A Sociologia do
Conhecimento de
Karl Mannheim
Teoria, Método e Aplicação
Amalia Barboza
Herbert Marcuse
Bryan S. Turner
Alejandro Blanco
Thiago Mazucato
Vera Cepêda
Milton Lahuerta
Thiago Mazucato
Vera Alves Cepêda
(Orgs.)
A Sociologia do
Conhecimento de
Karl Mannheim
Teoria, Método e Aplicação
Amalia Barboza
Herbert Marcuse
Bryan S. Turner
Alejandro Blanco
Thiago Mazucato
Vera Cepêda
Milton Lahuerta
Copyright © 2018 by Thiago Mazucato & Vera Cepêda
Copyright © Herbert Marcuse by Peter Marcuse
Thiago Mazucato
M476s A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim - teoria, método e aplicação /
Amália Barboza {et al}; organizadores: Thiago Mazucato; Vera Alves Cepêda.
Penápolis, FUNEPE, 2018.
198 p.
Tradução do alemão, inglês e espanhol.
ISBN 97885-93683-046
Autores: Amália Barboza; Herbert Marcuse; Bryan S. Turner; Alejandro Blanco;
Thiago Mazucato; Vera Cepêda; Milton Lahuerta.
1. Teoria Social. 2. Sociologia do Conhecimento. 3. Karl Mannheim.
I. Barboza, Amália. II. Mazucato, Thiago (Org.). III. Cepêda, Vera (Org.).
CDD: 301
Fonte: Suely Maria Pereira - CRB 5704
1ª edição 2018
Editora FUNEPE
Apresentação ............................................................................................... 5
6
legais, conseguimos a autorização para a tradução e publicação em por-
tuguês neste livro.
7
final da década de 1920 até meados da década de 1940, conectando duas
importantes tradições: o pensamento crítico da Escola de Frankfurt e as
proposições do historicismo da Sociologia do Conhecimento de Karl
Mannheim.
8
Social Brasileira, no campo que se convencionou denominar como pensa-
mento politico e social brasileiro.
9
A chance perdida de uma
cooperação entre a “Escola de
Frankfurt” e o Seminário de
Sociologia de Karl Mannheim
Amalia Barboza
A chance perdida de uma cooperação entre a
“Escola de Frankfurt” e o Seminário de
Sociologia de Karl Mannheim
Amalia Barboza
2 A então estudante Gisèle Freund (1993, p. 39) relatou, por exemplo, sobre a sua própria
decisão de ir para Frankfurt: “Decidi estudar em Frankfurt porque Karl Mannheim, o principal
sociólogo daquela época, tinha deixado a Universidade de Heidelberg, onde eu estudara até
então. Meia dúzia de estudantes o seguiram, aos quais me juntei”.
14
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
15
A chance perdida | Amália Barboza
16
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
19316. Löwe mantinha amizade com Mannheim, mas também com Max
Horkheimer e seu amigo Friedrich Pollock. Assim como Mannheim, ele fora
nomeado para Frankfurt porque o presidente, Kurt Riezler, desejava pro-
mover a “investigação interdisciplinar” e a cooperação entre os colegas de
trabalho na Universidade, para assim “fazer da Universidade Goethe um
centro de cultura universitária alemã” (Löwe, 2004, p. 93). Por conta de
Löwe ser amigo tanto de Mannheim quanto dos membros do Instituto, os
planos de Riezler pareciam poder se realizar. Löwe organizou no semestre
de inverno de 1931/1932, juntamente com Mannheim e com o cientista po-
lítico Bergsträsser e o historiador Ulrich Noack, por exemplo, um seminário
na forma de “grupo de trabalho sociológico” sobre História Social e Histó-
ria das Ideias, o chamado “Seminário de Liberalismo”, que perdurou du-
rante três semestres. Löwe também mantinha um contato constante com
os demais membros do Instituto.
6 Nas memórias de Norbert Elias (2004, p. 96) Mannheim dividia o Seminário de Sociologia
“no porão do edifício do Instituto de Pesquisa Social”, onde também ocorria o Seminário de
finanças Públicas de Wilhelm Gerloff.
