Regime transitório
Sydeney Araujo
Copyright
c 19 de abril de 2016
P UBLISHED BY P UBLISHER
I Primeiro Estágio
1 Grandezas elétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1 Definições 11
1.1.1 Carga elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1.2 Tensão elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1.3 Corrente elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1.4 Elemento básico ideal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.1.5 Potência elétrica instantânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.1.6 O valor médio das grandezas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2 Polaridades de referência e expressões de potência para um ele-
mento básico ideal 14
4 Leis de Kirchhoff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.1 Definições 23
4.2 Lei de Kirchhoff das tensões[LKT] 23
4.3 Lei de Kirchhoff das correntes[LKC] 24
4.4 Uso das leis de Kirchhoff e Ohm 24
II Segundo Estágio
7 Indutância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
7.1 Definições 61
7.2 Equivalência de Hopkingson e lei de Ohm para circuitos magnéti-
cos 62
7.3 Indutância 62
7.3.1 Indutância própria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
7.3.2 Indutância mútua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
7.4 Indutor 65
7.5 Determinação da polaridade de acoplamento 66
7.5.1 Forma de bobinamento conhecida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
7.5.2 Forma de bobinamento desconhecida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
7.5.3 Regra do ponto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
7.6 Associação de indutores 67
7.6.1 Indutores não acoplados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
7.6.2 Indutores acoplados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
8 Capacitância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
8.1 Definições 75
8.2 Capacitor 75
8.2.1 Associação em série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
8.2.2 Associação em paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
V Bibliografia
I
Primeiro Estágio
1 Grandezas elétricas . . . . . . . . . . . . . 11
1.1 Definições
1.2 Polaridades de referência e expressões de po-
tência para um elemento básico ideal
4 Leis de Kirchhoff . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.1 Definições
4.2 Lei de Kirchhoff das tensões[LKT]
4.3 Lei de Kirchhoff das correntes[LKC]
4.4 Uso das leis de Kirchhoff e Ohm
1.1 Definições
1.1.1 Carga elétrica
Definição 1.1.1 — Carga elétrica. A carga é uma propriedade física fundamental
que determina as interações eletromagnéticas entre as partículas. Por convenção, as
cargas podem ser positivas ou negativas e agem exercendo forças umas sobre as outras,
sendo essas forças de atração, no caso de cargas de sinais contrários, e repulsão no caso
de cargas de mesmo sinal. A unidade de medida da carga no SI é o Coulumb(C). Um
elétron tem carga elétrica negativa com o valor e = 1, 602x10−19C.
dq
i= (1.2)
dt
Onde i é a corrente (A), dq é o elemento diferencial de carga (C) e dt é o elemento
diferencial de tempo (s).
O sentido convencional de corrente considera a movimentação de cargas positivas e
o sentido real de corrente leva em consideração a movimentação de cargas negativas. Na
convenção passiva, o sinal da potência instantânea em um determinado elemento deve
ser positivo se a corrente estiver no mesmo sentido da queda de potencial deste elemento,
indicando assim um consumo de energia. O sinal atribuído à potência instantânea do
elemento, no caso em que a corrente e a queda de potencial estiverem em direções
opostas, deve ser negativo, indicando, de maneira análoga, um fornecimento de energia.
i
+
v
−
Figura 1.1: Elemento básico ideal
dω
p(t) = (1.3)
dt
Onde p é a potência, dω o elemento diferencial de energia e dt o elemento diferencial
de tempo. Pela regra da cadeia, temos:
dω dω dq
p(t) = = = v(t)i(t) (1.4)
dt dq dt
Zb
1
fm = f (z) = f (t)dt
b−a
a
Exemplo 1.1 A função descrita pelo gráfico da figura 1.2 é periódica com o período
T = 2s e tem sua descrição algébrica dada por:
nT
1, se t ≤
2
− 1, se nT < t ≤ 3nT
f (t) = 2 4 (1.5)
3nT
0, se < t ≤ nT
4
n ∈ (1, 2, 3, 4...)
Zb ZT
1 1
fm = f (t)dt = f (t)dt (1.6)
b−a T
a 0
Z2 Z1 Z1.5 Z2
1 1
fm = f (t)dt = ( 1dt + −1dt + 0dt) (1.7)
2 2
0 0 1 1.5
14 Capítulo 1. Grandezas elétricas
1 1 1.5 1 1
fm = (t − t ) = (1 − 0 − 1.5 + 1) = (1.8)
2 0 1 2 4
i i
+ +
v v
− −
(a) p = vi (b) p = v(−i)
i i
− −
v v
+ +
(c) p = (−v)i (d) p = (−v)(−i)
2.1 Definição
2.1.1 Fonte de tensão ideal independente
Definição 2.1.1 Uma fonte de tensão ideal independente mantém uma diferença de
potencial em seus terminais independente da carga instalada.
2.2 Representação
+ + +
v − i µvx − ρix − αvx β ix
16 Capítulo 2. Fontes de tensão e corrente
v2 v3
−
+
−
+
+
v1 −
v2 v3
−
+
−
+
− v4
+
v1 −
+
+
−
v5
5
Figura 2.2: Permissível se ∑ vα = 0
α=1
i1 i2 i3
− v1
+
v1 −
+
i1
i1
A resistência elétrica dos materiais pode variar com a temperatura, com energia lu-
minosa, e com outras propriedades do material, tais como área de secção transversal,
comprimento e a resistividade. A resistividade corresponde à resistência elétrica que uma
unidade de volume de material oferece ao fluxo de cargas e é própria de cada material. A
resistência é medida em Ohm(Ω) e pode ser calculada em função do comprimento l(m),
da resistividade ρ(Ωm) e da área do material A(m2 ) da forma que segue:
ρl
R= (3.1)
A
3.1.2 Resistor
Um resistor é um componente eletrônico que tem por finalidade oferecer oposição à
passagem de uma corrente. Por ser um elemento que não acumula energia, toda a potência
entregue a este tipo de componente é dissipada em forma de calor, como é descrito pelo
e f eito Joule. Esta propriedade permite a utilização de resistores na conversão de energia
elétrica em energia térmica.
Resistores, devido às propriedades dos materiais de variar a resistência em função
de outras grandezas, podem ser utilizados na construção de sensores, como no caso dos
termistores, dos Light Dependent Resistors (LDR’s) e alguns sensores de força. Na figura
3.1 é possível observar alguns tipos de resistores e seu símbolo de acordo com a norma
americana.
20 Capítulo 3. Resistência elétrica e Lei de Ohm
v = Ri (3.2)
Onde v(V ) é a tensão nos terminais do resistor, R(Ω) a resistência elétrica e i(A) a
corrente elétrica que passa em seu ramo. Com esta relação linear, aumentar a corrente
implica em um aumento de tensão e, consequentemente, um aumento na potência e no
consumo de energia.
Como resistores não acumulam nem podem fornecer energia, sua potência tende sempre
a ser positiva, indicando consumo. Com isso, o sentido associado de corrente e tensão para
esse tipo de elemento estabelece que a corrente que circula precisa, necessariamente, ter o
mesmo sentido da queda de tensão.
p = Ri2 (3.3)
v2
p= = Gv2 (3.4)
R
4. Leis de Kirchhoff
4.1 Definições
Definição 4.1.1 — Circuito planar. Circuito que pode ser desenhado em um plano
sem que dois ou mais ramos se cruzem.
Definição 4.1.2 — Nó. Ponto de conexão entre dois ou mais terminais de elementos
do circuito.
Definição 4.1.3 — Nó essencial. Ponto de conexão entre três ou mais terminais de
elementos do circuito.
Definição 4.1.4 — Caminho. Sequencia de elementos ligados entre si sem que algum
elemento seja incluído mais de uma vez.
Definição 4.1.7 — Malha. Caminho fechado cujo último nó coincide com o primeiro.
Definição 4.1.8 — Malha simples. Malha que não inclui outra malha.
nó A
i1 i2 i3
Ra Rb Rd ic
Rc
i4
ia
i5
nó B nó D
Re ib
nó C
Exemplo 4.1 — LKC. Aplicando a LKC no circuito da imagem 4.1 nos nós A, B, C e D,
com a convenção de corrente entrando no nó positiva, temos:
nó A: i1 − i2 + ia − i3 + ic = 0
nó B: − i1 + i2 − i4 + i5 = 0
(4.1)
nó C: − i5 − ia − ib = 0
nó D: i3 + i4 + ib − ic = 0
É possível observar que qualquer equação do sistema 6.8 pode ser obtida por combina-
ções lineares das outras três.
Exemplo 4.2 — Equação do nó D dado por combinações lineares.
(−1)(i1 −i2 +ia −i3 +ic )+(−1)(−i1 +i2 −i4 +i5 )+(−1)(−i5 −ia −ib ) = i3 +i4 +ib −ic = 0
Exemplo 4.3 — LKT. Aplicando a LKT no circuito da imagem 4.2 nas malhas X, Y, Z e
H, com a convenção de queda de tensão positiva no sentido horário, temos:
malha X: v1 + v2 − v4 − vb − v3 = 0
malha Y: v3 + v5 − va = 0
(4.2)
malha Z: vb + v4 − vc − v6 − v5 = 0
malha H: v6 − v7 − vd = 0
As quatro equações obtidas são linearmente independentes por todas as malhas analisa-
das serem malhas simples.
nó b: i1 − i2 + ig = 0 (4.3)
26 Capítulo 4. Leis de Kirchhoff
Ra nó A Rb
+ v1 − + v2 −
Rc nó C Re
+
−
nó B nó D
+ v3 − + v4 −
+ Vb
− V
+
va − v5 Rd
Y Z + c
− Rf
nó F
nó E + v6 −
Rg
+
−
nó G + v7 −
vd
Figura 4.2: Análise das malhas
A Ra B
i1
+ v1 −
+
+
Vs − v2 Rb Ig 5i1
− i2
malha X: v1 + v2 − vs = 0 (4.5)
Dessa forma, obtém-se um sistema com duas equações para determinação das duas
incógnitas i1 e i2 :
(
6i1 − i2 = 0
(4.7)
5i1 + 20i2 = vs
R1 R2 R3
i1 i2 i3
i8 +
vR1 − +
vR2 − +
vR3 − +
+
v − R4 vR4
vR7 vR6 vR5
− + − + − + −
i4
i8 i6 i5
R7 R6 R5
No circuito contido na figura ??, é possível observar que um dos terminais da fonte de
tensão vs está conectado a um terminal do resistor R1 . Em sequencia, o outro terminal do
resistor R1 se conecta a um terminal do resistor R2 , seguindo este padrão de ligação até
que o segundo terminal do resistor R7 se conecte ao segundo terminal da fonte de tensão.
A ligação em série se caracteriza pela conexão em um nó de apenas dois elementos.
Ao analisar as correntes do circuito em cada nó com a LKC, observa-se que:
i1 = i8 , i2 = i1 , i3 = i2 , i4 = i3 , i5 = i4 , i6 = i5 , i7 = i6 e i8 = i7 (5.1)
Logo, conclui-se que:
i1 = i2 = i3 = i4 = i5 = i6 = i7 = i8 = i (5.2)
Ao aplicar a LKT, adotando o sentido horário e a queda de tensão positiva, tem:
−vs + v1 + v2 + v3 + v4 + v5 + v6 + v7 = 0 (5.3)
30 Capítulo 5. Circuitos resistivos simples
Logo:
v1 + v2 + v3 + v4 + v5 + v6 + v7 = vs (5.4)
vs = R1 i + R2 i + R3 i + R4 i + R5 i + R6 i + R7 i (5.5)
vs = i(R1 + R2 + R3 + R4 + R5 + R6 + R7 ) (5.6)
R1 R2 R3
i1 i2 i3
i
i8 +
vR1 − +
vR2 − +
vR3 − +
+
vs − R4 vR4 +
vs − Req
vR7 vR6 vR5
− + − + − + −
i4
i8 i6 i5
R7 R6 R5 (b) Circuito equivalente
(a) Circuito no domínio do tempo
A equação 5.6 sugere que, se o circuito for representado por apenas um resistor com
resistência equivalente à soma de todos os componentes resistivos em série, neste circuito
circulará uma corrente i igual à corrente do circuito série original, quando o mesmo é
alimentado pela mesma fonte de tensão vs , como está representado na figura 5.2b.
De maneira geral, é possível afirmar que, em qualquer ligação em série com n resistores,
n
Req = ∑ Rα
α=1
R Um circuito série pode ser caracterizado como um circuito em que a corrente que
atravessa todos os elementos é exatamente a mesma em amplitude e sentido.
R Numa associação série de resistores, o resistor equivalente Req será sempre maior que
o maior dos resistores conectados em série.
5.2 Circuito divisor de tensão 31
R1 R2 R3
+
v − i R4 vR4
−
− vR7 + − vR6 + − vR5 +
R7 R6 R5
vs
i= (5.7)
R1 + R2 + R3 + R4 + R5 + R6 + R7
Para determinar o valor da tensão no resistor R1 , basta usar a lei de Ohm.
vs
v1 = R1 i = R1 (5.8)
R1 + R2 + R3 + R4 + R5 + R6 + R7
De maneira geral, a tensão em qualquer resistor da ligação pode ser dado por:
Rα
vα = vs (5.9)
R1 + R2 + R3 + R4 + R5 + R6 + R7
Onde α ∈ N|α ≤ 7
Para uma associação com n resistores:
Rα
vα = n vs (5.10)
∑ Rβ
β =1
32 Capítulo 5. Circuitos resistivos simples
i
iR1 iR2 iR3 iR4 iR5
+
Vs − R1 R2 R3 R4 R5
i − i1 − i2 − i3 − i4 − i5 = 0 (5.11)
logo:
i = i1 + i2 + i3 + i4 + i5 (5.12)
vs vs vs vs vs
i= + + + + (5.13)
R1 R2 R3 R4 R5
Pela equação 5.13, é possível concluir que a corrente fornecida pela fonte é dividida
entre as resistências de maneira proporcional ao inverso do seu valor.
Com a tensão vs em evidência, observa-se:
1 1 1 1 1
i = vs ( + + + + ) (5.14)
R1 R2 R3 R4 R5
Pela equação 5.4 sugere que, se o circuito for representado por apenas um resistor com
condutância equivalente à soma das condutâncias dos resistores presentes no circuito, a
corrente fornecida pela fonte de tensão será igual à corrente fornecida pela fonte de tensão
no circuito original, como está representado na figura 5.5. Onde
1 1 1 1 1 1
= + + + + (5.15)
Req R1 R2 R3 R4 R5
5.4 Circuito divisor de corrente 33
+
Vs − Req
De forma geral, pode se estabelecer que, para qualquer circuito resistivo com n resisto-
res em paralelo, tem:
n
1 1
= ∑ (5.16)
Req α=1 Rα
R Numa associação paralela de resistores, o resistor equivalente Req será sempre menor
do que o menor dos resistores conectados em paralelo. Essa afirmação pode ser
confirmada pelo fato de que a condutância equivalente é maior do que a condutância
individual de cada ramo resistivo do circuito, dado que a condutância equivalente
é a soma dessas condutâncias individuais. Como maior condutância implica menor
resistência, então confirma-se a afirmação inicial.
