Você está na página 1de 24

OBJETIVOS GERAIS DO CURSO DE CLINICA PROPEDÊUTICA Em CLÍNICA

MÉDICA

O Curso de Clínica Propedêutica Médica será apresentado dentro de um novo contexto.


O objetivo visado é apresentar, e discutir com o aluno, alternativas para o raciocínio
clínico a partir de dados colhidos do paciente. O paciente procura auxílio do médico não
com diagnóstico formado, mas sim por apresentar uma queixa, que é traduzida na
história pelo sinais e sintomas. Cabe ao médico, escutar e interpretá-los e no final
agrupá-los, para que possa chegar ao próximo do diagnóstico, se não definitivo, pelo
menos aproximado.

COMO ANALISAR A HISTóRIA CLíNICA

A maneira que julgamos mais prática, se basear fundamentalmente na montagem da


história clínica especialmente H.P.M.A.e exame físico. a história clínica deve ser
minuciosa, ordenando os dados colhidos do paciente isto é; os sinais e sintomas, em
ordem cronológica. Toda anamnese, tem o que se chama de sintoma e/ou sinal guia,
isto é o motivo principal que motivou a consulta médica. A partir deste surgem outros,
que pode representar a evolução natural da doença, e/ou complicações. Pegamos todos
os sinais e sintomas e fazemos uma análise crítica e pormenorizada de cada
um,tentamos procurar a (as) causa(s) que produziu os mesmos. Neste momento já
podemos ter noção do orgão(s)acometido (s). Para isso temos que ter noção mínima de
fisiopatologia para entender o funcionamento do órgão(s) doente(s).Após tudo isso
podemos propor um diagnóstico sindrômico, em determinados casos até
etiológicos.Passamos a seguir, analisar o interrogatório e sobre os diversos aparelhos e
os antecedentes, e exame físico procurando dados que pode nos auxiliar nas
interpretações dos dados.
CASO Nº 1

A.R: 47 Anos, masculino, branco, jornalista,natural e procedente de São Paulo.


Q.P.D falta de ar há 2 anos.
H.P.M.A sem antes nada sentir, há 2 anos começou apresentar dispnéia aos grandes
esforços,principalmente para subir escadas e ladeiras, sendo que em certas ocasiões
precisa parar afim de descansar, para em seguida prosseguir a marcha.Consultou
médico que o orientou, aconselhando inclusive que emagrecesse. Melhorou durante
algum tempo,porém meses após, a queixa voltou e de modo mais acentuado,pois a
dispnéia passou a aparecer também aos médios esforços com fraqueza intensa.Ficou
inalterado durante um ano, tendo diminuído muito suas atividades físicas. Há 6 meses
passou a ter dispnéia aos mínimos esforços, associada à tosse seca que desaparecia
com repouso. Nos últimos 2 meses, teve necessidade de elevar o decúbito em virtude
de aparecimento de dispnéia e ronqueira no peito, quando estava dormindo em
decúbito dorsal não elevado.
Há 1 semana, acordou com dispnéia intensa, associada a chiado no peito.
Sentou-se na cama para melhorar, como aliás acontecia as vêzes que esses sintomas
ocorriam. Ficou sentado 1 hora e somente após esse período melhorou. No dia seguinte
procurou o hospital.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: tosse já referida.
Há 2 anos atrás, notou jato urinário diminuido de intensidade, tendo necessidade
de levantar-se 3 a 4 vezes à noite para urinar e sempre em menor quantidade. nega
edemas.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Moléstias da infância. Há 4 anos ao reva lidar a
carteira de motorista soube ser hipertenso.
ANTECEDENTES FAMILIARES:Pai falecido de hemorragia cerebral.Mãe viva
com saúde relativa, sabendo ser hipertensa.
EXAME FISICO:estado regular.Sem dispnéia, fascie pletóricas, obeso, sem estase
jugular. Pulso 124. PA=200/110, pressão na perna 200/120. Não há edemas.
CORAÇÃO: Ictus no 6º espaço intercostal, dois dedos para fora da linha hemiclavicular,
extensão de 3 polpas digitais, impulsivo. Na ausculta Fc=120 spm, galope por 4º
bulha,SSRM++ suave. A2 hiperfonética.
PULMÃO: Inspeção e palpação normais. Estertores subcrepitantes de médias e finas
bolhas nas bases pulmonares.
ABDOME: Globoso. Não há ascite. Fígado palpável há 1 dedo do rebordo,indolor.
Baço não palpável. Segmentos intestinais são normais.
NEUROLóGICO: Normal.

CASO Nº 2

M.A: 28 anos, brasileiro, professor, natural e procedente do Rio de Janeiro, solteiro,


branco.
Q.P.D: Falta de ar há 3 anos.
H.P.M.A: Há 3 anos atrás, após atividade física forçada, sentiu dispnéia intensa
associada à ronqueira no peito. Juntamente havia tosse com mínima expectoração de
cor rósea e espumosa. Esse quadro piorou, obrigando-o a ficar sentado na cama. Foi
levado ao Pronto Socorro e lá medicado; aos poucos melhorou, sendo que no dia
seguinte teve alta, sentindo-se muito bem. Desde então, não pode realizar esforços
violentos que surge dispnéia, tosse e escarro hemoptóico. É só parar o esforço que
dentro de alguns minutos toda queixa desaparece. Há 6 meses piorou, pois os sintomas
já aparecem aos médios e pequenos esforços. Há 1 mês atrás, foi obrigado a realizar
um esforço violento, tendo surgido dispnéia, tosse e ronqueira no peito, tendo nessa
ocasião emitido pela boca, subitamente, sangue vivo e arejado na quantidade de 1
copo. Como não melhorasse após consultar um facultativo, veio a este hospital.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: nada acrescentou
ANTECEDENTES PESSOAIS: Moléstias próprias da infância.
Aos doze anos, teve dôres articulares difusas com sinais inflamatórios locais
tendo ficado acamado 30 dias, dôres de garganta frequentes.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Pai, mãe, irmãos e filhos com boa saúde.
EXAME FíSICO: Corado, hidratado, eupneico. Bom estado Geral, anictérico, acianótico,
sem edema. Pulso palpáveis.
PA = 120/80, afebril.
CORAÇÃO: Ictus palpável no 5º E.I.E, na linha hemiclavicular na extensão de duas
polpas digitais. Frêmito diastólico no foco mitral ++. Na ausculta, 2ª pulmonar
desdobrada e hiperfonética.Sopro pré-sistólico no foco mitral++. Sopro diastólico ++ em
caráter de ruflar no foco mitral. Pulsos arteriais normais.
PULMÃO: FR=23 ir/minuto. Estertores subcrepitantes de finas e médias bolhas em
ambas as bases e campos médios pulmonares.
ABDOME: Fígado: palpável a um dedo, indolor.
Baço: propedêutica normal.
segmentos intestinais normais.
NEUROLóGICO: normal.

CASO Nº 3

T.E 19 anos, feminino, solteira, escriturária, branca, natural e procedente de São Paulo.
Q.P.D: Falta de ar e batedeira há 5 anos.
H.P.M.A Sente-se doente há 5 anos, quando começou a sentir dispnéia de esforço
associada à tosse seca, que melhorava com o cessar do esforço. Por vezes ao realizar
algum esforço, além da dispnéia surgiram também palpitações que davam sensação de
batimentos irregulares com falhas. Com o correr do tempo, seus sintomas pioraram a
ponto de não mais poder realizar o serviço caseiro. Consultou o Médico obtendo
melhora, pois voltou a poder fazer todo o serviço de casa sem sentir praticamente nada.
Há 8 meses abandonou toda a medicação, sendo que no prazo de 2 meses todos os
sintomas acima descritos voltaram. Surgiram também edema dos pés, pernas e
abdome. Foi obrigada a ficar acamada sem conseguir deitar-se; só consegue dormir
sentada. Há uma semana surgiu dor na base do hemitórax direito, em pontada, que
piorava com a inspiração profunda. Há 4 dias notou que havia escarro hemoptóico.
Procurou o hospital sendo internada.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nega febre em todo o curso da doen ça.
Refere diminuição do volume urinário desde o início do quadro. Adinamia e anorexia.
Plenitude pós prandial.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Moléstias próprias da infância. Dores vagas nas pernas
dos 10 aos 12 anos de idade, sem qualquer sinal inflamatório. Amigdalites frequentes,
tendo sido amigdalectomizada com 11 anos de idade.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Pai falecido de causa ignorada, mãe com saúde.
EXAME FISíCO: Mau estado geral com dispnéia objetiva. Cianose nos lábios e orelhas.
Edema de membros inferiores ++ (coxa-perna-pé). T=36,5ºC. Pulso 100 spm.
alternante, PA=120/80 mmfg = estase das jugulares.
CORAÇÃO Ictus visível e palpável no 6ª E.I.E. 3cm para fora da L.H.E. Extensão de 2
polpas digitais. Arritmico, 2ª bulha pulmonar palpável no F.P. Amplo frêmito no F.M. Na
ausculta há galope. 2ª b. pulmonar desdobrada e hiperfonética. Sopro sistólico rude no
F.M. Panasistólico. Sopro diastólico no F.m. Coração arritmico p. F.A.
PULMÃO: FTV aumentado base D. Macicez base direita. Sopro tubário
na base direita com E. crepitante e subcrepitante. Base E. E. subcrepitante.
FíGADO: 5 dedos RCD, doloroso, bordo rombo
ABDOME: Baço NP.segmento mt NLS. NEUROLóGICO: Exame
Neurológico NL

CASO Nº 4
M.N: 37 anos, solteiro, branco, contabilista, natural e procedente de São Paulo.
Q.P.D: Falta de ar há 1 ano e inchaço nas pernas há 1 mês.
H.P.M.A:HÁ alguns anos notou pulsação exagerada dos vasos do pescoço que em nada
o incomodava. Sempre em atividade absolutamente normal. Há 1 ano notou que ficava
muito ofegante quando subia escadas e ladeiras, precisando muitas vezes parar afim de
descansar. Com o passar do tempo, essa mesma situação passou a aparecer quando o
doente realizava médios e pequenos esforços sendo que a dispnéia era sempre
acompahada de tosse seca, que desaparecia quando o doente parava. Há 3 meses
notou que precisava usar 3 travesseiros afim de poder dormir, pois do contrário sentia-
se ofegante. Há 1 mês notou que seus pés ficavam edemaciados no fim do dia. O
edema se acentuou sendo que há 1 semana, atinge até raiz da coxa. Desde que o
edema se acentuou, notou que a dispnéia de decúbito melhorou bastante. Procurou o
hospital para tratamento.
I.C- Cancro duro aos 13 anos. Desapareceu sem tratamento pois é alérgico à
penicilina.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Cancro duro com 13 anos. Desapareceu sem
tratamento; pois é alérgico à Penicilina.

ANTECEDENTES FAMILIARES: Não trouxe subsídios importantes para a história.