17
A chance perdida | Amália Barboza
7 Horkheimer fizera seu doutoramento com a tese “Sobre a Antinomia do Juízo Teleológico”
(1922) e defendera a sua habilitação sobre Kant com o título “Crítica do Juízo” (1925),
publicando em 1930 um artigo sobre os “Primórdios da Filosofia da História Burguesa”. Em
1930 também publicou o artigo contra Mannheim: “Um Novo Conceito de Ideo-
logia?” (Horkheimer, 1930). A próxima publicação sairia em 1931: “A Situação Atual da
Filosofia Social e as Tarefas do Instituto de Pesquisa Social”. Sob o pseudônimo de Heinrich
Regius, Horkheimer publicou em 1934 um livro intitulado “Crepúsculo”, uma coletânea de
aforismos que escrevera entre 1926 e 1931, em que efetivamente afirmava a sua atitude
crítica à sociedade e o seu humanismo socialista.
18
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
19
A chance perdida | Amália Barboza
9 Martin Jay possui a opinião de que, no final, a “Escola de Frankfurt” vislumbrou uma saída
para o relativismo: há um ponto de Arquimedes para resolver o problema que a Sociologia
do Conhecimento aborda. Para afastar a consciência falsa, e isto não seria feito por uma
intelligentsia numa totalidade harmônica, e nem pelo proletariado, necessariamente seria
uma “totalidade reconciliada que acompanhará o fim da História” (Jay, 1974, p. 88). Martin
Jay refere-se ao Angelus Novus de Paul Klee, que se tornou conhecido através da Filosofia
da História de Benjamin. O Angelus pode enxergar a verdade, enquanto nós apenas
podemos enxergar fragmentos. Martin Jay não está tão seguro quanto à sua própria
interpretação, em que simultaneamente notou que, no final, a “Escola de Frankfurt”
representava mais uma espécie de agnosticismo kantiano, de forma que o problema da
Sociologia do Conhecimento de fato “ainda não fora convincentemente refutado” (Jay, 1974,
p. 89).
20
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
10 Em outro texto procurei evidenciar que é preciso interpretar estes dois aspectos da
Sociologia de Mannheim de modo diferente, quando se deseja, de fato, conhecer Mannheim
(Barboza, 2006).
21
A chance perdida | Amália Barboza
22
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
11 Além dos artigos que foram publicados nesta coletânea, existem outras análises
importantes sobre este período de Mannheim em Frankfurt: Matthiesen (1989), Honegger
(1989) e Kettler & Meja (1993, 1995).
12 Pude demonstrar em outra oportunidade (Barboza, 2005, p. 218) que Mannheim, desde
“Ideologia e Utopia”, comprometera-se com um experimento com o método de análise dos
estilos, ao passo que analisava não somente vários estilos de pensamento, mas também
experimentava vários estilos de análise. No período de Frankfurt, Mannheim procurou
ensinar aos estudantes não somente o método de análise de estilos e a imputação
sociológica, mas também procurou mediar a atitude de experimentação com estilos de
pensamento.
23
A chance perdida | Amália Barboza
13 Esta definição de Sociologia seria algo distinto, algo entre um processo restrito com um
objetivo concreto, uma Sociologia enquanto ciência básica, e uma Sociologia enquanto
perspectiva e método, aplicável a diferentes objetos. Esta definição fora feita por Georg
Simmel (1995), que tentou definir a Sociologia a partir de um objeto próprio. A Sociologia
enquanto perspectiva não poderia, para Simmel, alcançar o status de uma ciência.
Mannheim aceita esta distinção de Simmel, porém mantém os dois modos enquanto
científicos. Em sua conferência ele desejava aproximar os estudantes da concepção de
Sociologia enquanto perspectiva e método (Mannheim, 2000, p. 45). Para mais informações
sobre a Sociologia enquanto ciência básica e enquanto perspectiva cf. Barboza (2005, p.
65).
