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Colégio Faculdade Marquês de Olinda

Nome: Raiza Luma Soares da Paz Pereira

Turma: 1 A

Profº Viviane Souza

Disciplina: Microbiologia

Periodo: Noturno

1976 - Edward Jenner: Primeira Vacina

Ainda como estudante de medicina, Jenner notara que vacas que haviam contraído
uma doença chamada varíola bovina, ou bexiga vacum, - que causava pústulas nas
glândulas mamárias das vacas - não contraiam varíola. Ao contrário da varíola que
gerava severas erupções na pele e febres perigosas nos seres humanos, a varíola
bovina levava a pequenos sintomas da doença nessas mulheres. Em 13 de maio de
1796, Jenner tomou da secreção de uma pústula no úbere da vaca e injetou na pele de
James Phipps, um garoto de oito anos. Uma única pústula brotou no ato, porém James
logo se recuperou. Em 1º de julho, Jenner inoculou o menino novamente, desta vez
com o pus da varíola e nenhuma doença se desenvolveu. A vacina foi um sucesso.
Médicos de toda a Europa logo adotaram a técnica inovadora de Jenner, levando a um
drástico declínio desta devastadora moléstia.

Nos séculos XIX e XX, cientistas, seguindo o modelo de Jenner, desenvolveram novas
vacinas a fim de combater numerosas doenças fatais, inclusive a poliomielite,
coqueluche, sarampo, tétano, febre amarela, tifo, hepatite B e muitas outras.
Posteriormente, vacinas mais sofisticadas, desenvolvidas em tempos mais recentes,
praticamente eliminaram a varíola em todo o mundo.

Jenner começou a investigar sistematicamente a doença pústula do vaqueiro e veio a


perceber que diferentes sintomas apareciam em diferentes vítimas da varíola das
vacas, ou seja, que esta não admitia apenas uma única manifestação fixa. Jenner
concluiu então que o que havia, desde sempre, sido identificado como uma única
doença era, de fato, mais de uma, sendo que apenas uma vacila conferia imunidade à
varíola.

Ao observar que as mulheres responsáveis pela ordenha quando expostas ao vírus


bovino tinham uma versão mais suave da doença, recolheu o líquido que saía destas
feridas e o passou em cima de arranhões que ele provocou no braço de um garoto. O
menino teve um pouco de febre e algumas lesões leves, tendo uma recuperação rápida.

A partir daí, o cientista pegou o líquido da ferida de outro paciente com varíola e
novamente expôs o garoto ao material. Semanas depois, ao entrar em contato com o
vírus da varíola, o paciente passou incólume à doença. Estava descoberta assim a
propriedade de imunização.

Surgiu, então, uma situação que parecia vir contrariar, por completo, todas as suas
conclusões. Em uma das vacarias da região apareceu um surto da doença que Jenner
havia identificado como conferindo imunidade à varíola, tendo alguns dos trabalhadores
apanhado essa doença, mesmo após terem sido infectados com a tal versão benigna.
Jenner levantou uma nova hipótese dinâmica, passando a considerar o tempo de
imunização. Descobriu-se assim que a substância só conferia imunidade contra a
varíola quando a sua virulência estivesse próxima do seu máximo.

Mesmo assim, a vacinação utilizando fluído das pústulas da “varíola bovina” espalhou-
se rapidamente. O valor demonstrativo da vacina foi tão grande que Napoleão insistiu
que todas as suas tropas fossem vacinadas assim como os países sob o domínio da
França.

1876 - Heinrich Hermann Robert Koch

Teve grande importância para descobertas e fundação da microbiologia. Suas


descobertas mudaram a compreensão das doenças transmissíveis e da epidemiologia.
Koch foi responsável pelo descobrimento da bactéria Bacillus anthracis, causadora da
doença carbúnculo, que dizimou populações inteiras de ovelhas e gados; seus estudos
revelaram que os esporos de tal bactéria poderiam sobreviver durante meses, no qual
Koch idealizava o sacrifício dos animais portadores da doença, tendo o seu corpo
cremado ou enterrado para evitar que a doença se disseminasse ainda mais. Koch
ainda provou que cada tipo de microrganismo infecioso provoca uma doença específica.
Com estes estudos, Koch publicou 4 postulados em 1882 que são utilizados até hoje na
microbiologia:

Quando há uma doença, um microrganismo distinto sempre pode estar associado. O


microrganismo patógeno deve ser destacado e cultivado em meio de cultura nutritiva,
em condições favoráveis para obter o crescimento de sua população para verificação
dos sintomas e de sua imagem. Este crescimento dado na cultura, quando inoculado
em um animal saudável suscetível, apresentará a doença específica e seus devidos
sintomas. A recuperação deste microrganismo no animal contaminado neste segundo
momento para a verificação comparativa de suas características, que devem
permanecer idênticas as observadas anteriormente.

