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A narrativa do filme se assemelha à de um documentário.

Mostra como a humanidade reagiria a uma contaminação por infecção (pandemia).

Transmissão do vírus.

O filme Contágio é um drama que mostra como a humanidade reagiria a uma epidemia de
proporções globais. A narrativa se assemelha à de um documentário, relatando a sucessão de
acontecimentos envolvidos na disseminação de um novo vírus pelo mundo, a partir do dia em
que ele surgiu até o momento em que foi possível controlá-lo .

A história inicia com uma mulher chamada Beth que, ao voltar de uma viagem a Hong Kong,
apresenta sintomas de tosse e cansaço, que ela associa como consequências da longa viagem.
No entanto, em pouco tempo seu estado piora, seu filho também começa a apresentar os
mesmos sintomas, e ambos morrem, restando o marido Mitch como o único sobrevivente da
casa. Enquanto isso, começam a surgir em diferentes países casos parecidos que os médicos
não conseguem caracterizar como nenhuma doença já conhecida.

Constata-se então a existência de um novo vírus letal que se espalha rapidamente por todo o
mundo. A partir daí começa uma escalada de problemas perante a ameaça da doença em meio
a especulações, alarde e falta de informação.

O espectador é apresentado a diversos personagens que têm papel essencial no combate à


epidemia, como o chefe do centro de controle de doenças, a médica que se dedicou a lidar
diretamente com a população doente, e a pesquisadora que conseguiu desenvolver uma
vacina contra o vírus.

Nos momentos finais, o filme mostra como a população vive meses após o início do contágio,
com a vacina sendo gradualmente distribuída, e retorna ao primeiro dia do contágio,
explicando como o vírus surgiu e revelando que Beth foi a primeira contaminada da
devastadora doença.

Este é um drama realista e nem um pouco voltado para o lado do


espetáculo, cinematograficamente falando, sobre uma epidemia global.
Seria uma simulação do que aconteceria se um novo vírus que se espalha
pelo ar surgisse e se alastrasse de forma muito rápida por todo o globo.
Logo que imediatamente, ficamos alerta aos perigos de um contágio: tela
negra e uma tosse é ouvida. Quando vemos um garçom pegando as moedas
de um cliente já sabemos que algo está em movimento.
De certa forma, a história já é familiar. Início do contágio, mapas
alarmistas do vírus se espalhando pelo mundo inteiro, a corrida para a
produção de uma vacina e a distribuição para a população. O problema é
que o vírus aqui desafia toda a lógica que os médicos conhecem sobre
doenças: ele se espalha mesmo após isolamento dos doentes e parece
também resistir às vacinas produzidas. A habilidade deste filme está em
mostrar a vida de alguns personagens chaves dos filmes e a interação entre
outras pessoas.
Há a família Emhoff, que rapidamente parece começar a se desintegrar. A
tosse que começa o filme é de Beth (Gwyneth Paltrow), que está voltando
de Hong Kong. Logo após a sua volta, seu filho morre, e não demora muito
para que ela siga pelo mesmo caminho. Apenas seu marido, Mitch (Matt
Damon) sobrevive na casa, por ser imune a esse vírus. No final do filme,
vemos uma breve explicação de onde tudo pode ter começado, mas o mais
importante é observar que pode atravessar continentes em um único dia.
Os dias vão se passando rapidamente e novos personagens vão surgindo
num piscar de olhos. O chefe do CDC (Centro de Controle de Doenças) é
Cheever (Laurence Fishburne), que designa Mears (Kate Winslet) para
tentar controlar a doença e descobrir onde ela pode ter se originado. De
outra organização em Geneva, temos Orantes (Marion Cotillard) que é uma
investigadora, e em um laboratório há a Hextall (Jeniffer Ehle) que está se
sentindo frustrada pela demora que está se dando para aperfeiçoar a vacina
para que seja testada em humanos. Para encerrar a galeria de astros que o
filme possui, temos Jude Law como um blogueiro que se preocupa em
espalhar o pânico para seus leitores desde que isso aumente a quantidade
de visitas ao seu blog. Infelizmente, seu personagem parece um pouco
desnecessário à história, enquanto talvez tivesse melhor efeito se
soubéssemos um pouco melhor como o vírus funciona.
O filme é muito bem filmado e habilmente dirigido. A presença de grandes
astros ajuda muito para a dramaticidade, pois não temos muito tempo para
conhecermos e nos importarmos com eles. O filme mantém também um
ritmo interessante: começa a mil por hora e não procura diminuir o ritmo
em momento nenhum. É um relato íntimo e que parece ser preciso no que
sobre seria se uma nova epidemia se espalhasse, e é o melhor filme que já
assisti sobre este tema.

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