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Princípios básicos de diaconia

A palavra Diácono deriva-se do grego “diakonos”, muitas vezes traduzida por ministro ou
servo. Basicamente “diakonos” é um servo, assistente ou servente de mesa.
Colossences 1:7, 23-25 – Paulo descreve Epafras como “diácono de Cristo” e a si mesmo
como diácono do evangelho e da igreja. No Novo Testamento há uma conexão com o suprimento de
necessidade e de serviços materiais ( Romanos 15:25 e II Coríntios 8:4). Mesmo que se referindo a
Epafras não esteja em foco o trabalho diaconal, não podemos perder a informação concernente ao
ministério diaconal. A palavra grega sugere, alguém que serve, que ministra a outrem. Dele é dito “
fiel ministro”, porquanto desempenhava bem o seu serviço.
Jesus Cristo veio para servir. ( Marcos 10:45 e Lucas 22:26). O Senhor é, portanto, o Diácono
por excelência, aquele que serve a mesa e a seu povo.

“ Escolhei pois irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e
de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio” ( Atos 6:3)

Boa reputação –
Outras pessoas precisam conhecê-lo, em seus negócios, em seu caráter, seu passado, testificando
favoravelmente acerca dele , não só os da igreja, mas também os de fora. O candidato deve ser testado
e reconhecido por outras pessoas como apto a exercer tão maravilhoso ministério.

Cheios do Espírito Santo-


Devem ter experimentado a promessa feita por Jesus de que aos seus seguidores seria dado o divino
consolador( Batismo no Espírito Santo). É necessário que o diácono tenha tido uma experiência
pentecostal tal como vivida pelos apóstolos.

Cheios de sabedoria-
Essa qualidade é resultado direto da ação do Espírito Santo que habita em nós. A sabedoria do
diácono deve ser espiritual ( discernimento de todas as coisas), não terrena, prática, exemplo de
discrição, além de aptidão para solucionar problemas ou situações inesperadas, sempre com ternura,
mansidão, espírito de amor e bondade, sem no entanto, perder a autoridade e o foco para qual destina-
se o seu trabalho – frutos espirituais e eternos.
A palavra de Deus estabelece critérios quanto a escolha de homens e mulheres para exercerem
este ministério. Paulo recomendou a Tito que fosse de cidade em cidade e estabelecesse presbíteros.
As qualidades requeridas são citadas por Paulo como parâmetro para o perfil de um diácono ( Tito
1:5-16).

Não soberbo ( Altivo)


Não pode existir o sentimento que um é melhor que o outro. A soberba precede a ruína. (Pv 16:18 )
Não iracundo
“Orgilos” ( do grego) – pessoa propensa à ira, enfurecida.
Não dado ao vinho
O homem que é dado ao vinho perde facilmente o controle.
Não espancador
“Plextes” ( do grego) -inclinado a discutir, aquele que revida ao que ofendeu, ou persegue aos que lhe
fazem mal.
Não cobiçoso de torpe ganância
Ambição de ganho desmedida. Há muitas pessoas que começam trabalhando com interesse de
posição, de sobressair e não com o propósito de glorificar o nome do Senhor. Essas pessoas não vão
muito longe, perdem logo o entusiasmo ou são logo conhecidas pelos seus interesses. (Hb 13:5 e I Pe
5:2).

Dado a hospitalidade
Ser hospitaleiro sem murmuração ( I Pe 4:9 e Rm 12:13)

Amigo do bem
“Philagattos” ( do grego) – Ama a benignidade. Não deseja mal a ninguém. Não age premeditando o
mal para destruir o outro.

Moderado
“Sephon” ( do grego) – Boa mente, discreto, sóbrio, não vive de entusiasmo passageiro, mas é guiado
pela direção do Espírito ( Tg 3:12-17, II Tm 4:5, I Pe 4:7 e I Pe 5:8)

Justo
“Dikaios” ( do grego) – Pratica a justiça de tal maneira que o outro se constrange pela sua ação.

