MONOGRAFIA
Em primeiro lugar agradeço a Deus todo poderoso que me deu o fôlego da vida,
para poder realizar este sonho que hoje se concretiza. Por ter permitido que ultrapassasse
todos os obstáculos ao longo da formação.
Aos meus pais por terem sido o meio utilizado para a minha existência e aos meus
queridos filhos que várias vezes foram deixados sem proteção materna, Aurora, Teresa e
Sílvio.
À minha orientadora professora Ana Paula Duarte que com a sua exigência e rigor,
ensinou-me a refletir o modo de proceder e organizar as informações, porque sem a sua
orientação não seria capaz de concluir este trabalho de extrema importância.
Agradeço ao meu esposo Silvestre Manuel Inácio que ao longo destes dois anos
não se mostrou diferente, foi a principal força que tive durante este percurso.
Às direções dos Hospitais, por autorizarem que a investigação fosse realizada para
a concretização deste trabalho. Aos participantes que foram prestimosos e pacientes em
colaborar no preenchimento do questionário.
A todos aqueles que de forma directa ou indirecta contribuíram para que este
trabalho fosse realizado.
The present study focuses on the nursing intervention through care partnership in
the pediatric services in Angola. Including parents in the participation of the provided
care will reduce the separation anxiety and will build a self-confidence for the
improvement of their parental skills and abilities. The general objective was to evaluate
the perception of the parents / caregivers regarding the support received by the nurses and
the specific objective, was to characterize the parents / caregivers. The methodology
used was the quantitative descriptive method, with the adaptation of the NPST scale to
Angola’s reality. Results: regarding age range there was a higher frequency of ages
between 23 and 32 years old, with a total of 55%; regarding education there was a higher
frequency on the secondary school – first cycle, with 15 cases (37,5%); regarding jobs
and occupations there was a higher frequency for street vendors and housewives, both
with 15 cases (75%); regarding hospitalization days, the higher frequency were three
days, with 27 elements (67,5%), and regarding support the higher average on the NPST
scale was obtained on the item related to the dimension of “instrumental support”, 2,6. It
is concluded that the major factors for parents dismay are the lack of information and the
lack of resources by the institutions.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 23
2. METODOLOGIA ..................................................................................................... 33
2.2-VARIÁVEIS………………………………………………………………………. 34
5.CONCLUSÃO ............................................................................................................ 63
ANEXO .......................................................................................................................... 68
APÊNDICES ................................................................................................................. 72
APÊNDICE A ............................................................................................................. 73
APÊNDICE B ............................................................................................................. 74
APÊNDICE C ............................................................................................................. 76
APÊNDICE D ............................................................................................................. 77
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. MODELO DE PARCERIA DE CUIDADOS ................................................. 31
Figura 2. DISTRIBUIÇÃO DOS ACOMPANHANTES SEGUNDO O GRAU DE
PARENTESCO ............................................................................................................... 55
Figura 3. DISTRIBUIÇÃO DOS ACOMPANHANTES SEGUNDO A IDADE ......... 56
Figura 4. DISTRIBUIÇÃO DOS ACOMPANHANTES SEGUNDO O NÍVEL
ACADÉMICO ................................................................................................................ 56
Figura 5. DISTRIBUIÇÃO DOS ACOMPANHANTES SEGUNDO O ESTADO CIVIL
........................................................................................................................................ 57
Figura 6. DISTRIBUIÇÃO DOS ACOMPANHANTES SEGUNDO A
PROFISSÃO/OCUPAÇÃO ............................................................................................ 58
Figura 7. DISTRIBUIÇÃO DAS CRIANÇAS SEGUNDO O TEMPO DE
INTERNAMENTO ......................................................................................................... 58
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1. Operacionalização das variáveis .................................................................... 34
Tabela 2. Competências do Estágio I ............................................................................. 43
Tabela 3. Competências do Estágio II ............................................................................ 47
Tabela 4. Competências do Estágio III ........................................................................... 53
Tabela 5. Itens da escala Nurse Parent Support Tool NPST relacionada com a dimensão
apoio informativo ............................................................................................................ 59
Tabela 6. Itens da escala NPST relacionada com a dimensão apoio emocional ........... 60
Tabela 7. Itens da escala NPST relacionada com a dimensão apoio cognitivo/apreciação
………………………………………………………………………………………….61
Tabela 8. Itens da escala NPST relacionada com a dimensão apoio instrumental........ 61
INTRODUÇÃO
23
stressante para os pais/cuidadores e familiares que vivenciavam tal situação, sendo a
mortalidade muito elevada e sem os pais terem conhecimento das causas da morte.
Os serviços de pediatria no nosso país, foram e continuam a ser até agora, áreas
com maior índice de morbimortalidade infantil, devido aos determinantes sociais do país
que contribuem para tais ocorrências tais como a higiene e o saneamento básico
deficiente; o baixo nível social e económico e a falta de profissionais capacitados para
colmatar esta situação.
O maior hospital do nosso país e o único, durante muito tempo, foi o Hospital
Pediátrico David Bernardino anteriormente chamado por Hospital Pediátrico.
