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UNIVERSIDADE DE AVEIRO

MESTRADO DE LINGUAS LITERATURAS E CULTURAS

Estudos Portugueses

“O MITO da SAUDADE na IDENTIDADE CULTURAL PORTUGUESA”

Seminário

A QUESTÃO DA IDENTIDADE NA CULTURA PORTUGUESA

DR.ª MARIA MANUEL BAPTISTA

28/Janeir
o/2011

Maria Clara São Marcos Baptista

5408
INTRODUÇÃO

Palavras-chave: Saudade/ Mito/ Sentimento / Fado

Este estudo pretende mostrar dois pontos de vista, que embora diferentes, têm pontos
comuns -Teixeira de Pascoaes e Eduardo Lourenço, em relação ao mesmo tema, “A
Saudade.” Estas duas visões podem ser complementares e unificadoras, ou
complementares e divergentes, reconduzindo um vocábulo transformado em mito,
através dos tempos e de gerações, tentando revesti-lo de novos conceitos, inspirando
novas análises.

Em Teixeira de Pascoaes observamos um conceito espiritualista, mais místico, ligado à


formação de Portugal e à sua religiosidade, surgido no momento da “Renascença
Portuguesa”, no início do século XX, onde se questiona o que “é ser português” e qual o
destino de Portugal, dentro de uma conjunta política e social desfavorável, e “como é
que ele projectou o Mito da Saudade na Identidade Portuguesa?”.

Em Eduardo Lourenço uma visão mais vivencial e filosófica, comparando o sentimento


“Saudade” com outros como a melancolia ou a tristeza, procurando dar resposta ao
incompreensível sentimento, comum e geral, que “ (…) revela o irrealismo prodigioso
da imagem que os Portugueses se fazem de si mesmos”. (Lourenço, 2010: 23).

As duas visões são fundamentadas, em diversos tempos da História Portuguesa, desde a


origem da palavra à sua sedimentação na língua portuguesa até se transformar em mito e
a actual revisitação. Como foi visto e revisto por alguns dos autores mais significativos
da Literatura Portuguesa – Camões, Garrett, Pascoaes e Fernando Pessoa – perpetuando
a sua importância como característica cultural do Povo Português.

Mas a “Saudade” não foi, nem é, apenas representada na Literatura. Ela tem como seu
padrinho o “Fado”, também ele digno de um lugar na lista dos mitos portugueses. Por
um lado, pelo desconhecimento certo da sua paternidade, por outro, por servir de
veículo a um Sentimento/Mito, que como uma nau, navega pelo mundo global
ultrapassando todas as fronteiras, nomeadamente a da língua.
1. MOMENTO DA FUNDAÇÃO DO MITO DA SAUDADE

A palavra “Saudade” mistura-se com a História de Portugal. Os primeiros registos do


vocábulo datam do século XIII, na poesia trovadoresca, nas cantigas de amigo e amor,
tendo como especial trovador o Rei D. Dinis, que se servia dela para expressar
sentimentos decorrentes “da ausência do ser amado e do desejo de o ter de volta”.

Mas foi D. Duarte, no século XV que realiza pela primeira vez a análise psicológica do
complexo sentimento da “saudade”, no “Leal Conselheiro, Cap. XXV”, define “a
Saudade como um sentido que vem da sensibilidade e não da razão” (Piel, 1982). Esta
análise é efectuada de uma maneira pessoal e directa, não através de estudos, como o
próprio revela, “sobre isto mais escrevo pelo que sinto e vejo na maneira de nosso viver,
do que por estudo de livros ou por ensaio de letrados” (Piel, 1982) e como nos
confirma Eduardo Lourenço, para D. Duarte “A saudade é uma entre as outras afecções
da alma (tristeza, tédio, nojo, melancolia) a que dedica as suas considerações, não por
curiosidade intelectual, mas por preocupação moral.”, (Lourenço, 1999: 103).

No século seguinte, foi Luís de Camões que a referenciou na sua poesia, dando-lhe,
igualmente, uma projecção ontológica, fundada e partilhada por um povo de
marinheiros que partia para terras longínquas, por mares desconhecidos, deixando na
pátria os que lhes eram queridos e a incerteza de um regresso, “ Por necessidade ou
cupidez, raro por aventura, os Portugueses partiram (…) ao longo dos séculos, por
vezes sem esperança de regresso”o que se tornará “num desejo de uma felicidade fora
do mundo.” (Lourenço, 1999: 91/110).

