Você está na página 1de 13

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CONSTITUCIONAL

MÓDULO ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Professor: Erival Oliveira

1. Material pré-aula

a. Tema

Outros temas de Separação dos Poderes.

b. Noções Gerais

Principais aspectos a serem estudados:

Bases teóricas: Aristóteles em sua obra Política vislumbrou as três


funções distintas exercidas pelo poder soberano; Montesquieu em sua
obra O espírito das leis asseverava que cada função era exercida por
um órgão e não mais concentrada pelo poder soberano.

Três poderes: formulação preliminar (executivo, legislativo e


judiciário).

Finalidade da separação dos poderes.

Mecanismo de freios e contrapesos.

Funções típicas e atípicas.

Impropriedade da expressão “tripartição de poderes”.

A independência dos Poderes e a indelegabilidade de atribuições.

c. Legislação e Súmulas

Constituição Federal: art. 2º; art. 44; art. 76; art. 92;art. 60 §4o,
III.

1
“É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de
controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem
representantes de outros Poderes ou entidades.” (Súmula 649 -
STF).

d. Julgados/Informativos

“Não ofende os princípios da separação e da harmonia entre os


Poderes do Estado a decisão do Supremo Tribunal Federal que, em
inquérito destinado a apurar ilícitos penais envolvendo deputado
federal, determinou, sem prévia autorização da Mesa Diretora da
Câmara dos Deputados, a coleta de dados telemáticos nas
dependências dessa Casa Legislativa. Além de não haver
determinação constitucional nesse sentido, a prévia autorização
poderia, no caso, comprometer a eficácia da medida cautelar pela
especial circunstância de o Presidente da Câmara, à época, estar ele
próprio sendo investigado perante a Suprema Corte”. [AC 4.005 AgR,
rel. min. Teori Zavascki, j. 2-6-2016, P, DJE de 3-8-2016.]

“Presente quadro de violação massiva e persistente de direitos


fundamentais, decorrente de falhas estruturais e falência de políticas
públicas e cuja modificação depende de medidas abrangentes de
natureza normativa, administrativa e orçamentária, deve o sistema
penitenciário nacional ser caraterizado como "estado de coisas
inconstitucional". (...) Ante a situação precária das penitenciárias, o
interesse público direciona à liberação das verbas do Fundo
Penitenciário Nacional”. [ADPF 347-MC, rel. min. Marco Aurélio, j. 1º-
12-2015, P, DJE de 19-2-2016.]

“É defeso ao Poder Judiciário questionar os critérios utilizados na


convocação de sessão extraordinária para eleger membros de cargos
diretivos, que observou os critérios regimentais da Casa de Leis, não
podendo adentrar no juízo de pertinência assegurado àqueles que
ocupam cargo eletivo na Câmara de Vereadores. A convocação de
sessão extraordinária pela edilidade configura ato interna
corporis, não passível, portanto, de revisão pelo Poder

2
Judiciário, maculando-se o princípio da separação dos Poderes,
assegurado no art. 2º da CF”.
[SL 846-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 24-9-2015, P, DJE de
6-10-2015.]

“É lícito ao Judiciário impor à Administração Pública obrigação de


fazer, consistente na promoção de medidas ou na execução de obras
emergenciais em estabelecimentos prisionais. Supremacia da
dignidade da pessoa humana que legitima a intervenção judicial”. [RE
592.581, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 13-8-2015, P, DJE de 1º-
2-2016, com repercussão geral.]

“Compete ao Judiciário, no conflito de interesses, fazer valer a


vontade concreta da lei (...). Para isso, há de interpretar a lei ou a
Constituição, sem que isso implique ofensa ao princípio da
independência e harmonia dos Poderes”. [AI 410.096 AgR, rel.
min. Roberto Barroso, j. 14-4-2015, 1ª T, DJE de 6-5-2015.]

“O Poder Judiciário, em situações excepcionais, pode determinar que


a Administração pública adote medidas assecuratórias de direitos
constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso
configure violação do princípio da separação dos poderes,
inserto no art. 2º da Constituição Federal”. [RE 669.635 AgR, rel.
min. Dias Toffoli, j. 17-3-2015, 2ª T, DJE de 13-4-2015.]