Posteriormente, em 2007 foi aberto o serviço de urgência de pediatria do Hospital
Américo Boavida, que apenas tinha internamento pediátrico de crianças vinda do Hospital
Pediátrico David Bernardino. O governo angolano, mostrou-se cada vez mais empenhado
em proporcionar à criança/família, melhores cuidados com o objectivo de reduzir as taxas
de morbimortalidade infantil, no sentido de promover uma população cada vez mais
saudável.
Neste estudo, tivemos como linha orientadora a teoria das transições de Afaf
Ibrahim Meleis, que tem o seu início no período intra-uterino até ao fim da vida. A mesma
classifica-se em: transição desenvolvimental (relacionada a mudanças no ciclo de vida),
situacional (com acontecimentos que implicam alterações de papeis), saúde-doença
quando à mudança do estado de bem-estar para o de doença e organizacional. Iremos
abordar a transição saúde-doença por ser o modelo de parceria de cuidados usado em
internamentos pediátricos (José, 2017).
24
Transição remete para uma mudança no estado de saúde, nos papéis
desempenhados na sociedade, nas expectativas de vida, nas habilidades socioculturais até
mesmo na capacidade de gerir as respostas humanas (op. cit.).
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
25
OBJECTIVOS DO ESTUDO
Objectivo geral
Objectivos específicos
Este estudo também se justifica pelo facto de termos observado ao longo dos
anos a insatisfação dos clientes e a não utilização de uma comunicação efetiva e assertiva
por parte dos profissionais de enfermagem, em diversas instituições hospitalares do nosso
país em particular em Luanda, no decorrer da hospitalização das crianças e a forma como
alguns profissionais desenvolvem as suas intervenções pediátricas. Pretende-se então
compreender os verdadeiros motivos que contribuem para alguma insatisfação dos
pais/cuidadores, de forma a cuidar com e no modelo de parceria de cuidados.
26
1-HISTÓRIA DOS HOSPITAIS PEDIÁTRICOS
Para Levy (1999), citado em Carneiro (2010, p. 17) referiu que “no século XX, a
mortalidade infantil era elevada com uma taxa de 104/1000”. Sendo uma das mais altas
da Europa e que afectava maioritariamente as classes com rendimentos inferiores e
défices a nível social e cultural (Carneiro, 2010). Devido aos avanços na área pediátrica,
nos dias de hoje os índices de mortalidade são bastante reduzidos, desde a implementação
dos cuidados em parceria e o elevado número de enfermeiros especialistas em
enfermagem pediátrica.
Isto mostra-nos a magnitude dos problemas que emergem na população pediátrica
tendo início, na maioria das vezes, no período intra-uterino, durante a gravidez, devido
a certos comportamentos maternos, como a não adesão às consultas pré-natal, e à
medicação, situação comum no nosso país.
Esta realidade, ainda é bastante notória em Angola, apesar dos avanços no sector da
saúde, a taxa de morbi-mortalidade infantil ainda é muito elevada devido às condições
socioeconómicas das famílias, ambientais e à falta de acessibilidade aos cuidados de
saúde. Apesar de existirem várias instituições de saúde, direccionadas para os cuidados
materno e infantil, ainda existem locais onde não há postos de saúde para a vigilância às
grávidas e às crianças a nível da saúde pré-natal e infanto-juvenil.
27
Também há falta de profissionais qualificados e Angola precisa de apostar na
formação dos profissionais de enfermagem com objectivo de elevar o nível de
conhecimento dos mesmos e assim se conseguir colmatar alguns problemas; não basta
só infra-estruturas físicas, o país também necessita de enfermeiros especialistas em saúde
materno-infantil, dotados de conhecimentos científicos actualizados.
28
1.2- A CRIANÇA E O MEIO AMBIENTE
Existem vários factores de risco individuais que tornam algumas crianças mais
vulneráveis em relação às outras, ao stress da hospitalização devido à separação (...) as
crianças activas com força de vontade forte, encaram melhor a hospitalização do que os
jovens que são passivos. Os mesmos reforçam que o stress da hospitalização pode
29
provocar nas crianças mais novas resultados negativos a curto e a longo prazo. Os
resultados adversos podem estar relacionados com a duração e números de internamentos,
e procedimentos invasivo múltiplos (Sanders, 2014b, p. 1033).
Para Sanders (2014b, p.1041), a brincadeira é um dos aspectos mais importantes da vida
de uma criança e uma das ferramentas mais eficazes para gerir o stress. Porque a doença
e a hospitalização constituem crises na vida da criança e envolvem, muitas vezes,
situações avassaladoras de stress, a representação dos medos e da ansiedade, dá à criança
um meio para lidar com tensões. As crianças que brincam estão a enfrentar positivamente;
as crianças que não podem brincar estão à espera, testando, retendo ou tomando decisões
interiores sobre o cenário.
30
para os progenitores e em contrapartida, a participação destes diminui a angústia da
separação e cria uma autoconfiança para o aperfeiçoamento das suas competências e
habilidades (Carneiro, 2010, p. 45).
Cuidados familiares:
Podem ser prestados pelo
enfermeiro quando a
família está ausente ou
incapaz
A criança: pode
necessitar de ajuda Os pais: providenciam
para as suas cuidados familiares para
necessidades de ajudar a criança a
crescimenton e satisfazer suas
desenvolvimento necessidades.
Cuidados de Enfermeiro:
enfermagem : pode Providencia
ser prestados pela cuidados extra
familia com apoio e relacionados com
ensino. necessidade de....