Até ao século XIX, o tempo da “Saudade” foi sempre o passado, imperfeito ou mais-
que-perfeito, era o que melhor lhe assentava, pois vivia da lembrança dos tempos áureos
de conquista, do imperialismo e do colonialismo, deixando no ar uma visão destorcida
da realidade do que era ser Português, num Portugal fragmentado, numa época que
gritava por mudança. A “Saudade” torna-se, por esta época e pela mão de Garrett, amiga
íntima do “Sebastianismo”, mais um dos Mitos que tão bem retrata o espírito
messiânico e onírico dos Portugueses e, como a dor de qualquer perca pode ser
paralisante “ é o reverso duma fragilidade a que Almeida Garrett conferirá melancólica
evidência sob os traços de Frei Luís de Sousa”. (Lourenço, 1999:139).

Dai, surge a necessidade de a tornar presente e projectá-la no futuro para que colocasse
os desígnios do País no caminho certo. E qual seria esse caminho? A resposta é-nos
dada pelo poeta/mentor Teixeira de Pascoaes que a perfilha e expõe a toda sociedade
com grande entusiasmo e fervor, “ Definida, ela, está ipso facto, o caminho que deve
conduzir Portugal à conquista do futuro (…)” (Pascoaes, 1998:45).
2. SAUDADE e IDENTIDADE CULTURAL PORTUGUESA

As duas visões sobre “ser português” colidem no ponto em que se fala do


sentimento/mito e da sua importância para a definição de um carácter. Para Pascoaes, “a
saudade é a personalidade eterna da nossa raça: a fisionomia característica, o corpo
original com que ela há-de aparecer entre os outros povos” (Pascoaes, 1988:39). Nesta
“saudade”, o poeta engloba tudo o que determina uma raça: a Historia, a religião, a
língua, a Cultura, os Mitos. Os ideais que pretendeu transmitir numa época decadentista,
visavam um chamamento moral às raízes, às origens, no sentido de que os portugueses
tomassem consciência dos seus valores, principalmente espirituais e abandonassem as
influencias estrangeiras, desnacionalizadoras, que no rol dos acontecimentos históricos
já haviam constado por mais de uma vez.

Estas “invasões” aconteciam sempre que o povo estava mais materializado e menos
espiritualizado e daí tentar “fazer reviver no povo português a alma portuguesa é o que
nós sonhamos, porque tal cousa é imprescindível para que Portugal viva entre os
outros países, uma vida própria e bela, independente”, (Pascoaes, 1988 p: 44). Para
combater a tendência absorvente das outras nações e manter a sua independência é
necessário reavivar o “carácter, a originalidade, a autonomia moral” (Pascoaes, 1988:
44), características validadas pela tão aclamada “alma portuguesa”.

Essa “alma portuguesa” existe de uma maneira muito própria e singular, “há na alma
portuguesa um sentimento que a abrange toda e é a sua essência; - um sentimento que
nasceu do casamento do Paganismo greco-romano com o Cristianismo judaico, o qual
tomou na nossa língua uma forma verbal sem equivalente nas outras línguas. Refiro-me
à Saudade” (Pascoaes, 1988:46-47).

Para Eduardo Lourenço, no entanto a essência do povo português tem outra matriz, esta
muito mais real. A egocentricidade, o isolamento, o “viver à margem do mundo”, isto
mesmo, apesar de “dispensar o seu corpo e a sua alma pelo mundo inteiro”, vivendo o
mito que lhe estava destinado, “uma ilha - saudade”, justificando-o da seguinte
maneira, “essa mitologia está inscrita na bandeira Portuguesa. Portugal foi o único
país que colocou no centro da sua bandeira a esfera armilar, em suma, a representação
do universo.” (Lourenço, 1999: 88).

