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Treinamento

Anbima
CEA
Prof. Hygor Duarte

Atualização 02.2018

1
BOAS VINDAS !!!

Me chamo Hygor Paulo Duarte da Silva e inicio com vocês neste momento uma jornada pelo
conhecimento e também a busca pelo seu entendimento da maneira mais fácil e didática
possível. Desejo que você tenha sucesso nesta prova e para isso você conta a partir de agora
com o meu comprometimento e empenho pessoal para que isso aconteça.

Nas próximas páginas e capítulos você terá o conteúdo necessário para ter sucesso nesta
prova. Este conteúdo não tem como objetivo somente o apoio para o sucesso em seu exame,
mas também lhe ajudar a adquirir o devido conhecimento para sua atividade futura, afinal não
adianta nada saber todo o conteúdo da prova e as pegadinhas que ela traz sem ter o
conhecimento necessário para o atendimento a seu cliente futuramente.

É aí que nos diferenciamos dos demais conteúdos e treinamentos oferecidos pelo mercado.
Consolidei aqui não somente um material espetacular para vocês, mas também 16 anos de
conhecimento e vivência como bancário com passagem por 4 bancos de nosso sistema
financeiro (Caixa, Bradesco, HSBC e Santander), portanto você terá neste treinamento e em
meus canais de comunicação exemplos práticos vivenciados por você no dia a dia, facilitando
assim seu aprendizado e a absorção de tamanho conteúdo, assuntos que possivelmente sejam
novidade para muitos que aqui se encontram.

Para os autodidatas este material já será suficiente para a realização da prova.

ATENÇÃO: QUANDO VOCÊ ENCONTRAR ASSUNTOS ESCRITOS EM LETRA MAÍUSCULA FIQUE


ATENTO, SÃO DISCLAIMERS (DESTAQUES) QUE LHE INFORMAM ALGO IMPORTANTE .

Desejo sucesso a você e que essa futura certificação lhe traga muita felicidade, paz e
tranquilidade para desenvolver seu trabalho da melhor forma possível.

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Para quem essa certificação é destinada?

Certificação de Especialista em Investimentos ANBIMA (CEA)

A CEA (Certificação de Especialista em Investimentos ANBIMA) certifica profissionais que


assessoram os gerentes de contas de investidores pessoas físicas em investimentos,
podendo indicar produtos de investimento.

Ao obter a CEA, o profissional pode, automaticamente, exercer as atividades abrangidas


pela CPA-10 e pela CPA-20.

A quem se destina:

 Profissionais que trabalham em instituições que seguem o nosso Código de


Certificação (veja lista).
 Profissionais que trabalham em instituições financeiras em geral, mesmo aquelas
que não aderiram ao código.
 Estudantes e profissionais de autarquias ou órgãos públicos. Os demais
interessados também podem se certificar.

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Certificação de Especialista em Investimentos
Anbima - CEA

Módulo I

Sistema Financeiro Nacional e Participantes do


Mercado

(5% a 15% do exame)

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1. Sistema Financeiro Nacional de Participantes do Mercado (Proporção de 5 A 15 %) .............. 8

1.1 Composição do SFN: Órgãos de Regulação, Autorregulação, Fiscalização e demais


participantes do mercado ......................................................................................................... 9

1.1.1 Atribuições dos órgãos de Regulação e Fiscalização: Conselho Monetário Nacional –


CMN, Banco Central do Brasil – BACEN, Comissão de Valores Mobiliários – CVM, SUSEP –
Superintendência de Seguros Privados e PREVIC – Superintendência Nacional de
Previdência Complementar. .................................................................................................. 9

1.1.2 Instituições Financeiras: Bancos Múltiplos, Bancos Comerciais, Bancos de


Investimento. ...................................................................................................................... 12

1.1.3 Outros Intermediários: Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e


Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários. .............................................. 12

1.1.4 B3 S/A – Brasil, Bolsa e Balcão. .................................................................................. 14

1.1.5 Investidores Qualificados, Investidores Profissionais e Investidores Não-Residentes.


14

1.1.6 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) (Res. CMN 3.792) .......... 15

1.1.6.1 Definição, Apresentação e Disponibilização da Política de Investimento (Capítulo


V, art. 16) ......................................................................................................................... 15

1.1.6.2 Segmento de Renda Fixa das carteiras (Capítulo VI, art. 18) .............................. 15

1.1.6.3 Segmento de Renda Variável das carteiras (Capítulo VI, art. 19) ....................... 16

1.1.6.4 Cobrança de Performance para uma EFPC (Capítulo IX, art. 51) ........................ 16

1.1.6.5 Controle e avaliação de riscos e sua fiscalização (Capítulo III, arts. 9 a 13) ........ 16

1.1.6.6 Das vedações (Capítulo XI, art. 53)...................................................................... 17

1.2 Códigos ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas ........................................................ 18

1.2.1 Atribuições da ANBIMA: Condução dos Processos de Regulação e Melhores Práticas


das Instituições e dos Mercados ......................................................................................... 18

1.2.1.1 Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para as Ofertas Públicas de


Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários ............................................................. 19

1.2.1.2 Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Fundos de Investimento


......................................................................................................................................... 19

1.2.1.3 Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de


Certificação Continuada .................................................................................................. 19

1.2.1.4 Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de


Produtos de Investimento no Varejo .............................................................................. 20

5
1.3 Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores 20

1.3.1 Legislação e regulamentação correlata (Lei 9.613/98, Circular Bacen 3.461/09, Lei
12.683/12 e suas alterações): ............................................................................................. 20

1.3.1.1 Fases da Lavagem de dinheiro - “colocação”, “ocultação” e “integração”......... 21

1.3.1.2 Quem está sujeito à lei e à regulamentação: abrangência, amplitude e


responsabilidades dos profissionais e das Instituições Financeiras e Não-Financeiras (Lei
9.613, cap. V, art. 9º e Circular 3.461/09) ....................................................................... 21

1.3.1.3 Identificação dos clientes e da manutenção de registros (Lei 9.613, cap. VI,
art.10A e Circular 3.461/09) ............................................................................................ 22

1.3.1.4 Da Comunicação de Operações Financeiras (Lei 9.613, cap. VII)........................ 23

1.3.1.5 Políticas e procedimentos de prevenção/combate ao crime de lavagem de


dinheiro - Organismos nacionais e de cooperação internacional. A Convenção de Viena
e o Decreto n.154/91 (Lei 9.613, cap. IX e Circular 3.461/09) ........................................ 23

1.3.2 Aplicação do princípio “Conheça seu cliente”: .......................................................... 25

1.3.2.1 Função do cadastro e implicações de um cadastro desatualizado. Análise da


capacidade financeira do cliente..................................................................................... 25

1.3.2.2 O princípio “Conheça seu cliente” como forma de proteção da Instituição


Financeira e do profissional ............................................................................................ 25

1.4 Normas e Padrões Éticos ................................................................................................... 25

1.4.1 Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98, Artigo 1º. Segregação de atividades
de forma a evitar possíveis conflitos de interesses (Chinese Wall), também conhecido
como Barreira de Informação e definição de responsabilidades: Artigo 2º. Política de
segurança da informação: Artigo 2º IV e VII ....................................................................... 25

1.4.2 Utilização indevida de informações privilegiadas (contexto de negociação - mercado


primário e secundário em renda fixa e renda variável – valorização de cotas em fundos de
investimento, manipulação de preços) ............................................................................... 27

1.4.2.1 Insider trading e inside Information.................................................................... 28

1.4.2.2 Front running....................................................................................................... 28

1.4.2.3 Confidencialidade ................................................................................................ 28

1.4.2.4 Conflito de interesses .......................................................................................... 29

1.4.3 Código de Distribuição de Produtos no Varejo .......................................................... 29

1.4.3.1 Propósito e Abrangência (Cap. I) ......................................................................... 29

1.4.3.2 Princípios Gerais (Cap. II) .................................................................................... 29

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1.4.3.3 Exigências mínimas (Cap. III) ............................................................................... 29

1.4.3.4 Da publicidade e divulgação dos produtos de investimento (Cap. IV) ............... 32

1.4.3.5 Dever de verificar a adequação do perfil do investidor – API (Cap. VI) .............. 34

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1. Sistema Financeiro Nacional de Participantes do Mercado (Proporção
de 5 A 15 %)
O objetivo deste módulo é verificar se o profissional tem domínio dos principais conceitos
sobre Sistema Financeiro Nacional, os Participantes, a Regulação, Fiscalização e
Autorregulação dos Mercados Financeiro e de Capitais.