EXAME FíSICO: Mau estado geral, dispnéico, cianose de extremidades, anictérico,
corado, pele úmida e pegajosa, hiperpulsatibilidade dos vasos do pescoço. Pulso célere
(em martelo dágua).
Frequência do pulso = 100 spm. PA=180/40 mmHg.Anasarca.
CORAÇÃO: Ictus palpável no 6ª E.I.E. há 3 dedos para fora da linha hemiclavicular,
impulsivo, muscular. Na ausculta há galope e sopro diastólico aspirativo no foco aórtico
que é melhor audível no 3º espaço intercostal à esquerda junto ao externo (F.A.A.).
PULMÃO: Frêmito tóraco-vocal diminuído em ambas as bases.
Signorelli presente.
Macicez em ambas as bases. Múrmurio vesicular abolido em ambas as bases.
ABDOME: Fígado palpado à 3 dedos RCD e há 2 dedos do epigástrio.

CASO Nº 5

D.C: 38 anos, masculino, casado, comerciante, branco, procedente de Catanduva.-SP.


Q.P.D: Dor no peito há 3 anos e febre há 20 dias.
H.P.M.A: Sabe ser portador de lesão cardíaca desde 18 anos de idade,ocasião em que
foi tirar Carteira de Motorista. Nunca sentiu nada, tendo vida completamente normal,
inclusive para esporte, pois jogou futebol até os 30 anos de idade. Há 3 anos começou
a sentir dor localizada na região precordial, tipo aperto, acompanhada de leve sudorese,
desencadeada pelo esforço, principalmente subir escadas. Informa o paciente que a dor
vai progressivamente aumentando, obrigando-o a parar para descansar, pois se não o
fizer tem impressão que vai ficar sufocado e tem sensação de desmaio. Já apresentou
dois episódios caracterizados por perda súbita e transitória da consciência
Há 1 ano, seus sintomas pioraram muito a tal ponto, que a dor já aparece ao
simples ato de pentear os cabelos. Há 20 dias surgiu febre em torno de 38ºC, associada
a mal estar geral e adinamia. A indisposição e a febre o obrigaram a ir para cama, não
tendo disposição para nada. Na última semana o estado agravou-se, passando
praticamente o dia todo sonolento. Nos últimos dias surgiu dolorimento difuso nas
regiões lombares, notando a presença de hematúria.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Anorexia e fraqueza intensa.Febre.Mialgia.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Viveu na fazenda até os 14 anos de idade. Doenças da
infância sem complicações. Fumante. Alcoolatra moderado. Não relata outras Doenças.
Dores articulares vagas aos 8 anos e depois aos 12 anos.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Nada acrescentou à história.
EXAME FÍSICO: Mau estado geral.T=38,5ºC, sonolento, mucosas descoradas, icterícia,
acianótico, sem edema, eupneico, desidratado ++, PA=100x70mmHg, Pulso 70 spm,
petéquias generalizadas pelo tórax.
CORAÇÃO: Ictus localizado no 5º EIE, localizado na L.H.E, extensão de 1 polpa digital,
ritmico. Frêmito sistólico +++ no foco aórtico irradiado ao pescoço. Na ausculta há
sopro sistólico ++++ rude, com acentuação mesosistólica, irradiado ao
pescoço,localizado no F.aórtico. primeira bulha normal. 2ª bulha normofonética.
PULMÕES: Semiologia normal.
ABDOME: Fígado há 1 dedo RCE, indolor
Baço palpável a 2 RCE, doloroso
Segmentos intestinais normais.
MEMBROS: Pulsos arteriais simétricos e normais.
NEUROLóGICO: Sonolento. Não há deficit motor. Reflexos normais.

CASO Nº 6

R.C: 35 anos, masculino, casado, lavrador, branco, natural de Ribeirão Preto-SP.


Q.D.P: Falta de ar e inchaço há 5 anos.
H.P.M.A: Há 5 anos iniciou palpitação razoavelmente incomodativa, surgindo a qualquer
hora do dia, não sendo relacionada a nada. "São batimentos irregulares, com sensação
de falhas seguida de uma batida mais forte, assemelhando-se por vezes à impressão de
"soco no peito". Tem duração rápida. Outras vezes as palpitações assumem o
característico de batimentos fortes e muito rápidos que também duram segundos.
Juntamente vem apresentando dispnéia progressiva que no início era aos grandes
esforços e agora aos mínimos esforços, razão pela qual, foi obrigado a abandonar o
trabalho. Logo em seguida notou aparecimento de edema dos pés logo atingiu, pernas e
coxa, vespertino, sem sinais inflamatórios. Há 1 ano, apresenta quadros que se repetiu
várias vezes, caracterizando por turvação visual, queda ao solo com perda da
consciência, transitória. Há 1 semana, súbitamente sentiu parestesia no braço e perna
direita, com dificuldade para falar. Logo em seguida notou paralisia dos membros
referidos.
Atualmente já melhorou, pois pode falar e andar razoavelmente, porém os
movimentos dos braços são prejudicados.
INTEROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nada digno de nota.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Moléstias da infância. Blenorragia aos 20 anos . Morou
em fazenda até os 16 anos de idade.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Pai falecido do coração. Mãe com saúde. 1 irmão
morreu subitamente.
EXAME FISíCO: Regular estado geral. Corado, hidratado, edema de membros +,
discreta dispnéia, acianótico, anictérico. Pulso 40 spm. PA=120/80mmHg, afebril.
CORAÇÃO: Ictus visível e palpável no 6º E.I.E., 3cm. para fora da L.H.E., muscular,
impulsivo, extensão de 3 polpas digitais.Na ausculta FC=38 spm, sopro sistólico de
regurgitação mitral suave, +. Primeira bulha variando de intensidade, ouvindo por
vezes, uma bulha muito mais intensa do que a maioria (bulha canhão)
PULMÕES: F.R. = 28 spm. Restante normal
ABDOME: Fígado palpável à 3 dedos do R.C.D., doloroso. Baço não palpável.
Segmentos intestinais normais.
NEUROLóGICO: Consciente. Orientado. Disfasia.
Hemiparesia D. Hiperreflexia profunda direita.
Babinsky à direita.
CASO Nº 7

M.C.: 46 anos, industrial, casado, branco, natural e procedente de UBERABA - MG.


Q.P.D.: Dor no peito há 12 horas e falta de ar há 9 horas.
H.P.M.A.: Há 12 horas atrás, acordou com dor localizada na região retroesternal
precórdio, intensa, com irradiação para pescoço, garganta, membro superior esquerdo,
tipo aperto, sem posição de melhora, acompanhada de náuseas e vômitos de conteúdo
líquido, amarelado, prolongada (3 hs). Concomitantemente surgiu dispnéia intensa,
dando a sufocação,acompanhada de tosse, "ronqueira" no peito e expectoração cor
rósea. Procurou o Pronto Socorro onde foi internado para tratamento.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Sempre gozou boa saúde.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Doenças próprias da infância.
Tabagista - 40 cigarros/dia. Não bebe.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Familiares com boa saúde.

EXAME FISíCO: Estado Geral ruim. Palidez Cutâneo, mucosa, sudorese fria,
principalmente de face. Dispneico, cianose discreta de extremidades.
PA=80/50mmHg,Pulso + 120 spm. Fino.
CORAÇÃO: F=120. Presença de 4ª bulha. Não há sopros.
PULMÕES: Dispneico. Fr. 33 ir/minuto. Estertores crepitantes e subcrepitantes em
todo tórax até regiões supraclaviculares.
ABDOME: Normal.
NEUROLóGICO: Não há alterações.

CASO Nº 8
A.S.: 60 anos, masculino, viúvo, funcionário público, aposentado, natural e procedente
de Campo-Florido-MG. Preto.
Q.P.D: Inchaço nas pernas há 6 meses.
H.P.M.A: Gozou de boa saúde até há 2 anos atrás, quando começou a sentir dispnéia
aos grandes esforços, que posteriormente evoluiu para dispnéia aos médios esforços,
pois para andar uma quadra ainda que no plano já ficava cansado. Notou que além da
dispnéia acima descrita , sentia dor retroesternal, constrictiva, de curta duração, que
aparecia com esforços físicos, melhorava com o repouso, e dor localizada nas
panturrilhas, principalmente ao caminhar, que também desaparecia com o repouso, tipo
aperto. Tem notado que a dor nas pernas tem piorado com o passar do tempo, pois no
início a dor aparecia só quando caminhava durante longo percurso , e que no momento,
mesmo pequenas distâncias desencadeia a dor. Há 6 meses, edema de membros
inferiores, vespertino, ascendente, mole, sem sinais inflamatórios, plenitude pós
prandial.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nada acrescenta á história.
ANTECEDENTES PESSOAIS: fumante 20 cigarros/dia.
Prostatectomia há 8 anos. Não bebe.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Filhos sadios. Esposa falecida por neoplasia de
mama.
EXAME FíSICO: Bom estado geral. Anictérico, acianótico, estases das jugulares +.
Edema dos pés e pernas ++. Mucosas coradas, dispneico. PA=140/80mmHg. Afebril.
Pulso 100spm. Artérias bem palpáveis e endurecidas.
CORAçÃO: Ictus palpável no 6º E.I.E., para fora da L.H.E., muscular, impulsivo,
ritmico, 3 polpas digitais de extensão. FC=100. Galope. Sopro sistólico no foco mitral +
+. Primeira e segunda bulha normais.
PULMÕES: Aumento discreto do diâmetro antero-posterior.
Palpação e percussão normais. Na ausculta há raros estertores subcrepitantes
de bases.
ABDOME: Fígado palpável a 3cm do R.C.D. doloroso.
NEUROLóGICO: Normal
MEMBROS: Artérias umerais e radiais em "Traquéia de passarinho".
Pulsos pediosos e poplíteos diminuidos e simétricos.
CASO Nº 9

A.P: 20 anos, masculino, branco,solteiro, natural e procedente de Minas Gerais.


Q.P.D.: Dor nas costas há 2 dias.
H.P.M.A: Até há dias passava bem, quando começou apresentar adinamia, indisposiçãõ
geral, anorexia, arrepios de frio, tosse seca e febre (sic). No dia seguinte, estava com
febre de 39ºC, aumento da tosse com expectoração hemoptóica. Começou apresentar
dor de forte intensidade localizada no dorso do lado direito, que piorava com a
inspiração profunda e com a tosse, não tendo posição de melhora, acompahada de
anorexia e indisposição para exercer atividades habituais. A febre às vezes atingia 40ºC
e o paciente delirava falando palavras desconexas, segundo informações de familiares.
Tomou antitérmico, mas como não melhorava procurou o hospital e foi internado.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Não acrescentou subsídios importantes à
história.
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES: Moléstias próprias da infância.
Resfriados frequentes. Não tem passado patológico importante, pessoal e familiares.
EXAME FíSICO GERAL: Desidratado, mucosas descoradas, icterícia ocular +/++++,
apático, PA=100/mmHg, T=39,5ºC, pulsos palpáveis a 120 spm, pele úmida e quente,
ganglios não palpáveis, dispneico, sem edema.
CORAÇÃO: Ictus não visível e não palpável. Ritmo regular 1ª e 2ª. bulhas
normofonéticas. Não há sopros. FC = 120.
NEUROLóGICO: Reflexos profundos e superficiais preservados.
Nervos craneanos normais. Força preservada.
ABDOME: Inspeção normal. Palpação profunda revela segmentos intestinais normais.
Fígado e baço não palpáveis.
TóRAX: INSPECÇÃO: Não há abaulamento e nem retração diminuição da
expansibilidade da base direita. FR.=30/min.
PALPAÇÃO: Aumento do frêmito. Toraco-vocal base D.
PERCUSSÃO: Macicez na base pulmão direito.
Som claro pulmonar à esquerda.
Percussão da coluna som claro pulmonar.
AUSCULTA : Sopro broônquico em base direita.
Estertores subcrepitante e crepitantes em base direita. Broncofonia
aumentada. Pectoviloquia fônica e áfona em base direita.