Continuando a sua reflexão, “mas não é nesse destino que devemos colher a origem, a
essência do sentimento que a si mesmo se plasma na palavra, no pensamento, da
saudade”. (Lourenço, 1999: 91). O ensaísta utiliza assim a palavra-mito e compara-a
com outras palavras: a nostalgia ou a melancolia, são para ele “modalidades da nossa
relação de seres de memória e sensibilidade com o tempo” (Lourenço, 1999: 91), e que
por isso são “sentimentos ou vivencias universais”, não se colocando, assim, a questão
da intraduzibilidade da palavra – saudade, ao contrário, Pascoaes afirma: “ Nós somos,
na verdade, o único Povo que pode dizer que na sua língua existe uma palavra
intraduzível nos outros idiomas, a qual encerra todo o sentido da sua alma colectiva”
(Pascoaes, 1988: 51).
E, caracterizando os sentimentos análogos: “A melancolia visa o passado como
definitivamente passado (…). A nostalgia fixa-se num passado determinado (…), mas
ainda real ou imaginariamente recuperável. A saudade participa de uma e de outra,
mas de uma maneira tão paradoxal, tão estranha – como é estranha e paradoxal a
relação dos portugueses com o seu tempo - que, com razão, se tornou um labirinto e um
enigma para aqueles que a experimentam, como o mais misterioso e o mais precioso
dos sentimentos” (Lourenço, 1999: 92).

Continuando na mesma linha, Lourenço faz, também, referência à tristeza e ao tédio,


passando pela angústia, “O sentimento da melancolia parece inscrever-se numa
constelação de afecções da alma que vão da tristeza à angústia, sem esquecer o tédio.”
(Lourenço, 1999: 95) e diferencias na sua relação com o tempo e com a memória.
Quanto à tristeza, assim como a melancolia, “têm causas, origens e motivações
identificáveis, (…)”, quanto ao “tédio, pelo contrário, remete-nos para o real, para o
tempo, mas não para o jogo do tempo, como a melancolia, (…).” (Lourenço, 1999: 96).

Todo este intrincado conjunto de sentimentos servem de apoio à construção da definição


de “saudade”, fazendo, mesmo parte dela e, por vezes confundindo-se com ela. Mas a
“saudade” é algo mais profundo, que não tem só a ver com o tempo, com a memória,
com causas ou origens, tem, sim a faculdade de ser tudo, como no retrato traçado por D.
Francisco Manuel de Melo, “ a saudade é ao mesmo tempo desejo de eternidade e
nostalgia eterna”, sendo um “sentimento simultaneamente singular, universal e
transcendente”. (Lourenço, 1999: 110/111).

Embora envolto num trajecto labiríntico de uma “Saudade” que quis, ao mesmo tempo
nacional e universal, Teixeira de Pascoaes teve a visão, ainda actual, que “A nossa crise
é, sobretudo, de natureza moral. Resolvida esta, o resto nos será dado em excesso.”
(Pascoaes, 1988: 108).

2.1 SAUDADE E INSULARIDADE

É, portanto, na transcendência, na eternidade e na universalidade que a definição de


“Saudade” reside, bebendo de todos os autores que em diferentes épocas a tentaram
definir sempre que surgia a voz questionadora do que “É ser Português”. Essa
necessidade não se pode separar da situação geográfica do país. Virado para o mar,
muitas vezes de costas viradas para a Europa, revela-se num ambiente perfeito para o
nascimento de sentimentos insulares. Fechado sobre si mesmo e ao mesmo tempo
aberto para o mundo, é assim o povo português. “E dessa singularidade faz parte o
estranhíssimo fenómeno, mais do que paradoxal, de ter sido durante séculos uma nação
que viveu simbolicamente como uma ilha, (…)”. (Lourenço, 1999: 16).

E, é esta aceitação que devemos fazer de nós próprios, como um povo entre povos,
resolvendo assim qualquer crise identitária.
3. SAUDADE NA LITERATURA PORTUGUESA

Camões foi, sem dúvida, o primeiro poeta a inscrever o sentimento/mito, não só n’ Os


