Ecologia de ecossistemas

Ecossistemas litorâneos e marinhos

Profº Dr. Jorge S. Botero

Ana Cecília Costa

MORFOLOGIA LITORÂNEA
 ZONA INTERTIDAL

“É a zona entremarés que se caracteriza pela faixa estreita

ao longo da costa que se encontra entre a maior maré alta
e a menor maré baixa.”

DESSECAÇÃO IMPACTO DAS

INSOLAÇÃO CHUVAS
ONDAS

COSTÕES PRAIAS
ROCHOSOS ARENOSAS
 COSTÕES ROCHOSOS

Comunidades visíveis
Densamente populados -> competição por espaço
Organismos adaptados a fixação nas rochas
Colonização vegetal
Proteção aos organismos delicados e vágeis
 DISTRIBUIÇÃO DOS ORGANISMOS

Vaporização
EXPOSTO

Varredura
Impacto das
ondas

ABRIGADO
DISTRIBUIÇÃO DOS ORGANISMOS

ZONA SUPRALITORAL

ZONA MÉDIOLITORAL

ZONA INFRALITORAL
 ZONA SUPRALITORAL
Banhada apenas pelas marés mais altas de sizígia

Nesta faixa, os fatores abióticos como temperatura e radiação

solar possuem grande importância na distribuição dos
organismos, os quais são muito adaptados à perda de água e à
variação da temperatura.

Litorinídeos lígia oceânica Brachidontes solisianus

 ZONA MÉDIOLITORAL
Região sujeita às flutuações da maré, submersa durante a maré
alta e exposta durante a maré baixa.
Os organismos sésseis estão adaptados à esta variação diária e à
todas as mudanças físicas que isto implica. Já os organismos
errantes, podem migrar para regiões inferiores na maré baixa,
permanecendo assim, sempre submersos.

Cracas Ulva fasciata Mexilhões

 ZONA INFRALITORAL
Zona sempre submersa
Zona de Algas e Alta Biodiversidade
Intensas relações bióticas (predação, herbívoria e competição)

Estrelas do Mar

Ouriço do Mar Banco de Sargassum

 PRAIAS ARENOSAS

Ocorrem em todas as latitudes, tipos de costa e regimes de

maré.
Área de recreação e atrativo turístico
Exploração de espécies de invertebrados e peixes
PRAIAS ARENOSAS
 PRAIAS ARENOSAS
Tamanho da Energia das ondas Regime de maré
partícula

Determina a abundância e distribuição dos

organismos
Efeitos sobre a retenção de água e oxigênio
Adequação para o enterramento da meiofauna
 PRAIAS ARENOSAS

Intensidade que a água chega a praia

Interação com o tamanho do grão

PRAIAS REFLEXIVAS PRAIAS DISSIPATIVAS

 PRAIA REFLEXIVA
Micro-maré
Areia Grossa
Declividade Acentuada
Zona do surfe estreita ou
ausente
Intensa ação das ondas
Baixa Diversidade
 PRAIA DISSIPATIVA
Macro-maré
Areia fina
Inclinação suave
Extensa zona de surfe
Baixios de marés
 PRAIAS ARENOSAS
Tamanho da Energia das Regime de
Partícula Ondas Maré

Influencia no movimento da água

Oferta de oxigênio
Oferta de alimento (filtradores)
 RECIFES BIOLÓGICOS

Cerca de 15% do fundo marinho entre 0 a 30

metros de profundidade
Cnidários - Construtores de recifes
Temperaturas superficiais acima de 18°C
Oferecem proteção contra a ação erosiva do
elevado hidrodinamismo
Indicadores de mudanças climáticas globais,
devido a tolerância às variações de
temperatura da água do mar
Presença de zooxantelas
BRANQUEAMENTO DE CORAIS
 Parque Estadual Marinho da Pedra
da Risca do Meio
Criado através da Lei Estadual Nº
12.717 de 05 de Setembro de 1997 (Lei
do SNUC)

Única UC Marinha do Ceará, com uma

área de 33,20 km² distante a 10 milhas
náuticas (aproximadamente 18,5 km)
do Porto do Mucuripe, em Fortaleza; a
profundidade varia de 17 a 30 m, a
visibilidade varia de acordo com a
intensidade de correntes de vento e,
normalmente varia de 15 à 30 metros,
temperatura variando entre 27º e 29ºC,
a composição ictiofaunística da área é
bem diversificada
MORFOLOGIA MARINHA
Relevo submarino
Plataforma Continental
Extensão rasa e submersa de
um continente

Se estende da linha de costa até

a profundidade de
aproximadamente 200 m

plana, com uma inclinação

muito suave e largura variável

regiões com muitos recursos

naturais - pouco profunda;
grande penetração de luz solar,
e alta produção primária;
aporte continental de
nutrientes.
 Ambientes da Plataforma Continental