1 1 1 1 1
i = vs ( + + + + ) (5.17)
R1 R2 R3 R4 R5
34 Capítulo 5. Circuitos resistivos simples
i
iR1 iR2 iR3 iR4 iR5
+
Vs − R1 R2 R3 R4 R5
Assim, para determinar a corrente no ramo de R1 , basta utilizar a lei de Ohm mais uma
vez.
1 1 1 1 1 i
i = R1 i1 + + + + ⇒ i1 = (5.18)
R1 R2 R3 R4 R5 R1 ( R1 + R2 + R13 + R14 + R15 )
1 1
G1
i1 = i (5.19)
G1 + G2 + G3 + G4 + G5
5.5 Ponte H
CH1 CH3
+ R
vs −
+
vR −
CH4 CH2
+ R
vs −
+
vR −
+ R
vs −
+
vR −
A
Rx
i1 ix
1
R
+
Vs − C V B
R2
3
R
D
i2 i3
R1 i1 = Rx ix e R2 i2 = R3 i3 (5.20)
R1 ix R2 i3
= e = (5.21)
Rx i1 R3 i2
ix i3 R1 R2
= ⇒ = (5.22)
i1 i2 Rx R3
R1 R3
Rx = (5.23)
R2
Relembrando que a resistência elétrica de alguns materiais pode variar com grandezas
do meio, esta estrutura pode ser utilizada, com a utilização de sensores resistivos, para
medir, de forma indireta, a luminosidade de um ambiente, a temperatura, pressão e etc.
R2
R3
1
R
+ i5
Vs − C B
R4
5
R
D
i4
Rx
R2
1
R
Ry R3 Rz
+
Vs − C B
R4
5
R
Rx
Ry Rz
+
Vs − C B
R4
5
R
Figura 5.14
R1 (R2 + R3 )
R∆eqAC = R1 //(R2 + R3 ) = (5.24)
R1 + R2 + R3
RYeqAC = Rx + Ry (5.25)
R1 (R2 + R3 )
RYeqAC = R∆eqAC ⇒ Rx + Ry = (5.26)
R1 + R2 + R3
R2 (R1 + R3 )
R∆eqAB = R2 //(R1 + R3 ) = (5.27)
R1 + R2 + R3
RYeqAB = Rx + Rz (5.28)
R2 (R1 + R3 )
RYeqAB = R∆eqAB ⇒ Rx + Rz = (5.29)
R1 + R2 + R3
R3 (R1 + R2 )
R∆eqBC = R3 //(R1 + R2 ) = (5.30)
R1 + R2 + R3
RYeqBC = Ry + Rz (5.31)
40 Capítulo 5. Circuitos resistivos simples
R3 (R1 + R2 )
RYeqBC = R∆eqBC ⇒ Ry + Rz = (5.32)
R1 + R2 + R3
Desenvolvendo o conjunto das equações das resistências equivalentes para cada circuito,
temos:
R3 (R1 + R2 )
Ry + Rz =
R1 + R2 + R3
R2 (R1 + R3 )
Rx + Rz = (5.33)
R1 + R2 + R3
Rx + Ry = R1 (R2 + R3 )
R1 + R2 + R3
−R1 R3 − R2 R3 − R1 R2 − R2 R3 + R1 R2 + R1 R3
−Ry − Rz − Rx − Rz + Rx + Ry = (5.34)
Rd
−2R2 R3 R2 R3
−2Rz = ⇒ Rz = (5.35)
Rd R1 + R2 + R3
R1 R3
Ry = (5.36)
R1 + R2 + R3
R1 R2
Rx = (5.37)
R1 + R2 + R3
R1 , R2 e R3
Na transformação Y − ∆, dado o circuito original formado pelos resistores Rx , Ry , Rz ,
R4 e R5 , um circuito equivalente formado pelos resistores R1 , R2 , R3 , R4 e R5 , pode ser
determinado. As considerações de equivalências discutidas na transformação ∆ −Y são as
5.7 Ligação ∆-Y 41
Ry + Rz R3 (R1 + R2 )
= ⇒ (Ry + Rz )R2 (R1 + R3 ) = (Rx + Rz )R3 (R1 + R2 ) (5.39)
Rx + Rz R2 (R1 + R3 )
Ry R1 R2 + Rz R1 R2 + Ry R2 R3 + Rz R2 R3 = Rx R1 R3 + Rz R1 R3 + Rx R2 R3 + Rz R2 R3 (5.40)
Cancelando os dois últimos termos e observando que R1 R2 = Rx Rd , R1 R3 = Ry Rd e
R2 R3 = Rz Rd , onde Rd = R1 + R2 + R3 , vem:
Ry Rx Rd + Rz Rx Rd + Ry Rz Rd = Rx R1 R3 + Rz R1 R3 + Rx R2 R3 (5.41)
R1 R2 Rx R2
Da expressão Rx = Rd , temos que R1 = Rd , assim, substituindo este resultado em
R2 R3 R3 Rx
Rz = Rd , Rz = R1 ⇒ Rz R1 = Rx R3 . Substituindo este resultado na equação 5.41:
Ry Rx Rd + Rz Rx Rd + Ry Rz Rd = Rx R1 R3 + Rx R3 R3 + Rx R2 R3 (5.42)
Colocando o termo Rx R3 em evidência:
Ry Rx Rd + Rz Rx Rd + Ry Rz Rd = Rx R3 (R1 + R3 + R2 ) = Rx R3 Rd (5.43)
Logo
Rx Ry + Rz Rx + Ry Rz
R3 = (5.44)
Rx
De modo equivalente, as expressões para R1 e R2 podem ser determinadas.
Rx Ry + Rz Rx + Ry Rz
R1 =
Rz
Rx Ry + Rz Rx + Ry Rz
R2 = (5.45)
Ry
R R + Rz Rx + Ry Rz
R3 = x y
Rx
42 Capítulo 5. Circuitos resistivos simples
10iα
R2
v1 iα v2 i21 v3
−
+
i11 i22 i31
+
Vs − R1 R3 R4 Is
Figura 6.1
(
nó 2: iα + i22 + i21 = 0
(6.1)
nó 3: − i21 + i31 − is = 0
Pela lei de Ohm, os valores das correntes podem ser determinadas por:
v2 − v1
iα =
R2
v2 − 0
i22 = (6.2)
R3
v −0
i31 = 3
R4
v2 − v1 v2
nó 2: + + i21 = 0
R2 R3
v (6.3)
nó 3: − i21 + 3 − is = 0
R4
6.3 Técnica da corrente de malha 45
Agora é o momento de observar que a corrente i21 não pode ser determinada. Porém,
somando as equações dos nós 1 e 2, é possível eliminar o termo.
v2 − v1 v2 v3
+ + − is = 0 (6.4)
R2 R3 R4
Esta escolha, apesar de eliminar uma variável da equação, fornece uma só equação
com duas variáveis. Outro fato que deve receber atenção é a fonte de tensão dependente
fornecer uma relação entre as tensões nos nós 3 e 2.
v2 − v1
v3 − v2 = 10iα ⇒ v3 − v2 = 10 (6.5)
R2
Resultando, novamente, em um sistema com duas incógnitas e duas equações.
v −v v2 v3
2 1
+ + − is = 0
R2 R3 R4
(6.6)
v3 − v2 = 10 v2 − v1
R2
v1 R2 Super nó v3
iα v2
i11 i22 i31
+
Vs − R1 R3 R4 Is
Figura 6.2
A equação 6.4 poderia ser obtida de forma direta tratando o ramo da fonte de tensão
dependente como um super nó, como é descrito na imagem 6.2.
R2
i2
R1 R3
i1 i3
+ +
Vs − Is ki1 −
R4 R5
i4 i5
Figura 6.3
R2
i2
+ v2 −
ia
R1 R3
i1 i3
+ v1 − + v3 −
+ +
Vs − ib Is ic − ki1
R4 R5
i4 i5
+ v4 − + v5 −
Figura 6.4
is = −(ib + ic ) (6.11)
A equação 6.10 poderia ser obtida de forma direta se fosse eliminado o ramo onde está
a fonte de corrente is , dessa forma, unindo as malhas simples onde circulam as correntes
de malha ib e ic . Esta malha resultante é denominada de "super malha"(ver figura 6.5).
Sabendo que isto é apenas um artifício para obtenção de expressões sem a presença do
termo vx e que as correntes de malha devem ser mantidas inalteradas.
48 Capítulo 6. Técnicas de análise de circuitos
R2
i2
+ v2 −
ia
R1 R3
i1 i3
+ v1 − + v3 −
+ +
Vs − ib Super malha ic − ki1
R4 R5
i4 i5
+ v4 − + v5 −
Figura 6.5
Rs
+ +
+
Vs − vl CARGA Is R p vl CARGA
− il ip − il
Figura 6.6
vs = Rs il + R p (is − il ) (6.12)
6.5 Circuito equivalente de Thévenin e Norton 49
Como Rs = R p = R, temos:
R O equivalente Norton pode ser obtido com uma transformação de fontes do equivalente
de Thévenin. A corrente estabelecida por esta fonte é denominada corrente de
Norton, in , e representa a corrente que passa pelo par de terminais do circuito a ser
representado quando estes são curto-circuitados.
R1
i1
a
+ +
+ +
Vs − β v0 − αi1 V0 R2 Vth
− −
b
−vs + v1 + β vo = 0 (6.15)
v1 = vs − β vo ⇒ R1 i1 = vs − β vo (6.16)
vs − β vo vs − β vth
i1 = = (6.17)
R1 R1
1 − R2 αβ R2 αvs
vth =− (6.19)
R1 R1
R2 αvs
vth = − (6.21)
R1 − R2 αβ
6.5 Circuito equivalente de Thévenin e Norton 51
vth
Rn = Rth = (6.22)
in
Esta resistência também representa a resistência "vista"dos terminais a serem analisa-
dos.
Método I
R O método I só pode ser utilizado quando o circuito contém apenas fontes de alimen-
tação independentes.
R1 R2
i11 i12
a
+
Vs − R4 is
b
i22
R1 (R2 + R4 )
Rth = (6.23)
R1 + R2 + R4
52 Capítulo 6. Técnicas de análise de circuitos
R1 R2
i11 i12
a
R4
b
i22
Método II
R1
i1
a
+
+ +
Vs − β v0 − αi1 V0 R2 icc
−
b
Curto circuitando os terminais "a"e "b", conforme mostrado na figura 6.10, a tensão vo
se anula, já que toda a corrente gerada pela fonte dependente passará pelo curto-circuito.
Esse fato também define que icc = −αi1 . O sinal negativo representa o fato de que a
corrente de referência icc circula pelo curto em sentido contrário a corrente real imposta
pela fonte de corrente dependente.
Da parte do circuito onde está a fonte de tensão independente, escrevendo a equação de
tensão para a malha simples formada pelas fontes de tensão e pelo resistor R1 , percorrendo
a malha no sentido indicado pela corrente i1 e considerando queda de tensão (+), temos:
−vs + v1 + β vo = 0 (6.24)
6.5 Circuito equivalente de Thévenin e Norton 53
v1 = vs − β vo ⇒ R1 i1 = vs − β vo (6.25)
vs − β vo vs
i1 = = (6.26)
R1 R1
Substituindo na expressão de icc :
vs αvs
icc = −α =− (6.27)
R1 R1
R2 αvs
vth R −R αβ R1 R2
Rth = = 1 αv2 s = (6.28)
icc − R1 R1 − R2 αβ
Método III
R1
i1
a
+ ix
+ +
β v0 − αi1 V0 R2 Vx −
− i2
b
ix = i2 + αi1 (6.29)
54 Capítulo 6. Técnicas de análise de circuitos
vx
ix = + αi1 (6.30)
R2
Da parte do circuito onde está a fonte de tensão dependente, escrevendo a equação de
tensão para a malha simples formada pela fonte de tensão e pelo resistor R1 , percorrendo a
malha no sentido indicado pela corrente i1 e considerando queda de tensão (+), temos:
v1 + β vo = 0 (6.31)
v1 = −β vo ⇒ R1 i1 = −β vo (6.32)
β vo β vx
i1 = − =− (6.33)
R1 R1
Substituindo 6.33 em 6.30:
vx β vx R1 − αβ R2
ix = −α = vx (6.34)
R2 R1 R1 R2
vx vx R1 R2
Rth = = R −αβ R = (6.35)
ix vx 1 R1 R2 2 R1 − R2 αβ
Rth
+
Vth − RL
Figura 6.12
2
RL vth
vth
PRL = RL i2 = RL = (6.36)
RL + Rth (RL + Rt h)2
Derivando a expressão 6.36 e igualando a zero, determina-se o ponto de máximo ou
mínimo da mesma. A derivada será realizada em relação à RL , visto que é o termo que
pode ser alterado para satisfazer a condição de máxima transferência de potência.
2
vth 2
RL vth
dPRL
= − 2 =0 (6.37)
dRL (RL + Rth )2 (RL + Rth )3
2
vth 2
RL vth
= 2 (6.38)
(RL + Rth )2 (RL + Rth )3
2RL
1= ⇒ RL + Rth = 2RL ⇒ RL = Rth (6.39)
RL + Rth
O cálculo da derivada segunda demonstrará que quando RL = Rth , a expressão de PRL
apresenta um ponto de máximo.
O valor da potência máxima transferida para RL , quando o mesmo é igual a Rth , é
determinado pela expressão:
2
Rth vth 2
vth
PRLmx = = (6.40)
(Rth + Rth )2 4Rth
Na figura 6.13 é apresentado o gráfico do comportamento da curva de PRL em função
da resistência RL .
56 Capítulo 6. Técnicas de análise de circuitos
Figura 6.13
R
A potência máxima transferida para uma carga sempre será menor ou igual a metade
da potência total gerada no circuito que alimenta a carga.
R
Para determinar se um dado elemento consumidor em um circuito recebe a máxima
potência que o circuito poderia fornecer, basta determinar a resistência equivalente
Thévenin, Rth , do circuito, vista dos terminais do respectivo elemento. Se, e somente
se, Rth for igual a resistência do elemento, então estará havendo máxima transferência
de potência.
