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REVISTA
01 de ECONOMIA POLÍTICA
e HISTÓRIA ECONÔMICA
Ano 01 – Número 01 – Setembro de 2004
Índice
05
A criação da Tribuna da Imprensa e a defesa
dos interesses conservadores no Brasil
22
Notas sobre a Ordem Econômica Mundial: 1944-
1979
Livio Lavagetti
69
Mercado e Socialismo na experiência soviética
Lincoln Secco
89
Políticas Públicas em São Bernardo do Campo,
1945 – 1964: uma análise empírica
Expediente
REVISTA DE ECONOMIA POLÍTICA E HISTÓRIA ECONÔMICA
Número 01, Ano 01, Setembro de 2004
Uma publicação semestral do NEPHE – Núcleo de Economia Política e História Econômica
Rua Luciano Gualberto, 52 – Cidade Universitária – São Paulo – SP – CEP 005000-000
http://rephe01.tripod.com
e-mail: rephe01@hotmail.com
Conselho Editorial: Júlio Gomes Neto, Marcos Cordeiro Pires, Marina Gusmão de
Mendonça, Regina dos Santos Alegre, Romyr Conde Garcia, Rubens Toledo Arakaki, Wilson
do Nascimento Barbosa, Wilson Gomes de Almeida.
Revista de Economia Política e História Econômica, número 01, setembro de 2004. 3
Editorial
O Editor
4 Revista de Economia Política e História Econômica, número 01, setembro de 2004.
Ficha Catalográfica
Revista de Economia Política e História Econômica /
São Paulo, Núcleo de Economia Política e História
Econômica -Número 01, Ano 01, Setembro de 2004 –
São Paulo, NEPHE, 2000 -
Semestral
1968.
3 Veja-se: ABREU, Alzira Alves de e col. Dicionário histórico-biográfico brasileiro. Rio de
9 WAINER, Samuel. O debate da sucessão presidencial não poderá ser mais contido In:
LACERDA, Carlos e col. Reportagens que abalaram o Brasil. Rio de Janeiro: Bloch, p. 133-
140, 1973.
1010
SODRÉ, Nelson Werneck. A história da imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, p. 456, 1966.
11 Paulo Motta Lima, Entrevista à autora, 12/11/1993. Note-se que, em 1954, por ocasião
da crise que culminou com o suicídio de Getúlio Vargas, o jornal France Observateur
referia-se à Tribuna da Imprensa como “Tribuna das Empresas” (veja-se: O Semanário, v.
7, n. 296, p. 9, 30/8/1962).
22 Revista de Economia Política e História Econômica, número 01, setembro de 2004.
4. O Mercado de Eurodólares
9. A reação européia
700,00
600,00
500,00
400,00
300,00
0,00
48
49
50
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71
19
19
19
19
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19
19
19
19
Fonte: Fundo Monetário Tabela Internacional , A.01.
800,00
700,00
600,00
500,00
400,00
300,00
exportações mundiais
200,00 deflacionadas (1948 = 100)
exportações mundiais nominais
100,00 (1948 = 100)
0,00
48
49
50
51
52
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66
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70
71
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19
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19
19
19
19
Fonte: Fundo Monetário Internacional , Tabela A.01.
800,00
700,00
600,00
500,00
400,00
300,00
Países industrializados -
200,00 importações mundiais
deflacionadas (1948 = 100)
49
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71
19
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19
19
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19
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19
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19
19
19
FONTE: Fundo Monetário Internacional – Tabela A.05.