24
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
25
A chance perdida | Amália Barboza
14 Kurt Wolff escreveu entre 1931 e 1933, durante o seu período em Frankfurt, diversos
textos em que se ocupou com o método e o fenômeno do distanciamento. Estes primeiros
ensaios foram publicados em 1988 em seu livro Das Unumgängliche. Gedichte, Prosa,
Essays und Theater. Num segundo livro, Wolff (1998, p. 136) também testemunhou a
impressão profunda que a aprendizagem com Mannheim lhe causara.
15 Sobre os estudantes que Mannheim supervisionou em Frankfurt cf. Honegger (1989,
1993), Kettler & Meja (1993, 2004), Kettler (2000, 2003a, 2007) e Kettler & Loader (2001).
26
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
16 Wolff não pôde finalizar este trabalho. Muitos documentos de trabalho (relatórios breves,
entrevistas, anotações e entrevistas de Mannheim e Elias) ainda podem ser vistos nos
Sozialwissenschaftlichen Archiv em Konstanz.
27
A chance perdida | Amália Barboza
28
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
passado tenham sido analisadas, sempre estivera clara a sua relação com o
presente. Os estudos concretos de Sociologia do Conhecimento deveriam,
dentre outras coisas, servir como análise do passado, mas sempre com o
objetivo de alcançar uma análise do presente, e até mesmo uma auto análise17.
17 Sobre esta função da Sociologia do Conhecimento enquanto análise auto reflexiva cf.
Barboza (2005, p. 207).
18A Sociologia procuraria o seu caminho “nas disciplinas específicas circunscritas anterior-
mente na totalidade do conhecimento da realidade” (Mannheim, 1932, p. 4).
19De acordo com as memórias de Elias (2004, p. 97), Tillich e Riezler também fizeram parte
deste seminário.
20 Horkheimer realizou várias conferências sobre História das Ideias, ao mesmo tempo em
que se especializava em filosofia idealista alemã (Wiggershaus, 1988, p. 61).
29
A chance perdida | Amália Barboza
21 Consiste numa palestra que Mannheim realizou para um luxuoso congresso alemão de
professores universitários de Sociologia, em Frankfurt, em 28 de fevereiro de 1932.
30
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
31
A chance perdida | Amália Barboza
32
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
33
A chance perdida | Amália Barboza
34
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
35
A chance perdida | Amália Barboza
26 Entre 1929 e 1933 Horkheimer realizou diversas conferências sobre “História Geral da
Filosofia” (por exemplo, sobre “Iluminismo Inglês e Francês”, no semestre de inverno de
1930/1931), mas também tratou concretamente de filósofos alemães: por exemplo, um
seminário sobre Hegel e Marx (no semestre de inverno de 1929/1930) e um seminário sobre
Kant (no semestre de inverno de 1930/1931).
36
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
37
A chance perdida | Amália Barboza
38
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
27Sobre os “Kränzchen”, ou ainda sobre o preferido “Café Laumer” cf. Kluke (1972, p. 67),
Schievelbusch (1982, p. 168) e Noth (1971, p. 194).
28 Em 27 de junho DE 1931 estiveram na companhia de Paul Tillich nomes como Karl
Mannheim, Max Horkheimer, Friedrich Pollock e Theodor Wiesengrund, ao lado de Kurt
Riezler, Carl Mennicke, Heinrich Frick e outros teólogos, numa mesa de discussão sobre “A
Civilização Secular e a Tarefa (Missão) do Cristianismo” (Tillich, 1983). Sobre esta reunião cf.
Kettler & Meja (1995, pp. 110-13).
39
A chance perdida | Amália Barboza
29 Como Martin Jay (1981, p. 33) escreveu, teria sido a aceitação acrítica de teoremas
marxistas, por parte de alguns dos antigos membros do Instituto de Horkheimer, que fizera
com que os outros mais jovens os considerassem inferiores e ingenuamente estimados, já
“que duvidaram da interpretação da teoria marxista”.
