estruturação do conteúdo a ser transmitido.
A essa
Capítulo I
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – UFPB E
IFPB
Algumas técnicas podem ajudar o candidato
a ter um bom desempenho na prova e até mesmo
compensar a pouca leitura durante a formação
educacional.
Uma técnica que ajuda é procurar dentro do texto
as respostas para as expressões "o que", "quem",
"quando", "onde", "por que", "como", "para que",
"para quem", entre outras. “Essa busca por
respostas é uma forma de o candidato conversar
com o texto e deixar a leitura mais clara”. Dessa
forma, o candidato deve observar as partes mais
importantes do texto e perceber a coerência entre
elas.
Errando é que se aprende
Durante a prova, o candidato muitas vezes não
consegue enxergar que na alternativa correta está
escrito de forma diferente o mesmo conteúdo do
texto.
“Isso é decorrência da falta de hábito de leitura.
Por isso, é fundamental que o candidato faça
exercícios de interpretação todos os dias durante o
estudo. Só errando é que ele vai aprender”.
O treino pode ser feito com livros e apostilas ou
com provas anteriores, de preferência da mesma
organizadora responsável pelo concurso que o
candidato irá prestar.
O candidato deve ficar atento ao enunciado das
questões e à forma como devem ser respondidas.
É muito comum, entre os vestibulandos ou
candidatos a um cargo público, a preocupação
com a interpretação de textos. Isso acontece
porque lhes faltam informações específicas a
respeito desta tarefa constante em provas
relacionadas a tais concursos.
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão
ajudar no momento de responder as questões
relacionadas a textos.
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e
relacionadas entre si, formando um todo
significativo capaz de produzir INTERAÇÃO
COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR
E DECODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por
diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa
informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou
com a posterior, criando condições para a
interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-
se que o relacionamento entre as frases é tão
grande, que, se uma frase for retirada de seu
contexto original e analisada separadamente,
poderá ter um significado diferente daquele
inicial.
INTERTEXTO - comumente, os textos
apresentam referências diretas ou indiretas a
outros autores através de citações. Esse tipo de
recurso denomina-se INTERTEXTO.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro
objetivo de uma interpretação de um texto é a
identificação de sua ideia principal. A partir daí,
localizam-se as ideias secundárias, ou
fundamentações, as argumentações, ou
explicações, que levem ao esclarecimento das
questões apresentadas na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é
convidado a:
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos
fundamentais de uma argumentação, de um
processo, de uma época (neste caso, procuram-se
os verbos e os advérbios, os quais definem o
tempo).
2. COMPARAR – é descobrir as relações de
semelhança ou de diferenças entre as situações do
texto.
3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo
apresentado com uma realidade, opinando a
respeito.
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais
e/ou secundárias em um só parágrafo.
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com
outras palavras, mantendo seu sentido original.
Para interpretar de forma adequada, dependendo
do texto, fazem-se necessários:
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e
gêneros literários, estrutura do texto), leitura e
prática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico
(qualidades do texto) e semântico;
c) Capacidade de observação e de síntese;
d) Capacidade de raciocínio.
ERROS DE INTERPRETAÇÃO
a) Extrapolação ("viagem"): Ocorre quando se
sai do contexto, acrescentado ideias que não estão
no texto, quer por conhecimento prévio do tema
quer pela imaginação.
1
b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se
atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um
texto é um conjunto de ideias, o que pode ser
insuficiente para o total do entendimento do tema
desenvolvido.
c) Contradição: Não raro, o texto apresenta
ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar
conclusões equivocadas e, consequentemente,
errando a questão.
Dicas para interpretação de texto:
01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão
geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não
interrompa a leitura, vá até o fim,
ininterruptamente;
(Procure, através do contexto, entender o sentido
da palavra)
03. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas
entrelinhas;
04. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
05. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre
as do autor;
06. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes)
para melhor compreensão;
07. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo,
parte) do texto correspondente;
08. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado
de cada questão;
09. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente
de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa,
verdadeira, exceto, e outras; palavras que
aparecem nas perguntas e que, às vezes,
dificultam a entender o que se perguntou e o que
se pediu;
10. Quando duas alternativas lhe parecem
corretas, procurar a mais exata ou a mais
completa;
11. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar
um fundamento de lógica objetiva;
12. Cuidado com as questões voltadas para dados
superficiais;
13. Não se deve procurar a verdade exata dentro
daquela resposta, mas a opção que melhor se
enquadre no sentido do texto;
14. Às vezes a etimologia ou a semelhança das
palavras denuncia a resposta;
15. Procure estabelecer quais foram as opiniões
expostas pelo autor, definindo o tema e a
mensagem.
Capítulo II
Tipologia e gêneros textuais – UFPB E IFPB
Tipologia Textual
Um texto pode ter várias características.
Entre elas, estão a tipologia e o gênero
textual. A relação é a seguinte: cada tipologia
textual possui diversos gêneros textuais.
Além disso, geralmente um texto não é
escrito com base em apenas uma tipologia,
ou seja, podem ser encontradas várias
tipologias num texto, mas sempre há alguma
que se torna predominante.
As tipologias mais importantes que
devemos estudar são: narração, descrição,
dissertação, injunção, predição, dialogal.
Narração
Modalidade textual que tem o objetivo de
contar um fato, fictício ou não, que aconteceu
num determinado tempo e lugar, e que
envolve personagens. Geralmente, segue uma
cronologia em relação à passagem de tempo.
Nesse tipo de texto, predomina o emprego do
pretérito.
Os gêneros textuais mais comuns são:
conto, fábula, crônica, romance, novela,
depoimento, piada, relato, etc.
Descrição
A descrição consiste em fazer um
detalhamento, como se fosse um retrato por
escrito de um lugar, uma pessoa, um animal
ou um objeto. O adjetivo é muito usado nesse
tipo de produção textual. As abordagens
podem ser tanto físicas quanto psicológicas
(que envolvem sentimentos, emoções). Esse
tipo de texto geralmente está contido em
textos diversos. Os gêneros textuais mais
comuns são: cardápio, folheto turístico,
anúncio classificado, etc.
Dissertação
Dissertar significa falar sobre algo,
explicar um assunto, discorrer sobre um fato,
um tema. Nesse sentido, a dissertação pode
ter caráter expositivo ou argumentativo.
2
Dissertação-Expositiva
O texto expositivo apresenta dias sobre um
determinado assunto. Há informações sobre
diferentes temas, em que o autor expõe
dados, conceitos de modo objetivo. O
objetivo principal é informar, esclarecer.
Os gêneros mais comuns em que encontra
esse tipo de texto são: aula, resumo, textos
científicos, enciclopédia, textos expositivos
de revistas e jornais, etc.
Dissertação-Argumentativa
Um texto argumentativo defende ideias ou
um ponto de vista do autor. Além de trazer
explicações, esse tipo de texto busca
persuadir, convencer o leitor de algo. O texto,
além de explicar, também persuade o
interlocutor, objetivando convencê-lo de
algo. O mais importante é haver uma
progressão lógica e coerente das ideias, sem
ficar no que é vago, impreciso.
É comum encontrar essa tipologia textual
em: sermão, ensaio, monografia, dissertação,
tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de
jornais e revistas.
Injunção/Instrucional
Com uma linguagem objetiva e concisa,
esse tipo de texto orienta como realizar uma
ação. Predominantemente, os verbos são
empregados no modo imperativo, todavia há
também o uso do infinitivo e do futuro do
presente do modo indicativo.
Temos como gêneros textuais mais comuns:
ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e
instruções para montagem ou uso de
aparelhos e instrumentos; textos com regras
de comportamento; textos de orientação (ex:
recomendações de trânsito); receitas, cartões
com votos e desejos (de natal, aniversário,
etc.).
Predição
A predição tem por características a
informação e a probabilidade. O intuito é
predizer algo ou
levar o interlocutor a crer em alguma coisa
que ainda irá ocorrer.
Os gêneros em que mais são encontrados
essa tipologia são: previsões astrológicas,
previsões meteorológicas, previsões
escatológicas/apocalípticas.
Dialogal / Conversacional
A base para esta tipologia textual é o
diálogo entre os interlocutores. Nesse tipo de
texto, temos um locutor (quem fala), um
assunto, um receptor (quem recebe o texto).
Ou seja, temos um diálogo entre os
interlocutores (locutor e receptor).
Os gêneros em que essa tipologia ocorre
são: entrevista, conversa telefônica, chat, etc.
Gêneros Textuais
Os gêneros textuais podem ser textos orais
ou escritos, formais ou informais. Eles
possuem características em comum, como a
intenção comunicativa, mas há algumas
características que os distinguem uns dos
outros.
Carta
Pode ter caráter argumentativo quando se
trata de uma carta aberta ou carta do leitor.
Quando se trata de carta pessoa, há a
presença de aspectos narrativos ou
descritivos.
Propaganda
Caracterizado como um texto expositivo, o
objetivo é propagar informações sobre algo,
para influenciar o leitor com mensagens que
despertam as emoções e a sensibilidade.
Editorial
É um gênero textual dissertativo-
argumentativo que apresenta o
posicionamento de uma empresa, revista,
jornal sobre determinado assunto.
Notícia
É um texto em que podem aparecer
características narrativas e descritivas. Conta-
se como ocorreu um determinado fato.
3
Aparecem as seguintes informações: o que
ocorreu, como, quando, onde e quem estava
envolvido.
Entrevista
É um gênero textual em que aparece o
diálogo entre o entrevistador e o(s)
entrevistado(s), para obter informações sobre
o entrevistado ou algum assunto. Podem
aparecer elementos expositivos,
argumentativos e narrativos.
História em Quadrinhos
É um gênero narrativo que consiste em
contar algo por meio de pequenos quadros.
Pode haver
diálogos diretos entre personagens. É
caracterizado pela linguagem verbal e não
verbal.
Charge
É um gênero textual narrativo em que há uma
ilustração, por meio de caricaturas, com o
objetivo de realizar uma sátira, crítica ou
comentário sobre algum acontecimento atual.
Poema
É um texto estruturado em versos (linhas) e
pode também ter estrofes (conjunto de
linhas). É muito comum haver a descrição e a
narração.
Gêneros Literários
→→ Os gêneros literários costumam ser
cobrados em algumas provas. É importante
saber que há a presença tanto da linguagem
denotativa quanto da conotativa. Geralmente,
as provas trazem fragmentos de textos.
Alguns gêneros mais cobrados são: novela,
conto, fábula, crônica, ensaio.
˃˃ Novela: é um texto narrativo longo, em
que são narradas várias histórias. Sempre há
uma
história principal que caracteriza esse gênero.
Exemplos: O Alienista, de Machado de
Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
˃˃ Conto: é um texto narrativo curto, em que
há, geralmente um enredo (uma história) e
poucos personagens.
˃˃ Fábula: é um texto narrativo em que há
uma história curta que termina com uma lição
de moral. Geralmente, há a personificação,
pois há personagens que não são humanos
(animais, objetos) que adquirem
características humanas.
˃˃ Crônica: é uma narrativa breve,
relacionada ao cotidiano. Pode ter um tom
humorístico ou reflexivo (presença de
críticas).
˃˃ Ensaio: é um texto com caráter também
didático, em que são expostas ideias, críticas
e reflexões morais e filosóficas a respeito de
certo tema. É caracterizado pela defesa de um
ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um
tema (humanístico, filosófico, político,
social, cultural, moral, comportamental, etc.),
sem a necessidade de comprovação
científica.
EXERCÍCIOS
A invocação do passado constitui uma das
estratégias mais comuns nas interpretações
do presente. O que inspira tais apelos não é
apenas a divergência quanto ao que ocorreu
no passado e o que teria sido esse passado,
mas também a incerteza se o passado é de
fato passado, morto e enterrado, ou se
persiste, mesmo que talvez sob outras
formas. Esse problema alimenta discussões
de toda espécie - acerca de influências,
responsabilidades e julgamentos, sobre
realidades presentes e prioridades futuras.
Pouquíssima atenção tem sido dedicada ao
papel privilegiado, no meu entender, da
cultura na experiência moderna, e quase não
se leva em conta o fato de que a
extraordinária extensão mundial do
imperialismo europeu clássico, do século
XIX e começo do XX, ainda lança sombras
consideráveis sobre nossa própria época. Em
nossos dias, não existe praticamente nenhum
norte-americano, africano, europeu, latino-
americano, indiano, caribenho ou australiano
- a lista é bem grande – que não tenha sido
afetado pelos impérios do passado. […] Esse
tipo de domínio ou possessão lançou as bases
para o que, agora, é de fato um mundo
inteiramente global. As comunicações
eletrônicas, o alcance mundial do comércio,
da disponibilidade dos recursos, das viagens,
das informações sobre padrões climáticos e
4
as mudanças ecológicas unificaram até
mesmo os locais mais remotos do mundo.
Esse conjunto de padrões foi, a meu ver,
possibilitado pelo imperialismo.
SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. São
Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 33-36.
[Adaptado]
01. Identifique abaixo as afirmativas
verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), conforme o
texto 1.
( ) Trata-se de um texto predominantemente
narrativo, o que se evidencia pelo uso de
tempos
verbais passados e pela espacialização do
enredo.
( ) O texto traz elementos
predominantemente argumentativos, com
posicionamentos explícitos do autor em
relação ao tema.
( ) Trata-se de um texto descritivo, neutro e
relativista, em que predominam exemplos
factuais e culturalmente contextualizados.
( ) O texto é anacrônico e generalista, não
podendo ser tomado como referência
explicativa
para a conjuntura moderna.
( ) O uso de adjetivos como “pouquíssima”,
“privilegiado”, “extraordinária” e um texto coeso empregam-se, de forma adequada,
“consideráveis” (segundo parágrafo) revela
uma atitude avaliativa do autor.
Assinale a alternativa que indica a sequência
correta, de cima para baixo.
a) V • V • V • F • F
b) V • F • F • V • V
c) V • F • F • F • V
d) F • V • V • V • F
e) F • V • F • F • V
Um dos principais desafios para o Brasil é
conhecer a Amazônia. Sua vocação
eminentemente hídrica impõe, ao longo dos
séculos, a necessidade do deslocamento de
seus 4 habitantes através dos rios. Muito
antes da chegada dos colonizadores na
Amazônia, os nativos já utilizavam canoas.
Ainda hoje, grande parte da população
amazônica vive da 7 pesca. Além disso, o
deslocamento do ribeirinho se faz através da
infinidade de rios que retalham a grandeza
territorial. Mas para conhecer a Amazônia de
verdade é preciso 10 entender sua posição
estratégica para o país. Os rios são a chave
para esse conhecimento. São as estradas que
a natureza construiu e em cujas margens se
desenvolveram inúmeras 13 povoações.
Portanto, é impossível pensar em Amazônia
sem associar a importância que os rios têm
para o desenvolvimento econômico e social.
Eles devem ser vistos como os grandes 16
propulsores do desenvolvimento sustentável
da região.
Domingos Savio Almeida Nogueira. In:
Internet: (com adaptações)
Em relação ao texto acima, julgue o item a
seguir.
02. Predomina no texto a narração, já que
nele se identificam um cenário e uma ação.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO:
01 - E
02 - ERRADO
Capítulo III
COESÃO E COERÊNCIA – Fatores de
textualidade
Coesão Textual
A redação de um bom texto depende da
articulação de ideias e palavras. Na elaboração de
elementos coesivos que formam uma estrutura
clara e coerente nas frases.
Há vários recursos linguísticos que podem ser
usados para unir orações e parágrafos, criando
uma unidade textual. Entre eles destacam-se:
conjunções, preposições, pronomes e advérbios.
Um elemento de coesão bastante usado é a
conjunção e, que indica adição, continuidade.
Além desse, os elementos de coesão mais comuns,
que podem ser citados de acordo com os sentidos
que expressam, são: por isso, pois (causa e
consequência); mas, contudo, embora
(contraste, oposição); além disso, também, mas
também, nem (adição, continuação); segundo,
conforme (semelhança, comparação);
principalmente, sobretudo (prioridade,
relevância); por exemplo, ou seja, isto é
(esclarecimento); logo, dessa forma, portanto
(conclusão).
Se esses elementos forem mal empregados, o
texto será uma junção desconexa de frases, com
uma linguagem ambígua e incoerente. É preciso
5
atenção na escolha do conetivo adequado para
unir e organizar todas as partes de um texto.
Coerência textual
A coerência textual resulta da relação
harmoniosa entre as ideias apresentadas num
texto. Refere-se, dessa forma, ao conteúdo, ou
seja, à sequência ordenada das opiniões ou fatos
expostos de forma coerente, sem contradições ao
que se afirma para os interlocutores.
06. Os itens abaixo apresentam sugestões de
reescrita da seguinte frase: Embora toda
carnificina seja horrível em si, não faz sentido
aplicar parâmetros morais de hoje a homens
imersos em outra cultura.
I - Toda carnificina é horrível em si, sendo que
não faz sentido aplicar parâmetros morais de hoje
a homens imersos em outra cultura.
II - Sendo toda carnificina horrível em si, não faz
sentido aplicar parâmetros morais de hoje a
homens imersos em outra cultura.
III - Toda carnificina é horrível em si; porém, não
faz sentido aplicar parâmetros morais de hoje a
homens imersos em outra cultura.
IV – Por mais que seja horrível em si toda
carnificina, não faz sentido aplicar parâmetros
morais de hoje a homens imersos em outra
cultura.
Quais delas são semanticamente
equivalentes ao original?
(A) Apenas I e II. (D) Apenas
III e IV.
(B) Apenas I e III. (E) I, II, III e
IV.
(C) Apenas II e IV
07. Das alterações feitas na redação do período
“Só que. depois que a ‘dependência’ se instala,
o vício continuará evoluindo mesmo que o
salário não seja mais problema”, houve
alteração de sentido na seguinte forma:
A) Só que, depois da instalação da “dependência”,
o vício continuará evoluindo, não sendo mais
problema o salário.
B) Só que, após a instalação da “dependência”,
continuará o vício evoluindo, apesar de não ser
mais problema o salário,
C) Só que, depois de a “dependência” se instalar,
continuará evoluindo o vício, a despeito de o
salário não ser mais problema.
D) Só que, depois de se instalar a “dependência”,
o vício continuará evoluindo, porquanto o salário
não será mais problema.
E) Só que, depois que se instala a “dependência”,
o vício vai continuar evoluindo, mesmo o salário
não sendo mais problema.
08. São muito boas as perspectivas para o
agronegócio brasileiro.
O País tem grande estoque de terras
apropriadas para a agricultura.
Há expressivo aumento da demanda mundial
por produtos agrícolas.
As frases acima organizam-se em um único
período com clareza, lógica e correção em:
(A) Tendo em vista o expressivo aumento da
demanda mundial por produtos agrícolas e o
grande estoque de terras apropriadas para a
agricultura no País, são muito boas as perspectivas
para o agronegócio brasileiro.
(B) É muito bom ter as perspectivas para o
agronegócio brasileiro, conquanto há expressivo
aumento na demanda mundial de produtos
agrícolas, visto que o Pais tem grande estoque de
terras apropriadas para a agricultura.
(C) O País tem grande estoque de terras
apropriadas para a agricultura, com o expressivo
aumento da demanda mundial por produtos
agrícolas, por isso é muito bom pelas perspectivas
para o agronegócio brasileiro.
(D) Há expressivo aumento da demanda mundial
por produtos agrícolas, entretanto o Pais, com
grande estoque de terras apropriadas para a
agricultura, que têm tido muito boas perspectivas
para o agronegócio brasileiro.
(E) O agronegócio brasileiro, com suas boas
perspectivas no País de grande estoque de terras
apropriadas para a agricultura, são sem dúvida um
expressivo aumento que a demanda mundial faz
dos produtos agrícolas.
Figura para as questões 09 e 10.
09. (Agente dos Correios Atendente
Comercial/CESPE - 2011) Na figura acima, que é
6
parte de uma página da Internet As palavras que possuem significados próximos
(www.correios.com.br), são mostrados dois são chamadas sinônimos. Exemplos:
serviços prestados pelos Correios. casa - lar - moradia - residência
QUESTÃO 42 longe - distante
Com referência à situação mostrada na figura, delicioso - saboroso
assinale a opção correta. carro - automóvel
A) Infere-se da figura que, ao digitar, por Observe que o sentido dessas palavras são
exemplo, a palavra analgésico no espaço para próximos, mas não são exatamente equivalentes.
Busca CEP ou Endereço ou no espaço para Dificilmente encontraremos um sinônimo
Rastreamento de objetos e, em seguida, clicar um perfeito, uma palavra que signifique exatamente a
dos dois botões Buscar, o usuário visualizará uma mesma coisa que outra.
lista de todas as páginas da Internet que Há uma pequena diferença de significado entre
contenham a palavra analgésico. palavras sinônimas. Veja que, embora casa e lar
B) Embora os serviços estejam separados, infere- sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a
se da figura que é possível buscar um objeto em seguinte frase:
Busca CEP ou Endereço ou um endereço em Comprei um novo lar.
Rastreamento de objetos. Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de
C) Se, por exemplo, o usuário digitar o endereço grande utilidade nos processos de retomada de
R Riachuelo Lt 2 nr 25 no espaço para Busca CEP elementos que inter-relacionam as partes dos
ou Endereço e, em seguida, clicar o botão Buscar textos.
correspondente ao serviço, ele não deverá obter o
número do CEP correspondente a esse endereço. Antônimos
D) Deduz-se da figura que, se o usuário digitar, no São palavras que possuem significados opostos,
espaço para Rastreamento de objetos, o código contrários. Exemplos:
inícioSS123 e, em seguida, clicar o botão Buscar mal / bem
correspondente ao serviço, ele poderá visualizar ausência / presença
informações sobre todos os objetos cujos códigos fraco / forte
comecem com SS123. claro / escuro
E) Deduz-se da figura que, se o usuário digitar, no subir / descer
espaço para Rastreamento de objetos, o código cheio / vazio
SS1234567BR e, em seguida, clicar o botão possível / impossível
Buscar correspondente a esse serviço, ele poderá
visualizar informações sobre um objeto referente a Existem palavras que possuem a mesma
esse código. pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas
significados diferentes. Veja alguns exemplos no
10. (Agente dos Correios Atendente Comercial quadro abaixo de palavras HOMÓFONAS:
CESPE 2011) Um dos serviços prestados pelos acender (colocar
Correios e mostrado na figura em questão é o ascender (subir)
fogo)
rastreamento de objetos. Nesse serviço, rastrear
significa assento (local onde se
acento (sinal gráfico)
A) guardar o rastro do objeto. senta)
B) lembrar o rastro do objeto. acerto (ato de acertar) asserto (afirmação)
C) deixar o rastro do objeto. apreçar (ajustar o apressar (tornar
D) fazer o rastro do objeto. preço) rápido)
E) pesquisar o rastro do objeto.
buxeiro (pequeno
bucheiro (tripeiro)
Capítulo IV arbusto)
SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS bucho (estômago) buxo (arbusto)
caçar (perseguir cassar (tornar sem
Quanto à significação, as palavras são divididas animais) efeito)
nas seguintes categorias:
Sinônimos

7
Palavras HOMÓGRAFAS D) arrear o cavalo.
São aquelas que possuem a mesma escrita E) arriar no cavalo.
(grafia), mas a pronúncia e o significado são
sempre diferentes. Observe os exemplos: O grande herói
almoço (substantivo, nome da refeição) A história de um herói,
almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do hoje eu quero lhes contar.
sing. do tempo presente do modo indicativo) É um homem destemido,
gosto (substantivo) quando é hora de lutar!
gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do É um herói que salva todos
sing. do tempo presente do modo indicativo) No incêndio lá do hotel.
Ele enfrenta até leão,
Homônimos Perfeitos tigre, onça e cascavel!
Possuem a mesma grafia e o mesmo som. É um soldado corajoso,
Por Exemplo: na defesa nacional.
Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = Não tem medo de injeção,
verbo) muito menos de hospital!
Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio Você pode acreditar
de tempo) em tudo o que eu estou falando:
esse herói sempre sou eu,
Parônimos toda vez que estou sonhando!
É a relação que se estabelece entre palavras que BANDEIRA, Pedro. Mais respeito, eu sou
possuem significados diferentes, mas são muito criança!
parecidas na pronúncia e na escrita. Veja alguns São Paulo, Moderna, 2002, p. 15.
exemplos no quadro abaixo. Com base na leitura do texto acima, responda
absolver (perdoar, absorver (aspirar, às questões 13 e 14.
inocentar) sorver) 1ª QUESTÃO
13. (PM/BM - COMVEST – 2008) No título do
apóstrofe (figura de apóstrofo (sinal texto “O grande herói”, a inversão do adjetivo foi
linguagem) gráfico) usada com o sentido de mostrar a:
aprender (tomar apreender (capturar, a) Bondade do soldado
conhecimento) assimilar) b) Estatura do soldado
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair) c) Humildade do soldado
d) Coragem do soldado
e) Dimensão do soldado
Polissemia
Polissemia é a propriedade que uma mesma 14. (PM/BM - COMVEST – 2008) No verso 12
palavra tem de apresentar mais de um significado “muito menos de hospital”, a expressão em
nos múltiplos contextos em que aparece. Veja destaque foi usada no sentido de
alguns exemplos de palavras polissêmicas: a) estabelecer uma argumentação comparativa.
cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da b) defender uma idéia em relação à defesa
vassoura, da faca) nacional.
banco (instituição comercial financeira, assento) c) identificar sobre o que o soldado tem medo.
manga (parte da roupa, fruta) d) argumentar um ponto de vista com relação ao
hospital.
Exercícios e) apresentar uma justificativa para seus atos
11. (Agente dos Correios Atendente Comercial/ heróicos.
CESPE - 2011) No tempo em que se andava a
cavalo para entregar cartas, era preciso pôr arreios Capítulo V
no cavalo, ou seja, era preciso ORTOGRAFIA – UFPB E IFPB
A) arriar-se o cavalo.
B) arreiar o cavalo. A língua portuguesa apresenta muitos termos
C) arreiar-se no cavalo. cujas grafias apenas se justificam por razões

8
etimológicas, ou seja, por suas raízes linguísticas.
Caso o falante não saiba a etimologia das
palavras, dificilmente conseguirá entender o
porquê de certas diferenças.
Para orientar o falante de uma língua, quanto à
escrita, existe uma parte da gramática chamada
ortografia. Esse termo deriva de dois termos
gregos: orthós = reto, direito e graphein =
escrever.
Emprego do E
 Grafam-se com e os verbos terminados em oar
e uar no presente do subjuntivo: abençoe,
continue, efetue, perdoe.
Emprego do I
a) Substantivos abstratos com as
terminações -ez / -eza derivados de adjetivos:
mesquinho  mesquinhez; estúpido  estupidez;
magro  magreza; pobre  pobreza.
b) Nos verbos formados pelo
acréscimo da terminação –izar:
real  realizar; hospital  hospitalizar; canal 
canalizar; humano  humanizar.
c) Nas palavras derivadas de uma
primitiva grafada com z:
juiz  juíza, ajuizar; deslize  deslizar,
deslizamento; cruz  cruzeiro, cruzamento.
d) Nos verbos terminados em –uzir,
bem como em suas formas em que ocorre o
fonema /z/:
deduzir (deduzo, deduziste); conduzir (conduzo,
conduziste); produzir (produzo, produzi) etc.

 Grafam-se com i a 2ª e a 3ª pessoa do singular Emprego do S

do presente do indicativo dos verbos terminados
em air, uir e oer: (tu) cais, (ele) cai; (tu) possuis,  Devemos grafar com a letra s nos seguintes
(ele) possui; (tu) róis, (ele) rói. casos:
a) palavras derivadas de uma
Emprego do G primitiva grafada com S:
atrás  atrasar, atrasado; pesquisa  pesquisar,
 Grafa-se com g as palavras terminadas em pesquisado; análise  analisar, analisado.
agem, igem e ugem, tais como: garagem, origem b) Palavras indicativas de
e ferrugem. Há algumas exceções: pajem, nacionalidade, título, origem: chinês, português,
lambujem. marquês e camponês.
 Também são grafadas com g as palavras c) Palavras com sufixo isa indicada
terminadas em ágio, égio, ígio, ógio e úgio, tais de feminino: poetisa, sacerdotisa, profetisa.
com: pedágio, colégio, litígio, relógio, d) Adjetivos formados pelos sufixos
subterfúgio. ense, oso, osa : gasoso, amoroso, chuvoso,
 E em geral, depois de a inicial. paranaense.
Ex.: agiota, ágil, agir, agitar, etc. e) Sempre após um ditongo: lousa,
coisa, causa.
Emprego do J f) Nas formas dos verbos pôr e
querer: pusesse, pus, quis, quisera.
 Grafam-se com J as palavras de origem
indígena e africana, tais como: jiboia, pajé, Emprego do X
canjica, jenipapo, etc.
 Também são grafadas com J as formas  Devemos empregar o x nos seguintes casos:
derivadas de verbos terminados em jar e jear, a) Normalmente após os ditongos:
tais como: arranjar, gorjear, despejar e viajar. eixo, faixa, caixa..
Assim como, na terminação aje: laje, traje, ultraje, b) Sempre após en no início da
etc. palavra: enxada, enxaguar, enxame, enxuto.
Obs.: Exceção para a palavra encher e seus
Emprego do Z derivados.
c) Depois da sílaba inicial me:
 Devemos grafar com a letra z nos mexer, mexilhão, mexicano.
seguintes casos:

9
 d) Nas palavras aportuguesadas do a) Na última __________ da câmara,
inglês onde originalmente aparece Sh, tais como: propuseram a __________ de terrenos aos
xampu (shampoo), xerife (sheriff). colonos.
b) Todos os dias a __________ de
Exercícios economia daquele jornal apresenta a cotação do
dólar.
14. Assinale a alternativa onde ocorre erro de c) Chegamos atrasados para a
grafia: primeira__________do filme.
a) realizar, pesquisar, suavizar; d) Lemos o falecimento da autora na
b) civilizar, catequese, rivalizar; __________ de necrologia daquele jornal.
c) avisar, catalisar, autorizar;
d) paralizar, fertilizar, avalizar; 20. Observe as proposições a seguir e preencha
e) catequizar, ironizar, analisar. adequadamente, fazendo a correspondência
numérica.
15. Assinale a alternativa onde ocorre erro de (1) Estamos aguardando o resultado da prova
grafia: ______ duas semanas.
a) beleza, alteza, agudez; (2) Fiquei sabendo ______ da festa.
b) grandeza, madureza, palidez; (3) ______ 30 pessoas ficaram doentes.
c) riqueza, baroneza, princesa; (4) ______ do quintal foi feita de pau a pique.
d) singeleza, milanesa, deslize; ( ) A CERCA
e) baliza, cafuzo, rijeza. ( ) CERCA DE
( ) HÁ CERCA DE
16. Assinale a alternativa onde ocorre erro de ( ) ACERCA
grafia:
a) chuchu, xícara, mexer; Marque a alternativa CORRETA.
b) cochicho, xereta, xerife; a) 1 3 4 2 d) 4 3 1 2
c) chicote, pixar, charme; b) 3 4 2 1 e) 2 1 4 3
d) flecha, xampu, xaxado; c) 2 1 3 4
e) chamego, chimarrão, mexerico;
21. (UNOPAR) Assinale a alternativa que
17. Complete os espaços com g ou j: preenche corretamente as lacunas da frase: “Se o
candidato __________ e o partido não se
a) fu____ir f) fin____ir k) baga____em __________, os militantes __________ o cantor
para animar o comício.
b via____em g) via____ant l) Ferru____em a) quizer, opuser, trazerão
) (s) e b) quiser, opor, trazerão
c) fin____o h) ele____o m Cora____em c) querer, opor, trazeram
) d) quiser, opuser, trarão
d via____em i) diri____a n) Verti____em e) querer, opuser, trarão
) (v)
e) infrin____o j) a____iota o) Contá____io 22. (FUVEST-SP) Preencha os espaços com as
palavras grafadas corretamente: “A _________ de
18. Complete os espaços com x ou ch: uma guerra nuclear provoca uma grande
a) encai____e h) frou____o _________ na humanidade e a deixa _________
b) me____erico i) ta____a (imposto) quanto ao futuro.”
c) qui____ote j) ____eio a) espectativa, tensão, exitante
d) en____ada l) en____er b) espectativa, tenção, hesitante
e) ta____a (prego) m) arro____o c) expectativa, tensão, hesitante
f) cai____a n) ca____imbo d) expectativa, tenção, hezitante
g) ____arque o) ____amego e) espectativa, tenção, exitante