R1 R2
i11 i12
i13
+
Vs − R3 R4 is
i22
Figura 6.14
R1 0 R2 0
i11 i12
0
i13
+
Vs − R3 R4
0
i22
R1 00 R2 00
i11 i12
00
i13
R3 R4 is
00
i22
operando apenas com a fonte de tensão vs , como no circuito da figura 6.15, e as parcelas
00
ixy serão obtidas considerando o circuito operando apenas com a fonte de corrente is , como
na figura 6.16.
0 00
como as parcelas ixy e ixy mantiveram o mesmo sentido das correntes originalmente
definidas no circuito com todas as fontes, o cálculo da componente total é realizado
0 00
somando-se as parcelas ixy e ixy , ou seja:
0 00
i11 = i11 + i11
i = i0 + i00
12 12 12
0 00 (6.41)
i13 = i13 + i13
i = i0 + i00
22 22 22
Também deve ser observado que a eliminação das fontes de tensão é realizada curto
circuitando os terminais das mesmas, enquanto as fontes de corrente devem ter seus
terminais abertos.
das grandezas do circuito original, a adoção dos mesmos proporciona um cálculo das
grandezas totais bem simples, bastando apenas somar as parcelas.
7 Indutância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
7.1 Definições
7.2 Equivalência de Hopkingson e lei de Ohm para
circuitos magnéticos
7.3 Indutância
7.4 Indutor
7.5 Determinação da polaridade de acopla-
mento
7.6 Associação de indutores
8 Capacitância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
8.1 Definições
8.2 Capacitor
7.1 Definições
Definição 7.1.1 — Permeabilidade magnética (µ). Medida da facilidade com que
linhas de campo magnético podem ser estabelecidas no interior de um material. A
expressão da permeabilidade é dada por:
B
µ= (7.1)
H
Onde B( Weber
m2
) é a densidade de fluxo magnético e H( mA ) é o vetor campo magnético.
Φ
B= (7.2)
A
Definição 7.1.3 — Relutância R . Oposição ao estabelecimento do fluxo magnético.
É o análogo da resistência elétrica para circuitos magnéticos.
l
R= (7.3)
µ0 µr A
F = Ni = Hl (7.4)
F = RΦ (7.5)
7.3 Indutância
I
~ = − dΦ
~E · dl (7.6)
c dt
A lei de Faraday, que é uma das quatro equações de Maxwell e está expressa na equação
7.6, estabelece uma relação entre a taxa de variação do fluxo magnético e a tensão induzida.
A indutância é o parâmetro que relaciona a tensão induzida e a corrente que gera o fluxo
magnético. A relação é dada por:
bobina desenvolverá um fluxo magnético dado pela lei de Ohm para campos magnéticos
por:
F Ni
Φ= = (7.8)
R R
Como indicado em 7.8, se a corrente circulando pela bobina for variável, será autoin-
duzida uma tensão na mesma dada por:
dΦ
e=N (7.9)
dt
Pela regra da cadeia é possível escrever:
dφ di di
e=N =L (7.10)
di dt dt
Por 7.8, é verdade que:
Ni
R N2
L=N = (7.11)
di R
di
R Quando i aumenta, dt > 0 ⇒ vL > 0. Nessa condição é preciso fornecer energia ao
indutor para criação ou aumento do campo magnético.
di
R Quando i diminui, dt < 0 ⇒ vL < 0. Nessa condição o indutor devolve energia para
o circuito, retirando-a do campo magnético.
R Todo indutor real é especificado pela sua indutância e pela sua corrente de trabalho.
Essa corrente indica o maior nível de corrente que o indutor suporta sem que o mesmo
entre na região de saturação.
L iL
+ vL −
Figura 7.3: Símbolo segundo a norma americana
7.4 Indutor
O indutor é o componente eletrônico com capacidade de armazenar energia em um
campo magnético. É responsável por provocar defasamento entre a tensão e a corrente, de
forma que a corrente é atrasada em relação à tensão. Na figura 7.3 é apresentado o símbolo
associado aos indutores e na imagem 7.4 é possível observar o aspecto físico de alguns
indutores.
Uma aplicação prática dos indutores está nos sensores de presença indutivos. Quando
algum objeto com massa metálica entra nas linhas de campo de um indutor, as linhas
de campo tendem a abandonar o ar e a passar por dentro do objeto. Isso implica numa
modificação no valor das grandezas elétricas no indutor devido às propriedades físicas da
indutância. Os sensores eletrônicos de proximidade são utilizados largamente em todos os
lugares onde as condições de trabalho são extremas, tais como: óleos lubrificantes, óleos
solúveis, óleos de corte, vibrações, onde são exigidos altos níveis de vedação e robustez.
dil
vL = L
Zdt
1
il = vL (t)dt + iL (0) (7.12)
L
ωL = 1 Li2
2 L
Das expressões do indutor, podem ser observadas algumas características de funciona-
mento que são importantes para o dispositivo:
di
R Sob condição de corrente constante, ou seja, dt = 0, o indutor comporta-se como um
curto-circuito.
tem informação da forma como os mesmos são bobinados. Neste caso, para determinar a
polaridade de acoplamento entre os indutores, recomendam-se os procedimentos descritos
a seguir:
1. Conecta-se a um dos enrolamentos uma fonte de tensão CC, chave liga/desliga e
resistor. Ao outro enrolamento conecta-se um voltímetro CC, que pode indicar
tensões positivas e negativas. No terminal do enrolamento onde será aplicada a
tensão positiva da fonte é atribuído o ponto de referência.
2. Após a conexão a chave liga desliga é acionada. Em uma sequência rápida a mesma
é ligada e desligada, de modo que um pulso de tensão é aplicado ao enrolamento
1. Com a aplicação do pulso de tensão uma corrente entra no terminal em que foi
conectado o potencial positivo da fonte.
3. No enrolamento onde está conectado o voltímetro CC observa-se o sinal da tensão
que foi gerada e a partir desse atribui-se o ponto a um dos terminais do enrolamento
2 seguindo a seguinte regra:
• Se a tensão gerada for positiva, o ponto é atribuído ao terminal do enrolamento
2 conectado ao terminal positivo (+) do voltímetro CC.
• Se a tensão gerada for negativa, o ponto é atribuído ao terminal do enrolamento
2 conectado ao terminal negativo (-) do voltímetro CC.
L1 L2
+ +
v1 − +
v2 − +
v v3 L3
v − v4 −
− − 5 + +
L5 L4
v = v1 + v2 + v3 + v4 + v5 (7.13)
68 Capítulo 7. Indutância
+
v Leq
−
Figura 7.8: Indutor equivalente
di di di di di
v = L1 + L2 + L3 + L4 + L5 (7.14)
dt dt dt dt dt
di
Com dt em evidência:
di
v = (L1 + L2 + L3 + L4 + L5 ) (7.15)
dt
Observando o circuito equivalente pretendido, que contém uma indutância equivalente
Leq , a expressão de tensão é dada por:
di
v = Leq (7.16)
dt
Logo:
Leq = L1 + L2 + L3 + L4 + L5 (7.17)
De modo geral:
n
Leq = ∑ Lα (7.18)
α=1
Ligação em paralelo
i
+ iL1 iL2 iL3 iL4 iL5
v L1 L2 L3 L4 L5
−
Figura 7.9: Indutores em paralelo
Z Z Z Z Z
1 1 1 1 1
i= v(t)dt + v(t)dt + v(t)dt + v(t)dt + v(t)dt (7.20)
L1 L2 L3 L4 L5
Z
1 1 1 1 1
i=( + + + + ) v(t)dt (7.21)
L1 L2 L3 L4 L5
Observando o circuito equivalente pretendido, que contém uma indutância equivalente
Leq , a expressão de corrente é dada por:
Z
1
i= v(t)dt (7.22)
Leq
1 1 1 1 1 1
= + + + + (7.23)
Leq L1 L2 L3 L4 L5
De modo geral:
n
1 1
= ∑ (7.24)
Leq α=1 Lα
L1
•
+ +
v1 −+ •
v v2 L2
− −
v = v1 + v2 (7.25)
di di di di
v = L1 + M12 + L2 + M12 (7.26)
dt dt dt dt
70 Capítulo 7. Indutância
Observando que aparecem dois termos de tensão induzida, um para cada indutor, os
quais são determinados por meio do produto entre a indutância mútua, representada por
M12 e a derivada da corrente que circula pelo indutor que induzirá tensão no outro. Para a
determinação do sinal das tensões induzidas, foi utilizada a regra do ponto. No exemplo da
figura 7.10, percebe-se que as correntes entram nos terminais ponto de ambos os indutores,
logo, as tensões induzidas por cada um dos mesmos terão sinais positivos nos respectivos
terminais ponto dos indutores. Pela convenção adotada, quando percorre-se a malha no
sentido da corrente, tanto para a tensão devida a indutância própria, como para o termo de
tensão induzida, percebe-se que há uma queda de tensão, logo, os sinais de tensão, própria
di
e induzida, serão positivos na equação. Com dt em evidência:
di
v= (L1 + L2 + 2M12 ) (7.27)
dt
Observando o circuito equivalente pretendido, que contém uma indutância equivalente
Leq , a expressão de tensão é dada por:
di
v = Leq (7.28)
dt
Ligação em paralelo
i
+ iL1 iL2
v L1 L2
• •
−
Figura 7.11: Indutores em paralelo acoplados magneticamente
i = i1 + i2 (7.30)
(
Φ1 = L1 i1 + M12 i2
(7.31)
Φ2 = M12 i1 + L2 i2
7.6 Associação de indutores 71
i1 Γ1 Γ12 Φ1
= (7.33)
i2 Γ12 Γ2 Φ2
L2
Γ1 = (7.34)
L1 M12
det
M12 L2
L1
Γ2 = (7.35)
L1 M12
det
M12 L2
M12
Γ12 = − (7.36)
L1 M12
det
M12 L2
que Φ1 (t) = Φ2 (t) = Φ(t). Escrevendo a equação de corrente dada pela LKC:
1
Φ = Leq i ⇒ i = Φ (7.38)
Leq
1
= Γ1 + Γ2 + 2Γ12 (7.39)
Leq
72 Capítulo 7. Indutância
i
+ iL1 iL2 iL3
v L1 L2 L3
•◦ ◦ •
−
Figura 7.12: Indutores em paralelo acoplados magneticamente
i1 Γ1 Γ12 Γ13 Φ1
i2 = Γ12 Γ2 Γ23 Φ2 (7.42)
i3 Γ31 Γ32 Γ3 Φ3
Onde:
L2 −M23
det
−M23 L3
Γ1 = (7.43)
L1 M12 −M13
det M12 L2 −M23
−M13 −M23 L3
L1 −M13
det
−M13 L3
Γ2 = (7.44)
L1 M12 −M13
det M12 L2 −M23
−M13 −M23 L3
L1 −M13
det
−M13 L1
Γ3 = (7.45)
L1 M12 −M13
det M12 L2 −M23
−M13 −M23 L3
7.6 Associação de indutores 73
M12 −M13
det
−M23 L3
Γ12 = − (7.46)
L1 M12 −M13
det M12 L2 −M23
−M13 −M23 L3
M12 −M13
det
L2 −M23
Γ13 = (7.47)
L1 M12 −M13
det M12 L2 −M23
−M13 −M23 L3
M12 −M23
det
−M13 L3
Γ21 = − (7.48)
L1 M12 −M13
det M12 L2 −M23
−M13 −M23 L3
L1 −M13
det
M12 −M23
Γ23 = − (7.49)
L1 M12 −M13
det M12 L2 −M23
−M13 −M23 L3
M12 L2
det
−M13 −M23
Γ31 = (7.50)
L1 M12 −M13
det M12 L2 −M23
−M13 −M23 L3
L1 M12
det
−M13 −M23
Γ32 = − (7.51)
L1 M12 −M13
det M12 L2 −M23
−M13 −M23 L3
i = i1 +i2 +i3 = Γ1 Φ1 +Γ12 Φ2 +Γ13 Φ3 +Γ21 Φ1 +Γ2 Φ2 +Γ23 Φ3 +Γ31 Φ1 +Γ32 Φ2 +Γ3 Φ3
74 Capítulo 7. Indutância
(7.52)
1
= Γ1 + Γ12 + Γ13 + Γ21 + Γ2 + Γ23 + Γ31 + Γ32 + Γ3 (7.54)
Leq
8. Capacitância
8.1 Definições
Definição 8.1.1 — Capacitância. Grandeza que relaciona a quantidade de cargas
por volt armazenada em condutores carregados e separados por meios dielétricos.
Q
C= (8.1)
V
Onde C(Farad) é a capacitância, Q(Coulumb) e V (Volt) a tensão entre os conduto-
res.
8.2 Capacitor
O capacitor é o componente eletrônico com capacidade de armazenar energia em um
campo elétrico. É responsável por provocar defasamento entre a tensão e a corrente, de
76 Capítulo 8. Capacitância
C
iC
+
vC −
dvc
ic = C
dt
Z
1
vc = ic (t)dt + ic (0) (8.2)
C
ωc = 1 Cv2
2 c
v = v1 + v2 + v3 + v4 + v5 (8.3)
Z Z Z Z Z
1 1 1 1 1
v= i(t)dt + i(t)dt + i(t)dt + i(t)dt + i(t)dt (8.4)
C1 C2 C3 C4 C5
8.2 Capacitor 77
C1 C2
+ + − + − +
vC1 vC2
v vC3 C3
vC5 vC4
− − + − +
−
C5 C4
Z
1 1 1 1 1
v=( + + + + ) i(t)dt (8.5)
C1 C2 C3 C4 C5
Observando o circuito equivalente pretendido, que contém uma capacitância equiva-
lente Ceq , a expressão de tensão é dada por:
Z
1
v= i(t)dt (8.6)
Ceq
1 1 1 1 1 1
= + + + + (8.7)
Ceq C1 C2 C3 C4 C5
De modo geral:
n
1 1
= ∑ (8.8)
Ceq α=1 Cα
i
+
iC1 iC2 iC3 iC4 iC5
v C1 C2 C3 C4 C5
−
Figura 8.4: Capacitores em paralelo
i = i1 + i2 + i3 + i4 + i5 (8.9)
78 Capítulo 8. Capacitância
dv dv dv dv dv
i = C1 +C2 +C3 +C4 +C5 (8.10)
dt dt dt dt dt
dv
Com dt em evidência:
dv
i = (C1 +C2 +C3 +C4 +C5 ) (8.11)
dt
Observando o circuito equivalente pretendido, que contém uma capacitância equiva-
lente Ceq , a expressão de corrente é dada por:
dv
i = Ceq (8.12)
dt
Logo:
De modo geral:
n
Ceq = ∑ Cα (8.14)
α=1
9. Circuitos elétricos de primeira ordem
i2 +
Is R2 R v L
i1 − iL
− +
R vr v L
+ − i
Após a abertura da chave, o indutor irá impor a corrente no circuito RL. Para analisar o
mesmo, foram considerados os sentidos associados de corrente e tensão como mostrados
na figura 9.2.