Esta teoria mostra-nos que em pediatria não é possível “cuidar com”, sem a
parceria da criança/pais/família, de modo a haver envolvimento de todos no processo de
cuidados, de adaptação e cooperação, durante a hospitalização.
31
conhecer os antecedentes sociais, familiares, patológicos e terapêuticos da criança, para
que a sua intervenção seja adequada ao problema identificado no seio da família.
32
2. METODOLOGIA
2.1-TIPO DE ESTUDO
Miles, Carlson Brunssen (1999), citado em Valadão (2012, p.55) refere que esta escala
tem o intuito de avaliar a percepção dos pais acerca do apoio que recebem da equipa de
enfermagem durante a hospitalização do seu filho, através de um instrumento
denominado, “Nurse Parent Support Tool”, que avalia quatro dimensões do apoio: apoio
informativo, apoio emocional, apoio instrumental e apoio cognitivo/apreciação.
33
quais são os factores que os pais/cuidadores valorizam durante a prestação de
cuidados de enfermagem pediátricos?
2.2-VARIÁVEIS
Carvalho (2009, p.174), refere que variável é “qualquer característica da realidade que
toma dois ou mais valores mutuamente exclusivos, que pode ser medida ou controlada
dentro de uma experiência’’.
Tabela 1.
34
simples, de quarenta pais/cuidadores, isto é, a partir de uma população de cem crianças.
Amostras probabilísticas “são aquelas que oferecem ao investigador uma certa garantia
aquando do processo de generalização” (Gauthier, 2003, p. 219).
Amostra “é a fracção de uma população sobre a qual se faz o estudo, deve ser
representativa desta população, isto é, que certas características conhecidas devem estar
presentes em todos os elementos da mesma” (Fortin, 2009, p. 312). A mesma autora refere
que “representatividade é a qualidade essencial de uma amostra. Uma amostra é
representativa quando as suas características, podem substituir o conjunto da população
alvo” (op. cit.).
Tivemos como critério de inclusão todos os pais/cuidadores das crianças
internadas há mais de quarenta e oito horas e que aceitaram participar livremente do
estudo. Os critérios de exclusão foram não ter os requisitos assinalados nos critérios de
inclusão e crianças internadas há menos de quarenta e oito horas.
35
O questionário utilizado foi a adaptação cultural da escala Nurse Parent Support Tool
(NPST) para a realidade angolana. Para Fortin, et al., (2009), as escalas de medida são
mais precisas que os questionários, pois permitem a auto avaliação, sendo constituídas
por vários itens ligados entre si de forma lógica e empírica, com o intuito de medir um
conceito ou uma característica do indivíduo, exigindo assim várias etapas para que a
mesma seja traduzida por um outro idioma e validada num determinado país.
Aos pais/cuidadores, e aos peritos foi-lhes entregue um pedido de consentimento
livre e esclarecido, onde puderam decidir sobre a sua participação do estudo a realizar.
Consentimento informado é um pré-requisito para toda a investigação que envolve seres
humanos identificáveis. Qualquer assunto relativamente ao consentimento informado
deve ter como base o princípio ético da autonomia, que engloba a crença de ser uma
pessoa auto-determinada com capacidade de tomar decisões (Strenbert & Carpenter 2013,
p.62).
Para Valadão (2012), esta escala é importante para a construção de uma relação
mais solidária com os pais, durante a hospitalização do seu filho, no sentido de
proporcionar cuidados de enfermagem de excelência, não só direcionados à criança, mas
também à família, contribuindo em última instância para o aumento da satisfação parental
face às intervenções/acções de enfermagem.
Para que a escala fosse validada para a realidade angolana, foi necessário a revisão
da mesma por seis peritos angolanos, enfermeiros especialistas em enfermagem Materno-
Infantil e Comunitária, que nenhuma modificação propuseram, tendo concordado com a
linguagem apresentada, bem como a construção frásica. Da mesma forma que foi
traduzida por Valadão em 2012, que realizou a adaptação intercultural da escala NPST
da realidade inglesa para a portuguesa, foi efectuado agora, da realidade portuguesa para
36
a angolana, sem que a mesma sofresse alguma alteração, por ser perceptível na nossa
cultura. Assim, este painel tem como objetivo produzir a versão final, modificada e
adaptada, que garanta a replicabilidade da mesma no idioma que se pretende usar num
determinado país (Queijo, 2002, citado em Valadão, 2012).
A primeira limitação foi o facto de ter utilizado um instrumento feito por outro
investigador, tendo sido um desafio enquadrá-lo na nossa realidade uma vez que os
cuidados em Angola, ainda não são humanizados, nem pessoalizados. Foi necessário
leituras de vários trabalhos e a solicitação da professora orientadora, para se compreender
as fases a percorrer.
A segunda limitação, relacionou-se com a avaliação feita pelos peritos, que foram
em número reduzido porque, no nosso país, ainda existem poucos enfermeiros
especialistas, tendo sido a escala validada apenas por sete peritos.
37
3- APRENDIZAGENS E COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS COMO
ENFERMEIRA ESPECIALISTA
Terminando a parte teórica passou-se para a prática, que compreendeu três estágios,
onde me foi proposto elaborar um projecto de estágio com a respectiva avaliação e
quarenta e dois diários de aprendizagens, onde pude reflectir sobre várias situações
38
desenvolvidas ao longo de cada estágio e tendo assim contribuído para o culminar da
formação.