Santo
“Hosios” ( do grego) – Santidade é o modo de vida. Muitos pensam que jejuar e orar os tornam
santos; isto é consagração. Outros pensam que é o modo de se vestir. A santidade está na nossa
maneira de agir diante de Deus e dos homens ( II Pe 1:5, I Tm 2:8, Lv 20:7, I Co 6:2 e Ef 5:27).

Temperante
“É melhor o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade” Pv 16:32.
Um diácono tem que ter domínio do seu gênio; a sua velha natureza tem que ser cortada. O que tem
que ser visto é a nova criatura.

Estatura de um homem espiritual

– Um homem espiritual e preparado para servir na casa do Senhor necessita, como pré-requisito, de
algumas qualificações indispensáveis:

-Morais – Irrepreensível na sua conduta dentro e fora da igreja, autocontrole, moderado


-Mentais – Apto para ensinar
-Pessoais – Hospitaleiro, comunicativo, carismático e experimentado.

“Estas são as marcas de Deus na vida de um homem”

Um homem de Deus não aparece “ de repente”. Leva tempo para atingirmos a estatura de
varão perfeito.

Retém fiel a palavra


“ apegado à palavra fiel que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder, assim para
exortar pelo reto ensino como para convencer os que contradizem. Tito 1:9 “
Apegado a palavra

1. A maneira errada:
a . com a mentalidade judaizante ( circuncisão) – v. 10;
b . com reverência aos mandamentos dos homens – v.14

2. A maneira correta:
a . reconhecendo a origem Divina da Palavra – v. 3;
b . com atenção às exortações dos crentes – v. 9;
c . convencendo os opositores – v.9;
d . com domínio próprio – vs. 7 e 8.

Apto para ensinar


“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher,
temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar.” I Tm 3:2.

“Apto para ensinar” é diferente de “ dom de ensinar” ( Ef 4:11-1 / I Co 12:28 e 29).


Pode ser traduzida também por “capaz de apreender” - qualidade de uma pessoa humilde,
sensível e desejosa de conhecer a vontade de Deus.

Conceitos sobre “apto para ensinar”


1 – Estar longe de questões insensatas e absurdas, pois resultam em contendas;
2 – Deve ser brando com todos, paciente;
3 – Disciplinando com mansidão os que se opõe.

Compreensão básica das escrituras


1 – Auto-controlado;
2 – Convencimento de que a palavra de Deus é verdadeira
3 – Não podemos nos comunicar sem conhecimento

Qualidades significativas
1 – Maturidade emocional e espiritual;
2 – Apreender mais e mais, crer mais e mais, viver mais e mais a palavra de Deus.

Que governe bem a sua própria casa


“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível... .....; e que governe bem a sua
própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo respeito...” I Tm 3:2-4

Líder espiritual com um lar que não se encaixa nas especificações citadas por Paulo:
1- A Igreja enfrenta contínuos problemas de desunião, falta de confiança, mexericos e toda sorte de
carnalidade.
2 – Problemas da Igreja sendo resolvidos nos mesmos moldes que já falharam no lar;
3 – Ignora os problemas;
4 – Não assume posição definitiva

O que Paulo não quis dizer:


– Que é preciso ter filhos;
– Que deve ser casado;
– Não se refere a crianças pequenas e sim a descendência ( Eli se desqualificou por causa de seus
filhos – I Sm 2:12 e 17 – I Sm 3:13 ).
– Criar os filhos de maneira anormal ( Eles devem ter permissão para serem normais)
– Que existe família perfeita ( Cuidado , Satanás se ocupa de disseminar esse conceito errôneo para
trazer escândalo e acusação)
– Paulo não está falando de um próspero homem de negócios.