A partir da LKT, considerando queda de tensão positiva e percorrendo o circuito no
sentido da corrente:
di
vR + vL = 0 ⇒ Ri + L =0 (9.1)
dt
di R
=− i (9.2)
dt L
di R
= − dt (9.3)
i L
Integrando ambos os termos:
Zi(t) Zt
dy R R i(t) R
= − dx ⇒ ln[i(t)] − ln[i(0)] = − t ⇒ ln[ ]=− t (9.4)
y L L i(0) L
i(0) 0
i(t) R
= e− L t (9.5)
i(0)
R
i(t) = i(0)e− L t (9.6)
t
i(t) = is e− τ t (9.7)
R Após cinco constantes de tempo, a corrente passa a ser menos que 1% do valor inicial.
L1 iL1
i2 + +
Is R2 R v L2 v L3
i1 − iL2 − iL3
9.1.2 Circuito RC
Na resposta natural, o circuito RC funciona com a energia armazenada no capacitor. No
caso do circuito ser constituído por apenas um resistor e um capacitor, após 10 constantes
de tempo do circuito, não restará nenhuma energia armazenada no capacitor.
Na análise é considerando o circuito da figura 9.4.
Condições iniciais do circuito antes de t = 0:
• Chave na posição A
• Correntes e tensões constantes
82 Capítulo 9. Circuitos elétricos de primeira ordem
R1 A B
+
Vs − + vR R
vC C
− iC − iR
R1 A B B
+ +
+
Vs − + vR R
+ vR R
vC C vC C
− iC − iR − iC − iR
(a) (b)
Após a mudança da chave para a posição B, o capacitor irá impor a tensão no circuito
RC, que provocará uma corrente que circulará por ambos os componentes. Para análise
foram considerados os sentidos associados de corrente e tensão como mostrados na figura
9.5.
A partir da LKC, considerando as correntes saindo do nó superior do circuito e que
correntes saindo serão positivas, temos:
vc dvc
iR + ic = 0 ⇒ +C =0 (9.8)
R dt
dvc 1
= − vc (9.9)
dt RC
dvc 1
= − dt (9.10)
vc RC
9.1 Resposta natural 83
vZc (t) Zt
dy 1 1 vc (t) 1
= − dx ⇒ ln[vc (t)] − ln[vc (0)] = − t ⇒ ln[ ] = − t (9.11)
y RC RC vc (0) RC
vc (0) 0
vc (t) 1
= e− RC t (9.12)
vc (0)
1
vc (t) = vc (0)e− RC t (9.13)
t
vc (t) = vs e− τ (9.14)
1
Onde τ = RC , denominada de constante de tempo de um circuito RC.
R Após cinco constantes de tempo, a tensão passa a ser menos que 1% do valor inicial.
C1
R1 A B
+ −+
vC1
+
Vs − + vR R
vC2 C2
− iC − iR
CH1 R
+
+
Vs − vL L
− i
Na resposta ao degrau, o circuito RL funciona com uma fonte de tensão e/ou corrente
alimentando de forma permanente após um instante inicial. De maneira equivalente à
resposta natural, após 10 constantes de tempo o circuito apresentará condições de regime
permanente, ou seja, suas grandezas terão valores constantes.
Considerando o circuito apresentado na figura 9.7:
Condições iniciais do circuito antes de t = 0:
• Chave aberta
• Corrente nula
Em t = 0, a chave CH1 é fechada. Como a corrente inicial do indutor era zero, essa
condição é mantida após o fechamento da chave, já que o indutor impede que a corrente
mude instantaneamente. Dessa forma, toda a tensão da fonte é aplicada instantaneamente
sobre o indutor.
Após o fechamento da chave em t = 0 e usando a LKT, considerando queda de tensão
positiva e percorrendo o circuito no sentido da corrente:
di
vs = vR + vL = Ri + L (9.15)
dt
di vs R R vs
= − i = − (i − ) (9.16)
dt L L L R
9.2 Resposta ao degrau 85
di R
vs = − dt (9.17)
i− R L
Zi(t) Zt
di R vs vs R
= − dt ⇒ ln[i(t) − ] − ln[i(0) − ] = − t (9.18)
i − vRs L R R L
0 0
i(t) − vRs R
ln[ vs ] = − t (9.19)
i(0) − R L
i(t) − vRs − RL t
vs = e (9.20)
i(0) − R
vs vs t
i(t) = + [i(0) − ]e− τ (9.21)
R R
vs t
i(t) = (1 − e− τ ) (9.22)
R
CH1
iR +
Is R vC C
− iC
9.2.2 Circuito RC
Na resposta ao degrau o circuito RC funciona com uma fonte de tensão e/ou corrente
alimentando o circuito de forma permanente, após um instante inicial. De forma equivalente
a resposta natural, após 10 constantes de tempo o circuito apresentará condições de regime
permanente, ou seja, suas grandezas terão valores constantes.
Considerando o circuito apresentado na figura 9.8:
Condições iniciais do circuito antes de t = 0:
• Chave aberta
• Tensão no capacitor nula
Em t = 0, a chave CH1 é fechada. Como a tensão inicial do capacitor era zero, essa
condição é mantida após o fechamento da chave, já que o capacitor impede que a tensão
mude instantaneamente. Dessa forma, toda a corrente da fonte é drenada pelo capacitor.
Isso evita de passar qualquer corrente pelo resistor R, o que provocaria uma tensão em
t = 0+ diferente de zero.
Após o fechamento da chave em t=0 e usando a LKC, considerando corrente saindo de
um nó positiva e considerando o nó superior do circuito:
vc dvc
is = iR + iC = +C (9.23)
R dt
dvc is 1 1
= − vc = − (vc − is R) (9.24)
dt C RC RC
dvc 1
= − dt (9.25)
vc − is R RC
Integrando ambos os termos:
vZc (t) Zt
dvc 1 1
= − dt ⇒ ln[vc (t) − is R] − ln[vc (0) − is R] = − t (9.26)
vc − is R RC RC
vc (0) 0
vc (t) − is R 1
ln[ ]=− t (9.27)
vc (0) − is R RC
9.2 Resposta ao degrau 87
vc (t) − is R 1
= e− RC t (9.28)
vc (0) − is R
t
vc (t) = is R + [vc (0) − is R]e− τ (9.29)
t
vc (t) = is R(1 − e− τ ) (9.30)
1
Onde τ = RC , denominada de constante de tempo de um circuito RC.
+ +
IN Rth v C IN Rth v L
− i − i
(a) (b)
Rth Rth
+ +
+ +
Vth − v C Vth − v L
− i − i
(c) (d)
Circuitos de primeira ordem, do tipo RC ou RL, podem apresentar mais malhas do que
os exemplos anteriormente apresentados. Nestes casos, caso seja possível minimizar os
mesmos por meio de circuitos equivalentes Thévenin ou Norton, de modo que o circuito
minimizado possa ser representado por alguma das topologias indicadas na figura 9.9,
88 Capítulo 9. Circuitos elétricos de primeira ordem
t
x(t) = lim x(α) + [x(0) − lim x(α)]e− τ (9.31)
α→∞ α→∞
Onde x(t) é é a expressão no tempo de uma variável, corrente ou tensão, de interesse,
limα→∞ x(α) é o valor de regime da variável selecionada, x(0) é o valor inicial da variável
selecionada e τ é a constante de tempo do circuito RL ou RC.
di i
(a) + =0
dt RC
dv R
(b) + v=0
dt L (9.32)
di R vth
(c) + i=
dt L L
(d) dv v iN
+ =
dt RC C
Equação diferencial geral:
dx x
+ =k (9.33)
dt τ
Como já discutido, após um período transitório, todas as grandezas dos circuitos de
primeira ordem tendem para valores constantes no regime. Considerando isso, o termo dx
dt
da expressão geral tenderá para 0, logo, limα→∞ x(α) = kτ.
Resolvendo a equação diferencial:
dx x 1
= − + k = − (x − kτ) (9.34)
dt τ τ
dx dt
=− (9.35)
x − kτ τ
Integrando ambos os termos:
Zx(t) Zt
dy du t
= − ⇒ ln[x(t) − kτ] − ln[x(0) − kτ] = − (9.36)
y − kτ τ τ
x(0) 0
x(t) − kτ t
ln[ ]=− (9.37)
x(0) − kτ τ
x(t) − kτ t t
= e− τ ⇒ x(t) = kτ + [x(0) − kτ]e− τ (9.38)
x(0) − kτ
Como limα→∞ x(α) = kτ, então:
t
x(t) = lim x(α) + [x(0) − lim x(α)]e− τ (9.39)
α→∞ α→∞
9.3 Resposta crescente 89
+
ia
v C R1 7ia R2
Das analises anteriores observa-se que a resposta dos circuitos de primeira ordem,
RC ou RL, tendem para condições de regime constante, que podem ser nulas ou não,
dependendo do tipo de resposta, natural ou ao degrau, bem como das condições iniciais
de energia dos capacitores ou indutores, como também da topologia dos circuitos. Esse
comportamento, no entanto, pode ser alterado quando são utilizadas fontes de tensão e/ou
correntes dependentes. Este tipo de fonte poderá definir uma resistência equivalente de
Thévenin "NEGATIVA". Caso isso se verifique, as constantes de tempo que compõem
o expoente dos termos exponenciais e que forçam os respectivos termos a zero quando
t → ∞, não mais proporcionaram este decaimento e o circuito apresentará uma resposta
"CRESCENTE", como no caso do circuito da figura 9.10 com o equivalente de Thévenin
visto dos terminais do capacitor.
10. Circuitos elétricos de segunda ordem
Um circuito elétrico de segunda ordem é o tipo de circuito que tem sua dinâmica
determinada por uma equação diferencial ordinária de segunda ordem.
d 2 x(t) dx(t)
2
+ 2ζ ωn + ωn2 x(t) = 0 (10.1)
dt dt
d 2 x(t) dx(t)
2
+ 2ζ ωn + ωn2 x(t) = x f (10.2)
dt dt
As equações escritas na forma de 10.1 e 10.2 são utilizadas por padrão na teoria do
controle moderno e facilitam a projeção de sistemas com respostas de segunda ordem. Esse
controle é feito por meio da manipulação dos valores de ζ e ω, que são dados em função
dos parâmetros do circuito. Manipular os valores de ζ implicam numa manipulação direta
no tempo em que o sistema entra em regime permanente, enquanto controlar os valores de
ω permite modificar a quantidade de oscilações até a acomodação.
d 2 (Aest ) d(Aest )
+ 2ζ ωn + ωn2 Aest = 0 (10.3)
dt 2 dt
92 Capítulo 10. Circuitos elétricos de segunda ordem
d(Aest )
= s(Aest ) (10.4)
dt
d 2 (Aest ) d(sAest )
2
= = s2 (Aest ) (10.5)
dt dt
Substituindo 10.4 e 10.5 em 10.3:
Como Aest 6= 0 :
s2 + 2ζ ωn s + ωn2 = 0 (10.8)
Desta forma :
p q q
−2ζ ωn ± (2ζ ωn )2 − 4ωn2
s= = −ζ ωn ± ωn ζ − 1 = ωn (−ζ ± ζ 2 − 1) (10.9)
2
2
q q
s = ωn (−ζ ± −1(−ζ + 1)) = ωn (−ζ ± j 1 − ζ 2 )
2 (10.10)
Como pode ser observado em 10.10, o tipo de√resposta pode ter características diferentes
quando contém ou não o termo imaginário, j = −1, que a inclusão no valor de s depende
do valor de ζ .
q
s = −ζ ωn ± ωn j 1−ζ2 (10.11)
p
Considerando α = ζ ωn e β = ωn j 1 − ζ 2 < 0:
s = −α ± β (10.12)
10.1 Resposta natural 93
Obtendo o valor de s e sabendo que este pode corresponder a dois números reais:
dAest
= Atest (10.15)
ds
Com estas relações, a resposta passa a ser o conjunto de combinações lineares das
expressões 10.14 e 10.15:
Onde α = ζ ωn .
Com o resultado de 10.16, se α > 0, o sistema contém um decaimento exponencial e,
no caso contrário, um crescimento exponencial.
s = −α ± jω (10.17)
94 Capítulo 10. Circuitos elétricos de segunda ordem
A2 −αt
x(t) = e jωt (A1 e−αt + e ) (10.20)
e
A2 −αt
x(t) = e jωt (A1 + )e (10.21)
e
Fazendo A1 + Ae2 = D:
dx(t) dA
= =0 (10.25)
dt dt
d 2 x(t) d0
= =0 (10.26)
dt 2 dt
Substituindo em 10.2 :
xf
0 + 2ζ ωn 0 + ωn2 A = x f ⇒ A = (10.27)
ωn2
Desta forma, a solução é dada por combinações lineares de uma constante e da resposta
dada pela resposta natural do sistema.