A mesma autora refere que cuidado exige aceitar o risco do desconhecido que só
a confiança supera, nas minhas capacidades para cuidar do outro, no meu juízo para
avaliar as suas necessidades e nos meus erros, na possibilidade de crescimento intelectual
e reconhecimento das minhas dificuldades profissionais.
39
As competências transversais desenvolvidas ao longo da minha formação foram
as seguintes: a nível do domínio da responsabilidade profissional ética e legal,
apresentei-me antes de abordar a cliente porque é necessário que nos identifiquemos
perante o cliente para que se obtenha uma boa relação entre ambos, respeitei sempre os
princípios da bioética ao agir sempre de acordo com os princípios éticos, respeitei a
identidade do cliente, a vida, a garantia da privacidade do cliente e o trato com equidade,
tudo na base da autonomia e justiça. Conheço de forma consistente os meus deveres,
direitos e obrigações. Aceito a responsabilidade e respondo pelas minhas acções, e
procuro identificar onde foi o problema e melhorar, preocupo-me com o cliente de forma
holística e com a minha actuação, não só como enfermeira, mas também como enfermeira
especialista, uma vez que a responsabilidade será acrescida.
40
sustentada e aprofundada para chegar ao problema e formular o diagnóstico, traçar
objectivos, intervenções, resultados esperados e respectiva avaliação dos cuidados.
Elaborei, no âmbito dos estágios, inúmeros planos de cuidados e sinto-me feliz por ter
aprendido de uma forma sistemática e com um juízo clínico, elaborar os diagnósticos de
enfermagem, estabelecer prioridades e intervenções para alcançar o bem-estar do cliente
e família. O Código Deontológico de Enfermagem, artigo 83, citado em Vieira (2009)
refere que os enfermeiros asseguram a continuidade dos cuidados, registando fielmente
as observações e as intervenções realizadas, mantendo-se no seu posto de trabalho
enquanto não forem substituídos.
41
No domínio das aprendizagens profissionais, estudei várias temáticas inerentes
ao meu curso tendo partilhado com os colegas, tendo sido um processo contínuo no
sentido de cada vez aumentar mais os meus conhecimentos. Realizei sessões de formação
em serviço, aos profissionais do Centro de Saúde da Samba (preenchimento correcto do
partograma e comunicação interpessoal), no Hospital Municipal da Samba (prevenção e
controlo de infecção hospitalar), partilhei conhecimentos em sala de aula, sobre sépsis
neonatal em contexto do estágio II e III e sobre diástase, situação que ocorre em várias
mulheres antes, durante ou após o parto e também sobre o mecanismo das contrações, de
uma forma mais aprofundada.
42
Tabela 2.
Competências do Estágio 1
43
Promove o crescimento e desenvolvimento Realizei o exame físico da criança de forma céfalo-
infantil; caudal, para detecção de qualquer anomalia a nível
físico ou neurológico. Avaliei as medidas
antropométricas como, o peso, perímetros
(cefálico, braquial,) e comprimento de todas as
crianças que recorreram às consultas de saúde
infantil do Centro de Saúde da Samba, tendo a
seguinte particularidade: nas crianças dos zero aos
dois anos de idade, determinou-se o percentil do
peso, tendo em conta o Cartão de Saúde Infantil de
Angola, perímetro braquial a todas as crianças a
partir de 6 meses de idade, avaliando o índice de
massa corporal e avaliando o comprimento e
percentil. Encaminhei as crianças com percentil
abaixo do normal, para a consulta de nutrição, e
outras. Elogiei e encorajei as mães que
compareciam às consultas de uma forma regular.
Avaliei e encaminhei precocemente as crianças
que apresentavam má nutrição grave e com
doenças associadas, para os cuidados de terceiro
nível, Hospital David Bernardino, tendo fornecido
informações e explicações compreensivas, aos pais
obtendo assim o seu consentimento. Realizei
ensinos individuais às crianças em idade pré-
escolar e escolar sobre a importância da higiene
pessoal e da alimentação equilibrada, pois o
enfermeiro especialista deve ter o seu olhar clínico,
considerando a criança/família como um ser
biopsicossocial; alertei os pais sobre a prevenção
de acidentes, na fase do gatinhar, como guardar os
fármacos principalmente xaropes fora do alcance
das crianças, não deixar panelas quentes ao alcance
das crianças, não comer com o bebé ao colo, tapar
os recipientes que contém água, não dar às crianças
brinquedos de pequenas dimensões, pois podem
ser introduzidos com facilidade nos orifícios
naturais, estas acções, foram realizadas com
objectivo de proporcionar uma gravidez saudável
e garantir bom desenvolvimento das crianças, com
base na teoria de Anne Casey
44
Presta cuidados de enfermagem de grande Na consulta de enfermagem de vigilância de saúde
complexidade ao cliente/família, identificando os infantil, identifiquei várias famílias com défice de
diagnósticos e planeando, executando e avaliando conhecimento sobre a importância do aleitamento
as intervenções de enfermagem; materno exclusivo, cuidados de higiene ao recém-
nascido, introdução de novos alimentos no
primeiro ano de vida, tratamento do coto umbilical,
importância da frequência das consultas de
vigilância, importância das vacinas e alimentação
equilibrada; identifiquei também crianças com
alterações no crescimento e desenvolvimento, com
desnutrição e com problemas neurológicos.
