toras de madeiram que após lavagem,


trituração, é enviada para queima na caldeira. Como mostrado na figura 6.

13
Figura 6: Biomassa

Fonte: CENIBRA

4.1.5 Casca Suja

Constituem os rejeitos da área de Manuseio de Madeira e que, por estarem


molhadas e/ou sujas de terra e/ou com areia, não se servem para a queima nas
caldeiras à biomassa, sendo assim, são utilizadas como matéria-prima para a
compostagem como fonte de carbono (C). De acordo com a figura 7.

Figura 7: Casca suja da madeira

Fonte: CENIBRA

14
4.1.6 Dreno de nós

Material retirado no processo de depuração constituído de nó da madeira


que resiste ao processo de polpação. Como mostrado na figura 8.

Figura 8: Dreno de nós

Fonte: CENIBRA

4.1.7 Fundo de Pátio

Resíduos de cascas proveniente da limpeza dos pátios de toras, e


constituído de cascas e terra. De acordo com a figura 9.

Figura 9: Fundo de pátio

Fonte: CENIBRA
15
4.1.8 Resíduo do peneiramento de cavacos

Material constituído por cavacos e lascas de madeira retiradas na


classificação durante a etapa de peneiramento. São misturados na biomassa para
envio e queima nas caldeiras à biomassa. De acordo com a figura 10.

Figura 10: Resíduo de peneiramento

Fonte: CENIBRA

4.1.9 Fibra de celulose – UKP

Subproduto das depurações da polpa celulósica corresponde basicamente a


fibras de celulose não branqueadas (Unbleached Kraft pulp). (figura 11).

Figura 11: Fibra UKP

Fonte: CENIBRA
16
4.1.10 Fibra do tratamento primário

Fibra retirada nos decantadores primários do sistema de tratamento de


efluentes de alta carga orgânica (figura 12). São comercializadas pelo Centro de
Triagem de Resíduos e utilizadas para fabricação de papelões, como carreador de
coque de petróleo em fornos de clínquer e aglutinante para processos de hidro-
semeadura.

Figura 12: Fibra do tratamento primário

Fonte: CENIBRA

4.1.11 Lodo desidratado da ETA

Material gerado a partir da desidratação do material de descarga dos


decantadores e filtros da estação de tratamento de água.

4.1.12 Dregs

Constitui-se das impurezas insolúveis, de cor escura, constituído por matéria


orgânica carbonizada e carbonatos, que são removidas durante o processo de
clarificação do licor verde, por sedimentação ou filtração de acordo com a figura 13.
É utilizado na composição do cimento Portland.

17
Figura 13: Dregs

Fonte: CENIBRA

4.1.13 Lama de Cal

É um subproduto gerado durante a clarificação do licor branco e


encaminhado para a calcinação nos fornos de cal, sua geração ocorre quando há a
necessidade de paradas dos fornos de cal de acordo figura 14. Utilizado como
corretivo de solo rico em carbonado de cálcio.

Figura 14: Lama de cal

Fonte: CENIBRA

18
4.1.14 Grits

Impurezas insolúveis e não reativas subproduto do processo de


caustificação do licor verde para produção de licor branco, constituídas basicamente
de cal (óxido de cálcio) não reagida, além de sílica como mostrado na figura 15.
Atualmente é enviado para a Intercement, fábrica de cimento, para compor a
seleção de matéria prima do cimento portland.

Figura 15: Grits

Fonte: CENIBRA

4.1.15 Entulho

São os resíduos de obras de infraestrutura como construções, demolições,


pavimentações movimentações de terras de acordo coma figura 16. Enquadra-se na
Resolução do CONAMA nº. 307, até 2007.

19
Figura 16: Entulho

Fonte: CENIBRA

4.2 Etapas do gerenciamento dos resíduos sólidos

A partir da necessidade de combater práticas que prejudiquem o meio


ambiente e a sociedade, o governo vem adotando medidas de controle. Uma dessas
medidas, adotada pelo Brasil, é a Lei 12.305/2010 responsável por instrumentalizar
a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), uma política governamental que se
destina a garantir que os geradores de detritos sólidos elaborem Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).
A destinação correta dos resíduos deve fazer parte da rotina de empresas
de todas as áreas. As empresas com potencial gerador de resíduos industriais
devem ter um plano de gerenciamento de resíduos sólidos que consiste em um
documento que descreva as políticas da empresa, com a finalidade de definir
claramente como serão as etapas do processo de descarte dos resíduos, assim
como as formas de controle no que diz respeito ao tratamento dos resíduos gerados
em seus processos produtivos incluindo o manejo, acondicionamento, transporte,
tratamento, reciclagem e a destinação final dos mesmos.
De acordo com (CRUZ, J. A. DOS REIS, 2008), recomenda-se que um plano
de gerenciamento de resíduos contemple: O inventário de resíduos abordando a
origem, o volume, a caracterização e a classificação; Os procedimentos a serem

20
adotados na segregação, coleta, classificação, acondicionamento, armazenamento,
transporte, reciclagem, recuperação, reutilização, tratamento e disposição final,
conforme sua classificação, indicando os locais onde essas atividades serão
realizadas.
As etapas nas quais os resíduos gerados nos processos da Cenibra iniciam
com a segregação na fonte geradora, de acordo com suas características e
especificações a fim de isolar e evitar contato com outros materiais. A segregação
permite a reutilização e a reciclagem dos resíduos, bem como a destinação
adequada dos rejeitos. Após é importante realizar um acondicionamento adequado
ao grau de periculosidade de cada resíduo, podendo ser realizado em baias,
bombonas, tambores, silos, entre outros. A estocagem pode ser feita em áreas de
disposição temporárias. Para a destinação final os resíduos são submetidos ao
processo adequado, seja ela a reutilização a reciclagem ou a disposição final
ambientalmente adequada, de maneira que não agrida o meio ambiente.