19. Utilize cessão, sessão ou seção: 23. (FUVEST-SP) Complete com e ou i:

10
a) possu____
b) s____quer
c) habitu____
d) pr____vilégio
Capítulo V
FIGURAS DE LINGUAGEM – UFPB
Figuras de linguagem ou recursos
figurativos
O que é? Qual a sua função?
Podemos dizer que figuras de linguagem
são formas simbólicas e/ou elaboradas para
que as ideias, significados e pensamentos
exerçam maior expressividade, logo
conferindo relações semânticas com o texto
seja ele oral, seja escrito. As figuras atuam
em vários âmbitos tais como: semântica
lexical, construção gramatical, associação
cognitiva, nível fônico da linguagem. Apesar
de muitos acharem que só são utilizadas por
poetas e escritores, as figuras de linguagem
(também chamadas de tropos) estão presentes
no nosso dia-a-dia. Surgem na fala de
qualquer pessoa sem que se perceba. O que
faz a diferença entre os homens das letras e
os usuários comuns: a intencionalidade das
expressões.
A intenção ocorre primordialmente porque
existem dois níveis de sentido: denotativo
(objetividade, uso dicionarizado) e luar de neve de neblina (Cruz e Sousa)
conotativo (sentido figurado).
Alguns estudiosos convencionaram
classificar as figuras em quatro tipos, outros
em três. Na verdade, não há consenso quanto
a algumas classificações e nomenclaturas.
Utilizaremos aqui, portanto o modelo
sugerido pelo prof. Dr. Milton Marques
Júnior, da Universidade Federal da Paraíba.
A classificação das figuras de linguagem
ocorre conforme a intenção do emissor, dá
impressão que queira causar no receptor. A
emoção, os sentidos estão intimamente
ligados a cada figura adotada. Também, leva-
se em consideração a estrutura da língua que
está sendo movimentada na figuração, assim
temos:
1. Expressividade nos sons das palavras
(fonética) – figuras de palavras ou
de efeito sonoro
2. Expressividade no sentido das
palavras (semântica) – figuras de
sentido
3. Expressividade na organização das
orações (sintaxe) – figuras de
construção ou de sintaxe
4. Expressividade na organização das
ideias, na intenção e no discurso
(pragmática) – figuras de
pensamento
1. Figuras de palavras ou de efeito sonoro
Aliteração → Muito utilizada em poemas e
músicas, a aliteração é a repetição de fonemas
consonantais no interior do verso, é a repetição
sistemática de uma mesma consoante.
Exs: Vozes veladas, veludosas vozes (Cruz e
Sousa)
Esperando, parada, pregada na pedra do
porto (Chico Buarque)
As cigarras agarradas aos troncos/
ensaiam na sombra suas resinas sonoras
(Cecília Meireles)
Assonância → Possui natureza semelhante à
aliteração, mas trata-se da repetição da mesma
vogal no poema.
Exs: Ó formas alvas brancas formas claras,/ de
Virge Maria que foi isso maquinista? (Manuel
Bandeira)
Paronomásia → Emprego, torneio de palavras
que se aproximam pela similaridade fônica.
Exs: Ela para e fica ali parada, olho assim para
nada, Paraná. Fica parecida Paraguaia, Para-
raios em cada dia de sol, para mim...
(Humberto Gessinger)
E todas as palavras engatilhadas
engatinharam (Leo Barbosa)
Onomatopeia → Figura utilizada para
representar o som de um animal, ou de seres
inanimados.
Exs: Toc-Toc (batida de porta)
Cocoricó
Tic-tac
11
Eco → É a sucessão de palavras com partes
(geralmente finais) sonoramente semelhantes,
colocadas próximas umas das outras. Na
poesia, o eco funciona como uma rima interna,
já na prosa constitui um erro.
Exs: Na eleição houve uma convenção de que
a conversação seria encerrada em breve.
2. Figuras de sentido
Metáfora → É o principal recurso conotativo
da linguagem. É o principio onipresente dela.
É um meio de retirar uma palavra de seu
domínio usual para levar a outro. Esta
embasada na observação do mundo. Quando
o ser humano não consegue definir uma coisa
de forma clara. As metáforas estão por toda
parte. Vejamos:
Olho d’água, furo de reportagem, luz da
inspiração, explosão de alegria, pé do
ouvido,
Outros exs:
Sou metal – raio, relâmpago e trovão (Renato
Russo)
Na música “Metal contra as nuvens”, Renato
Russo se define como metal. Está usando,
dessa forma, uma metáfora, pois ele possui
alguma característica em comum com o
metal. Mas qual? Talvez a de condutor e ao
mesmo tempo a da solidez. E relâmpago; a de
uma existência muito rápida.
Tua pele é uma pétala – é atribuída a pele a
qualidade de pétala, ou seja, a sua maciez.
[...] o passado é uma roupa que não nos serve
mais. (Belchior)
Amor é fogo que arde sem se ver. (Camões)
Em outras palavras, a metáfora é uma
comparação implícita entre dois seres
(característica em comum) e o elemento que
compara (a conjunção como).
Catacrese → É o nome dado as metáforas
consideradas mortas, que já são tão usuais
que nós nem percebemos a sua presença.
Exs: Asa da xícara, perna da mesa, braço da
cadeira, cabeça de alfinete, céu da boca.
Comparação→ Difere-se da metáfora
propriamente dita, porque apresenta
conjunções que explicitam a relação
comparativa (como, feito, parecido)
Sinestesia → É a chamada metáfora de
sensações, pois consiste em relacionar um
sentido a outro.
Ex: “A voz branca dessa noite nos convida a
tocaruma clara luz”
A luz gelada e pálida diluindo... (Cruz e
Sousa)
Metonímia → É a substituição de um ser por
outro através da relação lógica entre eles. É
uma parte pela outra. É necessário certo
conhecimento de mundo para que a
referência seja compreendida. A principal
diferença entre metonímia e metáfora está
nessa relação lógica entre os dois elementos.
Na metáfora, a relação é subjetiva.
Exs: Adoro ler Machado de Assis ( Obra
pelo autor)
Bebi um copo de água ( Componente pelo
conteúdo)
Sem Guttemberg hoje não teríamos
computador (Invenção pelo inventor)
Meu wolkswagen é um companheiro de
estrada (Substituição do produto pela marca)
Estão destruindo as nossas sombras. (Efeito
no lugar da causa - sombras = matas)
Não devemos nos afastar da cruz (o símbolo
no lugar do simbolizado – cruz =
cristianismo)
O cidadão possui direitos e deveres (o
singular em vez do plural – cidadão = todos
os cidadãos)
Eufemismo → Consiste no abrandamento
da(s) ideia(s) para evitar que o receptor tenha
uma reação abrupta.
Exs: Você faltou com a verdade (mentiu)
Nos fizeram varrer as calçadas/ limpar o
que todo cão faz (J.C de Melo Neto)
12
“Era incapaz de apropriar-se do alheio”
(José Américo)
Hipérbole → Consiste em exagerar uma
ideia para mais ou para menos.
Exs: Vida que, eterna, ainda seria pouca...
(Alphonsus de Guimarães)
Rios te correrão dos olhos, se chorares...
(Olavo Bilac)
Antítese → Consiste num jogo retórico de
ideias que, apesar de opostas, aceitam a
existência uma da outra.
Ex: Não existiria som se não houvesse o
silêncio/ Não haveria luz se não fosse a
escuridão/ A vida é assim/ Dia e noite, não e
sim (Lulu Santos)
Paradoxo → É também um jogo de ideias
opostas, mas a sua aceitação fere a lógica.
Trata-se de uma maximização da antítese.
Ex: Pranto por belos olhos derramado;/
incêndio em mares de água disfarçado; rio de
neve em fogo convertido (Gregório de
Matos)
Antonomásia → Trata-se da substituição de
um nome próprio por um nome comum ou
por uma expressão a ele ligada.
Exs: O poeta dos escravos nasceu na Bahia
(Refere-se a Castro Alves)
O boca do inferno era um grande poeta
(Gregório de Matos)
3. Figuras de Sintaxe
Elipse → Em geral, é um procedimento em
que se ocultam termos de uma oração ou
período, mas subentende-se sua ideia. Um
sujeito oculto já é uma elipse.
Exs: Tinha nas mãos luvas, na cabeça;
chapéu.
Já o Zeugma é uma variação da elipse, em
que o termo que está oculto já foi
pronunciado num verso anterior. Vejamos:
Uma parte de mim/ é multidão:/ outra parte (
) estranheza/ e solidão (Ferreira Gullar)
Assíndeto → Ausência ou supressão
estilística do conectivo aditivo (geralmente
E) numa sequência de palavras, de termos de
uma oração ou de orações coordenadas.
Ex: Luciana, inquieta, subia à janela da
cozinha, sondava os arredores, bradava com
desespero, até que ouvia duas notas
estridentes, localizava o fugitivo, saía de casa
como um redemoinho.
Polissíndeto → Oposto ao assíndeto,
consiste no uso repetitivo da conjunção ( em
geral, também, a aditiva E)
Ex: Trabalha e teima e lima e sofre e sua (
Olavo Bilac)
Em tua ausência – essa lâmina exata/ que me
penetra e fere e sangra e mata (Junqueira)
Gradação → Consiste na progressão do
pensamento por meio de palavras, sinônimas
ou não, que formam ordem crescente, da
menos intensa para a mais intensa ou vice-
versa. Também pode ser chamado de clímax.
Exs: As vezes no silêncio da noite/ eu fica
imaginando nós dois/ eu fico aqui sonhando
acordado/ juntando o antes, o agora e o
depois (Peninha)
O válido tacape desprendendo,/ sacode-o,
vibra-o: fere, prostra e mata/ A este, àquele.
(Gonçalves Dias)
Inversões → São alterações na ordem direta
das orações (sujeito+ verbo + objetos). Essas
inversões ocorrem de forma mais ou menos
complexa e de acordo com o nível de
complexidade, recebem nomes diferentes:
Anástrofe → simples alteração da ordem,
quando se põe, por exemplo, um sujeito antes
do verbo, ou um advérbio fora do lugar.
Ex: Queria eu muito saber. (ordem direta: eu
queria saber muito)
Hipérbato → é quando a inversão já ocorre
de maneira a enfatizar um termo ou garantir
uma rima no verso. É mais comum nos
13
poemas clássicos. Geralmente, para
compreender o poema requer a interpretação
do hipérbato.
Ex: Mostra o patife da nobreza o mapa.
(ordem direta: o patife mostra o mapa da
nobreza) (Gregório de Matos)
Paralelismo → A rigor, o paralelismo não é
uma figura, mas um procedimento em que
dois ou mais versos ou frases apresentam
uma mesma estrutura ou uma ou mais
palavras iguais.
Ex: Deixa em cima dessa mesa a foto que eu
gostava/ pr’eu pensar que o teu sorriso
envelheceu comigo/ deixa eu ter a tua mão
mais uma vez na minha/ pra que fotografe
assim meu verdadeiro abrigo/ deixa a luz do
quarto acesa... (Oswaldo Montenegro)
Anáfora → É a repetição de uma mesma
palavra ou expressão no inicio dos versos.
Ex: “No centro de um planalto vazio/ como
se fosse em qualquer lugar/ como se a vida
fosse um perigo/ como se fosse facas no ar”
(Oswaldo Montenegro)
“Como caíram tantas águas,/ nublou-se o
horizonte,/ nublou-se a floresta,/ nublou-se o
vale” ( Cecília Meireles)
Anadiplose → Consiste em repetir, no início
de uma oração ou de um verso, a última
palavra da oração ou verso anterior.
Ex: Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade/
verdade é, meu senhor, que hei delinguido/
delinguido vos tenho, e ofendido; ofendido
vos tem minha maldade. ( Gregório de
Matos)
Pleonasmo ou redundância → Considerado
um erro crasso na prosa, esse recurso pode
ser um grande suporte poético.
Exs: Se me mandar ir embora, eu saio pra
fora, ela me chama pra trás. (Leandro e
Leonardo)
Pobre te vejo a ti (Gregório de Matos)
Repetição → Como o nome mesmo sugere, é
nada mais nada menos do que a recorrência
de uma mesma palavra de forma consecutiva.
Ex: Respondi que podia ser singela e na
mesma hora,/ singela, singela, singela,
comecei a repetir singela (Adélia Prado)
Figuras de pensamento
Ironia → É uma figura essencial para o
estudo da obra de muitos escritores. Consiste
na enunciação de uma coisa, quero dizer o
contrário, sempre com intenção crítica ou
mesmo sarcástica.
Ex: Vamos celebrar a estupidez humana
(Renato Russo)
Alegoria → Acredita-se que Gil Vicente foi
uns dos primeiros a recorrer à esse recurso.
Tem, muitas vezes, um fundo didático e
moral, procurando exemplificar uma ideia
abstrata com enunciados de uma realidade
concreta. A alegoria é essencialmente
metafórica e constitui-se como a base da
parábola e do provérbio. É uma espécie de
analogia de coisas e seres. Um grande
exemplo é a obra “O auto da comparecida”
do Ariano Suassuna e a famosa Alegoria da
Caverna, de Platão.
Prosopopeia → É a atribuição de uma ação,
ou característica humana a um animal ou ser
inanimado. Também pode ser chamada de
personificação ou animização.
Ambiguidade ou Anfibologia → Ocorre
toda vez que uma palavra ou expressão
admite, num contexto, duas ou mais
interpretações (polissemia)
Exs: Olha aí o meu guri, olha ai: é o meu
guri. E ele chega / Chega no morro com o
carregamento, pulseira, cimento, relógio pneu
gravador/ rezo até ele chegar cá no alto/ essa
onda de assaltos tá um horror... (Chico
Buarque) → Nessa música, Chico assume a
voz de uma mulher do morro, uma mãe
iludida de um assaltante. Ela acha que o filho
presta serviços, ou que os produtos
carregados são pertences do “guri”.
14

A ambiguidade também pode agir como
recursos para exprimir um tom jocoso,
malicioso. Ex: Você vai gostar de mim, se eu
tocar no seu radinho (Raimundos)
Outras formas de classificar as figuras:
Ato de repetir:
Aliteração (consoantes)
Assonância (vogais)
Eco (partes das palavras no interior do verso)
Paralelismo (estrutura de versos)
Anáfora (palavras no início dos versos)
Repetição (sequencias retomadas no mesmo
enunciado)
Paronomásia (sons em palavras parecidas)
Polissíndeto (conjunções)
Anadiplose (palavras do final do verso
ressurgem no verso posterior)
Pleonasmo (enfatizar)
Ato de ocultar:
Assíndeto (sem conjunções)
Elipse (palavra que pode ser deduzida)
Zeugma ( palavra que já foi pronunciada)
Ato de inverter ou tornear as palavras:
(menos complexo) Anástrofe ˂ Hipérbato ˂
Sínquese (mais complexo)
Ato de relacionar ou substituir uma
palavra por outra:
Comparação: (conjunções de comparação –
explicito)
Metáfora (comparação implícita)
Sinestesia (sensações diferentes se
relacionam)
Catacrese (metáfora usual)
Metonímia (substituição através por outro
termo relacionado)
Prosopopeia (atribuição de um ser a outro –
animal, humano, coisas)
Onomatopeia (imitação de sons)
Antonomásia (atributo dado a alguém ou algo
devido a um feito)
Retórica:
Ironia (critica indireta)
Antítese (oposição de ideias)
Paradoxo/ oximoro (ideias que se rejeitam)
Hipérbole (exagero)
Eufemismo (abrandamento de ideias)
Gradação (progressão de ideias)
Alegoria (ensinamento através de metáforas)
Ambiguidade (duplo sentido)
1.(IBFC – ABDI – Assistente Jurídico –
2008) Assinale a alternativa que indica
corretamente a figura de linguagem presente
na oração: “O cavaleiro enterrou a espada no
dragão.”
a) catacrese.
b) antítese.
c) zeugma.
d) eufemismo.
2. (FUNRIO – PRF – Policial Rodoviário
Federal – 2009) Observe o trecho de “O
Cortiço”, de Aluísio de Azevedo:
“Eram cinco horas da manhã e o cortiço
acordava, [...]. Um acordar alegre e farto de
quem dormiu de uma assentada sete horas de
chumbo.”
Seu autor utiliza o seguinte recurso
estilístico:
a) eufemismo;
b) gradação;
c) comparação;
d) antítese;
e) personificação.
3. (FIP – Câmara-SJC – Analista de Sistemas
– 2009) Observe a sequência de frases abaixo
e responda a seguir.
(1) E no dia lindo vi que vinhas vindo, minha
vida. (Guilherme de Almeida)
(2) Conhecer as manhas e as manhãs. (Almir
Sater e Renato Teixeira)
(3) E as cantilenas de serenos sons amenos
fogem fluidas. (Eugênio de Castro)
Nas frases apresentadas em (1), (2) e (3),
temos, respectivamente, as seguintes figuras
de estilo que exploram a sonoridade das
palavras:
a) Assonância, paronomásia e aliteração.
b) Onomatopeia, assonância e paranomásia.
c) Aliteração, onomatopeia e assonância.
d) Paronomásia, assonância e aliteração.
15
e) Assonância, onomatopeia e paronomásia.
4. (FIP – Câmara-SJC – Programador –
2009) Observe a sequência de frases abaixo e
responda a seguir:
(1) Onde estão todos? Estão todos dormindo.
Estão todos deitados. Dormindo. (Manuel
Bandeira)
(2) Dona Cômoda tem três gavetas. E um ar
confortável de senhora rica. (Mário
Quintana)
(3) Vieram os gentios, e tornaram-se fiéis;
vieram idólatras, e tornaram-se cristãos.
(António Vieira)
Nas frases apresentadas em (1), (2) e (3),
temos, respectivamente, as seguintes figuras
de pensamento:
a) Alegoria, eufemismo e antítese.
b) Eufemismo, ironia e prosopopeia.
c) Prosopopeia, antítese e alegoria.
d) Eufemismo, alegoria e prosopopeia.
e) Eufemismo, prosopopeia e antítese.
5. (NCE/UFRJ – UFRJ – Médico – 2009)
“Toda obra de um homem... é sempre um
auto-retrato.”; nesse segmento há a presença
de um tipo de linguagem figurada
denominado:
a) hipérbato;
b) metáfora;
c) metonímia;
d) comparação;
e) pleonasmo.
6. (Funiversa – MPE/GO – Engenheiro
Ambiental – 2010) Diz-se que há
personificação quando houver atribuição de
sentimentos, traços psicológicos e(ou)
comportamento humanos a seres inanimados
e a animais. Assinale a alternativa que
apresenta exemplo de personificação.
a) “de mãos dadas, marcharemos todos pela
vida verdadeira”.
b) “as janelas devem permanecer, o dia
inteiro, abertas para o verde onde cresce a
esperança”.
c) “o homem confiará no homem como a
palmeira confia no vento”.
d) “o lobo e o cordeiro pastarão juntos”.
e) “Fica decretado, por definição, que o
homem é um animal que ama”.
7. (Cesgranrio – Petrobras – Profissional Jr. –
2010) Antítese é uma figura de linguagem
com a qual se salienta uma oposição de ideias
por meio de sentenças ou palavras. O
fragmento que contém uma antítese é:
a) “Somos artesãos, meio como as formigas,”
b) “vemos nossas obras destruídas em
segundos por cataclismos naturais,”
c) “se pensamos que cada estrela é um sol, e
que tantas delas têm sua corte de planetas,
fica difícil evitar a questão da nossa
existência cósmica,”
d) “Ao olhar para o Universo, o homem é
nada. Ao olhar para o Universo, o homem é
tudo.”
e) “somos como o Universo pensa sobre si
mesmo.”
8. (Fundep – TJ/MG – Oficial de Apoio
Judicial – 2010) Assinale a alternativa em
que se encontra uma gradação.
a) “[...] será o incentivo à violência o
resultado único desse processo de informação
em escala mundial?”
b) “[...] a violência aumenta em proporções
assustadoras, tanto no resto do mundo como
aqui bem perto, em cada esquina.”
c) “[...] reflexão de um amigo meu, médico
de meia idade, sabedoria e ciência.”
d) “Está se conhecendo em seus máximos e
em seus mínimos [...].”
9. (Cetap – AL/RR – Analista de Sistemas –
2010) A figura de linguagem presente em
“Durante séculos, a Inglaterra dominou os
mares...” é:
a) Metáfora.
b) Silepse.
c) Antítese.
d) Metonímia.
e) Ironia.
10. (Consulplan – Carreira Universitária
(Analista Administrativo) – Nível Superior –
2011) “Entra ano sai ano, as tempestades de
verão continuam atormentando a vida de
milhares de pessoas nos estados do sul e
sudeste do país.” O excerto anterior constitui
um exemplo de figura de linguagem
denominada:
a) Paronomásia.
b) Antonomásia.
16
 c) Perífrase.
Bem... É uma
d) Metonímia. pena, mas você
e) Prosopopeia. chegou com dez
minutos de
11. “Chico passou por maus bocados, andou atraso.
gastando mais de cinco litros de saliva para
reconquistar a mulher” (CEV/Urca –
Vestibular – 2012) A construção em destaque
é própria da linguagem literária e caracteriza-
se como:
a) Hipérbole. Na situação acima, podemos assim identificar
b) Eufemismo. esses elementos:
c) Catacrese. Remetente (ou emissor) – o funcionário da
d) Anáfora. estrada de ferro.
e) Elipse. Destinatário (ou receptor) – o pretenso
viajante.
12. (FAB – EAGS – Sargento – 2012) Mensagem – “Bem... É uma pena, mas você
Quanto à classificação das figuras de chegou com dez minutos de atraso”.
linguagem, coloque (1) para antítese, (2) para Referente (ou contexto) – o relógio, no
hipérbole, (3) para metonímia e (4) para cotexto da cena, marcando 14 horas e 10
metáfora. Depois assinale a alternativa com a minutos, que indica a situação de atraso.
sequência correta. Código – linguagem falada.
I. ( ) “Trabalhava arduamente, pois tinha de Canal – voz.
alimentar quatro bocas.”
II. ( ) “Eu, que era branca e linda, eis-me Uma mesma mensagem pode apresentar
medonha e escura.” muitos significados, dependendo
III. ( ) “Um mundo de ideias havia em minha da sua finalidade. Ela pode servir para
cabeça.” exprimir sentimentos, emoções, desejos; para
IV. ( ) “Meu coração é um campo minado.” transmitir um conteúdo intelectual; para
a) 2, 1, 3, 4. aproximar ou rejeitar contatos; para
b) 3, 1, 2, 4. conquistar ou hostilizar pessoas; para ordenar
c) 1, 2, 4, 3. ou, até mesmo, apenas para quebrar um
d) 3, 4, 1, 2. silêncio constrangedor. A compreensão do
sentido de uma dada mensagem depende da
compreensão de sua finalidade.
Capítulo VI Por outro lado, a finalidade é expressa pela
FUNÇÕES DA LINGUAGEM E ELEMENTOS DA ênfase em um daqueles fatores constitutivos
COMUNICAÇÃO - UFPB da comunicação (emissor, receptor,
mensagem, referente, código, canal).
Funções da linguagem Estabelecem-se, assim, as funções da
linguagem a partir da ênfase atribuída a um
Considera-se que o processo de comunicação determinado fator da comunicação, conforme
verbal apoia-se em um conjunto de fatores, o quadro a seguir.
quais sejam: emissor, receptor, canal, Função Ênfase Característ Exempl
código, referente, mensagem. De fato, icas o
participam do processo comunicacional, um predomina
emissor, que envia a mensagem, referente a ntes do
um contexto, a um receptor, empregando um texto
determinado código, veiculado por meio de Referenci No Informaçã “Ontem
um suporte físico, isto é, um canal. al referent o objetiva, , a
e enxuta, tempera
sem tura

17
 comentário oscilou do cre, um
s ou juízos. entre 25 ritmo, da sapato
Textos e 30 sonoridade em
informativ graus.” , da cada
os. própria pé.”
Emotiva no Presença “Vou- estrutura.
ou remete do me Textos que
expressiva nte emissor, embora valorizam
(ou de seus pra a
emissor juízos, Pasárga informaçã
) sentimento da. o por meio
s. Textos Aqui eu da forma
críticos, não sou da
subjetivos. feliz.”1 mensagem.
Conativa no Remete “Entra,
destinat diretament Irene. Função Ênfase Características
ário e ao Você predominantes
(ou destinatári não do texAntes de analisar mais detalhadamente
recepto o precisa as funções, cabe esclarecer que cada ato
r) (que é pedir concreto de linguagem articula várias
levado em licença. funções, mas o que define a mensagem é a
consideraç ”2 ênfase atribuída a uma delas. Nesse sentido, a
ão). rigor não há mensagem com uma função
Textos única, mas com uma função que se destaca
persuasivo entre outras; ou seja, há, na mensagem, uma
s, hierarquia de funções.to Exemplo
imperativo
s ou
sedutores.
Fática No Preocupaç “Então..
canal ão com o . hoje
vinculo chove?”
comunicac
ional.
Textos que
objetivam
instaurar
ou facilitar
a Função referencial
comunicaç
ão. Em Curitiba,
Metalingu No Presença “São mínima de 15o C
e máxima de 25o
ística código da própria seis as C.
linguagem, funções
como da
tema. linguag
Textos em.”
explicativo
s.
Poética Na A forma é “Lé
mensag realçada com le,
em por meio cré com

18
Constata-se a função referencial quando o na hora de dormir.”; “Poderia alcançar-me o
conteúdo da mensagem é constituído por sal?”
elementos de um contexto linguístico comum Venha aqui sempre
entre os interlocutores, contexto este que
que quiser!
implica o concurso de certos conceitos e
experiência mental. Em outros termos, esse
conteúdo é compreendido pelo receptor com
a condição de que ele detenha uma
determinada competência linguística, baseada
em uma experiência (ou contexto) cultural
semelhante ou próximo. Assim, por exemplo,
a compreensão do enunciado “não me saí
bem na avaliação de Física” depende, apenas,
de certa competência própria de um falante
da língua que partilha um contexto cultural
semelhante ao do emissor, sem a necessidade
de se avaliar se tal enunciado é verdadeiro ou
falso. Ou seja, é por referência a um contexto
cultural, minimamente comum ao emissor e Função fática
ao destinatário, que se atribuem determinados
sentidos aos enunciados. Busca estabelecer uma cooperação, um laço
de solidariedade entre os interlocutores,
Função emotiva colocando a ênfase no contato, no canal da
comunicação. Observemos os enunciados:
Estabelece-se quando a ênfase é dada ao “Posso falar?”, “Alô, você está me ouvindo?”
remetente ou emissor. Ocorre nas mensagens ou, ainda, “Fale comigo...” Em todos esses
em que se verifica uma expressão direta das casos, trata-se de buscar ou reforçar a
emoções e atitudes interiores de quem fala, aproximação com o interlocutor.
relativamente aquilo que e falado. E o que
ocorre, por exemplo, nos enunciados: Boa tarde, Senhor,
posso ter um minutinho
“detesto essa fruta!” e “você não parece de sua atenção?
sincero...”.

Odeio quando você

não é sincero.
sincero!

Função metalinguística

Ocorre quando o enunciado tem por objeto a

própria linguagem. Por exemplo: “As
funções da linguagem são determinadas pela
ênfase atribuída a cada fator da
comunicação.”
Função conativa Função poética
Fundada na ênfase do destinatário, Também designada função estética,
caracteriza-se pela ordem ou apelo, explícito caracteriza-se pela construção de
ou implícito, como em: “Venha, já!”; “Está equivalências de significado que, pela sua

19
novidade, rompem com os automatismos
linguísticos, como nestes versos de Manuel
de Barros: “Caminhoso em meu Pântano, /
dou num taquaral de pássaros”. Reforçamos a
observação de que um mesmo enunciado
articula múltiplas
funções, caracterizando-se, entretanto, pela
primazia de uma delas. Vejamos um último
exemplo, ainda de Manuel de Barros (1998,
p. 9): “Sua língua era um depósito de
sombras retorcidas, / com versos cobertos de
hera e sarjetas que abriam / asas sobre nós”.
Nestes versos, predomina a função poética,
mas estão presentes, ainda, as funções
metalinguística e emotiva.
Caminhante
(MACHADO, 1999, p. 133)
Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.
Texto complementar
Observações sobre funções da linguagem
(VANOYE, 1987, p. 56)
a) As seis funções da linguagem não se
excluem, mas também não se
encontram todas reunidas necessariamente
numa dada mensagem. Aliás, é muito raro
encontrar numa mensagem apenas uma
dessas seis funções. Frequentemente elas se
superpõem.
b) No entanto, pode-se admitir que numa
dada mensagem, uma ou outra
função seja dominante. Pode-se, assim,
distinguir tipos de mensagens,
seguindo a hierarquia das funções que são aí
representadas, e estabelecer
com isso uma tipologia das mensagens,
segundo a importância
das funções representadas:
Mensagens referenciais – centradas
sobretudo no referente (situacional,
ou textual, real ou fictício).
Mensagens expressivas – centradas
sobretudo no destinador e voltadas
para a expressão dos sentimentos, suas
emoções, seus julgamentos.
Mensagens conativas – centradas no
destinatário, acionando-o diretamente.
Mensagens fáticas – onde domina o cuidado
de estabelecer ou de manter o contato.
Mensagens metalinguísticas – são
explicativas e estão centradas no código.
Mensagens poéticas – onde ritmos,
sonoridades e estrutura da mensagem tem
tanta importância quanto o conteúdo das
informações que ela veicula.
Funções da linguagem
As funções da linguagem:
Função representativa – a função
representativa se usa quando pretendemos
meramente transmitir uma informação sem
fazer valorações. É a função característica da
exposição de conhecimento e livre de
subjetividade.
Função expressiva – a função expressiva é
utilizada quando o emissor
pretende dar conta de seu estado físico ou
anímico. Esta função se vincula na entonação
expressiva, a modalidade exclamativa,
diminutivos,
aumentativos, depreciativos, entre outros.
Função apelativa – a função apelativa
aparece quando o objetivo da
comunicação é provocar uma determinada
reação no ouvinte. Seus recursos linguísticos
são essencialmente retóricos. Se dá na
linguagem
coloquial dominante na publicidade, na
linguagem jornalística, propaganda política e
ideologia em geral.
Função fática – usamos para comprovar que
a comunicação é fisicamente possível. Seu
conteúdo informativo é nulo ou escasso. Não
se
pretende intercambiar informação e sim a boa
disposição mútua.
Função poética – a função poética pretende
criar beleza usando a linguagem. É a função
20
principal nos poemas, novelas, obras de
teatro e
canções. Não é exclusiva da literatura,
também se dá em expressões coloquiais e na
linguagem publicitária.
Função metalinguística – na função
metalinguística se usa a língua
para falar da mesma língua ou outra
qualquer. Esta função se centra no código, ou
seja, na língua respectiva da qual se fala.
Recordemos
Os tipos de linguagem são:
A linguagem verbal – se manifesta através
da língua que lhe dá forma.
A linguagem oral – os sinais são produzidos
vocalmente.
A linguagem escrita – são signos gráficos
que se percebem pela vista.
A linguagem não verbal – da forma.
A linguagem cinésica – são as expressões
corporais e faciais.
Os metassinais – são representações gráficas
que se conhecem como
ícones e símbolos.
As funções da linguagem são:
A função representativa – se usa quando
pretendemos meramente
transmitir uma informação.
A função expressiva – se usa quando
pretendemos dar conta de nosso
estado físico o anímico.
A função apelativa – é a função de mandato
e pergunta.
Na função fática – não se pretende o
intercâmbio de informação e sim mostrar a
plena disposição mútua.
A função poética – pretende criar beleza
usando a linguagem.
A função metalinguística – se utiliza
quando se usa a língua para falar de uma
mesma língua. A interação humana deve sua
existência à linguagem. Esta capacidade de
nossa espécie permitiu o desenvolvimento da
civilização e inclusive superou os limites da
atmosfera terrestre. Agora, os tipos e funções
da linguagem seguirão sendo os mesmos a
menos que no futuro a evolução nos faça
capaz de manejar uma linguagem telepática.
QUESTÕES
1.Em que alternativa há equívoco quanto à
identificação da função da linguagem
predominante?
a) Só me importa os meus desejos, os meus
desassossegos, o meu mundo. (Função
emotiva)
b) Para quem não sabe, “perscrutar” é
investigar minuciosamente. (função
apelativa)
c) Não há razão para seres pessimista. És
inteligente, doce, sensual. (função conativa)
d) Ela é só. Só é ela. É só ela. Em silêncio.
Só. Só e silenciosa. ( função poética)
e) A seleção brasileira entrará em campo sem
o seu ataque titular. (função referencial)
2. Em que alternativa predomina a função
fática da linguagem?
Faça um seguro de vida para que você
descanse em paz.
Segundo o serviço de meteorologia, deverá
chover intermitentemente hoje.
Eu sou perfeito, e essa é a maior das minhas
imperfeições.
Socorro! Alguém está me ouvindo?
Este texto que ora escrevo será curto e breve.
3. Bom Conselho
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
(CAP/UFRJ – Admissão (Ensino Médio – 2A
Série) – 2008 (adaptada)) Qual é a função da
linguagem predominante nas duas primeiras
estrofes da composição de Chico Buarque,
considerando-se o modo verbal mais
recorrente?
a) fática.
b) emotiva.
21
c) referencial.
d) poética.
e) conativa.
4. O LENDÁRIO PAÍS DO RECALL
Moacyr Scliar
“MINHA QUERIDA DONA: quem lhe
escreve sou eu, a sua fiel e querida boneca,
que você
não vê há três meses. Sei que você sente
muitas saudades, porque eu também sinto
saudades de você. Lembro de você me
pegando no colo, me chamando de filhinha,
me dando papinha... (...)”
(Ceperj – Procon/Rj – Agente de Proteção e
Defesa do Consumidor – 2012) A função da
linguagem predominante no texto é:
a) emotiva;
b) conativa;
c) referencial;
d) fática;
e) metalinguística.
. Identifique a função ou as funções de
linguagem predominante nos textos que
seguem.
a) A Agência Internacional de Energia
Atômica (AIEA), da ONU, informou neste
domingo (13) que um operário morreu em
um acidente ocorrido com um guindaste e
outros quatro ficaram feridos na usina
nuclear japonesa de Fukushima 2, segundo as
autoridades japonesas. A usina fica perto da
de Fukushima 1, onde ocorreu uma explosão
no sábado eonde as autoridades tentam evitar
um novo acidente. A explosão do sábado
deixou quatro feridos, e outros três se
machucaram em outros incidentes.
http://g1.globo.com/tsunami-no-
pacifico/noticia/2011/03/
b) O verbo infinitivo
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor;
nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então ouvir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no
infinito... (Vinícius de Morais)
c) "Sentia um medo horrível e ao mesmo
tempo desejava que um grito me anunciasse
qualquer acontecimento extraordinário.
Aquele silêncio, aqueles rumores comuns,
espantavam-me. Seria tudo ilusão? Findei a
tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui
espalhar no quintal os fios da gravata. Seria
tudo ilusão?... Estava doente, ia piorar, e isto
me alegrava. Deitar-me, dormir, o
pensamento embaralhar-se longe daquelas
porcarias. Senti uma sede horrível... Quis
ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei
pregado à janela, olhando as pernas dos
transeuntes." (Graciliano Ramos)
d)
Que é poesia?
uma ilha
cercada
de palavras
por todos os lados
Que é um poeta?
um homem
que trabalha um poema
com o suor do seu rosto
Um homem
que tem fome
como qualquer outro
homem.
(Cassiano Ricardo)
e)
22

f)
2) Identifique a função de linguagem
predominante no texto abaixo. Justifique.
3) Leia os textos a seguir:
Texto I
Ser brotinho não é viver em um píncaro
azulado; é muito mais! Ser brotinho é sorrir
bastante dos homens e rir interminavelmente
das mulheres, rir como se o ridículo, visível
ou invisível, provocasse uma tosse de riso
irresistível.
CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho. In:
SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As
cem melhores crônicas brasileiras. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91.
Texto II
Ser gagá não é viver apenas nos idos do
passado: é muito mais! É saber que todos os
amigos já morreram e os que teimam em
viver são entrevados. É sorrir,
interminavelmente, não por necessidade
interior, mas porque a boca não fecha ou a
dentadura é maior que a arcada.
FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In:
SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As
cem melhores crônicas brasileiras. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2005. p. 225.
Os textos utilizam os mesmos recursos
expressivos para definir as fases da vida,
entre eles,
(A) expressões coloquiais com significados
semelhantes.
(B) ênfase no aspecto contraditório da vida
dos seres humanos.
(C) recursos específicos de textos escritos
em linguagem formal.
(D) termos denotativos que se realizam com
sentido objetivo.
(E) metalinguagem que explica com humor o
sentido de palavras
4. (ENEM) - Em uma famosa discussão entre
profissionais das ciências biológicas, em
1959, C. P. Snow lançou uma frase
definitiva: “Não sei como era a vida antes do
clorofórmio”. De modo parecido, hoje
podemos dizer que não sabemos como era a
vida antes do computador. Hoje não é mais
possível visualizar um biólogo em atividade
com apenas um microscópio diante de si;
todos trabalham com o auxílio de
computadores. Lembramo-nos, obviamente,
como era a vida sem computador pessoal.
Mas não sabemos como ela seria se ele não
tivesse sido inventado.
PIZA, D. Como era a vida antes do
computador? OceanAir em Revista n° 1,
2007 (adaptado)
Nesse texto, a função da linguagem
predominante é:
(A) emotiva, porque o texto é escrito em
primeira pessoa do plural.
(B) referencial, porque o texto trata das
ciências biológicas, em que elementos como
o clorofórmio e o computador impulsionaram
o fazer científico.
23
(C) metalinguística, porque há uma analogia
entre dois mundos distintos: o das ciências
biológicas e o da tecnologia.
(D) poética, porque o autor do texto tenta
convencer seu leitor de que o clorofórmio é
tão importante para as ciências médicas
quanto o computador para as exatas.
(E) apelativa, porque, mesmo sem ser uma
propaganda, o redator está tentando
convencer o leitor de que é impossível
trabalhar sem computador, atualmente.
Reconheça nos textos a seguir, as funções da
linguagem:
também o uso de pontos de exclamação e
interjeições. Bons exemplos da
função ______________________________
_________ são textos líricos.
5. Ocorre quando o canal é posto em
destaque. O interesse do emissor ao emitir a
mensagem é apenas testar o canal, o que tem
o mesmo valar de um aceno com a mão, com
a cabeça ou com os olhos. Exemplos típicos
da
função ______________________________
________são: "alô", "pronto", "oi", "tudo
bem?" "boa tarde", "sentem-se", etc.

