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BACIA

HIDROGRÁFICA
BACIA HIDROGRÁFICA
Uma região em que a chuva ocorrida em qualquer
ponto drena para a mesma seção transversal do
curso-d’água.

Área de captação natural das precipitações, que


faz convergir os escoamentos para um único ponto
de saída: o exutório.
Delimitação da Bacia Hidrográfica

Identificando por onde escoa a água Utilizando imagens de satélites


Corte Transversal de uma bacia - Divisores (Fonte: Villela, 1975)
Delimitação da Bacia
Hidrográfica
Utilizando imagens de satélites ou cartas
topográficas.

Seção de Exutório: seção de referência ou controle


referência, da bacia.
ou exutório

Identificando por onde escoa a água, a


partir do divisor de águas.

O divisor passa pela região mais


elevada da bacia mas não
,
necessariamente pelos ponto mais
s
altos.
O divisor não corta drenagem exceto no
exutório.
Delimitação
da Bacia
Hidrográfica
Delimitação da Bacia Hidrográfica

Utilizando plantas planialtimétricas


Dentro de uma bacia hidrográfica podem
existir inúmeras sub-bacias

Bacia Hidrográfica
Ex: Carta topográfica
Sub bacias da
Bacia
Hidrográfica do
Rio Parnaíba

Fonte: Atlas de Abastecimento do


Estado do Piaui –ANA
http://www.ccom.pi.gov.br/download/CANIN.pdf
Sub bacia do
Rio Canindé

Fonte: Atlas de Abastecimento do


Estado do Piaui –ANA
http://www.ccom.pi.gov.br/download/CANIN.pdf
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE
UMA BACIA HIDROGRÁFICA
Importância
Algumas características físicas
ÁREA DA BACIA
Medida da área da Bacia
Medida da área da Bacia
FORMA DA BACIA

Coeficiente de Forma
Coeficiente de Compacidade
Coeficiente de Forma

Ĺ =Largura média
Kf =Coeficiente de forma
A =Área da bacia (km2);
L =comprimento do rio principal (km)

O fator de forma pode assumir os seguintes valores:

0,75 < Kf < 1,00  sujeito a enchentes;


0,50 < Kf < 0,75  tendência mediana; e
Kf < 0,50  não sujeito a enchentes
Coeficiente de Compacidade

P=perímetro da bacia (km)


A =área da bacia (km2)

Quanto mais próximo de 1,00 for Kc, mais a bacia se assemelha a um círculo,
podendo ser resumido da seguinte forma:

1,00 < Kc < 1,25  bacia com alta propensão a grandes enchentes;
1,25 < Kc < 1,50  bacia com tendência mediana a grandes enchentes;
> 1,50  bacia não sujeita a grandes enchentes.
Efeito da forma da bacia hidrográfica. (Fonte: Wilson, 1969)
SISTEMA DE DRENAGEM
Ordem dos cursos d´água
Densidade de drenagem
Extensão média do escoamento superficial
Sinuosidade do curso d´água
Ordem dos cursos d´água

Método de Strahler
Densidade de drenagem

Dd =densidade de drenagem (km/km2);


A = Área da bacia (km2);

∑ℓ = comprimento de todos os cursos d´água


Extensão média do escoamento superficial

A
Em 
4 * ℓ

Em =Extensão média do escoamento superficial (km);


A = Área da bacia (km2);

∑ℓ = comprimento de todos os cursos d´água


Sinuosidade do curso d´água

Sin =Sinuosidade do curso d´água;


L =Comprimento do cursos principal (km, m);
Lt =Comprimento do talvegue (km, m)
USO DO SOLO

Influencia na infiltração e na
velocidade de escoamento
Tipo de Solo
RELEVO DA BACIA
Declividade média da bacia
Hipsometria da bacia
Declividade do curso d´água
Declividade da bacia
Declividade média de uma bacia
(Col 1) (Col 2) (Col 3) (Col 4) (Col 5) (Col 6)

fi acum Ponto médio


Classes fi fi (%) (%) da classe Col 2 x Col 5
0,0000 - 0,0500 16
0,0500 - 0,1000 12
0,1000 - 0,1500 13
0,1500 - 0,2000 4
0,2000 - 0,2500 0
0,2500 -0,3000 7
0,3000 - 0,3500 0
0,3500 - 0,4000 0
0,4000 - 0,4500 0
0,4500 - 0,5000 0
0,5000 - 0,5500 0
0,5500 - 0,6000 2
54
Distribuição de frequência da elevação de uma bacia

(Col 1) (Col 2) (Col 3) (Col 4) (Col 5) (Col 6) (Col 7)

Área
Ponto Área acum
Cotas (m) médio (km2) (km2) (%) %acum. Col 2x Col 3
680 - 640 0,0466
640 - 600 0,1866
600 - 560 0,3533
Elevação de
560 - 520 2,6600 uma bacia
520 - 480 5,3666
480 -440 6,5333
440 - 400 7,0933
400 - 360 2,8000
360 - 320 0,3733
25,4130
Curva hipsométrica
Declividade do Rio –Perfil longitudinal do rio

(Col 1) (Col 2) (Col 3) (Col 4) (Col 5) (Col 6) (Col 7)


Lireal (na
linha
inclinada
L Acum na Si ) (km)
Cota (m) L(m) horiz. (km) (d) Col 6 /Col 5
354,67 -
360 840
400 6.300
440 2.100
464 1.260


2

 
S  
 Li

Equiv
 L i 
  d

 i 
Declividade do Rio Principal

Perfil Longitudinal do rio principal


470

450

430

410
Cota
(m)

390

370

350
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
L(km)

Terreno S1 Sequiv
Estimativa do Tempo de Concentração da Bacia
BALANÇO HÍDRICO
DA BACIA
Balanço Hídrico
• Balanço entre entradas e saídas de água em uma bacia
hidrográfica.

• Principal entrada precipitação

• A equação abaixo tem que ser satisfeita:

ΔV
 P  ETP  Q
Δt
Onde
V  variação do volume de água armazenado na bacia (m3)
t  intervalo de tempo considerado (s)
P  precipitação (m3.s-1)
ETP  evapotranspiração (m3.s-1)
Q  escoamento (m3.s-1)
Na escala macro
O “balanço hídrico” é o próprio “ciclo hidrológico”, cujo resultado nos fornecerá a água
disponível no sistema (no solo, rios, lagos, vegetação úmida e oceanos), ou seja, na biosfera
(SENTELHAS & ANGELOCCI, 2009).

Na escala intermediária
Representada por uma micro bacia hidrográfica, o balanço hídrico resulta na vazão de água
desse sistema. Para períodos em que a P < ETP, a vazão (Q) diminui, ao passo que nos
períodos em que P > ETP , Q aumenta (SENTELHAS & ANGELOCCI, 2009)

Na escala local
No caso de uma cultura, o balanço hídrico tem por objetivo estabelecer a variação de
armazenamentos e, consequentemente, a disponibilidade de água no solo. Conhecendo a
umidade do solo ou quanto de água este armazena é possível determinar se a cultura está
sofrendo deficiência hídrica (SENTELHAS & ANGELOCCI, 2009).
Balanço Hídrico da Bacia

variação de armazenamento
Para intervalos de tempo longos
pode ser desprezada na maior
(como um ano ou mais)
parte das bacias

P  ETP  Q
Reescrita em unidades de mm.ano-1, o que é feito dividindo os volumes
pela área da bacia

As unidades de mm são mais usuais para a precipitação e para a


evapotranspiração, mas podem ser apresentadas em m3
FIM

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