4.2.1 Áreas de estocagem e disposição final.

4.2.1.1 Aterro Industrial

Local destinado à disposição final de resíduos sólidos classe II, licenciado


pelos órgãos ambientais competentes e dotado de instrumentos de proteção
ambiental. Recebe os resíduos não perigosos e conta com monitoramento do lençol
freático, das emissões atmosféricas, de estabilidade do aterro e controle de acesso.

4.2.1.2 Célula de resíduos perigosos

Local para disposição temporária ou final de resíduos sólidos classe I. O


mesmo fica localizado dentro da área do aterro industrial e licenciado
separadamente pelos órgãos ambientais competentes. Também é dotado de
instrumentos de proteção ambiental.
Para maior segurança no manuseio e transporte, os resíduos são
acondicionados em bombonas de PEAD certificadas pelo INMETRO conforme
legislação vigente. Para os resíduos com potencial energético, a CENIBRA opta por

21
realizar o co-processamento, uma técnica de destinação final de rejeitos industriais
em fornos de clínquer que substitui parte do combustível usado no forno por
resíduos com poder calorífico, aproveitando a energia contida nestes materiais. As
cinzas provenientes da queima são incorporadas no cimento e não alteram suas
características.

4.2.1.3 Área de compostagem

A compostagem é um processo biológico de decomposição da matéria


orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal. Este processo tem como
resultado final um produto, composto orgânico, que pode ser aplicado ao solo para
melhorar suas características, sem ocasionar riscos ao meio ambiente.
A área de compostagem da CENIBRA, chamada também de área 400, é o
local onde são compostados resíduos como casca suja, lodo biológico, dregs e
fibras de celulose do processo fabril.

4.2.1.4 Centro de triagem de resíduos- CTR

Local onde são destinados todos os resíduos passíveis de serem


reaproveitados ou reciclados. Também é a instalação responsável pela
comercialização dos resíduos.

4.2.1.5 Central de entulhos

Local reservado para envio de agregados de construção civil gerados na


CENIBRA. Estes resíduos são segregados conforme Resolução CONAMA
307/2002, apresentando um potencial de reaproveitamento para recomposição de
áreas erodidas, estradas, dentre outros.

4.2.1.6 ETE - Estação de Tratamento de Efluentes

Estação de tratamento biológico de efluentes. Responsável pelo tratamento


do efluente industrial e sanitário da fábrica e de todas as regionais (Santa Bárbara,
Nova Era, Cocais Virginópolis e Viveiro). As áreas de destinação final e intermediária
estão demonstradas na figura 17.