6. Ocorre quando a própria mensagem é

1. Ocorre quando o referente é posto em posta em destaque, ou seja, chama-se a
destaque, ou seja, o objetivo do emissor é atenção para o modo como foi organizada a
simplesmente o de informar o seu receptor. A mensagem. Bons exemplos da
ênfase é dada ao conteúdo, às informações função ______________________________
veiculadas pela mensagem. Os textos desta ______________ são textos literários, tanto
linguagem são dotados de objetividade, uma em prosa quanto em verso.
vez que procuram traduzir ou retratar a
realidade. Bons exemplos da função 7. “O risco maior que as instituições
____________________________________ republicanas hoje correm não é o de se
são os textos jornalísticos e científicos. romperem, ou serem” rompidas, mas o de
não funcionarem e de desmoralizarem de vez,
paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito
2. Ocorre quando o receptor é posto em covarde de acomodação e da complacência.”
destaque, ou seja, a linguagem se organiza no (O Estado de São
sentido de convencer o receptor. Neste tipo Paulo) ____________________________
de função é comum o emprego de verbos no
imperativo e verbos e pronomes na 2° ou na Assinale a alternativa que apresenta a função
3° pessoas. Bons exemplos da da linguagem no texto abaixo (pode ser mais
função ______________________________ de uma):
_____são os textos de publicidade e Dê-me um cigarro
propaganda. Diz a gramática
Do professor e do aluno
3. Ocorre quando o código é posto em E do mulato sabido
destaque, ou seja, usa-se o código linguístico Mas o bom negro e o bom branco
para transmitir aos receptores reflexões sobre Da Nação Brasileira
o próprio código linguístico. Bons exemplos Dizem todos os dias
da Deixa disso camarada
função ______________________________ Me dá um cigarro
________ são as aulas de línguas, gramáticas
e o dicionário. (Oswald de Andrade)
A) Metalinguística
4. Ocorre quando o emissor é posto em B) Referencial
destaque, ou seja, a mensagem está centrada C) Fática
na expressão dos sentimentos do emissor. É D) Poética
um texto pessoal, subjetivo. É comum o uso E) Conativa
de verbos e pronomes em 1° pessoa e

24
 Assinale a opção que apresenta a função da
linguagem predominante nos fragmentos a
seguir:
Sentavam-se no que é de graça: banco de
praça pública. E ali acomodados, nada os
distinguia do resto do nada. Para a grande
glória de Deus.
Ele: – Pois é.
Ela: – Pois é o quê?
Ele: – Eu só disse pois é.
Ela: – Mas “pois é” o quê?
Ele: – Melhor mudar de conversa porque
você não me entende.
Ela: – Entender o quê?
Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar
de assunto e já.
A) Poética
B) Fática
C) Referencial
D) Emotiva
E) Conativa
CAPÍTULO VII
FONOLOGIA - UFPB
FONOLOGIA
Fonologia: é o estudo dos sons da língua.
Essa é a parte da gramática que investiga a
sua capacidade de combinação e de distinção.
Fonema: é a menor unidade sonora distintiva
da palavra.
Letra: é a representação gráfica do fonema.
Uma letra pode representar mais de um
fonema ou apenas auxiliar na produção de
um som. Vejamos: a letra X pode representar
diferentes fonemas (sons). Enxame (som de
X), exame (som de Z), fixo (som de KS).
Letra diacrítica: é aquela que não é
pronunciada, mas auxilia na emissão do som.
Por exemplo: queijo. O “u” não é
pronunciado, mas compõe a palavra.
Cuidado: em “água” o “u” é pronunciado,
logo não se trata de uma letra diacrítica.
Nem sempre uma palavra apresenta a mesma
quantidade de letras e fonemas. Observe:
Hoje: 4 letras e 3 fonemas. (o h não é
pronunciado)
Táxi: 4 letras e 5 fonemas (o x tem som de
ks)
Dígrafo e Dífono
Dígrafo: ocorre quando se utiliza duas letras
para a emissão de apenas um fonema. Ex:
carro. Note que apenas um som é emitido. O
segundo “R” é o que chamamos de letra
diacrítica.
O dígrafo pode ser classificado de duas
formas:
 Consonantal: gu,qu,ch, lh, nh, rr, ss,
sc, sç, xc, xs.
Ex: guerra, queda, chave, lhama, nhoque,
arrastão, assar, nascer, cresça, excitação,
exsudar.
 Vocálicos ou nasais: a, e, i, o, u
acompanhados de M ou N na mesma
sílaba.
Cuidado!!
Quando o M e o N são utilizado após as
vogais, nasalizando-as, não são considerados
fonemas nem consoantes. Estas letras
funcionam como marca de nasalização, como
se fossem um til (~).
Se as palavras se encerrarem em –AM, -EM,
-EM(S) não serão dígrafos vocálicos, mas
sim ditongos decrescentes nasais.
Classificação dos fonemas
Classificam-se os fonemas em: vogais,
semivogais e consoantes.
Vogais
São fonemas produzidos sem a obstrução da
passagem do ar. Apresentam tonicidade mais
forte do que as semivogais. São o centro de
25
toda sílaba. Podem ser orais (timbre aberto
ou fechado) ou nasais (indicadas pelo ~, m,
n). As vogais são A, E, I, O, U, que podem
ser representadas pelas letras abaixo. Veja:
A: casa (oral), cama (nasal)
E: hélio (oral), estrada (oral, timbre fechado),
centro (nasal)
I: amigo (oral), índio (nasal)
O: pode (oral), olho (oral, timbre fechado),
longe (nasal)
U: saúde (oral), untar (nasal)
Y: hobby (oral)
Obs: Os fonemas vocálicos representados
pelas letras E e O são pronunciados,
respectivamente, como I e U quando
terminam palavra: pente (penti); ovo (ovu).
No Sul do país, a pronúncia alterna. Outra
informação importante: sempre que o acento
agudo ou circunflexo estiver em cima de E, I,
O, U, tais fonemas serão vogais; o A é
sempre vogal!
Semivogais
Os fonemas semivocálicos (ou semivogais)
têm som de I e U (apoiados em uma voga, na
mesma sílaba). Apresentam tonicidade menor
que as vogais. São representados pelas letras
I, U, E, O , M, N, W, Y.
Atenção!
Celso Cunha, Sacconi e outros gramáticos
consideram a letra L uma semivogal em fim
de sílaba (saL, maL, soL, aLto...) por ter som
de U. Vale lembrar, entretanto, que nesses
casos, no Sul do Brasil, o L é pronunciado
como L mesmo.
Consoantes
São fonemas nos quais há interferência de um
ou mais órgãos do aparelho fonador (boca,
dentes, língua, lábios). Com exceção das
vogais, todas as demais letras representam os
fonemas consonantais.
Sílaba
É o fonema ou o grupo de fonemas
pronunciados num só impulso expiatório.
Não existe sílaba sem vogal e apenas uma
vogal pode constituir, sozinha, uma sílaba.
As palavras classificam-se, quanto ao número
de sílabas, em:
 Monossílabas: quando apresentam
apenas uma vogal, uma sílaba. Ex:
mão.
 Dissílabas: quando apresentam duas
vogais, duas sílabas. Ex: man-ga.
 Trissílabas: quando apresentam três
vogais, três sílabas. Ex: man-guei-ra
 Polissílabas: quando apresentam
mais de três vogais ou mais de três
sílabas. Ex: pa-ra-le-le-pí-pe-do.
Dica: se houver acento agudo ou circunflexo,
eis onde se encontra a sílaba tônica da
palavra.
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras
podem ser classificadas em:
 Oxítonas (última sílaba tônica):
condor.
 Paroxítonas (penúltima sílaba
tônica): rubrica.
 Proparoxítonas (antepenúltima
sílaba tônica): lâmpada.
Encontros vocálicos
É o contato entre os fonemas vocálicos.
Classificam-se em:
Hiato
É o encontro de duas vogais, que devem
permanecer em sílabas separada, pois só pode
haver uma vogal por sílaba.
Ex: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ú, ca-a-tin-ga, ru-im
Ditongo
Existem dois tipos: crescente ou decrescente
(oral ou nasal).
Crescente (SV + V, na mesma sílaba):
26
Ex.: magistério (oral), série (oral), várzea
(oral), quota (oral), quatorze (oral), enquanto
(nasal), cinquenta (nasal), quinquênio
(nasal)...
Decrescente (V + SV, na mesma sílaba):
Ex.: item (nasal), amam (nasal), sêmen
(nasal), cãibra (nasal), caule (oral), ouro
(oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade
(oral)...
Cuidado!!!
1) Os ditongos não são separados, mas os
crescentes finais (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -
ua, -ue, -uo) são vistos pela NGB
(Nomenclatura Gramatical Brasileira) e por
muitos gramáticos como possíveis hiatos de
palavras proparoxítonas acidentais, ou
eventuais. Por exemplo: his-tó-ria
(paroxítona/ditongo crescente) ou his-tó-ri-a
(proparoxítona/hiato). Em concurso, é
comuníssima a primeira análise, ou seja, áu-
rea, plúm-beo, ca-lú-nia, sé-rie, colégio, má-
goa, á-gua, tênue, tríduo.
2) Palavras terminadas em -am (verbo), -em
(verbo ou não verbo), -en (nome), -en(s)
(verbo ou não verbo) apresentam ditongo
decrescente nasal (também chamado de
ditongo fonético). Exemplo: dançam (= ãu),
bebem (= ẽi), sem (= ẽi), glúten (= ẽi),
conténs (= ẽi), hifens (= ẽi)...
Mesmo com sufixo, o ditongo se mantém:
trenzinho, vintenzinho...
3) A palavra muito apresenta um ditongo
decrescente nasal apesar da ausência de
marca de nasalização. A Língua Portuguesa
apresenta outras palavras assim: Elaine,
andaime, plaino, açaima (do verbo açaimar),
Roraima (também existe a pronúncia
Roráima), etc.
Tritongo
O tritongo é a união de SV + V + SV na
mesma sílaba; pode ser oral ou nasal.
Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral),
enxáguem (nasal), averiguou (oral),
deságuam (nasal), aguei (oral)...
Cuidado!!!
1) O M dos exemplos de tritongo é uma
semivogal. Logo, não pense que, em
enxáguem e deságuam, os encontros UEM e
UAM formam ditongos crescentes nasais.
São tritongos: SV+V+SV.
2) Há duas palavras perigosas: se-quoi-a e
ra-diou-vin-te. Há tritongo nelas!
Encontros Consonantais
É a sequência de consoantes numa
palavra. Classificam-se em: perfeitos
(mesma sílaba) e em imperfeitos (sílabas
distintas). Geralmente, os encontros
consonantais perfeitos apresentam consoante
+ l ou r.
Ex.: Flamengo (perfeito) > Fla-men-go
Vasco (imperfeito) > Vas-co
Obs.: Não confunda encontro consonantal
com dígrafo consonantal! Exemplo: campo (o
M nasaliza a vogal anterior; não é consoante,
é só uma marca de nasalização; não forma
encontro consonantal com P!).
Separação Silábica
Trata da adequada separação das sílabas
de uma palavra. Lembre-se: toda sílaba tem
de apresentar uma vogal.
Separam-se
Os hiatos: va-ri-a-do, pa-ra-í-so, ru-í-na, cu-
ri-o-so, ál-co-ois (ou al-coóis)...
Os dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc, xs): car-rei-ra,
cas-sa-ção, nas-cer, des-ça, ex-ces-so.
Os encontros consonantais que não iniciam
imediatamente as palavras (pç,bd, cc, cç, tn,
bm, bst, bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.):
op-ção, ab-di-car, oc-ci-pi-tal,fic-ção, ét-ni-
co, sub-me-ter, abs-tra-to, ob-ten-ção, trans-
por-te, in-tac-to, ap-ti-dão, ins-pi-rar,
cons-pur-car, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra, am-
né-sia, ab-rup-to...
Obs.: Quando a palavra for seguida de um
conjunto de consoantes, separar-se-á a última
da penúltima: tungs-tê-nio, felds-pa-to, sols-
tí-cio, pers-pi-caz...
Cuidado: quart-zo, me-tem-psi-co-se.
A última consoante dos prefixos (bis, dis,
sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), quando
seguida de vogal, junta-se a ela: bi-sa-vó, di-
sen-te-ri-a, su-bem-pre-go, ci-sal-pi-no, tran-
sa-tlân-ti-co, su-pe-res-pe-ci-al, e-xan-gue,
in-te-res-ta-du-al...
Obs.: É preciso atenção quando uma palavra
PARECE ter prefixo. Exemplo: suboficial
27
(a palavra oficial existe, logo “sub” é prefixo; -conduto para que o militar não
assim: su-bo-fi-ci-al), mas sublime (a palavra fosse.................................................................
lime não existe, logo “sub” pertence ao ...........
radical, não é prefixo; assim: su-bli-me).
Não se separam Questões
Ditongos e tritongos: a-rac-nói-de-o
(proparoxítona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to, 1. (NCE/UFRJ – TRE/RJ – Auxiliar
pleu-ra, bai-xa, cou-ro, gra-tui-to, men-tiu, Judiciário – 2001) O item abaixo que
a-guen-tar, bai-a-no, coi-o-te, fei-o-so, plêi- apresenta erradamente uma separação de
a-de, Cui-a-bá,boi-a-da, U-ru-guai, i-guais, sílabas é:
en-xa-guou... a) trans-o-ce-â-ni-co;
Obs.: Muitos dicionários divergem quanto à b) cor-rup-te-la;
separação do encontro vocálico –io no meio c) sub-li-nhar;
da palavra; analisam ora como ditongo, ora d) pneu-má-ti-co;
como hiato (ambas as formas estão e) e-co-no-mi-a.
adequadas, por falta de consenso). Exemplo:
fi-sio-te-ra-pi-a (ou fi-sio-te-ra-pi-a). 2. (FGV – SPTRANS – Especialista em
Dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, ba-nhei- Transportes – 2001) Assinale a alternativa
ra, mar-cha, quei-jo, guer-ra... em que o x representa fonema igual ao de
Encontros consonantais perfeitos no início “exame”.
de palavras, normalmente: gno-mo, mne-mô- a) exceto.
ni-co, pneu-má-ti-co, psi-có-lo-go, pro-ble- b) enxame.
ma, cni-dá-rio... c) óxido.
A última consoante dos prefixos (bis, dis, d) exequível.
sub, cis, trans, super, ex, inter etc.), se
seguida de consoante, não formará nova 3. (Vunesp – Prefeitura de São Paulo –
sílaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-dân-cia, Auxiliar de Zoonoses – 2002) Assinale a
subli-nhar (cai muito em prova!), cis-pla-ti- alternativa em que as sílabas de todas as
no, trans-por-tar, su-per-ho-mem, ex-car-ce- palavras estão separadas corretamente.
rar, in-terna-cio-nal... a) fi-ngem, no-rte, con-fu-nde.
Cuidado!!! b) ex- pres- são, lín-gua, fo-ra.
A translineação silábica trata da separação c) ali-men-tar, vi-vos, ga-mbá.
das sílabas de uma linha para outra em um d) qu-an-do, a-ta-ca-dos, i-sso.
texto formal, como em uma Redação Oficial.
Seguem as normas gramaticais estabelecidas 4. (FUNDEC – TJ/MG – Oficial de Justiça
para a divisão silábica em uma redação: – 2002) Todas as palavras a seguir
1) Deve-se evitar que a sílaba constituída de apresentam o mesmo número de sílabas e
vogal fique isolada no fim ou no início de são paroxítonas, EXCETO:
linha: úmi-do, e não ú-mido. a) gratuito;
2) Deve-se evitar que a translineação b) silencio;
provoque a ocorrência de palavras chulas ou c) insensível;
inadequadas: apósto-lo, e não após-tolo; d) melodia.
dispu-ta, e não dis-puta.
O Novo Acordo Ortográfico recomenda, por 5. (FUNDEC – TJ/MG – Oficial de Justiça
clareza gráfica, quando o hífen de palavra – 2002) Assinale a alternativa
composta, ou com prefixo, coincidir com o INCORRETA quanto à descrição da
fim de linha, repeti-lo no início da linha palavra.
seguinte: a) distinguir: um encontro consonantal e
.......................A defesa pleiteou no pedido de dois dígrafos.
habeas corpus a expedição de salvo- b) cinquentão: dois encontros
consonantais, um ditongo crescente e um
ditongo decrescente.

28
c) quiproquó: dois ditongos crescentes e
um encontro consonantal.
d) antiguidade: dois dígrafos e nenhum
ditongo.
6. (FUNDEC – TJ/MG – Oficial de Justiça
– 2002) Assinale a alternativa CORRETA
quanto à divisão silábica, à ortografia e à
análise da estrutura fonética da palavra em
destaque.
a) se-ri-ís-si-mo – vocábulo proparoxítono,
com um hiato e um dígrafo.
b) ar-rit-mia – vocábulo oxítono, com
dois encontros consonantais e um ditongo
crescente.
c) flu-i-dos – vocábulo paroxítono, com
um encontro consonantal e um hiato.
d) pre-ten-ci-o-so – vocábulo paroxítono,
com um encontro consonantal, um dígrafo
e um hiato.
7. (FUMARC – BHTRANS – Assistente
Administrativo – 2003) Ambas as palavras
contêm exemplo de dígrafo em:
a) questionário/recursos;
b) perspectiva/descer;
c) bairro/maravilhosa;
d) passividade/telespectador.
8. (FUMARC – Câmara Municipal de
Ouro Preto – Advogado – 2004) Ambas as
palavras contêm exemplo de dígrafo em:
a) magma/massa;
b) nascer/exceto;
c) seccional/barro;
d) afta/minha.
9. (Cesgranrio – Assembleia
Legislativa/TO – Auxiliar Legislativo
(Manutenção e Conservação) – 2005) Há
ERRO na separação silábica da palavra:
a) a-ver-me-lha-do;
b) pi-co-lé;
c) Ro-ra-i-ma;
d) nu-tri-ti-vo;
e) sil-ves-tre.
10. (IPAD – COMPESA – Operador de
Sistemas – 2006) Analise a divisão silábica
das palavras abaixo.
1. convicção – con-vic-ção.
2. abstrato – ab-stra-to.
3. transparência – tran-spa-rên-ci-a.
4. nascimento – nas-ci-men-to.
Estão corretas:
a) 1, 2, 3 e 4.
b) 1 e 4, apenas.
c) 2 e 3, apenas.
d) 1, 3 e 4, apenas.
e) 2, 3 e 4, apenas.
11. (FEPESE – Prefeitura de Balneário de
Camboriú – Arquiteto – 2008) Observe a
frase, retirada do
texto:
Entreabri os olhos e deparei com uma
quantidade enorme de cascalho e areia.
Coloque dentro dos parênteses (coluna 2) o
número que corresponda à classificação
correta dos
conjuntos destacados, de acordo com a
coluna 1 (não é permitido repetir qualquer
número).
Coluna 1 Coluna 2
1. hiato ( ) abri
2. ditongo decrescente ( ) olhos
3. ditongo crescente ( ) quantidade
4. grupo consonantal ( ) deparei
5. dígrafo ( ) entreabri
Assinale agora a resposta que apresenta a
sequência correta, de cima para baixo.
a) 1 – 4 – 3 – 2 – 5.
b) 4 – 5 – 3 – 1 – 2.
c) 4 – 5 – 3 – 2 – 1.
d) 5 – 4 – 3 – 2 – 1.
e) 5 – 4 – 2 – 3 – 1.
12. (Cespe/UnB – UEPA – Auxiliar de
Laboratório – 2008) Assinale a opção em
que as palavras apresentam,
em sequência, ditongo / hiato / ditongo.
a) outra / comeu / coisa.
b) comeu / chorou / rainha.
c) diante / muito / teus.
d) meus / piavam / pai.
13. (Cespe/UnB – SGA – Auxiliar de
Serviços Gerais – 2008) A letra x, em
encaixar, representa o mesmo som que em
asfixia, engraxar e luxo.
( ) CERTO
( ) ERRADO
29
14. (Cespe/UnB – SEBRAE/BA –
Assistente – 2008) A seguinte separação de
palavras polissílabas do texto está correta:
tes-tos-te-ro-na; neu-ro-lo-gis-ta; pu-dés-
se-mos; sa-be-rí-a-mos.
( ) CERTO
( ) ERRADO
15. (Cespe/UnB – CEHAP – Auxiliar de
Serviços Administrativos – 2009) Assinale
a opção que apresenta o vocábulo
classificado inadequadamente quanto ao
número de sílabas.
a) acredito – polissílabo.
b) comigo – trissílabo.
c) Rosinha – dissílabo.
d) eu – monossílabo.
16. (AOCP – Câmara de Paranavaí –
Procurador – 2010) Assinale a alternativa
correta quanto ao que se afirma a seguir.
a) Na palavra humanos, há 7 letras e 7
fonemas.
b) Na palavra balança, há 7 letras e 7
fonemas.
c) Na palavra guerra, há 6 letras e 4
fonemas.
d) Na palavra campanha, há 8 letras e 7
fonemas.
e) Na palavra terras, há 6 letras e 6
fonemas.
17. (AOCP – Câmara de Paranavaí –
Procurador – 2010) Assinale a alternativa
INCORRETA quanto ao que se afirma a
seguir.
a) Na palavra detalhamento, há,
respectivamente, um dígrafo consonantal e
um dígrafo vocálico.
b) Na palavra promessas, há,
respectivamente, um encontro consonantal
e um dígrafo consonantal.
c) Na palavra revanchismo, há,
respectivamente, um dígrafo vocálico e um
dígrafo consonantal.
d) Na palavra discussões, há,
respectivamente, um dígrafo consonantal e
um dígrafo consonantal.
e) Na palavra programa, há,
respectivamente, um encontro consonantal
e um encontro consonantal.
18. (AOCP – Prefeitura Municipal de
Camaçari – Procurador Municipal – 2010)
Assinale a alternativa em que todas as
palavras são proparoxítonas.
a) documentos, dirigentes, pesquisadora.
b) públicas, pedagógico, física.
c) adicionais, levantamento, atividades.
d) contador, eliminados, escolas.
e) gestores, concentrassem, sistema.
19. (AOCP – Prefeitura Municipal de
Camaçari – Procurador Municipal – 2010)
Assinale a única alternativa que apresenta
apenas um encontro vocálico.
a) relatórios.
b) violência.
c) regionais.
d) reuniões.
e) funcionários.
20. (Consulplan – Assessor Legislativo –
2010) Na palavra “barriga” há ocorrência
de:
a) encontro vocálico;
b) tritongo;
c) dígrafo;
d) hiato;
e) ditongo crescente.
21. (Consulplan – Assistente
Administrativo – 2010) Assinale a
alternativa em que a palavra sublinhada é
um ditongo oral crescente:
a) Você não contribuiu para a
contaminação da água.
b) Após as chuvas, a cidade está um caos.
c) ... o processo inteiro passou por critérios
de proteção ao meio ambiente.
d) ... os alimentos da estação costumam ser
mais bonitos e gostosos.
e) A proteína é necessária para o
organismo.
22. (Consulplan – Assistente
Administrativo – 2010) Dadas as palavras
com separação silábica:
1. plás–ti–co.
2. con–tri–bu–ir.
3. a–va–liar.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) palavra(s):
a) 1.
b) 2.
30
c) 3. c) apenas em III e IV;
d) 1 e 3. d) apenas em I e IV.
e) 1 e 2.
27. (CEPERJ – SEAP/RJ – Inspetor de
23. (Consulplan – Profissional de Área Segurança e Administração Penitenciária –
Técnica (PRAT) – 2011) A palavra 2012) Na palavra “fazer”, notam-se 5
“horrores” apresenta: fonemas. O mesmo número de fonemas
a) ditongo; ocorre na palavra da seguinte alternativa:
b) dígrafo; a) tatuar.
c) tritongo; b) quando.
d) encontro vocálico; c) doutor.
e) hiato. d) ainda.
e) além.
24. (Consulplan – Técnico em Informática
– 2011) “Por trás de um pequeno homem 28. (QUADRIX – CFP – Analista Técnico
talvez exista uma mulherzinha de nada.” (Psicologia) – 2012) Sobre a palavra
As palavras destacadas apresentam, “pessoa”, analise as seguintes informações:
respectivamente: I. Não possui dígrafos ou hiatos.
a) encontro vocálico / dígrafo / encontros II. É uma paroxítona.
vocálicos; III. É trissílaba.
b) hiato / dígrafo / encontros consonantais; Está correto o que se afirma em:
c) encontro consonantal / ditongo / a) somente I e II;
dígrafos; b) somente II e III;
d) tritongo / ditongo / dígrafos; c) somente I e III;
e) encontro consonantal / dígrafo / d) todas;
dígrafos. e) nenhuma.

25. (AOCP – CISMEPAR – Auxiliar de Gabarito:

Serviços Gerais – 2011) Assinale a
alternativa INCORRETA quanto ao 1. A
número de sílabas. 2. B
a) Redução (trissílaba). 3. B
b) Acontece (polissílaba). 4. A
c) Hipertensão (polissílaba). 5. B
d) Lei (monossílaba). 6. A
e) Saúde (dissílaba). 7. C
8. B
26. (FUMARC – Prefeitura de Nova 9. C
Lima/MG – Estagiário de Técnico em 10. B
Administração – 2012) Considere estes 11. C
grupos de palavras: 12. D
I. co – lé – gi – o; bra – si – le – i – ras; as 13. Errado
– pe – ctos. 14. Certo
II. e – nig – ma; pror – ro – gar; ca – ná – 15. C
rio. 16. C
III. due – lo; mi – ú – do; su – bli – nhar. 17. D
IV. in – con – tes – tá – vel; eu – ro – pei – 18. B
a; i – guais. 19. A
A correta divisão silábica de todas as 20. C
palavras pode ser observada: 21. A
a) apenas em II; 22. E
b) apenas em II e IV; 23. B

31
 24. E
25. E Caderno, provas, apostila, caneta, sucesso.
26. B
27. B Já nesta série, as palavras possuem devem ser
28. B escritas com um acento gráfico.
CAPÍTULO VIII
ACENTUAÇÃO GRÁFICA – UFPB E IFPB
1. Acento tônico x acento gráfico
Existem apenas três acentos na língua
portuguesa: circunflexo (^), agudo (´) e grave
(`), sendo este indicativo de crase, a qual será
estudada em um capítulo à parte. Os demais
são sinais, a saber:
- Til - Obs: o til não é acento. É índice de
nasalização das vogais a e o. Exemplo:
manhã.
- Cedilha: indica que o C tem som de SS.
Ex: A lei da ação e da reação.
- Apóstrofo: indica a supressão de uma
vogal.
Ex: Traga-me um copo d’água.
- Trema: marca a semivocalização do u nos
grupos gue, gui, que, qui; na nova ortografia,
só é usado em palavras estrangeiras.
Ex.: Linguiça, aguenta e quinquênio; Müller,
mülleriano, Bündchen, Hübner, hübneriano,
Schönberg...
– Hífen: marca a união de vocábulos, a
ênclise, a mesóclise e a separação das sílabas.
Ex.: Água-de-colônia, hiper-realista, vê-lo,
dar-te-ei, vai-da-de...
Muitas são as palavras na nossa língua que
exprimem uma maior tonicidade em
determinada sílaba. Essa intensidade sonora
pode ser expressa através do acento tônico
ou do acento gráfico.
As palavras a seguir possui uma vogal que se
pronuncia com maior força, mas nenhuma
destas são marcadas com acento gráfico:
Médico, avô, língua, bebê.
2. Classificação das palavras pela
posição da vogal tônica
Quanto à posição da silaba tônica, as palavras
podem ser classificadas em:
a) Oxítona: vogal tônica na última
sílaba.
Exemplo: pincel
b) Paroxítona: vogal tônica na
penúltima sílaba
Exemplo: Caneta
c) Proparoxítona: vogal tônica na
antepenúltima sílaba.
Exemplo: Fonética
ENCONTROS VOCÁLICOS
Regra geral: Não existe sílaba sem vogal
nem sílaba com mais de uma vogal. Na
palavra pai temos uma vogal (A) e uma
semivogal = I. O “A” sempre será vogal.
Sendo assim, o número de sílabas deve ser
igual ao número de vogais.
Relembrando:
Ditongo: é o encontro de uma vogal + uma
semivogal, ou vice-versa.
Ditongo crescente: é o encontro de uma
semivogal + vogal
Ditongo decrescente: é o encontro de uma
vogal + semivogal
Tritongo: é a união de SV + V + SV
Hiato: é o encontro de duas vogais (separam-
se)
Regras de acentuação gráfica
32
Monossílabos tônicos Ex: Maracujá(s), café(s), você(s), avô, avós,
alguém, parabéns.

Acentuam-se os monossílabos tônicos Quando se juntam a pronomes oblíquos, há

terminados em A(S), E(S), O(S). Se têm verbo em que a regra de acentuação dos
timbre fechado, recebem acento circunflexo; monossílabos tônicos ou de vocábulos
se têm timbre aberto, recebe acento agudo. oxítonos aplica-se a eles. Observe:

Pá, vê, nó, já, pés, nó, nós. Dar + os = dá-los

Cuidado!!!
1) Monossílabas átonas não são acentuadas,
porque não apresentam autonomia fonética e
porque se apoiam em uma palavra.
Geralmente apresentam modificação
prosódica dos fonemas:
Ex.: “O (=U) garoto veio de (=di) carro.”
São elas: artigo (o, a, os, as, um, uns),
pronome oblíquo átono (o, a, os, as, lo, la,
los, las, no, na, nos, nas, me, te, se, nos, vos,
lhe, lhes e contrações), pronome relativo
(que), pronome indefinido (que; quando não
está acentuado), preposição (a, com, de, em,
por, sem, sob e contrações, como à, do, na...),
conjunção (e, nem, mas, ou, que, se),
advérbio (”não”; antes do verbo) e formas
de tratamento (dom, frei, são e seu).
2) Cuidado com o pronome
indefinido/interrogativo “quê” em fim de
frase ou imediatamente antes de pontuação.
Vem sempre acentuado. O substantivo (assim
como a interjeição) “quê” também é sempre
acentuado.
Ex.: Você estava pensando em quê? / Ela tem
um quê de mistério. / Quê! Você não viu?!
3) Quando se vai acentuar uma palavra
conforme determinada regra, ignoram-se os
pronomes oblíquos átonos, ou seja, eles não
são contados como sílaba – sendo a palavra
monossílaba ou não.
Ex.: dá-lo, vê-los, comprá-las, mantém-no,
constituí-los...
Anotar + as = anotá-las
Ver + o = vê-lo
Decompor + as = decompô-las.
Reitero: Quando se vai acentuar um verbo
oxítono, ignoram-se os pronomes oblíquos
átonos ligados a ele. Ex.: comprá-las, revê-lo,
mantém-no... (oxítonas terminadas,
respectivamente, em -a, -e e -em).
* Cuidado com “axe”, pronuncia-se “akse”,
que significa “ferida” ou “eixo”.
PAROXÍTONOS
São acentuados os paroxítonos terminados
em I(S), U(S), L, N, R, X, OS, ON, Ã(S),
ÃO(S), OM, NOS, UM, UNS, ditongo
(seguido ou não de s)
Ex: táxi, grátis, bônus, visível, hífen,
repórter, tórax, bíceps, órfã(s), elétron,
álbum, álbuns, água(s), jóquei(s).
Cuidado!!!
1) A palavra hífen é acentuada por ser
paroxítona terminada em -n. Já hifens não é
acentuada por terminar em -ens. É bom dizer
que palavras terminadas em -n têm dois tipos
de plural (com -s ou -es), podendo, então, ser
pluralizadas como proparoxítonas: hífenes,
pólenes, abdômenes... Estas formas
(hífen/hifens/hífenes), assim como outras
terminadas em –em ou -n, você deve manter
a atenção!

