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UNILAGO
PALOMA MENEGUESSO
ECTOPARASITAS NA AVICULTURA
2017
ANNE CAMILE C. SILVA
PALOMA MENEGUESSO
ECTOPARASITAS NA AVICULTURA
2017
RESUMO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 6
2. Argas miniatus......................................................................................................... 7
Borrelia anserina.................................................................................................. 8
Tick Paralysis........................................................................................................ 9
2.2. CONTROLE.................................................................................................. 10
4. Menacanthus stramineus........................................................................................ 16
6. CONCLUSÃO...................................................................................................... 18
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 19
LISTA DE FIGURAS
1 – INTRODUÇÃO
2 - Argas miniatus
Borrelia anserina
Tick Paralysis
Esta doença é causada por uma neurotoxina liberada ao final do ingurgitamento das
larvas, provocando paralisia flácida ascendente, levando rapidamente a morte geralmente por
parada respiratória; sete espécies do gênero Argas podem produzir esta toxina (MANS;
GOTHE; NEITZ, 2004).
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2.2 - CONTROLE
3- Dermanyssus gallinae
Durante a noite, a infestação ocorre em todas as partes do corpo da ave, barbela, crista
e membrana periocular. As lesões provocadas durante o seu repasto sanguíneo podem ser
facilmente identificada no peito e pernas das aves (TUCCI et al., 1998). Na ausência do
hospedeiro definitivo, este ácaro pode ser encontrado no corpo de coelhos e outros roedores, e
também de cães, gatos, cavalos e homem, causando dermatite pruriginosa (MARANGI et al.,
2009).
O agente da DNC é capaz de infectar mais de 241 espécies de aves (SESTI, 2001). A
importância desta doença em aves é devido às grandes perdas econômicas quando ocorrem
surtos de DNC em criações comerciais (pode provocar mortalidade de 100% em um lote). A
doença de Newcastle é uma zoonose, pois o homem se contamina pelo contato direto com
material infectado e nunca foi relatada a transmissão de uma pessoa para a outra
(SESTI,2001). Esta enfermidade no homem é pouco frequente e geralmente ocorre em
funcionários de frigoríficos de aves, laboratoristas e vacinadores que aplicam vacina com o
vírus vivo. O período de incubação para o homem é de 1 a 4 dias e o quadro clinico consiste
em infecções dos olhos, caracterizada por conjuntivite unilateral, avermelhamento,
lacrimejamento, edema de pálpebras e hemorragia subconjuntival. A infecção não determina
risco de vida ao homem (ALEXANDER, 2003).
A transmissão do vírus da DNC se da por contato através de produtos contaminados
ou por aerossóis de aves infectadas. Aves com sinais respiratórios excretam o vírus em
aerossóis que são inalados por aves susceptíveis. Como o vírus também se replica no
intestino, pode ser disseminado pela ingestão de alimentos e água contendo fezes
contaminadas (ALEXANDER,2003). Pequenos roedores, insetos, artrópodes, e aracnídeos
que transitam entre as aves infectadas e susceptíveis, podem transmitir mecanicamente o
vírus. O movimento de pessoas com seus calçados, roupas e veículos, e o transporte de
equipamentos entre granjas também favorece a difusão rápida do vírus (VILLEGAS &
AVELLANEDA, 1995).
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A grande parte do ciclo biológico deste ácaro é feita fora do hospedeiro, recorrendo
apenas a este quando se vai alimentar (MULLEN & DURDEN, 2009). Este ácaro passa por
cinco fases durante o seu ciclo de vida. São elas o ovo, a larva, a protoninfa, a deutoninfa e o
adulto, macho ou fêmea. Bishopp e Wood (1917) referem que as fêmeas adultas, 12 a 48
horas após a refeição sanguínea (período de pré-ovoposição), depositam entre três e sete ovos
semelhantes a uma pérola branca com forma elíptica. A ovoposição é feita individualmente
nas ranhuras onde os adultos se alojam e acasalam (NORDENFORS & HOGLUND, 2000).
Esta visita ao hospedeiro para se alimentar seguidas de um período de ovoposição, são
repetidas até oito vezes, sendo que, durante esse período, são depositados entre 25 a 35 ovos.
Destes vão eclodir as larvas passadas, aproximadamente, dois dias. Estas larvas sofrem
uma muda, sem se alimentarem, para protoninfas em um a dois dias. Esta primeira fase de
ninfa caracteriza-se por possuir uma cor bastante clara quase transparente. Uma nova muda
vai ocorrer, após uma primeira refeição sanguínea, seguindo-se uma segunda fase de ninfa,
denominada deutoninfa. Esta segunda muda é feita 30 a 48 horas após as protoninfas se
alimentarem. A fase de deutoninfa, rapidamente, após a muda, vai ingerir uma nova refeição
sanguínea, sendo que a muda para adultos é feita um a dois dias depois desta refeição. Em
adultos, as fêmeas apresentam uma cor acinzentada antes de se alimentarem passando para
vermelha escura após a ingestão de sangue. O ciclo biológico fica, assim, completo em média
ao fim de sete dias (BISHOPP & WOOD, 1917).
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4 – Menacanthus stramineus
Os piolhos malófagos são geralmente mais ativos durante o Verão, mas podem-se
encontrar ativos durante todo o ano. Durante o período de vida de cerca de um mês, a fêmea
põe 200 a 300 ovos (“lêndeas”). Os ovos são geralmente esbranquiçados e ficam agarrados às
penas, onde podem ser vistos a olho nu. São insetos hemimetabólicos e do ovo eclode uma
ninfa, semelhante ao adulto apesar de muito menor. Depois de três mudas, surge o adulto
totalmente desenvolvido. O ciclo inteiro desde o ovo até à forma adulta demora cerca de
quatro semanas (ANDRE BATISTA, 2009).
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6 - CONCLUSÃO
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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