1953 - Watson e Crick: Descobriram a Estrutura do DNA

A composição geral do DNA já era conhecida, mas não se sabia como suas partes
componentes se reuniam. A estrutura tridimensional de Watson e Crick abriu uma nova
era da Biologia, como publicaram em 1953 no periódico Nature: “Nós queremos sugerir
uma estrutura para o sal de ácido desoxirribonucleico (DNA). Essa estrutura tem novas
características que são de considerável interesse biológico.”

A estrutura de DNA sugerida por Watson e Crick possui duas fitas de nucleotídeos que
dispostas lado a lado e ficam torcidas na forma de dupla hélice, formando uma estrutura
em espiral. As fitas são mantidas unidas pela formação de pares de bases entre as
duas fitas: A pareia com T por meio de duas ligações de hidrogênio; G pareia com C
através de três ligações de hidrogênio. A presença de milhares de ligações de
hidrogênio na molécula de DNA contribui para a estabilidade da dupla hélice.

O DNA contendo muitos pares de G-C é mais estável que o DNA contendo muitos pares
A-T. O calor faz com que os dois filamentos do DNA se separem (dissociação do DNA
ou desnaturação do DNA). Os DNA com conteúdo maior de G-C requer maiores
temperaturas para dissociar devido a maior atração do pareamento G-C.

Cada fita é composta por unidades alternadas de fosfato e açúcar (desoxirribose), que
são conectadas por ligações fosfodiéster. Os átomos de carbono que compõem o
açúcar de desoxirribose são numerados de 1’ a 5’. O átomo de carbono 5’ de uma
desoxirribose se liga um grupo fosfato, que se ligará ao carbono 3’ da próxima
desoxirribose através de uma ligação de fosfodiéster. Dessa forma, cada ligação
açúcar-fosfato tem orientação 5’ para 3’.

Na molécula de DNA as fitas estão pareadas com orientação oposta: uma se inicia pela
extremidade 5’ e outra começa pela extremidade 3’, assumindo uma conformação de
dupla hélice, principalmente pela interação das bases.

Cada base nitrogenada é ligada ao carbono 1’ de açúcar desoxirribose e se projeta para


o interior da hélice e as cadeias de açúcar e fosfato se projetam para o exterior da
hélice. Os pares de bases empilham-se uns sobre os outros no centro da dupla hélice,
dando estabilidade à molécula de DNA. O empilhamento das bases resulta em uma
dupla hélice com dois tamanhos de sulcos: o sulco maior e o sulco menor. Através do
pareamento e empilhamento das bases há a formação da hélice do DNA.

A dupla hélice responde muito bem aos dados de raios-X e aos dados de Chargaff.

A descoberta da dupla hélice do DNA, que foi resultado da integração de muitos


estudos, é considerada por alguns como a mais importante descoberta biológica do
século XX. Para James D. Watson o modelo construído por ele e por Francis Crick “era
demasiado belo para não ser verdade”, como escreveu em seu livro “A Dupla Hélice”.

1871 - Louis Pasteur: Pasteurização

Em meados do século XX, o cientista francês Louis Pasteur começava a se dedicar aos
estudos sobre a origem dos microrganismos. Além de derrubar definitivamente a teoria
da abiogênese, através de suas experiências, ele descobriu e desenvolveu uma
importante técnica de esterilização parcial de alimentos utilizada até hoje: a
pasteurização.

Ao estudar a deterioração de vinhos que acontecia com frequência numa vinícola da


cidade de Arbois, Pasteur constatou que se tratava de uma contaminação por
microrganismos diferentes daqueles responsáveis pela transformação do suco de uva
em vinho (leveduras). A maneira encontrada pelo cientista para eliminar tais
microrganismos indesejáveis sem modificar o sabor da bebida foi submetê-la ao
aquecimento a 57 °C durante alguns minutos. Essa técnica de eliminação seletiva de
microrganismos através de aquecimento brando recebeu o nome de pasteurização, em
homenagem ao cientista.