OXÍTONOS PROPAROXÍTONAS

São acentuados os vocábulos terminados em São acentuadas TODAS as palavras

EM, ENS, A(S), E(S), O(S). Vogais de proparoxítonas.
timbre aberto = acento agudo. Timbre
fechado = acento circunflexo. Médico, árvore, súplica, matemática,
gramática.

33
HIATO
Acentuam-se o “i” e o “u” tônicos que
formam hiato com a vogal anterior e estão
sozinhos na sílaba ou acompanhados de “s”.
Nas mesmas condições, não serão acentuados
os vocábulo se depois deles vier “nh”.
Ex: juízo, raízes, saída, graúdo, baú, baús.
Devido à presença do “nh” não se acentuam
rainha, bainha, moinho.
Também não se acentuam os vocábulos em
que ocorrer hiato com vogais idênticas: xiita,
vadiice, sucuuba, entre outras.
Atenção: não se acentuam o “i” e o “u”
tônicos precedidos de ditongo: feiura,
taoismo, baiuca.
Regra de Acentuação para os Hiatos EEM
e OO
Não se acentuam mais os hiatos O-O e E-EM
(nos verbos crer, dar, ler, ver e derivados).
Ex.: en-jo-o, vo-o, cre-em, des-cre-em, de-
em, re-le-em, ve-em, pre-ve-em...
DITONGOS ÉI, ÉU, ÓI
Acentua-se a letra que representa a vogal
aberta dos ditongos éi, éu, ói, desde que
sejam tônicos e a palavra seja um
monossílabo tônico ou oxítona:
Povaréu, céu, chapéu, anzóis, lençóis, dói,
sóis (plural de sol)
Fique atento!
Conforme o novo acordo ortográfico, não
mais se acentuam os ditongos éi e ói das
paroxítonas. Palavras como assembleia, ideia,
geleia, europeia perderam o acento. Cuidado:
“heroico” perdeu o acento por ser uma
paroxítona, mas “herói” não, pois esta é uma
oxítona.
Acentos diferenciais:
Os acentos diferenciais servem para marcar
algumas distinções de classe gramatical,
pronúncia e/ou sentido entre algumas
palavras.
Não se usa mais o acento que diferenciava os
seguintes pares:
Pára (verbo) / para (preposição): Ele sempre
para para assistir aos jogos de futebol.
2) Péla (verbo) / pela (contração da
preposição per/por + a ): Ela pela as axilas
só pela sexta-feira.
3) Pêlo (substantivo) / pelo (contração da
preposição per/por + o): Os pelos eriçados
do gato costumam passar pelo pé do dono.
4) Pólo (substantivo) / polo (por+o
(arcaísmo) / pôlo (substantivo; filhote de
gavião): Os polos norte e sul são meras
abstrações espaciais, por onde os polos não
voam.
5) Pêra (substantivo) / pera (preposição
arcaica): Pera é uma fruta sem graça.
Cuidado!!!
1) Permanece o acento diferencial em
pôde/pode. Pôde é a forma do passado do
verbo poder (pretérito perfeito do indicativo),
na 3.a pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na
3.a pessoa do singular.
Ex.: Ontem ele não pôde sair mais cedo, mas
hoje ele pode.
2) Permanece o acento diferencial em
pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita
por mim.
3) Permanecem os acentos que diferenciam o
singular do plural dos verbos ter e vir, assim
como de seus derivados (manter, deter, reter,
conter, convir, intervir, advir etc.).
Ele tem duas lanchas. / Eles têm duas
lanchas.
Ele vem de Mato Grosso. / Eles vêm de Mato
Grosso.
Ele mantém sua palavra. / Eles mantêm sua
palavra.
Ele intervém em todas as reuniões. / Eles
intervêm em todas as reuniões.
4) É facultativo o uso do acento circunflexo
para diferenciar as palavras forma/ fôrma,
34
dêmos (presente do subjuntivo) e demos
(pretérito perfeito do indicativo).
5) Não se usa mais o acento agudo no u
tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui,
(eles) arguem, do presente do indicativo do
verbo arguir. Isso vale para o seu composto
redarguir. Não há mais o trema nas formas
desses verbos, obviamente. De acordo com a
antiga ortografia, a escrita era assim: argúis,
argúi, argúem...
6) Há uma variação na pronúncia dos verbos
terminados em -guar, -quar e -quir, como
aguar, averiguar, apaziguar, desaguar,
enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses
verbos admitem duas pronúncias em algumas
formas do presente do indicativo, do presente
do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) Se forem pronunciadas com a ou i tônicos,
essas formas devem ser acentuadas.
Enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua,
enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
Delinquir: delínquo, delínques, delínque,
delínquem; delínqua, delínquas,
delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas
formas deixam de ser acentuadas.
Enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua,
enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
Delinquir: delinquo, delinques, delinque,
delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: No Brasil, a pronúncia mais
corrente é a primeira, aquela com a e i
tônicos.
Questões
1.(Cespe/UnB – Instituto Rio Branco –
Diplomata – 2008) As palavras “líderes”,
“empréstimo”,
“Econômico” e “públicas” recebem acento
gráfico com base na mesma justificativa
gramatical.
( ) CERTO
( ) ERRADO
2. “(...) Foi graças ao acúmulo desses
recursos que o Brasil pôde decretar o fim da
sua dívida externa.
(...)”
(Cespe/UnB – BB – Escriturário – 2008) O
acento circunflexo em “pôde” indica que,
além de a pronúncia da vogal ser fechada,
como em ovo, por exemplo, o verbo está no
pretérito, o que, por sua vez, indica que o fim
da dívida externa foi decretado.
( ) CERTO
( ) ERRADO
3. (Cesgranrio – Prefeitura de Salvador –
Professor de Português – 2010) Quanto à
acentuação gráfica, a relação de palavras em
que todas estão conformes ao atual Acordo
Ortográfico é:
a) família – arcaico – espermatozóide – pólo;
b) epopeia – voo – tranquilo – constrói;
c) troféu – bilíngue – feiúra – entrevêem;
d) decompor – agüentar – apóio – colmeia;
e) linguística – joia – refém – assembléia.
4. (Cespe/UnB – Instituto Rio Branco –
Diplomata – 2010) Julgue o item quanto à
correção gramatical.
Todas as línguas indígenas em terras
brasileiras tem menos de 40 mil falantes,
sendo que a mais forte, a tikúna, falada no
alto Solimões, apenas, ultrapassa os 30 mil.
O aspecto mais grave é que muitas dessas
línguas contam com menos de 1 mil falantes.
( ) CERTO
( ) ERRADO
5. (FUNIVERSA – CEB – Advogado –
2010) Assinale a alternativa em que todas as
palavras são acentuadas
pela mesma razão.
a) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”.
b) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”.
c) “sérios”, “potência”, “após”.
d) “Goiás”, “já”, “vários”.
e) “solidária”, “área”, “após”.
6. (FCC – TRE/AP – Técnico Judiciário –
2011) Entre as frases que seguem, a única
correta é:
a) Ele se esqueceu de que?
b) Era tão ruím aquele texto, que não deu
para distribui-lo entre os presentes.
c) Embora devessemos, não fomos
excessivos nas críticas.
d) O juíz nunca negou-se a atender às
reivindicações dos funcionários.
e) Não sei por que ele mereceria minha
consideração.
35

7. (Cesgranrio – Petrobras – Técnico de
Administração e Controle Jr. – 2011) A frase
em que ocorre
ERRO quanto à acentuação gráfica é:
a) Eles têm confiança no colega da equipe.
b) Visitou as ruínas do Coliseu em Roma.
c) O seu sustento provém da aposentadoria.
d) Descoberta a verdade, ele ficou em maus
lençóis.
e) Alguns ítens do edital foram retificados.
8. (Cesgranrio – Transpetro – Técnico de
Contabilidade Jr. – 2011) Considere a frase
abaixo.
O chefe de vários departamentos identifica a
mudança no cenário da informática.
A palavra identifica pode ser substituída,
mantendo o sentido da sentença, pelo verbo
ver, flexionado de acordo com a norma-
padrão, por:
a) vêm;
b) veem;
c) vem;
d) vê;
e) viram.
9. (Cespe/UnB – TJ/ES – Analista Judiciário
– 2011) Os vocábulos “analítica” e
“teríamos” recebem acento gráfico com base
na mesma regra de acentuação.
( ) CERTO
( ) ERRADO
10. (Cespe/UnB – PC/ES – Delegado de
Polícia – 2011) Os vocábulos “público” e
“caótico”, que foram empregados no texto
como adjetivos, obedecem à mesma regra de
acentuação gráfica.
( ) CERTO
( ) ERRADO
11. (Cesgranrio – SEEC/RN – Professor de
Português – 2011) Conforme o novo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, que só
entrará plenamente em vigor a partir de 1o de
janeiro de 2013, o hífen NÃO deve ser
utilizado em:
a) formas compostas que designam espécies
botânicas e zoológicas, estejam ou não
ligadas por preposição ou qualquer outro
elemento;
b) palavras formadas com o acréscimo de
prefixos como anti-, sub-, em que o segundo
elemento começa por h;
c) palavras formadas por prefixo que termina
na mesma vogal em que se inicia o segundo
elemento;
d) palavras formadas por prefixo terminado
em vogal quando o 2o elemento começa por
r ou s;
e) topônimos iniciados pelos adjetivos grã,
grão.
12. (Cesgranrio – SEEC/RN – Professor de
Português – 2011) Segundo o novo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, “Não se
acentuam graficamente os ditongos
representados por ei e oi da sílaba tônica das
palavras paroxítonas, dado que existe
oscilação em muitos casos entre o
fechamento e a abertura na sua articulação.”.
Segundo essa regra, portanto, as palavras que
eram acentuadas por terem o ditongo aberto
ei ou oi não o são mais. São exemplos dessa
mudança as palavras:
a) assembleia, aldeia, proteico;
b) cadeia, paranoico, introito;
c) heroi, boina, epopeico;
d) heroico, onomatopeico, plateia;
e) jiboia, comboio, papeis.
13. (Funcab – MPE/RO – Analista
(Administração) – 2012) Assinale a
alternativa em que todos os substantivos
devem ser acentuados.
a) lapis – bonus – bainha.
b) serie – aspecto – torax.
c) alcool – moinho – sucuri.
d) urubu – egoismo – magoa.
e) armazem– orgão – carater.
14. (Cespe/UnB – MPE/PI – Cargos de Nível
Médio – 2012) Os verbos “comunicar”,
“ensinar” e “comandar”, quando
complementados pelo pronome a, acentuam-
se da mesma forma que “constatá-las”,
“designá-las” e “elevá-las”.
( ) CERTO
( ) ERRADO
15. (Cesgranrio – CMB – Assistente Técnico
Administrativo – 2012) Algumas palavras
são acentuadas com o objetivo exclusivo de
36
distingui-las de outras. Uma palavra
acentuada com esse objetivo é a seguinte: São muitos os empregos do hífen.
a) pôr. Frequentemente usa-se para unir palavras
b) ilhéu. compostas por justaposição, além de uni-las
c) sábio. através de derivação prefixal e também em
d) também. formas verbais.
e) lâmpada.
Observe:
16. (CEPERJ – Procon/RJ – Advogado –
2012) A palavra do texto que teve sua grafia Fazê-lo Cachorro-quente pré-adolescência
alterada pelo mais recente acordo ortográfico
é: Não raramente, duas ou mais palavras se
a) mídias. unem a fim de compor um novo léxico com
b) álcool. acepção diferente da que elas têm quando
c) trás. separadas.
d) estresse.
e) ideia. Mesa redonda – mesa de formato circular
- Mesa-redonda: reunião, debate
17. (IBFC – Câmara de Franca/SP – Técnico Casca grossa – de larga espessura
em Informática – 2012) Assinale a alternativa - casca-grossa: grosseiro, bruto, ignorante
em que a palavra deve ser obrigatoriamente Criado mudo – empregado que não fala -
acentuada. criado-mudo: móvel de cabeceira
a) Angustia. Pão duro – pão velho
b) Critica. Pão-duro: pessoa sovina, avarento
c) Analise. Copo de leite – recipiente com leite
d) Escritorio. Copo-de-leite: espécie de flor.

Gabarito Empregos do hífen

1. Certo 1) Emprega-se hífen quando a palavra

2. Certo com a qual o prefixo irá se compor
3. B começar por H.
4. Errado
5. A Super-homem Anti-higiênico sub-
6. E humano*
7. E Anti-herói sobre-humano pré-história
8. D
9. Certo *Há palavras que apresentam dupla grafia. É
10. Certo registrado no VOLP (vocabulário ortográfico
11. D da Língua Portuguesa) a forma subumano.
12. D Em caso de dúvidas este é o instrumento
13. E mais indicado para consulta.
14. Certo
15. A Obs: não se usa o hífen em composições que
16. E contenham os prefixos des e in nas quais o
17. D segundo elemento perdeu o h

Desumano desonestidade coerdeiro inábil

CAPÍTULO VIII
EMPREGO DO HÍFEN – UFPB E IFPB

Emprego do hífen

37
 2) Na indicação de ênclise associada a
pronomes oblíquos átonos às formas
verbais
Entregou-me Fi-lo Faça-me
Disse-me Qui-lo
Obs: Não se emprega o hífen nas
locuções verbais com o verbo haver
+ preposição de
Hei de acreditar Há de vencer
haveríamos de fazer
3) Em vocábulos formados por
substantivo+substantivo nos quais
haja indicação de finalidade, tipo ou
forma.
Decreto-lei
Homem-robô
4) Em nomes de lugares (topônimos)
iniciados por “Grã-, grão-“ ou por
forma verbal ou por elementos que
estejam ligados por artigo.
Grã-Bretanha Baía de Todos-os-
Santos Trás-os-Montes
Grão-Pará Entre-os-Rios
5) Nas palavras que designam espécies
botânicas e zoológicas
Couve-flor erva-doce feijão-
verde mico-leão-dourado copo-
de-leite
Formiga-branca bem-me-quer
bem-te-vi
6) Nos compostos formados por “bem”
e “mal”, quando iniciado por vogal
ou pela consoante H
Bem-aventurado Mal-intencionado Mal-
assombrado mal-humorado
Mal-estar bem-estar bem-
humorado mal-educado
Obs: em alguns compostos o advérbio “bem”
aparece aglutinado
Benfazejo benfeito benfeitor
benquerença
7) Quando o vocábulo não iniciar nem
por H nem por vogal não haverá
presença do hífen.
Malformação malcozido malcheiroso
malcriado
8) Nas palavras compostas pelos
prefixos “além, aquém, recém e sem”
Além-mar sem-cerimônia recém-
nascido
Aquém-mar sem-vergonha sem-
número
9) Quando na formação da palavra em
que o prefixo terminar com vogal e o
segundo elemento inicial com a
mesma vogal.
Anti-ibérico Anti-inflamatório
Micro-ondas
Atenção: essa regra não se aplica ao prefixo
re, por isso se escrever sem hífen as palavras
reencontro, reencarnação, reenvio,
reestabelecer, entre outras.
10) Quando a palavra se formar pelo
prefixo circum, e pan e o segundo
elemento começar por vogal, m ou n,
além do h, como já foi mencionado.
Circum-murado pan-americano circum-
navegação
11) Quando a palavra é formada com os
prefixos ex-, pós-, pré-, sota-, soto,
vice-, vizo- utiliza-se hífen.
Ex-diretor Vice-presidente soto-
mestre pré-datado pré-adolescência
Pré-vestibular pós-graduação pré-
natal pós-operatório pró-americano
Vizo-rei
12) Haverá hífen diante do prefixo “sub”
quando este associar-se a vocábulos
que iniciam por b,h ou r. Veja:
38
 Sub-base sub-bibliotecário sub-
humano sub-rogar.
Observação: Se não iniciar por “b, h
ou r”, não ocorrerá hífen:
Submarino, subaquático, subclasse,
subutilizar.
13) Nas construções com sufixo de
origem tupi-guarani com as formas
“Açu, guaçu e mirim” deve-se
empregar o hífen. Exemplos:
“Amoré-guaçu”, “andá-açu”, “Ceará-
mirim”.
Não se emprega hífen:
1) Quando a palavra já perdeu a noção
de composição e o segundo elemento
iniciar por “r” ou “s”, sendo estas
consoantes duplicadas.
Contra+regra = contrarregra
infra+som = infrassom Mini+série
= minissérie
Mini + saia = minissaia
Anti+religioso = antirreligioso
Ultra+romântico = ultrarromântico
auto+suficiente = autossuficiente
Auto+retrato = autorretrato
2) Quando o prefixo terminar com vogal
e o segundo elemento começar com
vogal diferente.
Antieconômico autoescola extraoficial
intraocular hidroelétrico autoestrada
Semiárido extraescolar
3) Em palavras que perderam a ideia de
composição e que são ligadas por
preposição.
Exemplos: Pé de moleque, mão de obra.
4) Nas expressões que contenham NÃO,
desprovido de função adverbial.
Exemplos: a não agressão, o não
conformismo, a não violência, o não linear, a
não ingerência.
Atenção: cuidado com as exceções
consagradas pelo uso. Permanece com
hífen: cor-de-rosa, arco-da-velha, água-
de-colônia, à queima-roupa, ao deus-
dará, pé-de-meia, mais-que-perfeito.
Casos especiais:
a) Nomes de lugares
Ex: Norte-rio-grandense (do Rio
Grande do Norte)
Porto-alegrense (de Porto Alegre)
Sul-mato-grossense (de Mato Grosso
do Sul)
b) Em palavras paralelas ou simétricas
Ex: Centro cultural Brasil-Estados
Unidos
Relação médico-paciente/ professor-
aluno
c) Com ideia de oposição
Duelo fla-flu
Torneio Sul-Sudeste
Atenção: Nos encadeamentos
vocabulares emprega-se o travessão,
e não o hífen:
Rodovia Belém – Brasília Ponte Rio
– Niterói
d) Em datas
João Pessoa, 23-05-2015
Séculos XX-XXI
Questões
1) Assinale a
alternativa incorreta quanto ao emprego
do hífen, respeitando‐se o novo Acordo.
a) O semi‐analfabeto desenhou um
semicírculo.
39
 b) O meia‐direita fez um gol de sem‐pulo
na semifinal do campeonato.
c) Era um sem‐vergonha, pois andava
seminu.
d) O recém‐chegado veio de além‐mar.
e) O vice‐reitor está em estado
pós‐operatório.
2) Segundo o novo Acordo, entre as
palavras pão duro (avarento), copo de
leite (planta) e pé de moleque (doce) o
hífen é obrigatório:
a) em nenhuma delas.
b) na segunda palavra.
c) na terceira palavra.
d) em todas as palavras.
e) na primeira e na segunda palavra.
3) Fez um esforço __ para vencer o
campeonato __. Qual a alternativa completa
corretamente as lacunas?
a) sobreumano ‐ interregional
b) sobrehumano ‐ interregional
c) sobre‐humano ‐ inter‐regional
d) sobrehumano ‐ inter‐regional
e) sobre‐humano ‐ interegional
4)Assinale o item em que o uso do hífen
está incorreto.
a) infraestrutura ‐ super‐homem ‐
autoeducação
b) bem‐vindo ‐ antessala ‐ contra‐regra
c) contramestre ‐ infravermelho ‐ autoescola
d) neoescolástico ‐ ultrassom ‐ pseudo‐herói
e) extraoficial ‐ infra‐hepático ‐ semirreta
5) Uma das alternativas abaixo
apresenta incorreção quanto ao emprego do
hífen.
a) O pseudo‐hermafrodita não tinha
infraestrutura para relacionamento
extraconjugal.
b) Era extraoficial a notícia da vinda de um
extraterreno.
c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias
ultramarinas.
d) O anti‐semita tomou um anti‐biótico e
vacina antirrábica.
e) Era um suboficial de uma superpotência.
6)(EFOA) Assinale a alternativa em que o
emprego do hífen está correto em todos os
casos.
a) Mal-me-quer, anti-térmico,
autocrítica
b) Pós-graduação, protohistória, vice
diretor
c) Supermercado, ultra-jovem, bem-
quisto
d) Proto-história, super-homem, bem-
vindo
e) Neo-latinas, estrada-de-ferro, arco-
íris.
7) (Nelson Schocair) Assinale a alternativa
correta. “Foi um erro _________, pois não
podia comprovar que os _________ fossem
vilões.”
a) Pseudo-histórico; antissocialistas;
b) Pseudohistórico; anti-socialistas;
c) Pseudo-histórico; anti-socialistas;
d) Pseudoistórico; anti-socialistas;
e) Pseudohistórico; antissocialistas.
8) (FDC – Professor de Português II – 2005)
Marque a série em que o hífen está
corretamente
empregado nas cinco palavras:
a) pré-nupcial, ante-diluviano, anti-Cristo,
ultra-violeta, infra-vermelho.
b) vice-almirante, ex-diretor, super-
intendente, extrafino, infra-assinado.
c) anti-alérgico, anti-rábico, ab-rupto, sub-
rogar, antihigiênico.
d) extraoficial, antessala, contrassenso,
ultrarrealismo, contrarregra.
e) co-seno, contra-cenar, sobre-comum, sub-
humano, infra-mencionado.
9. (FCC – TRF (2a R) – Analista Judiciário –
2012) Consideradas as prescrições do Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, em vigor
desde janeiro de 2009, a palavra em que o
hífen foi empregado de modo INCORRETO
é:
a) anti-higiênico;
b) hiper-realista;
c) aquém-fronteiras;
d) bem-visto;
e) anti-semita.
40
 3. CHAMAR
Gabarito
a)verbo transitivo direto = convocar.
1. A
2. E O tenente chamou o batalhão.
3. C
4. B b) verbo transitivo direto ou indireto = dar nome,
5. D apelidar, qualificar, achar.
6. D
7. A Chamei-o idiota.
8. D
9. E Chamei-o de idiota.

Capítulo IX c) verbo transitivo indireto = invocar pedindo

REGÊNCIA VERBAL auxilio ou proteção.
Regência verbal é a relação de dependência, de
subordinação, que se estabelece entre os verbos e A beata chamou por Maria.
seus complementos. Veja agora a regência de
alguns verbos: d) verbo transitivo indireto = fazer gesto ou sinal
para alguém que venha.
1. ASSISTIR
O diretor acabou de chamar por mim.
a) Verbo intransitivo= residir
4. CUSTAR
O empresário assiste em lugar nobre da cidade.
a) Verbo intransitivo= preço, valor.
b) Verbo transitivo indireto = presenciar.
Aquela camiseta custou R$200,00?
Assistimos a uma peça interessante.
b) Verbo transitivo indireto= ser difícil,
c) Verbo transitivo indireto= caber, pertencer. incomodar.

Assiste aos adultos o direito de ir e vir. Custa-me muito entender as tuas razões.

d) Verbo transitivo direto= socorrer, ajudar, Custa-lhe reconhecer um rosto que se aproxima
prestar assistência. sorrindo.

Os bombeiros assistiam os queimados, que eram c) verbo transitivo direto e indireto = acarretar.
retirados do prédio.
O amor custa muito sacrifício ao homem.
2. ASPIRAR
5. PREFERIR
a) Verbo transitivo direto = respirar, sorver,
exalar. a) Verbo transitivo direto= dar preferência.

Aspiramos o ar puro das montanhas. Prefiro as cores escuras.

b) Verbo transitivo indireto = desejar, pretender, b) Verbo transitivo direto e indireto = querer uma
objetivar. coisa à outra.

Os jovens aspiram a um futuro brilhante. Prefiro cinema à novela.

41
6. ESQUECER/LEMBRAR
a) Verbos transitivos diretos = Quando não são
pronominais.
Esqueceu suas luvas.
b) ESQUECER-SE de/LEMBRAR-SE de =
verbos transitivos indiretos (verbo pronominal +
de + objeto indireto):
Esqueceram-se da menina e voltaram para
apanhá-la. (verbo pronominal)
7. PERDOAR – PAGAR
a) Verbos transitivos diretos: com objeto direto =
coisa.
Paguei todas as minhas dívidas.
b) Verbos transitivos indiretos: com objeto
indireto = pessoa.
Sofri muito, mas paguei a meu pai.
c) Verbos transitivos diretos e indiretos: com
objeto direto = coisa e com objeto indireto =
pessoa.
Perdoava aos filhos todos os seus defeitos.
8. VISAR
a) Verbo transitivo direto= mirar ou dar visto.
Macunaíma visou o animal.
O Cônsul visou seu passaporte.
b) Verbo transitivo indireto=ter como objetivo,
pretender, ter em vista.
Ele visa ao cargo de diretor, mas não tem as
mínimas condições para conseguir.
9. QUERER
a) Verbo transitivo direto= desejar.
Queria Marcela mais que qualquer coisa na vida.
b) Verbo transitivo indireto= gostar, estimar.
As freiras queriam muito ao pequeno órfão.
10. NAMORAR
a) Verbo transitivo direto
Ricardo namora Lúcia desde os doze anos.
11. SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR
a) Verbos transitivos indiretos acompanhados da
preposição com.
Ninguém simpatizou com a nova colega.
12. INFORMAR/AVISAR/CERTIFICAR
a) Verbos transitivos diretos e indiretos (admitem
OD “coisa” ou “pessoa", sendo o mesmo para o
OI)
O jornal informou o leitor sobre a greve de
ônibus
O jornal informou a greve de ônibus ao leitor.
13. IMPLICAR
a) Verbo transitivo direto= acarretar, provocar.
A resolução do exercício implica nova teoria.
b) verbo transitivo indireto= ter implicância.
Mamãe sempre implicou com meus hábitos.
c) Verbo transitivo direto e indireto= envolver.
Ele implicou o milionário em maus negócios.
14. PROCEDER
a) Verbo intransitivo= ter fundamento ou portar-
se.
As suas teorias não procedem.
b) verbo transitivo indireto= dar início,
encaminhar, realizar.
O juiz procedeu ao interrogatório.
42

c) Verbo intransitivo= provir de, originar-se.
O português procede do Latim.
15. PRESIDIR
a) verbo transitivo direto ou indireto= dirigir
como chefe, guiar, orientar, nortear.
Ele presidiu o (ao) encontro.
16. MORAR/ RESIDIR
a) verbo intransitivo, mas exige a preposição EM.
Ela mora na Epitácio.
17. CHEGAR
a) verbo intransitivo, mas exige a preposição A
junto à expressão de lugar.
Ele chegou a Paris.
18. IR
a) verbo intransitivo, mas exige a preposição A
junto a expressão de lugar.
Os atletas foram à praia.
19. OBEDECER/ DESOBEDECER
a) verbo transitivo indireto
Obedeça sempre a seus pais.
20. AGRADAR
a) verbo transitivo direto= acariciar.
A menina agradava o cãozinho.
b) verbo transitivo indireto= ser agradável a.
A notícia agradou aos alunos.
EXERCÍCIOS
37. A regência verbal está correta em:
a) Melissa namora Flávio há dois anos;
b) Preciso pagar à conta ainda hoje;
c) Samantha prefere chocolate do que fruta;
d) A firma precisa um funcionário urgentemente;
e) Todos os dias, Lúcia chega na escola atrasada.
38. Assinale a regência verbal incorreta:
a) Prefiro salgado a doce;
b) Aroldo nunca obedece o regulamento da
escola;
c) Visei o passaporte e fui viajar;
d) Esqueci-me do endereço;
e) O piloto não precisou o local do pouso.
39. A regência está correta em:
a) Olavo namora com Isabela;
b) Vou pagar ao dono da padaria;
c) Cheguei na escola às 8h;
d) Assistimos o jogo de vôlei pelo canal aberto;
e) O filme agradou o público.
40. Observe as ocorrências:
I. Assiste ao coordenador organizar o
planejamento.
II. Há dois meses ela assiste em novo endereço.
III. O fisioterapeuta assistiu o jogador até a sua
recuperação.
IV - Assisti ao desenho animado com meu filho.
Quanto à regência verbal, podemos dizer que:
a) São corretas as quatro construções;
b) São corretas a III e a IV apenas;
c) São corretas a I e a IV apenas;
d) É correta apenas a IV;
e) Todas são incorretas.
41. Onde há erro de regência verbal?
a) Ele já presidiu o Senado;
b) O gerente visou o cheque;
e) Quero bem a todos;
d) O gerente do banco atendeu o cliente;
e) Aspirei ao pó dos móveis.
42. (IBFC-2008) Considere as orações:
I. Lembramos os bons momentos.
II. Lembramo-nos dos bons momentos.
De acordo com a norma culta:
a) somente I está correta;
b) somente II está correta;
c) I e II estão corretas;
d) Nenhuma está correta.
43
43. (FMU) Observe o verbo que se repete:
"aspirou o ar" e "aspirou à glória". Tal verbo:
a) apresenta a mesma regência e o mesmo sentido
nas duas orações;
b) embora apresente regências diferentes, eles têm
sentido equivalente nas duas orações;
c) poderia vir regido de preposição também na
primeira oração sem que se modificasse o sentido
dela;
d) apresenta regência e sentidos diferentes nas
duas orações;
e) embora tenha o mesmo sentido nas duas
orações, ele apresenta regência diferente em cada
uma delas.
44. (Mack-SP) Assinale a alternativa incorreta
quanto à regência verbal:
a) Ele custará muito para me entender.
b) Hei de querer-lhe como se fosse minha filha.
c) Em todos os recantos do sítio, as crianças
sentem-se felizes, porque aspiram o ar puro.
d) O presidente assiste em Brasília há quatro anos.
e) Chamei-lhe sábio, pois sempre soube decifrar
os enigmas da vida.
45. (UFPA) Assinale a alternativa que contém as
respostas corretas.
48. (UFSCar-SP) Assinale a alternativa correta
quanto à regência:
a) A peça que assistimos foi muito boa;
b) Estes são os livros que precisamos;
c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram;
d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio;
e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos.
Capítulo X
CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal se baseia na relação entre
um substantivo (ou pronome, ou numeral
substantivo) e as palavras que a ele se ligam para
caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios).
Basicamente, ocupa-se da relação entre nomes.
Um só adjetivo qualificando mais de um
substantivo
Adjetivo posposto aos substantivos
1º caso
Adj. No plural
↑
Tamarindo e limão azedos.
↑ ↑
Subs. Com o mesmo gênero

I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, ou

involuntariamente, prejudicou toda uma família.
II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a Tamarindo e limão azedo.
firma a aceitar qualquer ajuda do sogro. ↑
III. Desde criança sempre aspirava a uma posição Conc. Com o mais próximo
de destaque, embora fosse tão humilde.
IV. Aspirando o perfume das centenas de flores 2º caso
que enfeitavam a sala, desmaiou.
a) II, III, IV; Tamarindo e laranja azedos.
b) I, II, III; ↑
c) I, III, IV; Masc. Plural
d) I, III;
e) I, II. Tamarindo e laranja azeda.
↑
46. (UFAM) Assinale o item em que há erro Conc. com o mais próximo
quanto à regência:
a) São essas as atitudes de que discordo. 3º caso
b) Há muito já lhe perdoei.
c) Informo-lhe de que paguei o colégio. O tamarindo e a laranja são azedos.
d) Costumo obedecer a preceitos éticos. ↑
e) A enfermeira assistiu irrepreensivelmente o Predicativo
doente. (masc. Plural)

Adjetivo anteposto aos substantivos:

44
1º caso 2º caso
As expressões “é proibido”, “é bom”, “é preciso”e
Ele era dotado de extraordinária coragem e “é necessário” ficam invariáveis se o sujeito não
talento. vier com artigo.
↑
Adj. Conc. Com o mais próximo É proibido entrada.

2º caso OU

predicativo É proibida a entrada.

↑
Estavam desertos a casa e barraco. 3º caso
↑
Adj. Anteposto ao substantivo As expressões “o mais possível”, “os mais
Fica no plural possíveis”, veja o que ocorre:

Ou Carro o mais veloz possível.

↑
Estava deserta a casa e o barraco. (Conc. Com o artigo que inicia a expressão)
↑
Conc. Com o mais próximo Carros os mais velozes possíveis.

4º caso
Um só substantivo e mais de um adjetivo As palavras QUITE, OBRIGADO, ANEXO,
MESMO, PRÓPRIO, LESO, E INCLUSO
1º caso variam:

O produto conquistou o mercado europeu e o Nós estamos quites.

americano.
↑ ↑ Ela mesma fez o café.
Subs. Fica no sing. Repete-se
o artigo - Muito obrigada. (Disse a madame)

2º caso As cartas vão anexas.

O produto conquistou os mercados europeu e 5º caso

americano.
↑ BASTANTE, MEIO, MUITO, POUCO, CARO,
Subs. Vai p o plural BARATO, LONGE. Só variam se acompanharem
e não se repete o artigo o substantivo.