22
Figura 17: Áreas de destinação de resíduos

Fonte: Autora

4.3 A importância de um controle eficaz no gerenciamento dos resíduos


para o sistema de gestão ambiental

O Sistema Integrado de Gestão é composto por processos cujos resultados


possuem impactos consideráveis na dimensão da qualidade do produto final
comercializado pela CENIBRA.
As Normas ISO (International Organization for Standardization) são
projetadas para verificar conformidades e foram criadas com o objetivo de melhorar
a qualidade de produtos e serviços. Estas normas certificam produtos e serviços em
várias organizações no mundo todo. Essa normalização está baseada em um
documento, que oferece um modelo padrão para a implantação do Sistema de
Gestão da Qualidade. Em 2003, a CENIBRA teve sua certificação migrada de ISO
9002 para norma ABNT NBR ISO 9001. O certificado demonstra a busca pela
melhoria contínua dos produtos e serviços da empresa. Para monitoramento da
23
eficácia do sistema de gestão a CENIBRA possui um departamento que realiza
auditorias regularmente.
Em 1997, a CENIBRA recebeu a certificação do Sistema de Gestão
Ambiental, segundo a norma ABNT NBR ISO 14001. Essa norma define as práticas
para o estabelecimento de um efetivo Sistema de Gestão Ambiental (SGA). O
objetivo desta norma é prover às organizações uma estrutura para a proteção do
meio ambiente e possibilitar uma resposta às mudanças das condições ambientais
em equilíbrio com as necessidades socioeconômicas.
A CNBLOG não possui as certificações ISO 9001 e ISO 14001, porém, como
faz parte do grupo CENIBRA, é de obrigação da CNBLOG atender os requisitos
legais e subscritos pela empresa CENIBRA, planejar e realizar melhorias sempre,
promovendo uma imagem positiva da empresa.
Os resultados que a empresa pode alcançar ao adotar um Sistema de
Gestão Ambiental vão além da sustentabilidade e manutenção da biodiversidade. Ao
comprometerem-se com as políticas de respeito ao meio ambiente, as organizações
utilizam os recursos naturais de forma racional, evitando desperdício e reutilizando
matéria-prima, com isso diminuem o consumo de água e energia, adotam sistemas
de reciclagem que diminuem o descarte inadequado de resíduos. Com isso a
qualidade dos produtos, serviços e processos da empresa aumentam, ela consegue
reduzir seus custos, além disso, a empresa segue conquistando novos clientes e
fortalecendo os laços com os consumidores já consolidados. Estas ações são bem
vistas pela sociedade, o que resulta em uma imagem melhor no mercado, melhores
relações comerciais e maior possibilidade de financiamentos acessíveis devido ao
bom histórico ambiental.
Os resíduos industriais representam na maioria dos casos, perdas de
matérias-primas e insumos. Tendo em vista a grande quantidade de resíduos que é
gerado no processo industrial da CENIBRA, vê-se a necessidade de destiná-los
corretamente de modo a minimizar o impacto socioambiental causado pela
disposição, além de aumentar a vida útil do Aterro Industrial. O descarte incorreto de
resíduos de forma irresponsável é crime, quem pratica o ato está sujeito a autuações
e multas por órgãos de fiscalização, em casos extremos, prisão dos responsáveis
pelas empresas envolvidas. Quem tem a certificação ambiental ISO 14001 também
24
corre o risco de perdê-la. Além disso, existem outras implicações como perda de
financiamento e credibilidade perante instituições financeiras. Os clientes começam
a preferir empresas que dão valor ao meio ambiente e que priorizam a
sustentabilidade.
Gerir adequadamente os resíduos permite que a empresa se abra para
novos mercados. Uma importante ferramenta de gestão de resíduos é o Inventário
de Resíduos industriais que foi instituído pela Resolução CONAMA 313 de 29 de
outubro de 2002 que faz parte do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e do Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). O inventário visa identificar e
quantificar todos os tipos de resíduos existentes na empresa, como efluentes
industriais, efluentes sanitários e resíduos sólidos.
O inventário de resíduos auxilia as empresas no cumprimento da legislação,
visando à normalização e legalização dos processos industriais por meio de registro
das informações acerca dos resíduos gerados pelas indústrias, evitando assim
desvios e irregularidades. Assim, as empresas conhecem as potencialidades e
pontos fracos do processo produtivo, reduzem custos desnecessários de produção,
aumentam a produtividade e as oportunidades que podem surgir, no mercado de
resíduos.
A CNBLOG, pelo fato de realizar toda a movimentação de resíduos
industriais, possui uma posição de destaque no que tange ao levantamento de
informações detalhadas conforme a Deliberação Normativa COPAM 90/2005. Esta
deliberação dispõe sobre a declaração de informações relativas às diversas fases do
processo de gerenciamento de resíduos sólidos industriais, obrigando assim a
CENIBRA realizarem o controle de origens e quantidades de resíduos gerados, bem
como seu manejo e movimentação.

25
4.4 Cronograma das atividades

O cronograma de estágio foi cumprido conforme planejado. Na figura 18,


mostra quais foram às principais atividades desenvolvidas com a orientação e
supervisão do responsável no setor.
Figura 18: Cronograma

Fonte: AUTORA

26
5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
5.1 Relato e análise das atividades desenvolvidas

A proposta de estágio consiste no estudo dos aspectos operacionais que


compõem o sistema logístico de transporte de resíduos sólidos gerados no processo
industrial, de maneira a minimizar o impacto ambiental nas áreas de disposição, bem
como aperfeiçoar os custos operacionais. Ao longo do período a estagiária
acompanhou a gestão da qualidade e o desenvolvimento de melhorias na área, para
garantir a conformidade do sistema de gestão.
Para que a gestão do transporte funcione, a empresa precisa acompanhar e
manter o controle de informações e desempenho de suas movimentações. O
registro de movimentações é uma das etapas do plano de gerenciamentos dos
resíduos que se faz necessário para manter atualizados os tipos de resíduo,
quantidade e destinação. São alguns desses detalhes que devem ser informados,
pois a partir disso que é possível se obter números e realizar levantamentos da
geração anual de resíduos, criar indicadores, e planejar metas de crescimento.
Todo o levantamento de dados sobre a geração de resíduos é proveniente
da forma de controle e dos números gerados no setor de transporte de resíduos,
então os riscos de se repassar informações incoerentes comprometeria não
somente os valores ambientais da empresa, podendo ter consequências com os
órgãos ambientais e as legislações vigentes, bem como os demais setores que
utilizam desses números para o controle de possíveis perdas no processo, e metas
de redução de geração de resíduos.

