Você está na página 1de 49

BIOSSEGURANÇA

Dra. MARIA ANTONIA MALAJOVICH


Coordenadora de Biotecnologia do Instituto de Tecnologia ORT
Diretora Científica da ANBIO

UNIRIO, 26/09/2012
BIOSSEGURANÇA

CONCEITOS BÁSICOS
A NOÇÃO DE RISCO
• Perigo é o potencial de causar danos inerente aos materiais,
equipamentos, métodos ou práticas de trabalho. Fatores a
considerar:
– Gravidade das lesões e ferimentos dos trabalhadores ou da agressão
ao meio ambiente
– Dificuldade na contenção dos danos
– Perdas financeiras
1 2 3 4 5

• Probabilidade de um acidente acontecer


– Altamente improvável, pouco provável, provável, muito provável,
esperado
AVALIAÇÃO DO RISCO
Probabilidade Consequências

1 2 3 4 5

5 Médio Médio Alto Alto Alto

4 Médio Médio Médio Alto Alto

3 Baixo Médio Médio Alto Alto

2 Baixo Baixo Médio Médio Alto

1 Baixo Baixo Médio Médio Alto

Risco baixo: gerenciamento mediante procedimentos de rotina


Risco médio: devem-se definir responsabilidades no gerenciamento
Risco alto: requer ação imediata
GERENCIAMENTO DO RISCO

• Eliminação ou diminuição dos riscos

• Monitoramento continuo

• Treinamento do pessoal

O RISCO ZERO NÃO EXISTE


DEFINIÇÕES (OMS, 2006)
BIOSSEGURANÇA BIOSSEGURIDADE

Conjunto de medidas, Conjunto de medidas de


princípios de contenção, proteção, controle e
tecnologias e práticas que são responsabilidade para agentes
usadas para evitar a exposição biológicos e toxinas de modo a
não intencional a agentes evitar sua perda, roubo, uso
biológicos e toxinas ou a sua indevido, extravio, acesso não
liberação acidental autorizado ou liberação
intencional
Sociedade científica sem fins lucrativos e de utilidade pública, de âmbito nacional,
voltada para o fortalecimento da Biossegurança no Brasil e do controle dos riscos para a
saúde humana, animal e para o meio ambiente de riscos advindos de processos
tecnológicos e de organismos patogênicos.
A ANBio foi a terceira sociedade de
Biossegurança estabelecida no mundo e
responsável por fundar a Federação
Internacional de Biossegurança que hoje
congrega cerca de 60 países no mundo.

A ANBio já capacitou mais de 7.000


profissionais até o ano de 2012, nos temas
de análise de risco, gestão em
Biossegurança em saúde, segurança
alimentar e ambiental, realizando cursos e
eventos considerados referência para os http://www.internationalbiosafety.or
países da América Latina. g
Laboratórios, hospitais, biotérios

BIOSSEGURANÇA NA SAÚDE
TIPOS DE RISCOS E SEUS AGENTES
1. Riscos de acidentes
Máquinas e equipamentos sem proteção, uso de instrumentos perfuro-
cortantes, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico inadequado,
armazenamento inadequado, pisos escorregadios etc.
2. Riscos ergonômicos
Levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia,
repetitividade, postura inadequada de trabalho etc.
3. Riscos físicos.
Ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes,
vibração etc.
4. Riscos químicos
Produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via
respiratória, ter contato através da pele ou ser absorvidos por ingestão.
5. Riscos biológicos
Bactérias, vírus, fungos, parasitos, toxinas etc.
O RISCO BIOLÓGICO: CRITÉRIOS

• Patogenicidade,
• Modo de transmissão,
• Estabilidade,
• Concentração e volume,
• Dose infectante,
• Disponibilidade de profilaxia
e de tratamento,
• Tipo de ensaio etc.