Estabeleci com as mães uma relação de confiança
e uma parceria de cuidados. Estas crianças foram
encaminhadas para a consulta de especialidade do
Hospital David Bernardino. Para o
desenvolvimento desta competência foram
traçados vários planos de cuidados, devido aos
inúmeros problemas identificados.
Vigia a saúde da grávida e do feto Durante as consultas de vigilância pré-natal, foi
possível realizar o acompanhamento a várias
mulheres grávidas entre elas, adolescentes sem
companheiros; durante a consulta pude criar uma
relação de confiança com as mesmas conseguindo
assim, informações confidenciais sobre os factores
que ocasionaram a gravidez. Como enfermeira
especialista constatei que havia um défice de
conhecimento elevado por parte das mesmas e
comecei por realizar ensinos sobre: importância da
frequência da consulta de vigilância pré-natal, a
toma dos medicamentos, as formas de prevenção
da malária, importância da realização dos exames
laboratoriais, com objectivo de detecção precoce e
despiste de doenças de fórum hereditário
(drepanocitose, comum em várias famílias
angolanas), social (as doenças sexualmente
transmissíveis, as infecciosas como a tuberculose e
anemia), ambiental (as parasitoses como a malária,
a febre tifóide, que são as doenças mais frequentes
a nível da população angolana). A higiene
ambiental, pessoal, alimentar, tratamento da água
45
para o consumo, a desparasitação, e a profilaxia
contra a malária com o “Fansidar” e a alimentação
equilibrada. A detecção ou não destas doenças,
permite ao enfermeiro especialista tomar uma
decisão adequada e pessoalizada tendo em conta o
problema identificado na grávida e proporcionar
uma gravidez saudável e um bom desenvolvimento
fetal. Baseado em Orem, Kolcaba e Casey.
Como enfermeira especialista e para alcançar estas competências, tive como o ponto
essencial a comunicação assertiva e efetiva, que me permitiu a interacção com a
criança/família obtendo assim a sua confiança, na capacitação do seu autocuidado,
proporcionando novos conhecimentos sobre as boas práticas sendo assim uma forma de
promover a saúde e prevenir as doenças.
46
Tabela 3.
Competências do Estágio 2
Presta cuidados de enfermagem especializados nas Diariamente, realizei visita matinal às puérperas
situações que possam afectar negativamente na internadas com os seus bebés. Alguns recém-
saúde da mulher e do recém-nascido, no período nascidos necessitaram de hospitalização no serviço
pós-parto; de pediatria devida a diversos factores, na maioria
das vezes relacionados com o trabalho de
parto/parto. Devido ao meio ambiente não se
encontrar correctamente higienizado e tendo em
conta a vulnerabilidade da puérpera, observei uma
situação da senhora A.M, que após dois dias de
internamento estava com o membro inferior
inflamado (rubor, calor e dor) o que a impossibilitava
cuidar com as crianças gémeas. Ao esposo não era
permitida a entrada no serviço, devido à falta de
condições físicas, que comprometem a falta de
privacidade às outras puérperas. Promoveu-se o
conforto para o alívio da dor sugerindo que elevasse
o membro, para proporcionar o retorno de líquidos
do meio extracelular para o intracelular. Articulei a
informação com a equipa de saúde do serviço. A
cliente adquiriu esta infecção porque não realizava a
sua higiene pessoal de forma correcta pois as
condições da sala não permitiam. A higiene do meio
influencia significativamente na recuperação de um
cliente e na sua satisfação. Devemos sempre,
supervisionar e assegurar a limpeza do meio antes de
começarmos com as nossas actividades laborais,
durante e depois das mesmas com objectivo de
melhorarmos a qualidade dos cuidados e dos
serviços.
Presta cuidados de enfermagem especializados nas Algumas mulheres que consomem álcool, foram
situações que possam afectar negativamente na aconselhadas por mim a não consumirem enquanto
saúde da mulher e do recém-nascido, no período amamentam, porque o mesmo passa através do leite
pós-parto; materno e interfere no crescimento e
desenvolvimento da criança, podendo causar atrasos
na criança;
47
Desenvolvi uma relação empática e comuniquei de
forma assertiva, com as puérperas que verbalizaram
o seu descontentamento com tristeza e solidão, pois
não era permitido a entrada dos esposos no
puerpério. Logo, a transição para a parentalidade e o
vínculo pais/filhos não era tido em conta neste
serviço. Como enfermeira especialista, foi meu dever
e minha obrigação esclarecer dúvidas, promover o
conforto e a tranquilidade das puérperas, para uma
transição positiva e conjunta;
Incentivei e expliquei:
48
sucção e deglutição coordenados, administrei soro
glicosado a 5% aos recém-nascidos que
permaneciam, várias horas sem mamarem (nem
mesmo o colostro) após o nascimento, deste modo
tive como objectivos principais, prevenir a
hipoglicémia do recém-nascido, a hipotensão às
puérperas e promover o vínculo afectivo mãe/filho.