Considerando os desenvolvimentos dos tipos de respostas já obtidos para a resposta na-
tural, é possível sistematizar as respostas do sistema submetido a um degrau nas subseções
que seguem:
10.3 Circuito RLC paralelo 95
iR iL ic +
R L C vc
−
ic + iR + iL = 0 (10.31)
vc
i =
R
R
dvc
ic = C (10.32)
dt
Z
1
iL = vc dt
L
Z
dvc vc 1
C + + vc dt = 0 (10.33)
dt R L
Derivando ambos os membros em relação ao tempo, obtém-se uma equação diferencial
ordinária de segunda ordem:
d 2 vc 1 dvc 1
C + + vc = 0 (10.34)
dt 2 R dt L
96 Capítulo 10. Circuitos elétricos de segunda ordem
d 2 vc 1 dvc 1
2
+ + vc = 0 (10.35)
dt RC dt LC
1 1
Fazendo ωn2 = LC e 2ζ ωn = RC , vem:
1
ωn = √ (10.37)
LC
√
LC
ζ= (10.38)
2RC
Superamortecida
Para o circuito apresentar uma resposta superamortecida, 1 − ζ 2 < 0. Isso implica nas
seguintes relações:
L L
1−ζ2 < 0 ⇒ > 1 ⇒ L > 4R 2
C ⇒ > 4RC (10.39)
4R2C R
Satisfeitas as condições, a resposta de vc (t) pode ser dada por:
1
α =
2RC
r q (10.41)
1 1
β = − = α 2 − ωn2
4R2C2 LC
Para determinar os valore de A1 e A2 , é necessário o conhecimento dos valores iniciais
de tensão e corrente no capacitor. Considerando ic (0) = i e vc (0) = v, vem:
v = A1 + A2 (10.43)
dvc (t)
C = ic (t) = C(−α + β )A1 e(−α+β )t +C(−α − β )A2 e(−α−β )t (10.44)
dt
10.3 Circuito RLC paralelo 97
dvc (0)
C = i = C(−α + β )A1 e(−α+β )0 +C(−α − β )A2 e(−α−β )0 (10.45)
dt
L L
1−ζ2 = 0 ⇒ 2
= 1 ⇒ L = 4R2C ⇒ = 4RC (10.50)
4R C R
Satisfeitas as condições, a resposta de vc (t) pode ser dada por:
v = A1 (10.53)
dvc (t)
C = ic (t) = −CαA1 e−αt −CαtA2te−αt +CA2 e−αt (10.54)
dt
dvc (0)
C = i = −CαA1 e−α0 −CαtA2 0e−α0 +CA2 e−α0 (10.55)
dt
ic (0)
i = −CαA1 +CA2 ⇒ A2 = + αvc (0) (10.56)
C
98 Capítulo 10. Circuitos elétricos de segunda ordem
Subamortecida
Para o circuito apresentar uma subamortecida, 1 − ζ 2 > 0. Isso implica nas seguintes
relações:
L L
1−ζ2 > 0 ⇒ 2
< 1 ⇒ L < 4R2C ⇒ < 4RC (10.57)
4R C R
Satisfeitas as condições, a resposta de vc (t) pode ser dada por:
dvc (t)
= −αvc (t) + De−αt (−ωsen(ωt) + jωcos(ωt)) (10.60)
dt
iR iL ic +
is CH1 R L C vc
−
ic + iR + iL = is (10.63)
vc
i =
R
R
dvc
ic = C (10.64)
dt
Z
1
iL = vc dt
L
10.3 Circuito RLC paralelo 99
Z
dvc vc 1
C + + vc dt = is (10.65)
dt R L
Derivando ambos os membros em relação ao tempo, obtém-se uma equação diferencial
ordinária de segunda ordem:
d 2 vc 1 dvc 1
C + + vc = 0 (10.66)
dt 2 R dt L
d 2 vc 1 dvc 1
+ + vc = 0 (10.67)
dt 2 RC dt LC
O que mostra que a dinâmica do circuito é a mesma da resposta natural. A diferença
consiste nos valores finais das grandezas. No caso da resposta natural, todas as grandezas
tendiam a um valor nulo no regime permanente. Na resposta ao degrau, o valor médio da
corrente no circuito é uma constante mesmo depois do transitório.
Como a dinâmica do circuito é a mesma, os critérios considerados e os resultados
obtidos no caso da resposta natural podem ser utilizados para determinar os valores na
resposta ao degrau.
Superamortecida
(
vc (t) = A1 e(−α+β )t + A2 e(−α−β )t + vc f
(10.68)
ic (t) = B1 e(−α+β )t + B2 e(−α−β )t + ic f
(
vL (t) = C1 e(−α+β )t +C2 e(−α−β )t + vL f
(10.69)
iL (t) = D1 e(−α+β )t + D2 e(−α−β )t + iL f
(
vR (t) = E1 e(−α+β )t + E2 e(−α−β )t + vR f
(10.70)
iR (t) = F1 e(−α+β )t + F2 e(−α−β )t + iR f
Criticamente amortecida
(
vR (t) = A1 e−αt + A2te−αt + vR f
(10.71)
iR (t) = B1 e−αt + B2te−αt + iR f
(
vL (t) = C1 e−αt +C2te−αt + vL f
(10.72)
iL (t) = D1 e−αt + D2te−αt + iL f
(
vC (t) = E1 e−αt + E2te−αt + vc f
(10.73)
iC (t) = F1 e−αt + F2te−αt + ic f
100 Capítulo 10. Circuitos elétricos de segunda ordem
Subamortecida
(
vL (t) = Ae−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + vL f
(10.74)
iL (t) = Be−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + iL f
(
vC (t) = De−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + vc f
(10.75)
iC (t) = Ee−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + ic f
(
vR (t) = Fe−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + vR f
(10.76)
iR (t) = Ge−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + iR f
R L
+
vR − +
vL − +
i C vc
−
vL + vR + vc = 0 (10.77)
Z
di(t) 1
L + Ri(t) + i(t)dt = 0 (10.78)
dt C
Derivando em relação ao tempo:
d 2 i(t) di(t) 1
L 2
+R + i(t) = 0 (10.79)
dt dt C
d 2 i(t) R di(t) 1
2
+ + i(t) = 0 (10.80)
dt L dt LC
R 1
Fazendo ζ ωn = 2L e ωn2 = LC :
d 2 i(t) di(t)
2
+ 2ζ ωn + ωn2 i(t) = 0 (10.81)
dt dt
p
Onde α = ζ ωn e β = ωn ζ 2 − 1.
As respostas para essa equação já foram determinadas na seção 10.1.
10.4 Circuito RLC série 101
R
α =
2L
r q (10.82)
R2 1
β = − = α 2 − ωn2
4L2 LC
(
vc (t) = A1 e(−α+β )t + A2 e(−α−β )t
(10.83)
ic (t) = B1 e(−α+β )t + B2 e(−α−β )t
(
vL (t) = C1 e(−α+β )t +C2 e(−α−β )t
(10.84)
iL (t) = D1 e(−α+β )t + D2 e(−α−β )t
(
vR (t) = E1 e(−α+β )t + E2 e(−α−β )t
(10.85)
iR (t) = F1 e(−α+β )t + F2 e(−α−β )t
Criticamente amortecida
(
vR (t) = A1 e−αt + A2te−αt
(10.86)
iR (t) = B1 e−αt + B2te−αt
(
vL (t) = C1 e−αt +C2te−αt
(10.87)
iL (t) = D1 e−αt + D2te−αt
(
vC (t) = E1 e−αt + E2te−αt
(10.88)
iC (t) = F1 e−αt + F2te−αt
Subamortecida q
R
p 1 R2
α = ζ ωn = 2
e ω = ωn 1 − ζ = LC − 4L
2L 2
(
vL (t) = Ae−αt (cos(ωt) + jsen(ωt))
(10.89)
iL (t) = Be−αt (cos(ωt) + jsen(ωt))
(
vC (t) = De−αt (cos(ωt) + jsen(ωt))
(10.90)
iC (t) = Ee−αt (cos(ωt) + jsen(ωt))
(
vR (t) = Fe−αt (cos(ωt) + jsen(ωt))
(10.91)
iR (t) = Ge−αt (cos(ωt) + jsen(ωt))
102 Capítulo 10. Circuitos elétricos de segunda ordem
R L
i +
vR − +
vL − +
+
vs − C vc
−
vL + vR + vc = vs (10.92)
Z
di(t) 1
L + Ri(t) + i(t)dt = vs (10.93)
dt C
Derivando em relação ao tempo:
d 2 i(t) di(t) 1
L + R + i(t) = 0 (10.94)
dt 2 dt C
d 2 i(t) R di(t) 1
2
+ + i(t) = 0 (10.95)
dt L dt LC
R 1
Fazendo ζ ωn = 2L e ωn2 = LC :
d 2 i(t) di(t)
2
+ 2ζ ωn + ωn2 i(t) = 0 (10.96)
dt dt
p
Onde α = ζ ωn e β = ωn ζ 2 − 1.
As respostas para essa equação já foram determinadas na seção 10.1.
Superamortecida
R
α =
2L
r q (10.97)
R2 1
β = − = α 2 − ωn2
4L2 LC
(
vc (t) = A1 e(−α+β )t + A2 e(−α−β )t + vc f
(10.98)
ic (t) = B1 e(−α+β )t + B2 e(−α−β )t + ic f
10.5 Superposição 103
(
vL (t) = C1 e(−α+β )t +C2 e(−α−β )t + vL f
(10.99)
iL (t) = D1 e(−α+β )t + D2 e(−α−β )t + iL f
(
vR (t) = E1 e(−α+β )t + E2 e(−α−β )t + vR f
(10.100)
iR (t) = F1 e(−α+β )t + F2 e(−α−β )t + iR f
Criticamente amortecida
(
vR (t) = A1 e−αt + A2te−αt + vR f
(10.101)
iR (t) = B1 e−αt + B2te−αt + iR f
(
vL (t) = C1 e−αt +C2te−αt + vL f
(10.102)
iL (t) = D1 e−αt + D2te−αt + iL f
(
vC (t) = E1 e−αt + E2te−αt + vc f
(10.103)
iC (t) = F1 e−αt + F2te−αt + ic f
Subamortecida q
R
p 1 R2
α = ζ ωn = 2L e ω = ωn 1 − ζ 2 = LC − 4L 2
(
vL (t) = Ae−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + vL f
(10.104)
iL (t) = Be−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + iL f
(
vC (t) = De−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + vc f
(10.105)
iC (t) = Ee−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + ic f
(
vR (t) = Fe−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + vR f
(10.106)
iR (t) = Ge−αt (cos(ωt) + jsen(ωt)) + iR f
10.5 Superposição
Quando o circuito a ser analisado apresenta mais de uma fonte de alimentação, sua
análise pode ser realizada considerando a ação conjunta de todas as fontes, ou a partir
do método da superposição. É possível analisar circuitos lineares invariantes no tempo
considerando a ação isolada de cada fonte de alimentação e por fim, realizando a soma das
componentes das grandezas calculadas. Como os circuitos de primeira e segunda ordem
atendem aos requisitos de linearidade e invariância no tempo (componentes não alteram
suas características ao longo do tempo), então a aplicação do método da superposição é
possível na análise desses circuitos.
Ao usar o método da superposição na análise dos circuitos de primeira e segunda
ordem, deve-se atentar para o fato de que as condições iniciais de capacitores e/ou
indutores só podem ser consideradas uma única vez ao desmembrar a análise em
várias sub-análises, de acordo com o número de fontes existentes no circuito.
104 Capítulo 10. Circuitos elétricos de segunda ordem
(
0, se t < 0
f (t) = (11.1)
u(t) = 1, se t > 0
É importante observar que a função 11.4 não é definida em 0. Embora a função degrau
não seja definida em t = 0, sob determinadas condições pode-se definir a mesma entre os
instantes ε − e ε + , com ε → 0, como uma função linear, como pode ser visto na figura
108 Capítulo 11. Sinais elétricos
11.2.
0, se t < ε −
f (t) = ku(t) = k, se t > ε + (11.2)
k(0, 5 + t ) se ε − < t < ε +
2ε
(
0, se t < a
(a) f (t) = (11.3)
ku(t − a) = k, se t > a
(
0, se t < −a
(b) f (t) = (11.4)
ku(t + a) = k, se t > −a
A função degrau fornece valores diferentes de zero sempre que seu argumento é maior
que zero. Esse tipo de função pode ser utilizado para representar funções com pulsos.
Pode ser mostrado que a função pulso f (t) na figura 11.4 pode ser representada pela
soma das seguintes funções degrau:
f (t) = u1 (t)−u2 (t)+u3 (t)−u4 (t) = 3u(t +3)−6u(t −1)+5u(t −4)−2u(t −5) (11.9)
A função pulso g(t) da figura 11.5 pode ser representada pela soma das seguintes
funções degrau:
g(t) = u1 (t)−u2 (t)+u3 (t)−u4 (t) = 3u(1−t)−3u(t −1)+5u(t −4)−2u(t −5) (11.14)
11.2 Função impulso δ (t) 111
(
0, se t 6= τ
δ (t − τ) = (11.15)
∞, se t = τ
Z∞ Z
τ+ε
δ (t − τ)dt = δ (t − τ)dt = 1 (11.16)
−∞ τ−ε
C1
+ −
vC1
+ R
vC2 C2
− iC iR
Considerando o circuito da figura 11.6, e sabendo que o capacitor C1 possui uma carga
armazenada, de modo que a sua tensão inicial vc 1(0) = v0 . Da análise de circuitos de
primeira ordem anteriormente apresentada:
v0 − t
i(t) = ir (t) = −ic (t) = e τ (11.17)
R
Se R → 0, τ = RCeq → 0
R∞ v0 −x
Se R → 0, Re
τ dx = −v0Ceq (0 − 1) = v0Ceq
−∞
Observa-se que a integral é constante e independe do termo que tende a zero, neste caso,
o valor de R. Assim, confirma-se o comportamento impulsivo da corrente no circuito RC,
resposta natural, quando não há o resistor. Esse comportamento impulsivo da corrente faz
com que a tensão nos dois capacitores varie na forma de um degrau, como será explicado
mais adiante.
+
Z∞ Z0
f (0)δ (t)dt = f (0) δ (t)dt = f (0) (11.18)
−∞ 0−
Desta forma, a função impulso tem como uma das propriedades a habilitação para a
leitura de grandezas devido a pequena duração.
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
t
-2 -1 1 2 3
t + τ + 2, se − 2 ≤ t + τ < −1
1, se − 1 ≤ t + τ < 1
y(t + τ) = −(t + τ) + 3 (11.20)
, se 1 ≤ t + τ < 3
2
0, se t + τ ≥ 3 ou t + τ ≤ −2
t + τ + 2, se − 2 − τ ≤ t < −1 − τ
1, se − 1 − τ ≤ t < 1 − τ
y(t + τ) = −(t + τ) + 3 (11.21)
, se 1 − τ ≤ t < 3 − τ
2
0, se t ≥ 3 − τ ou t ≤ −2 − τ
Se τ = 2:
t + 2 + 2, se − 2 − 2 ≤ t < −1 − 2
1, se − 1 − 2 ≤ t < 1 − 2
y(t + τ) = −(t + 2) + 3 (11.22)
, se 1 − 2 ≤ t < 3 − 2
2
0, se t ≥ 3 − 2 ou t ≤ −2 − 2
t + 4, se − 4 ≤ t < −3
1, se − 3 ≤ t < −1
y(t + τ) = −t + 1 (11.23)
, se − 1 ≤ t < 1
2
0, se t ≥ 1 ou t ≤ −4
O gráfico da expressão 14.11 pode ser observado na imagem 11.10.
11.3.3 Reflexão
A reflexão de um sinal é o caso particular da mudança de escala na qual α = −1. A
obtenção da reflexão de um sinal consiste em escrever o sinal y(t) como y(−t).