Podem ser subdivididos em :

• Nerítico
Epipelágico
Mesopelágico
• Oceânico Batipelágico
Abissopelágico
Hadalpelágico
 Comunidades Pelágicas –
O plâncton
Composto por organismos que flutuam passivamente ou nadam fracamente na
coluna d‘água
O grupo pode ser dividido em:
• fitoplâncton – espécies fotossintetizantes
• zooplâncton (inclui o ictioplâncton, é formado por todos os grandes grupos
de animais)
Constituem a base da cadeia trófica, sendo produtores primários e
consumidores primários, respectivamente
 O plâncton
Adaptações

• Pigmentação pouco intensa ou ausente

• Dimensões reduzidas e corpo achatado
• Composição química específica
• Corpo menos denso (água, gotas de óleo, gás)
• Desenvolvimento de apêndices que auxiliam
a flutuação (apêndices, espinhos, flagelos e cílios)
O plâncton
O nécton
Composto por organismos
que habitam o ambiente
nerítico, sendo capazes de
superar os movimentos do
oceano através da natação

Composição bastante
diversificada
 O bentos
Conjunto de organismos que vivem
no substrato ou associados a ele

Cerca de 95% das espécies marinhas

pertencem a esse grupo
 Talude Continental
Transição entre a plataforma e o assoalho oceânico profundo
Formado por sedimentos transportados até a borda da plataforma
continental
Difere em margens ativas e passivas
Sua principal característica é a mudança
abrupta de inclinação
Atinge entre 3.000 e 5.000 metros
de profundidade

Seu relevo não é regular,

ocorrendo frequentemente cânions e vales submersos
Cordilheira Mesoatlântica
É o nome dado às grandes
cadeias de montanhas que
se originam do afastamento
das placas tectônicas

Alcançam até 2 km acima do

assoalho

As dorsais submarinas dos

oceanos estão conectadas,
formando a maior cadeia de
montanhas do mundo, com
cerca de 65 000 km de
extensão.
 Cordilheira Mesoatlântica
Estas placas encontram-se em movimento e por isso o Atlântico
encontra-se em expansão ao longo desta dorsal, ao ritmo de 2 a
10 cm por ano.

Essa descoberta levou à formulação da teoria de expansão do

fundo oceânico e à aceitação da teoria de deriva continental de
Alfred Wegener.
Formação de Assoalho Oceânico
 Fontes Hidrotermais
Fontes quentes descobertas nas dorsais oceânicas

São “chaminés” rochosas com até 20m de altura, de

onde sai água superaquecida (±350 ºC) sob alta pressão
Fontes Hidrotermais
 Zona Abissal
São áreas extensas com mais de 5.000 m de profundidade

Estendem-se desde o talude continental até as encostas das cordilheiras

oceânicas

Pode haver presença de montes submarinos (com alturas entre 200 metros e
1.000 metros) ou mesmo montanhas submarinas, de origem vulcânica com
elevações acima de 1.000 metros, dando origem à ilhas oceânicas.

Nesta zona do oceano não há luz alguma, as temperaturas são baixas.

Zona Abissal
PRINCIPAIS VARIÁVEIS E
PROCESSOS FÍSICOS
Temperatura
Salinidade
ONDAS
 MARÉS

“Movimentos verticais periódicos ou regulares das massas

d’água causados pela força gravitacional dos astros.”

Resultado das ações das forças centrífuga e gravitacional do

sistema Terra-Sol-Lua

quadratura sizígia
MARÉS
MARÉS
 Circulação Oceânica

• Correntes Superficiais
Água que flui horizontalmente até
a profundidade de 400m ou acima
da picnoclina

Forçada pelos ventos

Ventos + atrito + Coriolis = Espiral de Ekman

Sentido horário no HN
Sentido anti-horário no HS
Circulação Oceânica
 Circulação Oceânica
• Circulação termohalina

Correntes de água movendo-se vertical e horizontalmente abaixo da

picnoclina, em oceano profundo

Circulação impulsionada pela diferença de densidade (T e Sal)

 Circulação Oceânica
• El Niño

é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um

aquecimento anormal das águas superficiais no oceano
Pacífico Tropical, e que pode afetar o clima regional e global,
mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando
assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de
latitudes médias
 Circulação Oceânica
• La Niña

um fenômeno oceânico-atmosférico com características

opostas ao EL Niño, e que caracteriza-se por um esfriamento
anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical.
Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El
Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño
apresenta impactos significativos no tempo e clima devido à La
Niña.
• VIDEO LA NINA EL NINO