D. Orem e K. Kolcaba.
Presta cuidados de enfermagem especializados Algumas mulheres não compreendiam as
com a mulher, o casal e o recém-nascido no orientações dadas devido ao baixo nível educacional
período pós natal (identificando diagnósticos, ou mesmo ao analfabetismo. Para assegurar a
planeando, executando e avaliando). continuidade dos cuidados foi necessário a presença
dos pais dos bebés e em algumas situações, os avós
que por vezes, podem incutir ideias e procedimentos
baseados na sabedoria cultural (mitos). Algumas
puérperas adolescentes, seguem alguns cuidados ao
tratamento do coto umbilical e também a introdução
de alimentos precocemente. Factores estes que
propiciam doenças aos recém-nascidos como por
exemplo, a sépsis neonatal e a obstipação. Como
enfermeira especialista tive como objectivo ensinar
os pais/famílias sobre as boas práticas a terem nos
seus domicílios e os cuidados correctos com o
recém-nascido. Tive também a oportunidade de
cuidar com uma senhora muda, onde utilizei a
linguagem não-verbal.
Maximizar a intervenção na prevenção e controlo Certifiquei-me sempre da limpeza do meio, tendo, na
da infecção associada aos cuidados de saúde maioria das vezes, ter mesmo que fazer a própria
perante a mulher e o recém-nascido na sala de limpeza, para iniciar o turno. Prestei cuidados, tendo
parto e nos pós parto. sempre em conta as medidas de assépsia e
antissépsia, antes e durante o trabalho de parto.
Prestei os cuidados imediatos ao recém-nascido,
sequei os recém-nascidos com uma toalha estéril
aquecida e cobri-os com mantas previamente
quentes, com o objectivo de evitar a perda de calor.
Promovi o contacto pele-a-pele da mãe e filho
(método Canguru), com o consentimento das
mesmas, para prevenir a hipotermia do recém-
nascido e promover o vínculo mãe/filho, clampei o
cordão umbilical com pinças esterilizadas e promovi
49
o aleitamento materno na primeira hora pós-parto,
realizei a profilaxia da doença hemorrágica com 1mg
de Vit. K1 IM e prevenção oftálmica com
Gentamicina colírio, uma gota em cada olho. As
medidas de assépsia e antissépsia, foram a base para
o alcance desta competência, com objectivo de
prevenir infecções à mulher e ao recém-nascido. F.
Ninghtingale, K. Kolcaba e D. Orem.
Prepara com a puérpera/família o regresso a casa. Para preparar o regresso a casa realizei várias sessões
de educação para saúde, de forma individual sobre:
prevenção da malária, aleitamento materno
exclusivo, desinfecção do coto umbilical,
alimentação da puérpera, cuidados de higiene ao
recém-nascido (água do banho adequada e a uma
temperatura de 37ºC, no sentido céfalo-caudal, roupa
lavada, seca ao sol e passada a ferro), importância
das vacinas e cumprimento da consulta de vigilância
de saúde infantil; às puérperas que foram submetidas
a correcções de lacerações foi feito o ensino sobre a
lavagem do períneo com água fria de modo a não
haver deiscência da sutura e consequentemente
originar uma infecção nessa região. Também a
colocação de pensos de gelo na região perineal, tem
como objectivo a redução da dor e da inflamação,
proporcionando assim, o conforto às mesmas. Estas
acções foram todas efectuadas de forma
pessoalizada. O objectivo destas acções, foi capacitar
as mulheres a adquirir novos conhecimentos, assim
como prevenir a infecção, Nola Pender e Anne
Casey.
Avalia o cliente de forma sistemática e toma Nesta competência tive o cuidado de realizar
decisões fundamentadas. avaliação às mulheres de forma individualizada e
pessoalizada porque cada pessoa é única, a gravidez,
o tipo de parto, momento do parto e tamanho do feto
também único. Sempre tive em conta os diversos
factores que possam influenciar positivamente ou
negativamente no trabalho de parto e a continuidade
dos cuidados domiciliares tais como: factores
sociais, económicos, habitacionais e patológicos.
50
Como especialista, foi meu dever ter em atenção
todos estes aspectos para que as minhas intervenções
fossem adequadas a cada situação apresentada pelas
parturientes com quem cuidei. Estes são os cuidados
antecipatórios que nos auxiliam á condução de um
raciocínio lógico a nível dos cuidados de
enfermagem para tomarmos decisões adequadas e
acertadas.
Promove a saúde da mulher durante o trabalho de Durante a realização do trabalho de parto, tive o
parto e optimiza a adaptação do recém-nascido à privilégio de realizar vários partos em adolescentes
vida extra-uterina. primigesta, apresentei-me como sempre, criei com
elas uma relação de confiança, durante a admissão
das mesmas no bloco de partos, expliquei-lhes sobre
o curso do trabalho de parto, a importância das
contrações uterinas na evolução do trabalho de parto,
porque é no momento das contrações que as
mulheres se sentem apavoradas, inconsoláveis,
descontroladas na medida que as mesmas aumentam
de intensidade, frequência e duração. Ensinei-lhes as
técnicas de respiração, exercícios de relaxamento,
com objectivo de controlar a dor. Foi benéfico
porque elas queriam-me a seu lado, para ensiná-las,
incentivá-las e encorajá-las, transmitindo calma com
a minha presença, até chegar o momento do parto e
juntas o realizarmos. É gratificante poder aplicar os
conhecimentos teóricos durante a prática clínica nas
parturientes, principalmente adolescentes, porque
contribuirão satisfatoriamente para o nascimento de
seu primeiro bebé. O meio em que se recebia as
mulheres estava sempre limpo, os partos foram
realizados sempre com medidas assépticas, o recém-
nascido recebido em toalha estéril, limpo
rapidamente e colocado em contacto pele a pele com
permissão da mãe, promover o vínculo mãe recém-
nascido, para promover a adaptação do mesmo à vida
extra-uterina e prevenir hipotermia. O meu objectivo
foi promover o parto seguro. Nola Pender, Anne
Casey.