Intermediação Financeira
É quando o dinheiro passa das mãos de quem tem recursos disponíveis (bancos comerciais,
múltiplos e de investimento por exemplo), para quem não tem recursos disponíveis (pessoas
físicas e jurídicas que necessitam de empréstimos para realização de seus objetivos, por
exemplo). Em resumo é a transferência de recursos dos agentes superavitários para os
deficitários.

Para que esta intermediação financeira ocorra adequadamente temos o Sistema Financeiro
Nacional, cujo organograma abaixo será fundamental para o seu entendimento do assunto e
sucesso na prova.

Também fazem parte do organograma abaixo o CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados)
e o CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar).

Siglas

CMN – Conselho Monetário Nacional

CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados

CNPC – Conselho Nacional de Previdência Complementar

BACEN – Banco Central do Brasil

CVM – Comissão de Valores Mobiliários

SUSEP – Superintendência de Seguros Privados

PREVIC – Superintendência Nacional de Previdência Complementar

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1.1 Composição do SFN: Órgãos de Regulação, Autorregulação, Fiscalização e
demais participantes do mercado

1.1.1 Atribuições dos órgãos de Regulação e Fiscalização: Conselho Monetário


Nacional – CMN, Banco Central do Brasil – BACEN, Comissão de Valores
Mobiliários – CVM, SUSEP – Superintendência de Seguros Privados e PREVIC –
Superintendência Nacional de Previdência Complementar.
Conselho Monetário Nacional – CMN

Principais atribuições: fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária e de


Crédito.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional e


tem por finalidade formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da
moeda e o desenvolvimento econômico e social do País.
CMN sofreu algumas alterações em sua composição ao longo dos anos. Sua composição atual
é:
- Ministro da Fazenda, como Presidente do Conselho;
- Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão;
- Presidente do Banco Central do Brasil.
Os seus membros reúnem-se uma vez por mês para deliberarem sobre assuntos relacionados
com as competências do CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma reunião
por mês. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, normativo de
caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da União e na página de normativos do
Banco Central do Brasil.
A Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964 determina as principais atribuições do CMN
(ATENÇÃO: A PROVA NÃO VAI PEDIR A LEI OK, VOCÊ PRECISA SABER SOMENTE AS
ATRIBUIÇÕES DO CMN), logo abaixo:
- Regular o valor interno da moeda
- Estabelecer medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos;
-Coordenar as políticas: monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e
externa;
- Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País
- Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras
- Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras, bem como a
aplicação das penalidades previstas na Lei quando cabíveis;
-Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias;
-Autorizar as emissões de papel-moeda;
-Determinar as taxas de recolhimento compulsórios das instituições financeiras.

Banco Central do Brasil – BACEN

Principais atribuições:

Executor de diretrizes e normas do CMN e supervisor de instituições financeiras

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Executor das Políticas Monetária e Cambial

O Banco Central do Brasil (BC, BACEN ou BCB) é autarquia federal integrante do Sistema
Financeiro Nacional, sendo vinculado ao Ministério da Fazenda do Brasil.
Criado em 31 de dezembro de 1964 pela da Lei nº 4.595. Assim como os outros bancos
centrais do mundo, o brasileiro é uma das principais autoridades monetárias do país.
Principais atribuições:
- Autorizar, normatizar, fiscalizar e intervir nas instituições financeiras;
- Emitir a moeda (observação: a Casa da Moeda do Brasil - empresa pública - fabrica o papel
moeda e moeda metálica, mas o ato de emissão - colocar em circulação - é responsabilidade
do Banco Central)
-Controlar créditos: o BACEN divulga as decisões do Conselho Monetário Nacional, baixa as
normas complementares e executa o controle e a fiscalização a respeito das operações de
crédito em todas as suas modalidades;
-Controlar capitais estrangeiros: o BACEN é o depositário das reservas internacionais do País;
- Executar a política monetária.: o objetivo da ação dos bancos centrais na política monetária é
controlar a expansão da moeda e do crédito e a taxa de juros;
- Executar a política cambial.

Comissão de Valores Mobiliários - CVM

Principais atribuições: fixar e implementar as diretrizes e normas do mercado de


valores mobiliários; fiscalizar as companhias abertas, a Bolsa de Valores e os agentes
do mercado de capitais e Fundos de Investimento; dar proteção aos investidores;
assegurar a lisura nas operações de compra e venda de valores mobiliários

A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda.


A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes
do mercado. Seu poder de normatizar abrange todas as matérias referentes ao mercado de
valores mobiliários, inclusive toda a indústria de fundos de investimentos.
Principais atribuições:
- Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão;
- Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de
administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira
de valores mobiliários;
- Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais
de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado;
- Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as
companhias que os tenham emitido;
- Assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores
mobiliários;
- Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;
- Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações
- Estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.
- Proteger os investidores de mercado
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Superintendência de Seguros Privados – SUSEP – principais atribuições; controle e
fiscalização dos mercados de seguro e previdência complementar aberta; fiscalizar a
constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras e
Entidades de Previdência Privada Aberta; proteger os investidores desses mercados.

A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro,


previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da
Fazenda, foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966.

MISSÃO
"Regular, supervisionar e fomentar os mercados de seguros, resseguros, previdência
complementar aberta, capitalização e corretagem, promovendo a inclusão securitária e
previdenciária, bem como a qualidade no atendimento aos consumidores."

COMPOSIÇÃO ATUAL DO CNSP, Conselho Nacional de Seguros Privados:

MINISTRO DA FAZENDA - Presidente


SUPERINTENDENTE DA SUSEP - Presidente Substituto

Representante do Ministério da Justiça


Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social
Representante do Banco Central do Brasil
Representante da Comissão de Valores Mobiliários

Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC – principais


atribuições: fiscalizar e supervisionar as Entidades Fechadas de Previdência
Complementar e de executar políticas para o regime de previdência complementar;
autorizar a constituição e o funcionamento das EFPC, bem como a aplicação dos
respectivos estatutos e regulamentos. Promover a mediação e conciliação dos
participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores com os planos.

Por mais que tenha esse nome, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar
tem a sigla PREVIC. Por favor não confunda com a PREVI, que é o fundo de pensão dos
funcionários do Banco do Brasil - que aliás é fiscalizado pela PREVIC.

A expressão Fundo de Pensão é uma forma mais fácil de designar as Entidades Fechadas de
Previdência Complementar. De fato, a PREVIC funciona exclusivamente para fiscalizar e
executar as normas do CNPC relativas a fundos de pensão. Portanto, se tentarem ligar a
PREVIC a qualquer coisa que não seja "fundos de pensão" (ou "Entidades Fechadas de
Previdência Complementar" - que é a mesma coisa), está errado. PREVIC é só fundo de pensão,
assim como CNPC.

Uma das coisas importantes dentro da legislação da PREVIC que é peculiar e pode ser
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perguntado é que, segundo a lei, é função da PREVIC harmonizar as atividades das EFPC com
as políticas de desenvolvimento. De fato, esse não parece o propósito dos fundos de pensão
(cuja principal finalidade é pagar a aposentadoria para os contribuintes), mas, provavelmente
por algum motivo político, na hora da criação da lei colocaram isso.

Lembrando que, por mais que o CNPC controle as atividades relativas a Previdência Privada, as
aplicações do dinheiro em posse das EFPC são regidas pelo CMN, já que é uma funcionalidade
financeira (e qualquer ação financeira é regida pelo CMN).

1.1.2 Instituições Financeiras: Bancos Múltiplos, Bancos Comerciais, Bancos de


Investimento.
Bancos Múltiplos

É a instituição financeira privada ou pública que realiza as operações ativas, passivas e


acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras:
comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento
mercantil e de crédito, financiamento e investimento. A carteira de desenvolvimento somente
poderá ser operada por banco público.
O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras (sendo uma delas,
obrigatoriamente, comercial ou de investimento), e ser organizado sob a forma de sociedade
anônima. Da sua denominação social deve constar a expressão “Banco”.

Principais Carteiras (Comercial, Investimento)

Banco Comercial

Pode ser uma instituição financeira privada ou pública. Tem como objetivo principal
proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a
curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas
físicas. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco
comercial. Deve ser instituído sob a forma de sociedade anônima e de sua denominação social
deve constar a expressão “Banco”.