5.2 Controle das partes diárias

Uma das formas de se manter o controle das viagens e movimentação de


resíduos na Cenibra Logística é a utilização de um documento chamado “Parte
diária”, (anexo 1), semelhante a um diário de bordo contendo um formulário onde
são relatadas as atividades realizadas ao longo dos turnos. Este documento permite
a supervisão logística industrial mapear todos os dados de quilometragem, número
de viagens, tipo de resíduo transportado, massa transportada, origem e destinação.
27
As informações são preenchidas pelos motoristas que fazem as coletas dos
resíduos. Esse preenchimento é realizado manualmente, e isso faz com que surjam
inconsistências diárias, decorrentes principalmente de grafia incorreta e da falta de
padronização da nomenclatura dos resíduos, origens, ou destinos. Essas falhas
podem ocorrer na execução de tarefas, de forma não intencional, decorrente de
lapsos, ou erros técnicos oriundos de decisões equivocadas ou de falta de
discernimento.
O fato é que os erros limitam a leitura e dificultam a interpretação da parte
diária, fazendo com que este processo se torne lento, e obsoleto, pois todos os
dados devem ser conferidos antes de serem transferidos e lançados em planilhas de
controle, ou seja, o que era para ser um mecanismo para obtenção de dados seguro
e prático se torna um obstáculo, pois compromete a veracidade das informações que
estão contidas naquele formulário. Para garantir a qualidade e confiabilidade dos
dados, buscar alternativas que evitem a recorrência de erros deve ser o primeiro
passo para o aprimoramento na gestão do transporte de resíduos.
Toda movimentação de resíduo para áreas externas à unidade fabril, como a
área de estocagem intermediária denominada Área 400 ou de destinação final como
o Aterro Industrial, projetos florestais e fazendas de fomento obrigatoriamente
deverá se submeter à pesagem na balança rodoviária para contabilizar a massa
transportada. Na balança o motorista repassa ao balanceiro as informações
necessárias como placa do caminhão, tipo de resíduo, origem e destino. Logo em
seguida é feita a pesagem, e emitido um documento denominado “vale balança”
como mostrado na figura 19 aonde vem descrito todos os dados pertinentes àquela
pesagem. Se as informações estiverem corretas, o motorista assinará o vale como
prova de sua ciência acerca das informações prestadas ao balanceiro. Somente
depois de feita a pesagem e ao final de cada viagem, o motorista registra as
informações na parte diária. Para movimentações internas não há a necessidade de
o resíduo ser pesado continuamente, utilizando-se médias para estimar a
movimentação realizada.

28
Figura 19: Vale Balança

Fonte: SBAL
Este processo só é possível, pois na balança é utilizado um software
denominado SBAL – Sistema de Balança Rodoviária (anexo 3), que tem registrado
todos os materiais que precisam passar pela balança, dentre eles todo o cadastro de
resíduos, assim como as origens, e destinação. O SBAL serve como base de dados
de onde é possível emitir relatórios diários com todas as viagens pesadas.
Na sequencia das etapas de controle é necessário contabilizar a relação de
quilometragem percorrida em cada viagem, o número de viagens realizadas em um
determinado período, assim como a quantidade em toneladas de resíduo que foi
transportado. Para que seja possível emitir um relatório mensal de controle por meio
de planilhas, é feito diariamente o cruzamento dos dados fornecidos pelos
motoristas nas partes diárias, com o relatório exportado do SBAL. Esse relatório
extraído do SBAL é inserido em uma planilha denominada entrada de dados (anexo
2), que consiste no relatório de pesagens rodoviárias. Ao final de cada informação
lançada, deve-se conferir a soma dos quilômetros, os pesos, os destinos e todos os
detalhes que forem relevantes. É a partir dessa planilha que se gera a base de
dados, tornando possível mensurar e vincular as informações para as medições e
avaliações mensais dos transportes realizados. Os dados gerados são
encaminhados para a coordenação gestora do contrato e por ela são lançadas as
informações no sistema de gestão SAP. As etapas de lançamento de dados na
entrada de dados desde o recolhimento das partes diárias estão demonstradas na
figura 20.
29
Figura 170: Etapas para lançamento na entrada de dados

Fonte: Autora

30
5.3 Gestão de pessoas

A Cenibra Logística conta com um quadro pessoal de aproximadamente 660


empregados, o que a classifica como empresa de grande porte. O setor de
transporte de resíduos conta com 58 motoristas, 18 operadores, três auxiliares de
operação, um técnico administrativo e um supervisor, além do estagiário e jovem
aprendiz.
Diante desse quadro, a autora acompanhou diversas atividades
administrativas, tais como: solicitação de Equipamento de Proteção Individual – EPI,
preenchimento de Ocorrência de Frequência Pessoal, solicitação de compra de
material de escritório, divulgação de procedimento operacional e acompanhamento
de pendência no registro e espelho de ponto.
Uma das atividades desenvolvidas nessa área foi o controle de indicador de
horas extras (figura 21), possibilitando identificar qual a causa e qual a melhor forma
de evitar esse tipo de custo.

Figura 21: Indicador hora extra

31
Fonte: AUTORA.

5.4 Controle de boletim de apropriação

Assim como o controle de parte diária, o boletim de apropriação é mais um


item de controle que a empresa possui para mapear a movimentação interna
realizada por operação de pá carregadeira na unidade fabril.
Este controle é realizado com base no formulário (anexo 5) de
responsabilidade dos operadores, no qual informam através de códigos qual
atividade foi realizada em determinado período. Estas informações são transcritas
para uma planilha que compila os dados em gráficos, facilitando o acompanhamento
do desempenho operacional através de indicadores (anexo 6), possibilitando uma
melhor tomada de decisão.

5.5 Lançamento de check list

Uma excelente e importante ferramenta, o check list é utilizado para que


possam ser observados itens de relevância antes de iniciar qualquer atividade,
observando potenciais riscos causados por falta de manutenção, por estragos ou de
algum modo constatar a falta de segurança. Na operação, a empresa preza pela sua
frota e busca cada vez mais evitar danos aos equipamentos e principalmente evitar
possíveis acidentes. A autora acompanhou esta atividade, assistindo e orientando o
preenchimento correto desse documento tanto dos caminhões (anexo 7) quanto das
pás carregadeiras (anexo 8) realizado por cada empregado antes de iniciar o turno,

32
além do controle de itens não conformes através de planilhas, como demonstra o
anexo 9 e anexo 10, respectivamente.