30 Aparentemente, no tempo de Grünberg, o “Café Marx” não se voltava tanto para o
engajamento político, mas era conhecido como marxista pelo seu trabalho de coleta de
fatos (Jay, 1981, p. 31). A atividade política era exercida pelos membros individualmente
para além do Instituto, uma vez que a intenção de seus membros fundadores consistia em
manter o Instituto apartado de filiações partidárias (Jay, 1981, p. 31). Sob a direção de
Horkheimer esta imagem seria reforçada. A estudante Gisèle Freund (1986) recordou que
“no Instituto de Pesquisa Social estudávamos Marx (depois de Lukács). Estudar Marx não
era fácil. Eu era uma aluna de Mannheim e este já se opunha ao Instituto. E Norbert Elias
também não era marxista. Além disto, o Instituto de Pesquisa Social foi fundado com
recursos dos grandes capitalistas. (...) E era bastante marxista. As pessoas que dirigiam o
Instituto eram, por outro lado, muito cautelosas, eram menos marxistas do que os doadores,
os capitalistas”.
40
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
41
A chance perdida | Amália Barboza
31 Adorno não era um membro oficial do Instituto de Pesquisa Social, porém contribuía
regularmente para a Revista de Pesquisa Social, com fundamentos teóricos e metodoló-
gicos, para uma análise sociológica da música. Em 1922 conheceu Horkheimer num se-
minário de Hans Cornelius sobre Husserl (Jay, 1981, p. 41; Wiggershaus, 1988, p. 60).
Horkheimer tinha se graduado e obtido a habilitação com Cornelius enquanto Adorno es-
crevia uma dissertação sobre a fenomenologia de Husserl (1924) e defendia a sua habili-
tação sobre a estética de Kierkegaard (1931) com Paul Tillich, que era o sucessor de
Cornelius.
42
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
43
A chance perdida | Amália Barboza
32 Esta longa carta encontra-se no Arquivo Theodor Adorno em Frankfurt sob o rótulo
Br0954.
44
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
45
A chance perdida | Amália Barboza
Referências
46
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
ENDREß, Martin & SRUBAR, Ilja. Einleitung. In: MANNHEIM, Karl. Analyse
der Moderne. Jahrbuch für Sozialgeschichte 1996. Opladen: Leske und
Budrich, 2000.
47
A chance perdida | Amália Barboza
JAY, Martin. The Frankfurt School Chritic of Mannheim and the Sociology
of Knowledge. Telos, 20, 1974.
__________. Women and the State: Käthe Truhel and the Idea of a Social
Bureaucracy. Forthcoming, 2007.
48
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
KETTLER, David & MEJA, Volker. Their own, peculiar way: Karl Mannheim
and the Rise of Women. International Sociology, 8, 1 (March), 1993.
49
A chance perdida | Amália Barboza
MEJA, Volker & STEHR, Nico (Orgs.). Der Streit um die Wissens-
soziologie. Frankfurt: Suhrkamp, 1982.
SIMMEL, Georg. Das Gebiet der Soziologie. In: __________. Schriften zur
Soziologie. Frankfurt: Suhrkamp, 1995.
50
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
51
Sobre a problemática da
verdade no método sociológico
— Karl Mannheim:
“Ideologia e Utopia”
Herbert Marcuse
Sobre a problemática da verdade no método
sociológico — Karl Mannheim: “Ideologia e
Utopia”
Herbert Marcuse1
1 Trata-se de uma crítica escrita por Herbert Marcuse sobre o livro “Ideologia e Utopia” de
Karl Mannheim, publicada em 1931, dois anos após Mannheim ter publicado a primeira
versão de “Ideologia e Utopia”, na Alemanha. Foi originalmente publicado em Die
Gesellchaft. Internationale Reve für Sozialismus und Politik, 8, 1931. A tradução e publicação
deste texto de Herbert Marcuse foi permitida por seu filho, Peter Marcuse, que gentilmente
nos autorizou e solicitou que publicássemos a seguinte nota: “With permission of the
Literary Estate of Herbert Marcuse, Peter Marcuse, Executor, whose permission is required
for any further publication. Supplementary material from previously unpublished work of
Herbert Marcuse, much now in the Archives at the Library of the Goethe University in
Frankfurt/Main, has been published by Routledge Publishers, England, in a six-volume series
edited by Douglas Kellner, and in a German series edited by Peter-Erwin Jansen published
by zu Klampen Verlag, Germany. All rights to further publication are retained by the Estate”.