Banco de Investimento

É uma instituição financeira privada especializada em operações de participação societária de


caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e
de giro e da administração de recursos de terceiros. Não é permitida a captação de depósitos à
vista. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em
sua denominação social, a expressão “Banco de Investimento”.

1.1.3 Outros Intermediários: Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e


Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários.

Principais atribuições: intermediação de títulos e valores mobiliários; compra, venda e


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distribuição de títulos e valores mobiliários por conta e ordem de terceiros

SOCIEDADES CORRETORAS E DISTRIBUIDORAS: PRINCIPAIS FUNÇÕES

Diferença entre corretoras e distribuidoras

Com a Decisão Conjunta 17/2009, que autorizou as distribuidoras a operar diretamente nos
ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores, eliminou-
se a principal diferença entre as corretoras e as distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
que hoje podem realizar praticamente as mesmas operações.

A corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e a distribuidora de títulos e valores


mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiro e de capitais e no mercado cambial
intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários entre investidores e tomadores de
recursos.

Entenda o que são valores mobiliários:

As corretoras e distribuidoras, na atividade de intermediação, oferecem serviços como


plataformas de investimento pela internet (home broker), consultoria financeira, clubes de
investimentos, financiamento para compra de ações (conta margem) e administração e
custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes. Na remuneração pelos serviços, essas
instituições podem cobrar comissões e taxas.

As corretoras e as distribuidoras devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima ou


por quotas de responsabilidade limitada. São supervisionadas tanto pelo Banco Central quanto
pela Comissão de Valores Mobiliários.

Principais atividades das corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários

• comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros;


• operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros;
• intermediar a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado;
• operar em bolsas de valores;
• administrar carteiras e custodiar de títulos e valores mobiliários;
• subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado;
• exercer funções de agente fiduciário;
• instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;
• intermediar operações de compra e venda de moeda estrangeira, além de outras operações
no mercado de câmbio;
• praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por conta
própria e de terceiros;
• realizar operações compromissadas;
• praticar operações de conta margem.
• prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em operações e
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atividades nos mercados financeiro e de capitais.

1.1.4 B3 S/A – Brasil, Bolsa e Balcão.

B3: o resultado da combinação entre a BM&FBOVESPA e a CETIP.

Fruto da combinação entre a BM&FBOVESPA e a Cetip, nasce a B3, uma empresa maior do que
a soma das partes. Uma companhia de infraestrutura de mercado financeiro de classe
mundial.

Com portfólio diversificado de produtos e serviços, a B3 chega para potencializar


oportunidades de negócios em um ambiente de mercado dinâmico, desafiador e competitivo
em escala global.

Temos um compromisso com o Brasil, com os clientes, com a inovação e com o constante
desenvolvimento do mercado financeiro e de capitais.

1.1.5 Investidores Qualificados, Investidores Profissionais e Investidores Não-


Residentes.
São considerados Investidores Qualificados:

I – investidores profissionais;
II – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição
de investidor qualificado mediante termo próprio, de acordo com a IN CVM;
III – as pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou
possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o registro de agentes
autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores
mobiliários, em relação a seus recursos próprios; e
IV – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais cotistas, que
sejam investidores qualificados.
Os regimes próprios de previdência social instituído pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou por Municípios são considerados investidores profissionais ou investidores
qualificados apenas se reconhecidos como tais conforme regulamentação específica do
Ministério da Previdência Social.

São considerados Investidores Profissionais:


I – instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil;
II – companhias seguradoras e sociedades de capitalização;
III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
IV – pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a
R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor profissional mediante termo próprio, de acordo com a IN CVM;
V – fundos de investimento;
VI – clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de carteira
de valores mobiliários autorizado pela CVM;
VII – agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores
de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios;
14
VIII – investidores não residentes.

Investidor não residente


É considerado como investidor não residente individual ou coletivo as pessoas físicas ou
jurídicas, os fundos ou outras entidades de investimento coletivo, com residência, sede ou
domicilio no exterior.
Previamente ao início das operações, o investidor não residente deve:
- constituir um ou mais representantes;
- obter registro junto a CVM.

Quando o representante for pessoa física ou jurídica não financeira, o investidor deve nomear
instituição autorizada a funcionar pelo BACEN, que será corresponsável pelo cumprimento das
obrigações.

1.1.6 Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) (Res. CMN


3.792)

1.1.6.1 Definição, Apresentação e Disponibilização da Política de Investimento


(Capítulo V, art. 16)

Art. 16 A EFPC deve definir a política de investimento para a aplicação dos recursos de cada
plano por ela administrado.
§ 1º A política de investimento de cada plano deve ser elaborada pela Diretoria Executiva e
aprovada pelo Conselho Deliberativo da EFPC antes do início do exercício a que se referir. § 2º
As informações contidas na política de investimento de cada plano devem ser encaminhadas à
SPC no prazo de 30 (trinta) dias contados da data da respectiva aprovação pelo Conselho
Deliberativo.
§ 3º A política de investimento de cada plano deve conter, no mínimo, os seguintes itens: I - a
alocação de recursos e os limites por segmento de aplicação; II - os limites por modalidade de
investimento, se estes forem mais restritivos que os estabelecidos nesta Resolução;
III - a utilização de instrumentos derivativos;
IV - a taxa mínima atuarial ou os índices de referência, observado o regulamento de cada plano
de benefícios;
V - a meta de rentabilidade para cada segmento de aplicação;
VI - a metodologia ou as fontes de referência adotadas para apreçamento dos ativos
financeiros; VII - a metodologia e os critérios para avaliação dos riscos de crédito, de mercado,
de liquidez, operacional, legal e sistêmico; e
VIII - a observância ou não de princípios de responsabilidade socioambiental.

1.1.6.2 Segmento de Renda Fixa das carteiras (Capítulo VI, art. 18)
Art. 18. São classificados no segmento de renda fixa:
I - os títulos da dívida pública mobiliária federal;
II - os títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais;
III - os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições
autorizadas a funcionar pelo BACEN;
IV - os depósitos em poupança em instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN;

V - os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão de companhias abertas, incluídas as


Notas de Crédito à Exportação (NCE) e Cédulas de Crédito à Exportação (CCE);
VI - as obrigações de organismos multilaterais emitidas no País;
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VII - os certificados de recebíveis de emissão de companhias securitizadoras; e
VIII - as cotas de fundos de investimento em direitos creditórios e as cotas de fundos de
investimento em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios. § 1º Os títulos ou
valores mobiliários de emissores não relacionados nos incisos deste artigo somente podem ser
adquiridos se observadas as seguintes condições: I - com coobrigação de instituição financeira
autorizada a funcionar pelo BACEN; II - com cobertura de seguro que não exclua cobertura de
eventos relacionados a casos fortuitos ou de força maior e que garanta o pagamento de
indenização no prazo máximo de 15 (quinze) dias após o vencimento do título ou valor
mobiliário; III - com garantia real de valor equivalente a no mínimo o valor contratado da
dívida, no caso de cédula de crédito imobiliário; ou IV - com emissão de armazém certificado,
no caso de warrant agropecuário (WA). § 2º Os títulos e valores mobiliários recebidos como
lastro em operações compromissadas são classificados no segmento de renda fixa e devem ser
considerados no cômputo dos limites estabelecidos nesta Resolução.

1.1.6.3 Segmento de Renda Variável das carteiras (Capítulo VI, art. 19)
Art. 19. São classificados no segmento de renda variável: I - as ações de emissão de
companhias abertas e os correspondentes bônus de subscrição, recibos de subscrição e
certificados de depósito; II - as cotas de fundos de índice, referenciado em cesta de ações de
companhias abertas, admitidas à negociação em bolsa de valores; III - os títulos e valores
mobiliários de emissão de sociedades de propósito específico (SPE); IV - as debêntures com
participação nos lucros; V - os certificados de potencial adicional de construção (CEPAC), de que
trata o art. 34 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001;
VI - os certificados de Reduções Certificadas de Emissão (RCE) ou de créditos de carbono do
mercado voluntário, admitidos à negociação em bolsa de valores, de mercadorias e futuros ou
mercado de balcão organizado, ou registrados em sistema de registro, custódia ou liquidação
financeira devidamente autorizado pelo BACEN ou pela CVM, nas suas respectivas áreas de
competência; e

VII - os certificados representativos de ouro físico no padrão negociado em bolsa de


mercadorias e de futuros.
Parágrafo único. A SPE, mencionada no inciso III deste artigo, deve: I - ser constituída para
financiamento de novos projetos; II - ter prazo de duração determinado e fixado na data de sua
constituição; e III - ter suas atividades restritas àquelas previstas no objeto social definido na
data de sua constituição.