Ele tem bastantes amigos.

Outros casos de concordância nominal
OU
1º caso
As palavras ALERTA, MENOS, PSEUDO são Eles trabalham bastante.
invariáveis.
EXERCÍCIOS
Os “concurseiros” estão alerta. 48. As questões de A a F devem ser assinaladas
com (C) certo ou errado (E):
Nesta sala há menos carteira. A.

45
1. Estudei as literaturas francesa e inglesa. ( ) e) Preciso de um aluno e uma aluna habilidosas.
2. Estudei a literatura francesa e a inglesa. ( )
3. Estudei a literatura francesa e inglesa. ( ) 52. (IBFC/ABDI – ASSISTENTE DE
B. COMPRAS E SERVIÇOS 2009) Considere as
1. Magda ficou meio tonta com o uísque. ( ) orações:
2.. Magda ficou meia tonta com o
uísque. ( ) I. É necessário tranqüilidade.
3. Magda e Luís ficaram muito tontos com o II. Estou quites com ele.
uísque. ( )
De acordo com a norma culta:
C.
1. Ela mesmo contou toda a história. ( ) a) somente I está correta;
2. Ela mesma contará tudo. ( ) b) somente II está correta;
3. Elas próprias mandaram sair todos. ( ) c) I e II estão corretas;
d) Nenhuma está correta.
D.
1.É proibida a entrada. ( )
2.É proibido entrada. ( ) 53. (CESGRANRIO/PETROBRÁS -
3. É proibido a entrada. ( ) COMUNICAÇÃO SOCIAL 2011) A
concordância nominal está corretamente
E. estabelecida em:
1. O rapaz cometeu um crime de leso-pátria. (
) a) Perdi muito tempo comprando aquelas blusas
2. O rapaz cometeu um crime de lesa- verde-garrafas;
pátria. ( ) b) As milhares de fãs aguardavam ansiosamente a
3. Havia menas penas que esperávamos. chegada do artista;
( ) c) Comenta-se como certo a presença dele no
F. congresso;
1. É necessária paciência, meus caros jovens. ( d) As mulheres, por si só, são indecisas nas
) escolhas;
2. Segue anexa uma carta de crédito. ( ) e) Um assunto desses não deve ser discutido em
3. Mais atenção e menos conversa - é o lema do
bom motorista de coletivo. ( ) público.

49. A flexão masculina do ADJETIVO só é Capítulo XI

admissível em:
a) Vi o mercado e as ruas apinhadas de gente;
b) Enviam-lhe anexas as folhas de pagamento;
c) É necessária a paciência;
d) Entrego-lhe inclusas as cópias solicitadas;
e) É proibida a entrada.
50. Todas as concordâncias estão corretas,
exceto:
a) É meio-dia e meia;
b) É necessário serenidade;
c) É preciso banir os pseudos
patriotas;
d) Isto é crime de lesa-pátria;
e) Elas ficaram bem assustadas.
51. Assinale a concordância incorreta.
a) Tomei apenas meia garrafa de Coca-
Cola; b)
As alunas ficaram meio confusas com a
história;
c) Você não deve ser um homem de meias
palavras;
d) Vocês mesmos, rapazes, devem estudar mais;
CONCORDÂNCIA VERBAL
Regra Geral
O verbo deve concordar com o sujeito em número
e pessoa. Veja:
O gerente falou com a secretária.
A secretária e suas auxiliares não compareceram
à reunião.
Casos Especiais
1. Sujeito formado por partícula partitiva ou
coletivo mais determinante no plural, o verbo fica
no singular ou no plural:
Um bando de passarinhos pousou.
Um bando de passarinhos pousaram.
(determinante)

46
A maior parte de nossos produtos chegou.
(partícula partitiva) As meninas parecem gostar do filme.

A maior parte de nossos produtos chegaram. As meninas parece gostarem do filme.

(determinante)
6. Dar, bater, soar e ser
2. Sujeito formado por pronomes no plural, sendo Concordam com o numeral a que se referem.
o primeiro interrogativo, indefinido ou
demonstrativo seguidos dos determinantes: de É uma hora.
nós, de vós, deles, dentre vós, o verbo concorda São duas horas.
com o primeiro ou segundo pronome.
Com sujeito expresso, concordam com o seu
Quais de nós passarão no concurso no sujeito.
vestibular?
(pronome) (verbo no plural) (Sujeito expresso)
↓
Quais de nós passaremos no concurso no O velho relógio deu dez horas.
vestibular? ↑
(Verbo concorda com o nós) (verbo conc. Com sujeito)

Primeiro pronome no singular 7. Sujeito representado por número percentual

ou fracionário concorda com o numeral a que se
Qual de vós crê na justiça? refere.
Verbo concorda com o primeiro
Somente 1% dos objetos roubados foi recuperado.
3. As expressões: um dos que, nem...nem, nem um ↑
nem outro, um e outro, o verbo fica no singular (verbo conc. Com o
(como regra geral) ou no plural. numeral)

José é um dos que mais fala.

José é um dos que mais falam. Cerca de 50% dos produtos importados ficaram
presos na alfândega.
4. Com o pronome relativo quem ↑
O verbo concorda com o quem ou com o primeiro (verbo conc. Com o
pronome: numeral)

Fomos nós quem compramos o carro. 8. Verbo com partícula apassivadora, o verbo
↑ concorda com o sujeito.
(antecedente do quem)
Aluga-se apartamento ali.
Fomos nós quem comprou o carro.
↑ 9. Verbo com índice de indeterminação fica na
(Verbo na 3º do sing.) 3ª pessoa do singular.

Pronome relativo Que Trabalha-se muito aqui.

O verbo concorda com o primeiro pronome
10. Sujeito formado por nome próprio, com artigo
Fui eu que executei a tarefa no plural concorda com o artigo.
↑
(antecedente) As minas Gerais mostram toda a nossa história
pelas ruas.
5. Verbo parecer + infinitivo

47
Obs.:
Os miseráveis representa um marco na literatura
mundial.
↑ Alegria e felicidade completa (completam) o
(Silepse de número: livro)
11. Sujeito formado por pronome de tratamento, o
verbo fica na 3ª pessoa do singular.
Vossa excelência parecia bastante compenetrado.
↑ de setembro.
(verbo na terceira do sing.)
12. Com a expressão mais de, menos de.
O juiz confirmou na reunião que mais de um
trabalhador braçal fez justiça.
↑ para o plural. Ex.:
(verbo conc. Com numeral)
Na assembleia da categoria, mais de dois alunos
falaram.
↑ O andar e o nadar fazem bem à saúde.
(verbo
conc. Com numeral)
Mais de um pai, mais de um aluno, mais de
servente reclamaram.
(a repetição da expressão leva o verbo para o
plural)
Durante a CPI, mais de um político se
ofenderam.
(Na indicação de reciprocidade o verbo fica no
plural)
13. Com verbos impessoais, o verbo fica na 3º do
singular.
Chove em João Pessoa.
Casos com Sujeito Composto
1. Quando posposto ao verbo, o verbo concorda
com o primeiro elemento ou com o sujeito
composto. Ex.:
Teve medo o policial e o ladrão
Tiveram medo o policial e o ladrão
2. Quando composto por sinônimos, o verbo fica
no singular ou no plural. Ex.:
homem.
3. Quando apresenta gradação de idéias, o verbo
fica no singular. Ex.:
São Paulo, todo o Estado, o Brasil comemorou o 7
Um olhar, um gesto, um toque o faria alegrar-se.
4. Quando formado por infinitivos, o verbo fica no
singular. Não obstante, se os infinitivos forem
antônimos ou se vierem determinados, o verbo irá
Andar e nadar faz bem à saúde.
Viver e morrer fazem parte da vida.
5. Quando formado por aposto resumidor, o verbo
concorda com o Aposto. Ex.:
Diretores, professores, alunos, ninguém cooperava
na limpeza.
O pai, a mãe, o irmão, todos abraçaram o
pequenino.
6. Quando antecedido por pronome indefinido
cada, o verbo fica no singular. Ex.:
Cada diretor, cada professor, cada aluno naquela
escola fazia o que bem entedia.
7. Quando ligado pelos correlativos não só... mas
também; não só... mas ainda; tanto... com, etc., o
verbo fica no plural.
Não só o jardim, mas também o jardineiro
precisavam de ajuda.
8. Quando formado pela expressão um ou outro,
além de exigir substantivo posposto no singular,
deixa-se o verbo no singular também. Ex.:
Um ou outro acidente acontecia no local.
48
9. Quando formado pelo conectivo “ou”, o verbo
fica no singular se indicar exclusão ou no plural se
indicar inclusão. Ex.:
O Brasil ou a Argentina receberá a taça de
campeão.
O Brasil ou a Argentina continuam sendo grandes
nações.
Quem são os culpados?
6. Quando o sujeito expressa a ideia de preço,
medida, peso ou quantidade, o verbo fica só no
singular se vier acompanhado de advérbio de
intensidade: pouco, muito, bastante, suficiente,
demais, etc. Ex.:
Três mil cruzeiros é pouco por esta casa.

10. Quando formado por pronomes pessoais do Dez livros é bastante para ti?
caso reto, seguem as seguintes orientações:
EXERCÍCIOS
a) Eu + qualquer pessoa: Flexão em nós
54. Responda:
Eu e tu precisávamos desta conversa amiga. 1. Naquele dia_________dez alunos.
(faltou/faltaram)
b) Tu + qualquer pessoa, exceto o pronome eu,
flexão em vós ou vocês. 2. Um bando de alunos______(chegou/chegaram)
Tu e tua amiga perdereis (perderão) a razão neste
3. A multidão_____________(gritava/gritavam)
caso.

A Concordância do Verbo Ser 4. A maioria________à aula. (faltou/faltaram)

1. Quando entre dois pronomes de números 5. A maioria dos alunos_____ à aula.

diferentes, o verbo concordará geralmente com o (faltou/faltaram)
termo no plural. Ex.:
6. Os Estados Unidos_____milho.
A minha emoção são as músicas clássicas. (exporta/exportam).

2. Quando o sujeito ou o predicativo for pessoa, o 7. Os Lusíadas_______ a viagem de Vasco da

verbo ficará no singular. Ex.: Gama. (contam/conta)
Luis era os amores de toda a família.
8. Vossa Majestade__________à reunião?
3. Quando o pronome pessoal pospõe-se ao verbo, (compareceu/comparecestes)
o verbo concorda com ele. Ex.:
9. Fui eu que_______ o problema.
O professor aqui sou eu. (resolvi/resolveu)

4. Quando entre dois pronomes pessoais, a 10. Fomos nós que_______ a dívida.
concordância se faz com o primeiro pronome. Ex.: (pagamos/pagou)

Eu não sou você. 11. Ele foi um dos que__

(compareceu/compareceram)
5. Quando com pronome interrogativo, faz-se a
concordância do verbo com o termo posposto.
12. Fui eu quem______ o exercício.
Ex.:
(resolvi/resolveu)
Que são estepes, Clarisse?

49
13. Mais de um clube_______ o campeonato. 30.___________muitos torcedores no estádio.
(ganhou/ganharam) (havia/haviam)

14. Mais de duas pessoas________ à reunião 31._________-muitos torcedores no estádio.

(faltou/faltaram) (existia/existiam)

15. Mais de um aluno, mais de um 32._________haver muitos torcedores no estádio.

professor_______ (faltou/faltaram) (deve/devem)

16. Mais de um veículo____ (chocou- 33.________existir muitos torcedores no estádio.

se/chocaram-se) (deve/devem)

17. Alguns de nós__________ o exercício. 34.________de haver sérios problemas. (há/hão)

(resolveremos/resolverão)
35.______de existir sérios problemas. (há/hão)
18. Quais de vós _________o candidato?
(apoiastes/apoiaram) 36. Ainda____________resolver quatro
exercícios. (falta/faltam)
19. Poucos de nós__________
(viajamos/viajaram) 37.___________o livro e as encomendas.
(chegou/chegaram)
20. Qual de nós _____________________ a
decisão? (aceitará/aceitaremos) 38. _____as encomendas e o livro.
(chegou/chegaram)
21. O relógio da igreja_____ duas horas.
(deu/deram) 39. Livros, roupas, brinquedos, tudo__________
fora de lugar. (estava/estavam)
22._____duas horas no relógio da igreja.
(deu/deram) 40. Ele, tu e eu_____________o pedido.
(confirmamos/confirmastes)
23_______________-se em discos voadores.
(acredita/acreditam) 41. O Corinthians ou o
Santos__________campeonato.
24._________-se de assuntos importantes. (ganharão/ganhará)
(tratava/tratavam)
42. Fortaleza ou Recife____________ bons
25.________-se aos pedidos do mestre. lugares para as férias. (são/é)
(obedeceu/obedeceram)
26.__________-se em pessoas honestas. 43. Que___________sinônimos?(é/são)
(confia/confiam)
44. Quem_____os culpados?(foi/foram)
27.____________-se casas. (vende/vendem)
45. __________uma hora e dez minutos.(é/são)
28. ___________-se apartamentos na praia.
(aluga/alugaram) 46. ___________duas horas e quinze minutos.
(é/são)
29.___________-se aulas de piano. (dá/dão)

50
47. Daqui a Campinas______ cem quilômetros.
(é/são)
48. Os culpados___________________ vós.
(são/sois)
49. O responsável_________eu. (é/sou)
50. Laís___________as alegrias da casa.
(era/eram)
51. Aquilo___________tolices de criança.
(era/eram)
53. Isto __________preocupações sem sentido.
(é/são)
54. Cem milhões ________muito. (é/são)
55. Quinze metros _______suficiente. (é/são)
56. Aqui na terra tu_____________eu. (és/é)
55. (FCC/DNOCS – ADMINISTRADOR 2010)
Quanto à concordância verbal, está inteiramente
correta à frase:
a) Devem-se ressaltar, nos meios de comunicação,
a constância com que promovem abusos, na
exploração da cultura popular.
b) Nem mesmo um pequeno espaço próprio
querem conceder à cultura popular os que a
exploram por interesses estritamente econômicos.
c) Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da
cultura popular pouco mais que um resistente
núcleo de práticas comunitárias.
d) Muita gente acredita que se devem imputar aos
turistas a responsabilidade por boa parte desses
processos de falseamento da cultura popular.
e) Produzem-se nas pequenas células
comunitárias, a despeito das pressões da cultura
de massa, lento e seguro dinamismo de cultura
popular.
56. (FCC/DEFENSORIA PÚBLICA-SP –
DESENHISTA INDUSTRIAL 2009) Quanto às
normas de concordância verbal, a frase
inteiramente correta é:
a) O que marcou a gestão de Graciliano Ramos
não foi, propriamente, os atos administrativos,
mas as qualidades de seu memorável relatório.
b) Não são de praxe, nos documentos oficiais,
virem combinados atributos como o da concisão e
o da objetividade.
c) Quando se pensam nas linguagens e nos
ofícios, é comum considerar que devam haver
entre eles marcas estilísticas de alta
especialização.
d) Mesmo às emoções mais inflamadas de um
litígio pode dar vazão a uma linguagem clara e
objetivamente contundente.
e) Aquele a quem não importa, em nenhum
momento, as virtudes da concisão e da
objetividade, só resta derramar-se em mau estilo.
57. (FCC/BB 2005) A concordância está feita
corretamente na frase:
a) Refeições saudáveis, com base em verduras e
legumes, além da prática de exercício físico, reduz
o risco de doenças cardíacas.
b) Com as comodidades da vida moderna,
ocorreram mudanças de hábitos alimentares em
todos os níveis sociais.
c) A prática diária de esportes nem sempre são
suficientes para controlar os altos níveis de
colesterol em jovens.
d) Um dos maiores problemas atuais das crianças
estão na falta de controle do hábito de comer
diante da televisão ou do computador.
e) Já está se manifestando em crianças certas
doenças típicas de adultos, principalmente por
causa de alimentos ricos em gorduras.
58. (IBFC/ABDI - ESPECIALISTA DE
CONTROLE INTERNO 2008) Considere os
períodos:
I. O rapaz foi um dos que se pronunciaram contra
a decisão da diretora.
II. Faz dois anos que ele foi embora.
De acordo com a norma culta:
a) somente I está correto;
b) somente II está correto;
c) I e II estão corretos;
d) Nenhum está correto.
Capítulo XII
PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são recursos variados e
representam as pausas e entonações da fala. A
51
pontuação dá à escrita maior clareza e
simplicidade.
A seguir veremos os principais empregos de
alguns sinais de pontuação.
1. O Ponto ( . ) indica final de frase.
Lembrei-me de um caso antigo.
Vamos animar a festa.
2. O Ponto de Interrogação ( ? ) é utilizado para
fazer perguntas diretas.
Quem é você?
Por que ninguém ligou?
3. Ponto de exclamação ( ! ) indica admiração,
ordem, surpresa e enunciados exclamativos em
geral.
Nossa! Isso é demais!
Ah! Deixa isso aqui.
4. A vírgula ( , ) é usada:
a) Para separar nomes de lugar nas datas e
endereços.
João Pessoa, 07 de dezembro de 2012.
b) Para separar expressão de apelo (vocativos).
Meu filho, eu só desejo a tua felicidade.
c) Para separar expressão explicativa (aposto).
Antônio, meu amigo, gosta de música popular.
d) Para separar expressões explicativas ou
retificação: isto é, por exemplo, ou melhor, ou
seja, quero dizer.
Na caixa havia dois objetos, ou seja, um elástico e
um medalhão.
e) Para separar orações coordenadas assindéticas.
Cobram muitos impostos, poucas obras são feitas.
f) Para separar orações coordenadas sindéticas,
desde que não sejam iniciadas por e, ou e nem.
Ela ganhou um carro, mas não sabe dirigir.
g) Para separar orações adjetivas explicativas.
A Amazônia, que é o pulmão do mundo, está
sendo devastada.
h) Para separar o adjunto adverbial deslocado.
À noite, saiu de casa e não mais voltou.
i) Para separar orações com verbo no gerúndio.
Chegando a casa, trate de estudar.
j) Para separar elementos paralelos de um
PROVÉRBIO.
Mocidade ociosa, velhice vergonhosa.
Para separar itens de uma mesma série.
Desejo-te saúde, dinheiro, muito amor.
K) Para separar partes com o mesmo conectivo.
Trabalha, e teima, e lima, e sua! (O. Bilac)
l) Para separar palavras repetidas.
Já, já falaremos sobre isso.
5. Ponto-e-vírgula ( ; ) é usado para:
a) Estabelecer uma pausa bem marcada entre duas
partes de um enunciado, quando este já vem
separado por vírgulas.
Antigamente, eram problemas políticos; hoje, são
financeiros, políticos, sociais, econômicos.
Uns estudam, trabalham, esforçam-se; outros
vadiam, folgam, divertem-se.
b) Separar itens de uma enumeração.
As vozes do verbo são:
ativa;
passiva;
52
reflexiva. Predicado verbo-nominal é aquele que tem dois
núcleos: o verbo (núcleo verbal) e o predicativo
6. Os Dois Pontos ( : ) indicam que, em seguida, (núcleo nominal).
vem uma citação, explicação ou enumeração.
Exemplo: b) na separação de um comentário ou reflexão.
Veja:
E Deus disse: “Faça-se à luz”.
Os escândalos estão se proliferando (a imagem
Só lhe digo uma coisa: a mentira tem pernas política do Brasil está manchada) por todo o país.
curtas.
EXERCÍCIOS
Estavam lá: o pai, um irmão e o avô. 59. Empregue a vírgula, se necessário:
a) Casa de ferreiro espeto de pau.
7. Pontos de reticência (...) denotam silêncio,
interrupção da frase ou omissão de palavras b) Tal pai tal filho.
que se confiam à inteligência do leitor:
c) Curitiba 27 de março de 1998.
Quem tudo quer...
d) Rua Comendador Macedo nº 21.
Não é que desconfie dele, mas...
e) Amigos amanhã teremos mais chuva.
8. As aspas (“ ”) São usados nos seguintes casos:
f) Aristóteles discípulo de Platão criou a
a) na representação de nomes de livros e legendas lógica.
nas citações ou transcrições. Veja:
g) Arroz feijão carne salada de tomate tudo
Já li “O Ateneu” de Raul Pompéia estava muito bom.

b) nas citações ou transcrições h) Reclamações tristezas dores nas costas

nada me impedirá de terminar este trabalho.
“Tudo começou com um telefonema da empresa,
convidando-me para trabalhar lá na sede. Já havia i) E corre e vacila e tropeça e resvala e
mandado um currículo antes, mas eles nunca levanta-se e foge.
entraram em contato comigo. Quando as seleções
recomeçaram mandei um currículo novamente”, j) “Nunca nunca meu amor!” (M. Assis)
revelou Cleber.
k) Não não desejo a sua desgraça.
c) destacar palavras que representem
estrangeirismo, vulgarismo, ironia. Exemplo: l) Paulo e eu entretanto discordamos dessa
atitude.
Que “belo” exemplo você deu.
m) Cometeu dez erros quero dizer nove.
Vamos assistir a “show” de mágica.
n) Ela tem muitos vícios por exemplo mascar
9. Parênteses ( ( ) ) São usados nos seguintes chicletes e beber Coca-Cola.
casos:
o) Entrando no quarto desmaiou.
a) na separação de qualquer indicação de ordem
explicativa. Veja: p) Escondendo a arma saiu.

60. (FURNE/ CFS PM/BM – 2011) Em

“Quintilian, um famoso professor de retórica

53
romano do primeiro século, notou” (linhas 1-2),
pode-se concluir que a vírgula foi usada:
a) De forma equivocada, tendo em vista que não
se deve usar vírgula entre o agente da ação e o
verbo.
b) Corretamente, pois intercala uma expressão
explicativa
do verbo sobre Quintilian.
c) De maneira adequada, porque apresenta ideias
sequenciadas.
d) Corretamente, visto que apresenta uma
enumeração de termos.
e) Adequadamente, tendo em vista que separa os
itens de enunciados diversos.
61. (FCC/BB - ESCRITURÁRIO 2011) Leia:
Embora não queira apresentar receitas prontas, o
Relatório traça caminhos possíveis. Entre eles, o
reconhecimento da ação pública na regulação da
economia para proteger grupos mais vulneráveis.
Outro aspecto ressaltado é a necessidade de
considerar pobreza, crescimento e desigualdade
como temas interligados. "Crescimento rápido
não deve ser o único objetivo político, porque
ignora a distribuição do rendimento e negligencia
a sustentabilidade do crescimento", informa o
texto.
O trecho colocado entre aspas, no final indica que
se trata de
a) comentário pessoal do autor do texto sobre
dados do Relatório.
b) insistência na correção dos dados apresentados
pelo Relatório.
c) repetição desnecessária de informação já citada
no texto.
d) transcrição exata do que consta no texto do
Relatório de 2010.
e) resumo do assunto principal constante do
Relatório de 2010.
62. (CESPE/CORREIOS - ATENDENTE
COMERCIAL 2011) Assinale a opção em que o
texto de placa que alerta para a presença de cão
raivoso está corretamente pontuado.
a) Cão raivoso?
Cuidado?
b) Cuidado:
Cão raivoso!
c) Cão raivoso?
Cuidado!
d) Cuidado?
Cão raivoso!
e) Cuidado:
Cão raivoso?
63. (FGV/TRE-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO
2011) Leia:
Os sócios e colaboradores dificilmente são
consultados, e muitas vezes o apoio reflete mais
as posições pessoais dos controladores do que os
valores e princípios das empresas.
A respeito da vírgula no período acima, é correto
afirmar que
a) está correta, pois se trata de vírgula antes da
conjunção E com valor adversativo.
b) está correta, pois é caso de vírgula antes da
conjunção E que inicia oração com sujeito
diferente da anterior.
c) está incorreta, uma vez que não é necessário
usar vírgula já havendo a conjunção E, mesmo
sem valor aditivo.
d) está incorreta, já que introduz oração aditiva,
mesmo que os sujeitos sejam diversos.
e) é facultativa, pois as orações apenas se
justapõem e não se coordenam.
64. (MAGISTÉRIO/PB-2005) Leia:
Zé Ramalho é um artista muito além de seu
tempo. Ao longo dos anos, construiu uma carreira
sólida, que atravessa gerações e volta e meia é
resgatada pela juventude, que não se incomoda de
aprender e decorar suas letras às vezes prolixas,
às vezes simbólica demais. (...)
A vírgula após a palavra juventude
a) é opcional;
b) é um caso de erro de pontuação;
c) permite que se interprete a oração adjetiva
subseqüente como predicando “a juventude” em
sua totalidade;
d) possibilita deduzir que a oração adjetiva
subseqüente predica apenas parte da “juventude”,
restringindo-a, portanto;
e) é necessária para dar “fôlego” à leitura, para
evitar que a frase fique longa demais.
65. (MAGISTÉRIO/PB-2005) Em R. Leontino
Filho fala sobre a prosa “arrebatadora” do
escritor paraibano Ascendino Leite,
destacando suas influências e seu legado
54
literário. (Correio das Artes, 22/23.10.05),
justifica-se o uso das aspas
a) para chamar a atenção do leitor;
b) porque a expressão aspeada não pertence ao
autor do enunciado, mas a um outro enunciador
citado no mesmo texto;
c) para pôr em destaque a expressão;
d) para enfatizar a qualidade da prosa;
e) porque são aspas de defesa, já que o autor do
texto não quer se comprometer com o atributo
usado pelo outro enunciador, com o qual ele não
concorda.
Com base no fragmento de texto abaixo,
responda às questões de 66 e 67.
A obrigatoriedade do espanhol no currículo do
ensino médio e a falta de professores preparados
para ensinar língua animaram nossos vizinhos
latinos, principalmente os argentinos. Em
entrevista ao jornal La Nación, o ministro da
Educação da Argentina, Daniel Filmes, afirmou
que a nova lei criou “um panorama importante
para os docentes argentinos que estão dispostos a
formar professores no Brasil”. [...]
Revista Educação. São Paulo: Segmento,
setembro de 2005, p. 16.
66. (MAGISTÉRIO/PB-2005) Analise as
proposições.
I. O uso da vírgula após “Daniel Filmes” constitui
inadequação no registro padrão escrito, pois
separa seu termo imediato.
II. As vírgulas usadas, antes e depois de “Daniel
Filmes”, sinalizam uma informação intercalada na
oração.
III. A ausência da vírgula, após o termo “língua”
(linha 3), impede a pausa de curta duração,
quebrando a seqüência lógica do enunciado.
É(São) correta(s):
a) I, apenas. d) II e III, apenas.
b) II, apenas. e) I e III, apenas.
c) III, apenas.
67. (MAGISTÉRIO/PB-2005) Analise as
proposições e assinale a alternativa
INCORRETA.
As aspas no texto
a) demarcam a alternância de vozes,
estabelecendo o processo da alteridade discursiva;
b) preservam a integridade das formas do
discurso, mantendo um distanciamento entre o
narrador e o que foi citado;
c) reforçam o valor sintático do discurso e não
podem ser omitidas;
d) integram um enunciado de outrem à seqüência
do enunciado anterior;
e) revelam peculiaridades do discurso indireto,
mostrando a posição do narrador em relação ao
seu dizer.
68. (FGV/TRE-PA - ANALISTA JUDICIÁRIO
2011) Leia:
Infelizmente, ainda hoje assistimos no Brasil a
fenômenos que há muito deveriam ter sido
excluídos da vida política nacional, como a
compra de votos e a atitude de diversos
candidatos, durante as campanhas eleitorais, de
“doar” cestas básicas e toda a sorte de brindes em
troca da promessa de voto dos eleitores.
As aspas em doar confirmam, para o vocábulo,
seu aspecto de
a) polifonia;
b) coloquialismo;
c) antonímia;
d) metáfora;
e) ironia.
69. (FCC/TRE-RN – TÉCNICO JUDICIÁRIO
2011) Leia:
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês
Os versos acima estão corretamente pontuados
em:
a) Eu enfrentava, os batalhões − os alemães e seus
canhões −, guardava o meu bodoque e ensaiava
um rock: para as matinês.
b) Eu enfrentava, os batalhões, os alemães e seus
canhões. Guardava o meu bodoque e ensaiava um
rock, para as matinês.
c) Eu enfrentava: os batalhões, os alemães e seus
canhões − guardava o meu bodoque e ensaiava,
um rock para as matinês.
d) Eu enfrentava os batalhões; os alemães e seus
canhões: guardava o meu bodoque e ensaiava um
rock − para as matinês.
55
e) Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus
canhões; guardava o meu bodoque e ensaiava um
rock para as matinês.
Capítulo XIII
CRASE
É uma palavra de origem grega que significa
“fusão”, “mistura”. Em língua portuguesa, é esse
o nome da fusão de dois sons idênticos, a vogal a
e a preposição a, marcada pelo acento grave.
Vamos ver casos em que não ocorre crase
1. Não ocorre crase diante de verbo.
Começou a cantar.
2. Não ocorre crase diante de pronomes em
geral.
O que você disse a ela?
Enviarei a Vossa Excelência relatório sobre o
ocorrido.
Exceções: diante das palavras senhora, senhorita,
madame e dona; pois estes pronomes de
tratamento admitem artigo.
3. Não ocorre crase em expressões com
palavras femininas repetidas.
Ficamos cara a cara.
Abrimos de segunda a sexta.
4. Diante de palavras masculinas; exceto se
ficarem subentendidas as expressões “à moda
de”; “à maneira de”.
Fizemos compra a prazo.
Cortou o cabelo à Ronaldinho.
casos em que ocorre crase
1. Nomes de lugares
Com expressões adverbiais de lugar formadas por
nomes de cidades, países, estados, deve-se
verificar se estes aceitam artigo.
Use uma regrinha prática:
Vou à Vou à Bahia.
Volto da
Há Crase. Volto da Bahia,
Vou a Vou a Recife.
Volto de
Não há Crase. Volto de Recife.
Obs.: Quando especifica há crase.
Vou à Cabaceiras, que é a Hollywood
brasileira.
2. Quando a palavra casa estiver determinada,
ocorrerá crase:
Vamos à casa de minha mãe.
Antes de irem a casa, telefonaram.
3. Se a palavra terra designar região, pátria,
ocorrerá crase:
Voltaram à terra de seus pais.
Os pescadores desejavam voltar a terra.
Às vezes, a ocorrência da crase é facultativa:
1. Diante de nomes próprios femininos.
Entreguei o material a Eliana.
Entreguei o material à Eliana.
2. Após a preposição até.
Voltaram até a praia.
Voltaram até à praia.
3. Diante de pronome possessivo feminino.
Entregou o presente a sua namorada.
Entregou o presente à sua namorada.
EXERCÍCIOS
85. Ocorre crase:
a) Faço alusão a meu pai;
b) Faço alusão a várias cidades;
c) Faço alusão a primeira aluna da turma;
d) Faço alusão a alguma aluna;
e) Faço alusão a essa cidade aí.
86. Ocorre crase:
a) No verão, vamos a casa de meus tios;
b) No verão, vamos a Minas Gerais ou a Goiás;
c) No verão, vamos a Fortaleza e a Manaus;
d) No verão, vamos a terra, esquecer um pouco o
mar;
56
e) No verão, vamos para a Bolívia e para a 93. Chegou-se _____ conclusão de que a escola
Venezuela. também é importante devido _____ merenda
escolar que é distribuída gratuitamente _____
87. Ocorre crase FACULTATIVA: todas as crianças.
a) Entreguei os convites a essa senhora; a) à - à - à
b) Não me refiro a tua casa, mas a de tua irmã; b) a - à - a
c) Estavam ali, frente a frente; c) a - à - à
d) Os marinheiros desceram a terra; d) à - à - a
e) Os filhos retornaram a casa. e) à - a - a

88. "O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, 94. _____ alguns meses o Ministro revelou-se
indiferente ___ que acontece ao seu redor". disposto _____ abrir _____ discussões em torno
a) à - a - aquilo do acesso dos candidatos e dos partidos _____
b) a - a - àquilo televisão.
c) a - à - àquilo a) A - a - as - à
d) à - à - aquilo b) Há - a - às - a
e) à - à - àquilo c) A - à - às - a
d) Há - à - as - à
89. "Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ e) Há - a - as - à
problemas já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias".
a) à - àqueles - a - há 95. (FURNE/2011 – PM/BM) No enunciado:
b) a - àqueles - a - há
c) a - aqueles - à - a
d) à - àqueles - a - a
e) a - aqueles - à – há

90. O Ministro informou que iria resistir _____

pressões contrárias ,_____ modificações relativas
_____ aquisição da casa própria.
a) às - àquelas - à
b) as - aquelas - a
c) às àquelas - a
d) às - aquelas - à
e) as - àquelas - à
Em “Começa hoje à noite”, o termo noite vem
91. Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro precedido
dispor para ouvir o que tem _____ dizer. de “a” craseado.
a) a - à - a I. O uso da crase se deu pela contração do “a”
b) à - a - a artigo com o “a” preposição.
c) à - à - a II. O fenômeno da crase ocorreu ocasionado pela
d) à - à - à regência do verbo “começa”.
e) a - a - a III. O uso da crase ocorreu por ser “à noite” uma
expressão circunstancial de tempo.
92. No tocante _____ empresa _____ que nos Analise as proposições e marque a alternativa que
propusemos _____ dois meses, nada foi possível apresenta a(s) correta(s).
fazer. a) I d) II e III
a) àquela - à - à b) I e III e) III
b) aquela - a - a c) I e II
c) àquela - à - há
d) aquela - à - à
e) àquela - a – há
CAPÍTULO XIV - UFPB

57
 EMPREGO DAS CLASSES DE CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações,
PALAVRAS estabelecendo entre elas relações de coordenação
ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que,
Classificar uma palavra não é fácil, mas etc.
atualmente todas as palavras da língua portuguesa INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma
estão incluídas dentro de uma das dez classes classe gramatical como as demais, pois algumas
gramaticais dependendo das suas características. de suas palavras podem ter valor de uma frase.
A parte da gramática que estuda as classes de Mesmo assim, podemos definir as interjeições
palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, como palavras ou expressões que evocam
logia = estudo), ou seja, o estudo da forma. Na emoções, estados de espírito.
morfologia, portanto, não estudamos as relações Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!
entre as palavras, o contexto em que são
empregadas, ou outros fatores que podem EXERCÍCIOS (Substantivo)
influenciá-la, mas somente a forma da palavra. 1. Aponte a diferença de sentido entre os
Há discordância entre os gramáticos quanto a substantivos:
algumas definições ou características das classes a) o cabeça ____________________
gramaticais, mas podemos destacar as principais a cabeça ____________________
características de cada classe de palavras: b) o grama ____________________
SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome a grama ____________________
aos seres, mas não nomeia somente seres, como c) o lotação ____________________
também sentimentos,estados de espírito, a lotação ____________________
sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc. 2. As frases abaixo apresentam algum erro com
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, relação ao substantivo. Corrija-as devidamente.
amor, sabor, carinho, etc. a) Carlos perguntou a sua cônjuge se ela era
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem feliz.
para determinar ou indeterminar os substantivos, b) Ele foi agredido sem nenhuma dó.
antecedendo-os. c) Na festa ela tomava sossegadamente sua
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. champanhe.
ADJETIVO – classe das características, d) Os amigos sempre se reuniam nos
qualidades. Os adjetivos servem para dar barzinhos da cidade.
características aos substantivos. e) Os guarda-noturnos reuniram-se em
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, assembleia.
sábio, triste, amarelo, etc.
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou 3. Observe a questão.
substituir um nome (substantivo) e que determina 1 – O cônjuge se aproximou.
a pessoa do discurso. 2 – O servente veio atender-nos.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, 3 – O gerente chegou cedo.
eles, etc. Não está claro se é homem ou mulher.
VERBO – palavras que expressam ações ou a) no primeiro período;
estados se encontram nesta classe gramatical. b) no segundo período;
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc. c) no terceiro período;
ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, d) no primeiro e no segundo períodos;
adjetivos ou outros advérbios, modificando-os. e) no segundo e no terceiro períodos;
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre,
etc. EXERCÍCIOS (Adjetivo)
NUMERAL – como o nome diz, expressam
quantidades, frações, múltiplos, ordem. 4. Passe para o plural as expressões:
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc. a) blusão verde-
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à claro________________________
outra, estabelecendo relações entre elas. b) capa verde-oliva________________________
Exemplo: em, de, para, por, etc.