"A controvérsia objeto destes autos – possibilidade, ou não, de o


Poder Judiciário determinar ao Poder Executivo a adoção de
providências administrativas visando a melhoria da qualidade da
prestação do serviço de saúde por hospital da rede pública – foi
submetida à apreciação do Pleno do STF na SL 47-AgR, rel. min.
Gilmar Mendes, DJ de 30-4-2010. Naquele julgamento, esta Corte,
ponderando os princípios do ‘mínimo existencial’ e da ‘reserva do
possível’, decidiu que, em se tratando de direito à saúde, a
intervenção judicial é possível em hipóteses como a dos autos, nas
quais o Poder Judiciário não está inovando na ordem jurídica, mas
apenas determinando que o Poder Executivo cumpra políticas
públicas previamente estabelecidas." (RE 642.536-AgR, rel
min. Luiz Fux, julgamento em 5-2-2013, Primeira Turma, DJE de 27-

3
2-2013).

"A Constituição não submete a decisão do Poder Judiciário à


complementação por ato de qualquer outro órgão ou Poder da
República. Não há sentença jurisdicional cuja legitimidade ou eficácia
esteja condicionada à aprovação pelos órgãos do Poder Político. A
sentença condenatória não é a revelação do parecer de umas das
projeções do poder estatal, mas a manifestação integral e completa
da instância constitucionalmente competente para sancionar, em
caráter definitivo, as ações típicas, antijurídicas e culpáveis." (AP
470, rel. min. Joaquim Barbosa, julgamento em 17-12-2012,
Plenário, DJE de 22-4-2013.)

"Ao assinalar que não viola o princípio da separação dos Poderes o


controle de legalidade exercido pelo Judiciário, a Primeira Turma
negou provimento a agravo regimental, das Centrais Elétricas da
Mantiqueira S.A., interposto de decisão do min. Dias Toffoli, que
desprovera agravo de instrumento, do qual relator. No acórdão
recorrido, o tribunal de origem consignara que ‘em linha de princípio,
o Poder Judiciário controla somente o aspecto da legalidade estrita do
ato administrativo, ou seja, o plano de validade do mesmo. Todavia,
em se tratando de direitos da terceira geração, envolvendo interesses
difusos e coletivos, como ocorre com afetação negativa do meio
ambiente, o controle deve ser da legalidade ampla’. Inicialmente,
explicitou-se que, na espécie, referir-se-ia à suspensão de estudos de
viabilização de usina hidrelétrica. Asseverou-se não ser o caso de
ofensa ao aludido princípio (CF, art. 2º). No mais, sublinhou-se ser
vedado o reexame de fatos e provas dos autos." (AI 817.564-AgR,
rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 18-12-2012, Primeira
Turma, Informativo 693.)

“A jurisprudência desta Suprema Corte entende plenamente cabível o


controle de constitucionalidade dos atos de imposição de penalidades,
especialmente à luz da razoabilidade, da proporcionalidade e da
vedação do uso de exações com efeito confiscatório (cf., e.g., a ADI
551 e a ADI 2.010). Portanto, como a relação entre a pena imposta e

4
a motivação que a fundamenta não é imune ao controle de
constitucionalidade e de legalidade, as correções eventualmente
cabíveis não significam quebra da separação dos Poderes. De fato,
essa calibração decorre diretamente do sistema de checks and
counterchecks adotado pela Constituição de 1988, dado que a
penalização não é ato discricionário da administração, aferível tão
somente em termos de conveniência e de oportunidade.” (RE
595.553-AgR-segundo, voto do rel. min. Joaquim Barbosa,
julgamento em 8-5-2012, Segunda Turma, DJE de 4-9-2012.)

“A criação, por lei de iniciativa parlamentar, de programa municipal a


ser desenvolvido em logradouros públicos não invade esfera de
competência exclusiva do chefe do Poder Executivo.” (RE 290.549-
AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 28-2-2012, Primeira
Turma,DJE de 29-3-2012.)