Sobre a problemática da verdade | Herbert Marcuse
56
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
57
Sobre a problemática da verdade | Herbert Marcuse
58
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
59
Sobre a problemática da verdade | Herbert Marcuse
60
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
61
Sobre a problemática da verdade | Herbert Marcuse
62
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
63
Sobre a problemática da verdade | Herbert Marcuse
64
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
65
Sobre a problemática da verdade | Herbert Marcuse
66
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
67
Sobre a problemática da verdade | Herbert Marcuse
68
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
69
Sobre a problemática da verdade | Herbert Marcuse
70
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
71
Sobre a problemática da verdade | Herbert Marcuse
72
Karl Mannheim e a
Sociologia da Cultura
Bryan S. Turner
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura
Bryan S. Turner1
Introdução
Há duas razões pelas quais ainda é muito útil estudar tais en-
saios. Primeiramente, Mannheim desenvolveu um método de estudar sis-
temas de ideias que continuou sendo revolucionário em desafiar nossos
pressupostos sobre a relação entre conhecimento e sociedade. Este mé-
todo revolucionário consistiu na Sociologia do Conhecimento que, dentre
outras coisas, preocupa-se com a determinação social das ideias. Sua
abordagem levantou, e continua a levantar, problemas fundamentais sobre
a verdade e a falsidade de ideias que são, por exemplo, produzidas pela
competição social entre grupos (Abercrombie, 1980; Meja & Stehr, 1990;
Merton, 1945).
76
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
Sociologia da Cultura
77
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
78
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
79
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
80
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
81
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
82
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
Mannheim e a Intelligentsia
83
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
84
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
(Aber- crombie, 1980; Abercrombie & Longhurst, 1983; Meja & Stehr, 1990).
Não po- derei analisar aqui estes problemas pormenorizadamente. Todavia,
o relativismo tende a ser auto-derrotado: se todo pensamento é relativo a
certas condições existenciais (como classe social), então, esta afirmação
sobre o relativismo também sofre do próprio relativismo. Conse-
quentemente, Mannheim tentou articular várias soluções para o problema,
incluindo a noção mais fraca de uma relação entre sociedade e
pensamento. Parte do problema consiste numa confusão entre a
determinação social das ideias, sua verdade ou falsidade, e os modos
racionais ou irracionais pelos quais as ideias poderiam ser tomadas. A
emergência de uma visão dos sistemas planetários válida cientificamente
seria um processo socialmente determinado, porém, seja ou não verdade
que a Terra se move ao redor do Sol deveria ser estabelecida por
processos científicos, os quais também são, obviamente, determinados.
Não há uma relação necessária entre determinismo e falsidade. Uma vez
que aceitamos a ideia de que não existem sistemas de pensamento que
não sejam socialmente determinados, então, alguns aspectos do problema
de Mannheim simplesmente desaparecem. Mannheim parece ter assumido
que um sistema de crenças que é socialmente determinado não pode ser
válido; ele estava, consequentemente, preocupado em compreender como
alguns grupos de intelectuais poderiam ser livremente flutuantes: ou seja,
não completamente determinados pelos interesses sociais e pelas forças
sociais. Esta indagação para descobrir uma “intelligentsia social- mente
independente” (freischwebende Intelligenz, nas palavras de Alfred Weber)
consiste numa pesquisa um tanto equivocada, a partir do fundamento de
que todos os sistemas de crenças e conhecimentos são socialmente
determinados. Certamente, precisamos ter em mente o contexto social no
qual as visões de Mannheim sobre a relação entre conhecimento,
intelectuais e política emergiram, especialmente no contexto de ascensão
85
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
86
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
87
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
88
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
Cultura e Democratização
89
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
90
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
Cidadania
91
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
92
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
93
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
94
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
Democratização Cultural
95
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
96
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
ria” (Mannheim, 1956, p. 211). Esta elite consiste numa autêntica classe de
ócio que cultiva a “fineza e a delicadeza” para se distinguir das massas.
97
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
98
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
99
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
100
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
101
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
102
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
103
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
Conclusão
104
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
105
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
Referências
106
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
107
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
KLAGES, L. Der Geist als Widersacher der Seele. Bonn: Bouvier, 1981.