58
c) tratado luso- g) guaraná
brasileiro________________________ h) plasma
d) céu azul-cinzento________________________
e) saia azul-marinho________________________ EXERCÍCIOS (Numeral)
f) festa cívico-
religiosa_______________________ 10. Classifique os numerais em destaque:
g) criança recém- a) Heloísa foi a sétima colocada.
nascida________________________ b) Somente com palpite triplo acertaria o
h) blusa azul-celeste________________________ jogo.
i)menina surda- c) Tomou sozinho meio litro de leite.
muda________________________ d) Metade da sala não compareceu à prova.
j) conflito russo- e) Naquela madrugada o termômetro
americano________________________ marcava zero grau.

5. Complete as frases usando os adjetivos melhor 11. Cardinal ou ordinal? Escreva o numeral por
ou pior, maior ou menor. extenso.
a) Ir ao cinema é (/) do que ir ao teatro. a) capítulo XXXV
b) A Lua é (/) do que a Terra. b) capítulo VIII
c) Brincar com os amigos é (/) do que ver c) Dom João VI
televisão. d) Luís XV
d) O rio Amazonas é (/) do que o rio Paraná. e) Paulo VI

6. Classifique os graus em superlativo relativo ou EXERCÍCIOS (Pronome)

superlativo absoluto. 12. Identifique os pronomes demonstrativos.
a) Eu sou baixíssima. a) Admirava aquele homem que passava,
b) Eu sou o mais baixo dos irmãos. todos os dias, curso de cansaço.
c) Edson é extremamente honesto. b) Aquele era uma música saída do baú da
d) Marcelo é estudiosíssimo. vovó.
e) Paula é a mais bonita da família. c) Ana tinha essa mania de remexer as
gavetas.
EXERCÍCIOS (Artigo) d) Isso é um presente.
7. Explique a diferença de significado das e) Aquilo é um presente.
expressões em destaque:
a) Ele leu todo o livro.
b) Todo livro deve ser bem conservado.
CAPÍTULO XII
8. As frases abaixo apresentam algum erro no SINTAXE DE ORAÇÃO
emprego do artigo. Reescreva-as, corrigindo-as.
a) Não conhecia nenhum episódio dos
Lusíadas. Sujeito
b) Não conheço o aluno cujo o pai é É o termo da oração do qual se declara alguma
professor. coisa.
c) Tinha muito amor a ambos filhos. Exemplo: No céu, um sol claro anuncia o verão.
Classificação do sujeito:
9. Transcreva os substantivos abaixo, antepondo- I. Simples: tem um único núcleo.
lhes o artigo definido adequado: Exemplo: O velho navio aproximava-se do cais.
a) dó (pena, compaixão)
b) grama (unidade de medida) II. Composto: tem dois ou mais núcleos
c) óculos Exemplo: As ruas e as praças estão vazias.
d) alface
e) champanha III. Oculto, elíptico ou desinencial: o sujeito pode
f) lança-perfume ser identificado pela desinência do verbo ou pelo

59
contexto em que aparece.
Exemplo: Voltarás para casa (sujeito: tu)
IV. Indeterminado: Quando não é possível
determinar o sujeito. Com verbos na 3ª pessoa do
plural sem referência a elemento anterior.
Exemplo: Atualmente, espalham muitos boatos.
Com verbo na 3ª pessoa do singular + se (em
orações que não admitem a voz passiva analítica)
Exemplo: Precisou-se de novos professores.
Orações sem sujeito:
I. Verbo haver significando existir, acontecer e
indicando tempo passado.
Exemplos:
Aqui já houve grandes festas.
Amanhã faz dez anos que ele partiu.
II. Verbo ser indicando tempo, horas, datas e
distâncias.
Exemplo: Agora são cinco e doze da tarde.
III. Verbos indicativos de fenômenos da natureza.
Exemplo: Ontem à tarde, ventou muito aqui.
Predicado
É tudo que se diz do sujeito. (Retirando o sujeito,
o que fica na oração é o Predicado.)
Predicado verbal:
Apresenta verbos significativos.
O núcleo é um verbo significativo.
Exemplo: Eles chamaram o juiz.
Predicado nominal:
Apresenta verbos de ligação.
Apresenta predicativo (só do sujeito).
O núcleo é predicativo.
Exemplo: Eles estavam furiosos.
Predicado verbo-nominal:
Apresenta verbo significativo
Apresenta predicativo (do sujeito ou de objeto)
Dois núcleos: o verbo e o predicativo.
Exemplos:
Eles invadiram furiosos a loja.
Todos consideram ruim o filme.
Temos relacionados ao verbo
I. Objeto direto:
a) Funciona como destinatário/receptor do
processo verbal.
b) Completa o sentido do verbo transitivo direto
c) Pode ser trocado por o, as, os, as.
d) A oração admite voz passiva.
Exemplo: Muitas pessoas viram o acidente
II. Objeto indireto:
a) Funciona como destinatário/receptor do
processo verbal.
b) Completa o sentido do verbo transitivo direto.
c) Apresenta-se sempre com preposição
d) A oração não admite voz passiva.
Exemplo: Todos discordam de você.
III. Agente da passiva:
a) Pratica a ação verbal na voz passiva.
b) Corresponde ao sujeito da voz ativa.
c) Iniciado por preposição: por, pelo ou de.
Exemplo: O deputado foi vaiado pelos sem terra.
IV. Adjunto adverbial:
a) Acrescenta ao verbo circunstâncias de tempo,
lugar, modo, dúvida, causa, intensidade.
Termos Relacionados a nomes
I. Adjunto adnominal:
a) Determina, qualifica ou caracteriza o nome a
que se refere.
b) Pode se referir a qualquer termo da oração
(sujeito, objeto, etc.)
Exemplo: As três árvores pequenas secaram.
II. Predicativo:
a) Exprime uma característica/qualidade atribuída
ao sujeito ou ao objeto.
b) Liga-se ao sujeito ou ao objeto através de verbo
de ligação (claro ou subtendido)
Exemplo:
Toda a cidade estava silenciosa.
Elegeram José representante de turma.
III. Complemento nominal:
a) Completa o sentido de nomes (substantivos
abstratos, advérbios) de sentido incompleto.
b) Sempre com repetição.
Exemplo: Ninguém ficou preocupado com ele.
IV. Aposto:
a) Detalha, caracteriza melhor, explica ou resume
o nome a que se refere.
Exemplo: O Flamengo, time carioca, ganhou
ontem.
V. Vocativo:
a) Usado para "chamar" o ser com quem se fala.
b) Na escrita, vem sempre isolado por vírgula(s)
Exemplo: Era a primeira vez, meu amigo, que eu
a encontrava.
EXERCÍCIO
1.Na oração “Não foi aceita por mim a
recompensa oferecida”, os termos “por mim” e
“recompensa oferecida” são, respectivamente:
a) sujeito e agente da passiva.
60
b) agente da passiva e sujeito.
c) adjunto adverbial de instrumento e objeto
direto.
d) objeto direto e sujeito
e) adjunto adverbial de modo e sujeito.
a) sujeito e agente da passiva
b) agente da passiva e sujeito
c) adjunto adverbial de instrumento e sujeito
d) objeto direto e sujeito
e) adjunto adverbial de modo e sujeito

2.Assinale a análise correta do termo destacado: A CAPÍTULO XV

terra era povoada de selvagens. COLOCAÇÃO PRONOMINAL
a) objeto direto
b) Objeto indireto Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe,
c) Agente da passiva lhes, me, te, se, nos, vos) podem ocupar três
d) complemento nominal posições na oração em relação ao verbo:
e) adjunto adverbial
Próclise (antes do verbo) e diz-se que o verbo está
3.No período: “Quando enxotada por mim foi proclítico.
pousar na vidraça”, qual a função sintática de por Exemplos
mim? Nunca se diz estas coisas aqui.
a) objeto direto Quero que todos me ouçam.
b) sujeito Mesóclise (No meio do verbo) – pronome está
c) objeto indireto mesoclítico.
d) complemento nominal Exemplos
e) agente da passiva Pagar-se-ão todas as dividas.
Olhar-te-ei com muito carinho.
4.Na oração: “Um dia um tufão furibundo abateu- Ênclise – o pronome está enclítico.
se pela raiz”, um dia é: Exemplos
a) sujeito Ouviu-se muitas conversas sobre o assunto.
b) adjunto adnominal Compraram-me muitas flores.
c) adjunto adverbial de tempo
d) adjunto adverbial de modo Próclise com Nunca se diz
advérbios estas coisas
5.Na oração: “O alvo foi atingido por uma bomba Obrigatóri enquanto eu
formidável”, a locução “por uma bomba a
mandar aqui.
formidável” tem a função de:
a) objeto indireto Sempre lhe disse
b) agente da passiva que um dia isso
c) adjunto adverbial iria acontecer.
d) complemento nominal com conjunções Assim que o
e) adjunto adnominal subordinativas encontrar, avise-
nos para que
6.Qual a função sintática da palavra sublinhada no possamos tomar
período seguinte:
as providencias.
“É a hora em que o pássaro volta, mas de há muito
não há pássaros;” Disse-nos que se
a) Complemento nominal livraria daquele
b) Predicativo do sujeito infortúnio sem
c) Objeto direto demora.
d) Sujeito
e) Objeto indireto com preposição em + Em se tratando
gerúndio de festa, ela vem
7.Na oração: “Sem dúvida, esta menina toca piano sem demora.
muito bem” a palavra “piano” e “menina” são
respectivamente: Em se tratando

61
 de língua perseguição;
portuguesa, ele e deixou-me
um especialista. em paz.
com pronomes (menos Tudo se findara
com os pessoais retos) um dia. Mesóclise nas mesmas A mãe sairá
situações amanhã,
Alguém lhe dirá obrigatória
deixá-los-á
a verdade da ênclise
em paz.
quando permitir. com verbos
no futuro do Encontrá-lo-
Esse e o caso a presente ia se pudesse,
que me referi pretérito para resolver
outro dia. aquela
Isso nos questão.
interessa muito Encontrar-
devido a sua me-ão na festa
atitude. do próximo
Quem nos sábado,
ajudará no
no clube.
trabalho
domestico?
Casos com pronomes Naquele dia
opcionais pessoais retos de festa, ele
Ênclise com verbos Querem-nos nos encontrou
obrigatória no inicio do na abertura do no
período testamento clube.
ainda hoje.
Naquele dia
Faltam-me de festa, ele
informações encontrou-nos
indispensáveis no
para completar
o trabalho. clube.
com A mãe lhe
Compre-me substantivo e entregou o
estes presente só
ingredientes. adjetivos
após seu
após as A mãe saiu,
pausas deixando-os aniversário.
a sós.
- ponto-e- A mãe
virgula Fechou a entregou-lhe o
janela, presente só
- virgula desligando- após seu
- dois pontos se do mundo. aniversario.
Depois de A menina
uma bonita tirou-
me do serio.
longa

62
 A menina mês.
bonita me
tirou do sério. Venho
com as Gostei de a pedindo-lhe
preposições encontrar dinheiro
durante o
A, naquela
mês.
manhã.
PARA, DE Verbo auxiliar só ênclise do Tenho-lhe
mais verbo no Gostei de auxiliar dito todas
mais verbo no essas coisas
infinitivo encontrá-la
naquela PARTICÍPIO durante esse
manhã. ano.

Estou aqui Tenho-lhe

para lhe falado
entregar o muitas
prêmio de coisas, mas
vencedor dos você não me
jogos. ouve.

Estou aqui Verbo auxiliar próclise do Não lhe vou

para entregar- auxiliar pedir
mais verbo no ênclise do dinheiro
lhe o prêmio
de vencedor INFINITIVO principal neste mês.
dos jogos.
com fator de Não vou
pedir-lhe
Colocação dos pronomes nas locuções verbais próclise dinheiro
Verbo auxiliar ênclise do Vou-lhe neste mês.
auxiliar pedir Verbo auxiliar próclise do Não lhe
mais verbo no próclise do dinheiro auxiliar venho
mais verbo ênclise do pedindo
INFINITIVO principal neste mês.
ênclise do no principal dinheiro
Vou lhe GERÚNDIO durante o
principal
pedir mês.
dinheiro com fator de
neste mês. Não venho
próclise pedindo-lhe
Vou pedir- dinheiro
lhe dinheiro durante o
neste mês. mês.
Verbo auxiliar ênclise do Venho-lhe
auxiliar pedindo Verbo auxiliar só próclise Não lhe
mais verbo no próclise do dinheiro do auxiliar tenho dito
mais verbo no todas essas
GERÚNDIO principal durante o
ênclise do mês. PARTICÍPIO coisas
principal durante
Venho lhe com fator de
pedindo esse ano.
dinheiro próclise
Não lhe
durante o
tenho falado

63
 muitas 14. Quem chamou-te aqui?
coisas, mas (C) (E)
você
15. Se não engano-me, já conheço-a.
não me (C) (E)
ouve.
16. Se não me engano, já a conheço.
Exercícios – colocação pronominal (C) (E)

Quanto às regras de uso e colocação do pronome 17. Se me não engano, já a conheço.

oblíquo átono recomendadas pela norma culta, (C) (E)
julgue as questões de 01 a 26. 18. Caso faça-me de bobo, se arrependerá.
(C) (E)
1. Me faz um favor?
(C) (E) 19. Você disse que não se faria de bobo, e fez-se.
(C) (E)
2. Te farei um favor.
(C) (E) 20. Ninguém que se conscientize da água a
prejudica.
3. Lhe farei um favor. (C) (E)
(C) (E)
21. Todos que sentirem-se prejudicados se
4. O bolo é meu. Darei-o a você, porém. indignarão.
(C) (E) (C) (E)

5. Este bolo é meu. Darei-lhe outro, pois. 22. Cada um se imagina como ninguém o vê.
(C) (E) (C) (E)

6. Este bolo é meu. Darei-lhe, porém. 23. Se dizer que a amo a alegra, então digo: amo-
(C) (E) a.
(C) (E)
7. Dada-me permissão, falarei.
(C) (E) 24. Se disser que a amo e a alegrar, repeti-lo-ei
sempre.
8. Alguém fez-me de bobo. (C) (E)
(C) (E)
25. A palavra não machuca-me quando quero um
9. Ninguém me faz de bobo. sim.
(C) (E) (C) (E)

10. Eles fizeram-se de bobos. 26. Dizer-te não corrói-me por dentro.
(C) (E) (C) (E)

11. Eles se fizeram de bobos. Quanto às regras de uso do pronome oblíquo

(C) (E) átono, julgue as questões de 27 a 52.

12. Nada satisfaz-me. 27. Vamo-nos preparar para a guerra.

(C) (E) (C) (E)

13. Nenhuma pessoa me basta. 28. Vamos nos preparar para a guerra.
(C) (E) (C) (E)

64
29. Vamos preparar-nos para a guerra. (C) (E)
(C) (E)
47. Não nos temos preparado para a guerra.
30. Não vamo-nos preparar para a guerra. (C) (E)
(C) (E)
48. A guerra? A estamos a preparar.
31. Não vamos nos preparar para a guerra. (C) (E)
(C) (E)
49. A guerra? Estamos a a preparar.
32. Não vamos preparar-nos para a guerra. (C) (E)
(C) (E)

33. Não nos vamos preparar para a guerra. 50. A guerra? Estamos a prepará-la.
(C) (E) (C) (E)

34. Estamos nos preparando para a guerra. 51. Trar-te-ei um presente.

(C) (E) (C) (E)

35. Estamo-nos preparando para a guerra. 52. Far-me-ia um favor?

(C) (E) (C) (E)

36. Estamos preparando-nos para a guerra.

(C) (E) EXERCÍCIOS EXTRAS

37. Não estamo-nos preparando para a guerra. 1. Sabiam que era para........... providenciar o que
(C) (E) V.Sa .............., mas nem ......... nada.
a) mim – solicitastes – me disseram
38. Não estamos nos preparando para a guerra. b) eu – solicitastes – me disseram
(C) (E) c) mim – solicitou – disseram-me
d) eu – solicitou – me disseram
39. Não estamos preparando-nos para a guerra. e) mim – solicitastes – disseram-me
(C) (E)
R-D
40. Não nos estamos preparando para a guerra.
(C) (E) 2. I. Nem filhos, nem netos, ninguém lhe dava
ouvidos.
41. Temos nos preparado para a guerra. II. Quando a viu na sala, dirigiu-lhe a palavra.
(C) (E) III. Me avisaram do acidente por telefone.

42. Temo-nos preparado para a guerra. Nas frases anteriores, a colocação pronominal está
(C) (E) correta em
a) I, apenas
43. Temos preparado-nos para a guerra. b) II, apenas
(C) (E) c) III, apenas
d) I e II, apenas
44. Não temo-nos preparado para a guerra. e) I, II e III
(C) (E)
R: D
45. Não temos nos preparado para a guerra.
(C) (E) 3. Assinale a letra correspondente à alternativa
que preenche corretamente as lacunas da frase
46. Não temos preparado-nos para a guerra. apresentada.

65
Os hóspedes acomodaram-se nas poltronas que
.......... e ......... –se início ao espetáculo.
a) lhe foram reservado – deu
b) lhes foi reservado – deram
c) lhes foram reservadas – deu
d) lhes foram reservadas – deram
e) lhes foram reservadas – deu
E do
4. Marque a alternativa que completa
corretamente a frase:
Se ninguém __________ verdade, e se lutei para
_________ nada ________ a respeito.
a) me disse, encontrá-la, se falou.
b) disse-me, a encontrar, se falou.
c) me disse, a encontrar, falou-se.
d) disse-me, encontrá-la, falou-se
e) disse-me, encontrá-la, se falou.
5. Assinale a alternativa que não apresenta desvio
quanto à sintaxe de colocação do pronome
oblíquo átono.
a) “Ah, quem és? Lhe pergunto, arrepiado”
(Bocage)
b) “Te enganas, Cirene, pois até esse monte se
sente abrasar...”
c) “Suma-se, moleque” (José Lins do Rego)
d) “Dessa vez, me decidi. Vou viajar nessa
máquina” (Jorge Amado)
e) “Morto depois Afonso, lhe sucede Sancho II”
(Camões)
Comprá-lo-ás
7. Em “Que LHE importa a minha derrota?” e
“Por que A trouxeram aqui?” empregou-se a
próclise porque as orações são
_________________________
8. Em “Aqui ninguém ME conhece” e “Não ME
queira mal” empregou-se a próclise porque antes
verbo há uma palavra
___________________________________
9. Em “Em SE tratando de malandragem ele é um
mestre” e “Em SE falando de inflação ela parece
estável” empregou-se a próclise pois o verbo está
no ___________________ com a preposição
__________.
10. Assinale a alternativa gramaticalmente
INCORRETA em relação à colocação do
pronome oblíquo nas locuções verbais e tempos
compostos.
a) Quero-lhe explicar porque não cumpri o prazo
combinado.
b) Eles foram se acalmando na medida em que a
tempestade passava.
c) Eu não me lembrava se você tinha solicitado-
me um ou dois convites para o espetáculo.
d) O casal estava encontrando-se diariamente às
19h.
e) Será que ela tinha se sentado na primeira fila
por não enxergar bem?
R: C. Oblíquo após particípio.

R: C. 11. Assinalar a alternativa correta quanto a

colocação do pronome pessoa oblíquo:
6. Empregue a forma mesoclítica: a) O lugar para onde nos mudamos é aprazível.
a) Eu o encontrarei: b) Embora falassem-me, não acreditei.
_________________________ c) Sempre lembrar-se-á de ti.
b) Nós a veremos: d) Darei-te o remédio conforme o prescrito.
__________________________ e) Isto abalou-me profundamente.
c) Eles a visitarão:
__________________________ R: A.
d) Nós os enviaremos:
________________________
e) Tu o comprarás: CAPÍTULO XV
____________________________ ORAÇÕES COORDENADAS

R: Encontrá-lo-ei São aquelas que se relacionam sem dependência

Vê-la-emos sintática.
Visitá-la-ão
Enviá-lo-emos Classificam-se em:

66
Assindéticas (sem síndeto, sem conjunção)
Ex: Vi, vim, venci.
Sindéticas (com síndeto, com conjunção)
Ex: Eles estudaram, logo passarão no concurso.
Logo = conjunção coordenativa conclusiva.
A PONTUAÇÃO NAS ORAÇÕES
As orações coordenadas podem ser separadas por
vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e travessão.
Observe:
Os alunos estavam ansiosos, esperavam o início
da prova.
Os alunos do professor Leo Barbosa estudaram; já
os outros estão nervosos.
Os alunos estão estudando: certamente, passarão
no concurso.
Somente um estudante foi bem sucedido – os
demais foram tomados pela ansiedade.
Vale salientar que a vírgula nas orações
coordenadas sindéticas explicativas, adversativas
e conclusivas deve estar antes dos conectivos, na
maioria dos casos:
Exs: Estude, pois o concurso está aí. Oração
coordenada sindética explicativa.
Pedro estava ansioso na hora da prova, porém
obteve bom desempenho. Oração coordenada
sindética adversativa.
Adolfo estudou, portanto obteve bom resultado no
exame. Oração coordenada sindética conclusiva.
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
As sindéticas são classificadas em cinco
(ECAAA), de acordo com a semântica (o sentido)
estabelecida pelo conectivo que introduz a oração.
Vamos à classificação:
1) Oração coordenada sindética explicativa:
estabelece ideia de explicação, justificativa.
Principais conjunções: porque, pois (antes do
verbo), que.
Estude, pois/que/porque o concurso está próximo.
O.C.S. Explicativa
Dica 1: note que facilmente podemos substituir, a
fim de conferirmos o sentido que se estabelece.
Dica 2: geralmente, nas explicativas, aparece um
verbo no modo imperativo (ordem), seguidos de
uma conjunção explicativa. No caso, não tenha
dúvida: oração coordenada sindética explicativa.
2) Oração coordenada sindética conclusiva:
estabelece ideia de conclusão.
Principais conjunções/locuções conjuntivas:
portanto, logo, sendo assim, por conseguinte, pois
(deslocado, depois do verbo), então.
Eles estudaram com o professor Leo Barbosa,
logo/então/sendo assim/por conseguinte/ portanto
serão aprovados.
O.C.S. Explicativa
Este relógio é de ouro, não enferruja, pois
(portanto). O.C.S. Explicativa
3) Oração coordenada sindética aditiva:
estabelece ideia de adição, acréscimo, soma.
Principais conjunções/locuções conjuntivas: e,
nem, *mas também, como também, tampouco,
não só...
Não foi à festa *nem deu presente ao
aniversariante.
Atenção: a maioria dos gramáticos não aconselha
a combinação do “e” mais o “nem”. A
justificativa é de que o “nem” significa “e não”,
acarretando em um pleonasmo vicioso.
ATENÇÃO!!!
O “mas também” é formado pelo conectivo
“mas”, no entanto este não estabelece ideia de
adversidade. Quem reforça o contexto de adição é
o termo “também”. Cuidado para não escrever
“mais também”.
4) Oração coordenada sindética adversativa:
estabelece ideia de adversidade, oposição.
67

Principais conjunções/locuções conjuntivas: mas,
porém, entretanto, no entanto, todavia (junto
mesmo), contudo e *E.
João tem bastante dinheiro, mas gosta de comer
em restaurantes baratos.
Estroginaldo está doente, porém foi ao São João
de Campina Grande.
Dica 3: o “E”, que geralmente é uma conjunção
aditiva, pode figurar com valor de adversidade.
Note: Tomou sonífero e (mas) não dormiu. É
comum aparecer uma vírgula antes do “e”
adversativo, no entanto esta não é considerada
obrigatória.
Com exceção do “Mas”, todas as conjunções
adversativas podem ficar deslocadas na oração
coordenada adversativa.
5) Oração coordenada sindética alternativa:
estabelece ideia de alternância, exclusão. Dica:
geralmente, vem em pares.
Principais conjunções/locuções conjuntivas: ora,
ora, quer, quer, seja, seja, ou, ou.
A mulher ora o beijava, ora o arranhava.
Quer chova, quer faça sol, sairemos.
Ou estuda ou não passará no concurso.
Exercícios de treinamento
1. Divida os períodos e classifique as orações:
a) Ora ele planta, ora ele capina o mato.
________________________________________
________________________________________
________
b) Ele não plantou milho nem derrubou o mato.
________________________________________
________________________________________
_______
c) Zé Brasil trabalha na terra, porém o coronel fica
com os lucros.
________________________________________
________________________________________
_______
d) Ele trabalha muito; devia, pois, lucrar mais.
________________________________________
________________________________________
_______
e) O coronel o expulsou, pois era o dono das
terras.
________________________________________
________________________________________
_______
f) O camponês preparou a terra, plantou, não
colheu nada .
________________________________________
________________________________________
________
g) Quer ele seja vadio, quer seja indolente,
ninguém deve culpá-lo por isso.
________________________________________
________________________________________
_______
h) Tentou matar as formigas, contudo não
conseguiu; logo, desistiu de tudo.
________________________________________
________________________________________
_______
i) Zé Brasil tentou comprar umas terras;
entretanto, não comprou.
________________________________________
________________________________________
________
68
j) Ponha atenção nas doenças do Zé Brasil, que
você o compreenderá melhor.
________________________________________
________________________________________
_______
2. Junte as orações dadas em cada item, usando
como ligação uma conjunção coordenativa;
indique o tipo de relação estabelecida.
Ex.: a) Ela não teve tempo de estudar.
b) Esforçou-se e fazer uma boa prova.
c) Ela não teve tempo de estudar, no entanto,
esforçou-se em fazer uma boa prova. (adversativa)
1) a) O campeonato foi muito duro.
b) Os atletas merecem um longo descanso.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
____________
2) a) Você é um grande amigo nosso.
b) Contamos urgentemente com sua ajuda.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
___________
3) a) Ele é uma pessoa competente.
b) É capaz de falhar algumas vezes, como
qualquer um de nós.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
___________
3) a) Ele quer ficar rico.
b) Deve trabalhar com muito afinco.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
___________
4. a) Não desanime diante das dificuldades.
b) A recompensa vale o esforço.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
___________
5. a) O velho pai sofria com isso.
b) Não chorava vem maldizia a sorte.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
___________
6) a) Aquela cidade não oferece muitas chances de
trabalho.
b) Muitos jovens insistem em não sair de lá.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
____________
7) a) Não gostava da vida na cidade.
b) Tinha planos de comprar um sítio e ir morar no
interior.
________________________________________
________________________________________
________________________________________
____________
Questões de concursos
1.(Cespe/UnB – SEAD/PA – Procurador – 2005)
Assinale a opção incorreta a respeito das relações
sintáticas e semânticas.
b) As expressões “a política” e “as questões
sociais” (tanto a política quanto as questões
sociais devem ser...) estão em uma relação aditiva.
d) Na linha 10, apesar de iniciado pela conjunção
de valor adversativo “Porém” (Não nego que o
indivíduo tenha importância no processo histórico.
Porém, o indivíduo conta onde a coletividade não
conta), o período sintático representa uma causa
para as ideias do período anterior.
e) Seriam preservadas as relações argumentativas
do texto se a oração coordenada assindética
iniciada por “não” (A tarefa é tornar o jogo
verdadeiramente democrático, não mera
legitimação da impetuosidade arrivista de líderes
mais preocupados com o sucesso pessoal que com
as causas sociais) fosse transformada em uma
aditiva, substituindo-se a vírgula que a precede
pela conjunção e.
2. (AOCP – Pref. de Catu/BA – Mecânico de
Veículos – 2007) Leia a seguinte sentença: Joana
tomou um sonífero e não dormiu. Assinale a
69
alternativa que classifica corretamente a segunda
oração.
a) Oração coordenada assindética aditiva.
b) Oração coordenada sindética aditiva.
c) Oração coordenada sindética adversativa.
d) Oração coordenada sindética explicativa.
e) Oração coordenada sindética alternativa.
3. (AOCP – Pref. de Catu/BA – Bibliotecário –
2007) Leia a seguinte sentença: Não precisaremos
voltar ao médico nem fazer exames. Assinale a
alternativa que classifica corretamente as duas
orações.
a) Oração coordenada assindética e oração
coordenada adversativa.
b) Oração principal e oração coordenada sindética
aditiva.
c) Oração coordenada assindética e oração
coordenada aditiva.
d) Oração principal e oração subordinada
adverbial consecutiva.
e) Oração coordenada assindética e oração
coordenada adverbial consecutiva.
4. (IBFC – ABDI – Assistente Jurídico – 2008)
Assinale a alternativa em que o período é
composto por coordenação assindética:
a) Dormi tarde, mas acordei muito cedo.
b) Dormiu pouco, estava, pois, cansado.
c) O rapaz trouxe a encomenda e já foi embora.
d) O ônibus chegou, despedimo-nos.
5. (Instituto Cidades – UNIFESP – Analista DE
TI – 2009) “Voa, coração, que ele não deve
demorar”, a oração destacada é corretamente
classificada como:
a) coordenada concessiva;
b) subordinada adverbial temporal;
c) coordenada explicativa;
d) subordinada substantiva objetiva direta.
6. (AOCP – CIASC – Analista de Sistemas –
2009) Assinale a alternativa correta. Em “Porém,
não podemos festejar a situação presente, pois
para o progresso futuro precisamos ser
obstinadamente inconformistas.”, temos,
respectivamente:
a) uma oração coordenada sindética aditiva e uma
oração subordinada adverbial causal;
b) uma oração subordinada adverbial causal e uma
oração coordenada sindética explicativa;
c) uma oração coordenada sindética adversativa e
uma oração coordenada sindética
explicativa;
d) uma oração subordinada adverbial concessiva e
uma oração subordinada adverbial
causal;
e) uma oração coordenada sindética conclusiva e
uma oração subordinada adverbial causal.
7. (FAB – EAGS – Sargento – 2009) Em qual
alternativa a oração destacada é coordenada
conclusiva?
a) Roberto Carlos não só canta mas também
compõe.
b) Cumprimente-o, pois hoje é seu aniversário.
c) O candidato estava preparado, entretanto não
obteve classificação no concurso.
d) Não tinha mais nenhuma chance com o ex-
namorado, portanto desistiu de procurá-lo.
8. (AOCP – Colégio Pedro II – Assistente em
Administração – 2010) Em “A quadrilha estava
em dois carros e usava armas longas e fuzis.”, há:
a) duas orações coordenadas, pois uma não
depende sintaticamente da outra;
b) duas orações subordinadas, pois a segunda
completa sintaticamente a primeira;
c) dois períodos simples, pois há dois verbos e
duas orações independentes;
d) um período simples, independente, e uma
oração coordenada, independente;
e) um período simples, independente, e uma
oração subordinada, dependente.
9. (FAB – EAGS – Sargento – 2011) Leia:
Você não estuda, nem me deixa estudar. Faça
silêncio, que quero ouvir a explicação. Você quer
que eu participe de suas brincadeiras durante as
aulas, e nenhuma influência externa vai me
atrapalhar.
Considerando os períodos compostos por
coordenação, há no texto:
a) duas orações aditivas e uma oração explicativa;
b) uma oração aditiva, uma oração adversativa,
uma oração alternativa;
c) uma oração aditiva, uma oração alternativa,
uma oração conclusiva;
d) uma oração aditiva, uma oração explicativa,
uma oração adversativa.
10. (FAB – EEAR – Controlador de Tráfego
Aéreo – 2012) Assinale a alternativa em que a
70
relação expressa pela oração coordenada em
destaque está correta.
a) A vida parou ou foi o automóvel? (adversidade)
b) Mude seu pensamento e você mudará o mundo.
(alternância)
c) Nem sempre as esperanças se realizam, contudo
sempre as cultivo. (conclusão)
d) Não só era inteligente, mas também observava
tudo com atenção. (adição)
11. (FAB – EAGS – Sargento – 2012) Observe os
períodos abaixo:
I. Venha logo, pois estou ansioso.
II. Ele é o homem da casa, logo deve assumir o
papel de chefe da família.
III. Termine logo esse trabalho, pois quero ir
embora para casa.
IV. Trabalhei muito, logo mereço aproveitar
bastante minhas férias.
Assinale a alternativa incorreta.
a) Há, em I, uma oração coordenada sindética
explicativa.
b) Há, em II, uma oração coordenada sindética
conclusiva.
c) Há, em III, uma oração coordenada sindética
conclusiva.
d) Há, em IV, uma oração coordenada sindética
conclusiva.
12. (FAB – EEAR – Controlador de Tráfego
Aéreo – 2012) Relacione as colunas de acordo
com o valor semântico das conjunções
coordenativas e, em seguida, assinale a alternativa
com a sequência correta.
( ) O político não agiu com lealdade; perdeu, pois,
na disputa para a reeleição.
( ) Não solte balões, que pode causar incêndio.
( ) Choveu vários dias sem parar, por conseguinte
houve enchente no sul.
( ) Ele foi eleito, não obstante suas loucuras não
tinham o apoio da população.
(1) ideia de conclusão
(2) ideia de explicação
(3) ideia de adversidade
a) 2, 1, 1, 3.
b) 3, 2, 1, 1.
c) 1, 2, 1, 3.
d) 1, 1, 2, 3.
13. (FAB – EAGS – Sargento – 2012)
Considerando-se a relação de sentido estabelecida
entre as orações do período composto por
coordenação, em qual alternativa não se pode
utilizar a conjunção pois?
a) Invadiram meu quarto, pois as minhas roupas
desapareceram.
b) Não conte seus segredos para essa mulher, pois
ela não é uma pessoa confiável.
c) A festa foi planejada durante seis meses; não
haverá, pois, surpresas desagradáveis.
d) A festa foi planejada durante seis meses, pois
não haverá surpresas desagradáveis.
14. (CLICK – Pref. Canoinhas – Professor de
Português – 2012) Assinale a alternativa que
contém uma oração coordenada sindética aditiva:
a) Pedro não veio para aula porque estava doente.
b) Pedro não foi para a escola e nem para o
trabalho.
c) Pedro está doente, logo não vai para a aula.
d) Pedro vai para a escola, ou para o trabalho.
15. (SOLER – Pref. Macaubal/SP – Assistente
Administrativo de Trânsito – 2012) Em “No outro
dia tomei o trem, ferrei no sono e acordei às dez
horas na estação central” (Graciliano Ramos),
temos:
a) período simples;
b) período composto por subordinação;
c) período composto por coordenação;
d) período composto por coordenação e
subordinação.
16. (SOLER – IPREM – Agente Contábil
Previdenciário – 2012) É uma oração coordenada
assindética aquela expressa na alternativa:
a) “O homem de juízo aproveita, o tolo
desaproveita a experiência própria.”
b) Não emprestes, não disputes, não maldigas, e
não terá do que arrepender-te.
c) A virtude é comunicável, porém o vício,
contagioso.
d) As circunstâncias descobrem ou fazem as
grandes personalidades.
17. (SOLER – IPREM – Agente Financeiro e RH
Previdenciário – 2012) Encontramos um período
composto por coordenação na alternativa:
a) Um de seus filhos é muito inteligente.
b) Ele veio visitar-me, mas não me encontrou.
c) Os policiais descobriram como foi feito o
assalto da casa ao lado da delegacia.
d) Aqueles que se dedicam ao trabalho vencem na
vida.
71
 Sou favorável a seu trabalho. / Sou favorável a
GABARITO que você trabalhe.