“O princípio constitucional da reserva de administração impede a


ingerência normativa do Poder Legislativo em matérias sujeitas à
exclusiva competência administrativa do Poder Executivo. É que, em
tais matérias, o Legislativo não se qualifica como instância de revisão
dos atos administrativos emanados do Poder Executivo. (...) Não
cabe, desse modo, ao Poder Legislativo, sob pena de grave
desrespeito ao postulado da separação de poderes, desconstituir, por
lei, atos de caráter administrativo que tenham sido editados pelo
Poder Executivo, no estrito desempenho de suas privativas
atribuições institucionais. Essa prática legislativa, quando efetivada,
subverte a função primária da lei, transgride o princípio da divisão
funcional do poder, representa comportamento heterodoxo da
instituição parlamentar e importa em atuaçãoultra vires do Poder
Legislativo, que não pode, em sua atuação político-jurídica, exorbitar
dos limites que definem o exercício de suas prerrogativas
institucionais.” (RE 427.574-ED, Rel. Min. Celso de Mello,
julgamento em 13-12-2011, Segunda Turma, DJE de 13-2-2012.)

“O art. 51 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição do


Estado do Rio de Janeiro não confere competência ao Ministério

5
Público fluminense, mas apenas cria o Conselho Estadual de Defesa
da Criança e do Adolescente, garantindo a possibilidade de
participação do Ministério Público. (...) Inconstitucionalidade da
expressão ‘Poder Judiciário’, porquanto a participação de membro do
Poder Judicante em Conselho administrativo tem a potencialidade de
quebrantar a necessária garantia de imparcialidade do julgador. (...)
Ação que se julga parcialmente procedente para: (...) declarar a
inconstitucionalidade da expressão ‘Poder Judiciário’.” (ADI 3.463,
Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 27-10-2011, Plenário, DJE de
6-6-2012.)

“Conforme entendimento consolidado da Corte, os requisitos


constitucionais legitimadores da edição de medidas provisórias,
vertidos nos conceitos jurídicos indeterminados de 'relevância' e
'urgência' (art. 62 da CF), apenas em caráter excepcional se
submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da
separação de poderes (art. 2º da CF) (ADI 2.213, Rel. Min. Celso de
Mello, DJ de 23-4-2004; ADI 1.647, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de
26-3-1999; ADI 1.753-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de
12-6-1998; ADI 162-MC, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 19-9-
1997).” (ADC 11-MC, voto do Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento
em 28-3-2007, Plenário, DJ de 29-6-2007.) No mesmo
sentido: ADI 4.029, Rel. Min. Luiz Fux, julgamento em 8-3-2012,
Plenário, DJE de 27-6-2012.

“É possível ao Poder Judiciário determinar a implementação pelo


Estado, quando inadimplente, de políticas públicas
constitucionalmente previstas, sem que haja ingerência em questão
que envolve o poder discricionário do Poder Executivo.” (AI
734.487-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 3-8-2010,
Segunda Turma, DJE de 20-8-2010.) No mesmo sentido: ARE
725.968, rel. min. Gilmar Mendes, decisão monocrática,
julgamento em 7-12-2012, DJE de 12-12-2012; ARE 635.679-AgR,
Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 6-12-2011, Primeira
Turma, DJE de 6-2-2012.

“Ofende a denominada reserva de administração, decorrência do

6
conteúdo nuclear do princípio da separação de poderes (CF, art. 2º),
a proibição de cobrança de tarifa de assinatura básica no que
concerne aos serviços de água e gás, em grande medida submetidos
também à incidência de leis federais (CF, art. 22, IV), mormente
quando constante de ato normativo emanado do Poder Legislativo
fruto de iniciativa parlamentar, porquanto supressora da margem de
apreciação do chefe do Poder Executivo Distrital na condução da
administração pública, no que se inclui a formulação da política
pública remuneratória do serviço público.” (ADI 3.343, Rel. p/ o ac.
Min. Luiz Fux, julgamento em 1º-9-2011, Plenário, DJE de 22-11-
2011.)

"É absolutamente incompossível ao Poder Legislativo, por meio de


decreto legislativo, interferir em ato espontâneo de adesão dos
servidores ao PDV previsto na Lei 4.865, de 1996. Na verdade, o
decreto legislativo invade competência específica do Poder Executivo
que dá cumprimento à legislação própria instituidora desse programa
especial de desligamento espontâneo dos servidores públicos.” (RE
486.748, voto do Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 17-2-
2009, Primeira Turma, DJE de 17-4-2009.) No mesmo sentido: RE
598.340-AgR, Rel. Min Cármen Lúcia, julgamento em 15-2-2011,
Primeira Turma, DJE de 18-3-2011.

