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Supondo que o apenado esteja cumprindo apenas uma execução, o cálculo de comutação é
feito sobre essa sem nenhum problema.
Todavia, quando o apenado tiver mais de uma execução, o procedimento correto, como fala a
norma, é aplicar a comutação sobre a soma das penas, ou seja, sobre o total de pena.
Ocorre, entretanto, que nem todas as execuções que nos chegaram possuíam cálculo
realizado, ou, ainda, uma segunda execução juntou-se a primeira após a chegada na Comarca.
Assim, penso que o mais acertado a se fazer é da seguinte forma: vamos aqui imaginar que o
sentenciado cumpre uma pena, na qual obteve progressão (RA ou LC).
Logo em seguida, autua-se nova execução, também no regime aberto mas, por algum motivo,
não fora realizada a soma das penas e o condenado continua a cumprir sua pena no aberto ou
LC.
Como a Execução que se encontra aqui não foi somada a pena e a norma fala que a
Comutação deve ser aplicada sobre a soma das penas, chegamos ao seguinte problema.
Como aplicar a comutação sobre a soma, se o sentenciado nem começou a cumprir a segunda
execução?
Penso que, como ainda não houve a soma, a comutação deve ser aplicada somente sobre a
primeira execução. Isso porque, com a soma, poderia ocorrer a mudança de regime
(semiaberto ou fechado)
E mais, como comutar uma pena, subtrair uma pena que ainda nem começou a ser cumprida?
Assim, smj, penso que, não tendo sido feita a soma em momento apropriado, primeiro aplica-
se a comutação sobre a primeira pena. Após o cálculo, concede-se a comutação e aplica a
soma. Com a soma, verifica-se se o sentenciado manterá o mesmo regime.
O que o Sr acha?