Um objetivo para todo homem de Deus


– Amar suas esposas ( Ef 5:25);
– Não interrupção das orações ( I Pe 3:7);
– Não provocar aos filhos ( Ef 6:4)

Bom testemunho dos de fora


“É necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do
diabo.” I Tm 3:7
-Testemunho negativo de liderança evangélica ( Pedras de tropeço)
Exemplos bíblicos: I Tess. 4:11 e 12
Col. 4: 5 e 6
I Co 10: 31-33
I Pe 2:12

“A fim de não cair no opróbrio”


Significa ser criticado ou acusado de alguma coisa

Uma perspectiva positiva


“Bem aventurado sois quando, por minha causa, vos injuriarem( criticarem) e vos perseguirem e,
mentindo, disserem todo mal contra vós”. (Mt 5:11 ; Lc 6:22)

Uma perspectiva negativa


“Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se
intromete em negócio de outrem” I Pe 4:15

“O laço do diabo”
Representa cilada ou armadilha
- Desonra
– Temor e perda de confiança
– Ira e atitude de defesa ( Reação = desejo de vingança – Rm 12:17, 19 e 21). O cristão imatura é
extremamente vulnerável a ira. Ex. Caim: a ira inicial, o ego ferido e os sentimentos de rejeição
levaram a um pecado ainda maior – o homicídio.

Não seja neófito


“É necessário, portanto, que o bispo...não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça,
e incorra na condenação do diabo.” I Tm 3: 2 e 6

A preocupação principal de Paulo

Neófito = cristão novos convertidos

O cristão deve ser amadurecido para não:


– “Ensoberbecer-se” = ficar cego de orgulho, perder a perspectiva.
“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.” Pv 16:16
Como cristão, o neófito precisa de tempo para desenvolver a prudência, respeitabilidade, capacidade
para ensinar, não ser contencioso, etc.
Nem sempre a imaturidade se relaciona com a idade cronológica. O homem pode ser crente
por muitos anos e ainda ser imaturo e carnal.

O problema do Orgulho
Orgulhar-se é tomar para si o crédito que pertence a Deus
– Foi o pecado principal na história de Israel ( Deut. 8:14)
– Novo Testamento ( Tg 4:6 e I Pe 5:5 )

A fonte do orgulho ( Satanás )


Atenção que recebeu na infância: Ex. Criança mimada ou falta de atenção

Contribuições – (Dízimos e ofertas)


Dízimos e ofertas nada mais são que expressão de fé. Para que o homem possa exercer funções
ministeriais um dos principais requisitos é ser cheio de fé, ou seja, crer e colocar em prática o que diz
a palavra de Deus.

A contribuição tem que atender a três requisitos:

-Tem de ser voluntária


“Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não por tristeza ou por necessidade, porque
Deus ama ao que dá com alegria.” II Co 9:7

-Tem de ser metódica


“No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua
prosperidade, para que se não façam coletas quando eu chegar.” I Co 16:2

-Tem de ser proporcional aos rendimentos


“...cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade.” I Co 16:2

Dízimos e ofertas

O Dízimo
-Foi instituído antes da lei de Moisés ( Gn 14:20 e 28:22)
-O valor já está estabelecido na palavra – 10%( Dez por cento)
-Baseia-se no princípio que Deus é dono de tudo ( Sl 24:1; Dt 14:28-29)
-Essa prática nos dá autoridade contra o devorador de nossas finanças ( Ml 3:11)

Ofertas – São dádivas além do dízimo. É para quem tem a capacidade de caminhar além do dever. É
nesse momento que mostramos nossa dedicação a Deus
-Primícias- Quando as primícias são santas, todo o restante é santificado – Rm 11:16
-Semeadura- Quem semeia pouco, pouco colherá, quem semeia muito, muito colherá – II Co 9:6

Outras ofertas

Gratidão, Alçada, voluntária, remissão


Destino dos dízimos e ofertas
-Os que ministram espiritualmente devem ser alvo de bençãos espirituais – Gl 6:6; I Co 9:11; I Tm
5:17-18
-Os orfãos e as viúvas – I Tm 5:3-10
-A obra missionária – Fl 4:10-16
-Os enfermos – At 20:35

Importante: A boa situação financeira não deve ser pré- requisito para alguém contribuir.
“Porque em meio de muita tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza
deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade.” II Co 8:2