CASO Nº 10

A.L.: 22 anos, masculino, preto, solteiro, ambulante, natural e procedente de Minas


Gerais
Q.P.D.: Dor nas costas há 5 dias.
H.P.M.A.: Há 15 dias está com adinamia, coriza, cefáleia holocrânea sem períodos de
melhora, intensidade leve, que alivia com analgésicos comuns, indisposição geral para
o trabalho.
Há 5 dias dor na base do Hemitorax esquerdo região posterior, intensa, tipo pontada,
piora com a inspiração profunda e com a tosse, sem irradiação, sem posição de
melhora, acompanhada de tosse frequente e seca, o que o incomodava muito e não
deixava dormir ou descansar, febre alta de 38/39°C, dispnéia que surgia com qualquer
esforço ou quando deitava com travesseiro baixo, necessitando elevar o decúbito.
Nesse período sobrevieram-lhe intensa prostação e anorexia.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Febre, adinamia, sudorese noturna, tosse seca,
dispnéia, palpitação.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Doenças da infância sem relato de complicações.
Fumante. Alcoolatra. Nega outras doenças no passado.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Pai faleceu do coração. Mãe viva com saúde. 5
irmãos com saúde. Nega outras doenças nos famliares.
EXAME FíSICO: Estado geral ruim. Mucosas descoradas, desidratado.
Acianótico,ictérico ++, prostrado, dispneico, sem edema, pulsos palpáveis.
CORAÇÃO: Ictus visível e palpável no 5º E.I.E, ao nível da L.H. clavicular esquerda.
Extensão de 1 polpa digital. Coração ritmico. fc=125BPM. Sem sopros.
ABOME: Inspeção e palpação normais.
NEUROLóGICO: Normal.
TÓRAX: Inspeção: abaulamento da base E:
diminuição expansibilidade base E.
F.R=32/minuto.
Palpação: Diminuição da expansibilidade base E.
Frêmito Toraco-Vocal abolido em base E.
Percussão: Macicez base esquerda.
Ausculta: Pulmão direita normal
Murmúrio vesicular abolido ã esquerda.
Egofonia nesta região.

CASO Nº 11

N.A.S: 26 anos, masculino,braçal, casado, branco, natural e procedente de veríssimo-


MG.
Q.P.D: Tosse, febre há 15 dias.
H.P.M.A: HÁ 15 dias após ter-se embriagado e vomitado muito, começou apresentar
mau estado geral, anorexia, calafrios e febre, dor na base do pulmão direito, forte
intensidade; tipo pontada, que piorava com a inspiração profunda, acompanhada de
tosse produtiva com laivos de sangue. Nesta oportunidade procurou médico que
receitou penicilina em altas doses. Após 10 dias após pesistiu as queixas referidas
acima com maior intensidade. Há 3 dias após acesso de tosse intensa eliminou de um
só vez grande quantidade de um líquido amarelo esverdeado, grosso com sangue
misturado, que o paciente acha que foi puz. Depois continuou a tosse com muita
frequência com expectoração amarelo-esverdeada com mau cheiro, em grande
quantidade, mais ou menos 300cc nas 24 hs. A expectoração e a tosse pioravam o
decúbito lateral esquerdo e quase não tossia ou expectorava em decúbito lateral direito.
Nesse período observou emagrecimento de ± 3 kg.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nada além do referido.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Moléstias da infância. Resfriados frequentes. Etilista.
Tabagista.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Pais e irmãos vivos com saúde.
EXAME FíSICO: Mau estado geral, palidez cutâneo, mucosa, tosse produtiva com
expectoração fétida. T=39ºC, mucosas descoradas +++. Desidratado. Pulsos palpáveis
a 110 spm. PA=11x7mmHg, cianose de extremidades.
CORAÇÃO:Ictus visível e palpável ao nível do 5º EIE com características normais. Não
há frêmitos. Coração ritmico FC=110.Sem sopros.
ABDOME: Semiológicamente normal.
NEUROLóGICO: Sonolento. Reflexos superficiais e profundos preservadas, força
conservado.
TóRAX: Inspeção: Não há abaulamentos e nem retrações. Diminuição de
expansibilidade à direita. FR=28 min.
Palpação: Diminuição expansibilidade em base direita.
Frêmito toraco-vocal aumentado base direita.
Percussão:Som timpânico em base direita.
Coluna com som claro pulmonar.
Ausculta: Sopro brônquico em base direita.
Estertores crepitantes e subcreptantes em base direita.Broncofonia aumentada,
pectorilóquia fonica e áfona nesta base.

CASO Nº 12

J.C: 21 anos, pedreiro, preto, solteiro, procedente da Bahia.


Q.P.D: Tosse com eliminação de sangue vivo há 1 dia.
H.P.M.A: Há 6 meses vem apresentando fraqueza, indisposição para exercer as
atividades habituais, tosse com expectoração branca-amarelada, e às vezes com laivos
de sangue, febre vespertina diariamente, anorexia intensa tendo perdido 10kg. Em 6
meses sudorese noturna, tendo acordado várias vezes com a roupa molhada. HÁ 2
meses a fraqueza e anorexia tem aumentado acentuadamente e até a voz ficou mais
fraca. A tosse piorou muito e a expectoração agora sempre tem sangue misturado. Há 1
dia após crise de tosse, eliminou pela boca quase 500cc de sangue vermelho vivo com
espuma. Ficou pálido, apresentou sudorese profusa, mal estar intenso, turvação visual
e quando ficou de pé teve queda ao solo com perda transitória da consciência, sendo
então encaminhada ao hospital.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nada além do referido.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Pleurais à E. com 18 anos e foi tratado durante 15 dias.
Não apresenta história de outras patologias.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Tem irmão com pleurais, avô com bronquite.
EXAME FíSICO: Mau estado geral. Anictérico, cianose de extremidades sendo as
mesmas frias. PÁlido, sudorese fria, pulsos finais a 130bpm. PA-60x40mmHg - T=35ºC
- Mucosas descoradas +++, apático, gânglios não palpáveis, sem edema, emagrecido.
CORACÃO:Ictus visível palpável ao nível do 5º EIE, ao nível da linha hemiclavicular
esquerda, ritmico, extensão 1 polpa digital, impulsividade +. Não há frêmitos. Coração
ritmico Fc=130 spm.
ABDOME: Escavado. Fígado e Baço não palpáveis. Segmentos intestinais normais à
palpação .
NEUROLóGICO: Consciente, apesar de sonolento. Reflexos normais.
Força simetricamente preservada.
TóRAX: Inspeção: Não há abaulamento e nem retração. FR=26/min.
Palpação: Frêmito toraco-vocal aumentado na face anterior e posterior e posterior
do ápice do pulmão direito..
Percussão: Som timpânico na região supra e infraclavicular direita.
Ausculta: Sopro cavernoso nessas regiões. Estertores subcrepitantes e crepitantes
nessas regiões.

CASO Nº 13

A.P: 65 anos, masculino, casado, branco, aposentado, natural e procedente de


Conquista-MG.
Q.P.D: Há mais ou menos 4 meses, começou a tossir com expectoração em pequena
quantidade de cor clara e às vezes misturado com sangue. Neste período não
apresentou febre, mas vem notando perda progressiva do apetite, adinamia
emagrecimento (4kg.em em 4 meses), fraqueza geral e dor nas pernas e dispnéia aos
médios esforços. Tossia muito e a expectoracão era branca-amarelada sempre com
laivos de sangue. As vezes só expectorava sangue vivo em pequena quantidade.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Além do referido, há nictúria, com jato fino e
fraco. Levanta em média 3 vezes à noite para urinar.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Não bebe. Sempre teve boa saúde. Fumante
inveterado. Não tem passado de outras doenças.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Um irmão faleceu de tuberculose. Pai faleceu de
câncer mas não sabe de qual aparelho. 5 filhos vivos e com saúde.
EXAME FíSICO GERAL: Emagrecido, abatido, afebril, sem edema, sem dispnéia,
anictérico, acianótico, gânglios não palpáveis.
CORAÇÃO: Ictus não visível e não palpável.
CORAÇÃO: Ritmico, Fc=86. Hipofonese generalizada das bulhas.
ABDOME: Escavado. Demais estruturas normais.
NEUROLóGICO: Normal
TóRAX Inspeção: Retração hemitórax esquerdo
Ausência de expansibilidade à esquerda.
Palpação: Ausência do F.T. vocal no hemitórax esquedo.
Percussão: Macicez de todo o hemitórax esquerdo.
Ausculta: Ausência de murmúrio vesicular em todo hemitórax esquerdo.
Broncofonia abolida neste hemitórax.

CASO Nº 14

F.T.: sexo masculino, 74 anos, branco, casado, empregado de escritório, natural e


procedente de Paris (França).
Q.P.D.: Falta de ar e tosse de caráter progressivo que se iniciaram há 5 anos.
H.P.M.A.: Há cinco anos, começou a sentir falta de ar, inicialmente aos grandes
esforços, progredindo posteriormente aos médios esforços. Sentia ligeira falta de ar ao
subir escadas e ao andar mais depressa. Ao mesmo tempo, parecia se resfriar com
mais freqüência, apresentando surtos de "bronquite" com facilidade. Com o passar do
tempo, a dispnéia foi se intensificando, vindo a ocorrer aos mínimos esforços e, depois,
também em repouso, tornando-se, por assim dizer, permanente. Também apresenta
espisódios de tosse, freqüentemente matinal, com expectoração de secreção branca,
um pouco espumosa e viscosa.Além da falta de ar leve, quase permanente em
repouso, há crises paroxísticas de dispnéia que se sobrepõem a esse estado,
geralmente causadas por esforços físicos, mesmo mínimos, durando vários minutos,
até cerca de 1 hora, acompanhadas, no final, por crises de tosse, produtivas de
pequena a moderada quantidade de secreção esbranquiçada.
INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR: Nada digno de nota.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Doenças próprias da infância; tabagista de longa data -
56 anos - maço. Desde a idade de cerca de 30 anos apresentava episódios mais ou
menos freqüentes de "bronquite", que ocorriam apenas no inverno europeu.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Nada digno de nota.
EXAME FÍSICO GERAL: Regular estado geral, indivíduo idoso de corpulência média;
acianótico, anictérico, palidez leve +. Presença de dispnéia objetiva em repouso + PA:
180x100, pulso: regular, a 90 spm, artérias algo endurecidas, ausência de edemas.
CORAÇÃO: Ictus não visível e não palpável, ritmo regular, com hipofonese de 1ª e 2ª
bulhas. Não há sopros ou outras alterações.
TÓRAX:
Inspeção: Tórax ao mesmo tempo largo e imóvel; alargado em todos os sentidos,
principalmente no sentido ântero-posterior. Dorso abobadado com cifose cérvico-dorsal.
Espaços intercostais mais largos que o normal. Costelas mais "retas" e horizontais que
o normal, projetando o esterno para diante. A base do tórax está menos dilatada que a
parte média (devido à contração tônica dos músculos abdominais, meio hipertrofiados),
sendo a forma do tórax em barril ou em tonel. À inspeção dinâmica nota-se imobilidade
quase absoluta do tórax durante as fases respiratórias.
PALPAÇÃO: Expansibilidade muito diminuída, elasticidade muito diminuída, frêmito
tóraco-vocal muito diminuído globalmente.
PERCUSSÃO: Som timpânico em toda extensão de ambos os pulmões, inclusive, até a
11ªvertebra torácica(na face posterior do tórax), abaixo da qual há macicez. A macicez
cardíaca e hepática não se encontram alteradas.
AUSCULTA: Murmúrio vesicular muito diminuído globalmente. A inspiração é curta,
como chupada, com expiração prolongada, bem mais longa que a inspiração, mesmo
nas bases dos pulmões. Há poucos roncos e sibilos audíveis em locais diversos de
ambos os hemitórax.
ABDOME:Inspeção e palpação normais, sem rebaixamento hepático e sem
visceromegalias. EXAME NEUROLÓGICO: Normal.