"Cabe ao Poder Judiciário verificar a regularidade dos atos normativos


e de administração do Poder Público em relação às causas, aos
motivos e à finalidade que os ensejam. Pelo princípio da
proporcionalidade, há que ser guardada correlação entre o número de
cargos efetivos e em comissão, de maneira que exista estrutura para
atuação do Poder Legislativo local." (RE 365.368-AgR, Rel.
Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 22-5-2007, Primeira
Turma, DJ de 29-6-2007.) No mesmo sentido: ADI 4.125, Rel.
Min. Cármen Lúcia, julgamento em 10-6-2010, Plenário, DJE de 15-
2-2011.

"Trata-se de ação direta na qual é objetivada a declaração de


inconstitucionalidade de diversos preceitos da Constituição sergipana
e de seu ADCT. (...) Art. 37, caput e parágrafo único, da Constituição
estadual (...). Em termos de despesas haveria a fixação de um ‘piso’.

7
A Assembleia Legislativa teria limites para a elaboração da sua
proposta orçamentária. Seria inconstitucional a expressão ‘nunca
inferior a três por cento e’, vez que não há no texto da Constituição
do Brasil preceito que fundamente a limitação." (ADI 336, voto do
Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 10-2-2010, Plenário, DJE de 17-
9-2010.)

“O Poder Judiciário, quando intervém para assegurar as franquias


constitucionais e para garantir a integridade e a supremacia da
Constituição, desempenha, de maneira plenamente legítima, as
atribuições que lhe conferiu a própria Carta da República. O regular
exercício da função jurisdicional, por isso mesmo, desde que pautado
pelo respeito à Constituição, não transgride o princípio da separação
de poderes.” (MS 23.452, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em
16-9-1999, Plenário, DJ de 12-5-2000.) No mesmo sentido: RE
583.578-AgR, Rel. Min.Ayres Britto, julgamento em 31-8-2010,
Segunda Turma, DJE de 22-10-2010.

"Revela-se inconstitucional, porque ofensivo aos postulados da


Federação e da separação de poderes, o diploma legislativo estadual,
que, ao estabelecer vinculação subordinante do Estado-membro, para
efeito de reajuste da remuneração do seu funcionalismo, torna
impositiva, no plano local, a aplicação automática de índices de
atualização monetária editados, mediante regras de caráter
heterônomo, pela União Federal. Precedentes." (AO 366, Rel.
Min. Celso de Mello, julgamento em 22-4-1997, Primeira
Turma, DJ de 8-9-2006.) No mesmo sentido: ADI 285, Rel.
Min. Cármen Lúcia, julgamento em 4-2-2010, Plenário, DJE de 28-
5-2010.

“(...) o âmbito temático da presente arguição de descumprimento de


preceito fundamental, que impugna – além da ‘interpretação judicial
dada pelo TSE ao texto do § 9º do art. 14 da CF, com a redação dada
pela EC de revisão 4/1994’ (...) – também a LC 64/1990,
especificamente no ponto em que esta exige, para efeito de
reconhecimento de inelegibilidade, trânsito em julgado para
determinadas decisões (art. 1º, I, alíneasd, e e h, e art. 15), ou,

