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GURUPI – TO
FEVEREIRO DE 2019
GABRIELLA NUNES CERQUEIRA
KELLY RIBEIRO MUNDIM
MICKAELLE BARBOSA DOS SANTOS
VITOR GONÇALVES ARAÚJO
GURUPI – TO
FEVEREIRO DE 2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Segundo Serafim (2014) as pontes suspensas são das estruturas mais antigas de que há
registro na história. A sua utilidade nasceu muito provavelmente da observação do meio natural
e da experimentação, levando assim a que o seu desenvolvimento nos dias de hoje seja de
grande importância. Embora muitas destas estruturas tenham sido erguidas de uma forma
trabalhosa e sem grande conhecimento científico, foi no século XVIII que se deu o maior
desenvolvimento destas.
A principal característica das pontes pênseis é sua sustentação por meio de pendurais
apoiados em cabos de aço ou barras articuladas, estendidos em curva, apoiados sobre torres e
ancoradas nas extremidades em rochas ou blocos maciços de concreto. Nessas pontes, é
necessária a utilização de vigas de rigidez para evitar oscilações verticais do tabuleiro, sendo
as preferidas para vãos maiores que 600 metros. No entanto, também são construídas com vãos
menores. (OLIVEIRA, 2012).
3 NORMAS TÉCNICAS
Para projetar e executar pontes deve-se seguir algumas normas técnicas pertinentes,
sendo atendidas essas normas e recomendações de projeto, execução e manutenção, espera-se
que a vida útil de uma ponte seja superior a 50 anos.
Devem ser tomados cuidados especiais quanto aos elementos com vida útil inferior ao
da obra em si, tais como aparelhos de apoio, sistemas de captação e drenagem pluvial,
pavimentação e juntas de dilatação. Cuidados excepcionais podem estender a avida útil de uma
obra a mais de 100 anos.
Inspeções periódicas
Para se realizar um projeto para a construção de pontes deve-se seguir as normas, mas
após a finalização tanto do projeto como a sua execução é necessário inspeções periódicas da
obra.
De acordo com Oliveira (2012) nas pontes pênseis, algumas com idade de 100 anos
aproximadamente, são necessárias inspeções periódicas para verificação de anomalias. As mais
comuns são causadas por corrosão dos elementos metálicos que podem comprometer a
segurança estrutural.
Os pilares apoiam os cabos a partir do respectivo topo e estes suportam o tabuleiro até
atingirem o próximo pilar ou um suporte ancorado no solo. Entre dois pilares, o cabo descreve
uma trajetória correspondente a aproximadamente uma catenária.
A partir dele, numerosos pendurais fazem a ligação vertical com os vários segmentos
do tabuleiro, estabelecendo-se assim uma transmissão de esforços deste para o cabo e
posteriormente para os pilares, ou para as ancoragens no solo. Deste modo o tabuleiro fica
suspenso em todo o seu comprimento e submetido a esforços mais reduzidos absorvidos pelo
cabo, o que permite torná-lo mais delgado.
Contudo, é pertinente uma análise exaustiva aos efeitos do vento, que poderão tornar
o tabuleiro flexível muito instável. Rigidez é algo que os tabuleiros muito delgados necessitam
através de sistemas auxiliares.
Esta seção é constituída por quatro barras unidas por diagonais que formam um caixão.
O fato deste tipo de solução estrutural ser mais vantajoso quando se trata de uma ponte suspensa
deve-se à contribuição no aero dinamismo dos elementos, levando a que ventos fortes possam
atravessar toda a seção da estrutura. Se não fossem adotadas estas soluções, a estrutura poderia
sofrer oscilações por causa do vento, levando-a a deformar-se e atingindo modos de vibração
que podem causar danos estruturais graves ou mesmo o colapso.
A partir do século XIX estes foram substituídos por fios galvanizados e fabricados a
frio. Estes são os que hoje em dia são os mais utilizados no mundo, sendo que os fios são
geralmente agrupados paralelamente de forma a formarem cabos. Estes fios possuem uma
variante, introduzida em 1990, designada de “New PWS Cable”. A grande diferença entre o
PWS e o New PWS Cable é que no último método os fios são dispostos para que, quando o
cabo é sujeito a tensões axiais este fique compactado, levando a uma menor deformação do
cabo.
Geralmente, a configuração das torres assume a forma de portais. Para que elas sejam
econômicas, a sua dimensão em altura tem que ser reduzida, sendo definida pela mínima largura
que mantenha a estabilidade da estrutura. Por sua vez, a altura é influenciada pela deformação
que o cabo irá sofrer devido ao seu peso próprio, ou seja, a configuração que o cabo irá assumir
quando sujeito a toda a carga permanente. Na direção longitudinal as torres podem ser
classificadas como rígidas, flexíveis ou locking Towers.
As torres flexíveis são geralmente associadas a pontes com vãos muito longos. Já as
torres rígidas são as mais comuns em pontes com vários tramos e as locking Towers em pontes
com pequenos vãos. Na direção transversal as torres são geralmente classificadas como portais
ou torres treliçadas diagonalmente, podendo também existir uma combinação entre os dois tipos
de torre.
Esta ponte, construída pelo engenheiro Jonh A. Roebling, revelou-se bastante sólida
pois os tirantes conferiam-lhe uma significativa rigidez. De acordo com Botelho (2008) “A
capacidade de suporte apenas dos tirantes, é de 15000 toneladas, suficiente para suportar a parte
superior do tabuleiro. Caso os tirantes sejam removidos a ponte poderá fletir, mas não cairá.”
Segundo estudos obtidos por Cavalcanti (2015) no dia 7 de novembro de 1940, ocorreu
o colapso a Ponte Tacoma Narrows, a ressonância mecânica, despertada pelo vento que soprava
a uma velocidade próxima dos 68 km/h. A ponte oscilou em modo de torção durante cerca de
uma hora. A capacidade dúctil da ponte evitou que houvesse vítimas mortais, mas às 11h do
mesmo dia a ponte colapsou e caiu sobre o rio.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/aprendendo-com-os-erros-2qi1yqyf1dyx0jxc2nhqxhvm6/
(2010).
Figura 6: Ponte Tacoma Narrows atualmente
Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/ponte-tacoma-narrows.htm
Além destes casos notáveis outros apareceram mais recentemente, que evidenciam a
significativa capacidade de suporte do tipo estrutural de suspensão por cabos. É possível referir
alguns nomes, a título de exemplo, de algumas pontes que marcaram a história da engenharia
civil: a ponte Golden Gate (vão central de 1280m, construída em 1937 nos Estados Unidos), a
ponte Verrazano-Narrows (vão central de 1298m, construída em 1964 nos Estados Unidos), a
ponte Tsing Ma Bridge (vão maior de 1377m, construída em 1997 na China), a ponte 25 de
Abril (vão central de 1013m, construída em 1966 em Portugal) e finalmente a ponte com maior
vão do mundo atualmente, a ponte Akashi-Kaikyo (vão central de 1991m, construída em 1998
no Japão).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTI, B. Ponte Tacoma Narrows, 1940: um estudo dos efeitos não-lineares. 2015.
Disponível em: <http://www.astropt.org/2015/04/06/ponte-tacoma-narrows-1940-um-estudo-
dos-efeitos-nao-lineares/>. Acesso em: 21 de fevereiro de 2019.