5.6 Projeto de estágio - Propostas para melhoria e modernização no


controle e lançamento de dados na gestão do transporte de
resíduos
5.6.1 Partes diárias

O setor do transporte de resíduos conta atualmente com uma frota total de


19 veículos, dentre eles dez caminhões basculante, quatro caminhões poliguindaste
(brook), três caminhões tanques, um caminhão munck uma carreta basculante. O
setor funciona 24 horas, divididos em três turnos e os equipamentos param apenas
para troca de turno e para manutenções preventivas ou corretivas. É possível a partir
desta realidade realizar um levantamento e assim mensurar o número de partes
diárias utilizadas e lançamentos que são realizadas em um dia. Cada veículo é
dotado de um bloco de parte diária cadastrada em planilha específica, relacionando
a numeração do bloco à placa do caminhão, de forma a viabilizar o controle de sua
utilização e facilitar a segregação para lançamento das mesmas no sistema. Cada
movimentação ou viagem realizada pelo caminhão deve ser obrigatoriamente
preenchida pelo motorista na parte diária, independente de turno e número de
viagens que o caminhão tenha realizado. Em resumo, mensalmente são realizadas
aproximadamente 4300 lançamentos e preenchidas 985 partes diárias e todas
devem ser avaliadas e lançadas na planilha de controle para mensurar a geração de
resíduos e compor a medição de transporte para faturamento. Esta rotina vem
crescendo a cada dia com a chegada de novas demandas e tornou-se uma tarefa
maçante e dispendiosa, visto que o tempo médio aproximado gasto entre
conferências e lançamentos é de quatro horas. Após finais de semana ou feriados
prolongados, o tempo de conferência pode chegar a ser até 4 vezes maior.
Podemos observar na tabela 1, gráfico 1, a quantidade de partes diárias utilizadas
nos últimos três anos, e a quantidade de lançamentos feitos de acordo com a tabela
2, gráfico 2, com dados do próprio setor. Ainda no mesmo levantamento, é possível
observar uma projeção até o final do ano de 2018.

33
Tabela 1: Quantidade de partes diárias utilizadas

Quantidade de Partes diária utilizadas


Período Por ano Por dia
2016 11363 31
2017 11827 32
2018 7265 34
Projeção 2018 12454 34
Fonte: Autora

Gráfico 1: Quantidade de partes diárias

Quantidade de Parte Diária


14000
12000

10000

8000

6000

4000

2000

0
2016 2017 2018 Projeção 2018

2016 2017 2018 Projeção 2018

Fonte: Autora

Tabela 2: Quantidade de lançamentos

Quantidade de Lançamentos
Período Por ano Por dia
2016 49316 195
2017 51709 206
2018 32195 219
Projeção 2018 55191 219

Fonte: Autora

34
Gráfico 2: Quantidade de lançamentos

Quantidade de Lançamentos
60000

50000

40000

30000

20000

10000

0
2016 2017 2018 Projeção 2018

2016 2017 2018 Projeção 2018

Fonte: Autora

É possível a partir das informações relatadas realizar um levantamento e


mensurar os custos gerados para a compra dos blocos de partes diárias dos últimos
três anos com base nas informações do setor de acordo com a tabela 3.

Tabela 3: Custos com blocos de partes diárias

Transporte de Resíduos
Controle de solicitação de blocos de partes diária
Período Quantidade Preço unitário Preço total
2016 50 Blocos com 50 folhas R$ 14,50 R$ 725,00
2016 50 Blocos com 100 folhas R$ 24,40 R$ 1220,00
2017 50 Blocos com 100 folhas R$ 24,40 R$ 1220,00
2017 100 Blocos com 100 folhas R$ 26,00 R$ 2600,00
2018 100 Blocos com 100 folhas R$ 27,00 R$ 2700,00
Projeção 2019 100 Blocos com 100 folhas R$ 27,00 R$ 2700,00
Total 450 Blocos com 100 folhas - R$ 11165,00

Fonte: Protheus

Com base nas informações expostas, a supervisão logística industrial


observou uma necessidade iminente de adotar alternativas mais eficientes e
dinâmicas de manter o controle sobre a gestão dos transportes, sem perder a
35
qualidade e a confiabilidade nos resultados dos dados gerados, reduzindo assim o
preenchimento manual das partes diárias, evitando erros recorrentes de escrita e
consequentemente minimizando custos e tempo dispendido nessa atividade. Esse
objetivo poderia ser alcançado substituindo o procedimento utilizado por um sistema
eletrônico que aprimore as etapas do dia a dia de maneira simples e intuitiva,
contornando tais problemas e evitando maiores erros. Esse modelo já se encontra
em fase de estudos e testes através do sistema de rastreamento BrasilSAT, que já
está presente nos veículos da frota, agregando a ele um teclado eletrônico com um
visor como mostra a figura 22. Com isso a inserção dos dados será eletronicamente
utilizando o teclado, com opção de acesso dos dados no sistema e em Excel.
As informações como origem, destino e tipo de resíduo estariam vinculadas
a um código e armazenadas em sua memória, e em cada viagem o motorista teria
disponível as opções para o preenchimento. Além disso, outras informações como
nome do motorista, matrícula, data, e placa do caminhão, estão diretamente ligadas
ao rastreador, e ao dispositivo ibutton de cada motorista. Posteriormente os dados
das viagens poderão ser extraídos na forma de relatórios em Excel e em gráficos.
Esse sistema funcionará similarmente a uma parte diária eletrônica, de maneira mais
funcional.