116 Capítulo 11. Sinais elétricos
y( t )
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
t
-2 -1 1 2 3
(a) α = 1
1
(b) α = 2
(c) α = 2
Figura 11.11
11.3 Operações sobre sinais 117
Exemplo 11.3
t + 2, se − 2 ≤ t < −1
1, se − 1 ≤ t < 1
y(t) = −t + 3 (11.27)
, se 1 ≤ t < 3
2
0, se t ≥ 3 ou t < −2
− t + 2, se − 2 ≤ −t < −1
1, se − 1 ≤ −t < 1
y(−t) = −(−t) + 3 (11.28)
, se 1 ≤ −t < 3
2
0, se − t ≥ 3 ou − t < −2
− t + 2, se 1 ≤ t < 2
1, se − 1 ≤ t < 1
y(−t) = t + 3 (11.29)
, se − 3 ≤ t < −1
2
0, se t < −3 ou t ≥ 2
h(t) = −t + 1, ∀t ∈ ℜ (11.31)
Como os valores de x(t) são nulos para valores de t maiores que 1 ou menores que −1, o
sinal y(t) também será anulado nesse intervalo. Para −1 < t < 0, x(t) = t +1, h(t) = −t +1
e y(t) = (t + 1)(−t + 1) = −t 2 + 1. Para 0 < t < 1, x(t) = −t + 1, h(t) = −t + 1 e
y(t) = (−t + 1)(−t + 1) = t 2 − 2t + 1.
2
− t + 1, se − 1 ≤ t < 0
y(t) = t 2 − 2t + 1, se 0 ≤ t < 1 (11.33)
0, se t ≥ 1 ou t < −1
Na imagem 11.13 é possível observar os gráficos das funções h(t), x(t) e y(t).
11.3 Operações sobre sinais 119
(a) x(t)
(b) h(t)
(c) y(t)
Figura 11.13
12. A transformada de Laplace
Z∞
F(s) = L ( f (t)) = f (t)e−st dt (12.1)
−∞
Z∞
F(s) = L ( f (t)) = f (t)e−st dt (12.2)
0
R Como o limite inferior é zero, o comportamento de f (t) para t<0 é ignorado (trans-
formada de Laplace unilateral)
R Se f (t) apresenta uma descontinuidade em t=0 e se esta descontinuidade não for uma
0R+ R∞ R∞
função Impulso, δ (t), então f (t)e−st dt = 0 ⇒ f (t)e−st dt = f (t)e−st dt
0− 0− 0+
x
Z∞ Z∞ −st
−e −0 − (−1) 1
L (u(t)) = u(t)e−st dt = e−st dt = lim = = (12.3)
x→∞ s s s
0 0 0
x
Z∞ Z∞ −t(α+s)
−e −0 − (−1) 1
L (e−αt ) = e−αt e−st dt = e−t(α+s) dt = lim = =
x→∞ α +s α +s a+s
0 0 0
(12.4)
+ +
Z∞ Z0 Z0
L (δ (t)) = δ (t)e−st dt = δ (t)e−s0 dt = δ (t)dt = 1 (12.5)
0 0− 0−
−
Z0 Zε
0 1 −st −1 −st es ε + e( − sε) − 2
L (δ (t)) = lim [ e dt + e dt] = (12.6)
ε→0 ε2 ε2 sε 2
−ε 0+
s2 es ε + s2 e−sε
lim =s (12.7)
ε→0 2s
12.2 Transforadas operacionais 123
Z∞
L [(α + β )( f (t) + g(t))] = (α + β )( f (t) + g(t))e−st dt (12.8)
0
Z∞ Z∞
−st
L ((α + β )( f (t) + g(t))) = (α + β )[ f (t)e dt + g(t)e−st dt] (12.9)
0 0
Z∞
0
L ( f (t)) = f 0 (t)e−st dt (12.11)
0
x
Z∞ Z∞
L ( f 0 (t)) = f 0 (t)e−st dt = lim ( f (t)e−st ) − f (t)(−s)e−st dt (12.12)
x→∞
0 0 0
Z∞
0
L ( f (t)) = − f (0) + s f (t)e−st dt (12.13)
0
De modo geral:
d n f (t)
L( ) = sn F(s) − sn−1 f (0) − sn−2 f 00 (0)... − yn−1 (0) (12.15)
dt n
124 Capítulo 12. A transformada de Laplace
Zt
1
L ( f (t)) = sG(s) ⇒ G(s) = L ( f (t)) = L ( f (u)du) (12.17)
s
0
12.2.4 Deslocamento em s
Se L ( f (t)) = F(s):
Z∞ Z∞
−at −at −st
L (e f (t)) = e f (t)e dt = f (t)e−t(s+a) dt = F(s + a) (12.18)
0 0
Z∞
L ( f (at)) = f (at)e−st dt (12.19)
0
Se at = u ⇒ du = adt ⇒ dt = a1 du e t = au .
Z∞
u du 1 u
L ( f (at)) = f (u)e−s a = F( ) (12.20)
a a a
0
12.3.1 impedância
12.3 Elementos de circuito no domínio da frequência s = σ + jω 125
Definição 12.3.1 — Impedância elétrica. Chama-se de impedância a resposta de
um elemento, ou um circuito, à relação de tensão e corrente do mesmo. Esta resposta
pode conter, além de alterações na amplitude da corrente ou da tensão, defasamento
entre as grandezas, podendo adiantar ou atrasar uma em relação à outra.
V (s)
Z(s) = (12.21)
I(s)
I(s) 1
Y (s) = = (12.22)
V (s) Z(s)
12.3.2 Resistor
R I(s)
+ V (s) −
V (s)
L (v(t)) = L (Ri(t)) ⇒ L (v(t)) = RL (i(t)) ⇒ V (s) = RI(s) ⇒ R = (12.24)
I(s)
ZR (s) = R (12.25)
12.3.3 Indutor
Em um indutor, a relação entre a tensão e a corrente é dada por:
di(t)
v(t) = L (12.26)
dt
126 Capítulo 12. A transformada de Laplace
di(t)
L (v(t)) = LL ( ) ⇒ V (s) = L[sI(s) − i(0− )] (12.27)
dt
V (s) i(0− )
I(s) = + (12.29)
sL s
As expressões 12.28 e 12.29 podem ser utilizadas para modelar o indutor no domínio
da frequência. Observa-se que a expressão 12.28 sugere um modelo composto por uma
queda de tensão dada por sLI(s) em série com uma fonte de tensão no sentido oposto dada
por Li(0− ). A expressão 12.29 sugere um circuito composto por uma fonte de corrente em
paralelo com um elemento que oferece uma condutância.
Considerando i(0− ) = 0, a impedância do indutor pode ser dado por :
V (s) sLI(s)
ZL (s) = ⇒ ZL (s) = ⇒ ZL (s) = sL (12.30)
I(s) I(s)
Como s = σ + jω, a impedância do indutor pode ser dada por:
I(s) 1
YL (s) = = = GL ∠ − θL (12.33)
V (s) RL ∠θL
1
Onde GL = RL .
12.3 Elementos de circuito no domínio da frequência s = σ + jω 127
i(0− )
s
L I(s)
+ +
sLI(s) −
V (s) − Li(0− )
+
I(s) L
−
(a) Modelo para V (s) = sLI(s) − Li(0− )
+
sLI(s) −
(s) −)
(b) modelo para I(s) = VsL + i(0s
12.3.4 Capacitor
Em um capacitor, a relação entre a tensão e a corrente é dada por:
dv(t)
i(t) = C (12.34)
dt
Aplicando a transformada de Laplace:
dv(t)
L (i(t)) = cL ( ) ⇒ I(s) = C[sV (s) − v(0− )] (12.35)
dt
I(s) v(0− )
V (s) = + (12.37)
sC s
As expressões 12.36 e 12.37 podem ser utilizadas para modelar o capacitor no domínio
da frequência. Observa-se que a expressão 12.37 sugere um modelo composto por uma
queda de tensão dada por I(s)
sC em série com uma fonte de tensão no mesmo sentido dada
−
por v(0s ) . A expressão 12.36 sugere um circuito composto por uma fonte de corrente em
paralelo com um elemento que oferece uma condutância.
Considerando v(0− ) = 0, a admitância do capacitor pode ser dado por :
I(s) sCI(s)
Yc (s) = ⇒ Yc (s) = ⇒ Yc (s) = sC (12.38)
V (s) I(s)
Como s = σ + jω:
V (s) 1
Zc = = = Rc ∠ − θc (12.41)
I(s) Gc ∠θc
1
Onde Rc = Gc .
Cv(0− )
C
I(s)
+ + −
I(s) +
V (s) sC − v(0− ) C
s I(s) sCV (s)
− + −
(a) Modelo para V (s) = I(s)
+ v(0− ) V (s)
sC s
(b) modelo para I(s) = sCV (s) + −Cv(0− )
vs
= VR (s) +VL (s) (12.42)
s
vs
= RI(s) + sLI(s) = (R + sL)I(s) (12.43)
s
vs
vs L vs 1 1
I(s) = = = (− + ) (12.44)
(sL + R)s (s + RL )s R s + RL s
12.4 Análise de circuitos no domínio da frequencia s = σ + jω 129
R R
+
vR (t) − +
VR (s) −
+ +
+ +
vs u(t) − vL (t) L
vs
s
− VL (s) sL
− −
i(t) I(s)
(a) Circuito no domínio do tempo (b) Circuito no domínio da frequência
1 R
L −1 ( R
) = e− L t u(t) (12.45)
s+ L
1
L −1 ( ) = u(t) (12.46)
s
vs u(t) R
L −1 (I(s)) = i(t) = (1 − e− L t ) (12.47)
R
A tensão no resistor é dada por:
R
vR (t) = vs (1 − e− L t )u(t) (12.48)
sL vs sL
VL (s) = sLI(s) = = V (s) (12.49)
Ls + R s sL + R
Com a expressão 12.49 é possível observar que a expressão para VL (s) pode ser
determinada como um divisor de tensões considerando a impedância do indutor.
A impedância do circuito em função de s é Z(s) = R + sL. Utilizando este fato para
fazer uma transformação de fonte:
V (s)
V (s) = Z(s)I(s) ⇒ I(s) = (12.50)
Z(s)
130 Capítulo 12. A transformada de Laplace
R R
+ −+ + −
+
vR (t) VR (s)
− RL t vs vs 1
R ( s+ R )
vs vs 1
R (e )u(t) R u(t) vL (t) L R(s) VL (s) sL
L
− −
i(t) I(s)
(a) Circuito no domínio do tempo (b) Circuito no domínio da frequência
1
sC
R
+
+
Vs (s) − sL Vth (s)
−
Figura 12.5: Circuito no domínio da frequência
sL s2
Vth (s) = V
1 s
(s) ⇒ Vth (s) = V (s)
1 s
(12.51)
sL + sC s2 + LC
1
sC R
R
Ix (s)
Ix (s) s +
+ C
Vx (s) −
sL Vx (s) − 1
s2 + LC
(b)
(a)
s2 +
−
2
s + LC1 Vs (s)
1 s
sL sC C
Z1 (s) = 1
= 1
(12.52)
sL + sC s2 + LC
Assim:
s
C
Zth (s) = 1
+R (12.53)
s2 + LC
I
−1 1
f (t) = L (F(s)) F(s)est ds (12.54)
2π j c
(s+3)(s+4)
Exemplo 12.1 Dado F(s) = s(s+1)(s+2) :
N(s) (s + 3)(s + 4) k0 k1 k2
F(s) = = = + + (12.56)
D(s) s(s + 1)(s + 2) s s+1 s+2
Multiplicando ambos os membros por D(s):
1 1 1 k0 1
3 2 1 k1 = 7 (12.60)
2 0 0 k2 12
Determinados os valores dos coeficientes:
k0 k1 k2
L −1 (F(s)) = L −1 ( ) + L −1 ( ) + L −1 ( ) (12.61)
s s+1 s+2
N(s) 10s k0 k1
F(s) = = = + (12.63)
D(s) [s + (1 + j5)][s + (1 − j5)] s + (1 + j5) s + (1 − j5)
Multiplicando ambos os membros por D(s):
1 1 k0 10
= (12.67)
1 − j5 1 + j5 k1 0
Determinados os valores dos coeficientes:
k0 k1
L −1 (F(s)) = L −1 ( ) + L −1 ( ) (12.68)
s + (1 + j5) s + (1 − j5)
Raízes repetidas
s
Exemplo 12.3 Dado F(s) = (s2 )(s+1)2
s k0 k1 k2 k3
F(s) = = + + + (12.70)
(s2 )(s + 1)2 s 2 s (s + 1)2 s+1
Multiplicando os dois membros por D(s):
134 Capítulo 12. A transformada de Laplace
30s + 100
F(s) = s2 + 4s + 10 + (12.72)
s2 + 9s + 20
Com a expressão 12.74, a fração que aparece é própria e pode ser utilizado os processos
anteriores para a determinação da transformada inversa.
A aplicação do teorema do valor inicial não pode ser aplicado a funções f (t) que
apresentem uma função impulso na origem. Para verificar se a função f (t) apresenta um
impulso na origem a partir da respectiva transformada de Laplace, ou seja, a partir da
F(s) = L ( f (t)), deve-se avaliar se a função F(s) possui algum termo constante, caso sim,
isso indica que a função apresenta um impulso na origem.
O cálculo do limite do teorema do valor inicial, quando a função f (t) possui um
impulso na origem, tenderá para infinito, ou seja, não é determinado.
Demonstração
Z∞
0 −
L ( f (t)) = sF(s) − f (0 ) = f 0 (t)e−st dt (12.74)
0
+
Z∞ Z0 Z∞
− 0 −st 0 −st
lim [sF(s) − f (0 )] = lim f (t)e dt = lim [ f (t)e dt + f 0 (t)e−st dt] (12.75)
s→∞ s→∞ s→∞
0 0− 0+
+
Z0 Z∞
− 0
lim [sF(s) − f (0 )] = 0
f (t)e dt + lim f 0 (t)e−st dt (12.76)
s→∞ s→∞
0− 0+
12.8 Teoremas importantes 135
Z∞
lim f 0 (t)e−st dt = 0 (12.77)
s→∞
0+
+
Z0
f 0 (t)e0 dt = f (0+ ) − f (0− ) (12.78)
0−
O teorema do valor final não pode ser aplicado a funções F(s) = N(s)
D(s) cujas raízes de
D(s) estejam localizadas no semi-plano direito do plano complexo em s. A função F(s),
no entanto, poderá apresentar uma única raiz na origem do plano s. Caso F(s) seja uma
função racional própria e D(s) seja uma função de segunda ordem, se D(s) apresentar uma
raiz complexa conjugada com parte real nula, o cálculo realizado a partir do teorema do
valor final para esta função racional resultará no valor médio de regime da função, visto
que, a função apresentará oscilação permanente em regime permanente.