1. D 5) Predicativo
2. C
3. C O estudo de Português é necessário. / O
4. D necessário é que se estude Português.
5. C
6. C 6) Aposto
7. D
8. A Desejo isto: sua vitória. / Desejo isto: que você
9. D vença.
10. D
11. C  São geralmente introduzidas pelas
12. C conjunções integrantes “que” e “se”.
13. D
14. B CLASSIFICAÇÃO
15. C
16. A Quanto à função:
17. B
a) subjetiva
b) objetiva direta
c) objetiva indireta
CAPÍTULO XVI d) completiva nominal
ORAÇÕES SUBORDINADAS e) predicativa
SUBSTANTIVAS f) apositiva

 Exercem funções próprias do substantivo, a
saber: sujeito, objeto direto, objeto indireto,
complemento nominal, predicativo ou aposto da
oração principal.
Note a correspondência entre o substantivo e sua
relação oracional:
1) Sujeito
É necessário o estudo de Português/ É necessário
que se estude Português.
Quanto à forma:
a) Desenvolvidas: introduzidas por conjunção
integrante “que” ou “se”; verbo flexionado em
tempo e modo.
b) Reduzida: ausência de conjunção integrante;
podem ou não se introduzidas por preposição;
verbo em forma nominal (infinitivo, particípio ou
gerúndio)
c) Justaposta: ausência de conjunção integrante;
verbo conjugado em tempo e modo.
Reconhecimento

2) Objeto direto Troca-se a conjunção integrante, junto com o

restante da oração, pela palavra “isso”. Se a troca
Ninguém desejou sua vitória. / Ninguém desejou não prejudicar o sentido da oração, comprova-se a
que você vencesse. presença de uma substantiva.Veja:

3) Objeto indireto Não sei se estou machucado. = Não sei isso.

Informei-lhe da sua vinda. / Informei-lhe que você Preciso saber que horas são. = Preciso saber isso.
viria.
Evidentemente, se houver uma preposição antes
4) Complemento nominal da conjunção integrante, aquela se junta a esta.
Veja:

72
 Ficou comprovado que Vera é a culpada.
Preciso de que me ajudes. = Preciso disso. (passiva analítica)
(oração subordinada
Obs: Não se pode usar este método de substantiva subjetiva)
reconhecimento para as orações apositivas.
 Verbo de ligação (VL) + Predicativo
Tipologia das orações subordinadas
substantivas É bom que venhas logo.
(VL) (Pred) O.S.S.Subj
Oração subordinada substantiva subjetiva:
exerce função sintática de sujeito da oração Ficou claro que ele não mentiu.
principal. (VL) (Pred) O.S.S.Subj

Convém que estudes Direito Constitucional.  Verbos intransitivos unipessoais (cumpre,

Foi necessário que ela voltasse. importa, acontece, ocorre, sucede, convém, urge,
Basta que você seja feliz. consta, parece, basta) sempre na 3ª pessoa do
Urge que façamos a reunião. singular.
Espera-se que venham dias melhores.
Acontece que não sei de nada.
 Substituição pela palavra “isso”: VI O.S.S.Subj

- Isso convém. Parecia que ele me amava.

(suj) VI O.S.S.Subj
- Isso foi necessário.
(suj) ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
- Isso basta. OBJETIVA DIRETA
(suj)
- Isso urge. Exerce a função sintática de objeto direto,
(suj) complementando o significado do verbo transitivo
direto (VTD) ou verbo transitivo direto e indireto
- Espera-se isso. (VTDI) da oração principal.
(VTD) (PA) (Suj. paciente).
Sinfronésia percebeu que Estroginaldo estava
Dica: na oração subordinada subjetiva, o verbo da abatido.
oração principal fica na 3ª pessoa do singular. (VTD) O. S. S. O. D

Estrutura da oração subjetiva Rondovaldo sabe que tudo é mentira.

(VTD) O. S. S. O. D
 Verbo na voz passiva pronominal (VTD+SE)
ou Analítica (Ser, Ficar, Estar + Particípio) Informamos ao porteiro que ele ficará de férias.
(VTDI) O. S. S. O. D
Diz-se que ela é viúva. (passiva pronominal)
(oração subordinada substantiva subjetiva) CUIDADO!!!

Conta-se que Renato é um excelente professor. Não confunda oração subordinada substantiva
(passiva pronominal) (oração subordinada objetiva direta com a subjetiva. Perceba a
substantiva subjetiva) diferença:

Sabe-se que ele chegou muito triste. (passiva I) Sabe-se que és vencedor.
pronominal) II) Sabe que és vencedor.
(oração subordinada substantiva subjetiva)

73
Observe: em I, o verbo é transitivo direto seguido
de pronome apassivador “se”.
Note:
Sabe-se que és vencedor.
(VTD + Pron. Apassivador) = oração subordinada
substantiva subjetiva.
Sabe-se isso.
(VTD) (Suj. paciente)
Em II: Sabe que és vencedor = Sabe isso.
(VTD) (OD)
CUIDADO REDOBRADO!
1) Segundo Fernando Pestana, alguns verbos que,
geralmente, funcionam como transitivos indiretos,
podem ter sua transitividade modificada quando
associados a complementos oracionais, tornando-
se transitivos diretos, a exemplo dos verbos
ligados a julgamento, opinião, crença: crer,
acreditar, desconfiar, saber, pensar.
Ex: Acredito em Deus.
VTI OI.
Acredito que Deus existe.
VTD Oração subordinada substantiva objetiva
direta.
2) Na oração “Fizeram com que se acreditasse nas
mentiras de Josualdo”, a preposição é usada com
valor expletivo, ou seja, de realce, podendo ser
retirada da frase sem prejuízo. Logo, trata-se de
uma O.S.S.O.D, pois quem faz, faz algo.
ORAÇÃO SUBORDINADA OBJETIVA
INDIRETA
Desempenha o papel de objeto indireto da oração
principal, logo complementa o significado de um
verbo transitivo indireto (VTI) ou verbo transitivo
direto e indireto (VTDI).
Esqueci-me de que você era professor.
(VTI) O.S.S. O. I.
Sempre duvidei de que ele fosse honesto.
(VTI) O.S.S. O. I.
Atenção!!!
1) Nas orações subordinadas substantivas
objetivas indiretas, a preposição pode ser omitida,
sem, no entanto, acarretar mudança na
transitividade do verbo. Veja:
Esqueci-me que você era professor.
(VTI) O.S.S. O. I.
Sempre duvidei que ele fosse honesto.
(VTI) O.S.S. O. I.
2) Segundo Celso P. Luft, o verbo ansiar pode
ser VTD. Dessa forma, na frase “Anseio que
algumas pessoas estejam na Terra por um
propósito” deve ser analisada como objetiva
direta. Acerca do verbo lembrar-se, seguido da
conjunção integrante se, a preposição fica
implícita.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
COMPLETIVA NOMINAL
Desempenha o papel de complemento nominal
(adjetivo, substantivo abstrato, advérbio) da
oração principal.
Estou certo de que você passará no vestibular.
ADJ O.S.S. C.N
Tinha a impressão de que o conhecia.
Subst. Abst O.S.S. C.N
Agiu contrariamente a você trabalhar.
Adv O.S.S. C.N
Dica: tal qual as objetivas indiretas, a preposição
pode ser omitida nas completivas nominais.
Observe:
Estou certo que vou passar no Enem.
O.S.S. C.N
Tinha a impressão que o conhecia.
O.S.S. C.N
ATENÇÃO!!!
Cuidado para não confundir as orações
subordinadas substantivas completivas nominais
com as objetivas indiretas e vice-versa. Lembre-se
de que estas completam o significado de verbos
74
transitivos indiretos, enquanto aquelas estão
associadas a adjetivos, substantivos e advérbios. A
dica é observar o que está imediatamente antes da
preposição. Compare:
Tenho necessidade (de) que você me ajude.
Subst abst O.S.S. C. N
Necessito (de) que você me ajude.
VTI O.S.S.Objetiva indireta
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
PREDICATIVA
Desempenha o papel de predicativo do sujeito da
oração principal, sendo sempre acompanhada de
verbo de ligação, em geral, o verbo ser, mas,
também pode figurar o verbo aparecer (mais raro)
A verdade é que ele sabe do acidente.
Suj VL O.S.S Predicativa
A minha certeza é a de que tudo ficará bem.
SUJ VL O.S.S Predicativa
As mulheres parecem que não são o “sexo frágil”.
SUJ VL O.S.S Predicativa
DICA!
Não confunda as orações subordinadas
predicativas com as subjetivas. Repare:
I) O fundamental era que estudássemos português.
II) Era fundamental que estudássemos português
Em I temos um sujeito explícito, seguido de verbo
de ligação e de uma expressão que o caracteriza
(predicativo), portanto trata-se de uma oração
subordinada substantiva predicativa. Em II, inicia-
se com um verbo de ligação e o trecho em
destaque funciona como sujeito do que “era
fundamental”.
Atenção!!!
Muito cuidado com este tipo de construção:
I) Eles é que mentiram.
II) A verdade é que eles mentiram.
Em I, a expressão “é que” é mero elemento de
realce, com função expletiva, ou seja, pode ser
retirada da frase, sem que comprometa a estrutura
da frase. Na verdade, estamos diante de um
período simples: “Eles mentiram”.
Em II, temos:
A verdade = sujeito
É: verbo de ligação
Que: conjunção integrante.
Trata-se de uma oração subordinada substantiva
predicativa.
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
APOSITIVA
Funciona como aposto de um termo da oração
principal. É marcado por algum sinal de
pontuação, geralmente dois-pontos:
Desejo-lhe isto: que você seja aprovado.
O. S. S. Apositiva
Só lhe peço uma coisa: que me dê um milhão de
reais.
O. S. S. Apositiva
ORAÇÕES SUBORDINADAS
SUBSTANTIVAS JUSTAPOSTAS
São as orações iniciadas por pronomes
interrogativos (que, quem, qual, quanto) e
advérbios interrogativos (onde, como, quando, por
que).
Exemplos:
1) Oração subordinada substantiva subjetiva
justaposta
Quem estuda passa.
Obs: Conforme o gramático Sacconi, quando o
sujeito se encontra nesse tipo de estrutura, a
vírgula é facultativa (Quem estuda, passa).
Todavia, a visão tradicional prega que não se
separa sujeito do verbo.
2) Oração subordinada substantiva predicativa
justaposta
75

“O amor é quando a gente mora um no outro.”
(Mário Quintana)
3) Oração subordinada objetiva direta
justaposta
Quero entender por que Josiscleia e Ferdinando
brigam tanto.
4) Oração subordinada objetiva indireta
justaposta
Lembra-te de qual pessoa te ajudou naquele
momento difícil.
5) Oração subordinada completiva nominal
justaposta
Não tenho ideia de quantas pessoas ajudei ontem.
6) Oração subordinada apositiva justaposta
“A saudade é como o sol do inverno: ilumina sem
aquecer.”
Nota: Segundo Ulisses Infante, existe a oração
com função de vocativo: “Quem estiver atento,
por favor, o diretor tem algumas palavras
importantes a dizer.”.
EXERCÍCIOS
01. Dentre as orações destacadas, a que destoa
quanto à função sintática que exerce é:
a) Quem estuda passa.
b) Importa que estudemos.
c) Convém que os políticos sejam verdadeiros.
d) Disseram-nos que progrediremos.
e) Pede-se que se faça silêncio.
02. Dentre as orações destacadas, a que destoa
quanto à função sintática que exerce é:
a) Conscientizei-me de que não posso beber.
b) Estou consciente de que não posso beber.
c) Preciso de que tenham paciência.
d) Necessito de que tenham paciência.
e) Interessei-me por que você saia comigo.
03. A alternativa em que o par de orações
destacadas tem a mesma função sintática é:
a) Meu desejo – que você me acompanhe – é
forte.
Eu desejo que você me acompanhe.
b) Julgo que ninguém me entendeu.
Avisei os alunos de que a prova estava difícil.
c) Quem ama sofre.
A necessidade de que você me ajude é explícita.
d) O meu último pedido é simples: seja discreto.
Meu apelo – que você seja discreto – é simples.
e) É fundamental que o time ganhe hoje.
O fundamental é o time ganhar hoje.
04. Transforme cada segmento destacado numa
oração subordinada subjetiva desenvolvida.
a) Reconhece-se a sua fama.
________________________________________
____
b) Percebe-se a sua ambição
________________________________________
____
c) Vê-se a sua habilidade.
________________________________________
____
d) Deseja-se a sua aprovação.
________________________________________
____
e) Determinou-se a sua viagem.
________________________________________
____
f) É sabido o seu bom caráter.
________________________________________
____
g) É admirável sua luta.
________________________________________
____
h) Seria lastimável a sua presença no plenário.
________________________________________
____
05. Transforme cada segmento destacado numa
oração subordinada substantiva objetiva (direta ou
indireta).
a) Quero um abraço seu.
76
________________________________________
____
b) Preciso de um abraço seu.
________________________________________
____
c) Necessito de um abraço seu.
________________________________________
____
d) Exijo um abraço seu.
________________________________________
____
e) Pedi sua atenção.
________________________________________
____
f) Inferi a sua desconfiança de mim.
________________________________________
____
g) Deduzi a sua estima por mim.
________________________________________
____
h) Gosto de seu carinho.
________________________________________
___
06. Classifique cada oração substantiva destacada
abaixo:
a) Senti que você tremia.
________________________________________
____
b) É importante que compareçamos à reunião.
________________________________________
____
c) Meu desejo é que eu esteja sempre a seu lado.
________________________________________
____
d) Meu desejo é este: que eu esteja sempre a seu
lado.
________________________________________
____
e) O essencial era que você me ajudasse.
________________________________________
____
f) Não sou favorável a que você trabalhe agora.
________________________________________
____
g) Exijo que saiamos daqui.
________________________________________
____
h) Ninguém fará que eu permaneça em sala.
________________________________________
____
07. Reduza cada oração substantiva desenvolvida
dos enunciados abaixo. (use o infinitivo)
Ex: Senti que você tremia. Senti você tremer.
a) É importante que compareçamos à reunião.
________________________________________
____
b) Meu desejo é que eu esteja sempre a seu lado.
________________________________________
____
c) Meu desejo é este: que eu esteja sempre a seu
lado.
________________________________________
____
d) O essencial era que você me ajudasse.
________________________________________
____
e) Não sou favorável a que você trabalhe agora.
________________________________________
____
f) Exijo que saiamos daqui.
________________________________________
___
g) Ninguém fará que eu permaneça em sala.
________________________________________
____
08. (Ceperj) “Não permita Deus que eu morra” – a
oração em destaque exerce a função de:
77
a) sujeito;
b) adjunto adverbial;
c) objeto indireto;
d) objeto direto;
e) complemento nominal.
CAPÍTULO XVII
Orações subordinadas adverbiais
A oração subordinada adverbial exerce
função de adjunto adverbial do verbo da
oração principal.
Observe:
Naquele momento, senti uma forte emoção.
Adjunto adverbial de tempo
Quando vi você, senti uma forte emoção.
Oração subordinada adverbial temporal /
Oração principal
No primeiro período, “naquele momento” é
um adjunto adverbial de tempo, função
exercida por uma locução adverbial.
No segundo período, esse papel é exercido
por uma oração “Quando vi você”, que é,
portanto, uma oração subordinada adverbial
temporal. Observe que ela é introduzida por
uma conjunção subordinativa (quando), mas
também pode vir reduzida, sem a presença da
conjunção.
Ao ver você, senti uma forte emoção
Oração subordinada adverbial temporal
reduzida de infinitivo/Oração principal
Causais
A ideia de causa está ligada àquilo que
provoca um determinado fato. São
introduzidas pelas conjunções: porque, já
que, uma vez que, como, visto que, pois, mas
também podem vir reduzidas, sem a presença
da conjunção.
Não fui à festa, porque estava doente.
Oração principal / Oração subordinada
adverbial causal
Não fui à festa, por estar doente.
Oração principal / Oração subordinada
adverbial causal reduzida de infinitivo
Como não tinha dinheiro, não viajei naquela
semana.
Oração subordinada adverbial causal/ Oração
principal
Não tendo dinheiro, não viajei naquela
semana.
Oração subordinada adverbial causal
reduzida de gerúndio / Oração principal
Consecutivas
A ideia de consequência está ligada àquilo
que é provocado por um determinado fato.
São introduzidas pela conjunção que, quase
sempre precedida, na oração principal, de
termos indicadores de intensidade, como: tão,
tal, tanto, tamanho.
Estava tão doente que não fui à festa.
Oração principal/ Oração subordinada
adverbial consecutiva
Sua fome era tanta que comeu com casca e
tudo.
Oração principal/ Oração subordinada
adverbial consecutiva
Condicionais
Condição é aquilo que se impõe como
necessário para a realização, ou não, de um
fato. São introduzidas pelas conjunções: se,
caso, contanto que, desde que, salvo se, a
menos que, sem que, uma vez que.
Desde que aceite a proposta, assinaremos o
contrato.
Oração subordinada adverbial condicional
Oração principal
Se conhecesse os alunos, o professor não os
puniria.
Oração subordinada/ Oração principal
adverbial condicional
Conhecendo os alunos, o professor não os
puniria.
Oração subordinada adverbial/ Oração
principal
condicional reduzida de gerúndio
Concessivas
A ideia de concessão está diretamente ligada
à ideia de contraste, de quebra de expectativa.
De fato, quando se faz uma concessão, não se
faz o que é esperado, o que é normal. São
introduzidas pelas conjunções: ainda que,
embora, mesmo que, apesar de que.
78
Mesmo que faça sol, não iremos nadar.
Oração subordinada adverbial concessiva/
Oração principal
Foi aprovado embora não estudasse.
Oração principal/ Oração subordinada
adverbial concessiva reduzida de infinitivo
Ainda que faça calor, levarei casaco.
Oração subordinada adverbial concessiva/
Oração principal
Comparativas
As orações subordinadas adverbiais
comparativas contêm um fato ou um
elemento sendo comparado a um fato ou a
um elemento mencionado na oração
principal. A conjunção típica para exprimir
essa circunstância é como; além dela,
utilizam-se com muita frequência as
estruturas que formam o grau comparativo
dos adjetivos e dos advérbios: tão... como
(quanto), mais (do) que, menos (do) que.
Ele dorme como um urso (dorme).
Oração principal/Oração subordinada
adverbial comparativa
Sua sensibilidade é tão afinada quanto seu
saber.
Oração principal Oração subordinada
adverbial comparativa
Conformativas
As orações subordinadas adverbiais
conformativas indicam a ideia de
conformidade, ou seja, exprimem uma regra,
um caminho, um modelo adotado para a
execução do que se declara na oração
principal. São introduzidas pelas conjunções:
como, consoante, conforme e segundo.
Fiz a tarefa conforme o professor ensinou.
Oração principal/ Oração subordinada
adverbial conformativa
Segundo você me disse, nada foi feito.
Oração subordinada adverbial
conformativa/Oração principal
Finais
As orações subordinadas adverbiais finais
exprimem a intenção, a finalidade do que se
declara na oração principal. São introduzidas
pela conjunção a fim de que ou pela locução
para que.
Estudamos muito a fim de que sejamos
aprovados.
Oração principal/ Oração subordinada
adverbial final
Preparar-me-ei agora para ser vencedor.
Oração principal/ Oração subordinada
adverbial final reduzida de infinitivo
Proporcionais
As orações subordinadas adverbiais
proporcionais estabelecem relação de
proporção ou proporcionalidade entre o
processo verbal nelas expresso e aquele
declarado na oração principal.
São introduzidas pelas conjunções: à
proporção que, à medida que e expressões
como: quanto mais, quanto menos, tanto
mais, tanto menos.
O tempo esfria à medida que escurece.
Oração principal/ Oração subordinada
adverbial proporcional
À medida que falta produto no mercado, o
preço sobe.
Oração subordinada adverbial proporcional/
Oração principal
Temporal
As orações subordinadas adverbiais
temporais indicam basicamente ideia de
tempo. Indicam o momento da ação do fato
ocorrido na oração principal.
São introduzidas pelas conjunções e locuções
conjuntivas: quando, assim que, logo que,
sempre que, mal, enquanto, antes que.
Quando terminou o discurso, todos o
vaiaram.
Oração subordinada adverbial
temporal/Oração principal
Assim que saiu da festa, foi atropelado.
Oração subordinada adverbial temporal/
Oração principal
ORAÇÕES SUBORDINADAS
ADVERBIAIS - EXERCÍCIOS
1. Classifique cada oração destacada
nos períodos de acordo com o
seguinte esquema:
a) Or.Sub. Adv. Causal
b) Or.Sub. Adv. Conformativa
c) Or.Sub. Adv. Comparativa
d) Or.Sub. Adv. Concessiva
e) Or.Sub. Adv. Condicional
f) Or.Sub. Adv. Consecutiva
g) Or.Sub. Adv. Final
h) Or.Sub. Adv. Proporcional
i) Or.Sub. Adv. Temporal
79
1. ( ) Como não tem chovido, as
plantas morreram.
2. ( ) As plantas, como não tem
chovido, morreram.
3. ( ) As plantas morrem como
qualquer ser vivo.
4. ( ) Os cães vivem como adestram
seus donos.
5. ( ) Embora não me queira,
permanecerei aqui.
6. ( ) Não obstante ser jovem, é
experiente.
7. ( ) Não obstante estar doente,
trabalhei muito.
8. ( ) Malgrado ser magro, come a
toda hora.
9. ( ) Quando estou tenso, como
muito.
10. ( ) Quando iam entrando em campo,
os torcedores aplaudiam mais e mais.
11. ( ) Quando achava conveniente,
ficava só.
12. ( ) Ela sempre me abraça suada,
quando sabe muito bem que odeio
isso.
13. ( ) Quando fosse reprovada,
permaneceria feliz.
14. ( ) Para me envergonhar, ela se
veste assim.
15. ( ) Eu, a fim de não constrangê-la,
silenciei-me.
16. ( ) Enquanto trabalho, penso em
você.
17. ( ) Enquanto descia a serra,
aumentava a ansiedade.
18. ( ) Se eu tivesse carro, não iria a pé.
19. ( ) Se eu tenho carro, por que ir a pé
? 44. ( ) Ainda que você me incomode,
20. ( ) Se és professor, como todos
sabemos, por que não explicas isto?
21. ( ) Se és professor, como todos
sabemos, por que não explicas isto ?
22. ( ) Quando minha amiga flagrou o
namorado com outra, só chorou. Se é
comigo, enfiava a mão nele.
23. ( ) Você já me decepcionou tanto,
que, se o flagrasse com outra, eu não
ficaria pior.
24. ( ) Você já me decepcionou tanto,
que, se o flagrasse com outra, eu não
ficaria pior.
25. ( ) Fiz um sinal que minha filha se
calasse.
26. ( ) Que eu saiba, ninguém procurou
por você.
27. ( ) Desde que choveu, há um
vazamento na laje.
28. ( ) Desde que não chova,
permaneceremos aqui.
29. ( ) Uma vez que ela me viu,
confessei.
30. ( ) Uma vez que ela me veja,
confessarei.
31. ( ) Dado que chova, não sairei.
32. ( ) Dado que choveu, não saí.
33. ( ) Toda vez que chove, não saio.
34. ( ) Não vira o tempo, que a alergia
não me ataque.
35. ( ) Sempre que vira o tempo, a
alergia me ataca.
36. ( ) Quando eu era criança,
amadurecia rapidamente à medida
que meu pai me ensinava.
37. ( ) Como eu era criança, não
entendia tudo como meu pai queria.
38. ( ) Desde que o ano começou, ainda
não tive sorte no amor.
39. ( ) Desde que o Brasil vença o
próximo jogo, não haverá pressão
sobre o técnico.
40. ( ) Desde que o nível do rio subiu, a
canoa virou.
41. ( ) Uma vez que você me xingou,
fiquei magoado.
42. ( ) Uma vez que você me xingue,
ficarei magoado.
43. ( ) Posto que você me incomode,
permanecerei.
permanecerei.
45. ( ) Caso você me incomode, sairei.
46. ( ) Desde que você não me
incomode, permanecerei.
47. ( ) Para que não o incomode, sairei
agora.
48. ( ) Permanecerei aqui, até que você
chegue.
49. ( ) Se pudesse, beijaria você.
50. ( ) Se a TV é um veículo de
comunicação, temos de fazer bom
uso dela,
51. ( ) Como trovejou muito, fiquei
assustado.
80
 52. ( ) Como informou o serviço de a) Tempo
meteorologia, trovejou muito. b) Causa
53. ( ) Como trovejou hoje, nunca c) Concessão
trovejara. d) Condição
54. ( ) Fique aqui, enquanto eu estiver e) Comparação
fora.
55. ( ) Conquanto pareço fraco, sou 04. (Administrador – Tocantis – Cesgranrio)
forte. “Todos podem conseguir um viver melhor
56. ( ) Porquanto sou fraco, caçoam de desde que haja uma firme decisão de se
mim. cuidar”. A segunda oração do período acima
57. ( ) A menos que ocorra algo, estarei estabelece com a anterior uma relação de:
aqui amanhã. a) Causa
58. ( ) Estou tão cansado, que dormirei b) Tempo
cedo. c) Conclusão
59. ( ) Não estudarei hoje porque estou d) Concessão
muito cansado. e) Condição
60. ( ) Malgrado o voo ter atrasado,
não perdemos a reunião. 05. (Eletricista – Comperj – Cesgranrio)
61. ( ) Não obstante o voo ter atrasado, A amizade entre pescadores e golfinhos é tão
não perdemos a reunião. forte que os melhores companheiros de pesca
são batizados:
Questões de concursos A oração em destaque exprime uma:
a) Comparação
b) Condição
01. (Magistério – Rio de Janeiro – Ceperj) c) Concessão
Em “A primavera chegará, mesmo que d) Causa
ninguém mais saiba seu nome”, a oração e) Consequência
sublinhada estabelece, com a primeira,
relação de: CAPITULO XVII
a) Alternância EMPREGO DO “SE” E DO “QUE” -
b) Explicitação UFPB
c) Concessão
d) Ratificação EMPREGO DO “SE”
e) Complementação
Pronome Reflexivo
02. (Magistério – São Gonçalo – Ceperj)
No período “Caso você queira um pastel de A palavra se será pronome reflexivo quando
carne, precisará pedir um envelope de boi indicar que o sujeito pratica a ação sobre si
ralado”, a noção expressa pela primeira mesmo.
oração, em relação à segunda, é de: Além do pronome se, serão pronomes
a) Concessão reflexivos os pronomes me, te, nos, vos.
b) Causa • O piloto machucou-se no acidente.
c) Finalidade • Os pilotos machucaram-se durante o treino.
d) Comparação • Nós nos machucamos.
e) Condição • Eu me machuquei.