As contribuições à obra de Deus devem ser criteriosamente administradas, e abertas a auditorias


cristãs
“pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens.” II Co 8:21

Autoridade Espiritual-
“Exousia” ( do grego) – poder oficial, poder delegado por Deus para agir, conforme posição que
detém no seu reino

“Diga o fraco: Eu sou forte.” Jl 3:10


Paulo tinha em mente todo o armamento e condicionamento físico que como guerreiros
espirituais necessitaríamos quando fez analogia em Ef 6:10-18, da armadura romana. A mente romana
era condicionada à conquista, para eles era um esporte, e como tal necessitava de um treinamento.; e
como esporte, não só era importante o condicionamento físico, mas também o mental e emocional. O
mesmo ocorre com os guerreiros de Cristo; precisamos estar no auge da forma espiritual.
“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.” Ef 6:10

Alguns exercícios práticos para manter a forma espiritual:

-Orar ( Conversar, dialogar – isso sugere não só falar, mas também ouvir a voz de Deus)
-A comunhão com Deus nos torna fortes;
-Meditar na palavra de Deus nos traz santificação e revelação da vontade de Deus;
-Termos comunhão com os irmãos
-Orar no Espírito Santo. “ O que fala em outra língua a si mesmo se edifica....” II Co 14:4
-Adorar a Deus nos fortalece.

A oração faz a diferença


“Decorridos muitos dias, morreu o rei do Egito; os filhos de Israel gemiam sob a servidão, e por
causa dela clamaram, e o seu clamor subiu a Deus. Ouvindo Deus o seu gemido, lembrou-se da sua
aliança com Abraão, com Isaque e com Jacó. E viu Deus os filhos de Israel, e atentou para a sua
condição.” Ex 2:23-25.

A única arma de Israel era a oração. A única arma da Igreja primitiva era a oração ( Atos 1:14; 2:42;
4:24-31). Também para nós, a oração é a chave para que possamos realizar com pleno êxito a nossa
missão.
A oração opera no terreno das limitações que Deus impôs a Si mesmo:
Ex: Atos 10:1/ Atos 10:3-6/ Tg 4:2/ Ef 6:18,19
Autoridade ilustrada pelos membros do corpo
-Corpo – expressão completa de autoridade
Completa autoridade da cabeça e ampla submissão dos membros;
Expressão total de autoridade e obediência;
Não existe corpo acéfalo;
O corpo da Igreja: perfeição de autoridade e obediência.

Obediência do corpo à cabeça


– É coisa mais natural e harmônica;
– Cabeça e corpo participam de uma só vida e natureza
– Cabeça dá instrução e os membros obedecem.

Resistir a autoridade é resistir a Deus


-Resistir a autoridade dos membros, é rersistir a cabeça;
-A função de cada membro é limitada, a do corpo é ampla; os membros se ajudam mutuamente;
-Nenhum membro pode ser independente;
-Aceitando a função dos outros, manifesta a riqueza de Cristo;
-Recusar ajuda aos outros membros constitui rebeldia total;
-Quem tem talento, tem ministério; quem tem ministério, tem autoridade;

Aqueles a quem Deus delega autoridade


-Jamais tente estabelecer sua própria autoridade;
-Obedecer a Deus é submeter-se a autoridade, executar a autoridade delegada;
-Reconhecer toda autoridade procede de Deus;
-Só exerce autoridade quem está sob autoridade;
-Submeter-se a autoridade é submeter-se a Deus;
-Rebelar-se contra os líderes é rebelar-se contra Deus.
-Orar pelas autoridades constituídas das igrejas, cidades, estados e países;
-Rebelar-se contra as autoridades constituídas é rebelar-se contra Deus;
-Deixar de exercer autoridade é tão perigoso quanto se levantar contra a autoridade.