8
então, que acolhe ressalva alegadamente descaracterizadora da
situação de inelegibilidade a que se refere o art. 1º, I, alínea g, dessa
mesma LC 64/1990 (...). Como venho de assinalar, o § 9º do art. 14
da Constituição, por traduzir norma revestida de eficácia meramente
limitada, não dispõe de autoaplicabilidade. Esta Suprema Corte não
pode, por isso mesmo, substituindo-se, inconstitucionalmente, ao
legislador, estabelecer, com apoio em critérios próprios, meios
destinados a viabilizar a imediata incidência da regra constitucional
mencionada (CF, art. 14, § 9º), ainda mais se se considerar que
resultarão, dessa proposta da Associação dos Magistrados Brasileiros,
restrições que comprometerão, sem causa legítima, a esfera jurídica
de terceiros, a quem não se impôs sanção condenatória com trânsito
em julgado. É preciso advertir que o princípio constitucional da
reserva de lei formal traduz limitação ao exercício da atividade
jurisdicional do Estado. A definição de outras hipóteses de
inelegibilidade e o estabelecimento do lapso temporal em que tais
restrições jurídicas subsistirão encontram, no Congresso Nacional – e
neste, apenas –, o sujeito concretizante da cláusula fundada no § 9º
do art. 14 da Constituição, a significar que, na regência dessa
matéria, há de prevalecer o postulado constitucional da reserva de lei
em sentido formal, como tem sido proclamado, pelo TSE, nas
sucessivas decisões que refletem, com absoluta fidelidade e correção,
a orientação consagrada na Súmula 13/TSE. Não cabe, pois, ao Poder
Judiciário, na matéria em questão, atuar na anômala condição de
legislador positivo (RTJ 126/48 – RTJ 143/57 - RTJ 146/461-462 -
RTJ 153/765 - RTJ 161/739-740 – RTJ 175/1137, v.g.), para, em
assim agindo, proceder à imposição de seus próprios critérios de
inelegibilidade, afastando, desse modo, os fatores que, no âmbito de
nosso sistema constitucional, só podem ser legitimamente definidos
pelo Parlamento. É que, se tal fosse possível, o Poder Judiciário – que
não dispõe de função legislativa – passaria a desempenhar atribuição
que lhe é institucionalmente estranha (a de legislador positivo),
usurpando, desse modo, no contexto de um sistema de poderes
essencialmente limitados, competência que não lhe pertence, com
evidente transgressão ao princípio constitucional da separação de
poderes." (ADPF 144, voto do Rel. Min. Celso de Mello, julgamento
em 6-8-2008, Plenário, DJE de 26-2-2010.)

9
e. Leitura sugerida

- AMARAL JÚNIOR, José Levi Mello do. Sobre a organização de


poderes em Montesquieu: comentários ao Capítulo VI do Livro XI de
O Espírito das Leis. Revista dos Tribunais (São Paulo), v. 868, p. 53-
68.

- BROSSARD, Paulo. O Impeachment. São Paulo, Editora Saraiva.

- LIMA, Martonio Mont'Alverne Barreto. Jurisdição Constitucional.


Disponível em:
http://www.academia.edu/4137348/JURISDI%C3%87%C3%83O_CO
NSTITUCIONAL_UM_PROBLEMA_DA_TEORIA_DA_DEMOCRACIA_POL
%C3%8DTICA._MARTONIO_MONT_ALVERNE_BARRETO_LIMA

- LIMA, Martonio Mont'Alverne Barreto; BERCOVICI, Gilberto.


Separação de poderes e a constitucionalidade da PEC Nº 33/2011.
Pensar (UNIFOR), v. 18, p. 787-803, 2013. Disponível em:
http://www.viomundo.com.br/politica/bercovici-e-barreto-lima.html

___________________________________. Jurisdição
Constitucional: Um Problema da Teoria da Democracia Política.

- MONTESQUIEU, Charles Louis de Secondat, Barão de. Do Espírito


das Leis. Brasília: Ed. UnB.

- ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social ou Princípios do


Direito Político. São Paulo: Hemus.

- SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Impeachment. Brasília: Imprensa


Nacional.

f. Leitura complementar

- AMARAL JÚNIOR, José Levi Mello do. O poder legislativo na


democracia contemporânea. A função de controle político dos
Parlamentos na democracia contemporânea. Revista de Informação
Legislativa, v. 168, Brasília: Senado Federal.

10
- BASTOS, Celso Ribeiro. Curso Teoria do Estado e Ciência Política.
São Paulo: Celso Bastos.

- BERCOVICI, Gilberto. Soberania e Constituição: Para uma Crítica do


Constitucionalismo. São Paulo: Quartier Latin.

___________________. A problemática da constituição dirigente:


algumas considerações sobre o caso brasileiro.

___________________. A Constituição invertida: a Suprema Corte


Americana no combate à ampliação da democracia.

___________________. Carl Schmitï, o Estado Total e o Guardião da


Constituição.

- BONAVIDES, Paulo. Teoria do estado. São Paulo: Malheiros.

- BRITTO, Carlos Ayres. Separação dos poderes na Constituição


brasileira. In: BARROSO, Luis Roberto; CLÈVE, Clèmerson Merlin
(Organizadores). Direito constitucional. Vol 4. São Paulo: Revista dos
Tribunais.

- CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da


Constituição. Coimbra: Almedina.

- DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do estado.


São Paulo: Saraiva.

- DIMOULIS, Dimitri (Org.). Ativismo judicial e segurança jurídica. In:


Revista Acadêmica da ESMAG.

______________________. Dicionário brasileiro de direito


constitucional. São Paulo: Saraiva.

______________________. Significado e atualidade da separação de


poderes. In: Agra, Walber de Moura; Castro, Celso Luiz Braga de;
Tavares, André Ramos. Constitucionalismo. Os desafios no terceiro

11
milênio. 1ª ed. Belo Horizonte: Forum, 2008, p. 143.

- FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito


Constitucional. São Paulo: Saraiva. (“A Separação dos Poderes”).

- GARCIA, Emerson. Princípio da separação dos poderes: os órgãos


jurisdicionais e a concreção dos direitos sociais. In: De jure: revista
jurídica do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Belo
Horizonte, n. 10 p. 50-88, jan/jun. 2008. Disponível em
http://bdjur.stj.jus.br/xmlui/bitstream/handle/2011/27222/principio_
separacao_poderes_orgaos.pdf?sequence=1

- KELSEN, Hans. Teoria Geral do Direito e do Estado. São Paulo:


Martins Fontes.

- MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva.

- MARTINS, Ives Gandra da Silva. O princípio da separação dos


poderes: a autonomia dos legislativos municipais: limites da
competência do Ministério Público: preservação ambiental: exercício
do poder de polícia e concessões. In: Revista do Instituto de
Pesquisas e Estudos, Bauru, n. 22, p. 309-331, ago./nov. 1998.
Disponível em
http://bdjur.stj.jus.br/xmlui/bitstream/handle/2011/20485/principio_
separacao_dos_poderes.pdf?sequence=1

- MAUS, Ingeborg. O Judiciário como superego da sociedade: o papel


da atividade jurisprudencial na “sociedade órfã”. Trad. Martônio Lima
e Paulo Albuquerque. Revista Novos Estudos CEBRAP.

- MENDES, Gilmar Ferreira. Jurisdição Constitucional. 5.ed. São


Paulo: Saraiva.

- MIRANDA, Pontes de. Independência e harmonia dos poderes. In:


BARROSO, Luis Roberto; CLÈVE, Clèmerson Merlin (Organizadores).
Direito constitucional. Vol 4. São Paulo: Revista dos Tribunais.

12
- NUNES JÚNIOR, Flávio Martins Alves. Curso de Direito
Constitucional. Revista dos Tribunais: 2017.

- PIÇARRA, Nuno. A Separação dos Poderes como Doutrina e Princípio


Constitucional - um contributo para o estudo das suas origens e
evolução. Coimbra: Coimbra Editora.

- PINTO, Marcos de Oliveira. A separação dos poderes e a nova


hermenêutica dos direitos fundamentais. In: Revista da Esmese,
Aracaju, n. 6, p. 55-71, 2004. Disponível em
http://bdjur.stj.jus.br/xmlui/bitstream/handle/2011/22688/separacao
_poderes_nova_hermeneutica.pdf?sequence=1

- SALDANHA, Nelson. O Estado moderno e a separação de poderes.


São Paulo: Quartier Latin.

- SCHMITT, Carl. O guardião da constituição. Tradução de Geraldo de


Carvalho. Belo Horizonte: Del Rey.

- SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São


Paulo: Malheiros.

- SOUZA NETO, Cláudio Pereira de, Gilberto Bercovici, Filomeno de


Moraes, Martonio Mont’Alverne Barreto Lima. Teoria da constituição -
Estudos sobre o lugar da Política no Direito Constitucional. Rio de
Janeiro: Lumen Juris.

- TAVARES, André Ramos. A superação da doutrina tripartite dos


"poderes" do Estado. In: BARROSO, Luis Roberto; CLÈVE, Clèmerson
Merlin (Organizadores). Direito constitucional. Vol 4. São Paulo:
Revista dos Tribunais.

- VASCONCELOS, Clever. Curso de Direito Constitucional. 4ª ed. São


Paulo: Saraiva, 2017.

13

Você também pode gostar