MEJA, Volker & STEHR, Nico (Orgs.). Knowledge and Politics, the Soci-
ology of Knowledge Dispute. London: Routledge, 1990.
108
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
__________. Preface to the new edition. In: MANNHEIM, Karl. Ideology and
Utopia. London: Routledge, 1991.
VEBLEN, T. The Theory of the Leisure Class. New York: Macmillan, 1899.
WEBER, Max. The Methodology of the Social Sciences. New York: The
Free Press, 1949.
109
Karl Mannheim e a Sociologia da Cultura | Bryan S. Turner
110
Karl Mannheim na formação da
Sociologia Moderna na
América Latina
Alejandro Blanco
Karl Mannheim na formação da Sociologia
Moderna na América Latina
Alejandro Blanco1
114
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
115
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
116
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
117
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
118
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
119
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
120
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
121
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
122
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
8 Carta de Cosío Villegas a Louis Wirth, 2 de abril de 1940. Três anos mais tarde, Cosío
Villegas procuraria — ainda que também sem êxito — levar Max Horkheimer ao México, que
em 1930 — no mesmo ano em que Mannheim fora designado professor de Sociologia na
Universidade de Frankfurt — havia estabelecido o Instituto de Pesquisa Social na mesma
universidade. Segundo consta na correspondência do El Colegio de México, Horkheimer,
que, em consequência da ascensão do nazismo, já havia radicado seu instituto há alguns
anos em Nova Iorque, havia acordado com as autoridades do El Colegio de México um pla-
no de conferências que versaria sobre Society and Reason, e que compreendia os seguintes
123
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
124
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
Lukács. Os primeiros dois títulos foram publicados pouco tempo depois pela FCE e o
terceiro, por Gino Germani na Argentina, na editora Paidós.
10 Carta de Cosío Villegas a Karl Mannheim, 19 de fevereiro de 1940, Arquivo do Fondo de
Cultura Económica.
11Carta de Karl Mannheim a Cosío Villegas, 29 de março de 1940, Arquivo do Fondo de
Cultura Económica.
12 Mannheim (1935). O ensaio foi posteriormente incluído em Essays on Sociology and
Social Psychology (Londres, Routledge and Kegal Paul, 1953), editado pela FCE em 1963.
13 Carta de Karl Mannheim a Cosío Villegas, 11 de julho de 1940, Arquivo do Fondo de
Cultura Económica.
125
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
126
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
127
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
prontidão em adquirir o copy- right deste livro”21, o que revela, uma vez
mais, o enorme interesse por sua obra.
128
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
129
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
130
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
131
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
132
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
25 Com um título ligeiramente diferente, a obra seria publicada finalmente no México em 1940
(Medina Echavarría, 1940a). Na mesma, Medina Echavarría consagrou um capítulo à sociologia
alemã, na qual incluiu um tratamento da obra em curso de Mannheim.
133
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
zões: em primeiro lugar, porque a análise das diversas tendências que agi-
tavam a vida política da República de Weimar — e que prontamente de-
sembocariam em sua destruição —pareciam oferecer algumas chaves in-
terpretativas para examinar a própria crise da República espanhola. Em
segundo lugar, porque esta obra viria a colocar no centro da atenção um
problema que, como aquele dos intelectuais diante da crise política de seu
tempo, era parte das preocupações, não somente de Medina Echavarría,
mas da comunidade espanhola no exílio mexicano. Não casualmente, a
nota com que Medina Echavarría apresentou a edição de Ideologia e Uto-
pia, levava o título de “Responsabilidade da inteligência”. E pouco tempo
depois da aparição da obra, a revista Cuadernos Americanos, fundada por
um grupo de intelectuais mexicanos e espanhóis exilados, organizou uma
mesa de discussão sobre a temática com o título de “Lealdade do intelec-
tual”. Na reunião, da qual participaram também Jesús Silva Herzog,
Mariano Picón Salas, José Gaos e Juan Larrea, Medina Echavarría também
participou e argumentou na direção de um compromisso distanciado do
intelectual, que deveria estar fundado nas competências e exigências que
lhes concernem qua intelectual. Por este motivo, em sua intervenção não
teve dúvida em qualificar de “fraude social” a atitude daqueles intelectuais
que, enquanto intelectuais, “fazem política”, transferindo “a este âmbito o
seu prestígio profissional ou literário e encobrem-se rapidamente em seus
outros domínios com o brilho maior ou menor de seu prestígio político ou
meramente ‘administrativo’” (Silva et al., 1944, pp. 43-4).