Postura e atitude de Oficial


O Oficial deve ser o primeiro a chegar e o último a sair da igreja.É sua função zelar pela igreja
e pelo culto como um todo, sempre ouvindo e informando, procurando inclusive, manter o bom
relacionamento com os vizinhos da igreja. Sua atitude deve ser de amor, mas com firmeza e
autoridade. Estar pronto tanto para pedir que uma pessoa não se movimente durante a leitura ou
exposição da palavra, como para orar por um enfermo, entendendo que o seu compromisso não é com
o pastor ou líder, mas sim com o Senhor.
No decorrer de suas funções/ atividades o oficial se depara com uma série de situações que
exigem um posicionamento, uma tomada de atitude. Estas situações em sua maioria se referem a:

-Entrada de pessoa embriagada no templo;


-Pessoa endemoninhada;
-Suprimento do púlpito com água , óleo para unção, etc;
-Limpeza;
-Boletins;
-Avisos;
-Trato com crianças e adolescentes;
-Servir ceia;
-Identificação e conhecimento da infra-estrutura da igreja ( interruptores elétricos, luzes, água,
tomadas 110 ou 220V, etc.

O Atalaia( Porteiro ou segurança)


Aquele que vigia e intercede como um verdadeiro guardião da casa do Senhor, com uma mão no arado
e a outra na espada.
O Atalaia deve proceder como I Tm 3, servo que maneja bem a palavra da verdade, tendo
autoridade do Espírito, sendo austero em amor, vivendo sempre a palavra de Deus.
Na edificação da obra, existe a necessidade de se ter vigias atentos contra as investidas do
inimigo que procura, de todas as maneiras, impedir o avanço da obra - ( Ne 4:9, 13, 21, 12.).
– Pessoas do povo também vigiavam – Ne 7:3
– Nas torres de vigia – II Reis 9:17
– Nos muros da cidade para observar ao longe – Is 62:6
– Nas ruas da cidade – Sl 127:1
– Ao redor do Templo, em ocasiões especiais – II Re 11:6
– Nas patrulhas pela cidade à noite preservando a ordem – Ct 3:3
– Em época de perigo, aumenta-se o número – Jr 51:12
– Vigia-se de dia e de noite – Is 21:8 e Ne 4:9
– Anunciavam a aproximação de todos os estranhos – II Sm 18:24, 27
– Soavam alarme – Ez 33:2,3

Como deve ser o Atalaia


1- Cheio do Espírito Santo – Ef 5:18-21
Tem que ter um coração repleto de:
– Comunicabilidade – V. 19
– Louvor e cânticos – V. 19
– Uma gratidão contínua – V. 20
– Desejo de servir – V. 21

2-Submisso- I Co 16:16; I Pe 5:5 e Hb 13:17


deve estar sempre em submissão, pronto a obedecer, sempre sujeito a Deus. Tg 4:7

3-Fiel e constante aos trabalhos da igreja


Ser fiel no pouco, e sobre o muito o Senhor nos colocará ( Mt 25:21)

4-Zeloso/ cuidadoso com a obra – Tt 2:14; Rm 12:8; Hb 6:11; II Pe 1:10 e Pv 21:25

5-Responsáveis – I Co 4:2 e 9:17; I Tm 3:13 e Jr 48:10


Tudo que lhe vier a mão para fazer, faça com excelência – Ec 9:10

6-Quem dependa do Espírito Santo -Sl 62:7


Deve viver em humildade, não confiando em si mesmo, mas sempre na dependência do
Espírito Santo, pois é Ele que nos capacita. II Co 10:17,18, Ef 3:16, Fl 2:3

7-Pronto a ouvir – Tg 1:19; Pv 8:34; 15:31; II Tm 2:2

8-Simples, prudente e sem maldade – I Co 14:20


-Ser meninos na malícia como realmente é uma criança – Mc 10:15
Cuidar para não ser corrompido – II Co 11:3
Ser sábio no bem, mas simples no mal – Rm 16:19

9-Dinâmico – Pv 21:25; 6:6; Hb 6:10-12


Deve se fazer a obra com diligência
Deus não esquece o trabalho daqueles que se gastam na obra – I Co 15:58
Na obra não há lugar para preguiçosos – Rm 12:11

