São consideradas religiões afro-brasileiras, todas as
religiões que foram trazidas para o Brasil pelos
africanos, na condição de escravos. Ou religiões que absorveram ou adotaram costumes e rituais africanos. São conhecidos as:
Babaçuê - Maranhão, Pará
Batuque - Rio Grande do Sul Cabula - Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Candomblé - Em todos estados do Brasil Culto aos Egungun - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo Culto de Ifá - Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo Omoloko - Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo Pajelança - Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas Quimbanda - Em todos estados do Brasil Tambor-de-Mina - Maranhão, Pará Terecô - Maranhão Umbanda - Em todos estados do Brasil Xambá - Alagoas, Pernambuco Xangô do Nordeste – Pernambuco Encantaria - Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas As principais religiões afro-brasileiras, o candomblé e a umbanda tem forte penetração no país, especialmente em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e na Bahia. Em 1991, existiam quase 650 mil adeptos, de acordo com o censo do IBGE. Estudiosos dessas religiões estimam que quase um terço da população brasileira freqüenta um centro. Esse número inclui tanto os freqüentadores assíduos quanto os esporádicos, que muitas vezes estão ligados também a outras religiões como católicos. Cabe também falar das influencias culturais africanas, a cultura afro-brasileira que denomina-se o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram alguma influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade. A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida na época do tráfico transatlântico de escravos. No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas europeia (principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais. Principalmente na música popular, a religião (sincretismo) , a culinária, o folclore e as festividades populares. Vale dizer que essas formas religiosas não são praticadas somente no Brasil mas também em países adjacentes como Uruguai, Argentina e Venezuela. Vamos destacar o Candomblé, Quimbanda e Umbanda, especificando o "batuque", como são referidas esses cultos aqui no Rio Grande do Sul. -> CANDOMBLÉ A religião foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos da África para o Brasil, juntamente com seus Orixás, sua cultura, e seus dialetos, entre 1549 e 1888. Embora confinado originalmente à população de escravos, proibido pela igreja Católica, e criminalizado por alguns governos, o Candomblé prosperou consideravelmente nos quatro séculos, e expandiu desde o fim da escravatura em 1888. É agora uma das religiões principais estabelecidas, conseguidores de todas as classes sociais e dezenas de milhares de templos. -> QUIMBANDA É um culto afro-brasileiro, derivado da Umbanda, que tem como linha principal a devoção aos Exus e Pomba-Giras, consideradas entidades inferiores pelos umbandistas. Adota suas próprias práticas, como o sacrifício rituais de animais e a utilização de voduns. -> UMBANDA Uma aproximação entre o espiritismo, o cristianismo, as religiões indígenas e as religiões afro-brasileiras. Na umbanda, os orixás do candomblé são cultuadas. Os guias, entidades espirituais, se apresentam na forma de espírito indígena, pretos velhos ou pomba-gira que dão conselhos e passes. Surgida no Rio de Janeiro na década de 1920 é uma mistura de elementos religiosos afro-brasileiros e do espiritismo - um sincretismo religioso. -> O batuque
A estruturação do Batuque no estado do Rio
Grande do Sul deu-se no início do século XIX, entre os anos de 1833 e 1859. Tudo indica que os primeiros terreiros foram fundados na região de Rio Grande e Pelotas. Tem-se notícias, em jornais desta região, matérias sobre cultos de origem africana datadas de abril de 1878. Com esse trabalho buscamos dar uma visão mais ampla e informativa sobre essas praticas religiosas que muitas vezes são vitimas de preconceitos e discriminação por falta de conhecimento, geralmente ocasionados por generalização ou intolerância por parte de quem não busca conhecer sobre as praticas religiosas que nos permeiam na nossa sociedade. Esperamos ter esclarecido ocasionais duvidas e curiosidades sobre a cultura afro-brasileira no aspecto religioso, podendo assim ajudar a reduzir ou até mesmo acabar com preconceitos e estereótipos sobre a mesma. Referencias http://www.portalbrasil.net/religiao_religioes_afrobrasileiras.htm