51
Gere a dor da mulher em trabalho de parto e no Para o controlo da dor durante o trabalho de parto,
período pós-parto, optimizando as respostas. ensinei as técnicas não farmacológicas de alívio da
dor tais como: musicoterapia, danças com músicas
adaptadas por nós durante a prática clínica na
maternidade “despasito”, as técnicas de respiração e
o sopro do balão com movimentos curtos e rápidos
na altura das contrações, o exercício com a bola suíça
para a promoção do conforto, relaxamento,
principalmente na posição vertical (sentada) para
trabalhar a musculatura do assoalho pélvico,
facilitando o afastamento dos ossos da cintura
pélvica facilitando a descida e apresentação do feto
no canal do parto. Nos pós- parto, normalmente são
as dores originadas pela involução do útero (a que
chamam vulgarmente de “dores tortas” isto em
Angola), para o alívio deste tipo de dor incentivei as
puérperas a amamentarem com frequência os bebés
porque a amamentação permite a contracção rápida
do útero, que pode durar entre dois a três dias.
Também a dor no momento da amamentação.
Ensinei as puérperas, a forma correcta de amamentar,
para prevenir lesões e mastite que é um dos
principais problemas em mulheres que amamentam,
ocasionando recusa na amamentação em ambos,
situações estas que podem interferir no crescimento
e desenvolvimento da criança. As práticas
mencionadas nesta competência foi com objectivo de
promover o conforto, e a satisfação da mulher no
trabalho de parto e no pós-parto.
Fonte: elaboração própria
52
Tabela 4.
Competências do Estágio 3
53
Maximiza a intervenção na prevenção e controlo da Realizei cuidados tendo em conta os princípios de
infecção associada aos cuidados de saúde perante a assépsia e antissépsia, tendo mantido sempre as
criança internada. minhas unhas limpas e curtas, lavei sempre as
mãos com água e sabão ou, na falta de água,
desinfectei com gel antisséptico antes e depois de
cada procedimento; ensinei e treinei, uma mãe a
tratar a ferida do seu recém-nascido, no hospital
durante o internamento, e após a alta clinica, no
seu domicílio com medidas de assépsia e
antissépsia (ferida causada por um agente
químico). Ensinei a forma adequada para a
realização da higiene corporal da criança na cama,
às mães das crianças. E também ensinei sobre a
alimentação saudável; apercebi-me de algumas
substâncias nocivas em algumas partes do corpo
das crianças, em especial nos órgãos genitais,
pregas cutâneas e na região da fontanela anterior
(que continham fezes, com acumulação de
substâncias que, segundo as mães, terá sido um
tratamento para a “cabeça aberta”. Expliquei a
evolução normal do encerramento das fontanelas,
de acordo com a idade, estas acções, foram
realizadas com objectivo de prevenir infecções
nas crianças durante a hospitalização. F.
Ninghtingale, meio ambiente, D. Orem e Kolcaba
e Anne Casey.
Preparar com a criança/família o regresso a casa Tive a oportunidade de cuidar com uma criança de
catorze anos, tendo feito ensino individualizado
sobre prevenção da malária, realização da vacina
antitetânica. Uma vez que já tinha a menarca há
dois anos, encaminhei para a consulta periódica
com ginecologista e a realização do auto-exame
da mama, para o despiste do cancro da mama.
Como cuidados antecipatórios falei com a mãe no
sentido da promoção do diálogo em casa, pois
apercebi-me que era uma adolescente pouco
comunicativa, D. Orem e Nola Pender.
Fonte: elaboração própria
54
4. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Para análise dos resultados foi necessário empenho, paciência, dedicação e tempo
por parte do investigador, o qual tem de se valer da intuição, imaginação e criatividade,
principalmente na apresentação dos resultados.
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Mãe Pais Outros
55
30
27,5% 27,5%
25
22,5%
20
15
12,5%
11 11
10
10 9
5
5 4
0
17-20 Anos 23-28 anos 29-32 anos 33-39 Maior ou igual 40
40 37,5%
35
30%
30
25
20 17,5%
15 15%
15 12
10 7 6
5
1 1
0
Ensino Primário Ensino Secundário- 1º Ensino Secundário -2º Sem literacia
ciclo ciclo
56
A figura nº4 representa a distribuição dos acompanhantes segundo o nível
académico, com maior frequência para o ensino secundário -1ºciclo, com 15 elementos
correspondendo a 37,5%, seguido do ensino primário, com 12 elementos correspondendo
30%, seguido de ensino secundário -2º ciclo com 7 elemento correspondendo a 17,5% e
em menor frequência surgem 6 elementos, sem leteracia, correspondendo a 15%.