10-Tratar a todos com amor – I Co 13

Pontos práticos
-Ao iniciar suas funções, verifique se todos os utensílios para execução das mesmas estão em ordem:
crachás, jaleco, disposição das cadeiras, etc;
-Quando estiver na escala, permanecer no seu posto durante todo o tempo, atento a tudo que se passa,
orando todo o tempo sem fechar os olhos;
-Receber a todos que chegam na igreja com um sorriso e sempre mostrar-se atencioso. Ser cordial e
pronto a atender a todos;
-Ficar atento a tudo que se passa, para que não haja abusos;
-Agir sempre com discrição, sem chamar a atenção de ninguém. Ex: Não falar alto, não fazer sinais,
não ficar rindo,etc.;
-Não discutir com ninguém;
-Deixar as decisões mais importantes para o líder/ responsável;
-Considerar sempre o próximo superior a você: Ame a todos e seja exemplo – Mt 7:12
-Não fazer acepção de pessoas, tratar a todos com igualdade;
-Tudo que você estiver fazendo em palavras ou obras, fazei em nome do Senhor Jesus Cristo, dando
por Ele graças a Deus Pai – Cl 3:17

Um chamado a Liderança
Quando somos chamados por Deus e por Ele capacitados para exercermos especificamente algo
prático no Reino, não deixamos de ser pessoas sujeitas as mesmas imperfeições dos demais. Somos
sim, responsabilizados pelo próprio Deus a sermos vitoriosos, como o foi Jesus, em todas as
circunstâncias.
Deus está chamando líderes. Não detentores de poder. Nem peritos em congratulações mútuas.
Nem traficantes de influências. Nem demagogos exibicionistas, manipuladores de multidões. Deus
está chamando Líderes.

O que é liderança?
A liderança é o esforço de exercer conscientemente uma influência especial dentro de um
grupo no sentido de levá-lo a atingir metas de permanente benefício que atendam as necessidades
reais do grupo.
Um verdadeiro líder exerce influência especial. Essa influência não é forçada. A força do líder,
entretanto, deriva-se da profunda confiança que seus seguidores depositam nele.
Os que seguem um verdadeiro líder o fazem por amor e respeito, porque ele revela amor,
humildade e autocontrole. Jesus Cristo, naturalmente, constitue o nosso maior exemplo a esse
respeito. Ele disse a seus discípulos: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”. Jo 14:15
Um líder deve ter boa compreensão das necessidades reais dos outros. Ele mantém uma
sensibilidade, uma percepção aguçada, em relação as pessoas que Deus lhe confiou e pelas quais é
responsável. Sua sensibilidade em relação aos outros é sempre focalizada pela perspectiva da visão
que Deus lhe deu. Para exercer esse tipo de liderança é preciso previsão, sabedoria, determinação e
conhecimento da vontade de Deus.

Inveja – Como lidar com o sucesso?


Fazer comparações – Como líderes, lutamos contra as mesmas seduções que o povo. Entretanto,
como nosso ministério é público, nossa tentação mais poderosa pode ser a inveja. Todos sabemos
como pode ser doloroso ser comparado com outro líder mais bem sucedido. Nessas situações é mais
fácil nos tornar críticos e defensivos. Dizemos que temos um ministério de “qualidade e não de
quantidade”.
Nossa natureza caída reluta em ser vista de forma negativa. É difícil nos alegrarmos com os
que tem mais sucesso. Às vezes até sentimos uma satisfação secreta ao ouvir sobre o fracasso de
outros colegas; por comparação, concluímos que estamos nos dando melhor.

A força do veneno -A inveja estropia qualquer líder e ministério. Primeiro solapa a fé. O invejoso não
está em posição de agradar a Deus. Não está livre para crer em Cristo de todo coração.
Segundo, a inveja produz isolamento. O líder que teme o sucesso dos outros se afastará da
comunhão e da cooperação com outros ministérios ou igrejas.
Paulo teve experiência semelhante em Antioquia da Psídia, onde sua pregação atraiu grande
multidão. “ Quando os judeus viram a multidão, ficaram cheios de inveja e, blasfemando,
contradiziam o que Paulo estava dizendo” At 13:45. Novamente a teologia foi a justificativa para o
antagonismo, mas a motivação era bem menos nobre.
O líder invejoso pode temer tanto a comparação desfavorável que chega a trabalhar nos
bastidores para sabotar o ministério do outro colega. Uma vez que a inveja consegue se alojar no
coração humano, resiste a toda tentativa de desapropriação. Até a morte parece mais atraente que
reconhecer o sucesso de alguém mais jovem e menos qualificado. Jamais subestime os baixos níveis a
que podemos chegar para parecermos melhores do que somos.