4__ Malaria, 7_ Tuberculosis, 9_Hepatitis B, 6_HIV/AIDS, 3_Food poisoning , 5_Strep throat, 2_Influenza, 8_ Lyme disease, 1_ Giardiasis
O RISCO BIOLÓGICO: CRITÉRIOS

• Patogenicidade,
• Modo de transmissão,
• Estabilidade,
• Concentração e volume,
• Dose infectante,
• Disponibilidade de profilaxia
e de tratamento,
• Tipo de ensaio etc.
CLASSIFICAÇÃO DE RISCO BIOLÓGICO

CLASSE I II III IV
Risco individual Escasso Moderado Elevado Elevado
Risco comunitário Escasso Limitado Baixo Elevado
Exemplos Bacillus Schistosoma Mycobacterium Ebola
subtilis mansoni tuberculosis

Observação 1: Existe uma classe de risco especial para os organismos que, mesmo não
sendo patógenos perigosos para o homem, apresentem alto risco de causar doença
animal grave e de disseminação no meio ambiente, causando danos econômicos
altos.

Observação 2: Em relação aos organismos geneticamente modificados (OGMs) o


critério de classificação está baseado no risco presente nas sequências de DNA/RNA
dos organismos doadores e receptores.
Ignaz Semmelweiss
(1818-1865)

PROBLEMAS BÁSICOS DE HIGIENE


PROBLEMAS GERAIS DE SEGURANÇA

• Formação de aerossóis
• Atividades com grandes volumes e/ou altas concentrações de
microrganismos
• Sobrelotação de pessoal e equipamento
• Infestação de roedores e artrópodes
• Entradas não autorizadas
• Fluxo de trabalho
• Utilização de amostras e
reagentes específicos.

http://www.biosafety.be/CU/Bioaerosols/bioaerosols.html
NÍVEIS DE SEGURANÇA, PRÁTICAS E EQUIPAMENTOS
Grupo Nível de Tipo de Laboratório Práticas de Equipamento de proteção
de biossegurança Laboratório
Risco

1 NB 1 Ensino básico, pesquisa BTM Nenhum, mesa/ bancada de


Básico trabalho

2 NB 2 Serviços básicos de BTM e roupas de Bancada de trabalho e CSB para


Básico saúde; serviços de proteção, sinal de aerossóis potenciais
diagnóstico, pesquisa perigo biológico

3 NB 3 Serviços especiais de Como nível 2, mais CSB e/outros dispositivos


Confinamento diagnóstico, pesquisa roupa especial, primários para todas as
acesso controlado, atividades
ventilação dirigida

4 NB 4 Serviço de manipulação Como nível 3, mais CSB classe III ou vestimentas de


Confinamento de agentes patogénicos entrada hermética, pressão positiva em conjunto
máximo perigosos saída com chuveiro, com CSB classe II, autoclave
eliminação especial duas portas (através da parede),
dos resíduos ar filtrado.
AS MEDIDAS DE PREVENÇÃO

• Construir instalações adequadas


• Manter boas práticas de laboratório (BPL)
• Usar os equipamentos de proteção individual (EPIs)
Jalecos, luvas, toucas, óculos, máscaras, protetores, dispositivos para
pipetagem etc.
• Verificar os equipamentos de proteção coletiva (EPCs)
Autoclaves e fornos, chuveiros e lava-olhos, caixas de descarte,
centrífugas, agitadores e misturadores etc.
• Providenciar o tratamento adequado dos resíduos
• Apoiar as decisões das Comissões
Internas de Biossegurança (CIBIO)
• Procurar auditorias externas
...SÃO SUFICIENTES? EXISTE UM RISCO RESIDUAL...

• Acidentes ocorrem
– Estados Unidos (2003-2007) : 395 acidentes de liberação no ambiente
de patógenos e toxinas perigosos.
– Estados Unidos (CDC, 2010): 196 liberações no ambiente, 77 derrames
e 46 ferimentos com perfuro-cortantes.

• O número de infecções hospitalares é alarmante

• O número de NB 3 está aumentando no Brasil (19)


– Trabalhos com arbovírus, hantavírus, raiva, tuberculose, peste.
– Emergências em biosseguridade (antraz, gripe aviária, aftosa).
ENFRENTAR NOVOS DESAFIOS (1)
• O bioterrorismo
– O dilema do uso duplo de equipamentos e de agentes biológicos
(11/09/2001)
– Proximidade de grandes eventos (Mundial de Futebol, 2014;
Olimpíadas, 2016)
– Necessidade de treinamento em biossegurança e biosseguridade
• Programa Nacional de Bens Sensíveis (MCT, ABIN): visitas locais a laboratórios para
identificação de agentes especiais e treinamento na identificação de agentes
especiais e medidas de Biosseguridade.
• ANBIO: treinamento em Biossegurança desde 1999 e em Biosseguridade desde
2007 (apoio CNPq, MCT, ABIN)
Definindo estratégias de biosseguridade para gestão de grandes eventos
ENFRENTAR NOVOS DESAFIOS (2)