1.1.6.4 Cobrança de Performance para uma EFPC (Capítulo IX, art. 51)
Art. 51. A aplicação de recursos pela EFPC em fundos de investimentos ou em carteiras
administradas, quando os regulamentos ou contratos contenham cláusulas que tratem de taxa
de performance, está condicionada a que o pagamento da referida taxa atenda às seguintes
condições: I - rentabilidade do investimento superior a valorização de, no mínimo, cem por
cento do índice de referência; II - montante final do investimento superior ao capital inicial da
aplicação ou ao valor do investimento na data do último pagamento; III - periodicidade, no
mínimo, semestral; IV - forma exclusivamente em espécie; e V - conformidade com as demais
regras aplicáveis a investidores que não sejam considerados qualificados, nos termos da
regulamentação da CVM.

1.1.6.5 Controle e avaliação de riscos e sua fiscalização (Capítulo III, arts. 9 a


13)
16
Art. 9º Na aplicação dos recursos, a EFPC deve identificar, avaliar, controlar e monitorar os
riscos, incluídos os riscos de crédito, de mercado, de liquidez, operacional, legal e sistêmico, e a
segregação das funções de gestão, administração e custódia. Art. 10 A EFPC deve avaliar a
capacidade técnica e potenciais conflitos de interesse dos seus prestadores de serviços.
Parágrafo único. Sempre que houver alinhamento de interesses entre o prestador de serviços e
a contraparte da EFPC, esta deve se assegurar de que o prestador de serviços tomou os
cuidados necessários para lidar com os conflitos existentes. Art. 11 A EFPC deve adotar regras,
procedimentos e controles internos, observados o porte, a complexidade, a modalidade e a
forma de gestão de cada plano por ela administrado, que possibilitem que limites, requisitos,
condições e demais disposições estabelecidos nesta Resolução sejam permanentemente
observados.

Art. 12 A EFPC deve gerenciar os ativos de cada plano de forma a garantir o permanente
equilíbrio econômico-financeiro entre estes ativos e o passivo atuarial e demais obrigações do
plano. Art. 13 A EFPC deve acompanhar e gerenciar o risco e o retorno esperado dos
investimentos diretos e indiretos com o uso de modelo que limite a probabilidade de perdas
máximas toleradas para os investimentos. Parágrafo único. Até a implementação de modelo
próprio de monitoramento do risco mencionado no caput, a EFPC deve calcular a divergência
não planejada entre o resultado dos investimentos e o valor projetado para estes
investimentos.

1.1.6.6 Das vedações (Capítulo XI, art. 53)


Art. 53. É vedado à EFPC:

I - realizar operações entre planos por ela administrados, exceto nos casos de transferência de
recursos, desde que observadas as condições estabelecidas pelo CGPC ou pela SPC;

II - atuar como instituição financeira, salvo nos casos expressamente previstos nesta Resolução;

III - realizar operações de crédito com suas patrocinadoras;

IV - prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se de qualquer forma;

V - aplicar em ativos ou modalidades não previstas nesta Resolução;

VI - aplicar recursos em títulos ou valores mobiliários de companhias sem registro na CVM,


ressalvados os casos expressamente previstos nesta Resolução;

VII - aplicar recursos em companhias que não estejam admitidas à negociação nos segmentos
Novo Mercado, Nível 2 ou Bovespa Mais da BM&FBovespa, salvo se estas tiverem realizado sua
primeira distribuição pública em data anterior a 29 de maio de 2001;

VIII - realizar operações com ações fora de bolsa de valores ou mercado de balcão organizado
por entidade autorizada a funcionar pela CVM, exceto nas seguintes hipóteses:
a) distribuição pública de ações;

b) exercício do direito de preferência;

c) conversão de debêntures em ações;

d) exercício de bônus ou de recibos de subscrição;

17
e) casos previstos em regulamentação estabelecida pela SPC;e

f) demais casos expressamente previstos nesta Resolução.

IX - manter posições em mercados derivativos, diretamente ou por meio de fundo de


investimento:

a) a descoberto; ou

b) que gerem possibilidade de perda superior ao valor do patrimônio da carteira ou do fundo


de investimento;

X - realizar operações de compra e venda de um mesmo título, valor mobiliário ou contrato


derivativo em um mesmo dia (operações day trade), excetuadas as realizadas em plataforma
eletrônica ou em bolsa de valores ou de mercadorias e futuros, desde que devidamente
justificadas em relatório atestado pelo AETQ ou pelo administrador do fundo de investimento;
XI - aplicar no exterior por meio da carteira própria ou administrada, ressalvados os casos
expressamente previstos nesta Resolução; XII - locar, emprestar, tomar emprestado, empenhar
ou caucionar títulos e valores mobiliários, exceto nas seguintes hipóteses: a) depósito de
garantias em operações com derivativos no âmbito de cada plano de benefícios; b) operações
de empréstimos de títulos e valores mobiliários, nos termos do art. 24 desta Resolução; e c)
depósito de garantias de ações judiciais no âmbito de cada plano administrado pela EFPC; XIII -
atuar como incorporadora, de forma direta, indireta ou por meio de fundo de investimento
imobiliário; e XIV - adquirir ou manter terrenos, exceto aqueles destinados à realização de
empreendimentos imobiliários ou construção de imóveis para aluguel, renda ou uso próprio, e
desde que haja previsão na política de investimentos do plano de benefícios. § 1º As vedações
deste artigo se aplicam a carteira própria, carteira administrada, fundos de investimento e
fundos de investimento em cotas de fundo de investimento, incluindo aqueles que tem as suas
cotas tratadas como ativos finais, exceto:

I - aos fundos de investimento e fundos de investimento em cotas de fundos de investimento


classificados como dívida externa;

II - aos fundos de investimento em direitos creditórios e fundos de investimento em cotas de


fundos de investimento em direitos creditórios;

III - aos fundos de investimento e fundos de investimentos em cotas de fundos de investimento


em participações; e

IV - aos fundos de investimento em empresas emergentes. § 2º Para os fundos de investimento


imobiliário não se aplicam as vedações estabelecidas nos incisos V, VI e VII deste artigo. § 3º
Para os fundos de investimento e fundos de investimento em cotas de fundos de investimento
classificados como multimercado, incluídos no segmento de investimentos estruturados, não se
aplicam as vedações estabelecidas nos incisos VII, IX, X e XI.

1.2 Códigos ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas


1.2.1 Atribuições da ANBIMA: Condução dos Processos de Regulação e
Melhores Práticas das Instituições e dos Mercados
A observância dos princípios e regras dos Códigos de Regulação será obrigatória para as
Instituições Participantes, assim entendidas as instituições filiadas à ANBIMA, bem como as
18
instituições que, embora não associadas, expressamente aderirem ao Código mediante a
assinatura do competente termo de adesão.

Citamos abaixo um dos princiapais Códigos ANBIMA de Regulação.

1.2.1.1 Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para as Ofertas


Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários

O objetivo do presente código é estabelecer princípios e regras que deverão ser observados
pelas instituições participantes nas ofertas públicas de valores mobiliários, incluindo os
programas de distribuição, regulamentados pela Lei nº 6.385, de 07 de dezembro de 1976
(“Lei 6.385”), e pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM (“Ofertas Públicas”), com a
finalidade de propiciar a transparência e o adequado funcionamento do mercado.

1.2.1.2 Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Fundos de


Investimento

O objetivo deste Código de Regulação e Melhores Práticas é estabelecer parâmetros pelos


quais as atividades das instituições participantes abaixo definidas, relacionadas à constituição
e funcionamento de fundos de investimento, devem se orientar, visando, principalmente, a
estabelecer:

I. A concorrência leal;

II. A padronização de seus procedimentos;

III. A maior qualidade e disponibilidade de informações sobre fundos de investimento,


especialmente por meio do envio de dados pelas instituições participantes à ANBIMA;
e,

IV. A elevação dos padrões fiduciários e a promoção das melhores práticas do mercado.

1.2.1.3 Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de


Certificação Continuada

O objetivo do presente Código é estabelecer princípios e regras que deverão ser observados
pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que atuam nos mercados financeiros e de
capitais, buscando a permanente elevação de sua capacitação técnica, bem como a
observância de padrões de conduta no desempenho de suas respectivas atividades.