Neutralizando o veneno -Devemos tratar a inveja como pecado. Ela é uma rebelião contra a direção
providencial de Deus na vida dos seus filhos. Uma pessoa invejosa está dizendo que Deus não tem o
direito de abençoar alguém mais do que ela. Ex: Mt 20:1-12. Deus pode fazer o que quiser com o que
é seu. Pode ser mais generoso com os outros e não temos o direito de reclamar. Inveja é rebelião
contra o direito divino e soberano. A inveja também é pecado contra a bondade de Deus. Tudo o que
temos, seja pouco, seja muito, é dom de Deus. A inveja é baseada na suposição de que nossas
habilidades e dons são algo que fizemos por merecer. É o vaso dizendo ao oleiro como deve fazer os
outros vasos.
Paulo ensinou que é Deus quem determina onde nos encaixamos no corpo de Cristo: “Todas
essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a
cada um, como quer” I Co 12:11.Estar insatisfeitos com nossos dons é o mesmo que estar insatisfeitos
com o nosso Deus.
Moisés foi um homem cheio do Espírito, mas Deus multiplicou seu ministério na vida de
setenta anciãos que receberam o dom da profecia. Dois deles, Eldade e Medade, foram
particularmente abençoadas e profetizaram no acampamento. Quando um jovem chegou correndo na
presença de Moisés, contando a novidade, Josué disse: “Moisés, meu senhor, proíba-os!”. Moisés,
porém, disse: “Você está com ciúmes de mim?. Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta e que
o Senhor pusesse o seu Espírito sobre eles!” Nm 11:29
Não se pode destruir um homem que se alegra com o sucesso dos outros. Pode se alegrar nos
mais bem sucedidos. Ele tem uma perspectiva correta de si mesmo e de Deus. É grato diante das
pequenas oportunidades de servir, porque não perdeu a maravilha do cuidado do Pai.

As expectativas da congregação
Quanto mais as pessoas forem abençoadas por nosso ministério, maiores serão suas
expectativas. Se permitirmos, elas nos levarão a crer que somos os únicos capazes de levar pessoas a
Cristo, aconselhar os perturbados emocionalmente ou visitar os enfermos. Se crermos ser a resposta
de Deus para todas as necessidades, também aceitaremos todos os convites para almoço,
participaremos de todas as reuniões de grupo e aceitaremos todos os convites para pregar – tudo isso à
custa da família, da saúde e, acima de tudo, do nosso relacionamento com Deus.
Não podemos permitir que o nosso sucesso ministerial imponha responsabilidades além de
nossas forças e capacidades. Saber dizer “não” educadamente é uma característica essencial de um
homem que se submete a vontade de Deus. Outrossim, não devemos mostrar que somos humanos.
Nossa congregação crê que somos diferentes – isentos dos conflitos emocionais e espirituais dos
outros.
Se nos recusamos a falar dos nossos fracassos, compartilhando apenas vitórias, reforçamos
essa impressão distorcida. No final, ela criará um mito em torno de nós. Nossa falta de autenticidade
cria um fardo pesado demais para carregar. Debatendo-nos sob esse peso, pensaremos já ter crescido
espiritualmente quanto devíamos e então ficaremos cegos aos fracassos; caso contrário, nos
mataremos tentando viver de acordo com as expectativas dos outros. Também tenderemos a recuar,
temendo que as pessoas descubram quem somos na realidade.
A transparência é muito melhor que uma falsa idéia de perfeição.