Lusíadas, mas principalmente nas Canções,” a saudade converte-se em canto dedicado
a uma ausência que não é somente a do ser amado ou da pátria perdida, mas
angustiado ser que se vive, pela primeira vez na cultura portuguesa, […] isto é, como
seu prisioneiro,” (Lourenço, 1999: 110). É esta ideia de eternidade da “saudade” que
vamos encontrar em Teixeira de Pascoaes, que com grande esforço tentou difundir a
“alma portuguesa” assente nos valores patrióticos, não tendo sido, contudo,
compreendido. O seu excesso de “regresso” ao passado para o perpetuar no futuro,
transformou-o na vítima dos seus próprios ideais. Mas foi ele, como poeta, que,
“melhor do que ninguém, mitificou o sentimento da saudade, a recolha intitulada
Regresso ao Paraíso. Este regresso é obra da saudade, que subtrai a nostalgia ao
sentimento da pura perda ou ausência, (…)”. (Lourenço, 1999: 116).

Também na literatura aparecem duas espécies de “saudade”, que não vão no mesmo
sentido e não têm portanto o mesmo estatuto”, a proveniente do rei D. Duarte que, “não
vê ainda a saudade como um sentimento intrinsecamente desdobrado, reflexo de uma
relação única, mas inconciliável, da alma com o objecto da sua lembrança ou do seu
desejo.” (Lourenço, 1999, p:107), e na qual os românticos vão pegar, em especial
Garrett. E a “saudade” da temporalidade, do passado e do futuro, partilhada por D.
Duarte e Pascoaes.

Surge o romantismo e com ele outro grande poeta da “Saudade”. Almeida Garrett
invoca por um lado a “Saudade” e Camões, e questiona pela primeira vez “quem
somos?”, questão, bem estampada no drama “Frei Luís de Sousa”, “ (…) o primeiro que
configurou com génio o perfil de um Portugal ausente de si mesmo e esperando-se
nessa ausência.” (Lourenço, 1999: 139).

Se Garrett evidenciou “Camões” e o seu lado patriótico e saudosista, Fernando Pessoa


cola-se a Pascoaes em relação à intemporalidade da “Saudade”, dando-lhe uma nova
roupagem, voltando-se para o futuro, sem esquecer o passado, o que transparece no
poema, “A Mensagem” que alude a um “Quinto Império” como necessidade futura, mas
que será ajudado pelo “Desejado” que há-de vir para o tornar realidade.

É este Pessoa que, “próximo da visão de Teixeira de Pascoaes, encarrega-se de


reconduzir a saudade ao tempo, realidade misteriosa de que a saudade é uma das
manifestações”. (Lourenço, 1999: 153). Manifestações, essas, apresentadas em
pluralidade de tempos e de criadores de acordo com o sentimento agudo de irrealidade
presente no final de século, criado no mais refinado simbolismo. Mas, nessa pluralidade,
chamada de heteronímia, a “Saudade” não perdeu os seus contornos de Mito Português,
assente no presente que viaja entre o passado e o futuro, numa intersecção constante.
4. SAUDADE E O FADO

Como se disse na introdução, o fado apadrinhou a saudade, deu-lhe a voz necessária,


para que se fizesse conhecer além fronteiras.

A origem do fado é de difícil localização, tanto temporal como espacial, pensa-se que o
fado de Lisboa terá tido influências muçulmanas, nos seus cânticos melancólicos.
Outras teorias são, que terá vindo de uma música de escravos brasileiros, ou de canções
medievais, conservando ainda hoje algumas características, por exemplo, as cantigas de
amigo manifestam alguns temas próximos ao fado lisboeta, as cantigas de amor, ao fado
de Coimbra e as cantigas de escárnio e maldizer ligadas ao fado de crítica política e
social.

A palavra fado deriva do latim (fatum) que significa destino, como algo que está para
além da vontade humana. Os seus temas são, portanto, o amor, a tragédia e
principalmente a “saudade”, combinando o som e o tema de tristeza e de lamento. Não
podendo haver melhor casamento entre poesia e guitarra portuguesa, esta descendente
da guitarra inglesa de “utilização exclusiva nos circuitos da burguesia e dos salões
urbanos do século XVIII” (Nery, 2004:98) encontra-se no campo das palavras, numa
primeira fase, com um género de “poesia popular que evoca os temas ligados à sorte e
ao destino individual, à narrativa do quotidiano da cidade” (Pereira, 2008) com
características marginalizantes, vivendo em tascas dos bairros típicos lisboetas,
“sensível às injustiças sociais, revestiu-se inúmeras vezes de um vincado carácter de
intervenção” sendo que “a partir dos anos cinquenta do século XX o fado cruzar-se-á
definitivamente com a poesia erudita”. (Pereira, 2008).