• As mudanças climáticas e as doenças emergentes


• Os novos tratamentos
– Terapias gênicas
– Células-tronco
• As sequências genômicas como risco
– Reconstrução do vírus da poliomielite
– Publicação das sequências que permitiriam
a transmissão de pessoa a pessoa do vírus da
gripe aviária
O escândalo Frostban
BIOSSEGURANÇA (ice-minus) - 1987

OS OGMs NO AMBIENTE
BIOSSEGURANÇA E BIODIVERSIDADE

• Plantas alimentícias, comerciais e medicinais


• Transporte de um continente a outro
– Casos bem sucedidos
(batata, arroz)
– Casos mal sucedidos
(caucho, kudzu, abelhas africanas)

• Conservação da biodiversidade
– In situ
– Ex situ em parques, jardins botânicos
e zoológicos, bancos de germoplasma
CONSERVAÇÃO EX SITU (Svalbard)
A ENTRADA DAS PLANTAS GM NA AGRICULTURA
• No mercado desde 1996
• O marco legal internacional
– Conferência de Asilomar (1975)
– Convenção Internacional sobre Biodiversidade Biológica (1992).
Assinada durante a Rio 92 estabelece a necessidade de observar o
princípio de precaução em relação às pesquisas com OGMs
– Protocolo de Cartagena (2000) impõe regras ao comércio mundial de
produtos transgênicos.
– Diferenças de legislação entre os diversos países.
• O marco legal brasileiro
– A lei de Biossegurança (2005)
– O rol da CTNBio
– O rótulo de transgênico
DE QUE ESTAMOS FALANDO?

• Microrganismos G.R.A.S. - generally recognized as safe -


utilizados na elaboração de alimentos
• Microrganismos recombinantes, utilizados na produção de
aditivos e enzimas
• Microrganismos recombinantes, utilizados na produção de
alimentos ou bebidas, como a levedura ML01
• Alimentos que são OGMs, como a soja ou o milho
• Alimentos provenientes de OGMs, como o óleo de soja
• Alimentos provenientes de animais alimentados com rações
preparadas com OGMs

27
A NOÇÃO DE SEGURANÇA ALIMENTAR
• Flexibilidade, tradição
• O princípio de equivalência substancial (FAO, OMS, OECD,
ILSI): um alimento originado por BT moderna é tão seguro
para o consumo quanto um alimento que tenha a mesma
composição, as mesmas características nutritivas e um
histórico de uso seguro.
• A avaliação de riscos: construção do transgene, produção de
substâncias alergênicas ou tóxicas, valor nutritivo e efeitos
não previstos devidos à presença do transgene.
• Alimentos biofortificados e OGMs
AS PLANTAS GM NO BRASIL
• Quais foram aprovadas?
– Soja, milho, algodão e, recentemente, feijão

• Quais os traços?
– Tolerância a herbicida, resistência a insetos e a resistência a vírus

CADA CASO É UM CASO


ALGUNS CASOS MERECEM DESTAQUE ...

Parecer Técnico nº 2236/2009 - Liberação Comercial de Soja Geneticamente


Modificada Tolerante aos Herbicidas do Grupo Químico das Imidazolinonas, Soja
CV127, Evento BPS-CV127-9 - Processo nº 01200.000010/2009-06
Requerentes: BASF, Embrapa Soja

Parecer Técnico nº 3024/2011 - Liberação Comercial de feijoeiro geneticamente


modificado resistente ao vírus do mosaico dourado do feijoeiro (Bean golden
mosaic vírus - BGMV), evento de Embrapa 5.1 - Processo nº 01200.005161/2010-
86

Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU / Seção 1 / Página 16, nº 128,
quarta-feira, 4 de julho de 2012), a decisão da Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio) que autorizou o funcionamento da Unidade de Produção
do Aedes Transgênico (UPAT), inaugurada no dia 07 de julho, na Biofábrica
Moscamed Brasil (BMB).
O FEIJÃO TRANSGÊNICO
DA EMBRAPA,
RESISTENTE AO VÍRUS
DO MOSAICO DOURADO