CASO Nº 15

A.J.S: 63 anos, branco, masculino, casado, aposentado, natural e procedente de


Uberaba-MG.
Q.P.D: Embuxamento há 6 meses. Vômitos de sangue há 5 dias.
H.P.M.A: Sente-se doente há 6 meses, quando começou apresentar disfagia, dando a
impressão que o alimento ficava parado no peito, principalmente para comida sólida.
Melhorava se comesse em pé, porém, esse fato durou apenas 1 mês, pois passou a ter
necessidade de tomar água após 2 ou 3 garfadas de alimento. Há 5 meses notou piora
do quadro, pois, para aliviar a disfagia, precisava provocar a regurgitação de alimento,
sendo que nessa ocasião passou a ter dificuldade para deglutir até líquido, e notou
emagrecimento. Só se sentia bem quando não comia nada. Há 5 dias durante um
refeição, ao regurgitar alimento,sobreveio a saída de sangue vivo na quantidade de 1
copo, ficando acamado em virtude de fraqueza intensa. Nos últimos dias não ingere
nem água.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nada além do referido.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Não tem passado de doença. Fumante. Não bebe.
Emagreceu 10 Kg.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Nada acrescenta a história.
EXAME FíSICO GERAL: Emagrecido, descorado, pulsos palpáveis e normais,
anictérico, edema mole de tornozelos ++. Eupnéico, acianótico, hipotrofia muscular.
PAd=110x70mmgHg.
CORAÇÃO: Inspeção e palpação normal.
Ritmico Fc=80, sem sopros.
ABDOME: Normal.

CASO Nº 16

A.M: 30 anos, masculino, branco, braçal, natural e procedente de Rio Paranaíba-MG.


Q.P.D: Dor na boca do estômago há 15 dias.
H.P.M.A: Há 8 anos começou apresentar dor localizada na região epigástrica, sem
irradiação de média intensidade, que aparece nos períodos interdigestivos, e melhora
com a ingestão de alimentos, tipo peso e às vezes tipo ardor. Permanece com esta dor
durante 20 a 30 dias e depois há um período longo que passa sem dor (com tratamento
e regime). As vezes chega a passar 3 até 8 meses, quando surge novo período de dor
com as mesmas características. Por diversas vezes já chegou a acordar a noite com
dor, necessitando tomar algum alimento para melhorar. Há 15 dias começou novamente
a ter dor no epigástrio, agora um pouco diferente porque dói o dia todo, irradia para o
hipocôndrio esquerdo e para o dorso do lado esquerdo e não obtém melhora com os
alimentos, sendo acompanhada nesses 15 dias de náuseas e vômitos alimentares.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nervosismo, hábito intestinal e urinário normal.
Sem queixas cadiorespiratórias.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Não bebe e não fuma. Não tem outro passado
patológico.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Pais e irmãos sadios.
Uma tia com doença do estômago(SIC)
Um tio hipertenso.
EXAME FíSICO GERAL:Bom estado geral. Corado, hidratado, anictérico, acianótico,
sem edema, sem estase jugular. Pulsos palpáveis e normais. Eupneico, eutrófico,
longilíneo.
CORAÇÃO: Ritmico Fc=88. Não há sopros.
PULMÕES: Normais
ABDOME: Flácido. Segmentos intestinais palpáveis e normais.
Fígado e Baço não palpáveis.Rh.+
CASO Nº 18

M.S.A: 65 anos, branco, masculino, motorista, natural e procedente de Iraí de Minas.


Casado.
Q.P.D: Dor no estômago há 3 meses. Vômitos há l mês.
H.P.M.A: Até há 3 meses nada sentia: levava vida normal. Há 3 meses começou a
sentir dor localizado em epigástrio, principalmente após as refeições, sem irradiação e
não melhora com coisa alguma, de média intensidade mas o incomodava muito,
impedindo-o de alimentar-se. Com o tempo tornou-se anorético e comia pouco. Há 30
dias começou a ter náuseas e vômitos logo após alimentar-se; vomitando o alimento
ingerido. Quando não ocorria vômitos pós alimentares; ficava com muito peso e
estufamento no estômogo. As vezes vomitava 6-8hs. após alimentar-se e reconhecia o
alimento ingerido na refeição anterior ou na véspera. Ultimamente sobreveio anorexia
intensa, adinamia importante e emagrecimento.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Adinamia, astenia, indisposição intensa,
emagrecimento importante (15kg), anorexia.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Nada acrescenta à história
ANTECEDENTES FAMILIARES: familiares sadios.
EXAME FíSICO GERAL: emagrecimento, hipotrofia muscular, descorado, desidratado,
anictérico, acianótico, pulsos palpáveis com 80 spm, afebril, eupneico, sem edema,
sem estase das jugulares.
CORAÇÃO: Ictus visível e palpável ao nível do 5º E.I.E.,linha L.H.C.E., 1 polpa digital,
impulsividade + ritmico. Coração ritimico Fc=80. Sem sopros
PULMÕES: Inspeção, palpação, percussão, ausculta normais.
NEUROLóGICO: Normal
ABDOME: Escavado. Palpação superficial refere dor ao nível do epigástrio, do tamanho
de um ovo de galinha, dura, dolorosa, móvel com a respiração superficie irregular.
Figado a 3cms. do rebordo costal, bordo fino, superficie irregular, nodular. Baço não
palpável.
CASO Nº 19

M.J.A: 15 anos, feminina, branca, solteira, balconista, natural e procedente de Uberaba-


MG
Q.P.D: Vômitos há 6 dias.
H.P.M.A:Há 6 dias começou apresentar indisposição geral, adinamia progressiva,
anorexia, mialgia, náuseas, vômitos de conteúdo liquido amarelado, febre 37ºC 38ºC
sem horário certo de aparecimento. Consultou médico que lhe receitou antigripal. Há 5
dias notou urina escura cor de Coca-Cola, manchando a roupa de amarelho, e que
estava ficando amarela e que aumentou muito nos dias subsequentes. Com este quadro
procurou novamente auxílio médico.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nada acrescenta à história clínica.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Não tem passado patológico.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Família sadia.
EXAME FíSICO GERAL: Bom estado geral. Mucosas coradas, hidratada, pulsos cheios,
acianótica, eupneica, sem edema, eutrófica, pele amarelada, esclerótica dos olhos
ictéricas ++.
T=37,5ºC.
CORAÇÃO: Ictus visível e palpável ao nível do 5º EIE ao nível da L.H.C.E. ritmico, 2
polpas digitais de extensão. Ritmico Fc=60. Sopro sistólico ejétivo no mesocardio,
suave. Primeira e segunda bulhas normais.
PULMõES: Normais.
NEUROLóGICO: Normal.
ABDOME: Flácido. Rh +. Segmentos intestinais normais. Fígado palpável a 2cms. do
RCD borda lisa, doloroso.
Baço palpável a 1 cm. RCE, doloroso.

CASO Nº 20

A.M.C: 50 anos, negra, casada, feminina, do lar, procedente de Uberaba-MG


Q.P.D: Dor na barriga há 4 dias.
H.P.M.A: Há 20 anos começou apresentar dor localizada no hipocôndrio direito, intensa,
irradiando-se para a região dorsal à direita e ombro, tipo cólica, desencadeada por
alimentacão tipo gordurosa, sem posição de melhora, acompahada de náuseas e
vômitos de conteúdo líquido-amarelado, com duração de 4 a 5 dias e depois com o
tratamento desaparece, chegando a passar um ano sem nada sentir, quando
novamente aparecem com os mesmos caracteres.Há quatro dias dor insuportável em
hipocôndrio direito, cólica, tornando-se posteriormente contínua com irradiação para
epigástrio e hipocôndrio esquerdo,sem posição de melhora, acompanhada de náuseas e
vômitos incoercíveis de conteúdo líquido amarelado e vários episódios de vômitos
sanguinolentos, calafrio e febre. Notou logo em seguida que a urina tornou escura cor
de Coca Cola e que mancha a roupa de amarelo e a pele ficou amarela, fezes acólicas.
Com este quadro foi internada em caráter de urgência.
INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR: além das queixas relatadas refere intolerância
a alimentos como ovos , banana etc.
Adnamia - indisposição geral.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Diz ser hipertensa.Pai e mãe também hipertensa . Nega
outras queixas.
ANTECEDENTES FAMILIARES: irmãos sadios.
EXAME FíSICO GERAL: Ictérica ++++, desidratada, inquieta, facies de dor, acianótica,
pulsos palpáveis, eupneica, sem edema. PAd=110/70mmHg, T=38ºC.
CORAÇÃO: Ictus não visível e não palpável.
Coração ritmico, Fc=100. Sopro sistólico de regurgitação mitral ++.
PULMÕES: Normais.
ABDOME: Globoso por obesidade, porém flácido.
Segmentos intestinais normais. A palpação profunda nota-se a presença de estrutura
que se identifica como sendo a vesícula ao nível de hipcôndrio direito. Sinal de Murphy
+.
NEUROLóGICO: Normal.
CASO Nº 21

J.A: 35 anos, branco, masculino, casado, natural e procedente de Minas Gerais.


Q.P.D: Dor na barriga e vômitos há 10 hs.
H.P.M.A: Há 10 horas. começou súbitamente a sentir dor localizada em todo abdome,
de grande intensidade sem posição de melhora, piorando ou surgindo de maneira
espontânea e também com a ingestão de qualquer alimento, tipo cólica, acompanhada
de vômitos de grande intensidade e frequência de conteúdo líquido-amarelado,
aumento de volume abdome e durante as crises de dor, avoluma-se uma bola no ventre
e parada de eliminação de gases e fezes.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Disfagia aos alimento sólidos progressiva há 2
anos. Dispnéia aos grandes esforços palpitação frequentes, intestino preso, ficando de 5
a mais dias sem evacuar. Fezes em cibalos. Emagrecimento.
ANTECEDENTES: Sempre habitou em zona rural. Ingestão de Soda cáustica aos 5
anos de idade.
EXAME FISICO GERAL: Estado geral regular. Paciente contorcendo de dor e
apresentando vômito de conteúdo mucoso, emagrecido, desidratado, pele com turgor e
elasticidade intensamente diminuídos. PA=110/80mmHg, peso 50Kg., altura 1,65.
Mucosas descoradas, anictérico, acianótico, sem edema, sem estase das jugulares.
CORAÇÃO: Ictus visível e palpável ao nível do 5ºEIE na linha hemiclavicular, 2 polpas
digitais, irregular,
impulsividade +.
Coração arritmico por E.sistoles isoladas. Fc=40. Primeira bulha variando de
intensidade, chamada bulha em lambada. Desdobramento 2ª bulha, constante e
variável.
Sopro sistólico de regurgitação mitral holosististólico, irradiando-se para axila.
PULMõES: livres.
NEUROLóGICO normal.
ABDOME: Distendido. Observa-se à inspeção presença de peristaltismo visível
intermitente, acompanhado de dor surgindo uma bola no abdome superior esquerdo
nessas crises. Timpanismo generalizado. A palpação torna-se dolorido principalmente à
descompressão brusca.
Fígado a 2 cms. do RCD, bordos lisos indolor.
Baço não palpável. Ruídos hidroaereos aumentados e timbres metálico.