O fado assumiu, ao longo dos anos, vários protagonismos nas mais distintas formas de
arte, na pintura, no “Fado” de José Malhoa de 1910, no teatro de revista –
estruturando-se novas temáticas e melodias e também na tauromaquia. Mais
recentemente e com vista à sua candidatura a Património Cultural Imaterial da
Humanidade, tem sido protagonista no fórum universitário das Ciências Sociais e
Humanas, onde surgiram diferentes estudos de jovens pesquisadores, contribuindo para
o alargamento da sua, até agora, escassa bibliografia.

O fado e o seu destino continuam actuais, o aparecimento constante de novos fadistas,


bem jovens, alguns, de novos temas musicais, baseados no fado, com variações e
misturas de outros géneros populares, ou ainda com géneros populares de outros países,
estão aí para assegurar a sua continuidade, valorização e actualização.

Pode-se dizer que, em Portugal, a “Saudade” não existe sem o “Fado”, nem o “Fado”
sem a “Saudade”.
5. SAUDADE E CRISE IDENTITÁRIA

A “Saudade” sempre fez parte do espírito e cultura portuguesa, sempre apareceu, mais
vincadamente, nas épocas de crise em que se sempre se questionou o que é ser
português e qual o caminho para Portugal, por isso não poderia estar mais actualizada.
Mas, neste novo momento de crise, tão global, já não necessitamos de nos perguntar
quem somos, porque “Portugal está agora em situação de se aceitar tal como foi e é,
apenas um povo entre os povos. Que deu a volta ao mundo para tomar a medida da sua
maravilhosa imperfeição”. (Lourenço, 1999: 83), ou seja, sabemos quem somos e já
não estamos sós.

Além da “Saudade” ser o nosso Mito por excelência, é também o sentimento nobre de
toda uma nação enraizado na tradição cultural de um povo, nascido num país à beira-
mar, que um dia se voltou para o mundo, do qual faz parte, enriquecendo-o com uma
língua e uma identidade própria e singular.

A universalidade da “Saudade” é inquestionável, embora cada nação a sinta de maneira


diferente, porque cada nação tem a sua História, a sua Cultura e os seus Mitos,
traduzindo-a de acordo com a sua língua. “Sob outros nomes ou sem nomes, a saudade
é universal, não apenas como desejo de eternidade, mas como sensação e sentimento
vivido de eternidade. Ela brilha sozinha no coração de todas as ausências”. (Lourenço,
1999: 94).
BIBLIOGRAFIA

EDUARDO, Lourenço (2010, 7ª edição), O Labirinto da Saudade, Lisboa, Gradiva

EDUARDO, Lourenço (1999, 2º edição), Portugal Como Destino, seguido de


Mitologia da Saudade, Lisboa, Gradiva

TEIXEIRA, Pascoaes (1988), A Saudade e o Saudosismo (Dispersos e Opúsculos),


Lisboa, Assírio e Alvim

TEIXEIRA, Pascoaes (2007), Arte de Ser Português, Lisboa, Assírio e Alvim

JOAQUIM, Carvalho (1987), In memoriam de Teixeira de Pascoaes – Obras


Completas. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian.

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MIGUEL, Real (2008) Eduardo Lourenço e a Cultura Portuguesa, Porto, Quidnovi

JOSÉ, Saramago (1998), A Jangada de Pedra, Lisboa, Editorial Caminho

RUI VIEIRA, Nery (2004) Para uma História do fado, Lisboa, Publico/Corda Seca.

D. Duarte, Leal Conselheiro (ed. crítica de Maria Helena Lopes de Castro, prefácio de
Afonso Botelho), Lisboa, IN-CM, 1999 (edição de 1842 disponível em
http://www.archive.org/details/lealconselheiroo00duar), último acesso 29/12/2010.

Pereira, Sara (2008), “Circuito Museológico”, in Museu do Fado, Lisboa:


EGEAC/Museu do Fado, http://www.museudofado.pt último acesso 01/02/2011.

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