Pouco tempo após a descoberta de Pasteur, os alemães começaram a pasteurizar o


leite in natura, o que evidenciou a eficácia da técnica para a destruição das bactérias
presentes no alimento. Desde então, a pasteurização vem sendo largamente utilizada
pela indústria de alimentos e bebidas: no Brasil, por exemplo, a pasteurização do leite e
de seus derivados antes da comercialização é obrigatória, assim como em muitos
outros países.

Pasteurização lenta ou low temperature large time (LTLT) – processo em que são
utilizadas temperaturas mais baixas, aproximadamente 65 °C, durante um tempo maior,
em geral, 30 minutos. É empregado na produção de sorvetes, leite de cabra, leite
maltado e leite achocolatado.

Procariontes e Eucariontes o que são?

A célula é a menor porção de matéria com vida do organismo, elas são microscópicas e
só conseguem ser visualizadas com aparelhos especiais. A célula foi descoberta por
Robert Hooke em 1665. Ele as descobriu quando examinava no microscópio um pedaço
de cortiça e percebeu que ele era composto por diversas cavidades poliédricas. As
células se dividem em dois grupos, procariontes e eucariontes e, cada um deles, tem
uma especificação.

As células PROCARIONTES são células que não possuem núcleo, a carioteca. O DNA
dessas células possui um formato anelar e fica disperso pela membrana. Essas células
também não possuem Complexo de Golgi, retículo endoplasmático, mitocôndrias e
cariomembrana. Os organismos constituídos por essas células são unicelulares.

As células EUCARIONTES são mais complexas. Essas células possuem membrana


nuclear e vários tipos de organelas. Os animais e as plantas, em sua maioria, são
constituídos por essas células. As células eucariontes são constituídas por Complexo de
Golgi, flagelo, retículo endoplasmático, lisossomo, parede celular, fibras de
citoesqueleto, mitocôndria, núcleo, cloroplastos, vacúolos, centríolos, ribossomos e
retículo endoplasmático rugoso.

Acredita-se que as células eucariontes sejam uma evolução das células procariontes.
Não se sabe precisamente quanto tempo ela precisou para se desenvolver e quanto
tempo ela levou para se multiplicar.

Vírus o que é?

Vírus são pequenos seres parasitas formados por uma cápsula proteica que podem
infectar organismos vivos (seres humanos ou animais). O termo vem do Latim virus que
significa veneno ou toxina.

Vírus biológicos: os vírus necessitam de células hospedeiras para se reproduzirem.


Dentro das células conseguem obter aminoácidos, ribossomos e outras substâncias que
possibilitam a multiplicação em milhares de novos vírus. Esse processo de replicação
viral pode demorar apenas algumas horas ou vários dias, dependendo do vírus. Uma
vez dentro das células, os vírus começam a interferir no normal funcionamento das
mesmas e a provocar doenças diversas como: AIDS (através do HIV – Vírus da
Imunodeficiência Humana), HPV – Vírus do Papiloma Humano, Gripe (por exemplo
através do vírus Influenza A subtipo H1N1), dentre outras. Para prevenção e combate
de algumas doenças, existem as vacinas virais e outros medicamentos.
Bibliografia

SCLIAR, Moacyr. Oswaldo Cruz: entre micróbios e barricadas. Perfis do Rio. Disponível
na Biblioteca Virtual Oswaldo Cruz

Universidade Regional de Blumenau. Sistema de Informação Aplicada a Saúde - SIAS.


Vacinação

AMABIS, José Mariano, MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia volume 1. São Paulo:
Moderna, 2004.

Visitado em: 10/02/2019

http://pt-br.aia1317.wikia.com/wiki/Momentos_hist
%C3%B3ricos_na_microbiologia:_descobertas_e_impactos

Visitado em: 10/02/2019

http://www.ccms.saude.gov.br/revolta/personas/koch.html

Visitado em: 10/02/2019

http://portalbiomedico.net/transmissao-de-doencas-postulados-de-koch/

Visitado em: 10/02/2019

http://www.todabiologia.com/pesquisadores/robert_koch.htm

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