CASO Nº 22

M.S: 25 anos, masculino, solteiro, braçal, natural de Pernambuco, procedente de Santa


Vitória-MG.
Q.P.D: Vômito de sangue há 3 dias.
H.P.M.A: Há 10 anos vem apresentando episódios recorrentes com intervalos de 6
meses a 1 ano, quadro caracterizado por dor abdominal tipo cólica interessando a todo
abdome, de forte intensidade sem posição de melhora não relacionada com
aliemntação acompanhada de evacuaçoes frequentes com fezes amolecidas com
catarro e sangue misturados, quadro esse que melhorava com tratamento.(SIC). Há 2
anos tem notado aumento do volume abdominal e tem a sensação de peso nas pernas.
Há 5 dias, após uma refeição de peso nas pernas. Há 5 dias, após um refeição
abundante, começou a sentir peso no estômago, náuseas, e em seguida vomitou o
alimento ingerido. Logo após teve novamente náuseas, e logo em seguida apresentou
vários episódios de vômitos de sangue em grande quantidade, segundo informa os
acompanhantes, a quantidade chegou a 1 litro (sic). Após ficou pálido, sudorese
profusa, fraqueza geral e teve sensação de perda do equilíbrio. No dia seguinte
apresentou diarréia com "fezes pretas como pixe" com intenso mau cheiro.
Sendo internado para investigação.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nada além do referido.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Pneumonia quando criança, doenças da infância sem
intercorrências. Tomava banho em lagoa e após tinha coceira.
ANTECEDENTES FAMILIARES: pais faleceram com barriga dágua.
EXAME FíSICO GERAL: Emagrecido, palidez cutâneo, mucosas descoradas +++, sem
edema, sem estase das jugulares, afebril, apático deitado PAd=100/70mmHg,de pé
PAo=80/50 surgindo nesta posição sudorese profusa. Eupneico.
CORAÇÃO: Ictus visível e palpável ao nível do EIE na linha hemiclavicular E. com
demais carcterísticas normais.
Coração ritmico Fc=120, Sopro sistólico regurgitacão em área mitral suave (+).
PULMÕES: Normais
ABDOME: Abaulamento ao nível de hipocôndrio E. e parte do epigátrio. Flácido, Rh +.
Segmentos intestinais normais. Fígado palpável a 3 cm. RCD, bordo cortante,
superfície lisa. Baço palpável a 20 cm. do RCE e a 10 cm. do epigástrio á esquerda,
duro, indolor.

CASO Nº 23

L.R: 18 anos, solteiro, estudante, branco, natural e procedente de Uberaba-MG


Q.P.D: Inchaço há 5 dias.
H.P.M.A: Sempre sadio. Há cinco dias notou edema facial, sobretudo palpebral bilateral,
matutino.
Após um dia notou que não só a face estava edemaciada pela manhã como também
os membros inferiores, sendo que, notava à tarde melhora do edema, juntamente notou
diminuição do volume urinário e que a mesma estava avermelhada(sic). Procurou então
o hospital para investigacão.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Anorexia, amigadalites frequentes até os dias
de hoje. Hábito intestinal normal. Nega dor a micção.
ANTECEDENTE PESSOAIS: Não há relato de doença no passado.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Nada acrescenta a história.
EXAME FíSICO GERAL: Bom estado geral. Mucosas descoradas (+), eupneico,
anictérico, acianótico, facies renal, edema de membros inferiores inferiores ++ ,
mucosas descoradas, afebril. PAd=180/100mmHg.
CORAÇÃO: Ictus não visível e não palpável.
Coração ritmico Fc=100bpm. Sem sopros.
PULMÃO: Semiologia normal.
NEUROLóGICO: Normal.
ABDOME: Flácido. Rh (+). Fígado a 1cm. do RCD, indolor.
Baço não palpável.

CASO Nº 24

B.C.G: 30 anos, feminina, solteira preta, natural e procedente de Sacramento-MG


Q.P.D: Falta de ar há 15 dias.
H.P.M.A: Há 6 meses notou o aparecimento de edema facial membros inferiores, sem
sinais inflamatórios praticamente não se alterava no decorrer do dia, porém, parece
que o edema do rosto especialmente das pálpebras é ligeiramente mais intenso pela
manhã ao levantar-se da cama. Desde início dos sintomas nota que há dias que está
mais e dias que está menos edemaciada. Nos últimos meses sente-se com fraqueza
geral e peso nas pernas. Há 15 dias notou piora do quadro, pois houve acentuação do
edema, atingindo o mesmo raiz da coxa e abdome, notou também dispnéia aos
grandes, médios, pequenos esforços sendo obrigada a ficar acamada e usar 3
travesseiros para evitar dispnéia. Com o quadro acima, foi internada.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Sintomas acima relatado acrescentado de
diminuição do volume urinário.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Sempre foi sadia.
ANTECEDENTES FAMILIARES:nada acrescenta à história.
EXAME FíSICO GERAL: Anasarca. Mucosas descoradas, afebril, dispnéia, acianótica,
pulsos palpáveis. PAD=130/80mmHg, anictérica.
CORAÇÃO: Ictus visível e palpável ao nível do 5º EIE ao nível da
linha hemiclavicular, ritmico, extensão de 1 polpa digital, impulsividade +.
Coração ritmico, Fc=88. Não há sopros.
PULMÕES: Diminuição de expansibilidade em ambas as bases.
Frêmito tóraco vocal abolido nas bases.
Murmúrio vesicular abolido nas bases.
Signorelli presente.
ABDOME: Globoso. Macidez móvel positiva. Presença do sinal do
piparote.
Fígado e Baço não palpáveis.

CASO Nº 25

A.M: 28 anos, preto, solteiro, pedreiro, natural e procedente de Pirarajuba-MG.


Q.P.D: Inchaço há 15 dias.
H.P.M.A: Passa bem até há meses quando passou apresentar dispnéia aos grandes,
médios e a pequenos esforços físicos, associada a tosse melhorando com o cessar do
esforço. Há 20 dias surgiu passou a ser necessário usar 3 travesseiros para dormir em
virtude da dispnéia. Há 15 dias notou edema de membros inferiores vespertino,
ascendente, mole sem sinais inflamatórios e concomitantemente diminuição do volume
urinário. Nos últimos dias acusa cefaléia nucal, matutina, intensa, que não melhora com
uso de analgésicos comuns acompahada de náuseas e sensação de visão turva,
confusão mental. Foi internado para tratamento.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: zumbidos, anorexia, adinamia, fraqueza.
Emagrecimento nos últimos meses.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Nada acrescenta a história.
ANTECEDENTES FAMILARES: Pai falecido de derrame
Mãe viva e hipertensa
EXAME FíSICO GERAL: Mau estado geral. Dispneico, mucosas descoradas, edema
dos pés e pernas, estase das jugulares ++.
Anictérico, acanótico, pulsos palpáveis, Fc=140 spm.
PAd=280/170.
CORAÇÃO: Ictus visível e palpável no 6º EIE, para fora da linha hemiclavicular,
desviado para baixo, impulsividade +++, Cupuliforme, ritmico.
Coração ritmico Fc=140 spm. 4ª bulha. Sopro sistólico regurgitação mitral com
irradiação para axila. Hiperfonese de 2ª às custas de A2.
PULMõES: Estertores crepitantes de base.
ABDOME: Flácido. Segmentos intestinais normais.
Fígado a 5 cm. RCD doloroso, borda lisa.
Baço palpável a 2cm. RCE, mole.
NEUROLóGICO: Sonolento. Contactuando normal.
Reflexos superficiais e profundos normais.
Força muscular preservada.
Sem rigidez de nuca.

CASO Nº 28

A.M.C: 25 anos, feminina, solteira, do lar, casada natural e procedente de Uberaba-MG


Q.P.D: Fraqueza intensa há 2 meses.
H.P.M.A: Há 8 meses notou que seus olhos estavam saltados, aumentados de tamanho,
fato este que não deu importância, pois não havia prejuízo da visão. Há 6 meses
nervosismo acentuado, sente-se inquieta, irritada, não tendo mais paciência para nada.
Frequentemente está tremendo, sendo que por vezes não consegue segurar uma
xícara de café. Nas suas atividades habituais sente-se cansada e com palpitações
frequentes. Insônia importante, emagrecimento e calor excessivo. Há 2 meses
praticamente não consegue mais trabalhar, pois além dos sintomas já descritos, acusa
intensa fraqueza. Com essas queixas foi internada.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nega perda do apetite, diarréia com frequência.
Amenorréia há 4 meses. Nega febre.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Nada acrescenta a história.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Uma tia com doença de tiróide.
EXAME FíSICO GERAL: Emagrecida. Pele úmida e quente, exoftalmo bilateral,
tremores nas extremidades, mucosas coradas. PA=140x70mmHg. Pulsos palpáveis,
F=120spm. Eupneica, ansiosa.
CORAÇÃO: Ictus visível e palpável ao nível do 5º EIE na linha hemiclavicular, extensão
de 1 polpa digital, ritmico. Não há frêmitos.
Coração ritmico Fc=120bpm. Sopro sistólico de regurgitação mitral suave +.
CABEÇA E PESCOÇO: Sem estase das jugulares, tireóide palpável e aumentada de
tamanho 2 vezes. O aumento é difuso, consistência aumentada. Ligeiro tremor das
pálpebras.
ABDOME: Semiologia normal.
PULMÕES: Semiologia normal.
NEUROLóGICO: Hiperatividade.

CASO Nº 29

M.B.C: 45 anos, feminina, branca, do lar, casada, natural e procedente de Uberaba-MG.