800,00
Países industrializados -
700,00 exportações mundiais
deflacionadas (1948 = 100)
600,00 Países industrializados -
exportações mundiais nominais
500,00 (1948 = 100)
400,00
300,00
200,00
100,00
0,00
1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971
4500,00
importações mundiais
deflacionadas (1972 = 100)
4000,00
importações mundiais nominais
(1972 = 100)
3500,00
3000,00
2500,00
2000,00
1500,00
1000,00
500,00
0,00
1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979
5000,00
exportações mundiais
4500,00 deflacionadas (1972 = 100)
exportações mundiais nominais
4000,00 (1972 = 100)
3500,00
3000,00
2500,00
2000,00
1500,00
1000,00
500,00
0,00
1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979
prazo, mas tem de ser elática durante as crises de curto prazo. Deve existir um
fornecedor de empréstimos de último recurso, mas sua presença precisa ser
questionada”.
6 Belluzzo, 1999.
Revista de Economia Política e História Econômica, número 01, setembro de 2004. 67
10 Paul Hirst e Grahame Thompson, Globalização em questão, Editora Vozes, 1998, p.78-
79.
11 Cooper, Richard, Is there a need for reform?, in IMF, The international Monetary System:
forty years after Bretton Woods, Federal Reserv Bank of Boston, 1984, p.22-29.
12 Kuznets, Simon, Crescimento econômico moderrno, Abril Cultural, 1983, p.158. Nesse
12/03/1947, sobre a doutrina exposta pelo então presidente Harry S. Truman, pela qual se
prometia ajuda aos “povos livres que resistiram às tentativas de dominação por minorias
armadas ou por pressões do exterior”. Isso implicava em que os EUA reagiriam
ativamente em qualquer parte do mundo ante o que, a se juízo, poderia ser
considerado como uma intrusão da URSS. As bombas atômicas sobre Hiroshima e
Nagasaki, em 1945, e os testes nucleares soviéticos em 1947, criaram os fatos. O discurso
de Truman apontou a palavra que os designaria.
14 Hobsbawm, 1998, p.235.
15 George Catlett Marshall (1880-1959). Chefe do Estado Maior do exército norte-
intermediários).
31 M.C.Tavares, “A retomada da hegemonia norte –americana”, in Revista de Economia
e Política, n. , abr.-jun.1985, p. .
32 P.Krugman e M.Obstfeld, “Economia Internacional: teoria e prática”, p.571, Makron
Books, 1999.
33 Maria Conceição Tavares, “A retomada da hegemonia norte-americana”, op.cit., p.
, 1985.
34 Monica Baer, “O rumo perdido: a crise fiscal e financeira do Estado brasileiro”, p.46,
produtos e, por isso, não sabe se sua oferta será suficiente. Como
demanda e oferta se equilibram? Através dos preços. Se alguém
produz mais do que o mercado deseja, o preço cai, e vice-versa.
Esse sistema gera crises e desigualdade, e por isso nem é preciso
ser socialista para ser contra uma economia de mercado pura
que hoje seria uma ditadura terrível do grande capital
monopolista (mesmo conservadores norte-americanos defendem
a garantia de um espaço econômico para o Estado e as
organizações públicas).
uma porca com crias (mas não cavalos e touros, pois podiam ser
alugados)14.
1
Professor do Departamento de História da USP.
2Este texto foi apresentado numa palestra realizada no auditório da reitoria da Universidade
Católica de Goiás, no dia 8 de outubro de 1998. Agradeço ao convite do Professor Silvio
Costa. Foram feitos alguns acréscimos ao texto original, mas manteve-se sua forma coloquial.
3Karl Marx, Capítulo Inédito d’O Capital. Porto: escorpião, 1975, p. 57.
4 Paul Singer, “Marx X Mercado”, Práxis, Nº 1, março de 1994.
5 K. Marx. O Capital, S.P., abril cultural, 1984, V. III, T. 2, p. 293.
6Cf. L. Secco. “Trabalho Produtivo e serviços educacionais”, Universidade e Sociedade, S.
gregoriano, adotado no ocidente, as datas históricas, anteriores a 1918, ficam 13 dias atrás
das datas ocidentais, de modo que a primeira revolução de fevereiro (democrático-
burguesa) ocorreu em março, e a de outubro (socialista) aconteceu em novembro, segundo
o calendário ocidental.