60
55
50
40
35
30
20 22
10 14
10
4
0
União de facto Casada Solteiro
57
40 37,5 37,5
35
30
25
20
15 15
15
10
5 1 2,5 1 2,5 1 2,5 1 2,5 1 2,5 1 2,5 1 2,5 1 2,5 1 2,5 2,5
0
Fonte: elaboração própria dados colhidos nos HMS e HMVK, por questionário.
70
60
50
40
30
20
10
0
3 Dias 4 Dias 5 Dias 7 Dias
Fonte: elaboração própria dados colhidos nos HMS e HMVK, por questionário.
58
A figura nº7 representa a distribuição das crianças segundo os dias de
internamento, com maior frequência de 3 dias, com 27 elementos correspondendo a
67,5%, seguido de 4 dias de internamento, com 9 elementos, correspondendo 22,5% e em
menor frequência, de 5 a 7 dias de internamento ambos com 2 elementos correspondendo
a 10%.
Tabela 5
Itens da escala Nurse Parent Support Tool (NPST) relacionada com a dimensão apoio informativo
Apoio informativo
Ajudou-me a compreender o que estava a ser feito ao meu filho(a) (por exemplo: exames,
procedimentos, terapêutica, etc.) -------------------------------------------------------------------------------2,6
Informou-me sobre as alterações e/ou melhorias no estado clínico do meu filho (a)--------------------2.4
Incluiu-me nas discussões quando foram tomadas decisões sobre os cuidados ao meu filho (a)-------2,4
Discussão
Apoio emocional
Ajudou-me a falar sobre os meus sentimentos, receios ou preocupações------------------------------------2,6
Deu atenção às minhas preocupação-----------------------------------------------------------------------------2,5
Demonstrou preocupação em relação ao meu bem-estar (por exemplo: dormir, comer, etc.)------------.2,3
Demonstrou gostar do meu filho (a)------------------------------------------------------------------------------2,5
60
Tabela 7.
Apoio cognitivo/apreciação
Fez-me sentir importante enquanto pai/mãe---------------------------------------------------------------------2,4
Informou-me se estava a desempenhar bem os cuidados prestados ao meu filho (a)----------------------2,2
Permitiu-me estar envolvido (a)nos cuidados prestados ao meu filho(a),sempre que possível-----------2,4
Dimensão instrumental
Ensinou-me a prestar cuidados ao meu filho (a)----------------------------------------------------------------2,6
Ajudou-me a saber como consolar o meu filho(a) durante ou após os procedimentos--------------------2,6
Cuidou bem do meu filho (a)--------------------------------------------------------------------------------------2,5
Foi sensível ás necessidades especiais do meu filho (a)-------------------------------------------------------2,6
Respondeu prontamente as necessidades do meu filho (a)----------------------------------------------------2,5
Foi optimista em relação ao meu filho (a) -----------------------------------------------------------------------2,5
Nesta dimensão do apoio instrumental, obtivemos uma média mais alta em relação
às outras dimensões, tivemos as médias mais altas nos itens “ensinou-me a prestar
61
cuidados ao meu filho (a)”, “ajudou-me a saber como consolar o meu filho (a) durante ou
após os procedimentos, e foi sensível as necessidades especiais do meu filho (a)”, os três
com uma média de 2,6 perfazendo um total de 7,8. A média mais baixa foi nos três itens,
“cuidou bem do meu filho (a)”; “respondeu prontamente às necessidades do meu filho
(a)” e foi optimista em relação ao meu filho (a)” os três com média de 2,5 perfazendo um
total de 7,5.
Discussão
Este resultado vai de encontro com estudos realizados por outros autores que
obtiveram maior média nesta dimensão. No nosso estudo os pais, valorizam a
administração da terapêutica como sendo a mais importante que é praticamente o
momento privilegiado para terem o enfermeiro próximo. “O cuidado centrado na família
é o foco do cuidado pediátrico, porque os cuidados de enfermagem das crianças não são
óptimos, a menos que a família como um todo, seja considerada cliente” (Lewandowski
62
5.CONCLUSÃO
63
Quanto ao apoio emocional obtivemos menor média no item “demonstrou
preocupação em relação ao meu bem-estar (por exemplo: dormir, comer, etc.)” com a
média mais baixa de 2,3 e a média mais alta de 2,6 no item “ajudou-me a falar sobre os
meus sentimentos, receios ou preocupação”.
64
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contributo teórico de Orem para a disciplina e profissão de enfermagem.
Referência – Revista de enfermagem, vol. IV, num.3, p. 160.
67
ANEXO
68
ANEXO I
Escala de apoio dos enfermeiros aos pais
Questões relacionadas à caracterização dos pais/cuidadores:
a) Idade: ___
b) Nível académico: ensino primário____ 2ºnível, primeiro ciclo ____2º nível segundo
ciclo____, ensino superior ____ c) Profissão/ocupação: ____ d) Grau de parentesco: pai___
mãe____ outros____ e) Estado civil: ____
APÊNDICES
APÊNDICE A
CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES
Assinatura da pesquisadora________________________________________________
APÊNDICE D
Assinatura___________________________________________