Figura 22: Teclado eletrônico

Fonte: Autora

36
O teclado após a instalação no caminhão está demostrado na figura 23 em
fase de testes.

Figura 23: Teclado eletrônico instalado

Fonte: Autora

O primeiro modelo do escopo referente à solicitação dos serviços que serão


prestados pela BrasilSAT na implantação do teclado para inserção de dados
eletrônicos da parte diária dos caminhões báscula segue em fase de aprovação,
sujeito a modificações, para que em seguida o serviço seja executado. Partes desse
escopo está demonstrado no anexo 4 .

5.6.2 Atualização do cadastro de resíduos

Para que seja viabilizado o projeto de modernização das partes diárias e


garantir a simbiose com o inventário de resíduos sólidos, é necessário manter o
cadastro dos resíduos atualizados. Basicamente precisamos manter a relação de
todos os resíduos movimentados e seus pontos de geração e destinação com

37
informações sempre atuais de acordo com a legislação vigente, de forma a contribuir
com a manutenção da gestão interna da empresa, controlando as entradas e saídas
dos materiais no processo fabril. A desatualização de informações e a falta de
padronização, na apresentação dos dados sobre os resíduos, dificultam a
consolidação da quantidade de resíduos que são gerados por tipologia, isto limita e
fragiliza um sistema que existe para potencializar o sistema de gestão e controle.

Tabela 4: Novo cadastro de resíduos

RESÍDUO
ÁGUA CONTAMINADA COM ÓLEO FIBRA TRATAMENTO PRIMARIO RESÍDUO INORGÂNICO

CASCA SUJA COM PEDACOS DE


FUNDO PATIO RESIDUO LÃ DE VIDRO
TORETES

CAVACO CONTAMINADO GRITS RESÍDUO LENHOSO

CAVACO PARA CELULOSE -


GRITS CONTAMINADO RESÍDUO LONA DE FREIO
LINHA 1

CINZA CONTAMINADA LODO BIOLOGICO RESÍDUO OLEOSO

CINZA PRECIPITADOR LODO DESIDRATADO DA ETA RESÍDUO PENEIRAMENTO

RESÍDUO PODA DE MUDAS /


COMPOSTO ORGANICO MASSA BRANQUEADA
ÁRVORE
CORRET. ACIDEZ - RESÍD. INDL. MOINHA CARVAO CALDEIRA RESÍDUO RESERVATÓRIO DE
(LAMA CAL) BIOMASSA EMERGÊNCIA
CORRET. ACIDEZ - RESÍD. INDL. MOINHA CARVAO CALDEIRA
RESÍDUO SUBSTRATO
(LAMA CAL) CONTAMINADA BIOMASSA CONTAMINADA
OUTROS RESÍDUOS NÃO
DREGS + LAMA RESÍDUO TERRA
LISTADOS

DREGS + LAMA CONTAMINADO RESÍDUO AREIA SERRAGEM EUCALIPTO

DRENO DE NOS RESÍDUO BIOMASSA SUCATA FELTRO

DRENO DE NOS CONTAMINADO RESÍDUO CAL VIRGEM SUCATA MADEIRA

TORETE DE EUCALIPTO EM
EFLUENTE INDUSTRIAL RESÍDUO CHORUME
PEDACOS

ENTULHO OBRA RESÍDUO ESCÓRIA RESÍDUO FOSSA SÉPTICA

FIBRA CELULOSE VIRGEM - UKP

Fonte: Autora

38
Em virtude da necessidade da correta mensuração de alguns resíduos que
são controlados e alvo de metas fazem-se necessário a inclusão e alteração nos
cadastros dos resíduos nos sistemas de gestão SAP e SBAL, buscando a
padronização para possibilitar a introdução do teclado eletrônico nos veículos. O
atual cadastro de resíduos no sistema SAP conta com 190 tipos de resíduos
registrados, os quais nem todos são transportando pela Cenibra logística. Da mesma
forma no SBAL tem registrado uma grande variedade de resíduos e produtos, isso
se deve ao fato de que todo material ou insumo que entra na fábrica deve passar
pela balança. Ainda é possível citar o registro de 45 pontos de origens e 72
destinações diferentes no sistema de balança.

Figura 18: Atualizações no sistema SAP

Fonte: Autora

39
Tabela 5: Novo cadastro de destinos

DESTINO
AREA 400 CTR PÁTIO DE DREGS

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE
AREA 800 PÁTIO DE MADEIRA
EFLUENTES - ETB
AREA 900 FÁBRICA PÁTIO ENERGÉTICO

FOMENTO FLORESTAL
ATERRO INDUSTRIAL PÁTIO ETA
(INTERMUNICIPAL)
FOMENTO FLORESTAL
BAIA DE DILUIÇÃO PIT CASA DE ÓLEO
(MUNICIPAL)
CAMARGO CORREA CIMENTOS PROJETO FLORESTAL
FUNDO DE PATIO
S/A (INTERMUNICIPAL)
PROJETO FLORESTAL
CASA DE HOSPEDES OUTROS DESTINOS
(MUNICIPAL)
RESERVATÓRIO DE
CENIBRA LOGÍSTICA PARQUE MULTIFUNCIONAL
EMERGÊNCIA
CENTRAL DE ENTULHO PÁTIO DE CASCA USICAL CORRETIVOS DE SOLO