Q.P.D: Inchaço há 2 anos.
H.P.M.A: Há 6 anos notou ligeiro aumento de pescoço sem qualquer outro sintoma. Há
2 anos, os familiares, notaram que a paciente começou ficar pálida, apática, e surgiu
edema da face e membros inferiores, sem horário de aparecimento, não depressível,
sem sinais flogísticos. Concomitantemente passou a sentir mais frio que o habitual, os
cabelos ficaram quebradiços, a memória diminuiu e a fala tornou mais grossa e
arrastada ao lado de intensa fraqueza. Foi internada para tratamento.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Sonolência. Constipação intestinal de até 1
semana.
ANTECEDENTES: Uma irmã com doença da Tireóide.
EXAME FíSICO GERAL: Estado geral regular, apática, palidez cutâneo mucosa, fácies
mixedematosa, mucosas descoradas, edema de membros duro. Peso 73 kg., altura
1.63, PA=130/100. Anictérica, acianótica. Pele seca, grossa e descamativa. Cabelos
secos e quebradiços, unhas quebradiças.
CORAÇÃO: Ictus não visível e não palpável.
Coração ritmico Fc=60spm. Sem sopros.
PULMÕES: Normais
CABEÇA E PESCOÇO: Tireóide aumentada difusamente de tamanho, uma vez o
normal, com consistência firme.
Ausência de nódulos.
APARELHO DIGESTIVO: Macroglossia. Fígado e Baço não palpáveis.

CASO Nº 30

M.A: 30 anos, feminina, do lar, casada, natural e procedente de Araxá-MG.


Q.P.D: Urinando muito e bebendo muita água há 3 meses.
H.P.M.A: Há um ano notou aumento progressivo de peso. Após 2 meses procurou
médico que lhe prescreveu dieta e remédio, não conseguiu emagrecer, ao contrário,
continuou a engordar. Juntamente, observou aparecimento de espinhas no rosto que
além de avermelhado apresentava-se com pêlos, nas regiões da barba e bigode. Nessa
época foi a outro médico que lhe disse estar com a pressão elevada. Solicitou vários
exames que acusaram início de diabetes. Foi lhe prescrito regime alimentar por alguns
meses. Há 3 meses poliúria, polidipsia, fraqueza progressiva. Foi internada para
tratamento.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nada além do referido.
ANTECEDENTES: Mãe obesa e diabética. Pai obeso. 4 irmãos sadios.
EXAME FíSICO GERAL: Estado geral regular. Acianótica, anictérica, sem edema de
membros, corada. PAd=110/100mmHg, T=36ºC, Pêso 70 kg, Altura 1.55.
Facies em lua cheia, acne e pêlos na face, pelo no tronco e membros sob a forma de
penugem. Atrofia da pele com redução do subcutâneo. Aumento da transparência da
pele, permitindo ver o desenho venoso subcutâneo.
Presença de estrias vinhosas, deprimidas no abdome e na raiz da coxa. Aumento da
gordura no rosto, fossas supraclaviculares, região cérvico-torácica posterior (Giba de
búfalo) e tronco, principalmente região mamária e abdome, contrastando com escassez
de panículo adiposo nos membros que são delgados.
CORAÇÃO: Semiologia normal.
PULMõES: Semiologia normal.
ABDOME: Globoso. Panículo adiposo abundante.
Estrias já descritas.
Fígado e Baço nao palpáveis.
NEUROLóGICO: Normal.

CASO Nº 33

M.C: 16 anos, masculino, estudante, solteiro, natural e procedente de Uberaba-MG


Q.P.D: Vômitos ha 1 dia.
H.P.M.A: Sempre teve boa saúde quando há 3 dias começou apresentar febre alta
39ºC-40ºc, dor localizada na região lombar esquerda contínua, sem fatores de melhora,
com irradiação para flanco do mesmo lado, disúria e poliúria e polidipsia.
Há um dia dor abdominal incaracterística, média intensidade, não há fatores de
melhora e de piora, e vômitos de conteúdo líquido incoercíveis, sonolência obnobilação,
chegando a este hospital em coma.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Nada acrescentar.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Nada de de importante.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Mãe com saúde. Pai falecido de causa ignorada.
EXAME FíSICO GERAL: Mal estado geral, intensamente desidratado, pele com turgor
diminuído, mucosas descoradas, hálito cetônico, dispneico, pulsos palpáveis, F=100,
T=40ºC, PAd=100/60.
CORAÇÃO: Ritmico, Fc=100, sem sopros.
PULMÕES: Movimentos respiratórios profundos e amplos. Restante do exame é
normal.
ABDOME: Escavado. Fígado 1 cm. RCD de aspecto normal.
Giordano + à esquerda.
NEUROLóGICO: Coma. Reage lentamente aos estímulos nociceptivos.

CASO Nº 34

B.C.T: 26 anos, do lar, casada, preta, natural e procedente de Campo Florido-MG.


Q.P.D: Dificuldade para falar e perda de força à esquerda há 3 dias.
H.P.M.A: Há 6 meses dispnéia aos grandes, médios e pequenos esforços isto com
evolução mais ou menos progressiva.
Há 4 meses necessita dormir quase sentada, às vezes acorda com dispnéia intensa,
aflita, sudorese fria necessitando levantar para melhorar. Há 10 dias febre (38ºC) mal
estar geral, adinamia, dor na base do hemitórax direito, face anterior tipo pontada, que
piora com a inspiração profunda; tosse com expectoração com escarros hemoptóicos.
Há 3 dias subitamente, sentiu vertigens, dificuldade para falar e perda de fôrça no
membro superior e inferior D.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: nega edema.
Palpitação frequentes principalmente aos esforços.
Adinamia, anorexia, urina avermelhada, manchas vermelhas nos braços e pernas.
ANTECEDENTES: Aos 10 anos de idade foi diagnosticado febre reumática devido a
dores articulares. Fez uso de Benzetacil durante 10 anos. (Febre Reumática)
EXAME FíSICO GERAL: Regular estado geral. Mucosas descoradas ++.
Palidez cutânea, petéquias nos braços e pernas.
PA=140/50 pulso alternante. F=96 spm.,
T=38°C, dispnéia ao assumir o decúbito dorsal.
Atitude Ortopneica.
CORAÇÃO:Ictus visivel e palpável ao nivel do 6º EIE, para fora da linha hemiclavicular
E.,impulsividade ++, extensão de 3 polpas digitais, arritmico, frêmito sistólico em área
mitral.
Coração arritmico por fibrilação atrial. Variação de intensidade da primeira bulha
(Fc=100 spm). Sopro sistólico rude de regurgitação mitral com irradiação para axila.
Sopro diastólico, aspirativo suave, audível em foco áortico e 3º EIE.
PULMÕES: Diminuição da expansibilidade à direita
Aumento FTV na base direita
Sopro tubário base direita. Estertores crepitantes base
direita.
ABDOME: Flácido. Segmentos intestinais normais. Fígado palpável
a 1 cm. RCD. Baço não palpável.
NEUROlóGICO: consciente. Orientada. Hemiparesia direita. Reflexos normais. Disfasia.

CASO Nº 35

M.N.: 42 anos, masculino, branco, casado, natural e procedente de Uberaba-MG.


Q.P.D.: Crescimento das mãos e pés há 8 anos.
H.P.M.A.: Há 8 anos notou aumento progressivo dos pés, necessitando comprar sapatos
maiores (calçava 39, hoje 43) até a dois anos este crescimento estacionou.
Concomitantemente notou que a aliança estava apertada, não podendo mais usá-la.
Há dois anos notou aumento do volume urinário bem como passou a beber mais água.
Procurou médico que lhe disse estar com diabetes receitando comprimido e dieta.
INTERROGATóRIO COMPLEMENTAR: Indisposição e mal estar geral. Cefaléia
esporádica, dor localizada nas articulações do joelho e da coluna toraco-lombar sem
sinais flogísticos.
ANTECEDENTES: Doenças próprias da infância. Pai diabético, mãe obesa. Nega
doenças semelhantes nos familiares. 3 filhos com saúde
EXAME FISíCO GERAL: Regular estado geral. Corado, hidratado, eutrófico, anictérico,
acianótico, pulsos palpáveis. Fc=80spm. T=36,5°c. Pêso 68 kg. Altura, 1,65
CORAÇÃO: Coração ritmico, Fc = 80. Sem sopros.
PULMÕES: Normais
ABDOME: Normal
NEUROLóGICO: Normal
CABEÇA e PESCOÇO: Aumento da região frontal dos malares e da mandíbula
(Prognatismo) cabelos secos, dentes separados, principalmente arcada inferior. Lingua
macroglossia, lábios grossos.
Tireóide palpada e discretamente aumentada. Aumento das extremidades
superiores e inferiores.
VASCULAR: Veias varicosas dos membros inferiores muito
aumentadas.

CASO Nº 36 -NEUROLOGIA

X, masculino, 60 anos, casado, comerciante, natural e procedente de Uberaba.

"Desmaio há meia hora"

Há quatro meses, a esposa tem notado que o sr. X "já não é a mesma pessoa".
Pouco a pouco, ele, geralmente expansivo e dado a jocosidades, tornou-se taciturno e
desinteressado. Quando os visitam os amigos, o sr. x permanece quieto em sua
poltrona, com "o olhar vazio". Quando conversam com ele, geralmente responde com
frases curtas, às vezes precisando delongar-se para buscar uma palavra. No trabalho,
também o sr. X se transformou. Comerciante, freqüentemente fazia gracejos, era rápido
nas vendas. Agora, todavia, ele fala pouco, raciocina com lentidão, esquece-se dos
locais onde estão guardadas as mercadorias.
Decidiu, portanto, a família do sr. X buscar auxílio médico. Dois meses após o
início dos sintomas, levaram-lhe a um clínico geral. Este solicitou uma série de "exames
de sangue", que se revelaram, conforme informou à família, normais. O médico então
diagnosticou "depressão" e prescreveu fluoxetina, que o paciente vem usando até o
presente, sem melhora.
Três meses após o início do quadro, o sr. X passou a apresentar dificuldade
progressiva para deambular, "arrastando a perna direita", com freqüentes tropeços e
quedas. A família, por essa ocasião, consultou outro médico, que diagnosticou
"radiculopatia" e prescreveu diclofenaco de sódio", sem melhora.
Quatro meses após terem começado os sintomas, a esposa despertou à noite,
atônita com o que via: o sr. X, a seu lado, apresentava abalos repetitivos dos quatro
membros, com sialorréia. Esses abalos duraram alguns minutos, sendo seguidos por
sono profundo. Os familiares apressaram-se então a trazer o paciente ao Pronto-
Socorro deste hospital. No caminho, dentro do carro, o sr. X voltou à consciência, a
princípio sem ninguém reconhecer, mas logo conversou com os filhos, sem
compreender o que estava acontecendo.
INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR: Tosse matinal, diária, há vários anos, com
escarros amarelados. Hipertensão arterial moderada, controlada com captopril. Dores
epigástricas ocasionais há dez anos, de forte intensidade, que melhoram com a
alimentação. Herniorrafia há quinze anos. Tonturas vertiginosas há vinte anos, que
persistem por várias horas, com náuseas, vômitos, palidez, levam o paciente a deitar,
ocorrem com intervalos de vários meses.
HÁBITOS E CONDIÇÕES DE VIDA: Fumante há quarenta anos, 1 maço de cigarros ao
dia.Etilista há vinte anos, de uma dose de aguardente por dia. Não habitou zona rural.
EXAME FÍSICO GERAL: Hidratado, corado, anictérico, eupneico, afebril. Cor: BRNF a
72 spm, sem sopros. PA: 160x100. Pulsos normopalpáveis e simétricos. Pulmões MV
preservado, sem ruídos adventícios. Abd: flácido, não doloroso à palpação, sem
visceromegalias. Membros: sem edema.
EXAME NEUROLÓGICO: Consciente. Orientado auto e alopsiquicamente. Apático. Nn
cranianos sem alterações. FO normal. Força: hemiparesia à direita, de predomínio
crural (forca 4-).
Coordenação: eumétrico e eudiadococinético.
Reflexos sup: sinal de Babinski à direita. Cutâneo-abdominal não visualizado.
Reflexos prof.: bicipital, tricipital, estilo-radial, flexor profundo dos dedos, patelar e
aquileu exaltados à direita.
Tônus: discreta hipertonia elástica à direita. Reflexo naso-palpebral inesgotável. Palmo-
mentoniano presente à direita. Sensibilidade superficial profunda e mista: normal. Teste
de Romberg negativo. Marcha hemiparética à direita. Ausência de sopros carotídeos ou
cranianos.