03. (Assistente técnico – Sead – AM – Pronome Recíproco

Cesgranrio)
“Porque, por mais que se viva, cada dia A palavra se será pronome recíproco quando
descubro novidades deliciosas ou indicar ação trocada entre os elementos que
assustadoras”. compõem o sujeito. Além do pronome se,
A ideia expressa pela oração sublinhada é de:

81
serão pronomes recíprocos os pronomes me,
te, nos, vos.
• Mãe e filha se abraçaram em comemoração.
• Os noivos beijaram-se.
Pronome Integrante do Verbo
A palavra se será pronome integrante do
verbo quando aparecer junto de verbos
pronominais, que são os que não se conjugam
sem pronome. Por exemplo: suicidar-se,
arrepender-se, queixar-se, zangar-se, ater-se,
abster-se, etc. Além do pronome se, serão
pronomes integrantes do verbo os pronomes
me, te, nos, vos.
• Não se sabe por que o rapaz suicidou-se.
• Muitos não se arrependem dos erros
cometidos.
• Após a prova, o candidato se queixou
muito.
• Eu não me arrependi do que fiz.
Partícula expletiva ou de realce
A palavra se será pronome expletivo quando
for usada apenas para reforçar a ideia contida
no verbo, sendo, por isso, dispensável na
frase. Ocorrerá o pronome expletivo com
verbo intransitivo que tenha sujeito claro.
Aparece, em geral, junto aos verbos ir, partir,
chegar, passar, rir, sorrir, morrer. Além do
pronome se, serão pronomes expletivos os
pronomes me, te, nos, vos.
• Os amigos foram-se, pois estavam
cansados.
• Ele morreu-se de rir das piadas.
• Vou-me embora.
Pronome Apassivador
A palavra se será pronome apassivador
quando formar, junto de um verbo transitivo
direto, a voz passiva sintética, que pode ser
transformada em passiva analítica; indica que
o sujeito é paciente
e com ele concorda.
O pronome se será chamado de partícula
apassivadora quando estiver junto de verbo
transitivo direto acompanhado de objeto
direto, que se tornará o sujeito paciente.
• Compram-se imóveis seminovos. = Imóveis
seminovos são comprados.
• Esperou-se a divulgação do gabarito. A
divulgação do gabarito foi esperada.
• Alugam-se cadeiras de praia. = Cadeiras de
praia são alugadas.
Nas frases apresentadas, todos os verbos são
transitivos diretos (comprar, esperar, alugar)
acompanhados de objetos diretos que se
tornaram sujeitos pacientes.
Pronome de Indeterminação do Sujeito
A palavra se será pronome de indeterminação
do sujeito quando surgir junto a verbo
transitivo indireto acompanhado de objeto
indireto, a verbo transitivo direto
acompanhado de objeto direto
preposicionado, a verbo de ligação
acompanhado de predicativo do sujeito e a
verbo intransitivo sem sujeito claro.
• Necessita-se de profissionais de segurança.
(VTI com OI)
• Estima-se a Jorge Amado. (VTD com OD
Prep.)
• Aqui se está indignado com a corrupção.
(VL com PS)
• Ainda se morre de febre amarela no Brasil.
(VI sem sujeito claro)
Conjunção Subordinativa Integrante
A palavra se será conjunção subordinativa
integrante quando iniciar oração subordinada
substantiva, ou seja, oração que funcione
como sujeito, objeto direto, objeto indireto,
predicativo do sujeito, complemento nominal
ou aposto.
• Não sabe se todos poderão comparecer à
festa. (Oração que funciona como OD)
• Não se sabe se todos poderão comparecer à
solenidade. (Oração que funciona como
sujeito)
Conjunção Subordinativa Condicional
A palavra se será conjunção subordinativa
condicional quando iniciar oração
subordinada adverbial condicional, ou seja,
quando iniciar oração que funcione como
adjunto adverbial de condição.
Para comprovar isso, basta substituir a
conjunção se por caso.
82
• Tudo estaria organizado se tivesse sido
entregue no prazo. (... caso tudo... )
Conjunção Subordinativa Causal
A palavra se será conjunção subordinativa
causal quando iniciar oração subordinada
adverbial causal, ou seja, quando iniciar
oração que funcione como adjunto adverbial
de causa.
Para comprovar isso, basta substituir a
conjunção se por já que, visto que.
• Se você sabia que a resposta estava errada,
por que não me disse? (Já que você sabia que
a resposta estava errada...)
Pronome relativo x Conjunção Integrante
A palavra que pode ser, entre outras coisas,
pronome relativo e conjunção integrante.
»» Pronome relativo > oração subordinada
adjetiva
»» Conjunção integrante > oração
subordinada substantiva.
»» Pronome relativo > estará entre um verbo
e um substantivo (O verbo fica depois do
pronome relativo, e o substantivo, antes)
»» Conjunção integrante > exerce uma dentre
seis funções sintáticas concernentemente à
oração principal: sujeito, objeto direto, objeto
indireto, complemento nominal, predicativo
ou aposto.
• Os projetos que foram apresentados não
passaram por votação hoje. (PR)
• Meus únicos dois irmãos, que moram em
Cuiabá, chegarão amanhã. (PR)
• É preciso que os projetos sejam votados.
• Sabemos que seus dois irmãos chegarão
amanhã.
EXERCÍCIOS
01. No trecho “Eu, se retorquisse dizendo-lhe
bem do tempo que se perde”, a partícula “se”
recebe classificação distinta em cada
ocorrência.
Certo ( ) Errado ( )
02. “Do ponto de vista global, notou-se que a
quebra da ordem foi provocada em situações
diversas...”
A partícula “se” é empregada para
indeterminar o sujeito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - CERTO
02 – ERRADO
Palavra QUE
Substantivo
A palavra que será substantivo quando tiver o
sentido de qualquer coisa ou alguma coisa, é
sempre antecedida por artigo, pronome
adjetivo ou numeral e é sempre acentuada
(quê).
• Acho que a investigação tem um quê de
corrupção.
Advérbio
A palavra que será advérbio quando
intensificar adjetivos e advérbios. Nesse caso,
pode ser substituída por quão ou muito; em
geral, é usada em frases exclamativas.
• Que engraçada essa história!
• Que louvável essa decisão!
Pronome Indefinido
A palavra que será pronome indefinido
quando aparecer antes de substantivos em
frases geralmente exclamativas. Pode ser
substituída por quanto(s), quanta(s).
• Que bagunça!
• Que mentira!
Pronome Adjetivo
A palavra que será pronome adjetivo, quando
aparecer antes de substantivos, apenas
modificando-o:
• Que redação perfeita!
Preposição
A palavra que será preposição, quando
equivaler à preposição de em locuções
verbais que tenham, como auxiliares, ter ou
haver.
• Para serem aprovados, todos têm que
estudar bastante.
• Teremos que levar tudo.
Interjeição
A palavra que será interjeição quando
exprimir uma emoção, um estado de espírito;
é sempre exclamativa e acentuada (quê).
83
• Quê! Você não comprou o presente?
Partícula Expletiva ou de Realce
A palavra que será partícula expletiva ou de
realce quando for empregada para realce ou
ênfase; sua retirada não altera a sintaxe. Pode
também ser usada com o verbo ser, nas
locuções é que, foi que, era que...
• Nós é que ligamos para a polícia.
• Eles que fizeram a pintura.
• Foi com as aulas do professor Leo Barbosa
que aprendi o que precisava.
Pronome Interrogativo
A palavra que será pronome interrogativo,
quando for empregada em frases
interrogativas.
Quando estiver em final de frase, será
acentuada e acompanhada de “o” se não for
antecedida de preposição.
• Que acontecerá amanhã?
• Eles dirão o quê?
• Por que vocês faltaram ao evento?
• Vocês faltaram ao evento por quê?
Pronome em Final de Frase
A palavra que, quando aparecer em final de
frase, será pronome e deverá receber acento.
• Você estudou tudo isso para quê?
Pronome Relativo
A palavra que será pronome relativo, quando
aparecer após substantivo, podendo ser
substituída por o qual, a qual, os quais, as
quais. Sempre haverá relação entre o verbo
posterior a ele e o substantivo anterior a ele.
• Julguei interessante o texto que você fez. (o
qual)
• Fui eu que organizei a cerimônia.
• Os problemas por que passamos foram
superados. (pelos quais)
• As matérias de que gosto serão estudadas
hoje. (das quais)
Conjunção Coordenativa Aditiva
A palavra que será conjunção coordenativa
aditiva quando iniciar oração coordenada
sindética aditiva; aparece sempre entre duas
formas verbais iguais; tem valor bastante
próximo da conjunção e.
• Estudei que estudei, porém ainda fiquei
com dúvidas.
Conjunção Coordenativa Explicativa
A palavra que será conjunção coordenativa
explicativa quando iniciar oração coordenada
sindética explicativa. Pode ser substituída por
pois ou porque.
• Venha rápido, que a aula vai começar.
Conjunção Coordenativa Adversativa
A palavra que será conjunção coordenativa
adversativa, quando iniciar oração
coordenada sindética adversativa. Indica
oposição, ressalva, apresentando valor
equivalente a mas.
• Outra pessoa, que não José, poderia nos
ajudar.
Conjunção Subordinativa Integrante
A palavra que será conjunção subordinativa
integrante quando iniciar oração subordinada
substantiva, ou seja, quando iniciar oração
que exerça a função sintática de sujeito,
objeto direto, objeto indireto, complemento
nominal, predicativo do sujeito e aposto.
• Acredito que sua aprovação virá com o
tempo. (Oração que funciona como objeto
direto (oração subordinada substantiva
objetiva direta)
Conjunção Subordinativa Consecutiva
A palavra que será conjunção subordinativa
consecutiva quando iniciar oração
subordinada adverbial consecutiva; aparece,
em geral, nas expressões tão... que, tanto...
que, tamanho... que e tal... que.
• Ele se dedicou tanto aos estudos que chorou
ao ser aprovado.
Conjunção Subordinativa Comparativa
A palavra que será conjunção subordinativa
comparativa quando iniciar oração
subordinada adverbial comparativa; aparece,
em geral, nas expressões mais... que, menos...
que.
• Priscila é mais dedicada que Luiza.
EXERCÍCIOS
84
01. Lidamos com tantas combinações desse
tipo, que já se fala de uma nova categoria de
estresse: a fadiga de senhas.
A oração introduzida pela conjunção “que”
expressa ideia de consequência em relação à
oração anterior, à qual se subordina.
Certo ( ) Errado ( )
02. ... prontos a nos desviar a qualquer
instante de acordo com o clima do momento,
se saber exatamente o que procuramos...
O “que” classifica-se, no período, como
conjunção e introduz o complemento
oracional da forma verbal “saber”.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - CERTO
02 – ERRADO
CAPÍTULO XVIII
LOCUÇÕES VERBAIS
Locução Verbal
→ Verbo auxiliar + verbo principal.
˃ Está cantando = canta
˃ Ia andando = andava
Conjuga-se apenas o verbo auxiliar, pois o
verbo principal vem sempre em uma das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou
particípio.
Locução Verbal e Tempo Composto
Ele já tinha saído para o trabalho quando
você me telefonou.
Locuções Verbais
“Estou lendo o jornal.”
“Rita veio correndo: o noivo acabara de
chegar.”
“Ninguém poderá sair antes do término da
sessão.”
“Pode ocorrer algo surpreendente.”
“Deve ocorrer algo surpreendente.”
“Quero ver você hoje.”
Também são largamente usados como
auxiliares: começar a, deixar de, voltar a,
continuar a, pôr-se a, ir, vir, estar, haver, ter,
ser.
Formação da Locução Verbal
→ Verbo auxiliar + um verbo no infinitivo
ou no gerúndio.
“Estamos fazendo o possível.”
“Vou vender todas as mercadorias.”
Voz Passiva com Locução Verbal
“Ele vai estudar a matéria.”
“Ele estava lendo o livro.”
“Ele acabou de ler o livro.”
Colocação Pronominal e Locução Verbal
Verbo Principal + Infinitivo ou Gerúndio
O pronome oblíquo deve permanecer antes
do verbo auxiliar ou depois do verbo
principal.
“Não lhe devo considerar o melhor aluno.”
“Não devo considerar-lhe o melhor aluno.”
“Devo-lhe considerar o melhor aluno.”
“Devo considerar-lhe o melhor aluno.”
Verbo Principal + Particípio
“Havia-lhe mostrado o resultado.”
“Suas propostas haviam-se concretizado.”
“Não lhe havia mostrado o resultado.”
“Como se nos tivéssemos ajudado ao mesmo
tempo.”
EXERCÍCIOS
01. “Como ocorreu em Brasília, a Pampulha
fora encomendada do amigo e então prefeito
da capital mineira, Juscelino Kubitschek.”
Assinale a alternativa QUE CONTÉM uma
forma verbal em que se mantêm tempo,
modo e significado da expressão destacada.
a) Havia sido encomendada
b) Seria encomendada
c) Teria sido encomendada
d) Terá sido encomendada
02. Em “Estou adivinhando” são feitas as
seguintes afirmações. Assinale a incorreta:
a) O primeiro verbo é auxiliar.
b) A forma verbal indica que a ação está em
desenvolvimento.
c) O tempo composto equivale ao presente
(adivinho).
d) É uma Locução verbal de modo ou
modais.
03. Em “Identificaram-se quase 4,5 milhões
de casos: 90% deles já foram julgados.”,
prejudica-se a
85
correção gramatical do texto ao se substituir
“Identificaram-se” por Foram identificados.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - A
02 - D
03 – ERRADO
CAPÍTULO XIX
Processo de Formação de Palavras
Processo de Formação de Palavras
Existem algumas maneiras para a formação
de novos vocábulos na língua, logo esta parte
trata justamente dos diversos modos como as
palavras se formam. Os principais processos
são estes: derivação, composição,
onomatopeia, abreviação (redução),
siglonimização, hibridismo, palavra-valise.
Palavra primitiva é aquela que não resulta de
outra na língua portuguesa, isto é, que não
sofreu processo de derivação: flor, pedra,
casa, verde, sol etc.
– Palavra derivada é aquela que resulta de
outra na língua portuguesa, isto é, que sofreu
processo de derivação: cadavérico, florista,
empedrado, descasamento, esverdeado, solar
etc.
– Palavra simples é aquela que só tem um
radical, isto é, que não sofreu processo de
composição: flor, pedra, casa, verde, sol etc.
– Palavra composta é aquela que tem mais
de um radical, isto é, que sofreu processo de
composição: flor-amarela, pedra-sabão, casa-
comum, verde-água, girassol, etc.
Obs.: Há ainda aquelas que são compostas,
mas que um dos elementos sofreu processo
de derivação: pedreiro-livre.
Derivação Prefixal, Sufixal, Parassintética
(Circunfixação), Regressiva (Regressão) e
Imprópria (Conversão)
Derivação é, como bem diz o Aulete, “um
processo de multiplicação e reaproveitamento
de um vocábulo pelo acréscimo de sufixos e
prefixos”. Há cinco tipos de derivação:
prefixal, sufixal, parassintética, regressiva
e imprópria.
Prefixal
A derivação prefixal se dá quando um
prefixo é 1) colocado junto à palavra
primitiva ou 2) colocado como último
elemento de uma palavra que já havia sofrido
algum processo de formação*. Veja três
exemplos de cada caso, respectivamente:
– homem > super- + homem > super-
homem
– duque > arqui- + duque > arquiduque
– pôr > com- + pôr > compor
– homem > humano > super- + humano >
super-humano
– duque > duquesa > arqui- + duquesa >
arquiduquesa
– pôr > compor > de- + compor > decompor
Sufixal
Ocorre derivação sufixal quando um sufixo é
1) colocado junto à palavra primitiva ou 2)
colocado como último elemento de uma
palavra que já havia sofrido algum processo
de formação. Veja três exemplos de cada
caso,
respectivamente:
– pincel > pincel + -ada > pincelada
– cabeça > cabeça + -ear > cabecear
– sutil > sutil + -mente > sutilmente
– cobrir > descobrir > descobrir + -mento >
descobrimento¹
– sexo > sexual > bissexual > bissexual + -
ismo > bissexualismo²
– barco > embarcar > embarcar + -ção >
embarcação³
¹ Normalmente palavras terminadas em
sufixo -mento sofreram derivação sufixal a
partir de verbos: discernir + mento =
discernimento; adiar + mento = adiamento.
² Na palavra bissexualismo, note que houve
acréscimo de prefixo (-bis) e de sufixos (-al e
-ismo), não simultaneamente. Partindo do
princípio do processo de formação chamado
derivação prefixal e sufixal, poderíamos
dizer que a palavra sofreu tal processo, ok?
Logo, dependendo do gramático, há duas
análises:
derivação prefixal e sufixal (Sacconi, por
exemplo) ou derivação sufixal (Bechara, por
exemplo). O Celso Cunha ainda considera
86
bi(s)- um radical, logo haveria uma
composição. Bem-vindo à língua portuguesa!
³ Na palavra embarcar, note que houve
acréscimo de prefixo e sufixo ao mesmo
tempo: em + barco + ar = embarcar. Este
tipo de derivação é chamado derivação
parassintética (veremos a seguir com mais
detalhes). Só depois o sufixo foi colocado em
embarcar para formar a palavra
embarcação: embarcar + ção = 3) Nenhuma palavra da língua portuguesa
embarcação.
Parassintética (Circunfixação)
A derivação parassintética ocorre quando
há acréscimo simultâneo de prefixo e de
sufixo a uma palavra primitiva (substantivo
ou adjetivo).
Normalmente a parassíntese forma verbos
(1). Há, entretanto, alguns nomes adjetivos
(2) formados por derivação parassintética.
Veja:
1) envelhecer (en + velho + ecer), aterrar (a
+ terra + ar), abençoar (a + bênção + ar),
amanhecer (a + manhã + ecer), apedrejar (a
+ pedra + ejar), esfoliar (es + fólio + ar),
embarcar (em + barco + ar), emagrecer (e +
magro + ecer), amamentar (a + mama +
entar), desterrar (des + terra + ar),
emudecer (e + mudo + ecer), apadrinhar (a
+ padrinho + ar) etc.
2) desalmado (des + alma + ado), desbocado
(des + boca + ado), desbundado (des +
bunda + ado), subterrâneo (sub + terra +
âneo), conterrâneo (con + terra +âneo),
ensonado (em + sono + ado), descampado
(des + campo + ado), envernizado (em +
verniz + ado), acebolado (a + cebola + ado),
avermelhado (a + vermelho + ado),
abatatado (a + batata + ado) etc.
Cuidado!!!
1) Uma maneira clássica de perceber se a
palavra sofreu derivação parassintética é
retirar o prefixo ou o sufixo. Se alguma
palavra sobrar com a retirada de um dos
afixos e fizer sentido, existindo na língua
portuguesa, mantendo o sentido do radical, aí
não houve derivação parassintética. Caso
contrário, derivação parassintética certa!
Exemplo: enegrecer: enegro (?)
2) Se a palavra terminar em -ado e, no
contexto, for um particípio, ela não sofreu
derivação parassintética; não obstante, se -
ado for m sufixo formador de adjetivo, a
palavra sofreu derivação parassintética. Uma
maneira fácil de perceber se a palavra é
tomada como adjetivo no contexto, para que
digamos que ela sofreu derivação
parassintética, é perceber seu sentido
(adjetivo indica estado, característica,
qualidade; verbo no particípio indica ação
praticada por alguém).
terminada em -mento pode ser encarada
como parassintética, pois esse sufixo é
formador de substantivos a partir de verbos,
logo: alinhar + mento = alinhamento;
desmatar + mento = desmatamento.
Regressiva (Regressão)
Ocorre derivação regressiva quando um
verbo que indica ação serve de base para a
formação de um substantivo abstrato que
igualmente indica ação ou resultado de uma
ação – tal substantivo é chamado de
deverbal, pois é derivado de verbo. A ideia
de regressão (diminuição do vocábulo do
ponto de vista estrutural e fonético) ocorre
porque o verbo perde sempre sua terminação
(vogal temática + desinência de infinitivo: -
ar, -er, -ir) dando lugar à vogal temática
nominal (-a, -e, - o). Veja alguns exemplos:
Verbo (ação) Substantivo
(abstrato)
Atrasar Atraso
Demorar Demora
Tossir Tosse
Engasgar Engasgo
Mergulhar Mergulho
Imprópria (Conversão)
A derivação imprópria se dá pela mudança
(daí conversão) de classificação morfológica
de uma palavra, a depender do contexto. A
palavra não muda absolutamente
nada na forma; o que muda é sua
classificação morfológica e seu sentido.
É por isso que ela é chamada de
imprópria, ou seja, ela não é propriamente
uma derivação, pois não se usam morfemas
(afixos) para mudar a forma da palavra.
Veja alguns exemplos de como isso ocorre:
87
Substantivação
A derivação imprópria se forma com muita
vitalidade por meio da substantivação.
Qualquer morfema, palavra, expressão ou
frase pode se tornar um substantivo desde
que esteja acompanhada de algum
determinante (artigo, pronome, numeral,
adjetivo, locução adjetiva) ou tenha valor
substantivo (designador) no
contexto:
– Você tem aracnofobia? (radical) / Eu tenho
muitas fobias. (substantivo)
– Sou muito pró-ativo. (prefixo) / Esta
questão só tem um pró. (substantivo)
– Aquela blusa é preta? (adjetivo) / Preta,
você me ama? (substantivo)
– A casa foi comprada ontem. (artigo) / Esse
a da frase anterior é um artigo. (substantivo)
– Eu me amo, não posso mais viver sem mim.
(pronome) / O me, o te e o se também
funcionam como objetos diretos.
(substantivos)
– Tenho dois filhos. (numeral) / O dois é um
numeral cardinal. (substantivo)
– Habite-se! (verbo) / O habite-se foi
concedido. (substantivo)
– Eu vou amar você e depois vou partir
(verbos no infinitivo). / O amar e o partir
fazem parte da vida. (substantivos)
– Havia feito uma prova dificílima. (verbo no
particípio) / Mahatma Gandhi realizou um
feito inédito na história! (substantivo)
– Amanhã te ligo. (advérbio) / Espero
sempre por um amanhã melhor.
(substantivo)
– Só ela me faz feliz. (palavra denotativa de
exclusão) / O só pertence ao grupo de
palavras denotativas. (substantivo)
– Precisamos fazer uma ação contra a
violência. (preposição) / Estes contras que
você está expondo não procedem.
(substantivo)
– Estudo muito, porém não gosto, porque
cansa. (conjunções) / Só tenho um porém a
dizer; deixe o porquê para depois.
(substantivo)
– Ai! Deixa de ser chato! (interjeição) /
Nunca se ouviu sequer um ai naquela casa.
(substantivos)
– O rapaz só abre a boca para falar: “Fala
sério!” (frase) / É um fala sério para cá, um
fala sério para lá... Que chatice! (locução
substantiva)
Outras conversões
– Substantivo se torna adjetivo: Ele tem um
jeito moleque.
– Adjetivo se torna advérbio: Esta cerveja
desceu redondo.
– Adjetivo se torna preposição acidental:
Todos se salvaram, salvo o idoso.
– Particípio se torna adjetivo: Vocês são
muito fingidos.
– Advérbio se torna preposição acidental:
Afora isso, estou de acordo com a decisão.
– Conjunção se torna preposição acidental:
Tenho-o como amigo.
– Pronome se torna preposição acidental:
Tenho que tomar uma decisão.
– Substantivo, adjetivo, pronome, verbo,
advérbio se tornam interjeições (obrigado
pelos exemplos, Sacconi): Misericórdia!,
Bravo!, Qual!, Viva!, Avante!
– Substantivo abstrato para concreto: A
pintura da parede demorou duas horas.
(abstrato) / A pintura da parede está
descascando. (concreto)
– Substantivo comum para próprio e vice-
versa: O planalto tinha quase nenhuma
ondulação.
(comum) / O Planalto está cercado de
corrupção. (próprio) / Judas traiu a Cristo
por 30 moedas de prata. (próprio) / Você é
um judas safado! (comum)
– Mudança de gênero/mudança de sentido:
Comemos uma banana a cada três horas.
(feminino/fruto) / Tu não passas de um
banana. (masculino/covarde)
Composição por Justaposição e por
Aglutinação
Ocorre composição quando uma palavra é
constituída por dois ou mais radicais. Há dois
tipos de composição: por justaposição e por
aglutinação.
Por Justaposição
Neste tipo de composição, não há perda de
elementos estruturais e fonéticos nos radicais
(normalmente separados por hífen): pontapé
(ponta + pé), vaivém (vai + vem),
passatempo (passa + tempo), paraquedas
88
(para + quedas), girassol (gira + sol), dezoito
(dez + oito), joão-bobo (João + bobo),
abelha-rainha (abelha + rainha), caixa-
d’água (caixa + água)*, guarda-chuva
(guarda + chuva), maria vai com as outras
(maria + vai + outras)*, leva e traz (leva +
traz)* etc.
Por Aglutinação
Neste tipo de composição, há perda de
elementos estruturais e fonéticos nos radicais
(não são separados por hífen): boquiaberto
(boca + aberta), mundividência
(mundo + vidência), alvinegro (alvo +
negro), fidalgo (filho de algo), embora (em
+ boa + hora), aguardente (agua + ardente),
petróleo (pedra + óleo), noroeste (norte +
oeste), vinagre (vinho + acre), lobisomem
(lobo + homem), planalto (plano + alto),
pernilongo (perna + longa) etc.
Onomatopeia
Este processo é caracterizado por formar
palavras (verbos, substantivos, interjeições)
que imitam/reproduzem sons de seres
animados ou inanimados: banguebangue,
zum-zum-zum, blá-blá-blá, tique-taque,
pingue-pongue, bem-te-vi, nhenhenhém,
nheco-nheco, zás-trás, zumbir, rugir,
mugir, miar, cacarejar etc.
Obs.: Vale dizer que alguns gramáticos
chamam de reduplicação/redobro a
repetição de parte de uma palavra ou de toda
ela com finalidade expressiva, como em
Lulu, babá, ioiô, reco-reco e outras acima.
Abreviação (Redução)
Consiste em reduzir a palavra até o ponto em
que ela seja compreendida em seu total
significado primário.
Televisão Tevê
Cinematógrafo Cinema > Cine
Botequim Boteco
Fernando Nando
São Paulo Sampa
Rio de Janeiro Rio
Pneumático Pneu
Pornográfico Pornô
Fotografia Foto
Ex-namorada Ex
José Zé
Siglonimização
Siglonimizar significa transformar uma
expressão em sigla, isto é, valer-se das partes
iniciais das palavras de uma expressão a fim
de formar uma sigla: MAM (Museu de Arte
Moderna), ONU (Organização das Nações
Unidas), UFRJ (Universidade Federal do Rio
de Janeiro), PIB (Produto Interno Bruto), PT
(Partido dos Trabalhadores), FCC (Fundação
Carlos Chagas), ESAF ou Esaf (Escola de
Administração Fazendária), CESPE ou
Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de
Eventos), PETROBRAS ou Petrobras
(Petróleo Brasileiro S/A), EMBRATEL ou
Embratel (Empresa Brasileira de
Telecomunicações).
Cuidado!!!
Baseando-me no Manual de Redação do
Senado e em gramáticos consagrados, há
algumas regras a serem respeitadas quanto ao
uso de siglas... e algumas curiosidades:
1) As siglas de até três letras devem ser
escritas com letra maiúscula: PM, TV, CPF,
BC, ONU, USP, PUC, PT, PV, PPS, DF, RJ,
AC, MG etc.
2) Algumas siglas podem apresentar
maiúsculas e minúsculas em sua formação:
UnB, CNPq, EsSA, EEAr etc.
3) Algumas siglas já são dicionarizadas e, por
isso, consideradas como palavras e não mais
como siglas: aids, ibope, jipe, laser, radar,
óvni etc.
4) Muitas siglas e palavras que já foram
siglas servem como base para derivações
sufixais: PFL (pefelista), PMDB
(peemedebista), PT (petista), AIDS (aidético)
etc.
Hibridismo
É a formação de palavras com morfemas de
línguas diferentes: socio/logia (latim e
grego), auto/móvel (grego e latim),
tele/visão (grego e latim), buro/cracia
(francês e grego), banan/al (africano e
latim), sambó/dromo (africano e grego),
89
micro-ônibus (grego + latim), report/agem
(inglês + latim), bi/cicleta (latim + grego),
saga/rana (alemão + tupi), ciber/nauta
(inglês + latim) etc.
Neologismo
O neologismo é uma palavra nova, uma
palavra inventada, que pode ou não vir a ser
dicionarizada se cair nas graças do povo.
Nem toda gíria é um neologismo. Por
exemplo, a nova edição escolar do dicionário
Aurélio traz expressões que estão na boca do
povo, como “periguete, ricardão, sex shop,
balada” etc. Partindo do princípio que as
palavras já estão no dicionário, não mais
podemos encará-las como neologismos. Ah,
as três últimas já constam do dicionário
Aulete também!
Questões
1.(Consulplan – Analista de Informática
(SDS-SC) – 2008) A alternativa em que todas
as palavras são formadas pelo mesmo
processo de formação é:
a) responsabilidade, musicalidade,
defeituoso;
b) cativeiro, incorruptíveis, desfazer;
c) deslealdade, colunista, incrível;
d) anoitecer, festeiro, infeliz;
e) reeducação, dignidade, enriquecer.
2. (Cespe/UnB – Ministério do Meio
Ambiente – Analista Ambiental – 2008) A
palavra “bicombustível” é formada por
prefixação.
( ) CERTO ( ) ERRADO
3. (Fadems – TJ/MS – Analista de Sistema
Computacional – 2009) Assinale a alternativa
em que o processo de formação de palavras
está corretamente indicado:
a) sociologia = derivação prefixal ou
prefixação.
b) “redondo” (em “Skol, a cerveja que desce
redondo”) = derivação sufixal ou sufixação.
c) enlouquecer = parassíntese.
d) combate (do verbo “combater”) =
derivação imprópria.
e) “pobre” (em “O pobre merece ajuda”) =
derivação regressiva.
4. Cespe/UnB – Instituto Rio Branco –
Diplomata – 2010) O vocábulo “inaturável” é
formado por derivação e tem o mesmo
radical do vocábulo desnaturado.
( ) CERTO ( ) ERRADO
5. O vocábulo “agravada” tem o mesmo
radical que os vocábulos gravidez e
gravidade.
( ) CERTO ( ) ERRADO
6. (Cespe/UnB – PM/ES – Soldado – 2010)
A formação dos vocábulos
“lamentavelmente” e “plenamente” ocorre de
maneira idêntica: a partir do acréscimo do
sufixo -mente a um adjetivo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
7. (Instituto Zambini – Pref. Taboão da
Serra/SP – Professor III – 2010) Assinale a
alternativa em que a palavra não é formada
por derivação parassintética.
a) enriquecer.
b) entardecer.
c) avermelhar.
d) descobrimento.
e) N.D.A.
8. (Ima – Pref. Boa Hora/PI – Procurador
Municipal – 2010) No verso “Para
desentristecer, leãozinho”, Caetano Veloso
cria um neologismo. A opção que contém o
processo de formação utilizado para formar a
palavra nova e o tipo de derivação que a
palavra primitiva foi formada
respectivamente é:
a) derivação prefixal (des + entristecer);
derivação parassintética (en + trist + ecer);
b) derivação sufixal (desentriste + cer);
derivação imprópria (en + triste + cer);
c) derivação regressiva (des + entristecer);
derivação parassintética (en + trist + ecer);
d) derivação parassintética (en + trist + ecer);
derivação prefixal (des + entristecer);
e) derivação prefixal (en + trist + ecer);
derivação parassintética (des + entristecer).
9. (Ima – Pref. Boa Hora/PI – Procurador
Municipal – 2010) A palavra “Olhar” em
(meu olhar) é um exemplo de palavra
formada por derivação:
a) parassintética;
90
b) prefixal; formação da palavra “desfavoravelmente”,
c) sufixal; pode ser identificado o tipo de derivação:
d) imprópria; a) sufixal;
e) regressiva. b) prefixal e sufixal;
c) parassintética;
10. (Integri – Pref. Carapicuíba/SP – d) regressiva;
Procurador Municipal – 2010) Mas, em uma e) prefixal.
era de globalização e de sociedades
multiconfessionais, a criação do capital exige 16. (Instituto Ludus – Pref. Mun. Aroazes –
não apenas tolerância, mas também o respeito Professor de Português II – 2012) Doçura e
pelas pessoas de outras confissões. As interinidade são substantivos abstratos
palavras sublinhadas são formadas pelo derivados de adjetivo. Marque o item em que
mesmo processo de derivação, exceto: todos os substantivos são abstratos derivados
a) globalização; de adjetivo.
b) sociedades; a) Mortalidade, mesquinhez, umidade,
c) criação; escuridão.
d) multiconfessionais. b) Infância, paciência, publicidade, justiça.
c) Perfeição, baixeza, compensação,
11. (FCC – DPE/RS – Defensor Público – dificuldade.
2011) Das palavras a seguir, a única formada d) Ambição, amor, mistério, oportunidade.
por derivação prefixal e sufixal é: e) Alegria, amor, mistério, oportunidade.
a) destinação;
b) desocupação; 17. (Consulplan – Pref. Barra Velha/SC –
c) criminológico; Agente Administrativo – 2012) Os termos
d) carcereiro; Ibama (4o §) e ararinha (2o §) são formados,
e) preventivamente. respectivamente, pelos processos de:
a) siglonimização e derivação sufixal;
12. (Cespe/UnB – ECT – Agente dos b) derivação regressiva e onomatopeia;
Correios – 2011) A palavra “trem-bala” é c) derivação prefixal e abreviação;
composta por justaposição, tal qual o d) derivação parassintética e derivação
vocábulo: imprópria;
a) governança; e) composição por justaposição e hibridismo.
b) ilimitado;
c) passatempo; 18. (CEPERJ – Cedae – Operador de
d) superprodução; Tratamento de Água – 2012) A palavra
e) faturamento. formada pelo acréscimo de um sufixo é:
a) imprensa;
13. (Cespe/UnB – ECT – Formação: Letras – b) descobrir;
2011) No processo de formação dos c) reforma;
vocábulos “integração”, “impulsiona”, d) irracional;
“indefectivelmente” e “imprudências”, e) rigidez.
identifica-se o prefixo in-, que neles expressa
a noção de mudança de estado. 19. (CEPERJ – SEAP – Inspetor de
( ) CERTO ( ) ERRADO Segurança e Administração Penitenciária –
2012) A palavra “descriminalizar” é formada
14. Têm sentidos semelhantes o prefixo dos pelo mesmo tipo de derivação observado na
vocábulos “internacionalizados” e palavra da seguinte alternativa:
“intertemporais” e a preposição “entre”. a) espetar.
( ) CERTO ( ) ERRADO b) familiarizar.
c) tatuar.
15. (Funcab – Prefeitura Municipal de d) recusar.
Valença – Biólogo – 2012) No processo de e) reanimar.

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20. (CEPERJ – Degase – Enfermeiro do
Trabalho– 2012) Um exemplo do texto em
que a palavra é formada pela adição de sufixo
e prefixo é:
a) cotidianamente;
b) oportunidade;
c) responsáveis;
d) infelizmente;
e) sucateados.
21. (Funcab – Pref. Búzios/RJ –
Administrador – 2012) O processo de
formação do vocábulo sublinhado na
expressão “[...] o dinheiro que discretamente
[...]” é:
a) derivação prefixal e sufixal;
b) derivação regressiva;
c) derivação parassintética;
d) derivação sufixal;
e) derivação prefixal.
22. (Funcab – Pref. Sooretama/ES –
Administrador de Empresa – 2012) As
palavras destacadas em “Tanto andam agora
preocupados em definir o conto [...]” / “Uma
ternura imensa, [...]” se formaram,
respectivamente, por:
a) composição por aglutinação e derivação
sufixal;
b) derivação regressiva e derivação
regressiva;
c) composição por justaposição e derivação
imprópria;
d) derivação regressiva e derivação sufixal;
e) composição por justaposição e derivação
parassintética.
9. D
10. D. Por eliminação, temos de marcar a
palavra multiconfessionais, pois nela
há dois radicais: multi – e confess-,
logo há composição por justaposição.
11. B
12. C
13. ERRADO. Em integração, in – não
é um prefixo, pois não existe a
palavra “tegração”; em impulsiona, o
im – indica movimento; em
indefectivelmente e imprudências, o
in – indica negação.
14. Certo
15. B
16. A
17. A. Ibama: Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis. Arara + inha =
ararinha.
18. E. A palavra rigidez vem de rígido.
Muitos substantivos abstratos são
formados pelo acréscimo do sufixo -
ez/-eza a um adjetivo. Nas demais
opções, temos, respectivamente,
palavra primitiva, derivação prefixal,
derivação prefixal e derivação
prefixal.
19. E
20. D
21. D
22. D
23.

Gabarito

1. A
2. Certo
3. C
4. ERRADO. Inaturável é aquilo que
não se pode aturar. Desnaturado é
aquilo que se desnaturou, que sofreu
profundas alterações em sua
natureza. Os radicais são diferentes.
5. Certo
6. Certo
7. D
8. A

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