9Eric Hobsbawm. Era dos Extremos. São Paulo, companhia das letras, 1997, p.68.
88 Revista de Economia Política e História Econômica, número 01, setembro de 2004.
esferas, é regido pelo monopólio, como o demonstrou Braudel. Mas é a própria concorrência
que o gera, como o disse Engels em seu seminal “Esboço de uma crítica da economia
política” e, como asseveraram marxistas do século XX: o setor monopolista recolhe recursos
do setor concorrencial mediante preços administrados, alterando o que seria a equalização
da taxa de lucro numa economia tipicamente concorrencial. Marx, no volume III de O
Capital, trabalha com um tipo ideal concorrencial, incluindo as diferenças de composição
orgânica do capital (assim, o capital mais intensivo em tecnologia logra transferência de mais
valia para si às custas de capitais com baixa composição orgânica). Ele não tratou do capital
oligopolista e do comércio exterior.
20 L. Secco, “Engels e a economia política”, in Coggiola, O. Marx e Engels na História, SP,
xamã, 1996.
21 Uma contra-tendência à queda da taxa de lucro, segundo Marx, é exatamente o
de 1987.
25J. Loureiro Santos, Incursões no domínio da estratégia. Lisboa, Fundação Calouste
GRÁFICO 04. S. Bernardo do Campo, Produto Social Real (ISB) e tendência (ISBF)
350
300
250
200
150
100
46 48 50 52 54 56 58 60 62 64
ISB ISBF
GRÁFICO 05: São Bernardo do Campo: Extensão da rede de água (metros) (AEE) X tendência (AEEF)
300000
200000
100000
-100000
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64
AEE AEEF
Gráfico 06. São Bernardo do Campo, Água - número de ligações existentes (ALE) X tendência (ALEF)
16000
12000
8000
4000
-4000
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64
ALE ALEF
GRÁFICO 07: São Bernardo do Campo, Esgoto - Extensão da rede (m) (EEE) X tendência (EEEF)
250000
200000
150000
100000
50000
-50000
-100000
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64
EEE EEEF
GRÁFICO 08: S. Bernardo do Campo: Extensão de Rede de Iluminação Pública (m) (POEX) X tendência (POEXF)
150000
100000
50000
-50000
-100000
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64
POEX POEXF
Gráfico 09. S. Bernardo do Campo: alunos matriculados no ensino primário (AEP) X tendência (AEPF)
40000
30000
20000
10000
-10000
52 54 56 58 60 62 64 66 68 70
AEP AEPF
Variáveis:
AEE – extensão da rede de água em metros lineares, 1951 – 1970.
AEP: alunos matriculados no ensino primário, 1951 – 1970.
AEPR: alunos matriculados no ensino profissionalizante, 1951 – 1970.
AES: alunos matriculados no ensino secundário, 1951 – 1970.
AESU: alunos matriculados no ensino superior, 1951 – 1970.
ALE – ligações de água existentes, 1951 – 1970.
CLIED: custo real das luminárias incandescentes, em cruzeiros, 1953 – 1970.
109 Revista de Economia Política e História Econômica, número 01, setembro de 2004.
5. Interpretação
S.Bernardo do Campo.
4 Ponto médio da série.
5 Ponto final da série.
6 Equação 1 da Tabela 05.
7 Indústrias com cinco ou mais operários.
8 Equação 15, Tabela 05.
9 Equação 14.1, Tabela 05.
10 Equação 14.2. Tabela 05.
11 Equação 5 da Tabela 05.
12 Equação 9, Tabela 05.
13 Elasticidade de 0,80.
14 Equação 8, Tabela 05.
15 Equação 9, Tabela 05.
16 Equação 12, Tabela 05.
17 O censo demográfico do IBGE apontou 82411 habitantes no município. Os dados