Demonstração
Z∞
0 −
L ( f (t)) = sF(s) − f (0 ) = f 0 (t)e−st dt (12.82)
0
Z∞
−
lim [sF(s) − f (0 )] = lim ( f 0 (t)e−st dt) (12.83)
s→0 s→0
0−
Z∞
−
lim [sF(s) − f (0 )] = f 0 (t)e0 dt (12.84)
s→0
0−
136 Capítulo 12. A transformada de Laplace
Z∞
−
lim [sF(s) − f (0 )] = f 0 (t)dt = lim f (t) − f (0− ) (12.85)
s→0 t→∞
0−
Y (s)
H(s) = (13.1)
X(s)
Utilizar H(s) para denotar a função de transferência é uma homenagem à contribuições
de Heaviside ao estudo. Y (s) representa a resposta provocada pela entrada, ou conjunto de
entradas, X(s). As raízes do denominador de H(s) são chamados polos e representam a
dinâmica do sistema. As raízes do denominador são chamados de zeros e indicam para
quais valores de s o sistema tem saída zero.
Para um dado circuito, pode ser determinado um conjunto de funções de transferência,
bastando modificar a escolha da variável de saída a ser observada. Independente da variável
de saída selecionada, é possível mostrar que os Polos de todas as funções de transferência
138 Capítulo 13. A função de transferência H(s)
(f)
(e) Polos complexos sem amortecimento
sL
+ +
Vi (s) − (Vi (s)−V0 (s))k p (s+ τ1 ) − 1
sC R V0 (s)
s
1 1
R sC C
Z1 = 1
= 1
(13.2)
R + sC s + RC
Assim, o valor de V0 (s) é dado pelo divisor de tensão formado pelo indutor e a
impedância Z1 encontrada.
1
C
1
s+ RC (Vi (s) −V0 (s))k p (s + τ1 )
V0 (s) = 1 (13.3)
C
+ sL s
1
s+ RC
1
LC (Vi (s) −V0 (s))k p (s + τ1 )
V0 (s) = 1 1
(13.4)
s2 + RC s + LC
s
s+ τ1
kp LC
V0 (s) = 1 1
(Vi (s) −V0 (s)) (13.5)
s(s2 + RC s + LC )
s+ τ1 s+ τ1
kp LC kp LC
V0 (s) +V0 (s) 1 1
= 1 1
Vi (s) (13.6)
s(s2 + RC s + LC ) s(s2 + RC s + LC )
s+ τ1 s+ τ1
kp LC kp LC
V0 (s)(1 + 1 1
)= 1 1
Vi (s) (13.7)
s(s2 + RC s + LC ) s(s2 + RC s + LC )
13.2 Exemplo de determinação de H(s) 143
s+ 1
k p LCτ
2 1 1
s(s + RC s+ LC )
V0 (s) = Vi (s) (13.8)
s+ 1
k p LCτ
1+ 2
s(s + RC1 1
s+ LC )
s+ 1
k p LCτ
V0 (s) 2
s(s + RC1 1
s+ LC )
H(s) = = (13.9)
Vi (s) s+ 1
k p LCτ
1+ 2
s(s + RC1 1
s+ LC )
Exemplo 13.2 Escolher o valor de τ de forma que se elimine o polo mais lento do
circuito RLC do exemplo anterior.
s+ 1
k p LCτ
1 1
s(s2 + RC s+ LC )
H(s) = (13.10)
s+ 1
k p LCτ
1+ 1
s(s2 + RC 1
s+ LC )
s+ τ1
kp LC
H(s) = (13.11)
1 1 s+ τ1
s(s2 + RC s + LC ) + kp LC
1 1
Fazendo ωn2 = LC e ζ ωn = 2RC :
k p (s + τ1 )ωn2
H(s) = (13.12)
s(s2 + 2ζ ωn s + ωn2 ) + k p (s + τ1 )ωn2
s2 + 2ζ ωn s + ωn2 = 0 (13.13)
q
s1 = −ζ ωn + ωn ζ2 −1 (13.14)
q
s2 = −ζ ωn − ωn ζ2 −1 (13.15)
k p ωn2
H(s) = (13.17)
s (s−s(s+
1 )(s−s2 )
1
)
+ k p ωn2
τ
Se s − s1 = s + τ1 , então −s1 = 1
τ ⇒ τ = − s11
k p ωn2
H(s) = (13.18)
s(s − s2 ) + k p ωn2
k p ωn2
H(s) = (13.19)
s2 − ss2 + k p ωn2
s2 2
∆ = s22 − 4k p ωn2 > 0 ⇒ k p < ( ) (13.20)
2ωn
k p ωn2
H(s) = (13.22)
s (s−s(s+
1 )(s−s2 )
1
)
+ k p ωn2
τ
13.3 Função de transferência em frações parciais 145
1 √1
Com ζ ωn = 2RC = 12500 e ωn = LC
= 10000
q
s1 = −ζ ωn + ωn ζ 2 − 1 = −5000 (13.23)
q
s2 = −ζ ωn − ωn ζ 2 − 1 = −20000 (13.24)
k p ωn2
H(s) = (13.25)
s2 − ss2 + k p ωn2
s22 s22
Se k p = 4ωn2
, k p ωn2 = 4
s22
4
H(s) = (13.26)
s22
s2 − ss2 + 4
s22
4
H(s) = (13.27)
(s − s22 )2
vi 1
Vi (s) = = (13.28)
s s
s22
4 A B D
Y (s) = s2 2 = + s2 + (13.30)
s(s − 2) s s − 2 (s − s22 )2
s22 s2 s2
= A(s − )2 + Bs(s − ) + Ds (13.31)
4 2 2
s22 s2 s2
= A(s2 − ss2 + 2 ) + B(s2 − s ) + Ds (13.32)
4 4 2
s22 s2 s2
= S2 (A + B) + s(−As2 − B + D) + A 2 (13.33)
4 2 4
146 Capítulo 13. A função de transferência H(s)
A+B = 0
s2
− As2 − B + D = 0
2 (13.34)
2 2
s s
A 2 = 2
4 4
s
1 −1 2
2
Y (s) = + + (13.35)
s s − s22 (s − s22 )2
s2 s2 s2 t
y(t) = (1 − e 2 t + te 2 ) (13.36)
2
V 0 c (s) V 0 c (s)
R R
− + − +
+ +
1 + 1 +
V (s) sC − Vx (s) V (s) sC − Vx (s)
− −
(a) Modelo com resistor em série (b) Resposta natural
Figura 13.5
1 1
V 0 c (s) = sC
1
Vx (s) = RC
1
Vx (s) (13.39)
R + sC s + RC
Assim:
1 1
RC RC
V (s) = Vx (s) − 1
Vx (s) = [1 − 1
]Vx (s) (13.40)
s + RC s + RC
1
V (s)
Hn (s) = = 1 − RC 1 (13.41)
Vx (s) s + RC
14. A integral de convolução
Z∞ Z∞
y(t) = x(t) ∗ h(t) = x(τ)h(t − τ)dτ = h(τ)x(t − τ)dτ (14.1)
−∞ −∞
14.1 Demonstração
Dado Y (s) = H(s)X(s), H(s) = L (h(t)) e X(s) = L (x(t))
Z∞ Z∞
−sτ
Y (s) = x(τ)e dτ h(u)e−su du (14.2)
−∞ −∞
Z∞ Z∞
Y (s) = x(τ)e−sτ h(u)e−su dτdu (14.3)
−∞ −∞
Z∞ Z∞
Y (s) = x(τ)h(u)e−s(τ+u) dτdu (14.4)
−∞ −∞
150 Capítulo 14. A integral de convolução
Para t = τ + u, u = t − τ e du = dt
Z∞ Z∞
Y (s) = x(τ)h(t − τ)e−st dτdt (14.5)
−∞ −∞
R∞
Fazendo y(t) = x(τ)h(t − τ)dτ
−∞
Z∞
Y (s) = y(t)e−st dt = L (y(t)) (14.6)
−∞
Assim:
Z∞
y(t) = x(τ)h(t − τ)dτ = L −1 (X(s)H(s)) (14.7)
−∞
É possível observar que a integral de convolução depende das operações sobre sinais
apresentadas na seção 11.3. h(t − τ) consiste em um espelhamento provocado por −τ e
um deslocamento provocado por t.
14.2 Exemplos
Exemplo 14.1 Um sistema sem memória é definido como um sistema em que o sinal de
saída, a cada instante, depende apenas do seu valor de entrada, ou seja, não depende de
valores passados ou futuros.
Um circuito que apresenta esse tipo de característica é o divisão de tensões resistivo.
Neste tipo de circuito, se o sinal de entrada é vs , o sinal de saída será v0 = αvs , onde α
é uma constante dada em função das resistências. A função de transferência é dada por
vo (s)
vs (s) = α. A transformada inversa de Laplace resulta em h(t) = αδ (t).
Se a entrada vs (t) é dada por:
(
β , se 0 ≤ t < 1
vs (t) = (14.8)
0, se t ≥ 1 ou t < 0
R∞
A saída, vo (t), pode ser calculada pela convolução vo (t) = h(τ)vs (t − τ)dτ.
−∞
(
β , se 0 ≤ t − τ < 1
vs (t − τ) = (14.9)
0, se t − τ ≥ 1 ou t − τ < 0
(
β , se − t ≤ −τ < 1 − t
vs (t − τ) = (14.10)
0, se − τ ≥ 1 − t ou − τ < −t
14.2 Exemplos 151
(
β , se t − 1 < τ ≤ t
vs (t − τ) = (14.11)
0, se τ ≤ t − 1 ou τ > t
+
Z0
vo (t) = h(τ)vs (t − τ)dτ (14.12)
0−
+
Z0
vo (t) = αδ (τ)vs (t − τ)dτ = αvs (t − 0) = αvs (t) (14.13)
0−
Assim:
(
αβ , se 0 ≤ t < 1
vo (t) = (14.14)
0, se t ≥ 1 ou t < 0
−t
Exemplo 14.2 Dado h(t) = e RC u(t) e x(t) = u(t) − u(t − 1), a saída y(t) pode ser dada
por:
Z∞ Z∞
y(t) = x(τ)h(t − τ)dτ = h(τ)x(t − τ)dτ (14.15)
−∞ −∞
Z∞
−τ
y(t) = e RC u(τ)x(t − τ)dτ (14.16)
−∞
(
1, se 0 < τ < 1
x(τ) = (14.17)
0, se τ < 0 ou τ > 1
(
1, se − 1 < τ < 0
x(−τ) = (14.18)
0, se τ > 0 ou τ < 1
(
1, se − 1 + t < τ < +t
x(t − τ) = (14.19)
0, se τ > t ou τ < −1 + t
152 Capítulo 14. A integral de convolução
( −τ
−τ e RC , se τ > 0
e u(τ) =
RC (14.20)
0, se τ < 0
Como h(τ) = 0 sempre que τ < 0, o produto h(τ)x(t − τ) = 0 para qualquer t < τ < 0.
Assim:
y(t) = 0, se t < 0 (14.21)
−τ
Quando t > 0, mas −1 + t < 0, ou seja 0 < t < 1, o produto h(τ)x(t − τ) = e RC u(τ)1.
A integral de convolução resulta em:
Zt
−τ
y(t) = e RC u(τ)1dτ (14.22)
−1+t
Como o termo u(τ) = 0 para τ < 0 e, neste caso, −1 + t < 0, a integral se torna:
t
Zt
−τ −t−τ
y(t) = e dτ = −RCe = −RC(e RC − 1)
RC RC (14.23)
0 0
(
0, se t < 0
y(t) = −t (14.24)
− RC(e RC − 1), se 0 < t < 1
−τ
No momento em que −1 + t > 0, ou seja, t > 1, o produto h(τ)x(t − τ) = e RC para
qualquer t.
t
Zt
−τ −τ −t −(−1+t)
y(t) = e dτ = −RCe
RC RC = −RC(e RC − e RC ) (14.25)
−1+t −1+t
0, se t < 0
−t
y(t) = − RC(e RC − 1), se 0 < t < 1 (14.26)
−t −(−1+t)
− RC(e RC − e RC ), se t ≥ 1
Figura 14.1
154 Capítulo 14. A integral de convolução
Figura 14.2
14.2 Exemplos 155
Figura 14.3
156 Capítulo 14. A integral de convolução
Exemplo 14.3 Para mostrar que convolução não morde, este exemplo consistirá em
Ou seja:
(
0, se t < 0
x(t) = (14.29)
1, se t > 0
(
0, se t < 0
h(t) = (14.30)
e−t , se t > 0
(
0, se t − τ < 0
x(t − τ) = (14.31)
1, se t − τ > 0
(
0, se τ > t
x(t − τ) = (14.32)
1, se τ < t
14.2 Exemplos 157
Para qualquer valor de t menor que 0, o produto h(τ)x(t − τ) é nulo. Para qualquer
valor de t maior que 0, o produto h(τ)x(t − τ) depende de t e y(t) é dado por:
Zt
y(t) = e−τ dτ (14.33)
0
t
+ 1, se − 2 ≤ t < 0
x(t) = 2−t (14.36)
+ 1, se 0 ≤ t < 3
3
A integral de convolução y(t) = x(t) ∗ h(t) será calculada passo-a-passo nas linhas que
seguem.
Uma outra forma de escrever as funções é feita da seguinte maneira:
t t
x(t) = ( + 1)[u(t + 2) − u(t)] + ( + 1)[u(t) − u(t − 3)] (14.38)
2 3
Os gráficos das funções podem ser observadas nas figuras 14.5a e 14.5b. Para se calcular
a integral de convolução de maneira correta, se faz necessário observar os intervalos de
integração das funções e, também, o processo de mudança de variável em uma delas.
