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Dureza: é uma medida de resistência de um material a uma deformação plástica localizada (por
exemplo, uma pequena impressão ou um risco).
Os ensaios de dureza são realizados com mais frequência do que qualquer outro ensaio mecânico
por diversas razões:
1. Eles são simples e baratos
2. O ensaio é não-destrutivo
3. Outras propriedades mecânicas podem ser estimadas a partir de dados obtidos para ensaios de
dureza.
Exemplos de ensaios de dureza: Ensaios de Dureza Rockwell; Ensaios de Dureza Brinell; Ensaios de
Microdureza Knoop e Vickers
Obs: tanto o limite de resistência à tração como a dureza são indicadores da resistência de um metal
à deformação plástica. Consequentemente, eles são praticamente proporcionais.
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Capítulo 7
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Movimento de Discordâncias
- O principal mecanismo da deformação plástica é o movimento de discordâncias.
- O processo pelo qual a deformação plástica é produzida mediante o movimento de uma discordância é
chamado de escorregamento; o plano cristalográfico ao longo do qual a linha da discordância se
movimenta é o plano de escorregamento.
- Virtualmente, todos os materiais cristalinos contêm algumas discordâncias que foram introduzidas
durante o processo de solidificação, durante a deformação plástica e como consequência das tensões
térmicas que resultam de um resfriamento rápido.
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Sistemas de Escorregamento
- As discordâncias não se movem com o mesmo grau de facilidade sobre todos os planos cristalográficos
de átomos e em todas as direções cristalográficas.
- As discordâncias se movem preferencialmente em direções e planos de maior densidade atômica entre
as existes no sistema cristalino.
- Para uma estrutura cristalina específica, o plano de escorregamento é aquele plano que possui
empacotamento atômico mais denso, isto é, que possui maior densidade planar. A direção de
escorregamento corresponde à direção, neste plano, que se encontra mais densamente compactada com
átomos, isto é, aquela que possui a maior densidade linear.
- Podem existir vários sistemas de escorregamento para uma estrutura cristalina particular: Os metais
com estrutura CFC têm 12 sistemas de alta densidade; Os metais CCC tem 48 sistemas, mas com menor
densidade atômica, são menos “eficientes” que os CFC; Os metais HC tem 12 sistemas.
- Metais com estrutura cristalinas CFC e CCC possuem um número relativamente grande de sistemas de
escorregamento (pelo menos 12). Esses metais são bastante dúcteis, pois uma extensa deformação
plástica é normalmente possível ao longo dos vários sistemas. De maneira contrária, metais com estrutura
HC, com poucos sistemas de escorregamento ativos, normalmente são bastante frágeis.
2. A desordenação atômica no interior de uma região de contorno de grão irá resultar em uma
descontinuidade de planos de escorregamento de um grão para dentro do outro.
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- Um material com granulação fina (que possui grãos pequenos) é mais duro e mais resistente do que um
material que possui granulação grosseira, uma vez que o primeiro possui maior área total de contornos
de grãos para dificultar o movimento das discordâncias. (O limite de escoamento, varia de acordo com o
tamanho do grão).
- Também deve-se mencionar que a redução no tamanho do grão aumenta não somente a resistência e
dureza, mas também a tenacidade de muitas ligas.
3. Encruamento
- É o mais antigo e provavelmente o mais utilizado dentre os mecanismos de endurecimento de metais.
- O encruamento é o mecanismo pelo qual um material dúctil se torna mais duro e resistente depois de
ter sido submetido a uma deformação plástica.
- Durante a deformação plástica, discordâncias movimentam-se, multiplicam-se, interagem entre si
formando “emaranhados”. Para que as movimentações das discordâncias ocorram passa a haver a
necessidade de tensões crescentes.
- Algumas vezes esse fenômeno também é chamado de endurecimento por trabalho. Pelo fato de a
temperatura em que a deformação é efetuada ser “fria” em relação à temperatura absoluta de fusão do
metal, também chamado de trabalho a frio.
Etapas:
1. Um material é tracionado além do seu limite de escoamento antes de ser aliviado.
2. Agora o material possui um limite de escoamento maior, mas ductilidade menor.
3. Repetindo-se o procedimento várias vezes, o material vai aumentar seu limite de escoamento e
diminuir sua ductilidade continuamente até tornar-se frágil.
Ex: Laminação.
Encruamento e Microestrutura:
- Deformação plástica:
Alteração na forma do grão;
Endurecimento por deformação plástica a frio;
Aumento da densidade de discordâncias.
- Estas propriedades e estruturas podem ser revertidas novamente aos seus estados anteriores ao
trabalho frio mediante tratamento térmico apropriado.
Recuperação e Recristalização
Crescimento de grão
Ex: Recozimento.