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,feijao-transgenico-tem-venda-liberada,773227,0.htm
O AEDES AEGYPTI GENETICAMENTE MODIFICADO
(OXFORD, USP E MOSCAMED)
... MAS NÃO SÃO OS ÚNICOS

Parecer Técnico nº 3287/2012 - Liberação Comercial de Levedura (Saccharomyces


cerevisiae) geneticamente modificada para produção de farneseno pela cepa Y5056
- Processo nº 01200.003977/2011-56

Parecer Técnico nº 2281/2010 - Liberação Comercial de Levedura (Saccharomyces


cerevisiae) Geneticamente Modificada para Produção de Farneseno, Cepa Y1979 -
Processo nº 01200.003590/2009-85Parecer Técnico nº 2281/2010 - Liberação
Comercial de Levedura (Saccharomyces cerevisiae) Geneticamente Modificada para
Produção de Farneseno, Cepa Y1979 - Processo nº 01200.003590/2009-85
BIOSSEGURANÇA

A CHEGADA DA BIOLOGIA SINTÉTICA


AMYRIS, A ARTEMISINA E O FARNESENO
A BIOLOGIA SINTÉTICA

Uma área que combina biologia, química e


engenharia para projetar e construir novas
funções e sistemas vivos, ou para redesenhar
os sistemas vivos existentes com o propósito
de torná-los mais úteis (The Royal Society, 2008).
• Suas bases tecnológicas são a tecnologia do DNA (síntese,
sequenciamento e amplificação de DNA) e a engenharia genética.
• Como toda nova área do conhecimento, a biologia sintética exige
uma avaliação dos riscos e das condutas a seguir, desde três pontos
de vista hoje considerados fundamentais:
BIOSSEGURANÇA
BIOSSEGURIDADE
BIOÉTICA
A CONSTRUÇÃO DE
CIRCUITOS DE DNA

PARTES

DISPOSITIVOS

SISTEMAS

CHASSIS

http://www.biochem.hku.hk/synbio/?page_id=148
SYNTHIA (Craig Venter, 2010)

Creation of a Bacterial Cell Controlled by a Chemically Synthesized Genome


Published Online May 20 2010 Science 2 July 2010: Vol. 329 no. 5987 pp. 52-56
http://www.sciencemag.org/content/329/5987/52.abstract

We report the design, synthesis, and assembly of the 1.08-Mbp Mycoplasma mycoides
JCVI-syn1.0 genome starting from digitized genome sequence information and its
transplantation into a Mycoplasma capricolum recipient cell to create new Mycoplasma
mycoides cells that are controlled only by the synthetic chromosome. The only DNA in the
cells is the designed synthetic DNA sequence, including "watermark" sequences and other
designed gene deletions and polymorphisms, and mutations acquired during the building
process. The new cells have expected phenotypic properties and are capable of
continuous self-replication.

• Custo estimado = 20 milhões de dólares


• Aplicações : saúde (vacinas) e biocombustíveis
• Em 2015, 20% da indústria química poderia depender da biologia sintética.
FATORES NOVOS

• Promoção da Biologia Sintética via Internet , open source


O estímulo à criatividade nos laboratórios de garagem e a competições
como iGEM por parte de instituições respeitadas como MIT, Harvard,
Berkeley etc. criam um ambiente favorável. O livre acesso à informação e
ao uso dos biobricks disponíveis e permitidos não tem volta atrás.

• Envolvimento de designers, artistas plásticos e cineastas.


Exposições e festivais de cinema temáticos, permitem a divulgação e a
apresentação de diferentes formas de percepção da biologia sintética,
favoráveis ou não.
FATORES NOVOS

• Poderiam ser inseguros alguns sistemas construídos juntando


partes e dispositivos seguros?
• Quais os riscos devidos à participação de pessoas sem
treinamento adequado (biohackers) ou mal-intencionadas
(biocrackers)?
• Poder-se-ia desenvolver uma bioeconomia ilícita?
• Quais os códigos de conduta das empresas que sintetizam
DNA para evitar a disseminação de material que possa ser
utilizado para elaborar armas biológicas ou toxinas?
BS, NADA MAIS QUE UMA EG EXTREMA?
“In our view, synthetic
biology is an extension
of the continuum of
genetic science that has
been used safely for
more than 40 years by
the biotechnology
industry in
development of
commercial products.”
(Erickson, Singh and
Winters, 2011)

Se for assim, os riscos dos organismos BS e GM seriam análogos...