Z∞ Z∞
y(t) = x(τ)h(t − τ)dτ = h(τ)x(t − τ)dτ (14.39)
−∞ −∞
158 Capítulo 14. A integral de convolução
(c) h(−τ)
Figura 14.5
14.2 Exemplos 159
− τ + 2, se − 2 ≤ −τ < −1
h(−τ) = 1, se − 1 ≤ −τ < 0 (14.40)
−2(−τ)
e , se − τ ≥ 0
Que resulta em:
− τ + 2, se 1 < τ ≤ 2
h(−τ) = 1, se 0 < τ ≤ 1 (14.41)
2τ
e , se τ ≤ 0
t − τ + 2, se − 2 ≤ t − τ < −1
h(t − τ) = 1, se − 1 ≤ t − τ < 0 (14.42)
−2(t−τ)
e , se t − τ ≥ 0
t − τ + 2, se − 2 − t ≤ −τ < −1 − t
h(t − τ) = 1, se − 1 − t ≤ −τ < −t (14.43)
2(τ−t)
e , se − τ ≥ −t
t − τ + 2, se 1 + t < τ ≤ 2 + t
h(t − τ) = 1, se t < τ ≤ 1 + t (14.44)
2(τ−t)
e , se τ ≤ t
(c) x(τ) e h(t − τ) para −4 < t < −3 (d) x(τ)h(t − τ) para −4 < t < −3
(e) x(τ) e h(t − τ) para −3 < t < −2 (f) x(τ)h(t − τ) para −3 < t < −2
(g) x(τ) e h(t − τ) para −2 < t < −1 (h) x(τ)h(t − τ) para −2 < t < −1
Figura 14.6
(a) x(τ) e h(t − τ) para −2 < t < −1 (b) x(τ)h(t − τ) para −2 < t < −1
Figura 14.7
14.2 Exemplos 161
(a) x(τ) e h(t − τ) para −2 < t < −1 (b) x(τ)h(t − τ) para −2 < t < −1
(c) x(τ) e h(t − τ) para −2 < t < −1 (d) x(τ)h(t − τ) para −2 < t < −1
(e) x(τ) e h(t − τ) para −2 < t < −1 (f) x(τ)h(t − τ) para −2 < t < −1
(g) x(τ) e h(t − τ) para −2 < t < −1 (h) x(τ)h(t − τ) para −2 < t < −1
Figura 14.8
162 Capítulo 14. A integral de convolução
y(t) = 0, se t ≤ −4 (14.45)
Para −4 < t < −3, é possível observar pela figura 14.6c que o produto x(τ)h(t − τ)
não será mais nulo, sendo dado pelo produto das partes das funções que são diferentes de
zero no mesmo intervalo de tempo. Este intervalo corresponde à parte da reta de h(t − τ),
que vai de −2 até t + 2 e o produto x(τ)h(t − τ) é dado por:
τ τ2 τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)(t − τ + 2) = − + t( + 1) + 2 (14.46)
2 2 2
Para −4 < t < −3:
t+2
Z t+2
Z
τ2 τ
y(t) = x(τ)h(t − τ)dτ = (− + t( + 1) + 2)dτ (14.47)
2 2
−2 −2
t3 16
y(t) = + t 2 + 4t + (14.49)
12 3
0, se t ≤ −4
y(t) = t 3 (14.50)
+ t 2 + 4t + 16 , se − 4 < t < −3
12 3
É possível observar na figura 14.6e que quando −3 < t < −2, a parte constante de
h(t − τ) passa a fazer parte do produto x(τ)h(t − τ), sendo, ainda, a parte de x(τ) que
contribui a com o produto, a reta dada por τ2 + 1. Como t varia entre −3 e −2 com essa
configuração, a contribuição da reta de h(t − τ) começa de t + 1 e vai até t + 2 e a da parte
constante da mesma função de −2 até t + 1.
De −2 até t + 1
τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)1 (14.51)
2
De t + 1 até t + 2
τ τ2 τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)(t − τ + 2) = − + t( + 1) + 2 (14.52)
2 2 2
14.2 Exemplos 163
t+1
Z t+2
Z
τ τ2 τ
y(t) = ( + 1)dτ + (− + t( + 1) + 2)dτ (14.53)
2 2 2
−2 t+1
t2 7 37
y(t) = + t+ (14.54)
4 4 12
0, se t ≤ −4
t3 16
2
y(t) = 12 + t + 4t + 3 , se − 4 < t < −3 (14.55)
2
t + 7 t + 37 , se − 3 < t < −2
4 4 12
Quando −2 < t < −1, como na figura 14.6g, acontecem duas mudanças simultâneas na
característica de contribuição de h(t − τ) no produto x(τ)h(t − τ). As mudanças consistem
na contribuição do termo exponencial de h(t − τ) e da outra reta que compões x(τ), −τ 3 + 1.
O termo exponencial tem contribuição de −2 até t, a parte constante de t até t + 1 e a reta
de h(t − τ), t − τ + 2, de t + 1 até 0, com a reta τ2 + 1 de x(τ). A reta −τ
3 + 1, de x(τ), tem
contribuição junto com a reta t − τ + 2, de h(t − τ), de 0 até t + 2.
De −2 até t
t te2(τ−t)
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)e2(τ−t) = + e2(τ−t) (14.56)
2 2
De t até t + 1
t
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)1 (14.57)
2
De t + 1 até 0
t τ2 τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)(t − τ + 2) = − + t( + 1) + 2 (14.58)
2 2 2
De 0 até t + 2
−τ τ2 τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)(t − τ + 2) = − (t + 5) + t + 2 (14.59)
3 3 3
Zt t+1
Z Z0 t+2
Z
te2(τ−t) t τ2 τ τ2 τ
y(t) = ( +e2(τ−t) )dτ + ( +1)dτ + (− +t( +1)+2)dτ + ( − (t +5)+t +2)dτ
2 2 2 2 3 3
−2 t t+1 0
(14.60)
0, se t ≤ −4
t3 2 16
+ t + 4t + , se − 4 < t < −3
12 3
y(t) = t 2 7 37
+ t + , se − 3 < t < −2
4 4 12
5 5 11 35 (2 + t)(−1 + e4+2t )(e−4−2t )
− t3 − t2 − t + + , se − 2 < t < −1
36 6 12 36 4
(14.62)
Para −1 < t < 0, como pode ser visto na figura 14.7a, a contribuição de t − τ + 2 passa
a ser apenas com −τ −τ
3 + 1, a parte constante de h(t − τ) contribui com 3 + 1 entre 0 e t + 1
e com 2 + 1 entre t e 0. O termo exponencial contribui de −2 até t com a reta 2t + 1.
t
De −2 até t
t te2(τ−t)
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)e2(τ−t) = + e2(τ−t) (14.63)
2 2
De t até 0
t
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)1 (14.64)
2
De 0 até t + 1
−τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)1 (14.65)
3
De t + 1 até t + 2
−τ τ2 τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)(t − τ + 2) = − (t + 5) + t + 2 (14.66)
3 3 3
Zt Z0 t+1
Z t+2
Z
te2(τ−t) t −τ τ2 τ
y(t) = ( +e2(τ−t) )dτ + ( +1)dτ + ( +1)dτ + ( − (t +5)+t +2)dτ
2 2 3 3 3
−2 t 0 t+1
(14.67)
5 2 t 10
y(t) = − t − + (14.68)
12 12 9
0, se t ≤ −4
t3 16
+ t 2 + 4t + , se − 4 < t < −3
12 3
t2 7 37
y(t) = 4 + 4 t + 12 , se − 3 < t < −2
5 3 5 2 11 35 (2 + t)(−1 + e4+2t )(e−4−2t )
− t − t − t + + , se − 2 < t < −1
36 6 12 36 4
4+2t )(e−4−2t )
− 5 t 2 − t + 10 + (2 + t)(−1 + e
, se − 1 < t < 0
12 12 9 4
14.2 Exemplos 165
(14.69)
Para 0 < t < 1, como pode ser visto na figura 14.8a, a diferença é que a componente
exponencial passa a interagir com a reta −τ
3 + 1 de x(τ).
De −2 até 0
t te2(τ−t)
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)e2(τ−t) = + e2(τ−t) (14.70)
2 2
De 0 até t
−τ −te2(τ−t)
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)e2(τ−t) = + e2(τ−t) (14.71)
3 3
De t até t + 1
−τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)1 (14.72)
3
De t + 1 até t + 2
−τ τ2 τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)(t − τ + 2) = − (t + 5) + t + 2 (14.73)
3 3 3
Z0 Zt t+1
Z t+2
Z
te2(τ−t) −te2(τ−t) −τ τ2 τ
(t) = ( +e2(τ−t) )dτ + ( +e2(τ−t) )dτ + ( +1)dτ + ( − (t +5)+t +2)dτ
2 3 3 3 3
−2 0 t t+1
(14.74)
0, se t ≤ −4
t3 16
+ t 2 + 4t + , se − 4 < t < −3
12 3
t 2 7 37
+ t + , se − 3 < t < −2
4 4 12
y(t) = 5 3 5 2 11 35 (2 + t)(−1 + e4+2t )(e−4−2t )
− t − t − t + + , se − 2 < t < −1
36 6 12 36 4
5 2 t 10 (2 + t)(−1 + e4+2t )(e−4−2t )
− t − + + , se − 1 < t < 0
12 12 9 4
−4−2t (−1 + e4 )(2 + t)
− t + 10 + e e−t (−3 + t)senh(t)
− , se 0 < t < 1
2 9 4 3
(14.76)
166 Capítulo 14. A integral de convolução
Para 1 < t < 2, como pode ser visto na figura 14.8c, a diferença é que a contribuição
da reta t − τ + 2 passa a ser de t + 2 até 3.
De −2 até 0
t te2(τ−t)
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)e2(τ−t) = + e2(τ−t) (14.77)
2 2
De 0 até t
−τ 2(τ−t) −te2(τ−t)
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)e = + e2(τ−t) (14.78)
3 3
De t até t + 1
−τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)1 (14.79)
3
De t + 1 até 3
−τ τ2 τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)(t − τ + 2) = − (t + 5) + t + 2 (14.80)
3 3 3
Z0 Zt t+1
Z Z3
te2(τ−t) −te2(τ−t) −τ τ2 τ
y(t) = ( +e2(τ−t) )dτ + ( +e2(τ−t) )dτ + ( +1)dτ + ( − (t +5)+t +2)dτ
2 3 3 3 3
−2 0 t t+1
(14.81)
0, se t ≤ −4
t3 16
+ t 2
+ 4t + , se − 4 < t < −3
12 3
t2 7 37
+ t + , se − 3 < t < −2
4 4 12
5 3 5 2 11 35 (2 + t)(−1 + e4+2t )(e−4−2t )
y(t) = − t − t − t + + , se − 2 < t < −1
36 6 12 36 4
5 2 t 10 (2 + t)(−1 + e4+2t )(e−4−2t )
− t − + + , se − 1 < t < 0
12 12 9 4
t 10 e−4−2t (−1 + e4 )(2 + t) e−t (−3 + t)senh(t)
− + + − , se 0 < t < 1
2 9 4 3
t 3 t 2 t 19 e−4−2t (−1 + e4 )(2 + t) e−t (−3 + t)senh(t)
− − + + − , se 1 < t < 2
18 6 3 18 4 3
(14.83)
14.2 Exemplos 167
Para 2 < t < 3, como pode ser visto na figura 14.8e, as contribuições são apenas do
termo exponencial e o constante.
De −2 até 0
t te2(τ−t)
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)e2(τ−t) = + e2(τ−t) (14.84)
2 2
De 0 até t
−τ −te2(τ−t)
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)e2(τ−t) = + e2(τ−t) (14.85)
3 3
De t até 3
−τ
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)1 (14.86)
3
Z0 Zt Z3
te2(τ−t) −te2(τ−t) −τ
y(t) = ( + e2(τ−t) )dτ + ( + e2(τ−t) )dτ + ( + 1)dτ (14.87)
2 3 3
−2 0 t
0, se t ≤ −4
t3 16
+ t 2 + 4t + , se − 4 < t < −3
12 3
t 2 7 37
+ t + , se − 3 < t < −2
4 4 12
5 3 5 2 11 35 (2 + t)(−1 + e4+2t )(e−4−2t )
− t − t − t + + , se − 2 < t < −1
36 6 12 36 4
y(t) = 5 2 t 10 (2 + t)(−1 + e4+2t )(e−4−2t )
− t − + + , se − 1 < t < 0
12 12 9 4
t 10 e−4−2t (−1 + e4 )(2 + t) e−t (−3 + t)senh(t)
− + + − , se 0 < t < 1
2 9 4 3
t 3 t 2 t 19 e−4−2t (−1 + e4 )(2 + t) e−t (−3 + t)senh(t)
− − + + − , se 1 < t < 2
18 6 3 18 4 3
−4−2t (−1 + e4 )(2 + t)
2
t −t + 4 + e
e−t (−3 + t)senh(t)
− , se 2 < t < 3
6 3 4 3
(14.89)
Para t ≥ 3, como pode ser visto na figura 14.8g, A unica contribuição é do termo
exponencial.
De −2 até 0
t te2(τ−t)
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)e2(τ−t) = + e2(τ−t) (14.90)
2 2
168 Capítulo 14. A integral de convolução
De 0 até 3
−τ −te2(τ−t)
x(τ)h(t − τ) = ( + 1)e2(τ−t) = + e2(τ−t) (14.91)
3 3
Z0 Z3
te2(τ−t) −te2(τ−t)
y(t) = ( + e2(τ−t) )dτ + ( + e2(τ−t) )dτ (14.92)
2 3
−2 0
0, se t ≤ −4
t3 16
+ t 2 + 4t + , se − 4 < t < −3
12 3
t 2 7 37
+ t + , se − 3 < t < −2
4 4 12
5 3 5 2 11 35 (2 + t)(−1 + e4+2t )(e−4−2t )
− t − t − t + + , se − 2 < t < −1
36 6 12 36 4
5 2 t 10 (2 + t)(−1 + e4+2t )(e−4−2t )
y(t) = − t − + + , se − 1 < t < 0
12 12 9 4
t 10 e−4−2t (−1 + e4 )(2 + t) e−t (−3 + t)senh(t)
− + + − , se 0 < t < 1
2 9 4 3
t 3 t 2 t 19 e−4−2t (−1 + e4 )(2 + t) e−t (−3 + t)senh(t)
− − + + − , se 1 < t < 2
18 6 3 18 4 3
t2 4 e−4−2t (−1 + e4 )(2 + t) e−t (−3 + t)senh(t)
− t + + − , se 2 < t < 3
6 3 4 3
−4−2t (−1 + e4 )(2 + t)
e e−2t (−1 + e6 )(−3 + t)
− , se t ≥ 3
4 6
(14.94)
IV
Tabela de transformadas de
Laplace
1
1. 1 , s>0
s
1
2. eat , s>a
s−a
n!
3. tn , n = positive integer , s>0
sn+1
Γ(p + 1)
4. tp , p > −1 , s>0
sp+1
a
5. sin(at) , s>0
s2 + a2
s
6. cos(at) , s>0
s2 + a2
a
7. sinh(at) , s > |a|
s2 − a2
s
8. cosh(at) , s > |a|
s2 − a2
b
9. eat sin(bt) , s>a
(s − a)2 + b2
s−a
10. eat cos(bt) , s>a
(s − a)2 + b2
n!
11. tn eat , n = positive integer , s>a
(s − a)n+1
e−cs
12. uc (t) , s>0
s
1 s
15. f (ct) F
c c
Z t
16. f (t − τ )g(τ ) dτ F (s)G(s)
0