Fracasso – Por que às vezes acontece?


Podemos fracassar aos olhos dos homens. Isso nos fere o ego. Quem se envolve em trabalhos
públicos é observado por muitas pessoas. A menos que sejamos transferidos para um outra função ou
igrejas maiores, nossa saída ou transferência é sempre vista como fracasso. Evidentemente é possível
fracassar aos olhos humanos e ter sucesso aos olhos de Deus. O profeta Isaías foi chamado para ser
um fracasso ( Is 6). Se seu ministério fosse medido por estatísticas não ganharia o prêmio de melhor
profeta. Entretanto, o inverso também é possível: podemos ter sucesso aos olhos dos homens e ser um
fracasso aos olhos de Deus. No segundo tipo de fracasso, podemos dizer a nós mesmos que nosso
sucesso é para glória de Deus, mas o motivo oculto pode ser a exaltação pessoal.
Isso nos leva a seguinte questão: É possível ser chamados por Deus e mesmo assim fracassar?
Sim. Foi o que aconteceu com os discípulos em Lucas 9.

O fracasso dos discípulos- “ Mestre, rogo-te que dês atenção ao meu filho, pois é o único que tenho.
Um espírito o domina; de repente ele grita, lança-o em convulsão e o faz espumar; quase nunca o
abandona, e o está destruindo. Roguei aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não
conseguiram”. Lc 9:38-40.
Mas eles não conseguiram! Então pode haver fracasso no ministério. Será que foram além do
chamado? Estavam tentando fazer algo além da habilidade e do conhecimento que tinham? Não.
Anteriormente, Cristo chamara os doze e lhes dera “poder e autoridade para expulsar todos os
demônios” Lc 9. Deveriam ser capazes de expulsar aquele demônio resistente.
Estavam agindo fora da vontade de Deus? Não; estavam exatamente onde Deus os queria. Às
vezes , porém, ao fazermos a vontade de Deus, experimentamos algumas das maiores dificuldades.
Podemos falhar justamente na realização daquela tarefa a qual Deus nos chamou.

Razões para o fracasso dos discípulos – Primeira, faltou-lhes fé. Jesus respondeu: “Ó geração
incrédula e perversa, até quando estarei com vocês e terei que suportá-los?”- Lc 9:41.
Segunda: careciam de disciplina. Na passagem correspondente de Mateus 17, os discípulos
perguntaram a Cristo por que não conseguiram expulsar o demônio; Ele respondeu: “Porque a fé que
vocês tem é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda,
poderão dizer a este monte: “Vá daqui para lá, ele irá. Nada lhes será impossivel” -Mt 17:20. Depois
acrescentou: “Mas esta espécie só sai pela oração e jejum.” (v.21).
Oração e jejum! A autoridade dos discípulos não era automática. O simples fato de terem
expulsado demônios no passado não significava que teriam autoridade no futuro. O chamado tinha de
ser renovado pela oração e jejum.
Terceira: careciam de humildade. Fizeram a pergunta que ouvimos tanto nos nossos dias:
“Quem é o maior no reino dos céus?”- Lc 9:46. Tal pergunta revela um senso carnal de comparação.
Paulo disse que aqueles que “se medem e se comparam consigo mesmos, agem sem entendimento” II
Co 10:12
O orgulho dos discípulos levou também a um espírito de crítica. Tentaram impedir que um
homem expulsasse demônios em nome de Jesus porque não era “um dos nossos” -Lc 9:49. Aquele
homem estava tendo sucesso justamente naquilo que eles haviam fracassado.
Qual a lição? Não podemos achar que nossa autoridade seja automática. Sem devoção e
disciplina descobriremos que não podemos realizar o ministério.
Quando não podemos exercer nossa autoridade Deus nos chama de volta às coisas básicas. Fé,
disciplina e humildade podem nos recolocar no lugar da benção.

Deus te Abençõe!!!

Pb. Ozéias Nascimento – Igreja Profética Apostólica Shalom


Missão Evangélica Rohi M'Kadesh – Escola de Guerra e Ministérios

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