CRECHE PÁTIO DE CAVACO VIVEIRO

Fonte: Autora

40
Tabela 6: Novo cadastro de origens

ORIGEM
ALMOXARIFADO CENTRAL ETA PÁTIO DA SENHA

ALMOXARIFADO DO VIVEIRO ETB PÁTIO DE CASCA

ALTA CARGA FÁBRICA PÁTIO DE CAVACO

ARCA DE NOÉ FAZENDA MARCEDÔNIA PÁTIO DE DREGS

AREA 400 GUARITA PÁTIO DE MADEIRA


PÁTIO DE TREINAMENTO DA
AREA 800 INERTES
BRIGADA
AREA 900 JÚLIO SIMÕES PÁTIO DRUMOND

ATERRO INDUSTRIAL LABORATÓRIO DO VIVEIRO PÁTIO ENERGÉTICO

BAIA DE DILUIÇÃO LABORATÓRIO FÁBRICA PENEIRAMENTO

BAIA DE DREGS LINHA I PESQUISA DO VIVEIRO

BAIA DE FIBRA LINHA II PICADORES

BAIA DE GRITS NATIVA DO VIVEIRO PIT

BAIXA CARGA NOVA ERA PONTE ROLANTE

BRANQUEAMENTO OFICINA DA ANALUB POSTO CTF

CALDEIRA A OFICINA DA ARCON RA – 03

CALDEIRA B OFICINA DA CALDEIRA RA – 07

CAPTAÇÃO DE ÁGUA OFICINA DA ELÉTRICA RECEBIMENTO DE MADEIRA


RESERVATÓRIO DE
CASA DE BOMBAS OFICINA DA LUBRIFICAÇÃO
EMERGÊNCIA
CASA DE HÓSPEDES OFICINA DA SECAGEM SANTA BÁRBARA

CAUSTIFICAÇÃO OFICINA DE CAMINHÕES SECAGEM

CENTRAL DE ENTULHO OFICINA DE EMPILHADEIRA SELEÇÃO


OFICINA DE MÁQUINAS
COCAIS TANQUE DE NUTRIENTES
PESADAS
CTR OFICINA DE VEÍCULOS LEVES TORRE DE RESFRIAMENTO
DEPÓSITO DE ÓLEO DO
OFICINA DO ALVIN UNIVALE
VIVEIRO
DEPÓSITO DE ÓLEO FÁBRICA OFICINA DO BRANQUEAMENTO VIRGINÓPOLIS

DIGESTORES OFICINA DO TURNO VIVEIRO

DIVERSAS OFICINA DO VIVEIRO

Fonte: Autora

41
Figura 25: Alterações no cadastro de destinos

Fonte: Autora

Figura 26: Alterações no cadastro de origens

Fonte: Autora
Depois de constatada a necessidade de executar tais alterações foi
realizada uma reunião com membros do Departamento de fabricação (DEFAB-C),
em conjunto com o supervisor de operações da Cenibra logística, técnico
42
administrativo do transporte de resíduos e a estagiária no dia 22 de agosto de 2018,
e ficou estabelecido e registrado em ata (apêndice A), que o novo cadastro de
resíduos seguirá o seguinte formato de acordo com a tabela 4.
Para tais alterações foi realizado atualizações no sistema SAP, com auxílio
do responsável que atua no setor do Departamento de suprimentos (DEPSU)
conforme demonstrado na figura 24, com os respectivos códigos do SAP. O novo
cadastro de origens e destinos seguirá o seguinte formato de acordo com as tabelas
5 e 6.

Figura 27: Alteração na descrição do resíduo

Fonte: SBAL

43
Figura 28: Alteração de nomenclatura

Fonte: SBAL

Figura 29: Cadastro de novo resíduo

Fonte: SBAL

44
Figura 30: Cadastro de novo resíduo

Fonte: SBAL

Em seguida o key user do sistema SBAL, que atua no setor do DEFAB-C da


Cenibra, realizou as devidas alterações para o cadastro de destinos e origens como
exemplificado nas figuras 25 e 26.
Posteriormente, como os produtos e resíduos cadastrados no SBAL estão
vinculados aos códigos contidos no SAP, o key user do sistema SBAL, realizou as
devidas alterações. Alguns exemplos de alterações estão demonstrados nas figuras
27, 28, 29 e 30.

45
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A oportunidade obtida nesse estágio foi ímpar na formação superior em