19
1.2.1.4 Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de
Produtos de Investimento no Varejo

Art. 1º. O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de
Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo (“Código”) é estabelecer, para as
instituições participantes abaixo definidas, os parâmetros relativos à atividade de Distribuição
de Produtos de Investimento no Varejo, com as seguintes finalidades:

I. Manter os mais elevados padrões éticos e consagrar a institucionalização das práticas


equitativas no mercado;

II. Estimular o adequado funcionamento da atividade de Distribuição de Produtos de


Investimento no Varejo;

III. Manter transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal


utilizado e as características do produto;

IV. Promover a qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na atividade


de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; e

V. Comprometer-se com a qualidade da atuação na distribuição de produtos e serviços.

1.3 Prevenção e Combate a Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de Bens,


Direitos e Valores

1.3.1 Legislação e regulamentação correlata (Lei 9.613/98, Circular Bacen


3.461/09, Lei 12.683/12 e suas alterações):
É considerado como lavagem de dinheiro ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização,
disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores proveniente, direta ou
indiretamente, de crimes antecedentes, conforme abaixo:
A caracterização do crime ocorre por meio dos seguintes crimes antecedentes:

* Tráfico de drogas;

* Terrorismo e seu financiamento;

* Contrabando ou tráfico de armas;

* Extorsão mediante sequestro;

* Contra a administração pública;

* Contra o Sistema Financeiro Nacional;

* Praticado por organização criminosa;

* Praticado por particular contra a administração pública estrangeira

20
Toda conversão de capital ilícito em capital aparentemente lícito ou ainda dinheiro originário
do ilícito e que passa a integrar a economia formal, como dinheiro lícito também é
considerado como lavagem de dinheiro.

1.3.1.1 Fases da Lavagem de dinheiro - “colocação”, “ocultação” e


“integração”
1. Colocação – a primeira etapa do processo é a colocação do dinheiro no sistema econômico.
Objetivando ocultar sua origem, o criminoso procura movimentar o dinheiro em países com
regras mais permissivas e naqueles que possuem um sistema financeiro liberal. A colocação se
efetua por meio de depósitos, compra de instrumentos negociáveis ou compra de bens. Para
dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas
sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamento dos valores que transitam
pelo sistema financeiro e a utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente
trabalham com dinheiro em espécie.

2. Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos


recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização
de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma
eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países
amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depósitos em contas abertas em nome de
"laranjas" ou utilizando empresas fictícias ou de fachada.

3. Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema


econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem
suas atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a
cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de dinheiro realiza-
se por meio de um processo dinâmico que requer: primeiro, o distanciamento dos fundos de
sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime; segundo, o disfarce de suas
várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; e terceiro, a
disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido suficientemente
movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado "limpo".

1.3.1.2 Quem está sujeito à lei e à regulamentação: abrangência, amplitude e


responsabilidades dos profissionais e das Instituições Financeiras e Não-
Financeiras (Lei 9.613, cap. V, art. 9º e Circular 3.461/09)
Sujeitam-se às obrigações da lei as pessoas jurídicas que tenham, em caráter permanente ou
eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:

* A captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em moeda


nacional ou estrangeira;

* A compra e venda de moeda estrangeira ou instrumento cambial;

* A custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação ou administração de


títulos e valores mobiliários.
21
Sujeitam-se às mesmas obrigações:

* As Bolsas de Valores e de mercadorias e futuros;

* As seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de previdência complementar e


capitalização;

* As administradoras de cartões de credenciamento ou cartões de crédito, bem como


administradoras de consórcios para aquisição de bens e serviços;

* As empresas de arrendamento mercantil (leasing) e as de fomento comercial (factoring);


* As pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como
agentes, dirigentes, procuradoras, comissionarias ou por qualquer forma representem os
interesses de estrangeiro que exerça qualquer das atividades acima;

* As pessoas jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de


bens imóveis;

* As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos, objetos de
arte e antiguidades;

* As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor ou exerçam
atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie.

1.3.1.3 Identificação dos clientes e da manutenção de registros (Lei 9.613, cap.


VI, art.10A e Circular 3.461/09)
Para a identificação dos Clientes, o cadastro deverá estar atualizado. Os registros das
transações dos Clientes deverão ser identificados em todas as operações em moeda nacional
ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais ou qualquer outro ativo
passível de ser convertido em dinheiro que ultrapassar limite fixado pelas autoridades
competentes.
As instituições participantes do mercado devem manter cadastros atualizados de seus Clientes,
registros das operações pro prazo mínimo de 5 (cinco) anos a partir do ano seguinte ao
encerramento da conta ou da conclusão da operação.
As instituições devem coletar de seus clientes permanentes informações que permitam
caracterizá-los ou não como pessoas politicamente expostas e identificar a origem dos fundos
envolvidos nas transações dos clientes assim caracterizados.

Devemos dispensar especial atenção às operações que nos termos de instruções emanadas
das autoridades competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos na
lei ou com eles relacionar-se, deverão comunicar, abstendo-se de dar aos Clientes ciências de
tal ato, no prazo de 24 horas às autoridades competentes.

22
1.3.1.4 Da Comunicação de Operações Financeiras (Lei 9.613, cap. VII)

Veja o quadro abaixo:

ENTIDADE COMUNICAÇÃO AO ÓRGÃO COMPETENTE

Instituição Financeira BACEN – Banco Central do Brasil

Funcionário Órgão competente da sua Instituicão Financeira

1.3.1.5 Políticas e procedimentos de prevenção/combate ao crime de lavagem


de dinheiro - Organismos nacionais e de cooperação internacional. A
Convenção de Viena e o Decreto n.154/91 (Lei 9.613, cap. IX e Circular
3.461/09)
As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil devem implementar políticas e procedimentos internos de controle destinados a
prevenir sua utilização na prática dos crimes de que trata a Lei nº 9.613/98.
Tais políticas devem:

- especificar, em documento interno, as responsabilidades dos integrantes de cada nível


hierárquico da instituição;

- definir os critérios e procedimentos para seleção, treinamento e acompanhamento da


situação econômico-financeira dos empregados da instituição;

- contemplar a coleta e registro de informações sobre clientes e que permitam a identificação


dos riscos identificados na lei;

- incluir análise prévia de todo produto e serviço novo sob a ótica da lei;

- ser aprovada pelo conselho de administração da instituição;

- receber ampla divulgação interna.

Assim como os procedimentos necessários também devem confirmar todas as informações


cadastrais dos clientes e identificar os beneficiários finais das operações. Ainda devem
possibilitar a caracterização das pessoas politicamente expostas.

Obs.: Em caso de estrangeiros considera-se pessoa politicamente exposta indivíduos em


posições ou categorias que exerce ou exerceu importantes funções públicas em país
estrangeiro, tais como, chefes de estado e de governo, políticos de alto nível, altos servidores
23
dos poderes públicos, magistrados ou militares de alto nível, dirigentes de empresas públicas
ou de partidos políticos.

No Brasil, o organismo nacional responsável para disciplinar e aplicar penas administrativas é o


COAF e o organismo internacional é o GAFI.

O Brasil engajou-se nesta luta contra o crime organizado e em Março de 1998 deu mais um
passo em direção ao reconhecimento da necessidade de corroborar com a comunidade
internacional com atitudes internas que pudessem ter resultados eficazes.

A Lei 9.613/1998 criou o COAF, órgão no âmbito do Ministério da Fazenda, que tem como
principal tarefa promover um esforço conjunto por parte dos vários órgãos governamentais do
Brasil que cuidam da implementação de políticas nacionais voltadas para o combate aos
crimes de lavagem de dinheiro, evitando que setores da economia continuem sendo utilizados
nessas operações ilícitas.

COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras tem a finalidade de disciplinar, aplicar


penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades
ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades.
O principal organismo internacional é o GAFI - Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de
Dinheiro e Financiamento do Terrorismo.

