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PROGRAMA DE CURSO
Objetivos
O curso tem o objetivo de introduzir os/as alunos/as ao “pensamento antropológico brasileiro”,
situando este pensamento no campo disciplinar mais amplo das ciências sociais e apresentando
algumas obras e autores centrais à constituição desta disciplina. Entendendo a antropologia feita
no Brasil ao longo dos séculos XX e XXI como “disciplina no plural” (M. Peirano), pretende-se
aqui não um percurso historiográfico, mas a aproximação de alguns debates e tensões
importantes à sua constituição. A seleção das obras a serem lidas prioriza a produção ao longo
do século XX e busca apresentá-la na variedade de temas e problemas que estão na origem da
antropologia hoje praticada no Brasil. A primeira Unidade dedica-se aos trabalhos que
garantiram o processo de constituição e institucionalização do campo antropológico nas
universidades brasileiras. A segunda unidade volta-se para trabalhos seminais desenvolvidos a
partir dos anos 1960/70 e que lançaram questões e problemas para o desenvolvimento do
pensamento antropológico contemporâneo.
Avaliação
Serão realizadas duas provas escritas referentes aos conteúdos discutidos em sala de aula, tendo
como base os textos indicados abaixo, no valor de 100 pontos cada. As avaliações terão peso de
40% cada uma na nota final. A terceira nota (100 pontos), com peso de 20%, será referente à
freqüência participativa em sala de aula. A nota final da disciplina será a média ponderada das
três avaliações.
PROGRAMAÇÃO
Aula 1 (14/03/2019) Apresentação do curso
Apresentação dos objetivos e expectativas em relação ao curso, do cronograma, da bibliografia
e formas de avaliação; debate inicial sobre a formação do pensamento antropológico no Brasil.
CORRÊA, Mariza. 1988. “Traficantes do excêntrico: os antropólogos no Brasil dos anos 30 aos
anos 60”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 6, p. 79-98.
PEIRANO, Mariza. 2006. A teoria vivida e outros ensaios de antropologia. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor. (“Capítulo 3: A alteridade em contexto: o caso do Brasil”)
CANDIDO, Antonio. 2010 [1964]. Os parceiros do rio bonito: estudos sobre o caipira paulista
e a transformação dos seus meios de vida. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul. (partes aselecionar)
Leitura Complementar:
PEIRANO, Mariza. 1992. “O pluralismo de Antonio Candido” in: Uma antropologia no plural:
três experiências contemporaneas. Ed. UNB, Brasília.
Aula 4 (04/04/2019) Religião como cultura
Leitura Complementar:
CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. 1986. Origens, para que as quero? Questões
para uma investigação sobre a Umbanda. Religião & Sociedade, 13/2.
Leitura complementar:
18/04/2019 Recesso.
Leitura complementar:
Schwacrz, L. 1999. Questão racial e etnicidade, In S. Miceli (org.), O que ler na ciência social
brasileira (1970-1995), Antropologia (vol. 1). São Paulo: Sumaré/Capes/Anpocs. pp. 267-325.
DA MATTA, Roberto. 1978. Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema
brasileiro. Rio: Zahar Editores. (“Introdução” e “Capítulo 1: Carnavais, paradas e procissões”).
Leitura complementar:
Fry, Peter. 2001. "Feijoada e soul food 25 anos depois". In. N. Esterci, P. Fry & M.Goldenberg
(orgs.). Fazendo Antropologia no Brasil. Rio de Janeiro: DP&A.
VELHO, Gilberto. 1998. Nobres e Anjos: um estudo de tóxicos e hierarquia. Rio de Janeiro:
FGV. (“Introdução”; Capítulo 1: Grupo 1 – Mudança e ansiedade” e “Capítulo 2: O uso de
tóxicos”).
VELHO, Gilberto. 1987. Individualismo e Cultura: notas para uma antropologia da sociedade
contemporânea. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. (“Capítulo 3: Duas categorias de acusação
na cultura brasileira contemporânea”).
Aula10 Etnicidade e contatos culturais
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 1964. O Índio e o mundo dos brancos: a situação
dosTukúna do Alto Solimões. São Paulo: DIFEL. (partes a selecionar)
Carneiro da Cunha. Manuela. 1986. “Etnicidade: da cultura residual, mas irredutível” In:
Antropologia do Brasil. São Paulo, Brasiliense.
Leitura Complementar:
Cardoso de Oliveira, Roberto. 2006. Os (des)caminhos da identidade. In: Caminhos da
identidade: ensaios sobre etnicidade e multiculturalismo. São Paulo, Edunesp.
SOUZA LIMA, Antônio Carlos de. 2015. “Sobre tutela e participação: povos indígenas e
formas de governo no Brasil, séculos XX/XXI”. Mana, v. 21, n. 2, p. 425-457.
Seeger, A. Da Matta, R. & Viveiros de Castro, E. 1979. “A construção da pessoa nas sociedades
indígenas brasileiras”. Boletim do Museu Nacional. Série Antropologia, 32.
Leitura Complementar:
Leitura Complementar:
SÁEZ, Oscar Calavia. 2012. Do perspectivismo ameríndio ao índio real. Campos (UFPR), v. 2,
p. 7-23.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 2015. Metafísicas canibais. São Paulo: Cosac Naify.
(“Capítulo 2: Perspectivismo”)
13/06/2019 Feriado
20/06/2019 Feriado