MAS, SE A BS FOR MUITO MAIS QUE UMA EG EXTREMA...
• O que aconteceria com um organismo BS liberado em um
ambiente onde não existem predadores específicos?
• Poderia um microrganismo, desenhado para cumprir uma função
determinada de biorremediação, ter efeito sobre outra substância
presente no ambiente?
• Poderia haver intercâmbio genético entre um organismo sintético e
um organismo biológico natural, contaminando o pool gênico
natural?
• Então, os organismos BS não seriam avaliados como OGMs mas
como GSO (do inglês, Genetically Secured or Safe Organisms), e as
medidas de contenção teriam que ser redefinidas.
A “certeza de contenção” (do inglês, Certainty of Containment ou CoC),
estabelece que a probabilidade de escapamento da contenção, de
disseminação e de interação não intencional com o ambiente deve ser
virtualmente nula.
COMO GARANTIR A CERTEZA DE CONTENÇÃO (CoC) ?

• Sistemas bioquímicos não naturais


– Alteração do tamanho do DNA com benzopurinas e benzopirimidinas
(xDNA ou expanded DNA, yDNA ou wide DNA),
– Uso de ácidos xenonucleicos (XNAs),
– Extensão do alfabeto (ATCGPZ),
– Construção de ribossomos ortogonais para o
reconhecimento de um código de 4 bases,
– Substituição de códons (TAG, substituído por TAA)
– Inclusão de aminoácidos não naturais.

• Qual seria a eficiência desses sistemas?


• Solucionariam o problema ou criariam outros novos?
É NECESSÁRIO REGULAR COM MAIS RIGOR?

Mais de 100 organizações solicitam mais regulação e inclusive


SIM
uma moratória (SYNBIOWATCH - www.synbiowatch.org/)

A “Presidential Commission for the Study of Bioethical


Issues” estabeleceu um sistema regulatório incipiente de
maneira a maximizar os benefícios e minimizar os riscos
NÃO (EEUU, 2010). As recomendações ao presidente Barack
Obama podem ser resumidas em uma vigilância prudente.
Existe uma regulação para a Biologia Sintética (Estados
Unidos e União Europeia) que pode ser encontrada em
http://synberc.org/sites/default/files/Concise_Guide_Synbio_Regulation.doc
(10/1/2012).
O consenso geral é de não haver necessidade de incrementar
a regulação específica para a biologia sintética.
CONCLUSÕES

• Não é possível limitar o acesso a materiais e equipamentos.


Tal como está crescendo a biologia sintética, em um sistema
transparente de código aberto (open source), uma regulação
estrita acabaria limitando o acesso ao saber.
• Contudo, fica em aberto a análise da BS desde vários pontos
de vista:
– Biossegurança (combinações de biobricks, liberação no ambiente e
sistemas de contenção, propriedade intelectual, sistemas ortogonais,
medidas a tomar em caso de acidente etc.)
– Biosseguridade (responsabilidade das empresas que sintetizam DNA,
possibilidade de mal uso de equipamentos e organismos etc.)
– Bioética (design de seres vivos, propriedade intelectual etc.)
BIOSSEGURANÇA

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO
A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE SEGURANÇA

• O princípio básico é a obrigação moral de proteger a saúde do


indivíduo, do grupo, da comunidade e do ambiente.
• A cultura de segurança é tão importante na educação
científica e no desempenho profissional como o aprendizado
do entorno teórico dos experimentos ou a capacidade de
realizar os passos de um protocolo.
• Na prevenção de riscos, a responsabilidade é de todos:
autoridades, professores, técnicos, alunos e pessoal de apoio.

NÃO BASTA UMA AULA, NEM UM CURSO


A CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DE SEGURANÇA

http://www.anbio.org.br/site/

SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM BIOSSEGURANÇA


Núcleo de Biossegurança – Escola de Saúde Pública Sergio Arouca
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/S

COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA


http://www.ctnbio.gov.br/
AGRADECIMENTOS

• À Dra. Leila Macedo, presidenta da ANBIO.


• Aos Professores da UNIRIO, Dr. Carlos Augusto
Figueiredo e Dra. Michelle Sampaio.
• A vocês.

Você também pode gostar