A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável não superior:

a) ao dobro do valor da operação;


b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da
operação; ou
c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);

As instituições devem manter registros de todos os serviços financeiros prestados e de todas


as operações financeiras realizadas com os clientes ou em seu nome.
Atentando para os valores:
- das operações que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado financeiro ou grupo,
em um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor
de R$ 10.000,00 (dez mil reais);

- das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem de pagamento, de ordem de


pagamento, de Documento de Crédito (DOC), de TED e de outros instrumentos de
transferência de recursos, quando de valor superior a R$ 1.000,00 (mil reais);

- em recarga ou emissão de valores em um ou mais cartões pré-pagos, em montante


acumulado igual ou superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou o equivalente em moeda
estrangeira, no mês calendário;

- depósito em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de


provisionamento para saque, ou de qualquer outro instrumento de transferência de fundos
contra pagamento em espécie, de valor igual ou superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
24
Todos os valores acima se referem à movimentação normal, ou seja, sem apresentar indícios
de ocultação ou dissimulação da natureza, da origem, da localização, da movimentação ou da
propriedade de bens e direitos.

1.3.2 Aplicação do princípio “Conheça seu cliente”:

1.3.2.1 Função do cadastro e implicações de um cadastro desatualizado.


Análise da capacidade financeira do cliente
O procedimento de Conheça seu Cliente é uma recomendação do Comitê de Basiléia, na qual
os bancos devem estabelecer um conjunto de regras e procedimentos bem definidos com o
objetivo de “Conhecer Seu Cliente, buscando identificar e conhecer a origem e constituição do
patrimônio e dos recursos financeiros do cliente”.

É um elemento crítico na administração dos riscos bancários e a aplicação de uma adequada


política de Conheça seu Cliente ajuda a proteger a reputação e a integridade das instituições e
do sistema bancário, reduzindo a possibilidade dos bancos se tornarem veículos ou vítimas de
crimes financeiros.

São procedimentos que devem ser realizados na forma de uma due dilligence sobre o cliente,
com o objetivo de conhecer detalhes da sua vida pessoal e profissional, dando maior
segurança às informações apresentadas pelo cliente na Ficha Cadastral.

Em algumas instituições, o Conheça seu Cliente é preparado e atualizado por um


departamento diferente ao do Cadastro. Não existe entretanto, uma determinação legal
relativa à competência/responsabilidade sobre isto, facultando-se desta forma a cada
instituição determinar seus próprios procedimentos.

Obs.: O cadastro deverá ser mantido e conservado durante o período mínimo de 5 anos
contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do encerramento das contas ou
conclusão da operação.

1.3.2.2 O princípio “Conheça seu cliente” como forma de proteção da


Instituição Financeira e do profissional
As Instituições Financeiras devem comunicar aos órgãos responsáveis qualquer indício de
lavagem de dinheiro identificado. A iniciativa de comunicação parte do profissional, que tem
um contato direto com o cliente e sua respectiva movimentação de recursos. Mantendo os
dados atualizados e realizando a comunicação aos órgãos competentes, tanto a instituição
financeira como os profissionais estão protegidos perante a lei, ficando isentos de
corresponsabilidades, pois a lei garante que as comunicações de boa-fé não acarretarão
responsabilidade civil ou administrativa.

1.4 Normas e Padrões Éticos

1.4.1 Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98, Artigo 1º. Segregação de


atividades de forma a evitar possíveis conflitos de interesses (Chinese Wall),
25
também conhecido como Barreira de Informação e definição de
responsabilidades: Artigo 2º. Política de segurança da informação: Artigo 2º IV
e VII

Art. 1º Determinar às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar


pelo Banco Central do Brasil a implantação e a implementação de controles internos voltados
para as atividades por elas desenvolvidas, seus sistemas de informações financeiras,
operacionais e gerenciais e o cumprimento as normas legais e regulamentares a elas
aplicáveis.
- Parágrafo 1º Os controles internos, independentemente do porte da instituição, devem ser
efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e risco das operações por ela realizadas.
- Parágrafo 2º São de responsabilidade da diretoria da instituição:
I - a implantação e a implementação de uma estrutura de controles internos efetiva mediante
a definição de atividades de controle para todos os níveis de negócios da instituição;
II - o estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos
III - a verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos procedimentos definidos em
função do disposto no inciso II.

Art. 2º Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos os funcionários da
instituição de forma a assegurar sejam conhecidas a respectiva função no processo e as
responsabilidades atribuídas aos diversos níveis da organização, devem prever:
I - a definição de responsabilidades dentro da instituição;
II - a segregação das atividades atribuídas aos integrantes da instituição de forma a que seja
evitado o conflito de interesses, bem como meios de minimizar e monitorar adequadamente
áreas identificadas como de potencial conflito da espécie;
III - meios de identificar e avaliar fatores internos e externos que possam afetar adversamente
a realização dos objetivos da instituição;
IV - a existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários, segundo o
correspondente nível de atuação, o acesso a confiáveis, tempestivas e compreensíveis
informações consideradas relevantes para suas tarefas e responsabilidades;
V - a contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da instituição;
VI - o acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas, de forma a que se possa
avaliar se os objetivos da instituição estão sendo alcançados, se os limites estabelecidos e as
leis e regulamentos aplicáveis estão sendo cumpridos, bem como a assegurar que quaisquer
desvios possam ser prontamente corrigidos;
VII - a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em
especial para os mantidos em meio eletrônico.

Parágrafo 1º Os controles internos devem ser periodicamente revisados e atualizados, de


forma a que sejam a eles incorporadas medidas relacionadas a riscos novos ou anteriormente
não abordados.

Parágrafo 2º A atividade de auditoria interna deve fazer parte do sistema de controles


internos.

Parágrafo 3º A atividade de que trata o parágrafo 2º, quando não executada por unidade
26
específica da própria instituição ou de instituição integrante do mesmo conglomerado
financeiro, poderá ser exercida:
I - por auditor independente devidamente registrado na Comissão de Valores Mobiliários -
CVM, desde que não aquele responsável pela auditoria das demonstrações financeiras;

II - pela auditoria da entidade ou associação de classe ou de órgão central a que filiada a


instituição;

III - por auditoria de entidade ou associação de classe de outras instituições autorizadas a


funcionar pelo Banco Central, mediante convênio, previamente aprovado por este, firmado
entre a entidade a que filiada a instituição e a entidade prestadora do serviço.

Parágrafo 4º No caso de a atividade de auditoria interna ser exercida por unidade própria,
deverá essa estar diretamente subordinada ao conselho de administração ou, na falta desse, à
diretoria da instituição.
Parágrafo 5º No caso de a atividade de auditoria interna ser exercida segundo uma das
faculdades estabelecidas no parágrafo 3º, deverá o responsável por sua execução reportar-se
diretamente ao conselho de administração ou, na falta desse, à diretoria da instituição.
Parágrafo 6º As faculdades estabelecidas no parágrafo 3º, incisos II e III, somente poderão ser
exercidas por cooperativas de crédito e por sociedades corretoras de títulos e valores
mobiliários, sociedades corretoras de câmbio e sociedades distribuidoras de títulos e valores
mobiliários não integrantes de conglomerados financeiros.

Política de segurança da informação: Artigo 2º IV e VII

IV - a existência de canais de comunicação que assegurem aos funcionários, segundo o


correspondente nível de atuação, o acesso a confiáveis, tempestivas e compreensíveis
informações consideradas relevantes para suas tarefas e responsabilidades;
VII - a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em
especial para os mantidos em meio eletrônico.

1.4.2 Utilização indevida de informações privilegiadas (contexto de negociação


- mercado primário e secundário em renda fixa e renda variável – valorização
de cotas em fundos de investimento, manipulação de preços)

Chamado de INSIDER no Mercado de Ações, ele tem informações privilegiadas da empresa que
trabalha e passa essas informações para outros contatos ou usa para o próprio bem.

Um exemplo mais claro de INSIDER seria eu trabalhando em algum Banco, na área estratégica
e em meio a algumas reuniões decidíssemos adquirir um outro Banco. Esse tipo de informação
é muito valiosa.

Como sou dos primeiros a saber dessa compra, posso me antecipar e comprar muitas ações do
banco que será adquirido antes da informação ser divulgada no mercado.

Certamente quando for divulgada a compra do banco, suas ações irão disparar em instantes.
Com isso realizo meu lucro absurdamente alto em um espaço de tempo curtíssimo.
27
Existem diferentes tipos de informações privilegiadas – as relacionadas a informações sobre
empresas e suas atividades além das relacionadas a movimentações financeiras em operações
realizadas nos mercados organizados e de balcão.