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Capítulo 9
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Diagrama de Fases – Isomorfo
Exemplo: Diagrama de Fases Cobre-Níquel
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Diagrama de Fases – Eutético Binário
Exemplo: Diagrama de Fases Cobre-Prata
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Diagrama de Fases – Eutetóide (Sistema Fe-C)
Ferrita -
Forma estável do ferro puro a temperatura ambiente.
Estrutura CCC
A solubilidade do carbono na ferrita é muito baixa (máximo de 0,020% a 727ºC e a temperatura
ambiente é de tão somente 0,008%C).
Propriedades: dúctil, magnético abaixo de 768ºC, massa específica de 7,87 g/cm3
Austenita -
Não é estável abaixo de 727ºC
Estrutura CFC
Solubilidade máxima de carbono na austenita de 2,14% a 1147ºC.
Propriedades: dúctil e não magnética
Existindo entre as temperaturas de 727ºC e 1495ºC, no caso de aços comuns. Na presença de
elementos estabilizadores da austenita, esta pode até ser encontrada a temperatura ambiente (p.ex.
Aços inoxidáveis austeníticos).
Ferro -
Solução sólida de carbono em ferro CCC.
Existindo entre 1394 e 1538ºC (fusão do ferro puro).
A solubilidade do carbono no ferro delta atinge o máximo de 0,09%C a 1495ºC.
A solubilidade máxima de carbono na ferrita é um pouco maior que na ferrita (0,09 e 0,02%,
respectivamente), devido ao fato de que a ferrita ocorre em temperaturas maiores, em que a agitação
térmica da matriz de ferro é também maior, favorecendo a maior dissolução do carbono.
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Cementita – Fe3C
É um carboneto de ferro com estrutura ortorrômbica, de alta dureza e frágil.
Forma-se quando o limite de C é excedido na ferrita
A cementita dá origem a um eutetóide de extrema importância no estudo de aços, a perlita.
Perlita
A perlita é uma mistura específica de duas fases, formada pela transformação da austenita, de
composição eutetóide, em ferrita e cementita
Aços
Hipoeutetóides 0,02% < %C < 0,77%
Hipereutetóides 0,77% < %C =< 2,11%
Eutetóides %C = 0,77%
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RESUMO MATERIAIS – P2
Capítulo 13
Cerâmicas são compostos entre elementos metálicos e não-metálicos. O termo cerâmica vem da
palavra grega keramikos, que significa "material queimado", indicando que as desejáveis propriedades
destes materiais são normalmente encontradas através de um processo de tratamento térmico de alta
temperatura denominado queima.
-> Cerâmica Tradicional (Utiliza Matéria Prima Natural) e Cerâmicas Avançadas (Matéria-Prima Sintética)
Estruturas Cerâmicas
Uma vez que as cerâmicas são compostas por pelo menos dois elementos, as suas estruturas
cristalinas são, em geral, mais complexas do que aquelas para os metais.
Fatores que influenciam a estrutura do cristal:
1. A Estequiometria do Cristal: o cristal deve ser eletricamente neutro, de forma que todas as cargas
positivas dos cátions devem ser contrabalançadas por um número igual de cargas negativas dos
ânions. (Um composto AX2 não pode se cristalizar em uma estrutura AX).
2. Tamanho relativo dos cátions e dos ânions (rc/ra): Estruturas cerâmicas cristalinas estáveis são
formadas quando os ânions que estão ao redor de um cátion estão todos em contato com esse cátion.
Uma vez que os elementos metálicos cedem elétrons quando ionizados, os cátions são, geralmente
menores do que os ânions e, como consequência, a razão rc/ra é menor do que a unidade. Cada cátion
prefere ter tantos ânions como vizinhos mais próximos quanto for possível. Os ânions também desejam
um número máximo de cátions como vizinhos mais próximos.
Estruturas Cristalinas do Tipo AX:
Alguns dos materiais cerâmicos comuns são aqueles em que existem números iguais de cátions e de
ânions. Com frequência, esses materiais são designados como compostos AX, onde A representa o cátion
e X o ânion.
Estrutura do Sal-gema:
Talvez a estrutura cristalina AX mais comum seja a do tipo cloreto de sódio (NaCl) ou sal-gema. O número
de coordenação tanto para os cátions quanto para os ânions é 6. A estrutura cristalina do Sal-gema pode
ser considerada como composta por duas redes CFC que se interpenetram, uma composta pelos
cátions e outra pelos ânions. EX: NaCl, MgO, MnS, FeO...
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Estrutura do Cloreto de Césio: (CsCl)
O número de coordenação para ambos os tipos de íons é 8. Vale ressaltar, que essa NÃO É uma
estrutura cristalina CCC, uma vez que estão envolvidos íons de dois tipos diferentes.
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