CASO Nº 37 - NEUROLOGIA

Y, 26 anos, feminina, branca, estudante, natural e procedente de Uberaba.

"Dor de cabeça há dois dias".

Há dois dias, ao levantar o botijão de gás na cozinha, Y foi acometida por cefaléia
de fortíssima intensidade, de acordo com suas palavras, "a pior de sua vida". A dor era
holocrânica, contínua, piorava com a deambulação, levando-a a deitar-se. Era
acompanhada por foto e fonofobia e, portanto, Y preferiu escurecer o quarto e isolar-se,
procurando permanecer imóvel no leito. Logo, porém, sobrevieram as náuseas e
inúmeros episódios de vômitos, e Y decidiu chamar seus pais.
Já desde a menarca, aos 12 anos, Y apresentava cefaléia de muito forte
intensidade, holocrânica, contínua, com piora aos esforços, freqüentemente precisando
deitar na escuridão em silêncio. Esse quadro, que ocorria duas vezes por mês, por três
dias, associava-se sempre a náuseas e vômitos. Assim, quando, horas depois da
cefaléia atual, Y foi examinada pelo plantonista do Pronto-Socorro, ele explicou aos pais
que acreditava tratar-se aquela de nova crise de migrania. Foi administrado dipirona por
via endovenosa, com alguma melhora da dor, e a paciente foi orientada a permanecer
em repouso em casa.
Todavia, algumas horas depois, Y mostrou-se febril, com acentuada piora da
cefaléia e recrudescência dos vômitos. Novamente, Y foi levada ao Pronto-Socorro.
INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR: Asma desde a infância. Uso de lentes
corretivas para miopia. Tonturas esporádicas, vertiginosas, por menos de 1 minuto,
necessitando de apoio, que ocorrem sobretudo à rotação lateral da cabeça.
HÁBITOS E CONDIÇÕES DE VIDA: Não é fumante ou etilista. Não habitou zona rural.
EXAME FÍSICO GERAL: Febril (T. ax.=38 C). Desidratada (+/4=). Corada, anictérica,
eupneica, BRNF 100 spm, sopro sistólico de ejeção em foco pulmonar (+/+4) B2
normal. Pulmões: MV conservado, sem ruídos adventícios. Abd. sem alterações.
Membros: sem edema. Pulsos normopalpáveis e simétricos.
EXAME NEUROLÓGICO: Sonolenta. Orientada auto e alopsiquicamente. Nn cranianos
normais. FO normal. Força conservada.
Coordenação: eumétrica e eudiadococinética.
Reflexos sup.: sinal de Babinski bilateralmente. Cutâneo-plantar preservado. Reflexos
prof.: normais. Tônus normal. Sensibilidade normal. Rigidez de nuca (+/+4). Sinal de
Kerning e Brudzinski presentes
Marcha e equilíbrio: pesquisa prejudicada. Ausência de sopros carotídeos ou cranianos.

CASO Nº 38 NEUROLOGIA

Z, 25 anos, feminina, branca, estudante, solteira, natural e procedente de Uberaba.

"Paralisia há 2 horas".

Há 2 horas, Z levantou-se para urinar, à noite, quando subitamente sentiu


"dormência" em todo o hemicorpo direito, passando a "arrastar" o membro inferior
direito. Ao mesmo tempo, Z percebeu incapacidade para movimentar o membro
superior direito. Ao chamar os pais, que dormiam ao lado, a voz estava "pastosa", e
"enrolada". Como o hospital mais próximo estava a quilômetros de distância, Z foi
carregada rapidamente até o carro, para darem início à longa viagem
No caminho, a mãe de Z observou que esta se mostrava progressivamente mais
sonolenta, queixando-se de cefaléia moderada. Cerca de meia hora depois,
sobrevieram vários episódios de vômitos, após os quais a paciente perdeu a
consciência.
INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR: Frequentes amigdalites na infância. Dispnéia
progressiva de esforço há 2 anos, chegando ultimamente à ortopnéia. Palpitações
freqüentes. Perda de consciência há 2 anos, precedida por tonturas, acompanhada de
palidez e sudorese, em lugar abafado, sem liberação de esfincteres, sem convulsões,
tendo a paciente despertado sem confusão mental. Cefaléia diária, no fim da tarde,
parieto-occipital, bilateral, de fraca intensidade, que não interrompia atividades, sem
náuseas ou vômitos, sem foto ou fonofobia. Acidente automobilístico há 2
meses, quando teve traumatismo craniano, sem perda de consciência e sem vômitos.
HÁBITOS E CONDIÇÕES DE VIDA: Nega etilismo ou tabagismo. Sempre
habitou zona rural.
EXAME FÍSICO GERAL: Hidratada, corada, anictérica, afebril. Padrão respiratório de
Cheyne-Stokes. Cor BRNF a 84 spm, SS +++/++++ em foco mitral com irradiação para
a axila. SD + em foco aórtico, audível até no apêndice xifóide. Pulmões: alguns
estertores crepitantes nas bases. PA: 140x70. Sem edemas. Fígado e baço não
palpáveis.
EXAME NEUROLÓGICO: Comatosa. Não responde a estímulos verbais, responde a
estímulos dolorosos, localiza dor com MSE. Nn cranianos normais. FO: papiledema à
esquerda. Midríase à esquerda. Paralisia facial central à esquerda.
Força: Hemiplegia à direita. Reflexos sup. cutâneo abdominal ausente nos três níveis à
direita. Cutâneo-plantar indiferente à direita, em flexão à esquerda.
Reflexos profundos: hiporreflexia bicipital, tricipital, estilo-radial, patelar e aquiléia à
direita. Coordenação: pesquisa prejudicada. Tonus: hipotonia à direita. Sensibilidade :
pesquisa prejudicada. marcha e equilíbrio: pesquisa prejudicada. Sinias meníngeos
ausentes. Ausência de sopros cranianos.

CASO Nº 39

M.I.S.: 49 anos, branca, casada, do lar, natural e procedente de Uberaba.

Q.D.: Mancha no rosto há 1 ano.

H.P.M.A.: Informa que há 1 anos apresenta manchas eritematosas em região nasal e


região zigomática direita e esquerda de cresciemnto lento. Associado a este quadro
observou o aparecimento de lesões de mesmas características porém em forma anular
na região infra hioidea, na região clavicular bilateralmente. Procurou facultativo e foi
medicada com Dipropionato de Belametasona usado topicamente obtendo pouca
melhora. Há 6 meses observou além das manchas na face, um rubor intenso,
principalmente após atividade doméstica realizada sob o sol. Nos últimos 4 meses
apresentou edemas matutinos em pés e mãos e a presença de pequenos pontos
vermelhos nas pernas.Nesta ocasião foi medicada com Anti histamínicos sem melhora
do quadro. Há 2 meses apresenta ostenia intensa, inapetencia e febre diária,
habitualmente vespertina que é atenuada pelo uso de Dipirona. Concomitantemente
apresentou úlcera em região maleolar externa do pé direito sendo medicada com
Penicilina. Nos últimos 40 dias houve acentuação da astenia e dispnéia mesmo em
repouso, limitação de movimentação dos membros inferiores com presença de dor
ardor e rubor em articulações. Usou vários medicamentos anti inflamatórios e não
obtendo melhora procurou este serviço.
INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR: Há 5 anos é portadora de reumatismo com
deformidade em articulações das mãos. Há 1 ano e meio apresentou episódios de dors
articulares migratórias em várias articulações apresentando sinais flogísticos sendo
medicada com Penicilina Benzatinica a cada 21 dias durante 6 meses. Relata
tratamento para varizes há 2 anos. Faz uso regular de sulfato ferroso e complexos
vitamínicos devido anemia persistente. Nega traumatismos e cirurgias.
ANTECEDENTES PESSOAIS: G3AoP3, nega tabagismo, nega etilismo. Trabalhou
durante 13 anos como ambulante vendendo cosméticos.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Mãe viva, em tratamento para reumatismo e usando
medicação para controlar hipercolesterolemia. Pai falecido após acidente vascular
encefálico. Dois irmãos, com problemas psiquiátricos e outro com problemas de saúde
(sic).
EXAME FÍSICO GERAL:
MUCOSAS: hipocoradas ++/++++, presença de úlcera rasas com eritema periférico na
mucosa jugal esquerda e em palato.
PELE: turgor e elasticidade diminuidos, presença de livedo reticular em membros
inferiores. Presença de petéquias e Telangiectasias em ponta dos dedos das mãos e
dos pés. Deformidade nas articulações do carpo e metacarpo bilateralmente. Úlcera em
região maleolar externa do pé direito, profunda, com bordos nítidos de 1,5 m de
diâmetro. Lesão eritemato-violacea, papulosa, com escamas delgadas e facilmente
destacáveis com presença de Telangiectasias e dispigmentação central apresentando o
centro da lesão atrófico e a periferia da lesão com infiltrado mais exuberante. Lesões de
mesmas características porém anulares de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro em
região infra hioidia e clavicular bilateralmente.
ARTICULAÇÕES: deformidades em articulações do carpo e metacarpo. Presença de
eritema com dor a palpação de articulação do joelho direito com edema doloroso à
compressão.
PULMONAR: Taquipnéia, dispnéia objetiva, diminuição da expansibilidade torácica,
presença de macicez e submacicez em 1/3 inferior e médio do hemitorax direito.
Murmúrio vesicular diminuido neste local e estertores crepitantes presentes.
CARDIO VASCULAR: Presença de atrito pericardico. Bulhas abafadas. Coração ritmico,
a 2 tempos, 88 spm. PA: 100x70 mmHg. Edema ascendente de membros inferiores +
+/4+.

CASO Nº 40

L.C.S.: 12 anos, branco, solteiro, masculino, estudante, natural e procedente de


Uberaba.

Q.D.: Mancha no corpo há 3 semanas.