Nas situações que uma pessoa, seja ela física ou jurídica, de posse de informações antecipadas,
obtenha proveito delas em beneficio próprio ou para terceiros, caracteriza-se como utilização
de informações privilegiadas.

Estudaremos agora dois tipos distintos destas informações: o Insider Trader e o Front Runner.

1.4.2.1 Insider trading e inside Information

Somente possuir informações privilegiadas ou ter acesso a elas não caracteriza o insider
trading. É necessário que delas se faça uso no mercado de valores mobiliários em proveito
próprio ou de terceiros. É ilegal usar informações privilegiadas para obter ganhos no mercado
financeiro. Desta forma, um diretor financeiro de uma determinada empresa não pode
negociar no mercado de capitais ações da companhia que dirige com base em informações
que não sejam públicas. Em geral, o insider trading aparece ligado aos mercados de ações,
futuros e opções, justamente quando ocorre um negócio irregular feito por quem tem esta
informação privilegiada ou foi orientado por insider.

1.4.2.2 Front running


A prática de "Front running" consiste em realizar operações antecipadamente às operações
principais. Neste caso surge o chamado conflito de ordens de compra e venda de produtos de
investimento se a situação não for adequadamente administrada. Trata-se de utilização
indevida de informações privilegiadas.

Resumo

* Insider Trader

Obter conhecimento de uma informação privilegiada a ponto de influenciar o valor do ativo.

* Front Runner

Realizar operações antecipadamente de posse das informações privilegiadas.

1.4.2.3 Confidencialidade

A confidencialidade e o dever de sigilo estão relacionados às informações sobre operações


realizadas pelos Clientes, bem como a informações cadastrais e movimentações financeiras.
Porém há também situações em que é possível quebrar a confidencialidade, normalmente sob
pedido judicial ou do próprio investidor.

28
1.4.2.4 Conflito de interesses
Configura um potencial um conflito como por exemplo a execução de ordens de compra ou
venda de produtos de investimento para Clientes e para a carteira própria da instituição
administradora de fundos. Aqui entra a necessidade de segregação de atividades (chinese
wall) de forma a assegurar a independência na tomada de decisões.

1.4.3 Código de Distribuição de Produtos no Varejo

1.4.3.1 Propósito e Abrangência (Cap. I)


Art. 1º. O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de
Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo (“Código”) é estabelecer, para as
instituições participantes abaixo definidas, os parâmetros relativos à atividade de Distribuição
de Produtos de Investimento no Varejo, com as seguintes finalidades:

I. Manter os mais elevados padrões éticos e consagrar a institucionalização das práticas


equitativas no mercado;

II. Estimular o adequado funcionamento da atividade de Distribuição de Produtos de


Investimento no Varejo;

III. Manter transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal


utilizado e as características do produto;

IV. Promover a qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na atividade


de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; e

V. Comprometer-se com a qualidade da atuação na distribuição de produtos e serviços.

1.4.3.2 Princípios Gerais (Cap. II)


Art. 8º. As instituições participantes devem observar os seguintes princípios e regras no
desempenho da Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo:

I. Adotar práticas que promovam a transparência na relação com o Investidor;

II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o
cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de
seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que
venham a ser cometidas;

III. Efetuar prévia e criteriosa análise quando contratar serviços de terceiros; e

IV. Evitar práticas que possam vir a prejudicar o mercado de Distribuição de Produtos de
Investimento no Varejo.

1.4.3.3 Exigências mínimas (Cap. III)


29
Art. 9º. As instituições participantes, para desempenho da Atividade de Distribuição de
Produtos de Investimento no Varejo, devem, no mínimo:

I. Estar habilitadas para distribuir Produtos de Investimento, nos termos da


regulamentação em vigor;

II. Prestar informações adequadas sobre os Produtos de Investimento, buscando atender a


padrões mínimos de informações aos Investidores, determinados pela legislação,
regulação e autorregulação aplicáveis, visando esclarecer, no mínimo, os riscos
relacionados ao investimento;

III. Adotar procedimentos formais de “conheça seu cliente” (KYC) compatíveis com o porte,
volume de transações, natureza e complexidade dos Produtos de Investimento da
instituição participante, com o objetivo de contribuir para o aprimoramento das
melhores práticas que dispõem sobre a prevenção aos crimes de lavagem de dinheiro ou
ocultação de bens, direitos e valores (PLD), buscando o monitoramento contínuo das
transações, de modo a identificar aquelas que são suspeitas e/ou incompatíveis com o
patrimônio e/ou renda do Investidor;

IV. Adotar procedimentos formais que possibilitem verificar a adequação dos Produtos de
Investimento ao perfil do Investidor (API), nos termos do Capítulo VI deste Código;

V. Indicar profissional (ais) responsável(eis) pela atividade de distribuição de Produtos de


Investimento no varejo, especificando a respectiva área de atuação, a quem incumbirá
assegurar a estrita observação e aplicação das regras e normas previstas neste Código,
bem como as políticas internas de cada instituição participante;

VI. Possuir profissionais de atendimento dedicados à Atividade de Distribuição de Produtos


de Investimento no Varejo que sejam devidamente certificados, conforme disposto no
Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação
Continuada;

VII. Possuir política interna de capacitação da equipe envolvida na Atividade de Distribuição


de Produtos de Investimento no Varejo, que preveja, no mínimo:

a. Conteúdo do Código de Ética;

b. Conteúdo das políticas de investimentos pessoais e de segurança da informação;

c. Procedimentos aplicados para PLD e para KYC, nos termos do inciso III deste artigo;

d. Regras e princípios deste Código, especialmente no que se refere aos procedimentos


formais de API previstos no Capítulo VI, bem como às demais normas aplicadas à Atividade
de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; e

30
e. Treinamento contínuo dos seus funcionários ("Programa de Treinamento") e prazo de
atualização deste programa.

VIII. Disponibilizar aos seus funcionários e colaboradores envolvidos na Atividade de


Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo o Código de Ética adotado pela
instituição participante;

IX. Disponibilizar aos seus funcionários e colaboradores envolvidos na Atividade de Distribuição


de Produtos de Investimento no Varejo política de investimentos pessoais;

X. Possuir política de segurança da informação, conforme critérios adotados por cada


instituição, incluindo, gerenciamento de senhas e acessos a redes, sistemas, incluindo canal
de relacionamento eletrônico com o cliente, tais como, home banking ou e-mail
criptografado;

XI. Possuir documento que contenha a metodologia utilizada para verificar os procedimentos
de API ; e

XII. Adotar Plano de Continuidade de negócios, atualizado e devidamente documentado.

§ 1º. As instituições participantes que desempenham a atividade de Distribuição de Produtos


de Investimento no Varejo devem manter área(s) ou profissional(is) responsáveis pelas
atividades de compliance, com a isenção necessária para o cumprimento do seu dever,
sendo esta atividade entendida, para fins deste Código, como as ações preventivas visando
ao cumprimento das Leis, regulamentações e princípios corporativos aplicáveis, de modo a
garantir as boas práticas de mercado e o atendimento dos requisitos constantes deste
Código.

§ 2º. As instituições participantes deverão registrar na ANBIMA, quando de sua adesão,


correspondência assinada pelo profissional responsável pela Atividade de Distribuição de
Produtos de Investimento no Varejo explicando e/ou evidenciando como a sua instituição
atende às exigências previstas nos incisos “I” a “XII” deste artigo, bem como assegurar a
disponibilidade dos documentos que atestam o atendimento destas exigências.

§ 3º. A instituição participante que contratar agente(s) autônomo(s) de investimento (AAI ou


AAIs) devidamente autorizado(s) pela CVM para a distribuição e mediação de valores
mobiliários, deve celebrar contrato entre as partes incluindo a obrigação ao(s) AAIs de
cumprir tais tarefas em conformidade com as disposições deste Código.

§ 4º. Caberá ao Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes que deverão ser
observadas pelas instituições participantes no que se refere à contratação e manutenção
das atividades de AAI.

31
1.4.3.4 Da publicidade e divulgação dos produtos de investimento (Cap. IV)
Art. 10 - A divulgação de publicidade e material técnico elaborado pelas instituições
participantes deve obedecer às disposições da legislação, regulação e autorregulação vigente
aplicável a cada produto de investimento, podendo o Conselho de Regulação e Melhores
Práticas expedir diretrizes específicas sobre o tema.