Engenharia Química. A experiência adquirida se soma aos conhecimentos
aprendidos em sala de aula e, ao comparar com aa práticas utilizadas no setor de
transporte de resíduos, permite comprovar que os métodos de engenharia utilizados
são eficazes quando aplicados ao processo, garantindo a busca incessante pela
melhoria contínua.
Este trabalho demonstrou também o desenvolvimento de uma metodologia
de modernização, em virtude da necessidade da correta mensuração de alguns
resíduos a partir da atualização do cadastro de resíduos nos sistemas SAP e SBAL.
Esta padronização possibilitada pela atualização do cadastro é a principal
ferramenta para aperfeiçoar a gestão no transporte, reunindo as informações
essenciais para que o processo se torne menos complexo e moroso. A partir disso
seria possível a introdução de um procedimento eletrônico por meio do sistema de
rastreamento BrasilSAT, que já está presente nos veículos da frota agregando a ele
um teclado com visor. Com a implantação desse novo modelo cria-se a expectativa
de obter resultados positivos possibilitando maior eficiência em identificar possíveis
desvios, auxiliando assim a supervisão de logística industrial na busca por
resultados mais rápidos e confiáveis.
Através deste projeto foi possível identificar e destacar a importância dos
resultados alcançados pela CNBLOG como sendo a principal fonte de informação e
de levantamento de dados sobre a geração de resíduos referente às diversas fases
do processo de gerenciamento de resíduos sólidos industriais, que serve de base
para as áreas geradoras como forma de controle para possíveis perdas no processo.
Pode-se verificar também a importância da gestão ambiental objetivando o
desenvolvimento da empresa rumo a excelência empresarial, numa constante busca
de atendimento a legislação ambiental.

46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10.004.


Resíduos Sólidos. Rio de Janeiro 2004.

BATISTA, Davi Andrade. Escopo de serviço para parte diária eletrônica. Belo
Oriente, 2018

CENIBRA. ISO 9001 / ISO 14001 / ISO IEC 17025. Disponível em:
<https://www.cenibra.com.br/iso-9001-iso-14001-iso-iec-17025/ / ˃. Acesso em 27
de outubro de 2018.

CRUZ, José Augusto Dos Reis - Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em


Engenharia do Meio Ambiente da Escola de Engenharia Civil da Universidade
Federal de Goiás, para obtenção do título de Mestre em Engenharia do Meio
Ambiente. Plano de gerenciamento dos resíduos sólidos da universidade
federal de Goiás. Goiânia 2008

Dinâmica Ambiental. Entenda a importância de um plano de gerenciamento de


resíduos sólidos industriais. Disponível em:
<https://www.dinamicambiental.com.br/blog/meio-ambiente/entenda-importancia
plano-gerenciamento-residuos-solidos-industriais/>. Acesso em 27 de Outubro de
2018

Dinâmica Ambiental. Plano de gerenciamento de resíduos sólidos: saiba como


elaborar um. Disponível em <https://www.dinamicambiental.com.br/blog/meio-
ambiente/plano-gerenciamento-residuos-solidos-saiba-elaborar/>. Acesso em 27 de
Outubro de 201

Jusbrasil. A importância do tratamento correto de resíduos sólidos. Disponível


em <https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/114663596/a-importancia-do-
tratamento-correto-de-residuos-industriais>. Acesso em 27 de Outubro de 2018
LANNA, Antônio Eduardo Leão. Gerenciamento de bacia hidrográfica: aspectos
conceituais e metodológicos. Brasília: IBAMA, 1995

Pensamento Verde. A Importância do Sistema de Gestão Ambiental nas


Empresas. Disponível em: <http://www.pensamentoverde.com.br/atitude/a-
importancia-do-sistema-de-gestao-ambiental-nas-empresas/>. Acessado em 27 de
Outubro de 2018.

47
PROCEDIMENTO CENIBRA LOGÍSTICA. CNBLOG00036 – V.0. Procedimento
operacional – Transporte de resíduos

PROCEDIMENTO CENIBRA. P01025 – V.0. Movimentação e transporte de


resíduos, cavacos e biomassa.

PROCEDIMENTO CENIBRA. P0188 – V.15. Gerenciamento de resíduos sólidos.


Tera Ambiental. A importância da gestão adequada dos resíduos para
tratamento. Disponível em <https://www.teraambiental.com.br/blog-da-tera-
ambiental/a-importancia-da-gestao-adequada-dos-residuos-para-tratamento>.
Acesso em 27 de Outubro de 2018.

VG Resíduos. Inventário de resíduos qual a sua importância. Disponível em


<https://www.vgresiduos.com.br/blog/inventario-de-residuos-qual-a-sua-
importancia/>. Acesso em 25 de Outubro de 2018.

48
ANEXO 01 – FORMULÁRIO PARTE DIÁRIA

Fonte: CNBLOG
49
ANEXO 02 – PLANILHA ENTRADA DE DADOS

Fonte: CNBLOG.
50
ANEXO 03 – SBAL (sistema de balança rodoviária)

Fonte: CNBLOG.
51
ANEXO 04 – ESCOPO DE SERVIÇO – PARTE DIÁRIA ELETRÔNICA

Fonte: BATISTA, 2018


52
APÊNDICE A – ATA DE REUNIÃO REFERENTE AO NOVO CADASTRO

Fonte: Autora
53
ANEXO 5 – FORMULÁRIO BOLETIM DE APROPRIAÇÃO

Fonte: CNBLog.
54
ANEXO 6 – INDICADOR DE OPERAÇÃO DA PÁ CARREGADEIRA

55
Fonte: CNBLog.

56
ANEXO 7 – FORMULÁRIO CHECK LIST CAMINHÕES

Fonte: CNBLog.

57
ANEXO 8 – FORMULÁRIO CHECK LIST PÁ CARREGADEIRA

Fonte: CNBLog.
58
ANEXO 9 – PLANILHA CHECK LIST CAMINHÃO

Fonte: CNBLog.

59
ANEXO 10 – PLANILHA CHECK LIST PÁ CARREGADEIRA

Fonte: CNBLog.
60

Você também pode gostar