H.P.M.A.: Acompanhante informa que há 3 semanas observou o aparecimento de


máculas escamosas, anulares, de 2 cm de diâmetro que iniciaram-se por pequeno
ponto e aumentaram de forma centrifuga localizadas na região umbilical e nas regiões
anteriores dos antebraços. As lesões apresentaram aumento de extensão e de número
tornavam-se cada vez mais escamosas e pruriginosas. Usou oxido de zinco e observou
diminuição da hiperemia, porém não houve alteração nas lesões. Há 3 dias observou
que várias lesões estão confluindo formando uma única lesão e novos pontos
hiperemiados estão aparecendo. Assim procurou este serviço.
INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR: No momento sem queixas de qualquer
aparelho ou sistema. Uso regular de óculos devido a miopia, sob orientação médica.
Amidalectomia aos 7 anos.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Nascimento à termo. Episódios de bronquite de
repetição até os 3 anos de idade. Cartão de vacinação em dia, regular e com todas as
doses no período correto. Não possue restrições de gosto alimentar, apresenta
predileção pelos carboidratos. Desenvolvimneto escolar normal compatível com a
idade. Há 2 meses possui um cachorro de estimação.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Pais sadios , uma irmã com 15 anos, que apresenta
episódios de sinusite de repetição e 1 irmão sadio aos 8 anos que há 10 dias apresenta
lesão eritemato-escamosas na região malar esquerda.
EXAME FÍSICO:
PELE: lesão eritemato escamosa com bordos mais hiperemiados na periferia da lesão,
bem como acentuação da descamação neste local e presença de pequeninas vesicular.
O centro da lesão apresenta-se mais claro e menos escamoso. A maioria das lesões
apresenta formato anular com 1,5 - 2,5 cm de diâmetro, sendo que algumas lesões
confluem localizadas em região anterior dos antebraços, região abdominal e região
anterior da coxa. Presença de 2 lesões de 0,5 cm de diâmetro de mesmas
características em face lateral direita do pescoço.

CASO Nº 41

E.R.: 7 anos, solteira, branca, feminina, natural de Santa Helena - Goiás e procedente
de Conceição das Alagoas.
Q.D.: Mal estar e febre há 8 dias.
H.P.M.A.: Acompanhante informa que há 8 dias a criança apresenta febre diária, não
aferida, estenia intensa, não consegue permanecer sentada e com dificuldades para
deglutir qualquer tipo de alimento. Foi atendida e medicada com antipiréticos e
analgésicos, não apresentou melhora. Apresentando tosse intensa, hiperemia
conjuntival bilateral, fotofobia e ardor ocular. Há 2 dias apresentou erupção maculosa
que iniciou na região frontal e estendeu-se para todo o corpo sendo trazida a este
serviço.
INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR: Freqüentemente apresenta cefaléia
holocraniana, pulsátil, principalmente quando em jejum. Há 2 meses a tia observou
vários vermes nas fezes da paciente e tratou a criança com semente de abobora.
Queica-se diariamente de dor abdominal na região umbilical. Apresenta prurido intenso
na região glutea, na região anterior da coxa, bem como em região axilar e interdigital de
ambas as mãos, sempre com predomínio noturno com a impressão de que bichos
andam em seu corpo.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Parto domiciliar, a termo, não possue cartão de
vacinação. Não frequente escolas. Alimentação irregular. Habitação em zona rural.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Pai etilista e tabagista, lavrador, mãe com úlcera
gástrica, 2 irmãos sadios que trabalham e moram com a avó no município de Santa
Helena.
EXAME FÍSICO:
MUCOSAS: hiperemia de mucosa conjuntival bilateralmente. Mucosa jugal com
presença de pequenos pontos brancos com halos de exantema. Hiperemia de
orofaringe.
PELE: Manchas lenticulares eritematosas em face e tórax com distribuição para os
membros superiores.

CASO Nº 42

M.N.Z.: 60 anos, branco, casado, lavrador, natural de Piracicaba procedente de


Uberaba.
Q.D.: Caroço no nariz há 1 ano.
H.P.M.A.: Informa que há 1 ano observou o crescimento de uma pápula na região nasal,
indolor, de superfície irregular e rápido crescimento que apresentava sangramento
espontâneo e quando sofria traumatismos leves, as vezes durante a higiene local. Por
orientação de balconista de farmácia usou oxido de zinco e pasta d'agua. Há 2 dias a
lesão apresentou sangramento espontâneo mais intenso que o habitual preocupando o
paciente.
INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR: Fratura em úmero direito há 12 anos com dor
no local da lesão desde então. Dispnéia aos esforços médios acompanhada de
taquicardia, 2 pneumonias tratadas em hospital. Tenossivonete em braço direito.
ANTECEDENTES PESSOAIS: Etilista habitual, 2 doses de cachaça diariamente.
tabagista há 50 anos, em média 1 carteira de cigarros por dia. Há 30 anos apresentou
sífilis, sendo tratado. É alérgico a Voltaren(R) e sempre que usa a droga apresenta
manchas vermelhas na face e nos braços.
ANTECEDENTES FAMILIARES: Pais falecidos, eram imigrantes italianos, perdeu o
contato com seus 4 irmãos, 6 filhos, 4 sadios, 1 filho com problemas hepáticos devido
ao alcoolismo e 1 filho com anemia desde a infância segundo os médicos decorrente de
problemas genéticos.
EXAME FÍSICO:
PELE: lesão papulosa de 0,8 cm de diâmetro com base eritematosa, presença de
Telangiectasias periféricas e superfície peroluceas. No centro presença de ulceração
irregular e bordas hiperemiadas localizados na pirâmide nasal. Na face presença de
elastose e vários comedões, manchas eritemato escamosas lenticulares em região
frontal e região malar, algumas com escamação seca furfuracea e outras com
escamação serosa de cor amarelada. Presença de papula eritematosa, superfície
brilhante de 0,4 cm de diâmetro circundada por Telangiectasias em região mentoniana.
Presença de papulas de 0,5 cm de diâmetro em região de dorso das mãos e antebraços
direito e esquerdo com sinais lineares de escoriações principalmente na região posterior
do antebraço. Unhas dos pés apresnetando paqueoníquia, onicólise principalmente no
1º pododatilo bilateralmente. Presença de edema e hiperemia periungueal em unhas
das mãos bilateralmente.

Caso Clínico A
Escolar , sexo feminino, de 8 anos de idade. Há cinco meses começou a tropeçar e a
cair frequentemente ao brincar com outras crianças. Esta falta de equilíbrio progrediu
até dificultar a marcha. De início, caia mais para frente mas sua mãe relatou que, ao
tentar permanecer imóvel, em pé, havia tendência à retropulsão; contudo, cinco
semanas antes da internação, partir desta época, começou a apresentar episódios de
vômitos matinais, logo ao despertar, e nas quatro semanas que antecederam a
internação, passou a queixar -se de cefaléia vaga, principalmente na nuca e na região
posterior da cabeça, aumentando progressivamente de intensidade. Tornou-se, também
progressivamente, apática. Na admissão, a criança relatou que nos últimos dias "via
tudo duplo".
Nenhuma história de traumatismo cranioencefálico recente , infecção pulmonar ou de
ouvido. Três meses antes do início de sua doença, o pai sofreu um episódio agudo de
vertigem que, após uma evolução de duas semanas, desapareceu completamente.
Devido a este fato, a família demorou em procurar ajuda médica para a menina.
Exame Neurológico
Criança de estatura normal para a idade, cooperando, mas de4 aspecto doente.
Marcha bastante atáxica com tendência a queda para o lado esquerdo. O desempenho
nos testes dedo-nariz e calcanhar-joelho foram fracos e, mesmo assim, são realizados
com grande dificuldade, com temor intencional grosseiro, dismetria e frequentes erros
de direção. Movimentos atáxicos das mãos ao tentar manipular brinquedos ou
desenhar. Exaltação de todos os reflexos profundo com reflexos plantares em extensão.
Papiledema bilateral à oftalmoscopia. Fraqueza bilateral de reto externo com nistagmo
espontâneo, piorando com as tentativas de olhares conjugados de lateralização.
Discreta paresia facial esquerda: ao fechar os olhos " com força", o entrelaçamento das
pálpebras esquerdas é menos acentuado que o das direitas. Apirética. Ausência de
rigidez de nuca. Radiografias de crânio e exames de sangue sem anomalia.

Caso Clínico B

Uma mulher casada, de 72 anos, trouxe para nosso serviço a seguinte carta de seu
médico: "(...) durante aproximadamente dez anos, sua pressão arterial oscilou entre
180/100 e 200/110. Há três anos, pôr causa de um insuficiência ventricular esquerda
evidenciada pôr dispnéia de esforço, prescrevi um tratamento hipotensor moderado.
Embora houvesse redução de sua pressão arterial, não se sentia melhor e a medicação
foi suspensa. Quinze dias depois, teve um episódio temporário de fraqueza no braço e
perna direitas. Houve recuperação total e permaneceu em boas condições até hoje,
quando fui chamado para vê-la". Ao deitar, a paciente estava bem. De manhã, notou
que sua mão direita estava fraca de modo a não conseguir segurar um pente com
firmeza. Tinha também grande dificuldade em levantar o braço direito para pentear o
cabelo. No desjejum, não conseguia usar a mão direita. Inicialmente, não notou
anomalia do membro inferior mas, ao se levantar da mesa, percebeu que sua perna
direita estava adormecida e arrastava-se sobre o tapete quando andava. Uma hora
depois, todo o membro inferior direito estava fraco embora conseguisse andar.
Observou que sua voz não estava tão nítida como antes. Não houve perda de
consciência nem impossibilidade em andar. Paciente destra.
Exame Neurológico
Fraqueza moderada dimidiada direita, com maior coprometimento do membro
superior. Paresia facial inferior direita nas tentatimento do membro superior. Paresia
facial inferior direita nas tentativas de mostrar os dentes. Não se desmosntrou
alterações sensitivas objetivas mas no dimídio direito a percepção do tato e da dor não
eratão nitída quanto do outro lado. Reflexos profundos exaltados à direita com sinal de
bebinski desse lado. Discreto desequilibrio mas a marchaera possível sem ajuda. No
fundo dos olhos: artérias retinianas tortuosas e moderadamente espessadas. Ausências
de alteração campimétrica. Falasem alterações a não ser uma discreta disartria. Pulsos
carotidianos normais. Ausência de sopro no trajeto dessas artérias. Tortuosidades e
espessamento das artérias radiais; pressão arterial:210/110.
Radiografia de tórax: aumento da área ventricular esquerda; eletrocardiograma
normal a não ser ondas T de baixa voltagemnas derivações V4, V% V^. Radiografia de
crânio normal e eletroencefalograma com alterações difusas, não específícas.

Caso C

Uma secretária , de 26 anos , foi examinada pôr seu médico particular antes de ser
internada no hospital. Havia a seguinte historia: dez dias antes, infecção respiratória
associada a mal- estar e dores vagas e generalizadas. Cinco ou seis dias depois, surgiu
um cefaléia constante e de grande intensidade, exacerbada pela tosse, esforços
defecação movimentos da cabeça. A intensidade desse sintoma foi aumentando
progressivamente acompanhada pôr dor e rigidez dos músculo posteriores do pescoço.
No dia anterior à internação, a paciente tornou-se sonolenta e vomitou três vezes,
embora não tivesse ingerido quase nenhum alimento pôr falta de apetite. Nenhuma
exposição recente a doenças infecto-contagiosas. Nenhum contato com cachorros ou
ratos, ou banho em águas contaminadas pôr ratos. Paciente casada Marido e dois filhos
com boas saúde.
Exame neurológico
Rigidez de nuca, sinal de Kernig positivo e depressão dos reflexos profundos.
Temperatura de 37,9( C. Exame geral sem alteração. Exame de sangues periférico
normal. Punção lombar: líquido cefaloraquidiano claro, com 205 mm de pressão inícial
de 135 células/ cm ( 95% mononucleares). Proteínas, 80% mg. Glicose e cloretos
normais cultura negativa.

Você também pode gostar