134
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
26 Que não era acidental a preocupação de Medina Echavarría acerca das condições so-
ciais da vida intelectual revela-o a publicação, em sua coleção, de um pequeno clássico
sobre o assunto, The Social Rule of the Man of Knowledge, de Florian Znaniecki (El papel
social del intelectual, México, FCE, 1941). Mais tarde, inclusive Medina Echavarría retornaria
à questão em um ensaio intitulado “Acerca dos tipos de inteligência” (Medina Echavarría,
1953).
135
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
136
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
137
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
138
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
28 Cf. Mannheim (1936a). Originalmente o texto foi uma resenha de Mannheim sobre
Methods in Social Science — de que Stuart A. Rice era organizador —, publicada em 1932
no American Journal of Sociology, vol. 38.
29 Por decisão do editor do El Noticiero Bibliográfico, a nota foi publicada finalmente com o
título de “Filosofia e sociologia”, em FCE (1941a, pp. 1-7).
139
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
140
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
141
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
inscritos durante seu primeiro ano, somente três optaram por sociologia
(Reyna, 1979), o que mostra que, não obstante os esforços realizados, a
“sociologia científica” preconizada por Medina Echavarría não formava par-
te — e não formaria por um tempo — das expectativas dos estudantes de
ciências sociais. Em todo caso, a frágil recepção da “sociologia científica”
terminaria afetando, por transição, a recepção de Mannheim no México. E
em certo modo também a de Max Weber, cuja difusão, patrocinada igual-
mente por Medina Echavarría nos mesmos anos, tampouco teve maior
ressonância no México. Como já foi assinalado, a publicação, em 1944, de
Economia e Sociedade —a primeira versão em língua estrangeira desta
obra — não foi motivo de nenhum comentário ou debate, salvo entre a pe-
quena comunidade de emigrados espanhóis (Zabludovsky, 1998; mais
recentemente, Morcillo, 2008).
142
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
143
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
144
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
Contudo, foi sem dúvida nos escritos de Gino Germani que algu-
mas das ideias de Mannheim encontraram um eco mais amplo e du-
radouro, ao mesmo tempo que um desenvolvimento mais sistemático.
Durante toda a década dos anos 1940, a obra de Mannheim gravitou nos
nos textos de Germani e foi uma das fontes formativas de sua visão do
mundo moderno. Tal como Medina Echavarría e Francisco Ayala, durante
estes anos Germani também desenvolveu uma extensa produção editorial
como diretor das coleções Ciência e Sociedade e Biblioteca de Psicologia
Social e Sociologia, nas editoras Abril e Paidós, respectivamente (Blanco,
2006a). Publicou, em alguns casos acompanhado de um prólogo, cinco
títulos de Harold Laski, o padrinho intelectual de Mannheim na Inglaterra, e
sete títulos da International Library of Sociology and Social Reconstruction,
a coleção que Mannheim dirigia na Inglaterra. A presença deste último
145
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
146
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
147
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
148
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
149
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
150
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
editor, tinha publicado obras de John Dewey, Walter Lipmann, Morris Cohen e
Margaret Mead, e nos anos 1940 fazia parte da comunidade italiana
antifascista na Argentina. Italiano de origem, tinha chegado na Argentina em
1934 depois de cumprir uma condenação de quatro anos de confinamento por
suas atividades anti-fascistas. Já na Argentina consagrou à problemática do
fascismo uma série de artigos em diversas publicações da comunidade italiana
local. Quando a Itália entrou na guerra, e como consequência das divisões que
se produziram entre os exilados italianos na Argentina, fez parte do grupo de
italianos anti-fascistas que se separaram da Associação Cultural Italiana Dante
Aliguieri e criaram a Associação Nova Dante. Em meados dos anos 1940 a no-
va associação lançou a edição de Italia Libre, um semanário bilingue que era
impresso nas oficinas gráficas do diário socialista La Vanguardia (Fanesi,
1994).
