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Ontologia

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Ontologia (do grego ontos "ente" e logoi, "ciência do ser") é a parte da metafísica que trata da natureza, realidade e
existência dos entes. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum
que é inerente a todos e a cada um dos seres objeto de seu estudo. A aparição do termo data do século XVII, e
corresponde à divisão que Christian Wolff realizou quanto à metafísica, seccionando-a em metafísica geral (ontologia) e
as especiais (Cosmologia Racional, Psicologia Racional e Teologia Racional). Embora haja uma especificação quanto ao
uso do termo, a filosofia contemporânea entende que metafísica e ontologia são, na maior parte das vezes, sinônimos,
muito embora a metafísica seja o estudo do ser e dos seus princípios gerais e primeiros, sendo portanto, mais ampla
que o escopo da ontologia.

Índice
História antiga da ontologia
Ontologistas Proeminentes
Bibliografia relacionada
Ver também
Ligações externas

História antiga da ontologia


O conceito de ontologia originou-se na Grécia Antiga, tendo ocupado as mentes de Platão, Aristóteles e Parmênides. O
mais antigo registro da palavra ontologia é o latino ontologia, que surgiu em 1606, no trabalho Ogdoas Scholastica, de
Jacob Loard (Lorhardus), e em 1613 no Lexicon philosophicum, de Rudolf Göckel.

Por ontologia, portanto, entenda-se o estudo do ser enquanto ser, suas categorias, princípios e essência. Três são as
grandes linhas ontológicas consolidadas na matriz do pensamento ocidental:

1. A ontologia do Uno
Cuja ideia dominante assevera que toda a realidade procede do Uno, ou manifestação do mesmo ou que se
reduza a ele. Seus representantes são Parmênides, Platão, Plotino, Escoto Erígena, Spinoza e vertentes do
pensamento oriental.
2. Ontologia do Ser
Que parte não do Uno, mas daquilo que é, e, por conseguinte, do conhecimento empírico e da experiência. Por
meio desta vertente da ontologia, o ser se diz de várias maneiras (analogia), cuja maior expressão é a da
substância, que, em grau máximo, corresponde a Deus (Primeiro Motor), sem movimento ou mudança. Seus
maiores representantes são Aristóteles e Tomás de Aquino, que à luz da Revelação Bíblica conceitua Deus como
Ipsum Esse per se subsistens.
3. Ontologia do Devir (ou do tempo)
É a que vem se afirmando desde o início da era moderna. Seus representantes são Hegel, Heidegger, e em
alguma medida Nietzsche. Pretendem reintroduzir a dinâmica no ser, e, com isto, sua oposição ao não-ser, como
momento de interioridade de vida e do ser.
Alguns filósofos da escola platônica alegam que todos os substantivos referem-se a entidades existentes. Outros
filósofos sustentam que nem sempre substantivos nomeiam entidades, mas que alguns fornecem uma espécie de atalho
para a referência, para uma coleção de objetos, ou eventos quaisquer. Neste último ponto de vista, mente, pois em vez
de se referir a uma entidade, refere-se a eventos mentais vividos por uma pessoa. Por exemplo, sociedaderemete para
um conjunto de pessoas com algumas características comuns, e geometria refere-se a um tipo específico de atividade
intelectual. Entre estes pólos de realismo e nominalismo, há também uma variedade de outras posições; mas em
qualquer uma, a ontologia deve dar conta de que palavras referem-se a entidades que não "são". Quando se aplica a
este processo, substantivos, tais como "elétrons", "energia", "contrato", "felicidade", "tempo", "verdade", "causalidade",
e "Deus", a ontologia torna-se fundamental para muitos ramos da filosofia.

Questões ontológicas também foram levantadas e debatidas pelos pensadores nas civilizações antigas da Índia e
da China, e talvez antes dos pensadores gregos que se tornaram associados com o conceito.

Ontologistas Proeminentes
Leucipo
Anselmo de Cantuária
David Lewis
Tomás de Aquino
Emmanuel Levinas
Aristoteles
John Locke
Avicenna
Madhva
David Malet Armstrong
Alexius Meinong
Alain Badiou
Nagarjuna
Gustav Bergmann
Friedrich Nietzsche
Bernard Bolzano
Keiji Nishitani
Franz Brentano
Parmenides
Mario Bunge
Charles Sanders Peirce
Rudolf Carnap
Plato
Ernst Cassirer
Plotinus
Gilles Deleuze
Karl Popper
Daniel Dennett
Proclus Lycaeus
Jacques Derrida
Willard van Orman Quine
René Descartes
Bertrand Russell
Fyodor Dostoevsky
Gilbert Ryle
Michel Foucault
Jean-Paul Sartre
Hans-Georg Gadamer
Arthur Schopenhauer
Al-Ghazali
Duns Scotus
Étienne Gilson
John Searle
Nicolai Hartmann
Mário Ferreira dos Santos
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
Shânkara
Martin Heidegger
Baruch Spinoza
Heráclito
Shahab al-Din Yahya ibn Habash Suhrawardi
Edmund Husserl
Peter van Inwagen
Roman Ingarden
Gianni Vattimo
Immanuel Kant
Swami Vivekananda
Leszek Kołakowski
Alfred North Whitehead
Julia Kristeva
William of Ockham
Susanne Langer
Ludwig Wittgenstein
Gottfried Leibniz
Slavoj Žižek
Stanisław Leśniewski
Louis Lavelle

Bibliografia relacionada
Fenomenologia do espírito, Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1806)
O mundo como vontade e representação, Arthur Schopenhauer (1818)
Ser e tempo, Martin Heidegger (1927)
O ser e o nada, Jean-Paul Sartre (1943)

Ver também
Argumento ontológico
Gnoseologia
Teoria do conhecimento
Teoria semiótica da complexidade

Ligações externas

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