§ 1º. Quando houver a divulgação, nos termos do caput deste artigo, deverão ser observadas
as regras específicas de publicidade previstas nos demais Códigos de Regulação e Melhores
Práticas da ANBIMA para cada Produto de Investimento.

§ 2º. Os conceitos estabelecidos neste capítulo destinam-se, exclusivamente, às relações entre


as instituições participantes e seus investidores, não sendo aplicável nas relações restritas
entre as instituições participantes e seus funcionários, ou entre as próprias instituições
participantes.

Art. 11 - Todo o material utilizado para publicidade dos Produtos de Investimento é de


responsabilidade de quem o divulga, inclusive no que se refere à conformidade de tal material
com as normas do presente Código. Caso a divulgação seja feita por um prestador de serviço,
este deve obter, antes da divulgação, aprovação expressa da instituição participante.

Art. 12 - As instituições participantes devem, no que diz respeito à publicidade e divulgação de


material técnico de Produtos de Investimento:

I. Envidar seus melhores esforços no sentido de produzir publicidade ou material técnico


adequado ao seu público-alvo, minimizando incompreensões quanto ao seu conteúdo, e
privilegiando informações necessárias para a tomada de decisão;

II. Buscar transparência e clareza das informações, fazendo uso de linguagem adequada ao
público-alvo, no intuito de embasar a decisão do Investidor;

III. Conter informações alinhadas com a documentação do produto, quando for o caso; e

IV. Zelar para que não haja qualificações injustificadas, superlativos não comprovados,
opiniões ou previsões para as quais não exista uma base técnica, promessa, garantia de
resultados futuros ou isenção de risco para o Investidor, quando isso não refletir a realidade
do produto.

§1º. Os Produtos de Investimento de mesma natureza podem ser comparados, desde que
sejam informadas simultaneamente as datas, os períodos, a fonte das informações utilizadas,
os critérios de comparação adotados e demais informações consideradas relevantes para
adequada avaliação pelo Investidor dos dados comparativos divulgados.

§2º. É vedada a divulgação de comparativo entre Produtos de Investimento de diferentes


instituições, diferentes natureza e/ou categoria diversa.

Art. 13 - Toda publicidade, exceto aquela veiculada em rádio ou short message servic (SMS),
deve obedecer às seguintes regras na divulgação de avisos ao Investidor:

I. Publicidade que não possua selo ANBIMA proveniente das regras estabelecidas para o
Produto de Investimento deve adicionar aviso com a seguinte redação: ESTA INSTITUIÇÃO É
32
ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA ATIVIDADE DE
DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO NO VAREJO

II. Publicidade que faça referência a histórico de rentabilidade, ou menção a sua performance,
deve adicionar aviso com a seguinte redação, quando aplicável: A RENTABILIDADE DIVULGADA
NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS

III. Publicidade que mencione Produto de Investimento que não possua a garantia do Fundo
Garantidor de Crédito, adicionar aviso com a seguinte redação: TRATA-SE DE UMA
MODALIDADE DE INVESTIMENTO QUE NÃO CONTA COM A GARANTIA DO FUNDO
GARANTIDOR DE CRÉDITO – (FGC)

IV. Publicidade que divulgue simulação de rentabilidade, adicionar aviso com a seguinte
redação: AS INFORMAÇÕES PRESENTES NESTE MATERIAL SÃO BASEADAS EM SIMULAÇÕES E
OS RESULTADOS REAIS PODERÃO SER SIGNIFICATIVAMENTE DIFERENTES.

§1º. No uso de mídia impressa e por meios digitais escritos, nos termos deste artigo, a escolha
do tamanho do texto e a localização dos avisos e informações devem ser feitas de forma a
permitir sua clara leitura e compreensão.

§2º. No caso de mídia áudio visual, inclusive digital, os avisos e informações aplicáveis devem
ser objeto de pausada leitura por tempo adequado para o claro entendimento de seus dizeres
ou de exposição em formato, e durante tempo suficiente para permitir a leitura de seu
conteúdo.

Art. 14 - Não são considerados como Publicidade, para efeitos deste Código:

I. A menção a investimentos como um dos produtos da instituição participante, ou de


empresas do mesmo conglomerado ou grupo econômico da instituição participante, sem a
descrição ou especificação de um Produto de Investimento;

II. Materiais relacionados a dados cadastrais, destinados unicamente à comunicação de


alterações de endereço, telefone pessoal, denominação, ou outras informações de simples
referência para o Investidor;

III. Materiais que se restrinjam às informações obrigatórias, exigidas por lei ou por norma
expedida pelas autoridades reguladoras ou autorreguladoras, como, por exemplo,
regulamentos, prospectos, formulários de referência, avisos ao mercado, comunicados ao
mercado, anúncio de início e anúncio de encerramento de distribuição e questionários de
análise do perfil do Investidor;

IV. Informações que atendam a solicitações específicas de determinado Investidor;

V. Materiais de cunho estritamente jornalístico, inclusive entrevistas, divulgadas em quaisquer


meios de comunicação; e

VI. Saldos, extratos e demais materiais destinados à simples apresentação de posição


financeira, movimentação e rentabilidade, desde que restrito a estas informações ou
assemelhadas.

Art. 15 – Sem prejuízo das demais regras dispostas neste código, todo material de publicidade
33
quando direcionado a um único Produto de Investimento deve possuir o seguinte conteúdo
mínimo sobre o produto:

I. Público-alvo;

II. Classificação de risco nos termos do artigo 9º, inciso II deste Código;

III. Características do produto;

IV. Informações sobre os canais de atendimento; e

V. Endereço para o portal de educação financeira da ANBIMA “Como Investir”


(www.comoinvestir.com.br) e/ou portal de educação financeira da instituição participante,
quando se tratar de material de publicidade disponibilizado na internet.

§1º. A classificação de risco prevista no inciso II deste artigo não se aplica a cotas de fundos de
investimento; neste caso, deve ser observada a Deliberação ANBIMA de Escala de Risco para
Fundos de Investimento.

§2º. Nas agências e dependências das instituições participantes, deve-se manter a disposição
dos interessados material impresso, ou passível de impressão, atualizado, com o mesmo
conteúdo mínimo disposto neste artigo e informações sobre os canais de atendimento.

1.4.3.5 Dever de verificar a adequação do perfil do investidor – API (Cap. VI)


O mercado financeiro possui uma infinidade de ativos e produtos diferentes, cada um com
características bem particulares. O investidor vê-se diante de muitas opções e uma pergunta.
Qual é o mais indicado para si?

Os bancos e corretoras criaram uma forma de ajudar o investidor a descobrir os melhores


produtos para aplicar seus recursos. O procedimento foi batizado de Análise de Perfil do
Investidor (API). Em geral, trata-se de um questionário onde os clientes respondem sobre sua
condição financeira, idade, quantidade de recursos que disponibilizam para investir, para que
pretendem utilizar o capital que estão investindo, em quanto tempo etc.

As respostas agrupadas mostram o seu perfil de investidor e, em alguns casos, já sugerem em


quais produtos você pode alocar que fatias do seu capital. Isso dá mais segurança para o
cliente, no momento de ele investir seus recursos.

No exterior, a API é conhecida como suitability e é bastante aplicada em países onde o


mercado de investimentos é maduro.

O “Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para os Fundos de Investimento”,


divulgado em janeiro de 2008, passou a contemplar as regras de Suitability. No Brasil os
Bancos adotaram o nome de API – Análise de Perfil do Investidor.

Fatores que determinam o perfil do investidor.


- Idade;
- Valor disponível para investir;
- Horizonte de investimento;

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- Finalidade do investimento;
- Tolerância ao risco; e
- Experiência com investimentos.

Adequação de produtos em função do perfil do investidor

A Análise do Perfil do Investidor é feita por meio de um questionário, que deverá conter os
fatores que determinam o perfil de risco, que por meio de suas respostas receberá a indicação
de um dos perfis abaixo:
. Conservador
. Moderado sem Renda Variável
. Moderado com Renda Variável
. Dinâmico
. Arrojado

Cada perfil carrega consigo uma simulação de carteira que poderá estar dividida em até 3
partes, levando-se em conta a sua composição de risco.

- Produtos de Baixo Risco


- Produtos de Médio Risco
- Produtos de Alto Risco

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