151
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
152
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
153
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
32 Cf. Mannheim (1936b). O ensaio refere-se a uma conferência proferida por Mannheim na
Inglaterra, em 1936.
154
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
155
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
156
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
157
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
Epílogo
158
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
159
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
160
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
161
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
Referências
162
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
163
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
164
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
KÄSLER, Dirk. The Reception of Weber’s Work During his Lifetime. In:
KÄSER, Dirk. Max Weber: an Introduction to his Life and Work.
Cambridge: Polity Press, 1988.
KETTLER, David & MEJA, Volker. ‘That Typically German Kind of Sociology
which Verges towards Philosophy’: the Dispute about Ideology and Utopia
in the United States. Sociological Theory, v. 12, n. 3, 1994.
KETTLER, David; MEJA, Volker & STEHR, Nico. Karl Mannheim. México:
FCE, 1995.
165
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
__________. Plan de trabajo para 1941 del Dr. José Medina Echavarría.
Fondo de El Colegio de México, sección Archivos institucionales,
subsección Fondo antiguo, caja 15, exp. 9, fojas 10, 14, 20, 21 y 22,
1941b.
166
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
167
Karl Mannheim na formação da Sociologia na América Latina | Alejandro Blanco
168
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
169
170
Documentos de Karl
Mannheim na Biblioteca da
Universidade de Keele
1. Box 1
2. Box 2
1. Box 1
Handwritten.
1A — Lecture outline.
174
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
5-8 — Bibliography and Notes - The Psychology of School Life and Work.
16/17 — Note.
175
Documentos de Karl Mannheim | Thiago Mazucato, Vera Cepêda e Milton Lahuerta
Many of the notes written in French and German. Includes some short
bibliographies.
176
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
5-6a — Vivian Ogilvie, “Notes for meeting of Private N.E.F. Group” 12th
December, 1942.
177
Documentos de Karl Mannheim | Thiago Mazucato, Vera Cepêda e Milton Lahuerta
Box 1, Folder E.
178
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
Box 1, Folder I.
Box 1, Folder J.
Box 1, Folder K.
2. Box 2
179
Documentos de Karl Mannheim | Thiago Mazucato, Vera Cepêda e Milton Lahuerta
Letter from Lindsay, 25th June, 1943 re: Honours School in Psychology.
Letter to Mannheim from Louis Wirth, Associate Editor, July 21, 1942.
Request from the American
Box 2, Folder B.
Notes in German.
180
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
German language.
Box 2, Folder F.
Box 2, Folder G.
181
Documentos de Karl Mannheim | Thiago Mazucato, Vera Cepêda e Milton Lahuerta
BBC Home Service (Schools) Radio broadcasts “Talks for Sixth Forms -
What is Sociology?”
Number 1-10.
1. Growing up in Society.
4. Human Conflicts and their Adjustment (1) - How to deal with personal
conflicts.
182
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
Box 2, Folder P.
Box 2, Folder S.
183
Documentos de Karl Mannheim | Thiago Mazucato, Vera Cepêda e Milton Lahuerta
Lecture outlines.
184
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
185
Documentos de Karl Mannheim | Thiago Mazucato, Vera Cepêda e Milton Lahuerta
186
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
187
Documentos de Karl Mannheim | Thiago Mazucato, Vera Cepêda e Milton Lahuerta
188
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
189
Documentos de Karl Mannheim | Thiago Mazucato, Vera Cepêda e Milton Lahuerta
190
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
191
Documentos de Karl Mannheim | Thiago Mazucato, Vera Cepêda e Milton Lahuerta
192
A Sociologia do Conhecimento de Karl Mannheim | Thiago Mazucato & Vera Cepêda (Orgs.)
193
Documentos de Karl Mannheim | Thiago Mazucato, Vera Cepêda e Milton Lahuerta
194
195